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HISTÓRICO DO SEB E O S

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(1)

O

PERAÇÃO DE

S

ISTEMAS

E

LÉTRICOS

Prof. Asley S. Steindorff Aula 2

HISTÓRICO DO SEB

(2)

Histórico do Setor Elétrico

Primórdios;

A Estruturação dos Serviços Públicos – Código de Águas;

A Operação Direta pelo Estado;

A Era Estatal;

O Desgaste do Modelo Estatal.

Primórdios

Até a primeira década do século XX: grande número de pequenas usinas geradoras, cuja produção visava o atendimento dos serviços públicos instalados nas cidades, sendo empregada predominantemente na iluminação pública e particular, nos bondes utilizados para o transporte coletivo e no fornecimento de força motriz a unidades industriais, sobretudo do setor têxtil.

(3)

Primórdios

Usina Hidrelétrica Ribeirão do Inferno, em 1883, destinada ao fornecimento de força motriz a serviços de mineração em Diamantina;

Usina Hidrelétrica da Companhia Fiação e Tecidos São Silvestre, de 1885;

Usina Hidrelétrica Ribeirão dos Macacos, em 1887;

Usina Termelétrica Velha Porto Alegre, em 1887, no Rio Grande do Sul

Usina Hidrelétrica Marmelos, em 1889, por iniciativa do industrial Bernardo Mascarenhas.

Primórdios

Constituição Federal de 1891:

concessões para distribuição - prefeituras,

concessões de geração hidroelétrica - governos estaduais

Primeiros Contratos de Concessão:

prazos longos: atingindo até 80 e 90 anos,

ofereciam aos concessionários garantias financeiras por parte do Estado.

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Primórdios

Período de Concentração Econômica do Setor (1930 – 1960):

Grupo Light: concentrado no eixo Rio de Janeiro - São Paulo,

Amforp: concentrando em diversas capitais estaduais concentram 90% das vendas de energia elétrica

Investimentos estrangeiros, cada vez mais presentes - monopolização e desnacionalização do setor

Tarifa baseada na cláusula ouro

Primórdios

Natureza do regime político: apoio à agro-exportação (café com leite). Regime liberal com os barões (rurais e industriais).

Não fiscalização da energia elétrica leva a críticas dos nacionalistas e dos pensadores modernos.

Visão mundial: estatização e intervenção nos serviços públicos, ressaltando o dilema negócio versus valor estratégico e social.

Tendência ao monopólio com ação reguladora.

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Código de Águas

1929 - “crack” da bolsa de Nova York.

Enterra o modelo agrícola exportador brasileiro.

Crise do modelo econômico mundial, com o crescimento do modelo industrial.

1930 - novo regime político no Brasil.

centralizador e nacionalista,

defensor da industrialização (fome de energia), defensor do aproveitamento dos recursos naturais.

Governo com postura ativa.

Sem possibilidade de operação direta.

Código de Águas

Código de Águas é publicado em 1930 já estava pronto desde 1917;

voltado às forças hidráulicas;

com forte inspiração americana.

Potenciais hidráulicos são bens da união, distintos do solo.

União investe-se do poder de outorgar as licenças para exploração dos potenciais hidráulicos e dos serviços públicos em geral de energia elétrica.

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Código de Águas

Suspendem-se novas licenças (contratos municipais) e compras de empresas.

Novas concessões só dadas a empresas brasileiras.

Fim da tarifa corrigida com a cláusula ouro.

Implanta-se política de retenções tarifárias (pressão sobre as empresas estrangeiras).

Código de Águas

Concessão: Contrato de adesão.

Implanta-se a lógica do monopólio verticalizado.

Tarifa baseada no custo com remuneração fixa.

Valor dos ativos a serem remunerados pelo valor histórico (grandes dúvidas jurídicas).

Contra o código insurgem-se os grupos Light e AMFORP, e muitos industriais (oposição ao intervencionismo).

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Código de Águas

Código de Águas é aplicado de forma tolerante, sem regulamentação (que só ocorreu em 1957 – Decreto 41019), porém assinalou a transformação do papel do Estado Intervencionista.

Avanço do consumo industrial (1940-1960) cria escassez gradualmente crescente (com variações de local e época), mesmo nos grandes centros.

O racionamento formal e informal é freqüente, sendo um freio à industrialização e modernização.

A Operação Direta pelo Estado

Na década de 40 iniciam-se tentativas de estatização fora do eixo Rio-São Paulo.

1943: CEEE assume o interior do Rio Grande do Sul 1943: cria-se a Companhia Siderúrgica Nacional.

1945: cria-se a Chesf para o aproveitamento da cachoeira de Paulo Afonso (180 MW inicial), o que sinaliza ênfase federal na grande geração e transmissão.

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A Operação Direta pelo Estado

Polêmicas intelectuais pós-45: intervenção estatal x desenvolvimento liberal.

Estadistas x Privatistas:

Estadistas queriam estatais na infra-estrutura e indústria pesada para promover desenvolvimento.

Privatistas queriam melhores tarifas e Estado não operador direto (apoio do capital estrangeiro).

A Operação Direta pelo Estado

Até início dos anos 60 criam-se numerosas Estatais Estaduais, estimuladas por crises locais, e abundância de recursos financeiros.

Governos estaduais implantam taxas de eletrificação e dotações orçamentárias para energia elétrica.

Início de interligações.

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A Operação Direta pelo Estado

1956: era JK. Implanta seu plano de metas, e transfere para o setor elétrico o modelo de sucesso Cemig.

Industrialização acelerada, apoio a capital estrangeiro.

Popularizou-se a cultura estatal: empresas estatais eficientes, ponta de lança estratégica dos governos. Sucesso inicial, com forte autonomia.

Estatização iniciou em duas ordens paralelas: federal e estadual.

Light e AMFORP expandiram-se, mas de forma insuficiente.

A Operação Direta pelo Estado

Transformação do Perfil do Setor

Aumento da participação das empresas federais e estaduais na geração, de 6,80%, 1952 , para 31,30%, em 1962.

Redução da participação das empresas privadas com predominância dos investimentos estrangeiros, caiu no mesmo período de 82,40%

para 55,20%.

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A Era Estatal

1961: Lei cria a Eletrobrás, como holding de federais, investindo também em empresas estaduais.

1962: Constitui-se a Eletrobrás, que se torna o fator potencial de maior impulso no movimento de estatização.

Implanta-se mecanismo de planejamento, coordenação e financiamento do setor elétrico.

A Era Estatal

Grupo Coordenador do Planejamento dos Sistemas Elétricos (GCPS):

critério de priorização de obras pela metodologia de custos marginais;

criação de um rateio de energia e potência por empresa, em cada ano do plano de expansão;

substituição do critério de energia firme (determinístico) pelo critério probabilístico de energia garantida.

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A Era Estatal

Grupo Coordenador da Operação Interligada (GCOI)

Criado pela Lei 5.899/1973 (Lei de Itaipu), Incumbido da coordenação operacional do

sistema elétrico,

A Lei também definiu a obrigatoriedade de compra de Itaipu pelas distribuidoras.

A Era Estatal

O crescimento do consumo anual de energia elétrica, entre 1970 e 1980, atingiu o índice de 10%.

Nesse contexto, foram implementados projetos de construção de grandes centrais elétricas (Tucuruí, Itaipu e Angra I).

Constrói-se a malha de transmissão de interesse regional.

Forte prestígio de grandes obras

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A Era Estatal

Grupo AMFORP é comprado pelo governo federal e suas empresas absorvidas por empresas estaduais estatais.

Light nacionalizada em 1978.

Sobram algumas poucas empresas privadas nacionais.

Política de uma empresa estadual (distribuição) por Estado.

A Era Estatal

Dinamismo e fortalecimento da Eletrobrás e de diversas estaduais.

Cria-se a Eletrosul e a Eletronorte.

Geração e transmissão supra - estadual destinada às empresas federais.

Distribuição de responsabilidade das empresas estaduais.

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A Era Estatal

Final dos anos 70 e início dos anos 80:

grandes programas de expansão continuam, porém com menos autonomia de decisão para o setor elétrico e suas empresas

A Era Estatal

Fonte de Recursos no período 1967-1989:

Recursos setoriais próprios: tarifa, IUEE, RGR Recursos setoriais terceiros: empréstimo

compulsório

Recursos extra-setoriais próprios: dotações públicas

Recursos extra-setoriais terceiros: empréstimos exterior, os empréstimos-ponte do Banco do Brasil (aviso MF-10), para rolagem da dívida externa.

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O Desgaste do Modelo Estatal

1974: 1º choque do petróleo. Governo Geisel reage com plano de implantação de indústrias de base (petroquímica, celulose, alumínio);

Crescimento econômico continua (inclusive de consumo de energia elétrica), mas começa o endividamento (a taxas flutuantes);

O Desgaste do Modelo Estatal

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O Desgaste do Modelo Estatal

O Desgaste do Modelo Estatal

Criado o conceito de Remuneração Garantida

Fixada em 10% a 12% do investimento

Criada a CRC – Conta Resultado à Compensar

contabilizar a diferença entre a remuneração legal e a efetivamente (para fins de compensação dos excessos e insuficiências de remuneração).

Remuneração acima – CRC

Déficit - CRC

Mecanismo da CRC desestimula eficiência.

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Em 1974 implanta-se a equalização tarifária (mesma tarifa em todo o território nacional).

Em 1976 inicia-se o longo processo de rebaixamento tarifário que iria até 1993, como forma de combate à inflação.

O Desgaste do Modelo Estatal

O Desgaste do Modelo Estatal

Tarifas fixadas pela Seplan: reduz capacidade de auto- financiamento do setor e acelera seu endividamento.

O Decreto 79.706/77 retira do setor o poder de definir tarifas, transferindo-o para a área econômica do governo.

Em 1975, o setor elétrico representava 10% do endividamento brasileiro. Em 1984, representava 30%.

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O Desgaste do Modelo Estatal

Em 1986, a dívida consolidada do setor atingia a espantosa cifra de US$ 24 bilhões,dos quais cerca de 80% em moeda estrangeira.

O valor do serviço da dívida já ultrapassava em muito o nível de investimento.

Remuneração média do setor em 1975: 12%;

em 1983: 6%.

O Desgaste do Modelo Estatal

No final dos anos 70 e início dos anos 80 (governo Figueiredo) ocorre a influência desmoralizadora de políticos e empreiteiros nas empresas de energia elétrica.

Superfaturamento nas obras.

Em 1979 ocorre o 2º choque do petróleo e a explosão das taxas de juros do endividamento (8% para 18%).

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O Desgaste do Modelo Estatal

Governo federal impõe o endividamento forçado às empresas do setor, através da antecipação dos investimentos.

Setor elétrico resulta estrangulado, com recursos próprios mal sendo capazes de pagar a dívida, sem recursos para investimentos. Setor surge a público com má imagem.

No período 1983-1985, o serviço da dívida cresceu 102%, e a geração própria de recursos caiu 9% em termos reais.

Somado a isso, o consumo de energia foi inferior ao projetado.

O planejamento setorial dos

anos 80 torna-se

crescentemente

superdimensionado e desacreditado.

Não há cobrança da sociedade pelo planejamento super- dimensionado e sobrecustos (DNAEE fraco e Eletrobrás compactua).

O Desgaste do Modelo Estatal

Comparação Entre o Orçamento Original e o Custo de Algumas Obras do Setor Elétrico

OBRA EMPRESA Projeto Real DATA Rosana CESP 100 230 07/91 Taquara CESP 100 170 07/91 P.Primav CESP 100 173 07/91 N.Ponte CEMIG 100 138 12/88 Samuel ELETRONORTE 100 173 12/88

Itaparica CHESF 100 156 07/91

Balbina ELETRONORTE100 144

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Megaprojetos desprestigiados e com indícios de negociatas.

Empresas estaduais reduzem sua participação nos investimentos.

Final dos anos 80 e início dos anos 90: 20 grandes obras paralisadas e capacidade de investimento das estatais praticamente reduzida a zero.

O Desgaste do Modelo Estatal

Obras Paralisadas em 07/92

OBRA DESEMBOLSO EM US$

MILHÕES

Samuel 1.327

Manso 159

P.Cavalo 127

Corumba 650

Angra II 4.323

Jacuí 903

Itá 371

O Desgaste do Modelo Estatal

Empresas estaduais se rebelam e dão calote, que se estende também ao suprimento de energia (endividamento intra-setorial) e à União, como avalista da dívida externa.

O Tesouro Nacional (entenda-se contribuintes) bancou o "rombo" do setor, estimado em US$

22 bilhões (valor histórico).

(20)

OBRIGADO!

Referências

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