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Inteligência policial : um estudo sobre os benefícios de informações georreferenciadas na investigação policial

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(1)

Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

Stricto Sensu em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da

Informação

INTELIGÊNCIA POLICIAL: UM ESTUDO SOBRE OS

BENEFÍ-CIOS DE INFORMAÇÕES GEORREFERENCIADAS NA

INVESTIGAÇÃO POLICIAL

Brasília - DF

2012

(2)

REGINALDO PEREIRA DOS SANTOS FILHO

INTELIGÊNCIA POLICIAL: UM ESTUDO SOBRE OS BENEFÍCIOS DE INFORMAÇÕES GEORREFERENCIADAS NA INVESTIGAÇÃO POLICIAL

Dissertação apresentada ao Programa de pós-graduação Strictu-Sensu em (Gestão do Co-nhecimento e da Tecnologia da Informação) da Universidade Católica de Brasília, como requi-sito parcial para obtenção do Título de Mestre em Tecnologia da Informação.

Orientador: Prof. Dr. Eduardo Amadeu Dutra Moresi

Coorientador: GeorgeFelipe de Lima Dantas

(3)

Dissertação de autoria de Reginaldo Pereira dos Santos Filho, intitulada “Inteligência Polici-al: um estudo sobre os benefícios de informações georreferenciadas na investigação polici-al”, apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Gestão do Co-nhecimento e da Tecnologia da Informação pela Universidade Católica de Brasília, defendi-da e aprovadefendi-da no quinto dia do mês de março de 2012, às 18:00 h, pela banca examinadora abaixo assinada:

___________________________________________________ Prof. Dr. Eduardo Amadeu Dutra Moresi

(MGCTI) – (UCB) ORIENTADOR

___________________________________________________ Prof.. Dr. George Felipe L. Dantas

(MGCTI) – (UCB) EXAMINADOR EXTERNO

___________________________________________________ Prof. Dr. Hercules Antônio do Prado

(MGCTI) – (UCB) EXAMINADOR

___________________________________________________ Prof. Prof. Dr. Edilson Ferneda

(MGCTI) – (UCB) EXAMINADOR

(4)
(5)

AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus, em primeiro lugar, por todas as experiências que permitem que eu amadureça e cresça espiritualmente e emocionalmente.

Ao meu Pai Reginaldo, Mãe Viola Reny (in memoriam) e Irmãos Rejane, Regina, Reinaldo e Rogéria, que sempre acreditaram em mim e mantiveram a fé.

Ao Professor Dr. Moresi, meu orientador, que com tanta presteza e paciência colaborou neste projeto de pesquisa, e pela amizade com que sempre me considerou.

À Coordenadora, Professora Drª. Luiza por todo o apoio e incentivo.

A todos os professores, funcionários da UCB e colegas de curso, pela companhia agradável durante este período.

À Polícia Civil do Distrito Federal por disponibilizar os dados para realizar o estudo de caso apresentado neste trabalho.

(6)

“A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás, mas só pode ser vivida, olhando-se para frente.”

(7)

RESUMO

A tecnologia da informação e comunicação (TIC) está presente no processo de criação do conhecimento, decorrente principalmente da globalização dos meios de comunicação e pela crescente necessidade das organizações em coletar, processar e distribuir o conhecimento. Um exemplo de tecnologia associada a Policia Civil do Distrito Federal é o Sistema de Informa-ção Geográfica (SIG) que permite o armazenamento, manipulaInforma-ção e analise de dados espaci-ais, e os respectivos aspectos descritivos sobre terreno, seres humanos e sua influência sobre o comportamento social. A análise de dados espaciais associados a uma posição no globo ter-restre, em função de coordenadas georreferenciadas, permite a obtenção de informações, ca-racterizando a Inteligência Geoespacial. A pesquisa feita realizou um Estudo de Caso, utili-zando os Sistemas Corporativos da Policia Civil do Distrito Federal, em geral os dados geor-referenciados, coletados internamente e externamente, associados a outras informações, pos-sibilitam análises complexas das informações obtidas sobre determinado local, região, fenô-meno criminal do Distrito Federal e das cidades do Entorno. Dessa forma, este trabalho busca apresentar os benefícios que as informações georreferenciadas podem proporcionar a investi-gação policial e a sociedade do Distrito Federal. Isso influencia na identificação de correlação entre as ocorrências de naturezas de diferentes tipos de crimes, associados a uma região geo-gráfica. Diante dos aspectos apresentados é possível inferir que as informações georreferenci-adas são importantes fontes de apoio as autoridades policiais e as governamentais em ações táticas de curto prazo e estratégicas de médio e longo prazo, contribuindo assim para um me-lhor atendimento das necessidades relacionadas à segurança pública do Distrito Federal.

(8)

ABSTRACT

The information and communication technology (ICT) is present in the process of knowledge creation, mainly due to the globalization of the media and the growing need for organizations to collect, process and distribute knowledge. An example of technology associated with the Civil Police of the Federal District is the Geographic Information System (GIS) that allows the storage, manipulation and analysis of spatial data and descriptive aspects of their land, humans and their influence on social behavior. The analysis of spatial data associated with a position on the globe, depending on geographic coordinate, yields information characterizing the Geospatial Intelligence. A survey conducted a case study using the Corporate Systems of the Federal District Civil Police, in general, georeferenced data collected internally and externally, and other associated information, enable complex analysis of information obtained about a particular place, region, criminal phenomenon Federal District and Surrounding cities. Thus, this study aims to present the benefits that can provide geo-referenced information the police investigation, and society of the Federal District Civil Police and the Federal District's population. This affects the identification of correlation between the occurrences of different kinds of crimes, associated with a geographic region. Given the issues presented can be inferred that the geo-referenced information are important sources of support the police and government actions in short-term tactical and strategic medium and long term, thereby contributing to better meet the needs related to public safety in the District Federal.

(9)

Sumário

1 INTRODUÇÃO ... 15

1.1 REVISÃO DE LITERATURA ... 16

1.2 RELEVÂNCIA DO ESTUDO DE PESQUISA ... 18

1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ... 18

1.4 OBJETIVOS ... 19

1.4.1 Objeto Geral ... 19

1.4.2 Objetivos Específicos ... 19

1.5 ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO ... 20

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 21

2.1 ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA ... 21

2.1.1 Inteligência Criminal ... 21

2.1.2 Inteligência Geoespacial – GEOINT ... 23

2.2 TI APLICADA A INTELIGÊNCIA POLICIAL ... 26

2.2.1 Análise de Dados Tradicional - Business Intelligence ... 27

2.2.2 Técnica de análise de Dados Associativa - Business Discovery ... 29

3. METODOLOGIA ... 31

3.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 31

3.2. PRESSUPOSTOS ... 31

3.3. COLETA E ANÁLISE DOS DADOS ... 32

3.4. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ... 32

4. ESTUDO DE CASO ... 33

4.1. COLETA DOS DADOS EM SISTEMAS CORPORATIVOS ... 35

4.1.1. Ocorrência Policial Eletrônica ... 35

4.1.2. Sistema Millenium – Ocorrência Policial ... 36

4.1.3. Delegacias Circunscricionais distribuidas geograficamente por Região Administrativa ... 37

4.1.4. Quantidade de ocorrências por Unidade Policial ... 38

4.1.5. Modelo da Estrutura de Banco de Dados ... 41

4.2. APLICAÇÃO DA TÉCNICA ASSOCIATIVA ... 43

4.2.1 O Software Qlikview ... 44

4.2.2 Aplicação da Técnica de Análise de Dados Associativa ... 44

4.3. A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO ... 47

4.3.1. Sistema Polaris ... 47

4.3.2. Sistema Atlas ... 50

4.4. DADOS DE FATORES EXTERNOS ... 52

4.4.1. População do Distrito Federal distribuída por Região Administrativa... ... 52

(10)

4.5. SÍNTESE DO ESTUDO DE CASO NA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO

FEDERAL ... 58

5. CONCLUSÃO ... 60

REFERÊNCIAS ... 63

ANEXO A ...67

ANEXO B ...70

(11)

Lista de Figuras

Figura 1: Elementos da GEOINT ... 24

Figura 2: Ciclo da Inteligência Geoespacial ... 25

Figura 3: Comparação da pesquisa Tradicional e a Associativa ... 27

Figura 4: Ciclo do BI tradicional... 28

Figura 5: Processo de coleta e processamento dos dados e geração de conhecimento on line na PCDF ... 34

Figura 6: Tela Principal da Delegacia Eletrônica na Internet ... 35

Figura 7: Menu Principal do Millenium – Sistema de Ocorrências ... 36

Figura 8: Estrutura do Banco de Dados dividido em tabelas - Sistema de Ocorrências ... 41

Figura 9: Tabelas que contém dados georreferenciados do Sistema de Ocorrências ... 42

Figura 10: Tabelas que contém dados não espaciais do Sistema de Ocorrências ... 43

Figura 11: Script em que ocorre a conexão com banco de dados Millenium do Sistema de Ocorrências ... 45

Figura 12: Comando Load para criar as tabelas, em memória, no QlikView ... 46

Figura 13: A técnica de associativa é aplicada entre as tabelas que foram importadas ... 46

Figura 14: Comparativo de tráfico de substancia entorpecente anos 2010 e 2011... 47

Figura 15: Quantidade de ocorrência de tráfico de substâncias entorpecentes ... 48

Figura 16: Comparativo do sexo dos menores envolvidos ... 49

Figura 17: Gráfico do grau de instrução dos envolvidos em tráfico de entorpecentes ... 49

Figura 18: Utilização de dados georreferenciados do tráfico de subst entorpecentes ... 50

Figura 19: Visualização dos dados georreferenciados de homicídios na Ceilândia ... 51

Figura 20: Interseção do tráfico de subst entorpecentes e os homicídios na Ceilândia ... 51

Figura 21: População segundo nível de escolaridade - Ceilândia ... 54

(12)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Resumo da Pesquisa... 16

Tabela 2 - População do Distrito Federal distribuída por Região Administrati-va... 53 Tabela 3 - População segundo a condição de estudo – Ceilândia/Distrito Fede-ral... 54 Tabela 4 - População segundo a existência de plano de saúde - Ceilândia -

Dis-trito Federal... 55 Tabela 5 - Abrangência dos postos de saúde na Ceilândia/Distrito Fede-ral... 56 Tabela 6 - Posto Comunitário de Segurança - PCS instalados na

(13)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Níveis de informação sobre terreno e seres humanos... 26

Quadro 2 - Naturezas de Ocorrências coletadas no ano 2010... 36

(14)

LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

GIS Geographic Information System

GPS Global Positioning System

GEOINT Geospatial intelligence

KDD Knowledge Discovery in database

DM Data Mining

NGA National Geospatial Intelligence Agency

PCDF Polícia Civil do Distrito Federal AGE Army Geospatial Enterprise

TI Tecnologia da informação

TIC Tecnologia da informação e Comunicação BI Business Intelligence

BD Business Discovery

GDF Governo do Distrito Federal OLAP On-line Analytical Processing

DICOE Divisão de Controle de Denúncias e Ocorrências Eletrônicas RA Região Administrativa

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estática CODEPLAN Companhia de Planejamento do Distrito Federal NOVACAP Companhia Urbanizadora da Nova Capital CEI Campanha de Erradicação de Invasões PDAD Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio EJA Educação de Jovem e Adulto

LDB Lei de Diretrizes e Bases

(15)

1

INTRODUÇÃO

A adoção da Tecnologia da Informação pela Instituição Policial traz diversas vanta-gens. Uma delas é a otimização dos processos internos, que proporciona em especial o avanço na Inteligência Policial e o consequentemente aumento da qualidade dos serviços prestados. Desse avanço, surgiu a possibilidade da manipulação inteligente dos dados, particularmente os georreferenciados.

Para armazenar, manipular e analisar dados geográficos, surgem os sistema computa-cionais denominados Sistemas de Informação Geográfica (SIG), que associados ao Sistema de Posição Global (GPS), manipula informações sobre características descritivas a respeito des-ses dados georreferenciados, isto é, o conhecimento geoespacial. Dessa forma, é imprescindí-vel desenvolver uma análise visando a descoberta de padrões e de tendências do comporta-mento social em determinada região, bem como a compreensão e a solução de problemas so-bre as regiões pesquisadas.

Diante destas dificuldades para analisar e compreender uma grande massa de dados, diversos estudos têm sido direcionados ao desenvolvimento de tecnologias de extração auto-mática de conhecimento de banco de dados. As várias técnicas de extração de conhecimento em banco de dados têm o objetivo de encontrar conhecimento a partir de um conjunto de in-formação para ser utilizado em processo decisório. Entre as técnicas disponíveis, está a utili-zação de Associação. Uma regra de associação representa o quanto a presença de um conjunto de itens implica a presença de outro conjunto de itens (AGRAWAL et al. 1996).

(16)

1.1

REVISÃO DE LITERATURA

A busca de fontes para a presente dissertação foi feita nas bases Isis Web of Science [http://isiknowledge.com] e Science Direct, indexada pelo Scirus [http://www.scirus.com/srsapp]. A Tabela 1 apresenta o resumo da pesquisa.

Tabela 1 – Resumo da Pesquisa1

Fontes Disponíveis

Palavras-chave da Pesquisa Web of Science Scirus

“Imagery Intelligence” 6 35

"geospatial intelligence" 14 87

“Geographical information” 10.296 18.840

“Imagery Intelligence” or "geospatial intelligence"

or “geographic information” 10.314 18.931

“Police Intelligence” 35 104

“Criminal Intelligence” 19 270

“Police Intelligence” or “Criminal Intelligence” 54 360 (“Imagery Intelligence” or "geospatial intelligence"

or “geographic information”) and

(“Police Intelligence” or “Criminal Intelligence”)

0 05

Essa revisão refere-se a uma síntese dos 5 artigos encontrados na pesquisa bibliográfi-ca. A primeira publicação discute o papel da Inteligência Geospacial - GEOINT no planeja-mento, coordenação, produção, difusão do conhecimento geoespacial, sua arquitetura e como estes apóiam os profissionais e oficiais de inteligência no planejamento, execução e avaliação em missões militares (WALTER, 2007).

A segunda publicação descreve a doutrina, táticas, técnicas, procedimentos e orienta-ções descritas na publicação National System for Geospatial Intelligence Basic Doctrine para operações conjuntas, que é destinada a fornecer aos tomadores de decisão, os comandantes, os produtores e usuários de inteligência e autoridades civis com uma melhor compreensão da GEOINT afim de efetivamente executar missões criticas especificas (MURRET, 2006).

1

(17)

O terceiro artigo aborda a GEOINT não somente no papel de mapeamento de imagens de reconhecimento aéreo. Discute também o papel contemporâneo da GEOINT, como está sendo modificada e expandida pelo National Geospatial Intelligence Agency (NGA). Dessa forma, tem-se também a exploração e análise de imagens, que são responsáveis pela geração da informação geoespacial, proporcionado assim a descrição e avaliação visual das caracterís-ticas físicas e atividades geográficas referenciadas na Terra, que contribuem para a segurança nacional (CLAPPER, 2005).

Já no quarto artigo, os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) também estão sendo empregado para integrar e analisar dados geográficos para operações militares. Este estudo estratégico militar foi realizado em conjunto com a National Geospatial Intelligence Agency (NGA), para avaliar a adequação das imagens disponíveis comercialmente na guerra litorânea, como em operação e extração de características obrigatórias. É possível aplicar a análise do SIG na modelagem e geração de mapas para serem utilizadas em operações, proporcionando assim ferramentas úteis e precisas na realização de planejamento para as operações e até mesmo identificação de áreas estratégicas. Lembrando que as informações e decisões milita-res relacionadas as regiões da terra, mar e ar devem sempre ser tratados de forma correlata. As informações e respectiva análise geoespacial são fundamentais para os planejadores militares, pois estes devem analisar os meios como uma ferramenta digital integrada de combate efici-ente e eficaz (STEVEN, 2004).

Por outro lado, no quinto artigo, Richards (2010) afirma que a Army Geospatial En-terprise (AGE) tem uma identidade emergente e o seu propósito é de valorizar e sincronizar a necessidade decorrente das atividades de informação geoespacial em todo o Exército, a fim de gerar valor para os tomadores de decisões nas instituições militares, alinhando recursos de forma adequada a uma abordagem coordenada geoespacial. Esta arquitetura é importante para futuras operações militares, como as novas tecnologias que continuam a exigir maior qualida-de qualida-de informação geoespacial.

(18)

1.2

RELEVÂNCIA DO ESTUDO DE PESQUISA

Este estudo tem por intuito apresentar aos gestores de Segurança Pública uma ferra-menta com informações precisas e confiáveis que poderão ser utilizadas para geração de co-nhecimento, onde poderão ser identificadas anormalidades e irregularidades que ocorrem na administração e na sociedade. Nesse sentido, tal ferramenta será primordial para uma melhor tomada de decisão das autoridades competentes.

O desafio dos órgãos de Segurança Pública se volta para a capacidade em responder pronta e positivamente às nuances emergentes do ambiente criminal, contando para tanto com as competências de seus recursos humanos e novas formas de produção de conhecimento.

Pode-se afirmar que há uma complexidade intrínseca imposta pelo ambiente criminal que obriga os órgãos de Segurança Pública a buscar outras alternativas para apoiar o desen-volvimento de ações táticas e estratégicas. Dessa forma, pode-se dizer que a utilização das informações contidas nos sistemas corporativos possibilita um melhor planejamento para a-ções futuras, que repercutem na melhoria na segurança pública do Distrito Federal.

Por meio de todas informações descritas anteriormente, pode-se dizer que a presente pesquisa tem como objetivo apresentar os benefícios que as informações georreferenciadas podem proporcionar a investigação policial e a sociedade do Distrito Federal. Tais ferramen-tas possibilitam a ampliação da capacidade de entendimento do ambiente criminal, através de ambientes gráficos. Para verificar a pertinência de tais aspectos, apresentar-se-á um estudo de caso realizado na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) envolvendo a integração de ocor-rências policiais com informações georreferenciadas.

1.3

FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

A PCDF é uma instituição que possui a atribuição constitucional de exercer funções de Polícia Judiciária, cabendo-lhe a apuração de infrações penais, exceto as militares, conforme estabelecido na Constituição Federal, dentro território do Distrito Federal.

(19)

O grande volume de dados que trafega na rede da PCDF é tratado de forma on line, na

consulta e atualização imediata da informação, entre as unidades que compõem a instituição e órgãos conveniados. Têm um caráter crítico, pois se tratam de informações utilizadas nas ati-vidades do dia-a-dia policial. Portanto, o problema da pesquisa é:

• Quais os benefícios que as informações georreferenciadas podem proporcionar a in-vestigação policial e a sociedade do Distrito Federal?

1.4

OBJETIVOS

1.4.1 Objeto Geral

O objetivo geral deste trabalho é apresentar os benefícios que as informações georrefe-renciadas podem proporcionar a investigação policial e a sociedade do Distrito Federal.

1.4.2 Objetivos Específicos

Para isso, identificaram-se os seguintes objetivos específicos:

 Analisar como os elementos de Inteligência Geoespacial (imagens e GEOINT) e seu pro-cesso, podem ser direcionados para Segurança Pública com intuito de gerar um ambiente favorável à construção de conhecimento para tomada de decisão dos gestores operacionais e estratégicos de cada organização;

 Analisar os elementos e o ciclo de Inteligência Criminal, e como este ciclo distribui e transforma dado e informação para gerar conhecimento para toda a organização;

 Identificar como a análise da técnica associativa em banco de dados georreferenciados conduz a organização a um melhor entendimento do crime, distribuindo conhecimento, identificando padrões de comportamento, atitudes e diagnósticos do fenômeno social e criminológico no Distrito Federal e entorno.

 Caracterizar, mediante estudo de caso, situação concreta na organização, empregando a análise dos dados reais georreferenciados associados em uma ferramenta de Business Dis-covery, com foco no processo de pesquisas associativas das informações já disponíveis em

(20)

1.5

ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO

O Capítulo 2 aborda os conceitos que embasam o presente trabalho. Inicialmente, a-borda-se a Atividade de Inteligência sob dois aspectos: a Inteligência Criminal e a Inteligência Geoespacial. Em seguida, apresenta-se o emprego da Tecnologia da Informação (TI) na Ati-vidade de Inteligência. São analisadas duas alternativas: a tradicional e a associativa.

O Capítulo 3 descreve a metodologia e classificação da pesquisa, que se apóiam nos pressupostos de adoção do Georreferenciamento, aplicação de Técnica Associativa e dos Sis-temas Informações Geoespaciais, onde as coletas dos dados são feitas em sisSis-temas corporati-vos, através da Ocorrência Policial, Delegacia Eletrônica, e na análise utilizando os sistemas Atlas e o Polaris. Descreve também as condições de emprego de conceitos de Inteligência Geoespacial no âmbito da Inteligência Policial que dá apoio técnico à Instituição Policia Civil do DF.

O Capítulo 4 contextualiza, por meio de um Estudo de Caso, que envolve as informa-ções dos sistemas corporativos da Polícia Civil do Distrito Federal – PCDF. Descreve deta-lhadamente as várias etapas da análise das informações contidas no sistema, desde a coleta, análise e processamento dos dados georreferenciados até obtenção de conhecimento. Faz-se também um comparativo com as informações de dados de fatores externos e conclui com uma síntese de todo o processo em estudo.

Por fim será apresentada a conclusão onde será respondida a pergunta problema deste estudo, bem como aspectos gerais relacionados ao tema apresentado.

(21)

2

REFERENCIAL TEÓRICO

Este capítulo aborda os conceitos que embasam o presente trabalho. Inicialmente, aborda-se a Atividade de Inteligência sob dois aspectos: a Inteligência Criminal e a Inteligência Geo-espacial. Em seguida, apresenta-se o emprego da Tecnologia da Informação (TI) na Atividade de Inteligência. São analisadas duas alternativas: a tradicional e a associativa.

2.1

ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA

2.1.1

Inteligência Criminal

Atkin (2000) define que a inteligência criminal é informação compilada, analisada e /ou divulgada em esforço para antecipar, prevenir ou controlar a atividade criminosa.

O Exército dos Estados Unidos e a polícia americana definem inteligência criminal em mais detalhe: a inteligência criminal é a informação recolhida ou agrupada, analisada, grava-da, relatada e divulgadas por agências de segurança pública sobre os tipos de minosos identificados e conhecidos e suspeitos ou grupos criminosos. Atualmente, Inteligên-cia Criminal não é somente desenvolvida usa (U.S. DEPARTMENT OF JUSTICE, 2003).

A inteligência policial é alcançada pelo tratamento adequado da informação, posteri-ormente transformada em conhecimento, inteligência e ação, com o acesso às mais diversas ferramentas tecnológicas. Sempre é necessária a transformação de informação (dados não tratados), para o alcance do conhecimento estratégico, conhecimento esse buscado, inclusive, por empresas para conquista de mercados, pelo que se chama "inteligência competitiva" e "gestão de informação" (MENEZES, GOMES, 2006).

Gottlieb, (1994) define a análise criminal como um conjunto de processos analíticos sistemáticos direcionados à obtenção de informação oportuna e pertinente, ou seja inteligên-cia.

(22)

Análise de inteligência emprega informações sobre situações, caracterizando o conhe-cido, com instruções apropriadas de probabilidade, prevendo situações futuras. As descrições das situações futuras são desenhadas a partir do que poderá só estar disponível na forma de informações deliberadamente enganosas. O analista deve relacionar as semelhanças entre os enganos e extrair uma verdade comum. Um conjunto de abordagens de resolução de proble-mas é essencial para os analistas. Dependendo da natureza do problema, o analista deve ser tolerante com a ambiguidade, informações falsas, e de informações parciais, muito mais do que o cientista experimental. De acordo com Heuer (1999), a análise envolve refinamento incremental.

As organizações podem ser vistas como sistemas que processam informação. Elas co-letam dados de fontes internas e externas, as processam e as transformam em informações e conhecimentos úteis à organização. Os negócios não funcionam apenas com dados brutos. Dependem do conhecimento de indivíduos, que contextualizam e dão significados a esses dados, transformando-os, por sua vez, em informação e conhecimento pronto para ser coloca-do em ação (MORESI, 2006).

O ciclo de inteligência reflete as etapas e as atividades do dia-a-dia da Comunidade de Inteligência. O ciclo começa com as necessidades daqueles que são, muitas vezes, referidos na Comunidade de Inteligência como os consumidores de inteligência, isto é, os policiais, militares e outros tomadores de decisão, que necessitam de informações de inteligência na condução de seus deveres e responsabilidades. Essas necessidades, também são conhecidas como requisitos de inteligência. São classificados e priorizados dentro da Comunidade de Inteligência e são usados para conduzir as atividades de coleta dos membros da Comunidade de Inteligência (BUSINESS INTELLIGENGE E CPM, 2011).

Segundo U.S. Marine Corps, Geographic Intelligence, há várias teorias sobre quais fa-ses compõem o ciclo de inteligência. Pode-se, por exemplo, numa perspectiva acadêmica, ter as seguintes fases: identificação das necessidades informacionais do usuário final (requeri-mento ou determinação da produção de determinada informação/conheci(requeri-mento); Planejamen-to da obtenção dos dados/informações requeridas, gerenciamenPlanejamen-to dos meios técnicos de ob-tenção, obtenção (coleta ou busca) dos dados/informações; Processamento dos da-dos/informações (organização, avaliação e armazenagem); Produção do conhecimento (análi-se, interpretação e síntese dos dados/informações); Disseminação do conhecimento, uso do conhecimento e avaliação do ciclo (feedback quanto ao uso do conhecimento para

(23)

Na fase de planejamento, o objetivo é identificar as informações que deverão ser cole-tadas, analisadas e disseminadas sob a ótica da estratégia da organização, de modo a auxiliar na tomada de decisão (GOMES e BRAGA, 2004, p. 46-82). Na fase seguinte executa-se a coleta e exploração de dados de fontes confiáveis.

A análise é a etapa em que se transforma os dados coletados em uma interpretação significativa, completa e confiável em forma de síntese na qual são apresentadas as conclu-sões sobre o que está sendo analisado.

Na fase de disseminação consolida-se o processo de coleta e análise dos dados inteli-gentes, divulgando de forma eficaz e relevante para serem utilizados pelos tomadores de deci-são.

A utilização é a fase em que os tomadores de decisão empregam os resultados obtidos durante o todo ciclo de inteligência para realimentar o processo ou avaliar os resultados com as lições aprendidas.

Ressalta-se que o ciclo de inteligência apresenta uma particularidade nos produtos ge-rados. Os produtos táticos visam apoiar as equipes operacionais, ou seja, em uma perspectiva de curto prazo. Os produtos estratégicos destinam-se a subsidiar as autoridades policiais na definição de prioridades, na alocação de recursos e no estabelecimento de políticas. Nesse caso, as informações geradas são empregadas em ações de médio e longo prazos.

“O objeto de análise da inteligência criminal pode ser visto como um produto que visa chegar a conclusões e fazer recomendações para a ação policial. A análise de informações criminais também permite que os agentes de aplicação da lei aloquem os recursos limitados de forma mais eficaz e eficiente diante de problemas mais graves de criminalidade,” (PE-TERSON, 1997).

Portanto, a inteligência criminal é alcançada pelo tratamento adequado da informação, posteriormente transformada em conhecimento, inteligência e ação, utilizando diversas ferra-mentas tecnológicas. Uma alternativa interessante é o emprego de informações georreferenci-adas, na apresentação do conceito de Inteligência Geoespacial.

2.1.2

Inteligência Geoespacial – GEOINT

(24)

Figura 1 apresenta os elementos da Inteligência Geoespacial, segundo Bacastow e Bellafiore (2009).

Figura 1 – Elementos da GEOINT

Fonte: Bacastow e Bellafiore, (2009).

Nessa perspectiva, a GEOINT compreende:

 Imageamento, que inclui a obtenção de imagens, a visualização e o georreferencia-mento de recursos naturais, obras e edificações e demais características da superfície terrestre, por meio de satélites, plataformas aéreas, veículos aéreos não tripulados, ou outros dispositivos semelhantes;

 inteligência de imagens, é a subárea da etapa de coleta de Inteligência que inclui a in-terpretação e identificação de alvos a partir de imagens obtidas pelo imageamento;  informação geoespacial, que identifica a localização e as características geográficas de

elementos naturais ou construídos e os respectivos limites sobre a superfície da Terra, incluindo: dados estatísticos; informações derivadas de sensoriamento remoto, carto-grafia, agrimensura e tecnologias de levantamento de dados; mapeamento, gráficos, dados geodésicos, etc.

O Ciclo de Inteligência Geoespacial, apresentado na Figura 2, é um conceito que descre-ve o processamento de inteligência fundamental em uma agência de inteligência civil ou mili-tar. As etapas destes contemplam a emissão de requisitos para os tomadores de decisão, que incluem: coleta, processamento e exploração, produção, disseminação, utilização, análise e publicação de inteligência. O ciclo é completado quando os tomadores de decisão fornecem

(25)

2000, p. 1-10). Observa-se que o ciclo de inteligência é similar ao apresentado no item anteri-or.

Figura 2 - Ciclo da Inteligência Geoespacial

Fonte: U.S. Marine Corps, Geographic Intelligence, (2000).

Usando técnicas de análise geoespacial, têm-se acesso a uma ferramenta de modela-gem de dados e de apoio à tomada de decisão. A análise geoespacial tem diversas formas de utilização, incluindo a gestão na área agrícola, pecuária, mineração, gerenciamento de instalações, gerenciamento de frota militares,

O planejamento urbano geralmente começa com a coleta e a análise de dados sobre cada aspecto de uma cidade. Alguns aspectos importantes do estudo incluem problemas como congestionamentos, qualidade do ar, água, solo e estrutura. O planejamento também deve analisar rua e capacidade de auto-estrada, localização e capacidade das linhas de água e esgoto, assim por diante. A utilização dos computadores tem auxiliado no planejamento de cidades muito mais ágil, fácil e eficiente.

(26)

Diante disso, GEOINT é o conhecimento acionável, ou seja, a capacidade de descre-ver, entender e interpretar informações georreferenciadas de forma a antecipar o impacto hu-mano de um evento ou a ação em um ambiente espaço-temporal. É, também, a capacidade de identificar, coletar, armazenar e manipular dados para criar conhecimento geoespacial por meio de pensamento crítico, raciocínio geoespacial e técnicas analíticas. Finalmente, é a capa-cidade de apresentar conhecimento em formato mais apropriado à tomada de decisões.

No caso da Inteligência Criminal, o importante é a obtenção de informações referenci-adas geoespacial, relacional e temporalmente sobre a população de uma determina área geo-gráfica. Dados etnográficos, demográficos, sociais, econômicos e culturais, além daqueles relativos às ocorrências policiais, podem fornecer informações de alto valor para as autorida-des policiais (BELLAFIORE, 2010). No Quadro 1, esses tipos de dados têm sido autorida-descritos em termos de vários níveis.

Quadro 1 – Níveis de informação sobre terreno e seres humanos

Nível Descrição Exemplos

4 Comportamento Humano crenças centrais, valores, atitudes, percepções, normas culturais, tradições, religião, línguas, etc. 3 Recursos para Humanos níveis de ensino, artesanato, arte, história de relacionamento, redes, parceiros comerciais, comunicadores da mídia, etc.

2 Grupos Humanos

grupos sociais, bairros, tribos, internacionais, nacionais, esta-duais, regionais, instituições locais, organizações econômicas, estruturas de poder, organizações criminosas, etc.

1 Infraestrutura física

edifícios, estradas, áreas urbanans, comunicações, estruturas militares, ferrovias, aeroportos, portos, comércio, instalações de produção, etc.

0 Características do terreno montanhas, rios, fronteiras, áreas de acesso, barreiras, clima, hidrografia, vegetação, etc.

De acordo com Bellafiore (2010), corretamente concebida, construída e mantida, estas informações fornecem ao decisor aspectos georreferenciados de uma população. A premissa central é que estas informações auxiliam a concepção de opções alternativas para planejamen-to e ação de auplanejamen-toridades governamentais, incluindo as policiais.

2.2

TI APLICADA A INTELIGÊNCIA POLICIAL

A atividade de Inteligência instituída na sua mais ampla abrangência conceitual e prá-tica, pari passu com a existência de uma estrutura tecnológica informacional, é capaz de

(27)

dados e informações de fontes diversificadas. Uma instituição policial pode potencializar sua capacidade de produção de conhecimento com o emprego de tecnologias da informação perti-nentes à sua atividade (FERRO JUNIOR, 2010).

Com a geração de um volume cada vez maior de informações, é essencial aproveitar o máximo possível desse investimento. Talvez a forma mais eficaz e eficiente de se utilizar es-tes repositórios, seja a identificação de possíveis conhecimentos que estejam intrínsecos nes-tas bases de dados.

Diante deste cenário é coerente buscar a melhor tecnologia para analisar e processar o grande volume de dados e imagens, na busca de conhecimento o mais rápido possível, pois o fator tempo é primordial na tomada de decisão. A figura 3 apresenta uma comparação entre o processo tradicional e o associativo na produção de conhecimento na atividade de inteligência (QlikView, 2010).

Figura 3 – Comparação da pesquisa Tradicional e a Associativa

Fonte: (QlikView, 2010).

2.2.1

Análise de Dados Tradicional -

Business Intelligence

Os sistemas de Business Intelligence (BI) utilizam os dados disponíveis nas

(28)

utilizada somente pela gestão superior das organizações, no suporte à tomada de decisão, con-forme o seu ciclo, registrado na figura 4.

Figura 4 – Ciclo do BI tradicional

Fonte: (NST e-Business, 2009).

O ciclo tradicional de BI compreende as seguintes etapas:

 Planejamento: a solução visa garantir um acesso mais facilitado e estruturado às formações relevantes para o trabalho de planejamento. Permite aos colaboradores a in-clusão de informações, justificativas e correções necessárias de forma facilitada atra-vés de interfaces de entrada de dados intuitivas e funcionais. Aos gestores do orça-mento permite o acompanhaorça-mento das atividades dos colaboradores, a criação de revi-sões, comparações entre as elas, e alterações em valores da estrutura do planejamento com orientações (NST e-Business, 2009);

 Monitoramento (Dashboards): visa oferecer um ambiente simples, direto e relevante

para acompanhamento dos principais indicadores das organizações de acordo com su-as estrutursu-as, estratégisu-as e filosofisu-as de trabalho. Os Dashboards são visões gerenciais

de informações extremamente relevantes para o acompanhamento de performance da organização como um todo ou de áreas específicas (NST e-Business, 2009);

(29)

2.2.2

Técnica de análise de Dados Associativa - Business Discovery

A solução de Business Intelligence está passando por uma mudança fundamental, o

maior impacto vem de novas técnicas de consultas e análises associativas em memória, que trazem simplicidade, flexibilidade e escalabilidade para implementações de BI on line ou

ter-mo mais atual, Business Discovery abrangendo toda a organização. Isso resulta na

implanta-ção mais rápida de soluções de grande escalabilidade, com relaimplanta-ção às soluções de BI tradicio-nais.

Uma das técnicas disponível para obtenção de conhecimento é a associação, onde, uma regra de associação representa o quanto a presença de um conjunto de itens influencia outro conjunto de itens (AGRAWAL et al.1996).

As principais características da análise de dados associativos são:

 Conhecimento para todos: Business Discovery é uma forma imediata de encontrar e

entender as novas tendências de comportamento dos dados. É uma abordagem de bai-xo para cima, que coloca o usuário no controle da empresa. Ao contrário do BI tradi-cional, onde apenas algumas pessoas estão envolvidas na criação de conhecimento,

Business Discovery permite que todos criem suas visões. Trata-se de grupos de

traba-lho, departamentos e unidades de negócio que podem ter acesso aos dados de que ne-cessitam para tomar melhores decisões. Com o BD, as empresas podem ter uma visão ampla de sua organização, permitindo que cada usuário final tenha mais inteligência e rapidez para finalizar seus trabalhos. BD permite que todos os usuários possam criar o conhecimento que melhor atenda suas necessidades e cronogramas. Isto é, BD trans-forma todos em analistas de negócio altamente intrans-formados;

 Análise imediata: Business Discovery mostra os resultados imediatamente. Em outra

vertente, o BI tradicional exige semanas de espera, meses ou até anos e às vezes não nos mostra nada. Com o BD, as pessoas tocam diretamente nos dados que elas precsam, fazem todas as perguntas que quiserem, e obtêm todas as respostas de forma i-mediata, tudo por conta própria;

 Um ambiente social e colaborativo: Business Discovery permite aos usuários

(30)

Com grande quantidade de dados coletados e armazenados em sistemas de informação geográficas seria possível encontrar novos padrões de ocorrência de um determinado evento e auxiliar na solução de problemas relacionados.

A maioria das abordagens de manipulação de dados considera que os exemplos utili-zados já contêm toda a informação para extração do conhecimento, não dando a devida im-portância a dados que por sua própria definição possuem algum relacionamento a ser utilizado como mais uma informação na geração do conhecimento (PIVATO, 2006). Assim, encontrar padrões pode ser muito importante para a solução de problemas envolvendo dados espaciais e sua aplicabilidade para a busca de resultados melhores.

O modelo em estudo é a técnica de dados associativos em memória. Esta técnica per-mite que os dados sejam analisados nos níveis agregado e detalhado, eliminando a etapa de criação de cubos On-line Analytical Processing (OLAP) estáticos. Além disso, as associações entre os dados são mapeadas automaticamente e respondem instantaneamente às seleções dos usuários. Alterações em dimensões ou em métricas de aplicativos podem ser feitas em segun-dos, tornando mais fácil responder rapidamente às mudanças nas necessidades de informações

on line de uma organização.

(31)

3.

METODOLOGIA

Neste capítulo apresenta-se a classificação da pesquisa, que se apóia na adoção do Ge-orreferenciamento, aplicação de Técnica Associativa e dos Sistemas Informações Geoespaci-ais, onde os dados coletados são feitas em sistemas corporativos da PCDF, utilizando-se os sistemas de Ocorrência Policial, Delegacia Eletrônica. Quando da análise e publicação da Informação Geospacial e estatística, serão disponibilizada pelos sistemas Atlas e o Polaris. Contextualizando também, as condições de emprego de conceitos de Inteligência Geoespacial no âmbito da Inteligência Policial que dá apoio técnico à Instituição Polícia Civil do Distrito Federal.

3.1.

CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Do ponto de vista da abordagem do problema, é uma pesquisa qualitativa por que a análise dos dados colhidos em vários sistemas corporativos da Policia Civil do DF, geram informações que contextualizam o foco do estudo. Quanto aos meios de investigação, é um estudo de caso, na medida em que utilizam as bases de dados dos sistemas corporativos em um estudo sistematizado, descrevendo processos internos, através de publicações internas pertencentes à organização policial, que é objeto da pesquisa. Quanto aos fins, é descritiva, pois visa identificar as condições de emprego de conceitos de Inteligência Geoespacial no âmbito da Inteligência Policial.

3.2.

PRESSUPOSTOS

A presente proposta de pesquisa se apóia nos seguintes pressupostos:

 A adoção do georreferenciamento em bancos de dados corporativos desenvolve a ca-pacidade de análise de fontes internas e externas, na descoberta de informações que gerem conhecimento para a organização, através da adoção dos recursos da Tecnolo-gia da Informação e Comunicação;

 A aplicação de Técnica Associativa em dados georreferenciados proporciona a criação de significados e a construção de conhecimento para tomada de decisão;

(32)

nos dados coletados, possibilita a obtenção de recursos para solucionar os problemas da organização e da sociedade, com ações pontuais e de forma proativa.

3.3.

COLETA E ANÁLISE DOS DADOS

Atualmente a Instituição Policial tem uma ampla quantidade de dados, que são coleta-dos e armazenacoleta-dos em sistemas corporativos, como é o caso da Ocorrência Policial - Sistema Millenium, via Intranet e Delegacia Eletrônica, em que o usuário registra a ocorrência via Internet. Nesse sentido, verifica-se que a organização possui muitas informações e para aces-sá-las de maneira adequada é fundamental a organização de tais dados em sistemas que facili-tam o seu acesso e utilização para assim tomar as decisões adequadas para cada situação (PCDF, 2012).

Diante disso, foram executados os seguintes passos para coleta dos dados:

 As informações foram extraídas a partir da massa de dados registrados nos sistemas corporativos, que trafegam na rede integrada da organização;

 Utilização do sistema Atlas, que demonstra os dados geoespaciais para auxiliar no planejamento operacional e estratégico, que foram visualizados em mapa do DF;  Por meio do sistema Polaris, é possível visualizar os dados estatísticos e e relatórios de

gestão, onde são utilizadas técnicas associativas de fontes internas e externas.

3.4.

DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O limite referencial do estudo é proporcionar apoio técnico para a inteligência policial e criminal da Polícia Civil do DF, por meio de sua infraestrutura de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) em novos procedimentos, com a utilização de Sistemas geoespaciais, em que o objetivo é proporcionar condições aos gestores para tomada de decisão ágil e asser-tiva.

(33)

4.

ESTUDO DE CASO

O foco do estudo é contextualizado por meio de um Estudo de Caso envolvendo as in-formações dos sistemas corporativos da Polícia Civil do Distrito Federal – PCDF, que é o órgão do sistema de segurança pública aos quais competem as funções de polícia judiciária e de apuração das infrações penais, exceto as de natureza militar. As suas principais funções institucionais são:

 praticar, com exclusividade, todos os atos necessários à apuração das infrações penais e elaboração do Inquérito Policial;

 promover o recrutamento, a seleção, a formação, o aperfeiçoamento e o desenvolvi-mento profissional e cultural do policial civil;

 organizar e executar o cadastramento da identificação civil e criminal;

 manter o serviço de Estatística Policial em adequação com os Institutos de Estatística e Pesquisa, de maneira a fornecer informações precisas e atualizadas sobre índices de criminalidade, de violência e de infrações de trânsito;

 colaborar com a justiça criminal, providenciando o cumprimento dos mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias, fornecendo as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos e realizar as diligências, fundamentadamente, requisitadas pelo Juiz de Direito e membros do Ministério Público nos autos do Inqué-rito Policial.

Para cumprir sua missão institucional de Policia Judiciária, a PCDF dispõe dos princi-pais sistemas corporativos, que serão utilizados neste estudo:

 Millenium – Sistema de Ocorrências: permite o registro e impressão de ocorrências em cada Unidade Policial, além do controle de perícias e respectivos laudos;

 Delegacia Eletrônica: é um módulo disponibilizado no Portal da PCDF na Internet pa-ra registro de ocorrências de extpa-ravio de documentos e objetos; furtos; acidentes de trânsito sem vítima; desaparecimento e localização de pessoas;

 Polaris - foi desenvolvido utilizando o conceito de Business Discovery, com propósito

de disponibilizar informações imediatas, através de gráficos e relatórios;

(34)

Através da utilização destes sistemas, pode-se realizar a coleta, a organização e o pro-cessamento dos dados com aplicação da técnica associativa, disponibilizam os resultados es-perados através de exemplos com dados reais. O estudo está dividido em 3 etapas: Na 1ª eta-pa, descrevem-se as informações, em que são coletados através dos sistemas corporativos. Ocorrência Policial - Sistema Millenium, via Intranet nas Unidades Policiais e a Delegacia Eletrônica, em que o usuário registra a ocorrência via Internet. Na 2ª etapa, aplica-se a Técni-ca Associativa de dados para a visualização de informações georreferenciadas. Estes vários tipos de conhecimentos, ainda não explorados, têm muito a contribuir para aprendizagem da organização e ao mesmo tempo disponibilizar informações imediatamente, isto é de forma on line para os tomadores de decisão, conforme verificado na 3ª etapa.

A figura 5 apresenta a síntese do processo. Todo processo é exemplificado através da análise da natureza criminal de tráfico de substância entorpecente combinadas com outras naturezas criminais, baseado no registro de ocorrências no Distrito Federal, no período de 2010 e 2011. O cruzamento de dados juntamente com os dados georreferenciados de tais o-corrências, são responsáveis pela geração de conhecimento, ou seja, a Inteligência Policial e Geoespacial. As informações geradas por meio dos aspectos citados anteriormente são fun-damentais para a realização de um planejamento adequado e uma melhor compreensão do ambiente criminal e social do Distrito Federal.

Figura 5 - Processo de coleta e processamento dos dados e geração de conhecimento on line

na PCDF.

1ª Etapa Coleta dos dados

2ª Etapa Aplicação da Técnica Associativa

3ª Etapa Gerar Conhecimento on line

Fonte: (Autor, 2012)

•via internet Delegacia

Eletrônica

(35)

4.1.

COLETA DOS DADOS EM SISTEMAS CORPORATIVOS

Nesta 1ª etapa, os dados são coletados através dos sistemas corporativos da Polícia Ci-vil do Distrito Federal, onde a Ocorrência Virtual via Delegacia Eletrônica, em que o usuário registra a ocorrência via Internet. E também quando do registro da ocorrência Policial via Sis-tema Millenium, através da Intranet da PCDF.

4.1.1. Ocorrência Policial Eletrônica

O cidadão pode acessar o sítio da PCDF para registro de ocorrências com a natureza: acidente de transito sem vitima, furto, extravio, pessoas desaparecidas e localização de pesso-as; mediante o preenchimento e envio de formulários específicos. Os dados informados pelo cidadão são armazenados numa base de dados para homologação pela DICOE (Divisão de Controle de Denúncias e Ocorrências Eletrônicas). Uma vez homologado, os dados são inse-ridos na base dados corporativos, sendo mais uma fonte de informação para futuras investiga-ções, conforme figura 6 da tela do sítio da Delegacia Eletrônica.

Figura 6 - Tela Principal da Delegacia Eletrônica na Internet

(36)

4.1.2. Sistema Millenium – Ocorrência Policial

Ainda nesta etapa, os dados são coletados via o Sistema de Ocorrências através da in-tranet da PCDF. As informações são inseridas de forma a coletar a natureza da ocorrência, dados dos envolvidos, idade, sexo, escolaridade, filiação, além data e hora do fato, objetos envolvidos, etc. Além do registro e impressão de ocorrências policiais on line, o sistema

per-mite ainda pesquisas com o cruzamento de vários itens já registrados, através da estrutura das tabelas no banco de dados do Sistema Corporativo. Conforme figura 7 da tela principal do Millenium - Sistema de ocorrências.

Figura 7 - Menu Principal do Millenium – Sistema de Ocorrências

Fonte: (PCDF, 2012)

O Quadro 2 apresenta as principais naturezas de ocorrência registradas no ano de 2010 via Delegacia Eletrônica e em Delegacias Circuscricionais e Especializadas. Destacam-se as naturezas de Extravio e Acidente de Trânsito Destacam-sem vitima, que são as mais registradas via Delegacia Eletrônica – DICOE.

Quadro 2 – Naturezas de Ocorrências coletadas no ano 2010.

Ano do

Fato Natureza(s)

Quantidade de Ocor-rências

2010 EXTRAVIO 106.873

2010 ACIDENTE DE TRANSITO SEM VITIMA 70.982

2010 FURTOS DIVERSOS 21.940

2010 AMEACA 19.636

2010 ESTELIONATO 13.809

2010 INJURIA 11.676

2010 LEI MARIA DA PENHA (Lei 11.340/06) 10.964

2010 LESAO CORPORAL 8.980

(37)

Ano do

Fato Natureza(s) Quantidade de Ocor-rências

2010 ACIDENTE DE TRANSITO COM VITIMA 8.467

2010 VIAS DE FATO 5.206

2010 DANO 4.429

2010 USO E PORTE DE SUBSTANCIA ENTORPECENTE 3.462

2010 DESAPARECIMENTO DE PESSOA 2.905

2010 ROUBOS DIVERSOS 2.847

2010 TRÁFICO DE SUBSTANCIA ENTORPECENTE 1.579

2010 HOMICIDIO 1.709

2010 LESÃO CORPORAL 1.578

Fonte: Sistema Milenium da PCDF, 2012

4.1.3. Delegacias Circunscricionais distribuidas geograficamente por Região Administrativa

As Cidades e suas Regiões Administrativas possuem respectivamente uma ou várias Unidades Policiais, isto é, as Delegacias Circunscricionais. Verifica-se que as cidades que não possuem Delegacia Circunscricional em sua Região Administrativa, são atendidas por meio de alguma Unidade Policial mais próxima. Por outra visão, existem Regiões Administrativas que são atendidas por mais de uma Delegacia Policial. Isto se dá em razão de haver maior número de habitantes nestas cidades satélites. Por isso, a Região Administrativa da Ceilândia tem o maior número de Delegacias Circunscricionais do Distrito Federal. O Quadro 3 apre-senta a distribuição geográfica das delegacias.

Quadro 3 – Delegacias Circunscricionais distribuídas geograficamente por Região Adminis-trativa

Cidade satélite - RA Circunscricional

Águas Claras - XX

-Brasília - I 1º DP, 2º DP, 5º DP

Brazlândia - IV 18º DP

Candangolândia – XIX

-Ceilândia – IX 15º DP, 19º DP, 23º DP, 24º DP

Cruzeiro - XI 3º DP

Gama - II 14º DP, 20º DP

Guará - X 4º DP

Itapoã - XXVIII

-Jardim Botânico - XXVII

-Lago Norte - XVIII 9º DP

Lago Sul - XVI 10º DP

Núcleo Bandeirante - VIII 11º DP

Paranoá - VII 6º DP

Planaltina - VI 16º DP, 31º DP

Recanto das Emas - XV 27º DP

Riacho Fundo I – XVII 29º DP

Riacho Fundo II – XXI

-Samambaia - XII 26º DP, 32º DP

(38)

Cidade satélite - RA Circunscricional

São Sebastião - XIV 30º DP

Cidade Estrutural - XXV

-Setor de Indústria e Abastecimento - XXIX 8º DP

Sobradinho - V 13º DP

Sobradinho II - XXVI 35º DP

Sudoeste e Octogonal - XXII

-Taguatinga - III 12º DP, 17º DP, 21º DP

Varjão - XXIII

-Vicente Pires - XXX 38º DP

Fonte: Sistema Milenium da PCDF,2012

4.1.4. Quantidade de ocorrências por Unidade Policial

A Tabela 4 relaciona as principais Unidades Policias e os respectivos registros ocor-rências no ano de 2010, comparados com o ano de 2011. Percebe-se que a Divisão de Denún-cia e Controle de OcorrênDenún-cia Eletrônica - DICOE e Décima Quinta DelegaDenún-cia PolíDenún-cia - 15º DP, Circunscricional da Ceilândia foram as que mais registram ocorrências na comparação entre os anos. Verifica-se também, a variação negativa na maioria das Unidades Policiais. Nota-se posteriormente, o aumento de 1.698registros na DICOE com a variação percentual de mais 2,76%. No ano 2011, variação é negativa de -75.110 registros, perfazendo uma variação negativa percentual de -17,40%.

Tabela 4 - Quantidade de ocorrências por Unidade Policial

Unidade Policial Ano do Fato – 2010 Ano do Fato – 2011 % Variação Qtde Vari-ação

TOTAL 431.616 356.506 -17,40% -75.110

01ª DP 13.767 10.040 -27,07% -3.727

02ª DP 17.242 12.496 -27,53% -4.746

03ª DP 11.863 8.448 -28,79% -3.415

04ª DP 16.366 12.123 -25,93% -4.243

05ª DP 6.714 6.665 -0,73% -49

06ª DP 12.101 9.641 -20,33% -2.460

08ª DP 6.366 5.135 -19,34% -1.231

09ª DP 4.274 3.106 -27,33% -1.168

10ª DP 5.368 4.247 -20,88% -1.121

11ª DP 10.059 7.848 -21,98% -2.211

12ª DP 17.206 12.984 -24,54% -4.222

13ª DP 12.072 9.064 -24,92% -3.008

14ª DP 12.952 10.797 -16,64% -2.155

15ª DP 19.567 15.210 -22,27% -4.357

16ª DP 13.863 11.035 -20,40% -2.828

17ª DP 14.524 11.705 -19,41% -2.819

18ª DP 6.985 5.941 -14,95% -1.044

19ª DP 9.576 7.151 -25,32% -2.425

20ª DP 5.880 4.676 -20,48% -1.204

(39)

Unidade Policial Ano do Fato – 2010 Ano do Fato – 2011 % Variação Qtde Vari-ação

23ª DP 9.990 8.095 -18,97% -1.895

24ª DP 9.734 7.291 -25,10% -2.443

26ª DP 10.649 8.262 -22,42% -2.387

27ª DP 13.419 11.657 -13,13% -1.762

29ª DP 6.575 5.743 -12,65% -832

30ª DP 10.902 9.345 -14,28% -1.557

31ª DP 7.133 6.032 -15,44% -1.101

32ª DP 9.958 8.107 -18,59% -1.851

33ª DP 14.395 11.717 -18,60% -2.678

35ª DP 6.103 5.593 -8,36% -510

38ª DP 4.546 4.216 -7,26% -330

DICOE 61.499 63.197 2,76% 1.698

Fonte: Sistema Milenium da PCDF,2012

O Quadro 4 apresenta as cidades que mais registraram ocorrências no ano de 2010, fica evidente que Brasília e a Cidade Satélite de Ceilândia são as que mais se destacaram.

Quadro 4 - Quantidade de Ocorrência distribuída por Cidade

Cidade

Quantidade de Ocorrências

BRASÍLIA - I 87.459

CEILÂNDIA - IX 51.620

TAGUATINGA - III 46.674

SAMAMBAIA - XII 22.293

PLANALTINA - VI 21.416

GAMA - II 19.691

SOBRADINHO - V 19.479

GUARÁ - X 18.215

SANTA MARIA - XIII 14.870 RECANTO DAS EMAS - XV 13.817

ÁGUAS CLARAS - X 11.261

SÃO SEBASTIÃO - XIV 10.486

LAGO SUL - XVI 8.531

PARANOÁ - VII 8.109

NÚCLEO BANDEIRANTE - VIII 8.099 RIACHO FUNDO - XVII 7.758

SIA - XXIX 7.688

BRAZLÂNDIA - IV 6.886

VICENTE PIRES - XXX 5.662

CRUZEIRO -XI 5.594

ESTRUTURAL - XXV 5.242

LAGO NORTE - XVIII 4.603

ITAPOÃ - XXVIII 3.892

SUDOESTE - XXII 3.194

CANDANGOLÂNDIA -XIX 2.604

(40)

Cidade

Quantidade de Ocorrências

VARJÃO - XXIII 836

JARDIM BOTÂNICO - XXVII 759

OCTOGONAL - XXII 590

(41)

4.1.5. Modelo da Estrutura de Banco de Dados

O Banco de dados dos Sistemas Corporativos da Policia Civil do Distrito Federal está estruturado em tabelas, de forma que as principais são compostas com os dados georreferenciados, isto é, tabelas da Unidade_Policial, Registro_Ocorrência e Pessoa_Envolvida. Também os dados sem georreferência, como as tabelas de objeto_Envolvido e as Veículo_Envolvido, conforme apresentada na figura 8.

Figura 8 - Estrutura do Banco de Dados dividido em tabelas

(42)

4.1.5.1.Tabelas com dados Geográficos

Nas Tabelas com dados geográficos estão contidas as informações georreferenciadas, como: endereços, cep, cidade da Unidade Policial, do envolvido e do local do fato, como mostra a figura 9.

Figura 9 - Tabelas que contém dados georreferenciados do Sistema de Ocorrências

(43)

As Tabelas com dados básicos não georreferenciados contém dados, que possuem in-formações valiosas na geração de conhecimento, quando associadas a outros dados. Estas tabelas possuem informações das Pessoas Envolvidas, Objetos Envolvidos e suas característi-cas, como: tipo e marca, modelo, substância, sexo, idade, naturalidade como mostra a figura 10.

Figura 10 - Tabelas que contém dados não espaciais do Sistema de ocorrências

Fonte: Sistema Milenium – PCDF,2012

4.2.

APLICAÇÃO DA TÉCNICA ASSOCIATIVA

Na Etapa 2 aplica-se da Técnica Associativa utilizando-se o Software QlikView,

ferra-menta de BI adquirida pela Policia Civil do DF. Inicialmente definem-se as visões que se de-seja extrair. No caso em tela, trata-se de uma base SQL Server. Porém, podem-se extrair

(44)

4.2.1 O Software Qlikview

O QlikView na versão 9.0, fabricada pela empresa QlikTech, é uma solução de

inte-gração, gerenciamento e análise de dados. Através de operações específicas do próprio soft-ware, iniciasse o processo da técnica associativa de manipulação dos dados. Este software permite que os usuários possam interagir com informações estratégicas do negócio e obter respostas a perguntas específicas, sem que seja necessário ter o conhecimento avançado das estruturas e fontes de dados (QlikView, 2011).

É fundamental destacar ainda a integração de todos os dados das organizações para análise. O QlikView proporciona a obtenção de dados gerenciais de vários tipos de fontes, como é o caso dos dados do sistema corporativo da organização, arquivos em Excel ou até informações publicadas em determinado site da internet, sendo importante salientar ainda que estas informações são geradas de forma bastante rapida. Outro aspecto importante, diz respei-to ao cusrespei-to benefício da ferramenta que é viável tanrespei-to para grandes, médias e pequenas orga-nizações (QlikView, 2011).

As informações, por meio do Qlikview passaram a ser obtidas de maneira mais sim-ples facilitando a realização de investigações criminais, pois a informação é acessada de ma-neira instantânea e íntegra, não importa a área da organização que se busque tais elementos.

Diante deste contexto, é importante deixar claro que a Policia Civil do Distrito Federal tem utilizado frequentemente o software Qlikview como ferramenta de apoio a análise crimi-nal. Não só a policia como diversas outras organizações de entidade pública ou privada fazem uso de tal ferramenta, pois ela permite uma análise única, centralizada e integrada das diver-sas informações produzidas a todo instante nos mais diversos setores da instituição.

4.2.2 Aplicação da Técnica de Análise de Dados Associativa

O próximo passo, já dentro do ambiente QlikView, diz respeito à criação e execução

do arquivo Gera QVDQlik View Data. Esse arquivo contém o Script que realiza a conexão

com a fonte desejada (via ODBC, OLEDB, Arquivos de Tabela, Arquivos QlikView,

Arqui-vos da Web...) e, ao mesmo tempo, realiza-se a seleção e leitura do arquivo, aplicando os co-mandos: Select’s ou Load’s necessários para geração dos QVD’s.

Este software não utiliza a tecnologia OLAP ou relacionadas, mas sim uma tecnologia

chamada AQL (Associative Query Logic,) que possui um ambiente próprio, para extração e

(45)

como mostra a figura 11. O AQL permite a redução do tempo de implementação e criação de

análises se comparado à soluções OLAP.

AQL (Associative Query Logic) é uma tecnologia que tem um alto poder de

compres-são de dados, de extração, transformação e armazenamento integrado e conectores para fontes de dados específicos, dispensando a obrigação de criação de um Datawarehouse ( QlikVi-ew,2010).

Figura 11 - Script em que ocorre a conexão com banco de dados Millenium do Sistema de Ocorrências.

Fonte: Sistema Milenium - PCDF, 2012

Após a carga dos dados, através do arquivo Gera QVD, são criados os QVD’s. Esses

arquivos guardam as informações da fonte de dados de origem. O QlikView aplica um alto

grau de compactação nessas informações extraídas. O último passo corresponde à carga dos

QVD’s gerados. Deve-se criar no ambiente QlikView um arquivo contendo o Script necessário

para executar a carga. Após essa etapa, o usuário estará livre para criar as suas próprias asso-ciações. A figura 12 exibe o Script utilizado para carregar os QVD’s gerados. Utiliza-se o

comando Load para criar as tabelas, em memória, no QlikView.

Conexão com o

Banco SQL Server

Extração das

Vi-sões

(46)

Figura 12 - Comando Load para criar as tabelas, em memória, no QlikView

Fonte: Sistema Milenium – PCDF, 2012

Todos esses passos podem ocorrer de forma automática, sem a intervenção do usuário. A carga dos dados pode ser online, diária, semanal, mensal, ou seja, de acordo com a

necessi-dade e criticinecessi-dade do negócio.

Através da técnica AQL, são criados links de relacionamento entre os campos-chave,

que permitem o desenvolvimento de análises em diversas dimensões, sem limites para o cru-zamento de dados, associadas entre as tabelas que foram importadas do Sistema Millemiun, vista na figura 13. Neste momento existe, uma total independência da fonte de dados de ori-gem. Onde a Técnica Associativa é aplicada para gerar o conhecimento necessário.

Figura 13 - A técnica de associava é aplicada entre as tabelas que foram importadas

(47)

4.3.

A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO

Após aplicar a Técnica Associativa na base de dados da Polícia Civil do Distrito Fede-ral, surgem várias formas de informações, ainda não explorados, que têm muito a contribuir na disponibilização de informações imediatas, de forma on line para os tomadores de

deci-são. Para contextualizar, na 3ª etapa foi utilizado um exemplo de Análise Criminal de tráfi-co de substâncias entorpecentes e homicídios, baseado no registro de otráfi-corrências no Dis-trito Federal, do período de 2010 e 2011. A partir desta análise é possível mapear os vários fenômenos criminais em várias partes da cidade. Verifica-se, através de fontes externas, a possibilidade de adoção de medidas educativas, sociológicas e humanitárias, com base na faixa de idade, sexo, nível educacional dos indivíduos envolvidos na prática de delitos.

4.3.1. Sistema Polaris

Este sistema foi desenvolvido utilizando o conceito de Business Discovery, com

pro-pósito de disponibilizar informações imediatas, através de gráficos e relatórios, o conhecimen-to que possa auxiliar na análise criminal da região, possibilitando ações governamentais com cunho social.

No Sistema Polaris são gerados gráficos comparativos dos dados coletados nos anos de 2010 e 2011, onde verifica-se na figura 14 o aumento do tráfico de substâncias entorpe-centes no Distrito Federal, passando de 899 ocorrências em 2010 para 996 em 2011.

Figura 14 – Comparativo de tráfico de substância entorpecente no DF em 2010 e 2011.

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Em seguida, verificam-se as Unidades Policiais que mais registraram ocorrências de tráfico de substâncias entorpecentes no Distrito Federal. Pode-se observar que as Delegacias da Criança e do Adolescente, DCA e DCA2 foram as que mais evidenciaram esta modalidade de crime, totalizando juntas 1.017 ocorrências, como destacado na figura 15.

Figura 15 – Quantidade de ocorrências de tráfico de substâncias entorpecentes por Delegacia do DF.

Fonte: Sistema Polares – PCDF, 2012

Diante destes gráficos é evidente o envolvimento de crianças e adolescentes com o trá-fico. As unidades policiais DCA – Delegacia da Criança e Adolescente e a DCA2, respecti-vamente estão localizadas na Asa Sul em Brasília e DCA2 na Ceilândia, cidade satélite. São visíveis os locais em que são registrados os maiores números destes delitos.

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Figura 16 – Comparativo do sexo dos menores envolvidos

Fonte: Sistema Polares – PCDF, 2012

Quando se analisa o grau de instrução dos envolvidos nas ocorrências de tráfico de en-torpecentes no Distrito Federal, verifica-se que 1.123 ocorrências são de menores que não completaram o ensino básico ou não foi informado durante o registro da ocorrência. A figura 17 evidencia o baixo grau de instrução dos menores envolvidos.

Figura 17 – Gráfico do grau de instrução dos envolvidos em tráfico de entorpecentes

(50)

4.3.2. Sistema Atlas

É um Sistema de Localização e Planejamento, que foi desenvolvido para fornecer uma aplicação para auxiliar os policiais no desenvolvimento de suas atividades, desde a investiga-ção até o planejamento estatístico e operacional, através das informações de dados georrefe-renciados, coletados dos Sistemas de ocorrência, seja via Internet ou intranet. Também, po-dem-se visualizar os dados coletados da natureza já analisada no Sistema POLARIS, que é apresentada na figura 18. Desta análise é possível identificar em quais regiões do Distrito Federal estão ocorrendo maior incidência do tráfico de substâncias entorpecentes. Neste caso a cidade satélite da Ceilândia teve destaque, com os registros segunda Delegacia da Criança e Adolescente – DCA2.

Figura 18 - Utilização de dados georreferenciados do tráfico de substância entorpecentes

Fonte: Sistema Atlas – PCDF, 2012

Na figura 19, são visualizados os dados georreferenciados das ocorrências de homicí-dios na região, verifica-se que a incidência deste tipo de delito também é destacada na cidade satélite da Ceilândia. Para se ter uma resposta é necessário fazer uma correlação entre os da-dos geoespaciais da-dos dois tipos de delitos na região.

(51)

nature-zas, que são consolidadas e analisadas pelo Sistema Atlas para obtenção de um diagrama com os relacionamentos de variáveis de interesse da investigação. Isso permite ao analista de Inte-ligência Policial ampliar sua capacidade produção de conhecimento e de fundamentação de juízos.

Figura 19 - Visualização dos dados georreferenciados de homicídios na Ceilândia

Fonte: Sistema Atlas – PCDF, 2012

Analisando a natureza de crime de tráfico de substância entorpecente, comparada com a de homicídios na região da cidade de Ceilândia, é visível uma interseção e a influência das duas naturezas criminais, quando da associação destas informações, através da análise geoes-pacial dos dados coletados, conforme evidência a figura 20.

Figura 20 – Interseção do tráfico de substância entorpecente e os homicídios na Ceilândia.

Imagem

Tabela 1 – Resumo da Pesquisa 1
Figura 1 apresenta os elementos da Inteligência Geoespacial, segundo Bacastow e Bellafiore  (2009)
Figura 2 - Ciclo da Inteligência Geoespacial
Figura 3 – Comparação da pesquisa Tradicional e a Associativa
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Referências

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