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USO DO SENSORIAMENTO REMOTO NA IMPLANTAÇÃO DE UM CORREDOR AGROFLORESTAL NOS CORPOS D’ÁGUA DO ASSENTAMENTO RURAL MONTE ALEGRE, ARARAQUARA, SP

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USO DO SENSORIAMENTO REMOTO NA IMPLANTAÇÃO DE UM CORREDOR AGROFLORESTAL NOS CORPOS D’ÁGUA DO

ASSENTAMENTO RURAL MONTE ALEGRE, ARARAQUARA, SP

Elizandra Goldoni GOMIG Pós-Graduanda em Geociências e Meio Ambiente, IGCE -UNESP eligomig@yahoo.com.br

Cíntia de Camargo VILANOVA Universidade Estadual Paulista-UNESP, Ecóloga

vilanova@yahoo.com.br

Resumo

As técnicas de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto (SR) constituem hoje, um importante conjunto de ferramentas aplicáveis ao planejamento geográfico, bem como nos estudos prévios ao campo, pois possibilita um melhor entendimento sobre as características do meio físico do objeto de estudo, neste caso as planícies dos corpos d’água, localizado no assentamento rural Monte Alegre, Araraquara-SP. Assim, avaliando-se as atuais metodologias que têm sido utilizadas com êxito na área ambiental, dentre as quais se destacam o uso de produtos de sensoriamento remoto trabalhados em ambientes de SIG, elaborou-se um roteiro metodológico para a delimitação de Corredores Verdes Agroflorestais (CVA) lineares ao longo de rios a partir de mapas temáticos, e as espécies florestais e cultivadas que melhor adaptam às planícies da área de estudo. O trabalho foi desenvolvido nos corpos d’água que cortam o Assentamento Monte Alegre, Araraquara-SP.

Palavras-chave: sensoriamento remoto, assentamento, SAF, APP, corredores verdes.

Abstract

The techniques of GIS and Remote Sensing (RS) today constitute an important set of tools applicable to the geographic planning as well as in previous studies to the field because it enables a better understanding of the physical characteristics of the study object, in this case plains of water bodies located in the rural settlement Monte Alegre, Araraquara-SP. Thus, to evaluate existing methodologies that have been used successfully in the environmental area, among which we highlight the use of remote sensing products worked in a GIS environment, it was elaborated a methodological plan for the delimitation of Green Corridors Agroforestry ( CVA) linear along rivers from thematic maps, and forest and cultivated species that best adapt to the plains of the study area. The study was conducted in water bodies that cross the Settlement Monte Alegre, Araraquara-SP.

Use of remote sensing in the establishment of a corridor agroforestry in bodies of water laying rural Monte Alegre, Araraquara, SP.

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O uso dos sensores remotos permite um planejamento prévio ao campo, pois possibilita um melhor entendimento sobre as características do meio físico do objeto de estudo, neste caso as planícies dos corpos d’água localizadas no assentamento rural Monte Alegre, Araraquara-SP. Sendo assim, foram utilizadas imagens do satélite CCD1/CBERS-2 as quais foram geoprocessadas para fornecer informações geoambientais como do uso e ocupação e características fisiográficas, que permitiram determinar áreas possíveis de se implantar um corredor verde agroflorestal (CVA) que tem como função tanto a conservação dos recursos naturais do assentamento, funcionando como zona de amortecimento da sua APP, como garantindo um retorno econômico para os assentados.

Revisão Bibliográfica

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como base metodológica para uma análise ambiental, através da conexão entre os diferentes aspectos de análise ambiental. E no planejamento do uso da terra, a integração na coleta de dados, análise espacial e o processo de tomada de decisões, num contexto de um fluxo comum de informações pode ser feita através de um sistema de informação geográfica – SIG (BOHRER, 2000). O processamento concomitante das informações, em toda a sua complexidade, tem sido possibilitado pelos SIGs, definidos como tecnologias para investigação dos fenômenos ambientais que combinam os avanços tecnológicos da cartografia, banco de dados automatizados, sensoriamento remoto e modelagem (SILVA & SANTOS, 2004). Ressalvam que conjuntos de programas computacionais são utilizados para armazenar, analisar, manipular e gerenciar dados geográficos, com ênfase em análises espaciais e modelagens de superfícies. A partir disto, o uso dos SIGs pode auxiliar também e melhorar a capacidade de extração de informações de imagens do sensoriamento remoto, através do uso de dados ambientais espaciais relacionados, como a análise de padrões espaciais dos elementos da paisagem, cujos resultados podem ser importados e incorporados à base de dados (BOHRER, 2000). Além disso, o autor acredita que diferentes cenários podem ser analisados e avaliados, e os dados espaciais e/ou pontuais podem ser constantemente atualizados e combinados em novas análises. Assim, a principal vantagem do SIG é automatizar e agilizar a produção de mapas, com possibilidades de diferentes representações gráficas das informações e de rápida atualização. Montesi & Batista (2003) ressaltam o quanto a falta de um levantamento apropriado dos recursos naturais que possibilite o acompanhamento de sua exploração contribui para a ocorrência de problemas como ocupação de áreas impróprias com riscos de erosão e exposição do solo, poluição de recursos hídricos, e invasão de áreas de preservação permanente. Os autores demonstram que estes problemas levaram a busca de novos conhecimentos, com técnicas de estudos voltadas à exploração e à análise do meio fisiográfico que possibilitassem a aquisição de informações de uma maneira rápida e econômica. Um mapeamento sistemático de um país consiste na representação plana do seu espaço territorial por meio de séries de cartas em escalas-padrão e sistemas de projeção cartográfica definidos para atender aos requisitos de planejamento voltados para o desenvolvimento sócio-econômico, bem como para subsidiar a realização das principais atividades humanas (CORREIA et al., 2005).

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áreas prioritárias para preservação, como as áreas de proteção permanente (APPs); áreas de conservação, como a reserva legal (RLs), e a implantação de corredores verdes, como indicado neste trabalho. Com o trabalho de Joseph Paxton em 1843 na Inglaterra, o conceito de Corredores Verdes surge num movimento Internacional tendo uma grande importância, pois propunha um conceito inovador para parques, considerando aspectos ambientais dentro de um sistema viário (LITTLE, 1990); para assim, responder às exigências de compatibilização entre os efeitos espaciais negativos do inevitável crescimento urbano e a necessária salvaguarda da qualidade ambiental. Em 1865, Olmsted introduziu o conceito de parks ways (parkways), que seriam caminhos que ligassem parques e espaços abertos entre si e com suas vizinhanças, tendo a transformação do vale do rio Strawberry Creek em um parque linear (LITTLE, 1990). Outro conceito que exerceu grande influência sobre a criação dos parques lineares, foi o de greenbelts proposto em 1898, por Ebenezer Howard na Inglaterra a partir do modelo “Garden City”, onde a cidade se desenvolveria em um jardim. Posteriormente, o conceito de greenbelts foi desenvolvido nos Estados Unidos, durante a década de 1920, por Benton MacKaye, e na década de 1960, o planejamento e projeto com bases ecológicas estavam consolidados, quando Ian McHarg publicou o livro Design with Nature, em 1969, trazendo bases teóricas e técnicas para o assunto.

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realizados no planejamento de parques lineares mostra que os estudos sobre o meio físico são de extrema importância para que se alcancem os objetivos de implantação dessas áreas. Segundo GIORDANO (2006) apesar da literatura não apresentar uma metodologia única comum ao planejamento de parques lineares, algumas técnicas foram bastante observadas, dentre as quais, podem ser destacadas as de identificação e quantificação da fauna, flora, elementos da paisagem e elementos antrópicos, percepção ambiental, sensoriamento remoto e sobreposição de mapas.

Sendo que o corpo d’água em estudo localiza-se num assentamento rural, além da delimitação do corredor verde ao longo da sua extensão, procurou-se também conciliar uma importância econômica e ecológica como incentivo para os assentados cuidarem deste corredor. Desta forma, tem-se como sugestão, a agrofloresta, nome genérico utilizado para descrever um sistema de uso da terra antigo e amplamente praticado, em que as árvores se combinam espacial e/ou temporalmente com animais e/ou cultivos agrícolas, obtendo-se benefícios das interações ecológico-econômicas resultantes (FARREL E ALTIERI, 1999), a qual é considerada como alternativa agrícola-ecológica menos impactante e que pode auxiliar na reversão de processos da degradação ambiental, contribuindo para o aumento da biodiversidade animal e vegetal (SANTOS, 2000). E, como exposto por Altieri & Nicholls (2000), um agroecossistema que seja mais diversificado e permanente, e que se maneja com poucos insumos (p.e. sistemas tradicionais de policultivo e agrosilvipastoris) tem a vantagem de possuir processos ecológicos associados à ampla biodiversidade dos sistemas, o que não ocorre em sistemas simplificados de alto insumo (monocultivos modernos). Além disso, como forma de aumentar a diversidade, Carvalho et al. (2004) indicam o cultivo de diferentes famílias próximas umas das outras, assim, ao mesmo tempo, contribuem no autocontrole de pragas e endemias levando a uma redução da ocorrência dos problemas relacionados com a proteção de plantas. Também, sugerem inversão das espécies anuais, para funcionar como rotação de culturas no tempo e no espaço, junto às espécies perenes e florestais, formando a Agrofloresta. Assim os Sistemas Agroflorestais surgem como uma nova proposta no auxílio da conservação/proteção do meio ambiente (com base em práticas que contribuam para aumentar ou manter a sustentabilidade e diversidade do sistema) e produção agrícola (com base no suprimento da demanda de alimentos, energia, madeira), SANTOS, 2000

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Geral: delimitar a área prioritária para a implantação de um corredor verde agroflorestal nos corpos d’água localizados no assentamento rural Monte Alegre, Município de Araraquara/SP.

Objetivos específicos: realizar o mapeamento geoambiental da região em que o assentamento rural Monte Alegre está inserido; determinar os grupos ecológicos para a escolha das espécies agroflorestais e sua distribuição espacial que farão parte da recuperação da APP e na implantação do CVA;

LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo selecionada está localizada na Sub-Bacia do Médio Mogi Superior, tendo sido considerada desde a nascente do Ribeirão do Monte Alegre até o encontro com o Corrégo dos Pilões, contendo todos os seus afluentes de primeira e segunda ordem. A área foi escolhida por apresentar um corredor verde natural (mata ciliar) que atravessa um assentamento rural formado por 6 núcleos com um total de 416 lotes. A Sub-Bacia do Médio Mogi Superior está inserida na Bacia do Rio Mogi-Guaçu (UGRHI-09) e compreende os municípios de Motuca, Guatapará, Rincão, Santa Lucia, Américo Brasiliense, Luiz Antônio, Santa Rita do Passa Quatro, Descalvado e porção do município de Araraquara.

A Bacia do Rio Mogi-Guaçu está localizada na região do nordeste do Estado de São Paulo e sudoeste de Minas Gerais, a uma distância média de 200km da cidade de São Paulo, ocupando uma área de 14.653 km², de forma aproximadamente retangular que se desenvolve no sentido Sudeste- Noroeste. O trecho paulista está compreendido entre os paralelos 21º 45’ e 22º 45’ e os meridianos 46º 15’ e 47º 45’.

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variando de 400m a 800m. O Planalto Ocidental apresenta grande uniformidade o que confere certa monotonia ao relevo, com predomínio de baixas e amplas colinas, com altitudes oscilando entre 400 a 600m.

A região de estudo é caracterizada pelos solos do tipo Latossolo Roxo, Latossolo Vermelho-Amarelo fase arenosa, Rigossolo dispostos em toda a área e Solos Hidromorfícos próximos aos leitos dos rios.

O clima da região é definido como tropical com duas estações distintas, segundo a classificação de Köppen, é Cwa, com temperatura média anual entre 16,33ºC a 37,75ºC. devido a esse clima, ter-se-á uma vegetação primária de floresta Latifoliada Tropical, segundo IBGE (1991), que apresentava diversas espécies como a peroba, o pau d'alho, a figueira branca, vegetação característica das áreas de solos Latosol Roxo. Também registra a presença do cerrado em grande parte do município e floresta estacional semidecidual aluvial próximas dos leitos dos rios (IBGE,1993).

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Figura1: Localização do assentamento Monte Alegre, Araraquara-SP.

MATERIAL E MÉTODOS

Seguindo orientações de Giordano (2006), o desenvolvimento da metodologia seguiu duas etapas principais, sendo que neste trabalho, a primeira foi a de produção de mapas temáticos e a segunda a de análise fisiográfica para a delimitação do CVA na área do assentamento Monte Alegre. Para complementar o estudo foi realizada uma terceira etapa que é a determinação da Composição Vegetal que melhor se adapta aos elementos geoambientais.

Etapa 1 – Elaboração dos mapas temáticos

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Figura2: imagem de composição colorida das bandas 4, 2, 3 (RGB) do CCD1/CBERS-2, cena de 14.08.2006, com resolução de 20 m, 1:150.000;

Etapa 1.1 – Mapa de Uso e Ocupação

O mapeamento de uso e cobertura do solo iniciou-se com a segmentação da imagem utilizada, com similaridade 10 e área de pixel 20. Seguido pela classificação de imagem segmentada por regiões, usando o classificador Bhattcharya e limiar de aceitação 95%. Sendo que, após imagem classificada foi realizada uma reclassificação pixel-a-pixel para corrigir erros e adequar ao uso e ocupação correto da área de estudo. A legenda utilizada foi composta pelas seguintes classes: Solo Exposto, APP, Fragmento Florestal e Área com Cultivos. Os mapas foram gerados na escala de 1:150.000.

Etapa 1.2 – Mapa de Fisiografia

O mapeamento da Fisiografia foi realizado por meio da análise das características fisiográficas da área de estudo, a partir da imagem de composição colorida das bandas 2, 3, 4 (GBR) e cartas topográficas em escala 1:50.000 das Folhas Matão (SF-22-X-D-VI-1) e Rincão (SF-22-X-D-VI-2) do IBGE (1971). Os elementos que compõe a legenda fisiográfica foram: Planalto Médio (670 a 690 metros de altitude), Planalto Baixo (650 a 670 metros de altitude), Planalto Muito Baixo (630 a 650 metros de altitude), Planície (abaixo de 600 metros) e Talude. Depois de identificados, os elementos fisiográficos foram delimitados e classificados no Spring 4.3.3., gerando um mapa fisiográfico semi-detalhado, 1:150.000.

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As Áreas de Preservação Permanente (APP), de acordo com a legislação brasileira vigente, Lei no. 4.771, de 15/09/65, alterada pela Lei no. 7.803/89 e 7.875/89, são consideradas as florestas e demais formas de vegetação naturais situadas ao longo de rios ou de qualquer curso d’água desde o seu nível mais alto, cuja largura mínima seja de 30 (trinta) metros para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura de 50 (cinqüenta) metros para as nascentes. Neste trabalho, elas foram demarcadas e geradas através da ferramenta Buffer, do Spring 4.3.3., sendo 30m no curso d’água e raio de 50m nas nascentes.

Para a disposição das espécies florestais que comporão a APP do assentamento recomenda-se um espaçamento 3 x 2m, como forma de contemplar as exigências da legislação vigente para recuperação de áreas degradas (Resolução SMA 58, de 29-12-2006). Sendo assim, sugere-se a utilização do Esquema APPs-Saf simples (Figura 3), onde além das nativas, sugere-se duas espécies de leguminosas, o feijão-guandu (Cajanus cajan) e o feijão-de-porco (Canavalia cajan), adaptado de Silva e Viana (2002).

Figura 3: Esquema APPs-Saf simples; NP: não pioneiras, P: pioneiras, ..: feijão-guandu, sssss: feijão-de-porco; adaptado de Silva e Viana, 2002;

As espécies que contemplarão as categorias de Pioneiras e Secundárias devem estar inseridas no bioma local, devendo então ser utilizada a legislação (Resolução SMA 58, de 29-12-2006) para tal determinação, bem como trabalhos de florística e fitossociologia desenvolvidos na região que caracterizem o grupo ecológico de cada espécies existentes da vegetação local.

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Como sugere Giordano (2006) fica caracterizado o uso de uma análise de integração das informações contidas nos diferentes mapas gerados – etapa 1 – pelo estudo das técnicas de sensoriamento remoto (mapas de uso e ocupação e de fisiografia) na área de estudo. Etapa 2.1 – Análise da implantação do CVA

Considerando as funções de conservação dos recursos naturais que o CVA pode englobar, entende-se que as áreas passíveis da paisagem para sua implantação devem considerar os aspectos geoambientais, obtidos no mapa da fisiografia (planície e talude); bem como as classes de uso e ocupação (fragmentos florestais próximos à APP dos corpos d’água do assentamento Monte Alegre).

O primeiro passo para se determinar o melhor caminho do corredor foi a seleção de atributos escolhidos de inclusão e exclusão, sendo que os primeiro, neste caso, são as planícies dos corpos d’água, os taludes e fragmentos florestais; e os segundos, são as próprias APPs.

Etapa 2.2 - Delimitação do Corredor Verde Agroflorestal

Desta forma, foi elaborado o mapa do CVA separando as informações a partir da delimitação do Buffer de 30 metros em torno dos corpos d’água que atravessam o Assentamento Monte Alegre e de 50 metros nas nascentes, indicando as áreas de preservação permanente (etapa 1.3). sendo que as áreas de planícies e taludes foram utilizadas para a delimitação do corredor verde agroflorestal,

Etapa 3 – Composição Vegetal do CVA

Utilizando-se de uma composição vegetal que abranja espécies arbóreas nativas e agrícolas, bem como espécies anuais agrícolas, poder-se-á proporcionar aos assentados um benefício econômico em relação ao CVA, uma vez que será possível extrair produtos madeireiros, das seringueiras, das castanheiras, frutíferos, oleíferos e melíferos, além das espécies anuais, mais comuns na alimentação diária e também englobando as espécies florestais nativas utilizadas para a recuperação de áreas degradadas, que poderão servir para poleiro da avifauna e fonte de alimento da mesofauna, o que permitirá uma recolonização da fauna nativa desta região, promovendo a dispersão da flora.

Etapa 3.1 – Distribuição espacial das espécies vegetais no CVA

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plantado entre as fileiras de árvores, com espaçamento de 1m. As frutíferas se inserem entre as nativas, o que confere um espaçamento entre árvores de 1 x 1,5m (Figura 4).

Figura 4: Esquema CVA-complexo; NP: não pioneiras, P: pioneiras, (. . .): feijão-guandu e girassol,(sssss): feijão-de-porco, (___) capim

napier, ( ) frutíferas; adaptado de Silva e Viana, 2002;

As espécies agrícolas arbóreas que comporão o CVA-complexo deverão ser determinadas com a participação dos assentados, relacionando a escolha das espécies às características fisiográficas que abrange o CVA, para que eles mesmos identifiquem uma utilização econômica-ecológica para o corredor, bem como garantir sua manutenção, o que constituiria um novo trabalho..

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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Figura 5: Mapa da Classificação da Imagem Segmentada por Regiões, 1:150.000.

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Figura 6: Mapa da Classificação de Uso e Ocupação, corrigido 1:150.000.

A análise Fisiográfica indicou que a região do assentamento é composta por planaltos aplainados com altitude variando entre 640m a 690m, tendo a altitude próxima aos leitos dos rios com valores de 600m. A região apresenta taludes convexos suaves, sendo a continuação dos planaltos presentes na área. As planícies são relativamente extensas, e, no geral, encontram-se ocupadas pela vegetação ciliar, Figura 7.

Figura 7: Mapa da Fisiografia, 1:150.000.

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vegetação arbórea-arbustiva esparsa e por gramíneas. As nascentes encontram preservadas, mas a proximidade dos cultivos indica a possível contaminação por agrotóxicos e fertilizantes.

A delimitação do CVA gerou um mapa com zonas quanto a áreas úmidas e secas dentro da planície e talude, assim, o tipo de vegetação a ser implantada no corredor agroflorestal deverá considerar tais características ambientais, seguindo a espacialização das espécies vegetais do CVA adotou-se a distribuição utilizada por Silva e Viana (2002) compondo então o esquema CVA-complexo, etapa 3.1, figura 8.

Figura 8: Mapa das APPs e CVA, 1:150.000.

CONCLUSÃO

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implantação de um corredor verde, neste caso agroflorestal, que se apresenta como uma maneira alternativa de manter o lucro da produção dos agricultores e a conservação da área.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Figura 3: Esquema APPs-Saf simples; NP: não pioneiras, P: pioneiras, ..:
Figura 4: Esquema CVA-complexo; NP: não pioneiras, P: pioneiras,  (. . .): feijão-guandu e girassol,(sssss): feijão-de-porco, (___) capim
Figura 5: Mapa da Classificação da Imagem Segmentada por Regiões, 1:150.000.
Figura 6: Mapa da Classificação de Uso e Ocupação, corrigido 1:150.000.
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