Carboidratos
•
Composto por carbono, hidrogênio e oxigênio e
água;
•
Também chamados de Hidratos de carbono,
açúcares, glicídios;
•
São amplamente distribuídos nas plantas e nos
animais,
onde
desempenham
funções
Poliidroxialdeídos e Poliidroxicetonas
Várias hidroxilasNomenclatura
•
Sufixo inicial aldo ou ceto;
•
Sufixo para quantidade de carbono;
•
Sufixo OSE;
03 carbonos – trioses
04 carbonos – tetroses
05 carbonos – pentoses
06 carbonos – hexoses
07 carbonos – heptoses
Nomenclatura
ALDO
1 2C
C
C
C
C C
HEXA
OSE
3ALDOHEXOSE
GLICOSE
•
Fotossíntese converte + 100 bilhões toneladas de
CO
2e H
2O em carboidratos (celulose e outros
açúcares).
•
Mais da metade do carbono orgânico do planeta está
armazenado em apenas duas moléculas de
carboidratos: amido e celulose.
Possuem diferentes funções:
- Fonte de energia
- Depósitos energético - Estrutura de Membranas - Exoesqueleto
Classificação
•
Monossacarídeos: unidade funcional dos
carboidratos;
•
Dissacarídeos: duas unidades;
•
Polissacarídeos: mais de duas unidades de
Açúcares Fundamentais (forma mais simples): não necessitam de qualquer alteração para serem absorvidos.
Propriedades: solúveis em água e insolúveis em solventes orgânicos brancos e cristalinos maioria com saber doce estão ligados a produção energética.
Glicose
•
É a forma de açúcar que circula no sangue e se
oxida para fornecer energia.
•
No metabolismo humano, todos os tipos de
Glicose
Utilizada de três formas:
•
Diretamente pelas células
como fonte de energia;
•
Armazenada como glicogênio;
•
Convertida como gordura para
estoque de energia;
Frutose
•
Açúcar do mel e das frutas;
•
É o mais doce dos açúcares;
Galactose
•
Não ocorre na forma livre, está sempre
combinada com a glicose, formando a lactose,
um dissacarídeo;
•
É convertida no fígado em glicose;
Ribose
Dissacarídeos
: São combinações de açúcares simplesque, por hidrólise, formam duas moléculas de monossacarídeos, iguais ou diferentes.
Ex: Sacarose, Lactose.
Glicose
Frutose
= Glicose + Galactose
Galactose
Glicose Lactose (Leite)
São combinações de açúcares simples que, por
hidrólise,
formam
duas
moléculas
de
monossacarídeos, iguais ou diferentes.
EX:
Lactose:
•D-galactosidase ou lactase intestinal: comum a ausência em
africanos e orientais: Intolerância à lactose
Sacarose:
•Formado somente por plantas;
Trealose:
•Fonte de armazenamento de
energia presente na hemolinfa de insetos
Oligossacarídeos
•
São açúcares complexos que tem de 3 a 10
unidades de monossacarídeos.
•
Rafinose → glicose + frutose + galactose
Maltotriose ou
Polissacarídeos:
São formados por várias moléculas de glicose, são os açucares complexos.Os principais são: glicogênio, amido e celulose.
(1-4) (1-6) Glicogênio (1-4) (1-6) Amilose linear Amilopectina (ramificada) Amido
• Celulose e Amido – unidades repetitivas de glicose,
com ligações glicosídicas diferentes – propriedades
e funções diferentes;
• Obs: oligo e polissacarídeos são hidrolisados em
monossacarídeos;
Homopolissacarídeos: forma de armazenamento de energia (amido e glicogênio) e componente estrutural de parede celular de vegetais e exoesqueleto (celulose e quitina);
Heteropolissacarídeos: suporte extracelular em muitas formas de vida e componente estrutural de parede celular de bactérias (ácido hialurônico, heparina, peptidoglicano)
Homopolissacarídeo: Quitina
•
Exoesqueleto de artrópodes (insetos e
crustáceos);
•
A estrutura molecular da celulose e da quitina
impede que sejam digeridos pelas enzimas do
nosso trato gastrintestinal;
Homopolissacarídeos:
Amido
•
+ de 1400 moléculas de glicose
•
Produzido nas folhas através da fotossíntese.
•
Armazenado em frutos, sementes, caules e raízes.
Homopolissacarídeos:
Celulose
• Formada por 4.000 moléculas de glicose
• É o principal componente estrutural das plantas.
• Os animais não possuem as enzimas celulases, que são
encontradas em bactérias, incluindo as que habitam o
trato digestivo dos cupins e animais de pasto, como
gados e cavalos.
Homopolissacarídeos:
Glicogênio
-
Formado por cerca de 30.000 moléculas de
glicose.
-
Polissacarídeo de reserva energética animal;
-
Em animais é encontrado principalmente no
Glicoconjugados
•
Glicolipídios: lipídios de membrana que apresentam
oligossacarídios na região hidrofílica;
•
Glicoproteínas: oligossacarídeos ligados covalentemente
à proteínas;
•
Proteoglicanos: polissacarídeos unidos a uma proteína
(glicosaminoglicanos)
Atuam como receptores
e sinalizadores, interagindo com moléculas e outras
•
Glicosaminoglicanos:
moléculas
composição:
açúcares que se ligam a uma proteína central.
•
Essa molécula absorve água em demasia,
adquirindo uma consistência viscosa, promovendo
assim a lubrificação entre os tecidos, permitindo o
deslizamento na movimentação entre eles.
•
•
Essa diminuição de atrito entre os tecidos permite,
por exemplo, o movimento das articulações ósseas.
•
Acido Hialurônico: estrutural (matriz extracelular de
cartilagens; viscosidade e lubrificação nas articulações
dos vertebrados;
•
Condroitin-sulfato: é um dos principais componentes
estruturais da cartilagem;
•
Colírios oftalmológicos, em sua maioria, são soluções
de condroitim-sulfato;
Glicoconjugados x Hemácias
•
Sinalização descoberta com hemácias envelhecidas!
•
Hemácias
jovens
têm,
em
sua
superfície,
glicoproteínas cuja extremidade é rica em ácido
siálico.
•
Quando tais células envelhecem, suas glicoproteínas
perdem esse ácido e passam a expressar, em sua
extremidade, a galactose.
•
Esse monossacarídeo é reconhecido por receptores
do fígado, que então capturam e removem da
circulação as hemácias ‘velhas’.
•
Em 2005, o glicocientista Lior Horonchik mostraram que
a degeneração dos neurônios causada por infecção
pelo príon (proteína responsável pelo chamado ‘mal da
vaca louca’) depende da presença, na superfície das
células nervosas, de receptores (proteoglicanos) que
contêm glicosaminoglicanos.
O príon precisa interagir com esses polissacarídeos para entrar no neurônio!
Reconhecimento celular é fundamental para o desenvolvimento dessa infecção;
Funções Específicas dos Carboidratos
1. Ação Poupadora
de Energia
A presença de carboidratos suficientes para
satisfazer a demanda energética impede que as
proteínas sejam desviadas para essa proposta,
permitindo que a maior proporção de proteína seja
usada para função básica de construção de tecido.
Funções Específicas dos Carboidratos
2. Coração
O glicogênio e uma importante fonte emergencial de energiacontrátil.
• O cérebro não armazena glicose e dessa maneira depende minuto a minuto de um suprimento de glicose sanguínea.
• Uma interrupção prolongada glicêmica pode causar danos irreversíveis ao cérebro.
Por que é preciso conhecer sobre esses
carboidratos?
• Metabolismo carboidratos: muitas doenças são ocasionadas de defeitos no metabolismo de carboidratos!
• GALACTOSEMIA, por exemplo, é uma doença hereditária rara, caracterizada pela deficiência em enzimas que processam a galactose.
Galactose + Glicose = Lactose
Acumulado na forma de galactose-fosfato, o que leva
a retardo mental severo e, com frequência, à morte.
Intolerância a Lactose
Também uma deficiência enzimática, pode ter três origens:
1) Defeito genético raro na capacidade de sintetizar a lactase intestinal;
2) Redução da produção da enzima devido a doenças intestinais ou; 3) Deficiência adquirida com o avanço da idade.
Mucopolissacaridoses
• Nas MPS, existe a deficiência ou falta de uma determinada enzima nos lisossomos, o que leva ao acumulo de glicosaminoglicanos (GAG), conhecida antigamente como Mucopolissacárideos, nome que deu origem a patologia;
• Ex.:Síndrome de Hurler e de Hunter, que levam a retardo mental e à morte prematura.
Valores normais de glicemia: 70 – 99 mg/dL
Intolerância à glicose – 100 – 125 mg/dL
Diabetes – acima de 126 mg/dL
-
Acima dos valores de referência – hiperglicemia
-Abaixo dos valores de referência – hipoglicemia
Glicemia
Hipoglicemia
• Diminuição da taxa de glicose no sangue; Causas são:
• Consumo de álcool (mais freqüente);
• Jejum: alimentação insuficiente ou que não fornece carboidratos em quantidades suficientes;
• Esforço físico: o funcionamento dos músculos pode ter consumido a glicose disponível no sangue e o corpo pode não ter tido tempo de liberar suas reservas, é temporário em indivíduos saudáveis;
• Consumo de medicamentos: como o caso de medicamentos antidiabéticos, aspirinas.
SINAIS DA HIPOGLICEMIA
• Tremor, ansiedade, nervosismo, palpitações, taquicardia, sudorese, calor, palidez, frio, pupilas dilatadas; • Fome, borborigma (“ronco” na
barriga), náusea, vômito, desconforto abdominal.
• Sinais da hipoglicemia produzidos no cérebro: prejuízo de suas funções (neuroglicopenia), causando enxaqueca, confusão, letargia, perda da consciência e vários outros sintomas. Esses desajustes podem ir desde um mal estar até um coma.
• Glicemia abaixo de 65 mg/dl - eficiência mental diminui; • Glicemia abaixo de 40 mg/dl - limitação de ações e
julgamento;
• Glicemia mais baixa podem ocorrer convulsões;
• Glicemia próxima ou abaixo de 10 mg/dl - neurônios ficam eletricamente desligados, resultando no coma.
• Nem todas manifestações ocorrem, nem há uma ordem de ocorrência;
• Manifestações específicas variam de acordo com a idade e a severidade da hipoglicemia;
• Hipoglicemia severa pode resultar em morte ou dano cerebral;
• Muitas pessoas podem eventualmente ter níveis gllicêmicos na faixa de hipoglicemia sem ter sintomas ou distúrbios, entretanto níveis de glicose plasmática abaixo de 70 mg/dl são considerados hipoglicêmicos;
• A hipoglicemia é a complicação mais comum do diabetes, que ocorre quando há rompimento entre a dose de insulina, o suprimento de glicose e as refeições e atividade física.
Diabetes Tipo 1
(DM1)
insulina-dependente
•
Causado pela destruição auto-imune das células β
das ilhotas pancreáticas;
•
Essa destruição causa uma deficiência de insulina
e, portanto, uma desregulação do anabolismo e do
catabolismo;
Diabetes Tipo 1
Características Fenotípicas
• Idade: infância à vida adulta;
• Poliúria (acima de 2,5 litros por dia);
• Polidipsia (sede);
• Polifagia (fome);
• Hiperglicemia;
• Cetoacidose (corpo não consegue usar glicose como fonte de energia, e utiliza estoques de gordura, acúmulo de corpos cetônicos,ph baixo);
• Perda de peso;
• Visão embaçada;
• Infecções repetidas na pele ou mucosas;
• Machucados que demoram a cicatrizar;
• Fadiga;
Diabetes Tipo 1
Complicações Agudas
•
Podem ser controladas pela utilização exógena de
insulina;
•
Complicações podem surgir pela perda da produção
endógena de insulina:
▫ aterosclerose, neuropatia periférica, doença renal, catarata
e retinopatia,
•
O controle rigoroso dos níveis de glicose sanguínea
reduz o risco de complicações em 35% a 75%.
Diabetes Tipo 2
não insulina-dependente
• Corresponde a mais de 90% de todos os casos de diabetes, sendo cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1.
• Ocorre tipicamente entre pessoas com mais de 40 anos e mais comumente vista entre os obesos.
Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos.
• Contínua produção de insulina pelo pâncreas;
• Incapacidade de absorção pelas células musculares e adiposas.
Diabetes gestacional
•
É a alteração da glicemia que se
manifesta ou é detectada pela
primeira vez na gravidez.
•
Pode persistir ou desaparecer
depois do parto.
•
Mais susceptíveis no período entre
a 24º e 28º semanas de gravidez
Diabetes gestacional
•
O diabetes gestacional pode trazer problemas não só
para a mãe, mas também para o feto.
▫ Macrossomia e hipoglicemia no momento do parto
•
Os especialistas acham que o diabetes gestacional pode
ser uma etapa do diabetes tipo 2.
▫ Semelhanças clínicas
▫ Aumenta as chances de a mulher desenvolver o diabetes tipo
Valores de glicemia para o
diagnóstico de diabetes
•
Normal:
▫ glicemia de jejum - 70 mg/dl e 99mg/dl
▫ ≤ 140mg/dl 2 horas após sobrecarga de glicose
•
Intolerância à glicose:
▫ glicemia de jejum -100 a 125mg/dl.
•
Diabetes:
▫ 2 amostras (dias diferentes) ≥ 126mg/dl
▫ glicemia aleatória ≥ 200mg/dl na presença de sintomas
•
Teste de tolerância à glicose:
▫ 120 minutos ≥ 200mg/dl.
Fonte: American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes. Diabetes Care 28:suplemento 1, janeiro 2005
Tratamento
•
Diabete melito tipo I:
Administração de insulina Metabolismo dos carboidratos, das gorduras e dasproteínas mais normal possível
Insulina
Regular Ação de 3 a 8 horas
Precipitada com zinco ou com
derivados protéicos Ação de 10 a 48 horas
Dose única Doses adicionais
•
Diabete melito tipo II:
Dietas e prática de
exercícios físicos Perda de peso Diminuir a resistência à insulina
Fármacos Tiazolidinedionas e a metformina Aumentar a sensibilidade à insulina Sulfoniluréias Estimular a produção aumentada de insulina pelo
pâncreas
Referências
• HARPER, H.A. Bioquímica. ed.,Riode Janeiro, Ed. McGraw-Hill, 2007., 620p.
• NELSON, D. L.; COX, M. M. Lehninger Princípios de Bioquímica, São Paulo: E. Sarvier, 3. ed, 2002, 975p.
• Wilmo E. Francisco Junior. Carboidratos: Estrutura,
Propriedades e Funções. QUÍMICA NOVA NA ESCOLA. N° 29,