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AGRICULTURA FAMILIAR E O PROGRAMA

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RESUMO

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, nas quais se implementam o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), estabelecem diretrizes e ações que contemplam a Agricultura Familiar como meio de produção de matéria-prima vegetal de qualidade, visando à geração de renda e organização do setor. Discute-se neste artigo estas diretrizes relacionadas à Agricultura Familiar, as ações da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo relativas ao PNPMF, as experiências desenvolvidas na região do Vale do Paraíba paulista para fortalecer essas ações e os desafios a serem enfrentados para viabilizar o desenvolvimento da cadeia produtiva.

Palavras-chave: plantas medicinais, políticas públicas, agricultura familiar

A GRICULTURA FAMILIAR E O PROGRAMA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS : COMO A POLÍTICA PÚBLICA PODERÁ VIABILIZAR ESTA CADEIA PRODUTIVA

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Sandra Maria Pereira da Silva ; Iracélis Fátima de Moraes

1Agradecimentos a FAPESP, participantes das equipes de pesquisa dos projetos citados e colaboradores.

2Eng. Agr. Dra, Pesquisadora Científica, APTA - Pólo do Vale do Paraíba, Caixa Postal 32, CEP 12400-970, Pindamonhangaba/SP;

sandrasilva@apta.sp.gov.br.

3Assist. Soc. Esp., Gerente do Centro de Práticas Integrativas e Complementares da Secretaria de Saúde e Promoção Social da Prefeitura Municipal de Pindamonhangaba/SP.

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INTRODUÇÃO

As políticas públicas relacionadas às plantas medicinais avançaram nos últimos dois anos após a publicação da Portaria 971 e do Decreto 5.813. Estes tratam da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares - PNPIC (BRASIL, 2006a) e da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (BRASIL, 2006b), respectivamente.

Na primeira Política, as práticas integrativas e complementares contempladas foram aquelas que possuíam experiências bem sucedidas, desenvolvidas na rede pública de muitos municípios e estados do Brasil, com destaque para acupuntura; fitoterapia;

técnicas em medicina tradicional chinesa como: lian gong, tai chi chuan, lien chi, tui-ná; práticas corporais;

atividades físicas; homeopatia; medicina antroposófica e termalismo-crenoterapia, que é o tratamento por meio de águas minerais (Brasil, 2006a). A PNPIC é considerada mais um passo do processo de implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) na atenção básica à saúde. Na segunda, foi definido o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos PNPMF (Ministério da Saúde, 2007), o qual já esteve sob consulta pública e, encontra-se em fase de publicação oficial.

O objetivo deste artigo é discutir como essas políticas públicas se correlacionam com a Agricultura Familiar (AF), sendo as plantas medicinais e os fitoterápicos a matéria-prima vegetal e o produto final visados. Nesse contexto, destacam-se as iniciativas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo pertinentes ao tema, as experiências desenvolvidas na região do Vale do Paraíba paulista para fortalecer essas ações e os desafios a serem enfrentados para viabilizar o desenvolvimento da cadeia produtiva.

AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE

P L A N T A S M E D I C I N A I S E A AGRICULTURAFAMILIAR

A política nacional de práticas Integrativas e Complementares

As discussões sobre a implantação de serviços de plantas medicinais e fitoterapia na rede de saúde iniciaram-se, no mundo, com a Declaração de Alma

Ata, em 1978, resultado da Conferência Internacional sobre Cuidados Primários da Saúde, promovido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Nesta, a OMS ressalta a necessidade de valorizar a utilização de plantas medicinais no âmbito sanitário, considerando que 80% da população mundial utiliza plantas ou preparações destas na atenção primária à saúde. E, no Brasil, a primeira ação efetiva relativa às políticas públicas foi através da Resolução CIPLAN no. 8, de 1988, que regulamentou a implantação da Fitoterapia nos serviços de saúde, criando procedimentos e rotinas sobre sua prática nas unidades de saúde (BRASIL, 2006a). Desde então foram muitas conferências, fóruns, reuniões técnicas, seminários, pesquisas, relatórios, resoluções e decreto presidencial para se chegar à publicação da PNPIC, em 2006.

Nesta, a Fitoterapia é definida como a terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas. A planta medicinal é definida como é uma espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos, denominando-se planta fresca aquela coletada no momento de uso e planta seca a que foi precedida de secagem, equivalendo à droga vegetal (BRASIL, 2006a).

A relação da PNPIC com a Agricultura Familiar se evidencia quando se refere à ampliação do acesso às plantas medicinais e fitoterápicos pelos usuários do SUS. Este tema é tratado na segunda diretriz da mesma.

As plantas medicinais e fitoterápicos poderão ser disponibilizados por meio dos seguintes produtos:

planta medicinal in natura, planta medicinal seca (droga vegetal), fitoterápico manipulado e fitoterápico industrializado. Observa-se que, sendo a opção pelo fornecimento da planta medicinal in natura, deverão ser garantidos critérios relativos ao setor produtivo primário que envolve a Agricultura Familiar, tais como:

o fornecimento das espécies constantes na Relação Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (RENAFITO) e, a utilização das espécies identificadas b o t a n i c a m e n t e , c u j a p r o d u ç ã o t e n h a , preferencialmente, a garantia das boas práticas de cultivo orgânico. Recomenda-se a implantação e manutenção de hortos oficiais de espécies medicinais e estímulo à criação de hortas e hortos comunitários, desde que reconhecidos junto a órgãos públicos, para o fornecimento das plantas aos usuários. Sendo a opção pelo fornecimento da planta seca (droga vegetal), os seguintes aspectos deverão ser observados:

fornecimento de espécies constantes na RENAFITO, com correta identificação botânica e laudo de boas

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práticas de produção; matéria-prima vegetal processada de acordo com as boas práticas de manipulação, oriunda de hortos oficiais de espécies medicinais, cooperativas, associações de produtores, extrativismo sustentável ou outros. Neste último caso deverá ter alvará ou licença dos órgãos competentes para tal (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007).

Em fevereiro de 2009 foi publicada a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS) pelo Departamento de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (DAF/SCTIE/MS) (RENISUS, 2009), com setenta e uma espécies. Esta irá nortear as ações para seleção de espécies da RENAFITO, com potencial de avançar no desenvolvimento da cadeia produtiva e de gerar fitoterápicos para o SUS.

Recomenda-se, portanto, a organização do setor produtivo, legalmente estabelecido e atendendo as Boas Práticas e as normas sanitárias, regulamentadas pela ANVISA (BRASIL, 2006d).

Nesta política não está explícito que o fornecimento de plantas medicinais, seja in natura ou desidratada, deverá ser realizado por produtores familiares caracterizados como Agricultura Familiar, mas indica que os interessados em fornecer deverão estar organizados em cooperativas ou associações.

No Brasil, há várias experiências sobre a dispensação de plantas medicinais direta aos usuários, principalmente por meio das hortas e hortos comunitários, muitas vezes instalados em Unidades de Saúde. Destaca-se o Programa Farmácias Vivas, projeto criado na Universidade Federal do Ceará, em 1985, pelo Prof. Dr. José Francisco de Abreu Matos, falecido em dezembro de 2008. Este é um programa de assistência social farmacêutica destinado a pequenas comunidades do Nordeste, entidades governamentais (Secretarias Municipais de Saúde) ou não-governamentais (ONGs), com o objetivo de transferir os resultados do conhecimento cientifico sobre o uso das plantas medicinais da região, após anos de pesquisas desenvolvidas sobre o conhecimento popular e a eficácia e segurança dos remédios caseiros.

O Programa Farmácias Vivas tornou-se modelo em todo o Brasil, e muitos municípios o adotaram. Este está sendo revisto, pela equipe do Prof. Matos em conjunto com equipe do Ministério da Saúde e órgãos afins para ser transformado no programa previamente denominado Farmácias Verdes, a ser adotado pelo Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.

O programa nacional de plantas medicinais e fitoterápicos

A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, quando aprovada em junho de 2006, tinha dentre seus objetivos estabelecer o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007), com prazos pré- determinados. Este que define as ações da PNPMF, foi elaborado pelo Grupo de Trabalho Interministerial, publicado e colocado em consulta pública para que os cidadãos brasileiros pudessem opinar, a qual se encerrou em março de 2008. A compilação final do programa, reformulado após a consulta pública, foi publicada ainda através da Portaria interministerial no 2.960, de 9 de dezembro de 2008 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).

Os princípios orientadores do processo de formulação do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos foram: ampliação das opções terapêuticas e melhoria da atenção à saúde aos usuários do Sistema Único de Saúde SUS; uso sustentável da biodiversidade brasileira; valorização, valoração e preservação do conhecimento tradicional das comunidades tradicionais e indígenas; fortalecimento da agricultura familiar; crescimento com geração de emprego e renda, redutor das desigualdades regionais; desenvolvimento industrial e tecnológico; inclusão social, redução das desigualdades sociais e participação popular e controle social (Ministério da Saúde, 2007).

Considerando que o objetivo principal da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos é “garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional” (Brasil, 2006b), o setor primário, responsável pela produção de matéria- prima, deverá ter todo o suporte científico e tecnológico para que o Brasil avance neste segmento.

Os dados sobre o mercado interno e externo de fitoterápicos são crescentes, em torno de 15% ao ano (Rodrigues et al., 2008), demonstrando a necessidade de organização do setor produtivo, principalmente da Agricultura Familiar, que poderá criar novas divisas de geração de renda dentro da unidade produtiva agropecuária.

Observa-se, assim, que o fortalecimento da Agricultura Familiar é contemplado nesta política pública, através do Programa Nacional de Plantas Medicinas e Fitoterápicos, e diretrizes são estabelecidas para atingir especificamente estes objetivos.

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Dentro desse objetivo principal, o Programa se propõe a “promover a inclusão da agricultura familiar nas cadeias e nos arranjos produtivos das plantas medicinais, insumos e fitoterápicos”.

Nota-se que no Programa, a Agricultura Familiar é definida de acordo com a Lei da Agricultura Familiar (Brasil, 2006c), ou seja: “Agricultura familiar é aquela em que os trabalhos em nível de unidade de produção são exercidos predominantemente pela família, mantendo ela a iniciativa, o domínio e o controle do que e de como produzir, havendo uma relação estreita entre o que é produzido e o que é consumido, mantendo também um alto grau de diversificação produtiva, tendo alguns produtos relacionados com o mercado”.

O PNPMF apresenta dezessete diretrizes para as ações do governo, nos âmbitos federal, estadual e municipal. A seguir são apresentadas as diretrizes desse programa que contemplam diretamente a Agricultura Familiar.

A primeira diretriz do Programa define como ação: “Criar legislação específica para regulamentação do manejo sustentável e produção/cultivo de plantas medicinais que incentive o fomento a organizações e ao associativismo e à difusão da agricultura familiar e das agroindústrias de plantas medicinais”.

Essa diretriz define ações para editar os padrões técnicos e os protocolos com objetivo de regulamentar todas as fases da cadeia produtiva. Deverão ser considerados os aspectos botânicos, agronômicos, químicos e farmacológicos para a obtenção de plantas medicinais e fitoterápicos com qualidade, eficácia e segurança asseguradas. Estudos e observações regionais sobre os diferentes sistemas de produção, técnicas e experiências desenvolvidas também terão que ser observados em relação aos conteúdos dos constituintes químicos e suas quantidades no produto final. Esses fatores afetam a formulação farmacêutica e podem interferir na ação farmacológica.

Para regulamentação, o Programa prevê a criação de legislação específica para o manejo e cultivo de plantas medicinais.

Em referência à regulamentação do manejo sustentável de plantas medicinais, no Estado de São Paulo há a Portaria 52 do DEPRN (Estado de São Paulo, 1998) que objetiva aperfeiçoar e sistematizar os conhecimentos técnico-científicos relativos ao manejo de espécies nativas, destacando-se a relação de algumas espécies nativas de amplo uso popular, com finalidade para uso in natura. Nela está prevista também a elaboração de planos de manejo para o extrativismo de espécies nativas visando ao licenciamento ambiental para exploração. Planos de manejo bem sucedidos poderão transformar-se em protocolos para que a

Secretaria do Meio Ambiente disponibilize ao público os conhecimentos produzidos originados da sua elaboração e condução. No Programa, essas ações também estão para ser construídas com participação e articulação entre setores governamentais e não governamentais, garantindo participação de todos na criação das legislações para o manejo sustentável de plantas medicinais. Alguns estudos sobre manejo de plantas medicinais da Mata Atlântica no Estado de São Paulo, por exemplo, já estão publicados como o de Pavan-Fruehauf (2000), porém, não se obteve informações sobre publicações de resoluções sobre manejo oriundos desses estudos. A Associação dos Manejadores e Produtores de Plantas medicinais, Aromáticas e Úteis do Vale do Ribeira AEPAM desenvolvem atividades de manejo e cultivo de plantas medicinais nativas e exóticas, e atua dentro da legislação ambiental e sanitária previstas no âmbito estadual e federal (Oliveira, 2004).

Para regulamentar a produção e cultivo de plantas medicinais como previsto nessa primeira diretriz é necessário, segundo a mesma, diagnosticar e sistematizar as legislações e experiências bem sucedidas sobre produção/cultivo de plantas medicinais de acordo com as Boas Práticas de Cultivo, além de implementar políticas de incentivo à participação social para produção/cultivo de plantas medicinais, visando ao fortalecimento da articulação entre setores governamentais e não governamentais;

elaborar e/ou atualizar regulamentação específica para as Boas Práticas de Agrícolas (BPA) de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares (Brasil, 2006d), e incentivar o fomento às organizações e ao associativismo e à difusão da Agricultura Familiar e das agroindústrias de plantas medicinais, além de outras ações como a consolidação da Subcomissão de Plantas Medicinais na Câmara Setorial Orgânica.

Na quinta diretriz do Programa, a Agricultura Familiar é contemplada nas ações de fomento à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação com base na biodiversidade brasileira, abrangendo espécies vegetais nativas e exóticas adaptadas. Neste caso, priorizam-se as necessidades epidemiológicas da população, através da garantia da sua participação nas cadeias produtivas de plantas medicinais e fitoterápicos.

O fomento se dará por meio de editais de agências de fomento como CNPQ, FINEP e outras, para financiamentos de projetos de pesquisa, os quais concorrerão aos recursos financeiros da União para se desenvolverem.

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Na sétima diretriz, em que são previstas ações para apoiar a implantação de plataformas tecnológicas piloto para o desenvolvimento integrado de cultivo de plantas medicinais e produção de fitoterápicos, também se contempla a Agricultura Familiar. Nessa diretriz, garante-se o incentivo ao desenvolvimento de tecnologias apropriadas a pequenos empreendimentos e à agricultura familiar, para o uso sustentável da biodiversidade nacional.

O sistema de produção deverá seguir, de preferência, os conceitos teóricos e práticos da agroecologia e agricultura orgânica.

Nas ações dessas diretrizes estarão envolvidos praticamente todos os órgãos que compõem o Grupo Gestor Interministerial responsável pela gestão do PNPMF: Ministério da Saúde; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ministério da Ciência e Tecnologia; Casa Civil da Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério do D e s e n v o l v i m e n t o A g r á r i o ; M i n i s t é r i o d o Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Integração Nacional; Ministério do Meio Ambiente; Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz.). O Ministério da Saúde coordena o Grupo Gestor Interministerial.

Atuação da secretaria de agricultura e abastecimento

Desde a publicação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos em junho de 2006, vários órgãos públicos se manifestaram por meio de ações articuladoras, visando organizar a discussão e implementação de políticas públicas com bases técnicas.

Observa-se nesse processo a atuação da Fundação Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz), membro do Grupo Interministerial, que instituiu o Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde da Fiocruz, em setembro de 2006. Dentre as responsabilidades desse Núcleo está a organização das redes Fito por bioma brasileiro.

Inicialmente, implementaram a Rede Fito Amazônia e, posteriormente, iniciou-se a organização e implementação da Rede Fito Mata Atlântica Seção São Paulo. A instituição que acolheu essa iniciativa no Estado de São Paulo foi a Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Em fevereiro de 2008 promoveu a primeira reunião da rede em São Paulo e, em abril a segunda. Houve a participação de vários atores representantes de todos os segmentos da cadeia

produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos como produtores rurais, empresários da indústria farmacêutica, pesquisadores e professores de instituições de pesquisa e ensino; técnicos da CATI e de prefeituras municipais, estudantes entre outros.

Destacou-se o setor produtivo que, de forma organizada e/ou isolada, esteve presente e questionando aspectos técnicos, demandas de mercado e comercialização.

A partir dessas duas reuniões criou-se o Documento-Base da Rede Fito Mata Atlântica-Seção São Paulo, colocado em consulta pública para alterações e sugestões dos participantes; e formou-se um grupo de trabalho estruturado nas áreas de Estrutura Técnico- Científica, Gestão do Conhecimento e Gestão Administrativa e escolheu-se um Conselho Gestor. Está em fase de estudo pelo Conselho Gestor sobre a oficialização dessas ações no Estado de São Paulo, considerando que o Estado possui a Lei nº. 12.739, de 1º.

de novembro de 2007, que autoriza o Poder Executivo a criar o Programa Estadual de Fitoterápicos, Plantas Medicinais e Aromáticas (Estado de São Paulo, 2007).

No Estado de São Paulo, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, observando a demanda crescente por plantas medicinais, aromáticas e condimentares no Estado incluindo a formação dessa Rede Fito Mata Atlântica inicialmente em sua sede em São Paulo instituiu a Comissão Técnica de Plantas Aromáticas e Medicinais (Estado de São Paulo, 2008a), designando servidores públicos afins do Gabinete da Secretaria, da APTA e da CATI para comporem a Câmara como membros (Estado de São Paulo, 2008b).

Desde então, essa Comissão tem se reunido regularmente para definição das prioridades de ações relativas ao setor produtivo, seguindo-se o Programa Nacional, e buscando participar ativamente do processo de construção do Programa Estadual, em parceria com as demais Secretarias do Estado. Está realizando também o levantamento das ações da Secretaria ao longo dos anos por meio de suas coordenadorias e departamentos, como nas áreas de pesquisa, extensão rural, programas etc. Os resultados obtidos serão compilados, analisados e publicados em forma de boletins técnicos para divulgação e conhecimento da sociedade paulista.

Políticas públicas sobre plantas medicinais e f i t o t e r a p i a : e x p e r i ê n c i a d e Pindamonhangaba

O Município de Pindamonhangaba destaca-se nas atividades de implementação de Práticas Integrativas de Saúde desde 1985 com a implantação de Homeopatia no SUS e, em 1990, com Plantas Medicinais e Fitoterapia e Alimentação Saudável.

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Embasados nas diretrizes da Portaria 971, implantou e implementou suas ações, na região do Vale do Paraíba, é pioneiro em relação às experiências com plantas medicinais e fitoterapia na região (Silva et al., 2008).

Em relação à primeira diretriz, que trata da estruturação e fortalecimento da atenção em práticas integrativas e complementares no SUS, o município realizou o 1° Workshop de Políticas Públicas em Plantas Medicinais e Fitoterapia no Município de Pindamonhangaba, entre 28 e 29 junho 2006. Este workshop teve como público-alvo os técnicos da Secretaria de Saúde e Promoção Social Municipal e técnicos de outras instituições afins. Os objetivos do evento foram: constituir uma equipe interinstitucional para formular projetos sobre plantas medicinais e fitoterapia, estabelecer parcerias com instituições e comunidades organizadas e discutir as diretrizes para fundamentar o Programa Municipal de Plantas Medicinais.

Garantiu na Lei Complementar n . 03, de 10 de o

outubro de 2006, da Prefeitura Municipal de Pindamonhangaba, que institui o Plano Diretor Municipal, a previsão na Seção III da Saúde da elaboração da Política Municipal de Plantas Medicinais e Fitoterapia, resultado da articulação das Instituições envolvidas nesse Projeto. Criou a Portaria Geral nº.

3.059, de 27 abril de 2007, que institui a Portaria 971 no âmbito municipal.

Buscando a implantação e implementação de Ações e Fortalecimento de Iniciativas existentes, a Secretaria também inaugurou o Centro de Práticas Integrativas e Complementares (CPIC) em 08 de agosto de 2006 com os objetivos de propiciar aos usuários do SUS atendimento diferenciado, respeitando sua integridade, sua autonomia em relação ao seu corpo e seu processo de saúde e doença; resgatar e valorizar o saber popular, através da participação e controle social e contribuir para uma melhor qualidade de vida do cidadão de Pindamonhangaba.

Em relação à segunda diretriz, que trata do desenvolvimento de estratégias de qualificação em práticas integrativas e complementares para profissionais no SUS houve a capacitação de profissionais no SUS. Foram treinados, entre 2006 e 2007, quinze médicos, onze dentistas; doze enfermeiros e 80 agentes comunitários de saúde do Sistema, equivalendo a 16%, 23%, 39% e 59% por categora de profissionais, respectivamente.. Em 2008, ingressaram novos profissionais de saúde na rede de Pindamonhangaba após concurso público, os quais já participaram de uma reunião no CPIC para serem informados sobre o projeto e futuros treinamentos.

Realizou-se o 1º Fórum do Centro de Práticas Integrativas, focando-se o tema Plantas Medicinais e Fitoterapia na Rede Municipal de Pindamonhangaba.

Este evento teve como objetivo principal reunir trabalhadores e usuários deste serviço público para que participassem ativamente do processo de construção, implantação e implementação da Política Pública de Práticas Integrativas e Complementares e consolidar as parcerias envolvidas para a continuidade das ações na Fase II do projeto de políticas públicas da FAPESP. Participaram do Fórum 334 pessoas, sendo 62% da área de saúde. Observou-se que a escolha do Fórum como metodologia de trabalho atendeu ainda outros objetivos do projeto como subsídio ao diagnóstico da situação atual do Programa de Plantas Medicinais e Fitoterapia desenvolvido nas unidades básicas de saúde e nos Programas de Saúde da Família.

Outra ação social do município é a promoção da Roda de Estudo de Plantas (REP), que é destinado aos usuários do SUS, participando profissionais de s a ú d e , e d u c a ç ã o e a g r i c u l t u r a , l i d e r a n ç a s comunitárias, agentes de pastorais e comunidades organizadas. Participam ainda as instituições parceiras do Grupo de Estudos Interinstitucional de Plantas Medicinais.

O objetivo do REP é resgatar e valorizar o conhecimento tradicional e promover a troca de conhecimento popular e científico, segundo a décima diretriz do Decreto 5.813/2006.

Em relação à terceira diretriz da Portaria Geral 3.059 (Prefeitura Municipal de Pindamonhangaba, 2007), que se refere à divulgação e informação para profissionais, gestores e usuários do SUS, a câmara de vereadores de Pindamonhangaba aprovou por meio de lei o Dia Municipal das Plantas Medicinais, sendo escolhida a data de 22 de agosto (Lei nº. 4.809, de 20 de junho de 2008).

Essa data comemorativa foi proposta pela Associação de Plantas Medicinais e Fitoterapia Nova Essência, uma organização não governamental que surgiu em 1993 como um movimento popular em apoio ao Programa de Plantas Medicinais e Fitoterapia do município. Nesse primeiro ano comemorativo dessa data, houve exposição de plantas medicinais e aromáticas, com informações sobre identificação botânica, origem e ações farmacológicas preparados pelo Pólo APTA Vale do Paraíba (Figura 1) e venda de mudas realizada pela Associação na praça central do município. Essas ações auxiliam a divulgação dos trabalhos e a orientação sobre o correto uso caseiro de plantas medicinais.

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Figura 1. Atividade do Dia Municipal de Plantas Medicinais de Pindamonhangaba: estande montado na Praça Monsenhor para visitação pública(A) a exposição de plantas medicinais e aromáticas do Pólo APTA do Vale do Paraíba (B). Pindamonhangaba, 2008.

A

Outras ações neste segmento são desenvolvidas como a apresentação do tema em atividades do município como o evento Pinda Cidadã, que ocorre mensalmente em vários bairros com participação de outras Secretarias Municipais.

As ações intersetoriais previstas na quarta diretriz envolvem o Projeto Políticas Públicas em Plantas Medicinais e Fitoterapia na Rede Municipal de Saúde de Pindamonhangaba/ FAPESP coordenado pelo Pólo APTA do Vale do Paraíba em parceria com a Prefeitura de Pindamonhangaba, a UNITAU, CATI e FCA/UNESP; o G.E.T.I./Fitoterapia Grupo de Estudo e Trabalho Interinstitucional sobre plantas medicinais e fitoterapia que envolve as instituições governamentais CATI, Pólo APTA do Vale do Paraíba/APTA, UNITAU, Departamento Municipal de Agricultura e Fundo Social de Solidariedade de Pindamonhangaba.

B

A sociedade civil participa do grupo através da Pastoral da Criança, Conselho Municipal de Saúde, Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Associação Nova Essência.

Baseado no perfil de treinamento do corpo técnico dos Programas de Saúde da Família visitados, o GETI de Fitoterapia juntamente com a equipe do projeto FAPESP definiu como estratégia de continuidade do Programa de Plantas Medicinais e Fitoterapia de Pindamonhangaba uma sensibilização junto aos e médicos, enfermeiros e dentistas ocorrido no segundo semestre de 2007 e ao longo de 2008.

O GETI se reúne sistematicamente, desde sua criação em 2006, em reuniões mensais. Nestas, a pauta se estabelece em assuntos relativos à implantação e implementação do programa de plantas medicinais e fitoterapia no âmbito municipal, tais como: estudos das políticas públicas para o setor; estratégias de ação;

definição de critérios para elaboração da relação de plantas medicinais e fitoterápicos na rede; definição de atividades visando a capacitação de prescritores etc.

Dentre os resultados da atuação do GETI observa-se a publicação da Portaria Geral 3.059 de 27 de abril de 2007. De acordo com os levantamentos realizados desde o inicio do Programa de Plantas Medicinais e Fitoterapia no município, em 1991, e pesquisas mais recentes, selecionou-se até o momento as seguintes espécies para trabalhar na rede pública de saúde: Cymbopogon citratus (Poaceae) (Figura 2-A);

Melissa officinalis (Lamiaceae); Lippia alba (Verbenaceae);

Mikania glomerata (Asteraceae) (Figura 2-B); Calendula officinalis (Asteraceae); Aloe vera (Liliaceae); Baccharis t r i m e r a ( A s t e r a c e a e ); P l a n t a g o m a j o r e P . lanceolata(Plantaginaceae); Bauhinia forficata (Caesalpiniaceae); Vernonia condensata (Asteraceae) e Plecthrantus barbatus (Lamiaceae) (Figura 2-C) (SILVA et al., 2008). Porém, observa-se que algumas destas espécies mais utilizadas pela população em Pindamonhangaba, e com certeza em muitos outros municípios do Brasil, não foram contempladas na RENISUS, como as cidreiras (Cymbopogon citratus;

Melissa officinalis e Lippia alba. A RENISUS, segundo informações obtidas por meio de comunicações pessoais de colegas pesquisadores da área, será colocada em consulta pública para inclusão de outras espécies potenciais para compor a RENAFITO.

Outras ações previstas nas demais diretrizes da p o l í t i c a p ú b l i c a d e P i n d a m o n h a n g a b a s ã o desenvolvidas como: fortalecimento da participação social por meio de treinamentos para a comunidade;

a c e s s o a o s M e d i c a m e n t o s H o m e o p á t i c o s e Fitoterápicos nos postos de saúde e farmácias conveniadas.

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A

B

C

Figura 2. Algumas espécies medicinais selecionadas para o Programa de Plantas de Medicinais na rede pública de Saúde de Pindamonhangaba: A capim-limão (Cymbopogon citratus), B- guaco (Mykania glomerata) e C-Boldo (Plectranthus barbatus).

Pindamonhangaba, 2008.

A rede Pública de Saúde oferece, desde 2000, os seguintes fitoterápicos: xarope de guaco (Mikania glomerata) a 10%; creme de calêndula (Calendula oficinallis) a 10% e Creme de babosa (Aloe vera) a 25%.

Atualmente, estes fitoterápicos são produzidos na Farmácia Municipal de Cruzeiro por meio de convênio entre as prefeituras.

Os insumos são adquiridos pelas prefeituras conveniadas, e do total produzido, 80% retornam ao município e 20% fica em Cruzeiro.

Várias destas ações estão sendo possíveis através do Projeto de o Projeto Políticas Públicas em Plantas Medicinais e Fitoterapia/FAPESP, nas quais o poder municipal tem contribuído sistematicamente para que as metas previstas no mesmo sejam executadas com sucesso. Discute-se a ampliação do mesmo para o setor produtivo rural do município, enfocando a organização da Agricultura Familiar na forma de um arranjo produtivo local.

DE S A F I O S R E L A T I V O S À S POLÍTICAS PÚBLICAS DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS E A AGRICULTURAFAMILIAR

Em relação à política pública municipal de Pindamonhangaba, que implementa a Portaria 971 no âmbito municipal, onde estão previstas as ações com plantas medicinais e fitoterapia, destacam-se como os principais desafios a ampliação da relação de plantas medicinais e fitoterápicos; realização do diagnóstico de uso popular com bases científicas para identificação botânica correta das espécies mais utilizadas pela população; implantação de uma Farmácia Municipal de Manipulação de Fitoterápicos; realização da formação e educação permanente de profissionais, principalmente da área de saúde focando os prescritores; ampliação dos Hortos Didáticos nas Unidades do Programa da Saúde da Família; publicação de materiais técnicos de divulgação direcionados aos trabalhadores, gestores, conselheiros de saúde e comunidade em geral e, dentre outros, a criação da política municipal de plantas medicinais e fitoterápicos, de acordo com a política e o programa nacional a ser publicado pelo Ministério de Saúde. Estes desafios estão contemplados no projeto de políticas públicas em andamento no município, tendo ainda a implementação do Horto Oficial, previsto em lei, no Pólo APTA do Vale do Paraíba.

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O horto possibilitará o desenvolvimento de pesquisas agronômicas das espécies selecionadas para atender a este projeto e outros de municípios da região que tem demonstrado interesse pelo tema.

Estudos sobre a rede produtiva deste segmento têm sido desenvolvidos na região (SILVA et al., 2007) e o interesse de produtores rurais também tem aumentado.

Observa-se que o perfil dos produtores que procuram por informações relativas ao cultivo comercial de plantas medicinais é de empreendedor, e está decidido a investir neste segmento em função do potencial de mercado que tem observado a divulgação em diferentes meios de comunicação em massa. Geralmente possuem outra atividade econômica principal na propriedade rural (pecuária, fruticultura ou horticultura) ou cidade (comerciantes, empresários) e estão interessados em diversificar através das plantas medicinais e aromáticas. Porém, para fomentar esta cadeia ainda há necessidade de se aprofundar os estudos de mercado para que o produtor tenha a garantia de comercialização de seus produtos, assim como organizar o arranjo produtivo local na região do Vale do Paraíba. Definir espécies que tenham mercado garantido, assim como conhecer o seu comportamento agronômico na região do Vale do Paraíba ou elaborar planos de manejo para as espécies nativas promissoras são temas que carecem de estudos.

A participação do tema em fóruns de discussão como reuniões de Conselhos de Desenvolvimento Rural, municipais, regionais e estaduais, e em eventos regionalizados como cursos e reuniões técnicas, tem sido freqüentes e, considera-se que são estratégias que poderão contribuir para sanar esses desafios.

Observa-se, neste sentido, a mais recente discussão nacional e elaboração das diretrizes para a Política Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, em que o tema aqui discutido é contemplado como um meio de garantia da qualidade de vida no meio rural além de uma fonte de renda para a A g r i c u l t u r a F a m i l i a r ( M I N I S T É R I O D O DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO, 2008).

CONSIDERAÇÕESFINAIS

A organização da agricultura familiar, tendo os distintos movimentos sociais como colaboradores e usuários das políticas públicas relativas às plantas medicinais e aromáticas, poderá implantar e implementar as diretrizes previstas no Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.

Os desafios encontram-se principalmente no estabelecimento de sistemas de produção orgânicos,

com qualidade fitossanitária e fitoquímica asseguradas, e de arranjos produtivos locais inseridos dentro de uma cadeia produtiva com comercialização garantida. Para que o mercado de plantas medicinas e aromáticas desenvolva o setor produtivo oriundo da Agricultura Familiar é necessário que se sistematize e implante, definitivamente, o PNPMF em todo o Sistema Único de Saúde do Brasil.

Assim, a indústria nacional de fitoterápicos também se desenvolveria, e a demanda por matéria- prima vegetal de qualidade, com eficácia e segurança garantidas, e em quantidade e periodicidade regularizadas, viabilizará essa cadeia. A Agricultura Familiar, desde que organizada em forma de cooperativas ou associações, poderá suprir essa demanda.

Aguarda-se, até o momento, a publicação oficial do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, revisado e atualizado após consulta pública, e da Relação Nacional de Plantas Medicinais, que nortearão as ações referentes a esse setor produtivo. Está em elaboração uma legislação sobre Farmácias Verdes, que regulamentará as Farmácias Vivas e garantirá o acesso às plantas medicinais de forma segura, eficiente e com qualidade.

Dentre as metas a serem atingidas destaca-se a elaboração do Programa Estadual de Fitoterápicos, Plantas Medicinais e Aromáticas, em São Paulo; a elaboração de um programa de pesquisa científica, extensão rural e treinamentos técnicos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, com metas de médio a longo prazo, objetivando dar suporte técnico-científico ao desenvolvimento da cadeia produtiva; o desenvolvimento de tecnologias e inovação voltadas às particularidades das plantas medicinais, aromáticas e da Agricultura Familiar; desenvolver ações em conjunto com outras Secretarias de Estado afins e implementar as diretrizes do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos em consonância com outras políticas públicas que atendem à demanda do desenvolvimento rural sustentável e solidário.

REFERÊNCIAS

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Brasília: Ministério da Saúde, 92 p.

(10)

BRASIL. Decreto no. 5813, de 22 de junho de 2006.

Aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências. 2006b.

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