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SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO DO VALE DO IPOJUCA - SESVALI FACULDADE DO VALE DO IPOJUCA - FAVIP COORDENAÇÃO DE NUTRIÇÃO CURSO EM BACHARELADO EM NUTRIÇÃO

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SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO DO VALE DO IPOJUCA - SESVALI FACULDADE DO VALE DO IPOJUCA - FAVIP

COORDENAÇÃO DE NUTRIÇÃO

CURSO EM BACHARELADO EM NUTRIÇÃO

ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES HEPATOPATAS ATENDIDOS A NÍVEL AMBULATÓRIAL E HOSPITALAR NO MUNICIPIO DE CARUARU –

PE.

TAYSE FEITOZA DA COSTA

ORIENTADORA: PROFª MS. SILVIA ALVES DA SILVA

CARUARU

2008

(2)

Prof.º Vicente Jorge Espindola Rodrigues Diretor Presidente da FAVIP Prof.ª Ms.c. Mauricélia Bezerra Vidal

Diretora Executiva da FAVIP

Prof.ª Ms.c. Shirley Cristina de Lima e Silva

Coordenadora do Curso de Nutrição

(3)

TAYSE FEITOZA DA COSTA

ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES HEPATOPATAS ATENDIDOS A NÍVEL AMBULATORIAL E HOSPITALAR NO MUNICIPIO DE CARUARU –

PE.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da Faculdade do Vale do Ipojuca, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Nutrição.

Orientador: Profª Msc. Silvia Alves da Silva

CARUARU

2008

(4)

Costa, Tayse Feitoza da.

Estado Nutricional de Pacientes Hepatopatas atendidos a nível ambulatorial e hospitalar no município de Caruaru – PE.

Caruaru : FAVIP, 2008.

34 f.: il.; inclui anexo.

Orientador (a): Silvia Alves da Silva.

Trabalho de Conclusão de Curso (Nutrição) -- Faculdade do Vale do Ipojuca.

1. Estado Nutricional. 2. Desnutrição. 3. Doença Hepática.

Elaborada pelo Bibliotecário: Jadinilson Afonso CRB-4/1367

(5)

ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES HEPATOPATAS ATENDIDOS A NÍVEL AMBULATORIAL E HOSPITALAR NO MUNICIPIO DE CARUARU –

PE.

TAYSE FEITOZA DA COSTA

Monografia apresentada ao Curso de graduação em Nutrição da

Faculdade do Vale do Ipojuca, para obtenção do grau de bacharel em nutrição.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APROVADO EM:___/____/2008

BANCA EXAMINADORA:

_______________________________________________

Profª orientadora Msc Silvia Alves da Silva.

________________________________________________

Profª Msc Larissa Viana

_________________________________________________

Profª Msc Taciana Fernandes

CARUARU

2008

(6)

DEDICATÓRIA

Ao meu filho Raimundo Nonato de Moura Neto, ao meu Marido Rômulo Araújo Moura

Rêgo, pela paciência e compreensão, e a minha família que sempre me incentivou e deu

asas aos meus sonhos.

(7)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, fortalecedor nas horas de angústia e fraqueza.

À Professora Silvia Alves da Silva, orientadora de todas as horas, à Professora Eduila

Couto, as minhas amigas Flaviana Azevêdo, Katianne Melo e Renata Criz, expectadoras

dos meus ensaios para a banca, e à Dr. Josenildo, médico hepatologista do ambulatório

de hepatologia da cidade de Caruaru-PE.

(8)

“A argila principal de nossa obra é a juventude. Nela depositamos todas as nossas esperanças e a preparamos para receber idéias para moldar o futuro”

(Che Guevara)

(9)

APRESENTAÇÃO

O presente estudo visa avaliar o estado nutricional de pacientes hepatopatas internados em unidades de saúde da cidade de Caruaru, Pernambuco, e atendidos no ambulatório municipal de hepatologia.

Este trabalho de conclusão de curso foi elaborado em formato de artigo original

intitulado Estado Nutricional de Pacientes Hepatopatas Atendidos a Nível Ambulatorial

e Hospitalar no Município de Caruaru - PE, que será enviado para a submissão da

Revista Veredas, da Faculdade do Vale do Ipojuca.

(10)

ARTIGO ORIGINAL

Título: Estado Nutricional de Pacientes Hepatopatas Atendidos a Nível Ambulatorial e Hospitalar no Município de Caruaru – PE.

Autores: Silvia Alves da Silva¹,

Tayse Feitoza da Costa². (taysecosta@yahoo.com.br)

¹Especialista em Nutrição Clínica pela Residência em Nutrição Clínica da SES.

Mestre em Nutrição pela UFPE

Professora de nutrição Clínica da Faculdade do Vale do Ipojuca (FAVIP)

²Nutricionista formada pela Faculdade do Vale do Ipojuca.

Endereço para correspondência:

E-mail: taysecosta@yahoo.com.br RESUMO

É comum que pacientes com doenças hepáticas apresentem alterações do estado

nutricional. Este estudo tem como objetivo diagnosticar o estado nutricional de

pacientes hepatopatas atendidos a nível ambulatorial e hospitalar, no município de

Caruaru, Estado de Pernambuco. Foram avaliados 17 pacientes hepatopatas em

atendimento hospitalar e ambulatorial na cidade de Caruaru-PE, utilizando padrões de

avaliação nutricional objetivos e subjetivos, para a avaliação objetiva foram utilizados

como parâmetro a prega cutânea triciptal e a circunferência muscular do braço, e para

avaliação nutricional subjetiva foi utilizada a avaliação nutricional subjetiva global,

desenvolvida por Detsky (1984). Para o parâmetro subjetivo considerando o total da

amostra foram encontrados 52% de desnutridos graves, e quando o parâmetro analisado

(11)

foi o objetivo os números encontrados de desnutridos para CMB e PCT respectivamente foram, 82,35% e 76,47%.

Palavras-chaves: Estado nutricional, desnutrição, doença hepática

ABSTRACT

It is common that patient with hepáticas illnesses they present alterations of the nutricional state. This study the ambulatorial and hospital level has as objective to diagnosis the state nutricional of patient taken care of hepatopatas, in the city of Caruaru, State of Pernambuco. 17 patient hepatics in hospital attendance had been evaluated and ambulatorial in the Caruaru-PE city, using objective and subjective standards of nutricional evaluation, for the objective evaluation had been used as

parameter the triciptal cutaneous fold and the muscular circunference of the arm, and for subjective nutricional evaluation the global subjective nutricional evaluation was used, developed for Detsky (1984). For the subjective parameter considering the total of the sample unfed 52% of serious had been found, and when the analyzed parameter was the objective the unfed joined numbers of for CMB and PCT had respectively been, 82.35%

and 76.47%.

Key words: Nutricional state, malnutrition, hepatic illness.

(12)

Sumário

Introdução...12

Metodologia...18

Resultados...19

Discussão...23

Conclusão...26

Referências Bibliográficas...27

(13)

INTRODUÇÃO

O fígado é a maior glândula do corpo, pesando aproximadamente 1500g.

Integrante da maior parte das funções metabólicas do corpo, incluindo

metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras; armazenamento e ativação das vitaminas e minerais; formação e excreção da bile, conversão da amônia em uréia; metabolismo de esteróides e filtração e câmara de irrigação (MAHAN &

SCOTT-STUMP, 2002).

As hepatopatias (doenças do fígado) podem manifestar-se de modos muito diferentes. As manifestações das hepatopatias que são particularmente importantes incluem a icterícia, a colestase, a hepatomegalia (aumento do fígado), a hipertensão porta, a ascite, a encefalopatia hepática e a insuficiência hepática (TEIXEIRA NETO, 2003).

É comum que pacientes com doenças hepáticas apresentem alterações do estado nutricional por diversas causas: ingestão alimentar insuficiente, má digestão ou má absorção relacionada diretamente ou indiretamente ao fígado, anormalidades no metabolismo de nutrientes e outras (SENA et al, 1999).

Na doença hepática o comprometimento nutricional está relacionado com

alterações do estado de micronutrientes, presença ou não de ingestão alcoólica e

com o grau de comprometimento da função hepatocelular. Reconhecidamente, o

estado vitamínico-mineral está deficiente com a redução da ingestão energética,

uma das principais causas de desnutrição protéico-energética na cirrose hepática.

(14)

Há ainda que ressaltar hábitos alimentares distorcidos (má qualidade da dieta) dentre os alcoolistas crônicos e indivíduos com hepatopatias (MAIO et al, 2000).

A desnutrição e os desvios nutricionais ocasionam a redução da imunidade, aumentando, portanto, o riscos de infecção, hipoproteinemia e edema, bem como a redução da cicatrização de feridas, aumento do tempo de permanência e, conseqüente, aumento dos custos hospitalares, entre outras conseqüências (FONTOURA et al 2006).

Os parâmetros de avaliação nutricional normalmente empregados na prática clínica (Índice de Massa Corporal - IMC, perimetria, exames laboratoriais) têm seu uso limitado em pacientes cirróticos. Várias das manifestações clínicas da desnutrição são decorrentes, tão somente, da doença hepática o que tende a confundir e alterar seu diagnóstico nutricional. Embora poucos estudos tenham sido feitos sobre a avaliação da composição corporal na doença hepática crônica, espera-se que a análise da composição corporal possa proporcionar informações adicionais e mais precisas sobre o estado nutricional destes pacientes (RITTER

& GAZZOLA, 2006).

O estudo da prevalência de desnutrição no ambiente hospitalar tem tido destaque

nos últimos 20 anos, e trabalhos em todo o mundo têm mostrado prevalências

que variam de 30% a 50% em pacientes clínicos e cirúrgicos. Entretanto,

diferentes critérios e diferentes métodos foram utilizados nestes estudos, devido

à falta de um conceito universal para definir desnutrição. O termo “desnutrição

protéico-calórica” refere-se a um antigo conceito baseado principalmente em

medidas objetivas do estado nutricional, tais como avaliação da ingestão oral,

peso corporal e perda de peso, antropometria, dosagem de proteínas hepáticas,

(15)

avaliação da imunidade celular e avaliação da composição corporal. Embora estes indicadores sejam úteis em estudos epidemiológicos de desnutrição, nenhuma medida isoladamente pode ser considerada válida para avaliação individual do paciente hospitalizado (SILVA & BARROS, 2002).

Para MAIO (2004), nas doenças crônicas os melhores indicadores da

subalimentação instalada são os antropométricos. Os indicadores laboratoriais são mais adequados no monitoramento das doenças agudas e nos estágios iniciais de desenvolvimento de alterações nutricionais de pacientes em tratamentos clínicos.

A utilização das proteínas séricas como instrumento de avaliação de desnutrição em pacientes gravemente enfermos tem sido relatada na literatura como um importante e confiável medidor. Sabe-se que a síntese das proteínas hepáticas depende de aminoácidos disponíveis, e o paciente com desnutrição terá essa deficiência em seu organismo (FONTOURA et al, 2006).

A determinação de proteínas séricas (albumina, pré-albumina, transferrina,

proteína transportadora de retinol) poderá apresentar resultados que dependem

do estado de hidratação, da presença de insuficiência renal, de má absorção

intestinal, do grau de lesão hepática, assim como do estoque de ferro e zinco e da

ação de esteróides. O índice de creatinina relacionado à altura tem sido utilizado

para a avaliação da massa muscular. Seu valor como parâmetro de avaliação

depende da precisão na coleta da urina de 24 h, da presença de insuficiência

renal e do grau de competência hepática para gerar creatina. Da mesma forma, o

balanço nitrogenado está sujeito aos vieses representados pela falência renal e

pelas dificuldades na coleta. A 3-metil-histidina, aminoácido liberado no

(16)

catabolismo muscular, eliminado essencialmente pela urina, presta-se à avaliação da perda de massa muscular nas hepatopatias crônicas. Entretanto, resultados falso-positivos decorrem de sua origem também extramuscular e da influência de vários fatores, como idade, sexo e o tipo de dieta adotada

(PAROLIN et al, 2002).

O método de bioimpedância elétrica (BIA) é baseado na condução natural de uma corrente elétrica aplicada a um organismo. Devido à corrente elétrica ser melhor transmitida através da água e dos eletrólitos presentes no tecido magro, a resistência corporal é inversamente proporcional ao volume de água corporal (PAIVA et al, 2002). Evidências na literatura sugerindo que a BIA pode ser utilizada para avaliar mudanças na composição e volume de água corpórea em indivíduos saudáveis levou ao estudo de sua utilidade em pacientes críticos.

Jacobs (1996) revisou uma série de estudos tratando do uso da BIA para a avaliação de mudanças na composição corporal nos pacientes críticos. O autor concluiu que mudanças na impedância refletem proximamente mudanças no volume da água corpórea total e talvez na sua compartimentalização

(FONTOURA et al, 2006). Para Campos (2004), no caso dos hepatopatas, esta se torna inadequada para avaliar a composição corpórea, pois a retenção hídrica, particularmente ascite e edema, alteram a condutividade elétrica.

A avaliação nutricional subjetiva (ASG) é método clínico de avaliação do estado nutricional, desenvolvido por Baker (1984) e posteriormente por Detsky (1984).

Mostrou diferenciar-se dos demais métodos de avaliação nutricional utilizados

na prática clínica por englobar não apenas alterações da composição corporal,

mas também alterações funcionais do paciente. Trata-se de método simples, de

(17)

baixo custo e não-invasivo, podendo ser realizado à beira do leito (BARROS &

SILVA, 2002).

HASSE et al introduziram adaptações na ANS original, de forma a torná-la mais adequada a pacientes hepatopatas candidatos a transplante hepático. As

informações da história são obtidas diretamente do paciente ou de seus familiares, quando existe presença de encefalopatia que possa prejudicar o recordatório. Além dos itens da história e exame físico, um terceiro item

completa a avaliação com informações sobre condições mórbidas pré-existentes (presença de encefalopatia, infecções crônicas ou recorrentes, disfunção renal e varizes). Diferentemente da ANS original, o resultado final da avaliação

nutricional deve ser baseado nestes três itens conjuntamente. Apesar da pequena população estudada, o método modificado obteve boa concordância entre os observadores, sendo que as perdas das massas musculares e gorduras

subcutâneas foram os fatores que mais influenciaram a avaliação nutricional deste pacientes (BARBOSA-SILVA, 2002).

Os sintomas associados à hepatopatia crônica, tais como ascite, edema, alteração

da imunocompetência, diminuição da síntese protéica e insuficiência renal,

podem alterar os critérios objetivos tradicionalmente utilizados na avaliação

nutricional. Desta forma, a perda de peso, medidas antropométricas, índice

creatinina-altura, balanço nitrogenado, excreção de 3-metil-histidina, testes de

sensibilidade cutânea, contagem de linfócitos, e dosagem sérica de albumina,

transferrina, pré-albumina e proteína ligada ao retinol devem ser interpretados

com restrições na avaliação do estado nutricional destes pacientes (FAINTUCH,

2000).

(18)

Para Venegas-Tresierra et al (2002), em amostra de 43 pacientes cirróticos hospitalizados, foram encontrados 30,2% de obesos, 20,1% com sobrepeso, 46,5% de eutróficos e apenas 3,2% com baixo peso, quando o parâmetro utilizado foi o IMC e o peso. O estudo não excluía os pacientes cirróticos com ascite.

Como mostrado por Gottschall e colaboradores (1999), numa série de 34 indivíduos com cirrose pelo vírus da hepatite C, quatro destes apresentando ascite, não foi encontrado nenhum desnutrido, utilizando-se o parâmetro IMC.

Pelo contrário, foi encontrada alta prevalência de sobrepeso (62%).

Em um estudo transversal com 42 crianças e adolescentes cirróticos com idades entre 3 meses e 18 anos, o estado nutricional foi determinado por escores Z de Peso/Idade, Estatura/Idade, IMC/Idade e percentis para a prega cutânea tricipital e circunferência muscular do braço. Encontrou-se em risco nutricional 3/42 paciente (Peso/Idade), 8/42 (Estatura/Idade), 12/37 (prega cutânea tricipital), 9/37 (circunferência muscular do baço) e 2/38 (índice de massa corporal);

desnutridos 6/42 (Peso/Idade), 7/42 (Estatura/Idade), 4/37 (prega cutânea triciptal) e 4/37 (circunferência muscular do braço) e 3/38 (IMC/Idade), deste estudo concluiu-se que quando se modificava o tipo da medida antropométrica, encontrava-se diferentes prevalências de risco nutricional ou desnutrição (SCHEINDER et al, 2007).

Diante das evidências encontradas nos estudos citados sobre a prevalência de

desnutrição e da ausência de literatura conclusiva sobre o melhor método de

avaliação nutricional em pacientes hepatopatas este estudo tem como objetivo

(19)

diagnosticar o estado nutricional de pacientes hepatopatas atendidos a nível

ambulatorial e hospitalar, no município de Caruaru, Estado de Pernambuco.

(20)

METODOLOGIA

Desenho, local do Estudo e Casuística

Foi realizado um estudo tipo série de casos, com pacientes portadores de Doença Hepática Crônica (DHC) internados na enfermaria de Clínica Médica do

Hospital Regional da cidade de Caruaru, Estado de Pernambuco e atendidos em ambulatório de hepatologia do município durante o período de agosto e outubro de 2008.

Foram avaliados pacientes de ambos os sexos, com idades entre 30 e 65 anos de idade, em vários graus de DHC. Foram excluídos da pesquisa pacientes que apresentavam hepatopatia provocada por tumores localizados no fígado, por sua fisiopatologia ser distinta no que se refere ao catabolismo protéico e ao tipo de depleção nutricional causada pelo câncer e os que apresentavam anasarca, por dificultar a aferição da prega cutânea triciptal e da circunferência do braço.

Métodos e técnicas de avaliação

Na avaliação do estado nutricional, foram utilizados parâmetros de avaliação objetiva e subjetiva, por meio de prega cutânea triciptal (PCT) e circunferência do braço (CB). A aferição da CB serviu para o cálculo da circunferência muscular do braço (CMB), medida antropométrica que possibilita avaliar as reservas protéicas sem desprezar a massa óssea. Os resultados obtidos pela fórmula foram comparados pelas tabelas de Frisancho (1981).

A avaliação nutricional subjetiva foi realizada com auxílio da Avaliação

Subjetiva Global (ASG) proposta por Detsky (1984).

(21)

Processamento e análise dos dados

Os dados obtidos a partir das fichas de avaliação dos pacientes foram digitados em um banco de dados criado com auxílio do programa Microsoft Office Excel,

versão 2003, sendo apresentados na forma de freqüência simples.

Considerações éticas

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade do

Vale do Ipojuca (CEP/FAVIP). Sob o protocolo n° 00030 Os pacientes que

participaram da pesquisa assinaram um termo de Consentimento Livre e

Esclarecido.

(22)

RESULTADOS

A amostra foi composta de 17 pacientes, sendo 9 em atendimento ambulatorial e 8 em âmbito hospitalar. A ASG dos pacientes ambulatorial e hospitalizados apresentou que 59% estavam bem nutridos, 18% apresentavam-se

moderadamente desnutridos e 23% estavam desnutridos. A Figura 1 apresenta a distribuição do estado nutricional de acordo com o tipo de acompanhamento e revelou que a maior prevalência de desnutrição foi encontrada nos pacientes internados, do que nos ambulatoriais.

44,44

6,25 22,22

6,25 33,33

87,5

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Ambulatorial Hospitalar

Nutrido Moderamente desnutrido Gravemente Desnutrido

Figura 1. Distribuição do estado nutricional segundo a ASG dos pacientes hepatopatas, de acordo com o tipo de acompanhamento.

(23)

Quando o parâmetro utilizado foi a PCT, todos os pacientes hospitalizados apresentaram-se desnutridos, o que revela uma perda maciça de gordura

subcutânea. O que demonstra a maior suscetibilidade do paciente hospitalizado em desenvolver desnutrição, quando comparado aos pacientes em tratamento ambulatorial.

44,44

0 55,55

100

0 20 40 60 80 100 120

Ambulatorial Hospitalar

Nutrido Desnutrido

Figura 2. Distribuição do estado nutricional segundo a PCT dos pacientes hepatopatas, de acordo com o tipo de acompanhamento.

Quando parâmetro de avaliação foi a CMB, a prevalência de desnutrição no

ambiente hospitalar se sobrepõem a encontrada no ambiente ambulatorial, apesar

de os números relacionados aos pacientes em atendimento ambulatorial serem

considerados altos (Figura 3).

(24)

25 22,22 75

66,66

0

11,11 0

10 20 30 40 50 60 70 80

Hospitalar Ambulatorial

Nutrido Desnutrido Obeso

Figura 3. Distribuição do estado nutricional segundo a CMB dos pacientes hepatopatas, de acordo com o tipo de acompanhamento.

A comparação entre a avaliação nutricional subjetiva global (ANSG) com um método objetivo de avaliação nutricional, a PCT, revela um maior número de pacientes desnutridos pelo método objetivo (Figura 4).

29,41

23,52

70,58 76,47

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

ANSG PCT

NUTRIDO DESNUTRIDO

Figura 4. Distribuição do estado nutricional de acordo com a ANSG e a PCT dos pacientes hepatopatas.

Ao ser comparada a avaliação nutricional subjetiva global (ANSG) com a CMB

e a PCT, observa-se resultados semelhantes, com relação ao percentual de

(25)

desnutridos, no entanto, encontra-se um pequeno número de obesos pelo método da CMB (Figura 5).

5,88 29,41

23,52 23,52

17,64

76,47 70,58

52,94

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

ANSG CMB PCT

Nutrido Desnutrido Gravemente desnutrido Obeso

Figura 5. Distribuição do estado nutricional de acordo com a ANSG, CMB e PCT dos pacientes hepatopatas.

(26)

DISCUSSÃO

A escolha do método de avaliação do estado nutricional em pacientes hepatopatas ainda é controverso, pois alguns autores consideram medidas antropométricas objetivas em suas pesquisas como o peso e IMC, mesmo considerando-se a instabilidade hídrica e a compartimentalização inadequada de líquidos nos pacientes hepatopatas devido a complicações como cirrose e ascite.

Em estudo realizado por Maio (2002) com 117 pacientes hepatopatas atendidos no ambulatório de gastroenterologia clínica, do hospital das clínicas da

Faculdade de Medicina de Botucatu, onde vários critérios de avaliação nutricional foram utilizados, os parâmetros de avaliação de CMB e PCT

mostraram-se eficientes para avaliar quadros de desnutrição protéico energética nestes pacientes, apresentando números de 63% de pacientes gravemente desnutridos quando parâmetro de avaliação era a PCT, e de 37% a 46% de pacientes desnutridos moderados e graves respectivamente quando o parâmetro de avaliação era a CMB. O presente estudo encontrou prevalências semelhantes ao estudo de MAIO (2002) quando utilizado o mesmo padrão de avaliação nutricional, quando o utilizado foi a CMB os números relativos aos pacientes desnutridos foram de 70,58% e quando o parâmetro foi a PCT esse número elevou-se para 76,47%, demonstrando uma perda maciça da reservas de gordura corporal.

SENA (1999) avaliou 54 pacientes em tratamento no ambulatório de

gastroenterologia clínica do Departamento de Medicina da Santa Casa de São

Paulo, no período de dezembro de 1996 a junho de 1997, destes 77,2% eram

hepatopatas. Utilizaram-se parâmetros objetivos de avaliação nutricional e

(27)

68,5% da amostra apresentava um estado nutricional aceitável, 21% desnutrição moderada e 10,5% desnutrição grave.

Pelos parâmetros objetivos deste estudo a prevalência de desnutrição mostrou-se maior que no estudo de SENA (1999), os achados foram de 78,58% e 76,47% de desnutridos para CMB e PCT, respectivamente.

Para Venegas-Tressierra et al (2002) em uma amostra com 43 pacientes cirróticos utilizando como parâmetro o IMC, encontrou-se 30,2% de obesos, 20,1% com sobrepeso, 46,5% de eutróficos e apenas 3,2% com baixo peso. O IMC e parâmetros que utilizam o peso não devem ser vistos como padrões fidedignos de avaliação nutricional em hepatopatas, pois a instabilidade hídrica e visceromegalia podem alterar os resultados.

Em outro estudo que aplicou o parâmetro prega cutânea triciptal e circunferência muscular do braço em pacientes cirróticos 80,3% dos pacientes se encontravam desnutridos, e a mortalidade no primeiro momento de hospitalização foi de 15,4% nestes pacientes que apresentavam desnutrição (CAMPILLO, 2007). Em relação ao percentual de desnutrição encontrado na população pesquisada por CAMPILLO (2007), os valores encontrados por ele em seu estudo foram

semelhantes aos valores objetivos encontrados neste estudo, já que considerando os dois parâmetros juntos a prevalência de desnutrição na população hepatopata avaliada neste estudo foi de 78,63%.

Num estudo relacionando a saúde óssea e a desnutrição em pacientes

hepatopatas alcólicos crônicos, onde usou-se RX para avaliação da densidade

óssea e parâmetros antropométricos clássicos (peso, altura, perímetro braquial e

(28)

pregas cutâneas) para avaliação da gordura corporal identificou-se que pacientes que apresentavam gordura corporal inferior a 20% apresentava osteopenia na região femural e da coluna lombar, porém naqueles que apresentavam reserva de gordura acima de 35%, ou seja obesos, 27,69% apresentavam perda de massa óssea (BOLEAS ESCALANTE et al, 2002).

Quando se utiliza métodos de avaliação subjetiva como a ANSG, encontramos consenso entre alguns autores, que validam os dados encontrados por esta, como mais fidedignos quando se trata de hepatopatias.

Em um estudo comparativo entre a força do aperto de mão dominante (FAM) e a ANSG foi encontrado em relação a FAM, 63% de desnutridos do total da amostra, enquanto que a ANSG diagnosticou como desnutridos apenas 45% do total da amostra. Neste estudo o autor concluiu que a FAM poderia detectar precocemente agravos nutricionais quando comparado a ANSG, pois ao avaliar após 1 ano a mesma amostra, foram encontradas complicações maiores na doença hepática em pacientes considerados desnutridos pela FAM (ÁLVARES DA SILVA & SILVEIRA, 2005).

Neste estudo a prevalência de desnutrição em pacientes avaliados pela ASG

mostrou que 52,94% da amostra apresentava-se desnutrida, e ao separar a

amostra em ambulatorial e hospitalar encontrou-se 33,33% e 87,5% da

população estudada desnutrida, respectivamente.

(29)

CONCLUSÃO

Ao comparar os resultados objetivos e subjetivos encontrados neste estudo observa-se certa concordância entre eles, principalmente nos números relativos a desnutrição grave. Porém a mudança de método também ocasiona em alguns resultados diferenças importantes nas prevalências. Porém, os resultados podem estar mascarados pelos sintomas predominantes nessa classe de doentes como retenção hídrica e viceromegalias.

Outro dado importante refere-se as diferenças entre os pacientes de atendimento hospitalar e os em tratamento ambulatorial, demonstrando que possivelmente o ambiente hospitalar é mais favorável para o desenvolvimento de agravos nutricionais, quando comparado ao ambulatorial.

Mas este estudo presta-se a abrir um parêntese no cuidado nutricional com os

hepatopatas atendidos nos serviços de saúde de Caruaru, pois apesar da

correlação dos resultados do estudo com outras bibliografias mostrarem-se

diferentes, a prevalência de desnutrição, tanto nos pacientes ambulatoriais

quanto nos pacientes hospitalares, é bastante expressiva.

(30)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SILVA, Maria Cristina Gonzalez Barbosa e; Utilização da avaliação nutricional subjetiva e bioimpedância como fatores prognósticos para complicações pós- operatórias em cirurgia do aparelho digestivo. / Maria Cristina González Barbosa e Silva ; orientador Aluisio J. D. Barros. – Pelotas: UFPel, 2002.

214 f. : il. Tese (doutorado) – Universidade Federal de Pelotas ; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, 2002.

Nutrição 2. Avaliação Nutricional I. Título.

VENEGAS TRESIERRA, Luis Fernando, HOLGUIN MARIN, Rosario, YOZA

YOSHIDAIRA, Max et al. Evaluación y Terapia Nutricional en pacientes

(32)

Cirróticos del Hospital "Edgardo Rebagliati Martins". Rev. gastroenterol. Perú,

ene./mar. 2002, vol.22, no.1, p.13-18. ISSN 1022-5129.

(33)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

Senhor Paciente:

O objetivo deste projeto “Avaliação Nutricional em pacientes Hepatopatas admitidos em hospital Municipal de Caruaru” é avaliar o estado nutricional dos indivíduos envolvidos na pesquisa, a fim de colaborar para um melhor direcionamento do tratamento dietoterápico e estabelecer medidas que corroborem para um melhor tratamento clínico da patologia envolvida no trabalho.

Para tanto, faz-se necessário o seu consentimento, por escrito, para desenvolver as seguintes atividades:

• Aferição da prega cutânea triciptal

• Medição da circunferência do braço

• Avaliação nutricional subjetiva global

Esclareço que o paciente que aderir a pesquisa poderá sair desta quando desejar, sem nenhum prejuízo. Este trabalho não possue fins lucrativos e seus participantes não receberão nenhum incentivo financeiro.

Atenciosamente,

_________________________________

TAYSE FEITOZA DA COSTA

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu __________________________________________ aceito participar da pesquisa “Avaliação Nutricional de Pacientes Hepatopatas Admitidos em hospital Municipal de Caruaru” realizado por TAYSE FEITOZA DA COSTA.

Caruaru, _____de __________de 2008.

__________________________________________

Assinatura do Paciente

(34)

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL SUBJETIVA GLOBAL (ANSG)

A - História:

1. Peso

Peso habitual (kg):

Perdeu Peso nos últimos 6 meses: SIM ( ) NÃO ( )

Percentual de perda de peso em relação ao peso habitual:

Nas últimas duas semanas

: ( ) continua perdendo peso ( ) estável ( ) engordou

2. Ingestão alimentar em relação ao habitual:

Sem alterações ( ) Houve Alterações ( ) Se houve alterações, há quanto tempo: dias.

Se houve alterações para que tipo de dieta:

Sólida em menor quantidade ( ) Líquida Completa ( ) Líquida Restrita ( ) Jejum ( )

3. Sintomas Gastrintestinais presentes a mais de 15 dias:

SIM ( ) NÃO ( ) Se sim:

Vômitos ( ) Náuseas ( ) Diarréia (mais de 3 evacuações líquidas/dia) Inapetência ( )

4. Capacidade Funcional:

Sem disfunção ( ) Disfunção ( ) Se disfunção, há quanto tempo: dias

De que tipo:

Trabalho sub-ótimo ( ) Em tratamento ambulatorial ( ) Acamado ( )

5. Doença Principal e sua correlação com a demanda nutricional:

Diagnóstico Principal:

Demanda metabólica:

Baixo estresse ( ) estresse moderado ( ) estresse elevado ( )

B – EXAME FÍSÍCO

(35)

Para cada item dê um valor; 0 = normal, 1 = perda leve, 2 = perda moderada, 3 = perda importante.

( ) perda de gordura subcutânea ( tríceps e tórax) ( ) Perda muscular (qudríceps e deltóides)

( ) Edema de tornozelo ( ) Edema Sacral ( ) Ascite

C – AVALIAÇÃO SUBJETIVA ( ) Nutrido

( ) Moderadamente desnutrido ou suspeita de desnutrição

( ) Gravemente Desnutrido

Referências

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