VINÍCIUS MORELLI CORTES
1. INTRODUÇÃO
Suponha que f :I →Im(f) seja uma função injetora. Se f é contínua, é verdade que sua inversa f−1: Im(f)→I também é contínua? E sef for derivável, será quef−1também é derivável? Em geral, não.
Exemplo 1. Considere a funçãof : [−1, 0]∪(1, 2]→[−1, 1] dada por f(x)=
( x, se−1≤x≤0, x−1, se 1<x≤2.
f é estritamente crescente e contínua. Sua inversa é a funçãof−1: [−1, 1]→[−1, 0]∪(1, 2] dada por f−1(x)=
( x, se−1≤x≤0, x+1, se 0<x≤1.
Note quef−1não é contínua emx=0.
(A) Gráfico def (B) Gráfico def−1
Exemplo 2. Considere a funçãog(x)=x3, cuja inversa ég−1(x)=p3
x. Note quegé derivável emx=0 eg0(0)=0. Note também queg−1é contínua mas não é derivável emx=0, pois
x→0lim
g−1(x)−g−1(0) x−0 =lim
x→0
p3
x x =lim
x→0
1 p3
x2= +∞. (Você pode brincar com as retas tangentes aos gráficos degeg−1clicando aqui.)
(A) Gráficos dege deg−1
1
Porém, assumindo hipóteses bastante razoáveis, veremos que a continuidade de f garante também a de f−1. Um resultado análogo vale também para a diferenciabilidade def−1. Vamos usar um teorema importante envolvendo con- tinuidade: o Teorema do Valor Intermediário, que veremos com detalhes na segunda parte do curso. Apresentamos seu enunciado e sua demonstração na próxima seção; o leitor que se sentir confortável pode usá-la apenas como consulta para a seção seguinte.
2. O TEOREMA DOVALORINTERMEDIÁRIO
Teorema 3(Teorema do Valor Intermediário). Seja f : [a,b]→Ruma função contínua no intervalo[a,b]. Suponha que d seja um número real satisfazendo f(a)<d<f(b). Então existe c∈(a,b)tal que f(c)=d . (Geometricamente, o gráfico de f intercepta a reta horizontal y=d em algum ponto.)
Demonstração. A demonstração é uma consequência simples da Propriedade do Supremo. Considere o conjunto C={x∈[a,b] :f(x)≤d}.
Note queC não é vazio, poisf(a)<de, portanto,a∈C. Note também queC é limitado superiormente porb. Portanto, C admite supremo, que denotaremos porc.
Nosso objetivo é provar quef(c)=d. Suponha, por absurdo, que isso não ocorra; então temos f(c)6=d =⇒ |f(c)−d| >0.
Sejaε= |f(c)−d| >0. Comof é contínua emc, existeδ>0 tal que, para todox∈[a,b] com|x−c| <δ, temos (1) |f(x)−f(c)| <ε=⇒ f(c)−ε<f(x)<f(c)+ε=⇒ f(c)− |f(c)−d| <f(x)<f(c)+ |f(c)−d|. Agora, temos dois casos a considerar:
1º caso: f(c)>d. Note que isto implica quec>ae, portanto, exister>0 tal quer<δe [c−r,c]⊂[a,b]. Substituindo
|f(c)−d| =f(c)−dem (1), obtemos
(2) f(x)>d,∀x∈[c−r,c].
Afirmamos quec−ré um limitante superior deC. De fato, note que sex∈C, entãox∈[a,c] ef(x)≤d. Em virtude de (2),xnão pode pertencer ao intervalo [c−r,c]. Concluímos, portanto, quex<c−r, ou seja,c−ré um limitante superior deC. No entanto,cé omenorlimitante superior deC; um absurdo. Logo, o 1º caso não pode ocorrer.
2º caso: f(c)<d. Isto implica quec<be, portanto, existes>0 tal ques<δe [c,c+s]⊂[a,b]. Substituindo|f(c)−d| = d−f(c) em (1), obtemos
(3) f(x)<d,∀x∈[c,c+s].
Em particular, isto significa quef(c+s)<d, ou seja,c+s∈C; isto contradiz o fato decser limitante superior deC. Logo, o 2º caso também não pode ocorrer.
Concluímos, desta maneira, quef(c)=d, como desejávamos.
Uma versão ligeiramente mais geral do Teorema do Valor Intermediário é a seguinte:
Corolário 4. Seja f : [a,b]→Ruma função contínua no intervalo[a,b]. Suponha que d seja um número real estritamente entre f(a)e f(b). Então existe c∈(a,b)tal que f(c)=d .
Demonstração. Se f(a)<d<f(b), basta usarmos o teorema anterior. Caso contrário, considere a funçãog: [a,b]→R dada porg(x)= −f(x). Então temos
f(a)>d>f(b)=⇒ g(a)= −f(a)< −d< −f(b)=g(b).
Novamente pelo Teorema do Valor Intermediário, existec∈(a,b) tal queg(c)= −d, ou seja,f(c)=d.
Outras duas consequências úteis:
Corolário 5. Se f :I→Ré uma função contínua definida em um intervalo I , entãoIm(f)também é um intervalo.
Demonstração. Sejamy1<y<y2três números reais tais quey1,y2∈Im(f) e mostremos quey também pertence à ima- gem def. Escolhax1,x2∈Itais quef(x1)=y1ef(x2)=y2; note quex16=x2. Definindoa=min(x1,x2) eb=max(x1,x2), concluímos quea,b∈Ieyé um número real estritamente entref(a) e f(b); aplicando o Corolário 4, obtemosc∈(a,b)
tal quef(c)=y, ou seja,y∈Im(f).
Corolário 6. Seja f :I→Ruma função contínua definida em um intervalo I . Se f(x)6=0para todo x∈I , então o sinal de f não muda em I .
Demonstração. Faremos a contra-positiva. Suponha quef mude de sinal emI; então existema,b∈I tais quea<be f(a),f(b) têm sinais contrários, isto é,
f(a)<0<f(b) ou f(a)>0>f(b).
Pelo Corolário 4, existec∈(a,b) tal quef(c)=0.
3. MONOTONICIDADE ECONTINUIDADE
Para estudar a continuidade da função inversa, precisaremos analisar as noções de funções crescentes, decrescentes e monótonas.
Definição 7. Sejaf :I→Ruma função.
(i) Dizemos quef écrescentese para todosx,y∈I,
x<y =⇒ f(x)≤f(y);
(ii) Dizemos quef édecrescentese para todosx,y∈I,
x<y =⇒ f(x)≥f(y);
(iii) Dizemos quef éestritamente crescentese para todosx,y∈I, x<y =⇒ f(x)<f(y);
(iv) Dizemos quef éestritamente decrescentese para todosx,y∈I, x<y =⇒ f(x)>f(y);
(v) Dizemos quef émonótona(respectivamente,estritamente monótona) sef é crescente ou decrescente (respectiva- mente, estritamente crescente ou decrescente).
Observe que toda função estritamente monótona é injetora, mas nem toda função injetora é monótona (você consegue pensar em um exemplo?). O teorema a seguir mostra que toda função injetoracontínuae definida em um intervalo é monótona.
Teorema 8. Seja I⊂Rum intervalo. Se f :I→Ré uma função contínua e injetora, então f é estritamente monótona.
Demonstração. Suponha quef não seja estritamente decrescente; vamos mostrar que, neste caso,f é estritamente cres- cente. Nestas condições, existema,b∈Itais quea<bef(a)≤f(b). Comof é, por hipótese, injetora, a desigualdade é, na realidade, estrita: temosf(a)<f(b).
Sejamx,y∈Iarbitrários satisfazendox<y. Considere as funções auxiliaresc1,c2: [0, 1]→Rdadas por1 c1(t)=t x+(1−t)a,
c2(t)=t y+(1−t)b.
Note quec1ec2são contínuas (pois são polinômios na variávelt). Além disso, estas funções satisfazem as seguintes duas propriedades:
Propriedade 1: c1(t) ec2(t) pertencem aI, para todot∈[0, 1].
De fato, sejamm1=min(a,x) eM1=max(a,x). Como I é um intervalo que contémaex, sabemos quem1eM1 também pertencem aI. Agora, dadot∈[0, 1], note quet≥0 e 1−t≥0. Isto implica que
c1(t)=t x+(1−t)a≥t m1+(1−t)m1=m1, c1(t)=t x+(1−t)a≤t M1+(1−t)M1=M1.
Portanto,c1(t) pertence ao intervalo [m1,M1], que está contido emI. Procedendo de forma análoga,2prova-se quec2(t)∈ I.
Propriedade 2: c1(t)<c2(t), para todot∈[0, 1].
Note que set∈(0, 1), então
c1(t)=t x+(1−t)a<t y+(1−t)a<t y+(1−t)b=c2(t).
1Você consegue esboçar os gráficos dec1ec2? 2Tente fazer como exercício.
Além disso,c1(0)=a<b=c2(0) ec1(1)=x<y=c2(1). Isto estabelece a Propriedade 2.
Agora, considere a funçãog: [0, 1]→Rdada por
g(t)=f(c2(t))−f(c1(t)).
A Propriedade 1 garante quegestá bem definida. Também é fácil ver quegé contínua, como diferença de compostas de contínuas. Observe ainda quegnão se anula em [0, 1]. Com efeito, seg(t)=0, entãof(c1(t))=f(c2(t)) e, pela injetividade de f, teríamosc1(t)=c2(t), o que nunca ocorre em virtude da Propriedade 2. Portanto, de acordo com o Corolário 6,g não muda de sinal em [0, 1].
Qual o sinal deg? Basta calcular o valor degem um ponto conveniente:
g(0)=f(c2(0))−f(c1(0))=f(b)−f(a)>0.
Concluímos, desta forma, queg(t)>0 para todot∈[0, 1]. Em particular, emt=1 temos 0<g(1)=f(c2(1))−f(c1(1))=f(y)−f(x),
ou seja,f(x)<f(y). Isto prova quef é estritamente crescente e a demonstração está completa.
Veremos, a seguir, que a recíproca do Corolário 5 é verdadeira para funçõesmonótonas. No enunciado do Teorema 9,I não precisa ser um intervalo.
Teorema 9. Se f :I→Ré uma função monótona eIm(f)é um intervalo, então f é contínua.
Demonstração. Trocandof por−f, se necessário, podemos supor quef seja crescente. Fixadop∈I, vamos mostrar, pela definição, quef é contínua emp. Sejamq=f(p) eJ=Im(f). Dadoε>0, desejamos encontrarδ>0 tal que
x∈I e|x−p| <δ =⇒ |f(x)−q| <ε. Considere os seguintes casos:
1º caso: qpertence ao interior do intervaloJ.
Neste caso, exister>0 tal quer<εe [q−r,q+r]⊂J. Escolhaa,b∈Itais quef(a)=q−r ef(b)=q+r. Note que, comof é crescente ef(a)<f(p)<f(b), temosa<p<b. Agora, sejaδ=min(p−a,b−p)>0. Sex∈Ié tal que|x−p| <δ, então
a≤p−δ<x<p+δ≤b =⇒ f(a)≤f(x)≤f(b)=⇒q−r≤f(x)≤q+r =⇒ |f(x)−q| ≤r<ε. 2º caso: Jnão é unitário eqé um extremo do intervaloJ.
Podemos supor queqé extremo esquerdo deJ(faça o caso em queqé extremo direito como exercício). Assim, existe r>0 tal quer<εe [q,q+r]⊂J. Escolhab∈Ital quef(b)=q+r; note quef(p)<f(b) implicap<b. Definaδ=b−p>0.
Sex∈Ié tal quep−δ<x≤p, entãof(x)≤f(p), poisf é crescente; por outro lado,f(x)≥q, pois estamos supondo que qé extremo esquerdo deJ. Combinando estes fatos, concluímos que
x∈I,p−δ<x≤p =⇒ f(x)=q=⇒ |f(x)−q| <ε. Agora, sex∈Isatisfazp<x<p+δ=b, então
q≤f(x)≤f(b)=q+r =⇒ |f(x)−q| ≤r<ε. Isto prova quef é contínua emp, neste caso.
3º caso: J={q}.
Este é o caso mais simples:f é constante e, portanto, contínua emp.
Encerramos esta seção com uma observação simples, mas importante. (Compare com o Corolário 5.)
Corolário 10. Se f :I→Ré uma função contínua e injetora definida em um intervalo aberto, entãoIm(f)também é um intervalo aberto.
Demonstração. Aplicando o Teorema 8, podemos supor quef é estritamente crescente. Fixemosq∈Im(f) e sejap∈Ital quef(p)=q. ComoIé aberto, existeδ>0 tal que [p−δ,p+δ]⊂I. Escrevendoa=f(p−δ) eb=f(p+δ), temos
p−δ<p<p+δ=⇒ a<q<b.
Para encerrar a demonstração, basta notar que, pelo Teorema do Valor Intermediário, o intervalo [a,b] está contido em
Im(f).
4. CONTINUIDADE DA FUNÇÃO INVERSA
Exercício 11. Mostre que se f :I→Im(f) é estritamente crescente (respectivamente, decrescente), então sua inversa f−1: Im(f)→Itambém é estritamente crescente (respectivamente, decrescente).
Agora estamos em condições de enunciar e provar o resultado que garante a continuidade da função inversa.
Teorema 12. Seja I⊂Rum intervalo. Se f :I→Ré uma função estritamente monótona, então f−1: Im(f)→I é contínua.
Demonstração. Pelo Exercício 11,f−1também é estritamente monótona. Como a imagem def−1é o intervaloI, concluí-
mos, em virtude do Teorema 9, quef−1é contínua.
Em particular, temos a seguinte consequência útil.
Corolário 13. Seja I⊂Rum intervalo. Se f :I→Ré uma função contínua e injetora, então f−1: Im(f)→I também é contínua.
Demonstração. Pelo Teorema 8,f é estritamente monótona e basta aplicar o Teorema 12.
Decorre do Corolário 13, por exemplo, que as funções arcsin, arccos e arctan são contínuas.
Convém observar que as hipóteses do Teorema 12 são essenciais. A função f definida no Exemplo 1 é estritamente crescente e sua inversa é descontínua, masf nãoestá definida em um intervalo. Por outro lado, a hipótese de monotoni- cidade também não pode ser removida, como mostra o exemplo a seguir.
Exemplo 14. Sejag: [1, 2]→Rdada por
g(x)=
(x, sexé racional,
−x, sexé irracional.
Sua inversa é a funçãog−1: Im(g)→Rdada por g−1(x)=
(x, se 1≤x≤2,xracional,
−x, se−2<x< −1,xirracional.
Note quegeg−1não são contínuas em nenhum ponto.
5. DIFERENCIABILIDADE DA FUNÇÃO INVERSA
O que pode ser dito a respeito da diferenciabilidade da inversa? Suponha, primeiramente, quef seja derivável empe f−1seja derivável emq=f(p). Como
f−1(f(x))=x,∀x∈I, pela Regra da Cadeia,
(f−1)0(f(p))·f0(p)=1, ou seja
(f−1)0(f(p))= 1 f0(p).
Decorre desta observação que sef é derivável empef0(p)=0, então f−1nãoé derivável emf(p).3Desta forma, sef é derivável emp, entãof0(p)6=0 é uma condiçãonecessáriapara que f−1seja derivável emf(p). Veremos a seguir que
f0(p)6=0 ef−1contínua emf(p) são uma condiçãosuficiente.
Teorema 15. Sejam I⊂Rum intervalo aberto e f :I→Im(f)uma função injetora. Se f é derivável em p∈I , f0(p)6=0e f−1é contínua em q=f(p), então
y→qlim
f−1(y)−f−1(q)
y−q = 1
f0(p).
3Veja novamente o Exemplo 2.
Demonstração. Vamos mostrar que o limite
y→qlim
f−1(y)−f−1(q) y−q
existe e é igual a f01(p)usando a definição.4É importante notar que a Regra da Cadeia não pode ser usada - ela exige que f−1seja derivável, que é justamente o que queremos provar!
EscrevaJ=Im(f). Sejaε>0 dado. Observe que sex∈I,x6=p, então f(x)6=f(p), em virtude da injetividade de f. Desta forma, o quociente
x−p f(x)−f(p) está bem definido para todox∈I,x6=p. Como
x→plim
f(x)−f(p)
x−p =f0(p)6=0, já sabemos que
x→plim
x−p
f(x)−f(p)= 1 f0(p). Isto significa que existeρ>0 tal que
(4) x∈I e 0< |x−p| <ρ=⇒
¯
¯
¯
¯ x−p
f(x)−f(p)− 1 f0(p)
¯
¯
¯
¯<ε. Agora, comof−1é contínua emq, existeδ>0 tal que
(5) y∈J e|y−q| <δ=⇒ |f−1(y)−f−1(q)| = |f−1(y)−p| <ρ. Combinando (4) e (5), e lembrando quef−1(y)6=pparay6=q, concluímos que
y∈J e 0< |y−q| <δ=⇒ f−1(y)∈I e 0< |f−1(y)−p| <ρ
=⇒
¯
¯
¯
¯
f−1(y)−p
f(f−1(y))−f(p)− 1 f0(p)
¯
¯
¯
¯<ε
=⇒
¯
¯
¯
¯
f−1(y)−f−1(q)
y−q − 1
f0(p)
¯
¯
¯
¯<ε,
como desejado.
Corolário 16. Sejam I⊂Rum intervalo aberto e f :I→Im(f)uma função derivável e injetora. Se p∈I é tal que f0(p)6=0, então f−1é derivável em q=f(p)e(f−1)0(q)=f01(p).
Demonstração. Observe primeiramente que a continuidade de f e os Corolários 10 e 13 garantem que f−1também é contínua no intervalo aberto Im(f). Além disso, como f0(p)6=0, podemos aplicar o Teorema 15 para concluir quef−1é derivável emqe
(f−1)0(q)=lim
y→q
f−1(y)−f−1(q)
y−q = 1
f0(p),
como queríamos.
Encerramos com o resultado seguir, que mostra que sef é uma função derivável em um intervalo aberto e sua derivada não se anula, entãof é injetora e, além disso, sua inversa é derivável.
Teorema 17(Teorema da Função Inversa). Sejam I ⊂Rum intervalo aberto e f :I →Im(f)uma função derivável. Se f0(x)6=0para todo x∈I , então f é injetora e f−1: Im(f)→I também é derivável.
Demonstração. Note que f0não muda de sinal emI, pelo Teorema de Darboux.5Sem perda de generalidade, podemos suporf0(x)>0 para todox∈I. Isto implica que f é estritamente crescente emIe, em particular, é injetora. Decorre do
Corolário 16, então, quef−1é derivável em Im(f).
4O ingrediente crucial é usar a mudança de variávelx=f−1(y) para calcular o limite pedido. A demonstração apresentada aqui mostra porque a mudança de variável funciona.
5Teorema de Darboux:SejamI⊂Rum intervalo ef:I→Ruma função derivável. Dadosa,b∈I,a<b, para todo número realyentref0(a) ef0(b), existec∈[a,b] tal quef0(c)=y. Este teorema também é conhecido como Teorema do Valor Intermediário para Derivadas. Veja o Exercício 66 da lista 2.
6. AGRADECIMENTOS
Um agradecimento especial ao prof. Alexandre Lymberopoulos pelas valiosas sugestões e pela animação do Exemplo 2.
REFERÊNCIAS [1] M. Spivak,Calculus,Publish or Perish Inc., Houston, Texas (1994).