A Indústria Portuguesa de Calçado
“Campanha para a Melhoria Contínua das
Condições do Trabalho na Indústria do Calçado”
Casa das Artes, Felgueiras 04 de Março de 2015
Manuel Carlos Costa da Silva
“Aliar a competitividade à responsabilidade social e à qualidade de vida, eis os
propósitos da indústria portuguesa do calçado para o século XXI”
in Plano Estratégico da Industria Portuguesa de Calçado 2007
A Produção de Calçado no mundo 1985 - 2013
Fonte: APICCAPS, World Footwear Yearbook 2014
6,9%
3,4%
2,9%
86,8%
60,5%
16,4%
45,4%
3,6%
34,1%
Dos quais a China 17,3%
0,0%
0,5%
1985 8.832 milhões de Pares
2013 22.417 milhões de Pares
1985 2013 Δ
Produção 9 22 144%
População 5 7 44%
• Excesso de Capacidade Produtiva instalada
• Redução dos preços e das margens
Cilada dos Preços Baixos
Evolução do preço médio de Exportação
Calçado Portugal
48,78
31,01
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
USD/ Par
9,7
14,8
16,0
17,7
18,9
19,7
22,7
23,3
8 € 10 € 12 € 14 € 16 € 18 € 20 € 22 € 24 €
1988 1995 2000 2005 2010 2011 2012 2013
Euros/par
Preço médio de Exportação
2013
Fonte: APICCAPS, World Footwear Yearbook 2014
2014
1 400
SALDO COMERCIAL
(MILHÕES DE EUROS)
600
PRESENÇAS EM FEIRAS
150
MERCADOS DE
EXPORTAÇÃO
35 000
POSTOS DE TRABALHO
LIDERANÇA
TECNOLÓGICA
2º
PREÇO MÉDIO MUNDIAL
REPUTAÇÃO
1 300
EMPRESAS
95%
DA
PRODUÇÃO EXPORTADA
Exportações e Emprego – Indústria Portuguesa de Calçado
Fonte: APICCAPS, INE 1.870
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150
0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000
1974 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
Milhares de Empregados Milhões de Pares
Milhões de Euros
Emprego
Exportações (valor)
Exportações (quantidade)
10,4%/ano
China na OMC
Saída das empresas de Capital Estrangeiro
1960 EFTA
1972 Acordo de Comércio Livre:
Portugal-CEE
1986 Adesão à
CEE
1989 Queda do
Muro de Berlim
1995
Início do FACAP Fábrica de Calçado
do Futuro
1999 Criação do Euro
2008
Inicio da crise financeira internacional 1994
Ronda do Uruguai -
OMC
Instrumento N.º Projetos
Investiment
o Incentivo Distribuição Calçado
Distribuição Total
Empresariais 1) 80 31.049 13.265 23% 56%
I&DI 2) 17 14.376 8.356 15% 11%
Internacionalização
(PIP) 8 36.578 27.290 49% 5%
Outros da envolvente 15 10.341 6.401 12% 28%
TOTAL 120 92.343 55.311 100% 100%
Quadro dos investimentos e incentivos - PRIME
Valores em milhares de euros
Valor equivalente a 8,8 cêntimos
por cada par exportado.
Fonte: APICCAPS, Relatório Execução PRIME Quadro dos investimentos e incentivos - PRIME
Investimento / VAB
Média para o período 2000-2006 (FACAP)
7,7%
9,1%
8,0%
9,0%
14,0%
14,8%
7,8%
4,2%
0% 3% 6% 9% 12% 15%
FRANCE
GERMANY
HUNGARY
ITALY
POLAND
PORTUGAL
SPAIN
UNITED KINGDOM
Fonte: Eurostat, APICCAPS
1) SIME, SIPIE, SIME Internacional, SIED, Proj. Aut. Formação Profissional
2) Proj. Mobilizadores, IDEIA, NITEC, DEMTEC, Inov-Jovem
Sector do Calçado
Evolução das Qualificação do Recursos Humanos
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1982 1986 1990 1994 1998 2000 2006 2010 2012
Quadros Médios e Superiores + Chefias Trabalhadores Qualificados Trabalhadores Semi-qualificados Trabalhadores não qualificados e aprendizes
Industria de Calçado
50
MATERIAIS E COMPONENTES
INOVADORES
110
EQUIPAMENTOS INOVADORES
ARMAZENS DINAMICOS
SISTEMAS DE CORTE:
JATO DE AGUA+
LASER+ FACA LOGÍSTICA
INTERNA
CONSÓRCIOS ALARGADOS 60 ENTIDADES DE
IDT
MATERIAIS FUNCIONAIS
ROBÓTICA
Investigação Desenvolvimento e Inovação
Processo de Internacionalização do Calçado
Fonte: APICCAPS 88
138
178 285
489
580
0 100 200 300 400 500 600 700
1999 2006 2014
Empresas Presenças
Nº de feiras
+57%
+72%
+104%
+102%
25
34
57
FEIRAS
INTERNACIONAIS
PUBLICAÇÕES INTELIGENCE
EVENTOS DE MODA
MERCHANDISING EM FEIRAS MAILLING
COMPRADORES
ANÚNCIOS DE IMPRENSA
2009 Campanha Integrada
FIGURAS PÚBLICAS KITS DE
IMPRENSA
REDES SOCIAIS
EDITORIAIS DE MODA
2010
2012
2011
2013
2014
2015
Saldo Comercial por sector – Portugal, 2014
Fonte: APICCAPS, INE -5.500 -5.000 -4.500 -4.000 -3.500 -3.000 -2.500 -2.000 -1.500 -1.000 -500 0 500 1.000 1.500
CALÇADO
PASTADE MADEIRA, PAPEL E CARTÃO TÊXTIL
CERÂMICAE VIDRO
MADEIRAE CORTIÇA
PRODUTOS DIVERSOS
IND. ALIMENTARES, BEBIDASE TABACO PÉROLASE METAIS PRECIOSOS
ÓLEOSE GORDURAS
OBRASDE ARTE E ANTIGUIDADES
ARMASEMUNIÇÕES
PLÁSTICOE BORRACHA
EQUIPAMENTODE ÓTICA EFOTOGRAFIA PELESE COUROS
METAIS COMUNS
MATERIALDETRANSPORTE
PRODUTOSDO REINOVEGETAL
PRODUTOS DOREINO ANIMAL MÁQUINASE MATERIALELÉTRICO QUÍMICOS
PRODUTOS MINERAIS
Milhares de Euros
Maiores Produtos Exportados por Portugal em 2014 – NC 4 Dígitos
0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000
ÓLEOS DE PETRÓLEO - GASOLINA
AUTOMÓVEIS DE PASSAGEIROS
PARTES DOSVEÍCULOSAUTOMÓVEIS CALÇADO DE COURONATURAL PAPELPARAIMPRESSÃO PNEUMÁTICOS NOVOS, DE BORRACHA
T-SHIRTS E CAMISOLASINTERIORES, DEMALHA
MEDICAMENTOS
VINHOS FIOS E CABOS PARAUSOS ELECTRICOS CADEIRAS E SOFÁS MOBILIAEXCEPTO CADEIRAS
MOLDES AUTOMÓVEIS DE MERCADORIAS
FOLHAS DE PLÁSTICO ROUPASDE CAMA, MESA, TOUCADOROU COZINHA TABACOTRANSFORMADO
BARRAS DE FERRO OUAÇONÃO LIGADO MATERIALDECONSTRUÇÃO EM FERRO CORTIÇAAGLOMERADA
Fonte: APICCAPS, Eurostat
Vantagem Comparativa Revelada – Portugal, 2013
0 1 2 3 4 5 6
CALÇADO MADEIRAE CORTIÇA PASTADEMADEIRA, PAPEL E CARTÃO
CARÂMICAE VIDRO
TÊXTIL IND. ALIMENTARES, BEBIDAS E…
ÓLEOS E GORDURAS PLÁSTICOE BORRACHA PRODUTOS DIVERSOS PRODUTOS DOREINOANIMAL
METAIS COMUNS
MATERIALDE TRANSPORTE ARMAS EMUNIÇÕES PRODUTOS MINERAIS PELES E COUROS MATERIALELÉTRICO PRODUTOSDO REINO VEGETAL QUÍMICOS
EQUIPAMENTODE OPTICAE… PÉROLAS E METAIS PRECIOSOS OBRAS DEARTE EANTIGUIDADES
Fonte: APICCAPS, Comtrade
0 1 2 3 4 5 6
PORTUGAL CHINA ITÁLIA INDONÉSIA
ESLOVÁQUIA BÉLGICA ESPANHA ÍNDIA
DINAMARCA FRANÇA REPÚBLICA CHECA BRASIL
TURQUIA POLÓNIA REINO UNIDO ALEMANHA
TAILÂNDIA MÉXICO SUÍÇA EUA
Portugal, 2013 Calçado, 2013
DESAFIOS
Atrair, formar e fixar protagonistas qualificados para os diversos domínios funcionais e níveis hierárquicos e das empresas
Continuar a diminuir o défice de imagem face aos concorrentes internacionais de topo
Procurar vantagens competitivas com base na inovação nos
equipamentos, nos materiais, nos processos, nos produtos e nos modelos de negócio
1
2
3
Plano Estratégico 2020
Conhecimento e inovação Sofisticação e
criatividade Sustentabilidade e
responsabilidade
Competitividade e base nacional
INICIATIVAS ESTRATÉGICAS
DENSIFICAÇÃO DO CLUSTER
FOOTURE 2020
VISÃO 2020
INTERNACIONALIZAR E COMUNICAR
QUALIFICACAR E REJUVENESCER
INOVAR
INOVAR
01. MATERIAIS E COMPONENTES
Potenciando o desenvolvimento de materiais, componentes e dispositivos avançados, nano-materiais e biomateriais e os riscos relacionados com o aparecimento de substitutos para o couro.
02. NOVOS PRODUTOS DE DESIGN
De forma a responder às necessidades de segmentos específicos do mercado, com exigências especiais em termos de saúde, alterações demográficas e bem- estar, segurança, sustentabilidade, entre outros.
03. BENS DE EQUIPAMENTO E PROCESSOS
Oferecendo soluções que permitam manter a indústria portuguesa na linha da frente da tecnologia para a produção de calçado e outros artigos de couro com focalização em nanotecnologias, robotização, biotecnologias, processos e
soluções que reforcem a flexibilidade produtiva, reduzindo os limiares de produção necessários à viabilização de uma unidade industrial e apostem em tecnologias de fabrico e transformação, informação e comunicação e soluções para comércio eletrónico.
04. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E RESPONSÁVEL
Para potenciar e reforçar a modernização e integração social, a eficiência ambiental e energética e a competitividade global das empresas da fileira do calçado.
NOVOS PRODUTOS
BENS DE EQUIPAMENTO
MATERIAIS E COMPONENTES
DESENVOL.
SUSTENTÁVEL
INTERNACIONALIZAR E COMUNICAR
01. CAMPANHA DE IMAGEM COLETIVA
Conjunto diversificado de iniciativas – editoriais de moda, associação a figuras de prestígio internacional e grandes eventos, presença online e nas redes sociais, entre outras – visando consolidar a imagem internacional de Portugal como origem de sofisticação e criatividade.
02. INTERNACIONALIZAÇÃO DA CADEIA DE VALOR
Suporte a iniciativas empresariais de internacionalização da cadeia de valor, seja para aproximação ao consumidor, seja para abastecimento em competências, recursos, matérias-primas ou componentes.
03. PROMOÇÃO COMERCIAL EXTERNA DAS EMPRESAS
CADEIA DE VALOR
Apoio à participação em feiras e missões no exterior, incluindo as grandes feiras internacionais, feiras em mercados de proximidade, feiras em mercados
emergentes e feiras de nicho. Apoio a atividades de penetração em novos mercados: contratação de consultores locais, aquisição de informação, estudos de mercado, etc.
03. UPGRADE DA IMAGEM E REPUTAÇÃO DAS EMPRESAS
Mobilizar a experiência adquirida pela APICCAPS na promoção da imagem coletiva da indústria, em prol das atividades de marketing das empresas, apoiando-as no desenvolvimento de campanhas de imagem e planos de comunicação personalizados, na contratação agências comunicação, na participação em showrooms no exterior, entre outros aspetos.
IMAGEM DAS EMPRESAS CAMPANHA
DE IMAGEM
PROMOÇÃO COMERCIAL
EXTERNA
QUALIFICAR E REJUVENESCER
01. QUALIFICAR E ATRAIR OS JOVENS
Reorganizar a formação setorial, valorizando as potencialidades do CFPIC ao serviço da estratégia do cluster. Desenvolver e implementar um modelo de participação da indústria do calçado na formação dual.
03. DESIGN COMO FACTOR DIFERENCIADOR
Programa de estágios internacionais para designers. Desenvolvimento e um mecanismo de aproximação dos jovens designers às empresas industriais. Promoção do
empreendedorismo.
02. FORMAÇÃO PARA A GESTÃO DE TOPO
Desenvolvimento de um modelo de formação para a gestão de topo, adaptada às caraterísticas típicas dos decisores nas empresas de calçado.
04. EMPREENDEDORISMO
Criar condições para a afirmação de novos talentos empresariais.
05. INTELLIGENCE PARA O PROCESSO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL
Recolha e divulgação de informação que permita qualificar o processo de decisão das pequenas e médias empresas, nomeadamente estudos de mercado, bases de dados de compradores, análises de conjuntura, acompanhamento de tendências tecnológicas, benchmarking face a concorrentes, etc.
FORMAÇÃO PARA GESTÃO DE
TOPO
DESIGN ATRAIR JOVENS
EMPREEN- DEDORISMO
INTELIGENCE
Pensamento Estratégico – Visão e Ação
Orientação para os
mercados externos • Produtos de elevado valor • Proximidade
• Poder de compra
Atuação do lado da oferta
• Resposta rápida
• Pequenas séries
• Flexibilidade
• Inovação
• Tecnologias e processos flexíveis
• Materiais funcionais
Integração de competências –
coordenação em rede Empresas CTCP
CFPIC
Sistema científico e tecnológico APICCAPS
Pensamento estruturado assente num diagnostico esclarecido
Atitude positiva Persistência Coerência Confiança
R E P U T A Ç Ã O
Sem isto haverá ciclos curtos, animados por pequenos episódios,
sensação de mudança e euforia conjunturais. Os argumentos de flexibilidade e da rapidez da resposta têm uma eficácia que é decrescente com a distância aos mercados.
Plano de acção Sustentabilidade e a Coesão social
a. Certificação SA 8000
• A APICCAPS foi a primeira entidade a certificar-se de acordo com a norma SA 8000: Responsabilidade social b. Iniciativa Vamos Calçar Portugal
• Protocolo com a Caritas do Porto já permitiu doar mais de 6.000 pares de calçado novo a famílias carenciadas c. Deslocalização regional interna
• Criação de novas unidades industriais no interior do país, criando centenas de postos de trabalho e contribuindo para um maior equilíbrio regional
d. Revisão do Contrato Coletivo de Trabalho
• Desenvolvimento de uma diálogo permanente com as entidades sindicais; Revisão do Contrato Coletivo de Trabalho em finais de 2014 e. Criação de Agenda para a Coesão Social
• Agenda para a Coesão Social” que contextualize, de uma forma diferente, a desgastada questão salarial.
• Desenvolvimento de uma perspetiva integrada da atividade laboral, em que se pense não apenas as competências específicas do indivíduo, atuais e futuras, mas também a forma como se insere na sociedade, com especial ênfase para as questões envolvendo a vida familiar e a qualidade de vida, em geral.
• Dinamização de novas práticas sociais ,nomeadamente através da aposta em novas ferramentas capazes de promover uma maior flexibilidade, adaptabilidade e mobilidade da organização do tempo, espaço e funções laborais.
f. Ambiente, energia e segurança
• Desenvolvimento de novas metodologias nas áreas de ambiente, energia e certificação
• Serão desenvolvidas soluções para incrementar a eficiência na utilização de matérias-primas e recursos na fileira, ferramentas de eco- design de calçado e produtos de marroquinaria, novos processos de reciclagem de produtos e desenvolvimento de ferramentas de gestão sustentável de resíduos e subprodutos.
• Dinamização de consórcios multidisciplinares necessários ao desenvolvimento de soluções nas áreas da energia, ambiente e segurança, agregando empresas e entidades do sistema científico e tecnológico