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AÇÃO DECLARATÓRIA DE UNIÃO ESTÁVEL C/C PARTILHA DE BENS

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Academic year: 2022

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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE UNIÃO ESTÁVEL C/C PARTILHA DE BENS. PLEITO DE DIVISÃO DE BENS IMÓVEIS.

IMPOSSIBILIDADE. IMÓVEIS NÃO ADQUIRIDOS ONEROSAMENTE NA CONSTÂNCIA DA UNIÃO ESTÁVEL. DOAÇÃO PELO MUNICÍPIO À EMPRESA E NÃO AO DE CUJUS. DIREITO REAL DE HABITAÇÃO DA COMPANHEIRA.

DESCABIMENTO. SENTENÇA CONFIRMADA.

APELO DESPROVIDO.

APELAÇÃO CÍVEL SÉTIMA CÂMARA CÍVEL

Nº 70056340656 (N° CNJ: 0358692- 55.2013.8.21.7000)

COMARCA DE SÃO JERÔNIMO

E.R.P.O.

..

APELANTE F.S.

..

APELADO V.S.

..

APELADO L.S.S.G.

..

APELADO E.C.S.

..

APELADO S.J.F.S.S.

..

INTERESSADO

A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos os autos.

Acordam os Desembargadores integrantes da Sétima Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, em negar provimento ao recurso.

Custas na forma da lei.

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Participaram do julgamento, além da signatária, os eminentes Senhores DES. SÉRGIO FERNANDO DE VASCONCELLOS CHAVES (PRESIDENTE E REVISOR) E DES.ª LISELENA SCHIFINO ROBLES RIBEIRO.

Porto Alegre, 30 de julho de 2014.

DES.ª SANDRA BRISOLARA MEDEIROS, Relatora.

R E L A T Ó R I O

DES.ª SANDRA BRISOLARA MEDEIROS (RELATORA)

Trata-se de recurso de apelação interposto por EDNA REGINA P. DE O., em face da sentença (fls. 132-3) proferida nos autos da ação de reconhecimento de união estável c/c partilha e direito real de habitação movida em face de FERNANDA DA S., VIVIANE DA S. S. e LUANA DA S.

S. G., a qual julgou procedente em parte os pedidos, para o fim de reconhecer a união estável havida entre as partes entre 15/03/2008 a 12/01/2011 (data do óbito), para que produza seus jurídicos e legais efeitos, na forma do artigo 226, parágrafo 3º, da Constituição Federal e artigo 1.723 da Lei nº 10.406/02, excluindo da partilha dos bens os imóveis matriculados sob os nºs 5.435 e 5.613, revogando a liminar deferida na fl. 65.

Nas razões recursais (fls. 141/8), com documentos, a apelante alega que a doação dos imóveis em questão ocorreu quando da união do casal, sem qualquer cláusula de incomunicabilidade. Afirma que em momento algum o falecido residiu no bem com sua ex-cônjuge, tendo a propriedade do imóvel vindo a ocorrer quando da união estável do casal. Por fim, argumenta que o terceiro interessado proprietário do bem manifestou-se

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no sentido de que não será prejudicado com a manutenção da ora recorrente no imóvel.

Requer o recebimento do apelo no duplo efeito e, no mérito, a reforma da sentença de parcial procedência, reconhecendo-se os direitos da apelante.

Recebido o apelo no duplo efeito, fl. 149, e apresentadas contrarrazões, às fls. 151-3, sobem os autos, aderindo parecer do Ministério Público, às fls. 155-7, pelo conhecimento e desprovimento do recurso.

Registro ter sido observado o disposto nos artigos 549, 551 e 552, do CPC, tendo em vista a adoção do sistema informatizado.

É o relatório.

V O T O S

DES.ª SANDRA BRISOLARA MEDEIROS (RELATORA)

Eminentes Colegas.

Presentes os pressupostos processuais, conheço do recurso.

Busca a apelante a partilha dos imóveis matriculados sob n.º 5.435 e nº 5.613 do Ofício dos Registros Públicos de Arroio dos Ratos (fls.

83-4) e o reconhecimento de seu direito real de habitação, em decorrência da união estável mantida com o de cujus, José Fernando S. dos S., no período de 15/03/2008 a 12/01/2011.

Compulsando os autos, verifico que os imóveis que a requerente pretende partilhar foram doados à empresa F. L. V. Florestal Ltda. e não ao falecido ou ao casal, conforme se infere do teor das matrículas acostadas nas fl. 83-4. Além disso, constato que, em que pese as escrituras públicas de doação tenham sido lavradas em 30/10/2008 (fl. 49) e

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tais imóveis já eram ocupados pelo de cujus e sua ex-esposa, portanto, antes da união havida com a recorrente, por ser a sede da referida empresa, bem como estar mencionado nas escrituras de doação o contrato de comodato, datado de 17 de dezembro de 1999 (fls. 85-9).

Assim, comprovado que os imóveis não foram adquiridos onerosamente na constância da união estável pelo casal, não há falar em partilha de bens.

Igualmente não prospera o pleito da recorrente ao direito real de habitação, pois como bem pondera a Magistrada singular “a Autora não faz jus uma vez que o imóvel sub judice não era de propriedade de cujus, mas sim da pessoa jurídica F.L.V. Florestal Ltda., logo, inexiste o suporte fático para incidência da norma de reconhecimento do direito real de habitação, que é e condição de proprietário (Apelação Cível nº 70042541714). Ademais, tal não poderia ser reconhecida nestes autos uma vez que dispõe de direito de terceiro, ou seja, se estaria onerando um bem onde há terceiro interessado/proprietário, no caso, o sócio do de cujus, este sem direito de defesa.”

Nesse contexto, a manutenção da sentença é medida que se impõe.

Ante o exposto, meu voto é no sentido de negar provimento ao apelo.

DES. SÉRGIO FERNANDO DE VASCONCELLOS CHAVES (PRESIDENTE E REVISOR) - De acordo com o(a) Relator(a).

DES.ª LISELENA SCHIFINO ROBLES RIBEIRO - De acordo com o(a) Relator(a).

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DES. SÉRGIO FERNANDO DE VASCONCELLOS CHAVES - Presidente - Apelação Cível nº 70056340656, Comarca de São Jerônimo: "NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME."

Julgador(a) de 1º Grau: CARLA CRISTINA ORTNAU CIRIO E SANTOS

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