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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS - GRADUAÇÃO LATU SENSO AVM FACULDADE INTEGRADA

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS - GRADUAÇÃO “LATU SENSO”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADES LÚDICAS PARA O TRABALHO DO PSICOPEDAGOGO NO ATENDIMENTO AO

ALUNO COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

Por: Renata da Silva Pinho de Oliveira

Orientador (a) Prof.(a) Simone Ferreira

Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADES LÚDICAS PARA O TRABALHO DO PSICOPEDAGOGO NO ATENDIMENTO AO

ALUNO COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

Apresentação de Monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Psicopedagogia Institucional.

Por: Renata da Silva Pinho de Oliveira

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pela oportunidade que me deu em vivenciar tamanha experiência.

A toda minha família pelo imenso incentivo, em todos os momentos.

A Prof. (a) Simone Ferreira pelo incentivo e presteza na orientação desta monografia.

A todos os professores pelo carinho, dedicação e entusiasmo demonstrados durante toda a trajetória do curso.

Aos colegas de classe pela a alegria na troca de informações, em especial as amigas Tânia e Denise pela cumplicidade e rara demonstração de amizade.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia aos meus pais, que tanto fizeram por minha formação, dando sempre o máximo de si para que eu pudesse está realizando o meu sonho em busca de conhecimentos.

Ao meu Esposo Carlos Bruno e ao meu filho João Pedro, por se constituírem diferentemente enquanto pessoas em minha vida, igualmente belas e admiráveis em essência, estímulos que me inspiram a buscar vida nova todos os dias, meus agradecimentos por terem aceitado se privar de minha companhia pelos estudos, concedendo a mim a oportunidade de me realizar ainda mais. Amo vocês. Sempre. E para Sempre.

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RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo mostrar o brincar como instrumento facilitador na intervenção do psicopedagogo frente às dificuldades de aprendizagem visto que, é sem dúvida o meio pelo qual a criança explora uma variedade de experiências dentro das mais variadas situações e utiliza-se destas para diferentes propósitos. É desta forma que a criança intervém no mundo e nele se faz protagonista. No mundo da criança não é apenas o modo de brincar ou as brincadeiras que tem importância, mas sim o momento vivido durante essas ações, pois, são estes momentos que lhe proporcionam encontros consigo e com o outro, momentos fantasiosos e reais, momentos de resignificacação e de percepções de coisas novas, são momentos de vida, momentos de alicerces para a construção do seu Eu Cognoscente.

O brincar para a criança é uma necessidade básica assim como é a alimentação, a saúde, a moradia e a educação. Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal e reforça suas habilidades sociais.

Por isso, o brincar dentro do contexto educacional não está apenas vinculado a um método eficiente e real de aprendizagem, mas, é também um modo de se aprender sobre as crianças e compreender suas necessidades tornando-se desta maneira, um valioso instrumento na atuação psicopedagógica.

Palavra Chave: Ludicidade, Dificuldade de aprendizagem.

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METODOLOGIA

O presente trabalho será desenvolvido com caráter qualitativo, tendo como instrumento de abordagem a pesquisa bibliográfica, tais como: revistas, livros, artigos, sites.

Através da pesquisa qualitativa buscou-se um referencial, tendo por base os estudos em Piaget, Vygotsky, Froebel, Kishimoto, para a partir daí desenvolver um pensamento autônomo, com base numa reflexão embasada em experiência pessoal.

A idéia de pesquisa qualitativa na visão de Mynaio (2007) diz que este tipo de pesquisa trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças dos valores e das atitudes. E, esses fenômenos serão compreendidos de acordo com a realidade do pesquisador.

A abordagem qualitativa é uma interpretação do pesquisador influenciada ao mesmo tempo pelos textos lidos e pelo universo cultural do pesquisador, pelo seu modo de ver o mundo.

Na pesquisa bibliográfica existe uma troca constante entre o pesquisador e os textos consultados. E, através deste trabalho ativo e constante é que foi possível uma reflexão a respeito de um assunto onde havia muitas interrogações, proporcionando o esclarecimento desses questionamentos e também possibilitando a produção de conhecimento.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 7

CAPÍTULO I - O lúdico no contexto da educação infantil 10

CAPÍTULO II- A importância do lúdico nas teorias de desenvolvimento cognitivo, psicomotor e sócio afetiva 17

CAPÍTULO III- A dificuldade de aprendizagem sob o enfoque psicopedagógico 25

CONCLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38

ÍNDICE 40

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo enfocar a importância do lúdico como recurso altamente positivo no processo de aprendizagem, principalmente entre as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem.

Geralmente as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem são intituladas como desatentas, desinteressadas, porém, muitas vezes essas crianças nem se dão conta de suas dificuldades e diante desses comentários elas tendem a se sentirem inferiores, reprimidas, incompreendidas socialmente, criando desta forma um bloqueio cada vez maior em seu processo de ensino-aprendizagem.

Daí a importância de uma intervenção acolhedora, através da qual se possa observar, analisar e criar condições para que essa criança seja capaz de aprender. E não pode haver nada mais acolhedor do que o brincar, pois o brincar é algo que lhe dá prazer, que lhe é natural, não envolve compromissos, seriedade ou planejamento; o brincar se manifesta em comportamentos espontâneos.

A brincadeira é de extrema importância para o desenvolvimento social, psicológico e cognitivo da criança, pois, é através dela que elas conseguem se mostrar para o mundo e também experimenta o mundo. A brincadeira prepara a criança para que desempenhe suas funções sociais, para que vivencie e demonstre suas emoções. Através do brincar ela pode desenvolver-se desde os aspectos afetivos, emocionais, cognitivo e motor até o resignificar do ser corpo-mente em um ser de corporeidade. A brincadeira neste aspecto deixa de ser apenas uma dinâmica isolada da criança e passa a ser dotada de todo um significado social que cerca a criança e que necessita de aprendizagem. Deste modo, o jogo passa a ser instrumento que colabora na educação promovendo autoconhecimento, autonomia e interação social; o processo ensino- aprendizagem se aproxima do cotidiano do aluno, facilitando deste modo a sua capacidade de aprender.

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Desta forma, pretende-se demonstrar neste estudo, através de análise documental, que as atividades lúdicas podem favorecer o pleno desenvolvimento das potencialidades da criança podendo até mesmo desenvolver novas habilidades em seu repertório de aprendizagem.

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CAPÍTULO I

O LÚDICO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Kishimoto (1993) acha que esse elemento do brincar e aprender mais dirigido para um objetivo é muitas vezes esquecido e inclusive desprezado por muitos professores de educação infantil, mas é assim que as crianças vêm aprendendo há muitos séculos. Ela diz que por mais detestável que seja a idéia para este professores, há evidências de que brincar ensine mais à criança do que copiar um modelo.

Desta forma, entende-se que o brincar dentro do contexto educacional não está apenas vinculado a um método eficiente e real de aprendizagem, mas, é também um modo dos educadores aprenderem sobre as crianças e compreenderem suas necessidades.

A Declaração Universal dos Direitos da Criança (aprovada na Assembléia Geral das Nações Unidas em 1959), no artigo 7º, ao lado do direito à educação, enfatiza o direito ao brincar: “Toda criança terá direito a brincar e a divertir-se, cabendo à sociedade e às autoridades públicas garantir a ela o exercício pleno desse direito”.

1.1 A História do brincar

O brincar está presente em todas as épocas, desde as mais remotas até os dias de hoje, é universal, faz parte da cultura da humanidade.

Pode-se dizer que o brincar é o que há de mais permanente na cultura infantil. A linguagem do brincar é compreendida em todos os cantos do mundo apesar de suas peculiaridades em determinados grupos sociais. No Egito e na Grécia até os adultos brincavam e eram eles quem ensinava as

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brincadeiras para as crianças. Estudos arqueológicos do século IV a.C encontraram bonecos em túmulos de crianças.

Segundo Cascudo (1984), os jogos tradicionais infantis fazem parte da cultura popular, expressam a produção espiritual de um povo em uma determinada época histórica, são transmitidos pela oralidade e sempre estão em transformação, incorporando as criações anônimas de geração para geração.

Ao longo da história da humanidade vários estudiosos se interessaram indireta ou diretamente pela questão da ludicidade como recurso pedagógico.

O primeiro a tecer comentários sobre o assunto foi Aristóteles, para ele, o lúdico, o jogo, a brincadeira, era um meio para a busca da satisfação através das atividades sérias, que são as únicas capazes de trazer felicidade, virtudes. Porém, ele ainda não vê no jogo uma ferramenta auxiliadora no processo de ensino-aprendizagem, para ele o jogo é uma recompensa necessária a um trabalho bem feito. O jogo se apresenta como um contraponto necessário ás obrigações do trabalho.

O primeiro a demonstrar interesse pelo estudo do lúdico como recurso pedagógico foi Platão, que aponta a importância dos jogos no desenvolvimento da aprendizagem das crianças, principalmente nas áreas exatas (matemática). Segundo Platão é mais importante aprender brincando em oposição à violência e a imposição.

Santo Agostinho, um grande educador dos últimos anos da idade antiga (476) dizia: "O lúdico é eminentemente educativo no sentido em que constitui a força impulsora de nossa curiosidade a respeito do mundo e da vida, o princípio de toda descoberta e toda criação".

Dentre alguns estudiosos que abordaram a ludicidade como recurso pedagógico na educação através dos tempos está:

Historiadores: Huizinga, Caillois, Ariès, Margolim Jolibert (estudo do brincar a partir da imagem que cada contexto forma da criança), Manson.

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Filósofos: Aristóteles, Platão, Dewey, Santo Agostinho, Comênio

Lingüistas: Vazden, Vygotsky, Weir.

Antropólogos: Bateson, Schwartzman, Sutton-Smith, Henriot, Brougère (conceitos sobre o jogo de acordo com o uso que se faz dele).

Escritores: Todos os escritores que relataram lembranças da infância de forma autobiográfica ou poética. Dentre eles, Cecília Meireles, Fernando Pessoa e Manoel de Barros.

Psicólogos:, Freud, Claparède, Winnicott (o brincar como elemento

fundamental para o equilibrio emocional da criança), , Piaget, Wallon, Vygotsky.

Educadores: Rousseau, Dewey, Froebel.

Biólogo: Maturana.

Estudiosos da natureza do brincar: Huizinga (1951), Caillois (1967), Christie (1991), Fromberg (1987), Henriot (1989).

Fazendo um retrospecto a respeito do pensar pedagógico através do lúdico ao longo dos tempos pode-se perceber a importância do brincar para o enriquecimento do universo infantil nas peculiaridades do processo ensino- aprendizagem. A seguir algumas citações sobre o brincar em ordem cronológica.

"A recreação é descanso do espírito" (Aristóteles, 344 a.C.)

"Importância de aprender brincando, em oposição à utilização da violência e da repressão." (Platão, 420 a.C.)

"O estudo do jogo pode fornecer-nos ensinamentos preciosos para a arte de inventar." (Pascal, 1653)

"Os jogos da criança são o insubstituível lugar de uma auto-aprendizagem por si mesma, em que vemos que se trata de uma cultura livre... Por meio do jogo, a criança aprende a coagir a si mesma, a se investir de uma atividade duradoura, a conhecer e a desenvolver as forças do seu corpo." (Kant, 1787)

"O jogo resulta em benefícios intelectuais, morais e físicos e age como elemento importante no desenvolvimento integral da criança. Os brinquedos são atividades imitativas, livre, e os jogos, atividades livres com o emprego dos dons." (Froebel, 1912).

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"... A brincadeira é a atividade espiritual mais pura do homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típica da vida humana enquanto um todo... Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e interno, paz com o mundo... O Brincar em qualquer tempo não é trivial, é altamente sério e de profunda significação." (Froebel, 1912)

“Brincando, as crianças observam mais atentamente e deste modo fixam na memória e em hábitos muito mais do que se elas simplesmente vivessem indiferentemente todo o colorido da vida ao redor." (Dewey, 1924)

"A fonte da atividade lúdica é a mesma da ação criadora, que reside, sempre, na inadaptação, fonte de necessidades, anseios e desejos." (Vygotsky, 1933)

“É uma atividade que dá prazer..." (Piaget, 1964)

"Caracteríza-se por um comportamento livre de conflitos." (Piaget, 1964)

“Amai a infância, favorecei as brincadeiras, seus prazeres, seu amável instinto”

(Rousseau, 1712)

"Se brincar é essencial é porque é brincando que o paciente se mostra criativo." (Winnicott, 1975)

"Viver no brincar é viver nossa relação biológica sem tentar controlá-la pela instrumentalização de nossas ações e relações. É viver sem confundir o fazer com intenções que levem a atenção para além da ação." (Maturana, 1993)

"O brincar é compreendido como espaço de elaboração considerado como um laboratório do pensamento infantil constituído por uma linguagem simbólica singular apoiada em brinquedos, objetos de uso cotidiano, materiais de construção e baseada em regras que estejam diretamente associadas à infância." (Referenciais Curriculares Nacionais, 1998).

1.2 O Lúdico e o mundo infantil

O brincar é sem dúvida o meio pelo qual a criança explora uma variedade de experiências dentro das mais variadas situações e utiliza-se destas para diferentes propósitos. É desta forma que a criança intervém no mundo e nele se faz protagonista.

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No mundo da criança não é apenas o modo de brincar ou as brincadeiras que tem importância, mas sim o momento vivido durante essas ações, pois são estes momentos que lhe proporcionam encontros consigo e com o outro, momentos fantasiosos e reais, momentos de resignificacação e de percepções de coisas novas, são momentos de vida, momentos de alicerces para a construção do seu Eu Cognoscente.

Diz Rondan (2003, p.118) sobre o brincar na infância:

É brincando que ela se prepara para o futuro...

como um artista teatral ela ensaia para a grande estréia, que será apresentada para um público enorme. Sua vida adulta será uma grande apresentação para a comunidade, para a sociedade, para o mundo!”

O brincar para a criança é uma necessidade básica assim como é a alimentação, a saúde, a moradia e a educação. Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal e reforça suas habilidades sociais.

1.3 Aprender brincando – a ludicidade e suas contribuições no processo de ensino-aprendizagem

Para Teixeira (2010 p. 59):

“Na escola, o principal propósito de utilização do brinquedo é sugerir idéias, fazer fluir a imaginação e ultrapassar os limites da criatividade. Afinal, quando utilizado dentro da escola, o brinquedo é muito mais que um objeto trazido de casa em um dia determinado, para que todos brinquem juntos em uma sala qualquer. Trata-se de um pedaço da cultura lúdica do aluno, que é compartilhada entre as crianças, dentro de uma esfera real e imaginária vivenciada no momento do brincar”.

O brincar faz parte da essência da criança; utilizando-se dos recursos do brincar o trabalho pedagógico poderá gerar maiores possibilidades de aprendizagem, de desenvolvimento e de produção do conhecimento visto que, é muito mais fácil internalizar e apropriar-se de algo que já nos é familiar.

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O uso de recursos lúdicos no processo de ensino aprendizagem faz com que as crianças o encarem de forma mais descontraída, mais prazerosa e desta forma, elas se sentirão mais motivadas a enfrentar os desafios que aparecerem.

Segundo o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, para que ocorra a aprendizagem é necessário que as crianças sejam submetidas às condições propícias por meio de brincadeira:

“Educar significa proporcionar situações de cuidados, brincadeiras, e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e de estar com outros em uma atitude básica de aceitação”. (RCNEI, 1998, p.23).

O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer lugar e nos mais remotos tempos. Através deles, a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor.

O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino- aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa competição, etc. (CAMPOS)

“Quando brinca, em especial no âmbito de situações imaginárias, a criança pode adentrar no mundo do adulto. Ela representa papeis aperfeiçoando sua capacidade de comunicação, aptidão física, intelectual e verbal. Desse modo, com o brincar surgem oportunidades de aprendizagem efetiva e prática... “(Almeida, 2003, p.64).

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Relacionar-se de forma lúdica com o processo de aprendizagem fará com que a criança estabeleça uma relação entre as funções cognitivas desenvolvidas e suas experiências de vida, tornando sua aprendizagem mais efetiva e de maior qualidade o que irá proporcionar a esta criança um dia ser capaz de tornar-se autor de seu conhecimento.

"A tarefa essencial do professor é despertar a alegria de trabalhar e de conhecer." (Albert Einstein, cientista alemão, Como

Vejo o Mundo )

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CAPÍTULO II

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NAS TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO COGNITIVO, PSICOMOTOR E

SÓCIO AFETIVA.

Através do jogo simbólico a criança é capaz de apropriar-se de muitas experiências imaginárias e fantasias, exercitando desta maneira sua capacidade de pensar.

Mas, no jogo simbólico a criança não exercita somente sua capacidade de pensar como também a sua capacidade de representar corporalmente todo seu imaginário. Neste processo de representação corporal a criança acaba por exercitar também sua capacidade psicomotora já que salta, gira, corre, rola etc. É através dessas atividades psicomotoras que irá se integrar com a realidade, pois, ela pode modificar suas vontades usando o faz de conta, mas quando expressa-se corporalmente acaba tendo que confrotar- se com a realidade e desta forma se relaciona com o mundo real.

“O jogo é, portanto, sob as duas formas essenciais de exercício sensório motor e de simbolismo, uma assimilação do real a sua atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu”. (PIAGET, 1972, p.158)

Mesmo que no início esta relação seja centrada em si mesma com o passar do tempo é possível diminuir a atividade centrada em si própria para que vá adquirindo uma socialização crescente. No jogo simbólico a criança se modifica à medida que vai se desenvolvendo e, numa tendência imitativa a criança buscará uma coerência cada vez maior com a realidade e desta maneira irá desenvolver todo seu potencial socializador.

“Todos nós conhecemos o grande papel que os jogos da criança desempenham, com muita freqüência estes jogos são apenas um eco do que as crianças viram e escutaram dos adultos, não obstante estes elementos da sua experiência anterior nunca se reproduzem no jogo de forma absolutamente igual e como acontecem na realidade. O jogo da criança não é uma recordação simples do vivido, mas sim a transformação

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criadora das impressões para a formação de uma nova realidade que responda às exigências e inclinações da própria criança”. (VYGOTSKY, 2008, p.12)

O brincar para a criança se afirma em algo muito sério, pois é por meio do brincar que se inicia toda sua jornada de desenvolvimento como ser humano, é pelo e através do lúdico que ela explora o mundo, compreendendo- o e assimilando-o gradativamente, em doses pequenas e toleráveis e, é desta forma que as brincadeiras acabam contribuindo para que dia após dia esta criança tenha as ferramentas necessárias para seu pleno desenvolvimento tornando- se um adulto capaz de afirmar sua subjetividade, proclamar seu ser cognoscente e acima de tudo torna-se autor de sua história.

2.1 Teoria de Piaget

Para Piaget (1972), o jogo é de extrema importância para a vida da criança pois através dele se processa a assimilação. Ele diz que em sua origem sensório motora, o jogo é apenas uma pura assimilação do real ao eu, no duplo sentido do termo: no sentido biológico da assimilação funcional- que explica porque os jogos de exercício desenvolvem realmente os órgãos e as condutas – e no sentido psicológico de uma incorporação das coisas a uma atividade própria.

Segundo Piaget (1972), o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral. Através dele se processa a construção de conhecimento, principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvendo a noção de casualidade, chegando à representação e, finalmente, à lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos tanto cognitivos como emocionais.

Piaget classifica em fases o desenvolvimento do jogo na criança:

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Jogo de exercício: A principal característica deste estágio, que Piaget classifica como período sensório-motor, é obter a satisfação de suas necessidades Inicialmente a atividade lúdica surge como uma série de exercícios motores simples. Sua finalidade é o próprio prazer do funcionamento, estes exercícios consistem em repetição de gestos e movimentos simples como agitar os braços, sacudir objetos, emitir sons, caminhar, pular, correr, etc. Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem predominantemente até os 2 anos, eles se mantém durante toda a infância e até na fase adulta. Por exemplo, andar de bicicleta, moto ou carro.

Com a ampliação dos esquemas, a criança vai cada vez se tornando mais consciente de suas potencialidades, colocando em ação um conjunto de condutas, sem modificar as estruturas, onde as ações ficam dirigidas somente para atingir seu objetivo maior que é a prazer. O jogo de exercício é essencialmente sensório-motor, (aparece até mais ou menos dois anos de idade), portanto, o primeiro a aparecer na criança, mas também pode envolver as funções superiores de pensamento. Estará presente até na vida adulta visto que o prazer deve está presente em tudo que fazemos.

Jogo simbólico: Segundo Piaget, estes jogos fazem parte da fase pré-operatória (dos dois aos seis anos de idade), onde a criança, além do prazer, começa a utilizar a simbologia. A função simbólica já está estruturada e começa a fazer imagens mentais, já domina a linguagem falada. Tem como função assimilar a realidade. A criança tende a manifestar nesses jogos a sua realidade, sendo desta forma uma maneira de se auto expressar.

Jogo de regras: de acordo com Piaget, este jogo acontece a partir dos sete anos de idade, no período operatório concreto - a criança aprende a lidar com delimitações no espaço, no tempo, o que pode e o que não pode fazer, prevalecem os jogos de construção. Piaget (1975) diz que é evidente que os jogos de construção não definem uma fase entre outras, mas ocupam, no segundo e, sobretudo no terceiro nível, uma posição situada a meio de caminho entre o jogo e o trabalho inteligente. O jogo de regra pressupõe a

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existência de parceiros e um conjunto de obrigações (as regras), o que lhe confere um caráter eminentemente social.

Cada estágio do desenvolvimento descrito por Piaget tem uma seqüência que depende da evolução da criança, do nascimento até o final da vida. Uma fase se interliga com a outra de forma que o final de uma se confunde com o começo de outra. A evolução começa com a fase puramente reflexiva, passando pela assimilação, pelo simbolismo até chegar à acomodação.

“A adaptação completa que deve ser realizada pela infância consiste numa síntese progressiva de assimilação com a acomodação. È por isso que, na própria evolução interna, os jogos das crianças se transformam pouco a pouco em construções adaptadas, exigindo sempre mais de trabalho efetivo, a ponto de, nas classes pequenas de uma escola ativa, todas as transições espontâneas ocorrerem entre o jogo e o trabalho”. (PIAGET, 1975, p.158).

2.2 Teoria de Vygotsky

Vygotsky enfatiza que a vivência em sociedade é essencial para transformação do homem e, a forma mais significativa que a criança possui de fazê-lo é através da brincadeira, principalmente o jogo simbólico. Ele estabelece uma relação muito estreita entre o jogo e a aprendizagem atribuindo ao jogo uma grande competência. Esta importância pode ser compreendida através das idéias de sua teoria de desenvolvimento cognitivo no qual ele afirma que o desenvolvimento cognitivo é resultado da relação estabelecida entre a criança e as pessoas que a rodeiam.

“As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade”. (VYGOTSKY, 1998, p. 156)

O principal conceito da teoria de Vygotsky é a Zona de Desenvolvimento proximal, que ele define como sendo o desenvolvimento atual da criança e o nível que ela atinge quando resolve problemas com auxílio; para

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Vygotsky, o jogo é capaz de criar esta Zona de desenvolvimento Proximal na criança pois, segundo sua idéia, o aprendizado se dá por interações do sujeito com o mundo e, o jogo simbólico permite que se crie condições para que conhecimentos e valores sejam exercitados na imaginação, através do faz de conta, da imitação.

“No desenvolvimento a imitação e o ensino desempenham um papel de primeira importância. Põem em evidência as qualidades especificamente humanas do cérebro e conduzem a criança a atingir novos níveis de desenvolvimento. A criança fará amanhã sozinha aquilo que hoje é capaz de fazer em cooperação. Por conseguinte, o único tipo correto de pedagogia é aquele que segue em avanço relativamente ao desenvolvimento e o guia; deve ter por objetivo não as funções maduras, mas as funções em vias de maturação". (VYGOTSKY, 1998 p.138).

Nem todo jogo porém, será capaz de desenvolver a Zona de desenvolvimento proximal mas, normalmente neles estão presentes todas as condições para que ela se estabeleça visto que, como parte integrante dos jogos simbólicos as crianças estão sujeitas a situações imaginárias, regras e condutas.

Ao desenvolverem o jogo simbólico a criança se projeta nos papeis dos adultos adotando para si hábitos, atitudes e valores e acabam por enfrentar situações para as quais não estão preparadas na vida real, atribuindo a estas vivências significados que estão muito distante de sua realidade; ampliam estruturas básicas para suprir a necessidade e para dar consciência criando um novo tipo de atitude em relação ao mundo real. É esta atuação neste mundo de imaginação que será capaz de criar uma Zona de desenvolvimento proximal.

“Todos conhecemos o grande papel que nos jogos da criança desempenha a imitação, com muita freqüência estes jogos são apenas um eco do que as crianças viram e escutaram aos adultos, não obstante estes elementos da sua experiência anterior nunca se reproduzem no jogo de forma absolutamente igual e como acontecem na realidade. O jogo da criança não é uma recordação simples do vivido, mas sim a transformação criadora das impressões para a formação de uma nova realidade que responda às exigências e inclinações da própria criança”. (VYGOTSKY, 1998 p.12).

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O jogo assume assim um papel rico pois, não só atende as necessidades lúdicas como também as intelectuais e afetivas, sendo um produto social transmitido através da cultura, estimula o convívio social trazendo desta maneira uma enorme contribuição para a aprendizagem, contribuindo significativamente para o processo de construção do conhecimento da criança atuando como forma de descoberta e prazer.

2.3 A importância do lúdico para o desenvolvimento da criança

Tanto Piaget como Vygotsky consideram o jogo fator importante no processo de desenvolvimento da criança, porém, para o primeiro, esse processo evolutivo está relacionado com a maturação e para o segundo o jogo está ligado ao surgimento da capacidade de simbolizar, ou seja, representar papéis.

Para Froebel (2001), a brincadeira é um ato que faz parte da natureza infantil, sendo assim a atividade principal desta faixa etária e a única forma que a criança tem de expressar seu mundo interior, de se conhecer e de se organizar. Afirma ainda que a brincadeira é a fase mais alta do desenvolvimento da criança, porque na brincadeira a criança está exteriorizando seus impulsos internos.

“O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil". (PIAGET 1976, p.160).

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O brincar é uma das atividades mais naturais do comportamento humano, principalmente durante a infância.

A brincadeira contribui para o desenvolvimento infantil na medida em que fomenta o processo de socialização das crianças, proporcionando-lhes realizar atividades em grupo, de dinamizar o cotidiano. Apresenta fatores positivos no processo de ensino-aprendizagem estimulando habilidades básicas e aquisição de conhecimentos novos. São fonte de estímulo ao desenvolvimento afetivo, cognitivo e social da criança como também é uma forma de ela se mostrar para o mundo.

A criança desenvolve a capacidade de aprendizagem a partir do momento em que é capaz de conceituar e, é através de brincadeiras que ela irá se deparar com um enorme espaço de possibilidades para formação de conceitos, sendo capaz, a partir de então de desenvolver conhecimento.

Quando a criança adquire a capacidade de desenvolver um determinado tipo de conhecimento, esta capacidade se torna permanente, jamais é esquecida.

“Ao permitir a manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente, à função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança. Neste sentido, qualquer jogo empregado na escola, desde que respeite a natureza do ato lúdico, apresenta caráter educativo e pode receber também a denominação geral de jogo educativo”. (KISHIMOTO, 2001, p.83).

Froebel (2001) ressalta que o jogo constitui o mais alto grau de desenvolvimento da criança, a manifestação espontânea e natural do mundo intuitivo, imediatamente provocado por uma necessidade interior. Por isso, quando brinca, a criança esta imersa em um mundo de alegria, contentamento, paz e harmonia, proporcionados pelo brincar espontânea.

“A liberdade de expressão que há no jogo possibilita a representação de coisas significativas. O dinamismo interno do indivíduo se transforma em fator de desenvolvimento, que encontra em si mesmo e que se manifesta pela palavra e pelo jogo. Nessa perspectiva, o jogo passa a ser visto como parte do processo de desenvolvimento, construção, interação e socialização da criança”. (TEIXEIRA, 2010, p.39).

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Estas manifestações espontâneas proporcionadas à criança enquanto ela brinca é essencial para o desenvolvimento infantil na medida em que é neste momento que ela poderá transformar e produzir novos significados. Neste momento, se bem estimulada, ela será capaz de romper com a subordinação, de questionar o que lhe é imposto, ela será capaz de atribuir novos significados, impondo-se e construindo desta forma sua subjetividade, dando o curso de seu próprio desenvolvimento.

Estudos de cientistas da Baylor College of Medicine dizem que crianças que não brincam muito ou raramente tendem a desenvolver cérebros de 20% a 30% menores que o normal para sua idade

A mente da criança assim como o corpo necessita de ajuda para crescer, e um dos alimentos mais importantes para o crescimento da mente infantil são as brincadeiras pois, ela é capaz de propiciar uma aprendizagem significativa.

Oliveira diz que:

“(...) ao brincar, afeto, motricidade, linguagem, percepção, representação, memória e outras funções cognitivas estão profundamente interligadas. A brincadeira favorece o equilíbrio afetivo da criança e contribui para o processo de apropriação dos signos sociais. Cria condições para uma transformação significativa da consciência infantil, por exigir das crianças formas mais complexa de relacionamento com o mundo...”

(OLIVEIRA, 2002, p.160).

“Brincar para a criança não é perder tempo, é ganha-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem”.

(Carlos Drumond de Andrade)

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CAPÍTULO III

A DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE PSICOPEDAGÓGICO

Amélia Hamze diz que aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através de experiência construída por fatores emocionais, neurológicos relacionais e ambientais. Aprender é o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente. Neste enfoque, o conhecimento é construído e reconstruído continuamente.

Os alunos que vem a apresentar qualquer problema para aprender tendem a ser rotulados, condenados, pois na nossa cultura o mais comum é saltar aos olhos as dificuldades do que as potencialidades. As causas dos problemas relativos à aprendizagem são diversas.

Para Weiss (2000), a prática psicopedagógica deve considerar o sujeito como um ser global, composto pelos aspectos orgânico, cognitivo, afetivo, social e pedagógico. O aspecto orgânico diz respeito ao crescimento, ao desenvolvimento, questões biológicas; O cognitivo está relacionado a fatores relacionados à capacidade de produzir conhecimento, aos processos cognitivos é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa; o aspecto afetivo está relacionado ao desejo, à forma como o sujeito se relaciona com a aprendizagem; o aspecto social está relacionada as relações sociais que o sujeito mantém com a família, os amigos e finalmente o aspecto pedagógico relacionado a organização escolar a qual este sujeito está submetido tais como: modo de avaliação, seleção de conteúdos, metodologia etc.

Scoz (1994, P. 22) coloca que:

“(...) os problemas de aprendizagem não são restringíveis nem a causas físicas ou psicológicas, nem a análises das conjunturas sociais. É preciso compreendê- los a partir de um enfoque multidimensal, que amalgame fatores orgânicos, cognitivos, afetivos, sociais e pedagógicos, percebidos dentro das articulações sociais.

Tanto quanto a análise, as ações sobre os problemas de

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aprendizagem devem inserir-se num movimento mais amplo de luta pela transformação da sociedade”.

Tendo em mente que cada ser é único, a avaliação é de extrema importância para o trabalho psicopedagógico; a avaliação deve ser diagnóstica pautada na individualidade do sujeito pois, é através dela que o psicopedagogo começará a traçar o caminho a seguir, propor alternativas.

A psicopedagogia tem o privilégio de intervir através da contribuição de várias áreas de conhecimento tais como a pedagogia, a antropologia, a psicologia, antropologia entre outros; ela vem para desmistificar o fracasso escolar.

Entende que o erro faz parte do processo de criação do conhecimento pelo sujeito e que as interações são de fundamental importância para o desenvolvimento cognitivo. O psicopedagogo assume papel bastante relevante na solução dos problemas de aprendizagem.

O psicopedagogo atinge seus objetivos quando compreende quais são os processos e quais as necessidades do educando viabilizando para a escola recursos que venham a atender as necessidades de aprendizagem.

Deve valorizar as experiências e os significados que cada educando construiu ao longo de suas experiências pessoais.

3.1 Conceito de dificuldade de aprendizagem

A dificuldade de aprendizagem tem sido uma das maiores preocupações dos educadores na atualidade sendo um desafio em termos de diagnóstico e intervenção. As crianças que apresentam tais dificuldades têm sido mal diagnosticas e por vezes ignoradas. Por vezes, o que também vem ocorrendo é a patologização da educação, quando na verdade, um simples olhar para a individualidade do sujeito já solucionaria grande parte do problema. Tentar compreender o modo como esse sujeito processa a sua

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aprendizagem e quais os fatores que podem está dificultando esse processo, já seria de grande relevância para solucionar os problemas relativos a dificuldade de aprendizagem.

A Definição do Comité Nacional Americano de Dificuldades de Aprendizagem (National Joint Committee of Learning Disabilities, 1988) diz que:

“As DA constituem um ou mais déficit nos processos essenciais da aprendizagem que necessitam de técnicas especiais de educação (definição por déficit). As crianças com DA apresentam discrepância entre o nível da realização esperado e o atingido em linguagem falada, leitura, escrita e matemática (definição por discrepância). As DA não são devidas a deficiências sensoriais, motoras, intelectuais, emocionais e/ou a falta de oportunidade de aprendizagem (definição por exclusão)”.

Vítor da Fonseca (1995) diferencia dificuldade de aprendizagem de incapacidade de aprendizagem:

“As DA verificam-se em crianças normais, com um perfil motor adequado, uma inteligência média ou superior, adequadas visão e audição e uma adequada adaptação emocional, que, em conjunto com uma dificuldade de aprendizagem, constituem a base da sua caracterização psiconeurológica”. (...) as incapacidades de aprendizagem compreendem perturbações que incidem sobre a recepção, a integração (compreensão) e a expressão de funções práxicas e simbólicas que não estão ligadas nem a estados demenciais nem a lesões periféricas (input), ou propriamente a deficiências do aparelho periférico (output)”.

Desse modo, nada impede que uma criança que apresente dificuldades de aprendizagem também possa ser capaz de apropriar-se e produzir conhecimento; basta apenas incentiavá-la e estimulá-la por caminhos que traduzam suas peculiaridades e particularidades e que lhe façam sentido.

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3.2 Tipos de dificuldades de aprendizagem

Na área da educação, nem sempre o processo de ensino aprendizagem irá se manifestar em forma de sucesso; muitas vezes aparecerão problemas que deixam os alunos paralisados, apresentando problemas no processo de aprendizagem. Neste momento é muito importante que todos os envolvidos nesse processo educativos fiquem atentos, observem se as dificuldades são momentâneas ou se persistirão.

As dificuldades de aprendizagem situam-se nos grupos considerados como os Necessitados Especiais de Educação – NEE. Estas necessidades referem-se a problemas ou distúrbios que afetam a aprendizagem do indivíduo, ao ponto de serem necessárias algumas adaptações no ensino para que o aluno possa ver diminuída sua desvantagem ( Brennan, 1988, aput Correia, 1999).

De acordo com Vítor da Fonseca (1995) uma criança com dificuldades de aprendizagem caracteriza-se por apresentar uma discrepância entre seu potencial estimado e seu nível de realização escolar; pode apresentar desordens básicas no processo de aprendizagem; apresentar ou não disfunção no SNC (Sistema Nervoso Central); não apresentar sinais de debilidades mentais, privação cultural, perturbações emocionais ou privação sensorial (visual ou auditiva); Evidenciar dificuldades perceptivas, disparidades em vários aspectos de comportamento e problemas nos processamentos de informações, nos níveis perceptivos, interativo e expressivo.

Ainda de acordo com Fonseca (1995) podemos encontrar: 1) Dificuldades na leitura; 2) Dificuldades na escrita; 3) dificuldades no raciocínio aritmético e seus componentes.

Logo, de acordo com as definições de Fonseca e do Comitê Nacional Americano das Dificuldades de Aprendizagem sugere-se que a dificuldade de aprendizagem seja um termo usado para designar significativa dificuldade na leitura, na soletração, na aritmética e na escrita, não estando relacionado a fatores da inteligência.

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Partindo desses pressupostos, veremos agora algumas manifestações mais freqüentes:

1) Dislexia- segundo a ABD (Associação Brasileira de Dislexia) ela caracteriza-se pela dificuldade que aparece na leitura, impedindo o aluno de ser fluente, pois faz troca ou emissão de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta, dá pulos de linha ao ler um texto. Tem causa genética e hereditária, é um transtorno ou distúrbio neurofuncional, ou seja, o funcionamento cerebral depende da ativação integrada e simultânea de diversas redes neuronais para decodificar as informações, no caso, as letras do alfabeto. Quando isso não acontece adequadamente, há uma desordem no caminho das informações, dificultando o processo da decodificação das letras, o que pode, muitas vezes, acarretar o comprometimento da escrita.

O sinal de alerta para a dislexia é sua característica genética e hereditária, se a criança possuir pais ou outros parentes disléxicos quanto mais cedo for realizado o diagnóstico melhor para os pais, à escola e à própria criança. A criança poderá passar pelo processo de avaliação realizada por uma equipe multidisciplinar especializada, mas se não houver passado pelo processo de alfabetização o diagnóstico será apenas de uma "criança de risco".

Existem três tipos de dislexia: A auditiva ou disfonética cujos principais sintomas são o atraso na linguagem, deficiências na fala, erro na leitura por problemas na correspondência grafema-fonema, erros na escrita por problemas na correspondência fonema grafema; a dislexia visual ou diseidética que se caracteriza por problemas de orientação direita esquerda, disgrafia ou fraca qualidade da letra, erros de leitura que implicam aspectos visuais (inversão de letras p/q), erros ortográficos; e também a possível combinação das duas.

Ainda de acordo com a ABD haverá sempre: dificuldade com a linguagem e escrita; dificuldade em escrever; dificuldades com a ortografia;

lentidão na aprendizagem da leitura. Haverá muitas vezes: disgrafia (letra feia); discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de

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símbolos e de decorar tabuada; dificuldade com a memória de curto prazo e com a memorização; dificuldades em seguir orientações de caminho e em executar sequências de tarefas complexas; dificuldade para compreender textos escritos; dificuldades em aprender uma segunda língua.

2) Disgrafia - Segundo a Associação Portuguesa de Pessoas com Dificuldades de Aprendizagem Específica (APPDAE) a disgrafia caracteriza-se por uma alteração da escrita que afeta na forma ou no significado, sendo do tipo funcional. Perturbação no componente motor do ato de escrever, provocando compressão e cansaço muscular, que por sua vez são responsáveis por uma caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas, mal elaboradas e mal proporcionadas.

A criança com disgrafia apresenta uma série de sinais ou manifestações secundárias de ordem motora que acompanham a dificuldade no desenho das letras, e por sua vez a determinam.

Entre estes sinais encontra-se uma postura incorreta, forma incorreta de segurar o lápis ou a caneta, demasiada pressão ou pressão insuficiente no papel; ritmo da escrita muito lenta ou excessivamente rápido.

Ainda de acordo com a APPDAE, pode está associado a problemas biológicos, perturbações da lateralidade, do esquema corporal e das funções perceptivo-motora; perturbação de eficiência psicomotora (motricidade débil;

perturbações ligeiras do equilíbrio e da organização cinético-tónica;

instabilidade); problemas pedagógicos (orientação deficiente e inflexível;

orientação inadequada da mudança de letra de imprensa para letra manuscrita;

ênfase excessiva na qualidade ou na rapidez da escrita; prática da escrita como atividade isolada das exigências gráficas e do restante das atividades discente); problemas pessoais (imaturidade física; inaptidão para aprendizagem das destrezas motoras; déficit em aspectos do esquema corporal e da lateralidade).

3) Disortografia – Segundo o Dicionário Interativo da Educação Brasileira (DIEB) a disortografia caracteriza-se por um tipo de dificuldade de

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aprendizagem relacionada à linguagem, caracterizada por um transtorno da escrita, incluindo inversões, aglutinações, omissões, contaminações, alterações internas da palavra e como conseqüência, desordem na categoria e estrutura da frase.

A disortografia reflete um processo cognitivo da linguagem defeituoso e não se refere à falta de correção motora. Os sintomas da disortografia estão relacionados a numerosos erros de ortografia, manifestados logo que se tenham adquirido os mecanismos da leitura e da escrita.

Muitas destas alterações convergem a disortografia com a dislexia, ao ponto de, para muitos autores, a disortografia ser apontada como uma seqüela da dislexia. No entanto, a disortografia, assim como outros distúrbios de aprendizagem, não é considerada uma doença. Trata-se, de uma dificuldade que pode ser contornada com acompanhamento adequado, direcionado às condições de cada caso.

Entre as causas da disortografia, suspeita-se que uma aprendizagem incorreta da leitura e da escrita, especialmente na fase de iniciação, pode originar lacunas de base com a conseqüente insegurança para escrever. Igualmente, numa etapa posterior, a aprendizagem deficiente de normas gramaticais pode levar à realização de erros ortográficos que não se produziriam se não existissem lacunas no conhecimento gramatical da língua.

4) Discalculia – Segundo a APPDAE, é uma perturbação que se manifesta na dificuldade de aprendizagem do cálculo. Esta dificuldade pode manifestar-se em vários níveis da aprendizagem.

Assim, podem-se encontrar dificuldades ao nível da leitura, escrita e compreensão de números e símbolos, compreensão de conceitos e regras matemáticas, memorização de fatos ou conceitos, raciocínio abstrato. Podem ainda está associado à dificuldade de ver horas e de lidar com dinheiro.

(5) Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) - segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza

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por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele ocorre em 3 a 5%

das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado.

Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos. Na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou

“ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo).

Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites. Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos ("colocam os carros na frente dos bois"). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.

Luiza Elena Valle (2008), diz que os sintomas e padrões que caracterizam o TDAH não são simplesmente uma falta de oportunidade de aprender e, sim dificuldades decorrentes do processo de desenvolvimento neurológico e quando os problemas são cuidados desde cedo podem levar a bons resultados.

3.3 O olhar psicopedagógico nas dificuldades de aprendizagem.

Em primeiro lugar, o psicopedagogo deve ter um olhar livre de estigmas e ausente de contaminação frente à dificuldade de aprendizagem. Ele

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deve focar sua investigação no diagnóstico e na análise nos fatores que podem favorecer, intervir ou até mesmo prejudicar a aprendizagem. Seu principal objetivo é atuar junto ao aluno, os pais e a equipe pedagógica, buscando mecanismos para devolver a este aluno o prazer de aprender.

Para isso, defendem que o processo de aprendizagem deve levar em consideração as questões históricas –culturais, a estruturação cognitiva, e as emoções do sujeito que aprende ou seja, a dificuldade em aprender para a psicopedagogia pode está relacionada a fatores de natureza cognitiva, afetiva, cultural, funcional ou até mesmo a combinação de vários destes fatores.

A psicopedagogia pode ser considerada assim como uma multidisciplinar visto que está constantemente exercitando-se num esforço para integrador todas essas dimensões do ser.

Segundo Bossa (1994, p.23):

(...) cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e às necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, da própria ensinagem.

3.4 A intervenção Psicopedagógica através do lúdico em crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem.

Para Sirlândia Teixeira (2010, p.45):

O jogo, o brinquedo e a brincadeira são analisados e estudados na Pedagogia, tendo em vista as possibilidades práticas de sua utilização no processo de ensino e aprendizagem. Brincar é uma situação em que a criança

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constitui significados para assimilação dos papeis sociais e compreensão das relações afetivas que ocorrem em seu meio, bem como para a construção do conhecimento.

Para a psicopedagogia, o processo de ensino aprendizagem não deve focar somente a relação formal entre professor-aluno mas sim como um processo de interação, de trocas de ambas as partes. Esse processo não pode e não deve ser focado apenas nas conexões neurais mas também com as manifestações corporais em sua totalidade, deve-se interagir com o sujeito vendo-o em sua corporeidade.

Partindo desse pressuposto, ó lúdico tornar-se uma das formas mais eficientes para o trabalho psicopedagógico quer seja no diagnóstico, sendo um ótimo instrumento de investigação clínica, ou no tratamento, pois é através do brincar que a criança constrói seu espaço de experimentação, desenvolvendo suas potencialidades, criando conceitos, incorporando valores e internalizando conteúdos para futuramente apropriar-se de um conhecimento que é seu, valorizando sua subjetividade.

Diz Kishimoto (2001):

“... As atividades lúdicas são vistas como objetos e/ou ações que permitem às crianças se divertirem, ao mesmo tempo em que aprendem sobre algo. Assim, quando são intencionalmente criadas pelos adultos, com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem, surge a dimensão educativa das situações lúdicas. Desde que mantidas as condições para a expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da criança para brincar, o educador está potencializando as situações de aprendizagem”.

Porém, o uso de jogos e brincadeiras devem está inseridos dentro de um contexto, visto que, por si só não são um instrumento de aprendizagem pronto e acabado; não deve ser visto de forma estática, igual para todos, ao contrário deve ter um caráter dinâmico de acordo com a simbologia, com o imaginário do aluno.

A psicopedagogia tem o seu foco sobre o processo que se utiliza para aprender, entende o ser humano na sua multiplicidade, em seus plurais aspectos, e, é na necessidade de entender esses aspectos que o

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psicopedagogo vem construindo seu trabalho, tendo como objetivo diminuir os problemas de aprendizagem e conseqüente fracasso escolar.

Para isso, ela necessita associar o pedagógico ao psicológico. Por isso o Lúdico é tão importante, pensem bem, quem de nós não adentraria no seu mundo com mais facilidade se pudesse sair da carcaça grossa da vida adulta e transportar-se ao mundo infantil ela em construção era quebradiça e frágil? Através do lúdico é mais fácil remodelar os caminhos do pensar, é mais fácil estimular a plasticidade natural do aprender humano.

Para Valle (2008) brincar de aprender se faz com o uso desses processos cognitivos que se interligam desde a infância, quando as crianças necessitam de mediadores para explorar suas próprias habilidades em desenvolvimento. Mas, é preciso se apaixonar como as crianças por suas brincadeiras, como um aliado brincalhão, capaz de planejar ações, que se baseiem em conceitos e conhecimentos que reunirão os resultados de qualidade que se espera da educação que buscamos.

“O homem só se torna plenamente humano quando brinca”. (Schiller)

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CONCLUSÃO

O que se buscou neste trabalho foi ressaltar a importância dos jogos e das brincadeiras dentro do contexto psicopedagógico, levando a uma reflexão sobre sua relevância na construção do conhecimento infantil nas crianças que apresentam dificuldade de aprendizagem.

Conclui-se, portanto que intervenção psicopedagógica lúdica vista como um trabalho que vem com o objetivo de um diálogo junto à criança tende a buscar junto a ela seus anseios, suas frustrações, fundamentando-se em resgatar a alegria, devolver o prazer ao processo de ensino aprendizagem, estruturando os processos de aquisição de conhecimentos, dando bases consistentes para que o sujeito seja capaz de elaborar seu conhecimento, desenvolvendo sua inteligência de acordo com suas potencialidades tendo como finalidade a construção do seu Eu Cognoscente.

A intervenção psicopedagógica que tem sua fundamentação no lúdico possibilita às crianças uma forma de desenvolver as suas habilidades intelectuais, sociais e físicas, de forma prazerosa e participativa, uma vez que os jogos e as brincadeiras são de grande contribuição para o contexto das dificuldades de aprendizagem.

Além disso, também conclui-se que oferecer brinquedos e oportunizar brincadeiras na intervenção psicopedagógica colaboram para estimular as habilidades, a curiosidade, autoconfiança e a autonomia, ajudam a desenvolver a linguagem, o pensamento, a concentração e a atenção. É através do brinquedo que a criança desenvolverá seu potencial de superar limites e de evoluir como indivíduo. No brincar ela exercita sua imaginação, é capaz de simular, de representar, e são essas manifestações do jogo que irão lhe proporcionar dinamizar as estratégias do processo de aprendizagem, facilitando esse processo.

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E, quando estas situações são planejadas e orientadas por um adulto, no caso um psicopedagogo, tendo por objetivo superar as dificuldades de aprendizagem, irá proporcionar a criança, a construção de algum tipo de conhecimento, alguma relação ou desenvolvimento de alguma habilidade.

Percebeu-se que o bom uso de atividades lúdicas nas intervenções psicopedagógicas frente às dificuldades de aprendizagem contribui para que esses alunos venham a melhorar significativamente seu desempenho. Porém, somente atividades lúdicas não resolvem o complexo processo educativo, mas, elas podem, e muito, auxiliar em favor de promover mudanças.

“Nenhuma responsabilidade da educação é mais séria que a de fornecer adequação, provisão de lazeres recreativos, não só no direito

benefício da saúde, como também, e ainda mais se possível, para produzir duradouros efeitos nos hábitos do espírito”.

(John Dewey)

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTOS 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I O LÚDICO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL 10

1.1 A história do brincar 10

1.2 O lúdico e o mundo infantil 1.3 Aprender brincando – a ludicidade e suas contribuições no processo de ensino-aprendizagem 13

CAPÍTULO II A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NAS TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO COGNITIVO, PSICOMOTOR E SÓCIO AFETIVA 17

Referências

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