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ANÁLISE HISTOLÓGICA DO TUMOR DE WALKER 256 DE ANIMAIS TRATADOS COM PREBIÓTICOS.

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ANÁLISE HISTOLÓGICA DO TUMOR DE WALKER 256 DE ANIMAIS TRATADOS COM PREBIÓTICOS.

Mariana Cristiane Domingues Pitta 1, Claudia Consuelo do Carmo Ota2.

1 Farmacêutica e acadêmica do curso de Tecnologia em Bioprocessos e Biotecnologia da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR);

2 Orientadora, Bióloga e Prof.a Msc. da Universidade Tuiuti do Paraná .

Endereço para correspondência é o da acadêmica: Mariana Cristiane Domingues Pitta, nana040181@hotmail.com

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RESUMO: O presente estudo estabelece um modelo experimental de desenvolvimento tumoral em ratos, permitindo assim, o estudo do carcinoma induzido pelo tumor de Walker 256 como também a caracterização histomorfológica deste câncer tratado com prebióticos. As análises histológicas identificaram a infiltração do câncer na amostra e a ativação do Bio-Mos em células imunológicas.

Palavras-chave: tumor de Walker 256, Bio-Mos, análises histológicas.

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ABSTRACT: The present study provides an experimental model of tumor development in rats, thus allowing the study of carcinoma induced by Walker 256 tumor as well as histomorphological characterization of cervical cancer treated with prebiotics. Histological analysis recognized the infiltration of cancer in the sample and the activation of immune cells in Bio-Mos.

Keywords: Walker 256 tumor, histological analisys, Bio-Mos.

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INTRODUÇÃO

O modelo de indução de tumor de Walker 256, que é um tumor mamário, tem sido amplamente descrito na literatura mostrando excelente taxa de exame e fácil manuseio durante análises em laboratório. O modelo foi descoberto em 1928 por George Walker em seu laboratório na Universidade Johns Hopkins Medical School. Ele constatou uma massa tumoral caracterizada como um carcinossarcoma em uma rata albina grávida, que diminuiu durante a lactação e eclodiu novamente em breve (ALVES, 2008).

Existem vários modelos descritos na literatura, a maioria deles com 100% de taxa de exame sobre os locais onde foram implantados.

O termo câncer refere-se ao tumor maligno que caracteriza- se por invadir tecidos e órgãos e espalhar metástase. Os cânceres também possuem características de serem células

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consumidoras de glicose e liberarem ácido lático; terem alto gasto de energia por aumento da síntese protéica e de DNA (BONATTO, 2008).

Tumores derivados dos tecidos epiteliais são chamados de carcinomas, se este epitélio for glandular, denomina-se então como adenocarcinoma e aqueles que derivam de tecidos conjuntivos e musculares são denominados sarcomas. O tumor de Walker 256 é definido como um carcinossarcoma que originalmente foi um adenocarcinoma (ALVES, 2008;

MCKEE, 1997).

Os riscos de cânceres estão aumentados por influência de estilos de vida, por indução de agentes químicos, físicos, virais e herança genética.

Segundo Snell (1985), as origens da caquexia do câncer não estão bem definidas.

Entretanto há poucas dúvidas de que a caquexia não seja a causa de uma demanda nutricional do tumor. As evidências indicam o fato pela ação de citocinas induzidas pelo tumor ou na resposta imune ao tumor.

Os pacientes com câncer geralmente perdem gordura e massa corpórea que acompanham fraqueza, anorexia e anemia. A anorexia, que é um problema comum entre os pacientes com câncer, está associada à anomalias no paladar e no controle central do apetite mas não explica suficientemente o estado caquético pois existem alterações metabólicas no câncer que levam à uma síntese reduzida de gordura e seu armazenamento, bem como a mobilização de ácidos graxos dos adipócitos.

O sistema imune tem a função de defender o organismo contra invasores como as células cancerosas, já o intestino, com uma grande parte dos vasos linfáticos como o GALT (gut-associated lymphoid tissue), acaba respondendo ao aparecimento de algo contra o qual o corpo deve defender-se (DISTÚRBIO...2010).

A disbiose é denominada pela ação de agressores com uma alteração da microbiota intestinal e da permeabilidade das paredes. As paredes do intestino quando estão em bom estado absorvem bem os nutrientes e as toxinas contidas no bolo fecal não conseguem penetrar na corrente sanguínea mas quando estão em disbiose, partículas de alimento mal digeridas, toxinas e radicais livres ultrapassam essas paredes, entram na corrente sanguínea e então geram anticorpos (DISBIOSE...2010).

O acúmulo de agressores ao intestino costuma provocar alterações no equilíbrio e resulta em um aumento perigoso de bactérias nocivas e redução das bactérias benéficas.

Os prebióticos têm efeito redutor destas bactérias nocivas e aumento das benéficas,

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(GATOS..,2010). Prebióticos como o Bio-Mos são compostos por mananoligossacarídeos e sua utilização neste experimento justifica-se pela ação deste frente à incapacidade de bactérias gram negativas fermentarem na presença destes carboidratos.

O diagnóstico histológico relacionado ao câncer está associado com comportamentos biológicos e modelos de expansão específico.

No presente estudo, objetivou-se o comportamento histológico cancerígeno na administração de prebióticos como o Bio-Mos.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram utilizados 30 (trinta) ratos Wistar, fêmeas e machos, entre 176,7 e 235,1 gramas, do biotério da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) e todos os esforços possíveis foram utilizados para minimizar o sofrimento e o número dos mesmos. Os animais foram mantidos no Laboratório de Fauna (Lafau) do Setor de Ciências Biológicas da UTP, abrigados a 24º C em ciclo luz-escuro de 12 horas e com acesso a água e alimento.

Uma suspensão de células tumorais (1 mL) do Carcinossarcoma de Walker 256, na concentração de 3x104 células/mL, doadas pelo professor Luiz Claudio Fernandes da UFPR, foi implantada nos ratos previamente anestesiados. Os animais foram observados durante 20 (vinte) dias consecutivos para determinação da curva de peso corpóreo, sendo posteriormente sacrificados e os tumores removidos para exames histológicos. As células tumorais usadas eram do Carcinossarcoma Walker 256, mantido em laboratório por inoculações intramusculares sucessivas na coxa direita de ratos Wistar.

Alguns animais foram anestesiados por éter em cuba de dissecação e outros por via intraperitoneal. As células tumorais usadas foram do Carcinossarcoma Walker 256, mantido em laboratório por inoculações intramusculares sucessivas na coxa direita de 18 (dezoito) ratos Wistar na quantidade de 1 mL de suspensão de células do tumor de Walker. Testes pilotos foram realizados para determinação da quantidade de células que pudesse demonstrar 100% de pega do tumor na coxa de rato.

Os animais foram observados diariamente por um período de 20 (vinte) dias, sendo um grupo alimentado com o prebiótico via oral e o outro grupo permanecendo como controle. Os animais foram pesados após a eutanásia dos mesmos.

Os tumores dos animais foram removidos, posteriormente pesados e levados ao processamento para análise histológica.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os pesos dos tumores nos animais tiveram uma redução de aproximadamente 84%

quando submetidos ao tratamento com prebióticos.

A diferença em números é demonstrada na tabela a seguir:

Tabela 1 – Relações em peso (gramas) .

PRÉ PÓS TUMOR CARCAÇA

WK 220 ± 8,6 238,3 ± 9,3 37,7 ± 2,75 200,54 ±6,06

WKB 210,06 ± 2,5 260,4 ± 5,6 6,02 ±0,78 254,3 ± 4,9

WK: Tumor de Walker 256 PRÉ: antes do processo tumoral WKB: Tumor de Walker 256 + Bio-Mos PÓS: depois do processo tumoral

A atividade imunológica mostrou-e intensa e muito promissora no combate ao crescimento tumoral conforme a tabela. É possível observar também uma grande redução da síndrome caquética pelo ganho de peso de animais tratados com o Bio Mos.

As lâminas para a análise histológica foram coradas com hematoxilina- eosina e foram observadas ao microscópio óptico do laboratório da Universidade Tuiuti do Paraná.

As células dos animais que foram tratados com o Bio Mos apresentaram grande atividade de macrófagos, indicando assim, um excelente modelo na indução da resposta imunobiológica (figura 1).

As células de animais controle, ou seja, as quais não foram submetidas a qualquer tratamento, constataram a evolução tumoral com visível pleomorfismo e atividade mitótica intensa, podendo ser observado um certo grau de invasão em tecidos adjacentes musculares (figura 2).

A observações microscópicas podem ser analisadas de acordo com as figuras 1, 2 e 3.

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Figura 1. Ilustração da intensa atividade imunobiológica por macrófagos ( tumor de Walker 256 + Bio-Mos).

Figura 2. Tumor de Walker 256 (pleomorfismo e invasões em tecido muscular)

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Figura 2. Nesta figura é possível observarmos a necrose celular através da eosinofilia e da cariólise.

Há vários estudos com a utilização de prebióticos no tratamento de cânceres. Com este experimento de análise histomorfológica conseguimos relatar grande mudança no comportamento da célula e em sua resposta imunomoduladora.

CONCLUSÃO

Após análise histológica e comparações entre pesos tumorais e carcaças concluímos que uma alimentação rica em prebióticos é efetiva no combate ao câncer e na redução brusca da síndrome da caquexia.

A inclusão de estudos clínicos sobre dosagem de prebióticos e moduladores imunobiológicos é de extrema importância uma vez que neste experimento com ratos Wistar podemos observar o comportamento saudável frente à uma doença tão temida pelos seres humanos.

A redução de 84% no tamanho do tumor destes animais não descarta a infiltração e potencialidade deste tumor, porém nos mostra cientificamente um possível tratamento eficaz que possa até não utilizar a intervenção de quimioterápicos convencionais com possibilidade de contenção de uma metástase.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Luciana Eberhardt. Estudo comparativo entre o efeito do exercício aeróbico e do anaeróbico no crescimento tumoral e caquexia em ratos com tumor de walker 256.

70f. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Departamento de Educação Física. Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2008.

BIO-MOS. Disponível em: http://www.bio-mos.com. Acesso em 23 out. 2010.

BONATTO, Sandro Jr. Efeito da suplementação com óleo de peixe, durante oito semanas, sobre o sistema imunitário inato de pacientes, pós-remoção tumoral e efeito in vitro do óleo de peixe sobre as células tumorais. Tese de Doutorado. UFPR, Curitiba, 2008.

COTRAN, Ramzi S. Robbins: Patologia Estrutural e Funcional. 6.a edição, 2000.

DISBIOSE. Disponível em: http://www.masci.com.br/si/site/0108. Acesso em: 10 nov. 2010.

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http://www.organnact.com.br/adm/upload_arquivos/produto_24_file1_promun_cat.pdf.

Acesso em 10 nov. 2010.

JUNQUEIRA, L. C; CARNEIRO José. Histologia Básica. 8.a edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 1995.

MCKEE, Grace T. Citopatologia. Editora Arte Médica, 1997.

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RAMALDES, Gilson A. et al. Captura de lipossomas pelas placas de Peyer de camundongos após administração oral. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, vol.38, n.o2. Abr/ Jun 2002.

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SNELL, Richard S. Histologia Clínica. Rio de Janeiro: Discos CBS, 1985.

WEINBERG, Robert. A biologia do câncer. Porto Alegre: Artmed, 2008.

Referências

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