TRANSPORTE Alta de combustíveis é criticada por caminhoneiros p3
UCRÂNIA Zelensky pede fim de bloqueio de portos p7
HUB Porto de Santos atrai interesse de investidores nos Estados Unidos p3
Hidrovia do Madeira:
dragagem é retomada
Obras já começaram e devem terminar em junho,
garan ndo a navegação nos meses de es agem p5
EDITORIAL
Triste realidade
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Porto de Santos é destaque em roadshow do Ministério da Infraestrutura nos EUA
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Divulgação / DNIT
O Governo Federal, através do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), deu início à dragagem de manutenção da Hidrovia do Rio Madeira.
Os trabalhos começaram neste mês e, segundo o órgão, devem ser concluídos em junho. Devem ser re rados 1,3 milhão de metros cúbicos de sedimentos do leito do rio, de modo a manter sua profundidade em 13 metros.
Com essa dimensão, a hidrovia, estratégica no escoamento de cargas pelos portos do Arco Norte, tem condições de manter sua navegação até mesmo nos meses de es agem, fase mais crí ca para sua u lização. Como o DNIT destacou na reportagem que
o BE News publica nesta edição, a obra garante o uso do transporte hidroviário, “mais econômico, menos poluente e com índice de acidentes menor”.
Infelizmente, a obra no Rio Madeira é uma exceção.
Os inves mentos, quer públicos, quer privados, em hidrovias e sua navegabilidade, são extremamente limitados, ao se comparar seu potencial no País. E essa é uma triste realidade que o Brasil vive, marcada pela par cipação mínima desse modal na matriz de transporte nacional.
Tal cenário deve ser alterado o mais rápido possível.
Diante da oferta de rios com trechos navegáveis no País, é totalmente injus ficável que as hidrovias brasileiras sejam tão pouco exploradas e as oportunidades que elas oferecem, como opção de transporte de menores custo e impacto ambiental, pra camente ignoradas. Tais erros não podem con nuar. Perdem o setor de transportes, o agronegócio,
a economia brasileira e a sociedade. Basta.
REGIÃO SUL
Sul Export debaterá acesso aos portos da região
NACIONAL
Caminhoneiros autônomos voltam a cri car altas de combus veis
NACIONAL
Superávit mantém expecta va para balança comercial
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6
Equipe de reportagem
Bárbara Farias, Vanessa Pimentel e Tales Silveira
Com dragagem, profundidade do Rio Madeira pode chegar a 13 metros
5
LEOPOLDO FIGUEIREDO E COLABORADORES
leopoldo.figueiredo@portalbenews.com.br
TALES SILVEIRA
tales@portalbenews.com.br
Santos I
O projeto de desesta zação do Porto de Santos (SP) foi destaque ontem, no segundo dia do roadshow realizado pelo Governo Federal em Nova York, Estados Unidos.
O processo, que prevê inves mentos de R$ 16 bilhões no complexo san sta e nas cidades da região, foi apresentado e deba do nas reuniões que a delegação brasileira teve com representantes de fundos de inves mentos, bancos e operadores de infraestrutura. Nessa terça- feira, houve encontros com execu vos da norte- americana EIG Global Energy Partners e da mul nacional de logís ca dos Emirados Árabes Unidos DP World, que já atua no setor de terminais
portuários privados no Brasil.
Santos II
“Priva zar o Porto de Santos é bom para todos: para a população caiçara, para os trabalhadores de toda a região, para as exportações brasileiras e para a economia como um todo, pois
teremos mais eficiência, capacidade de
processamento e geração de emprego”, declarou o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, que lidera a delegação brasileira, que também é formada por técnicos do Ministério, do Programa de Parcerias e Inves mentos (PPI) e do BNDES. O leilão de
desesta zação do complexo san sta deve ser realizado no úl mo bimestre, segundo projeção do Governo.
Santos III
O roadshow - série de encontros com inves dores e dirigentes de grupos financeiros, para a
apresentação dos projetos de concessão do setor de infraestrutura - con nua hoje, em Nova Iorque.
Nesta quarta-feira, o ministro Marcelo Sampaio fará uma palestra para líderes empresariais, em evento promovido pelo Itaú BBA. Também estão previstos encontros com a Sols c M&A Capital Advisory, empresa especializada em fusões e aquisições, e com a VLI, mul nacional brasileira de logís ca. Na parte da tarde, a delegação brasileira par cipará do Latam GRI Club Infra & Energy, seminário anual sobre projetos de infraestrutura e energia da América La na, voltado a líderes globais desses setores.
Caminhoneiros autônomos
Wallace Landim foi um dos líderes responsáveis pela greve dos caminhoneiros de 2018
O presidente da Abrava (Asso- ciação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim – conhecido como Chorão – cri cou, nesta terça-feira (10), o novo aumen- to dos combus veis feito pela Petrobras. Na segunda-feira (9), a empresa anunciou que vai elevar o preço do diesel para as distribuidoras.
Com o aumento, o preço médio do litro passou de R$4,51 para R$ 4,91 desde ontem, um aumento de 8,87%.
De acordo com Chorão, a cate- goria já começa a avaliar uma possível paralisação para o próximo dia 21.
“Estamos fazendo uma pesquisa, porque estamos junto com o povo para saber se to d o s tê m e s s a i nte n ç ã o conjunta de travar a Petrobras.
Temos essa data que é impor- tante para nós, uma vez que completaremos 4 anos desde a paralisação de 2018. Vamos estar juntos com a categoria na rua”, disse.
O aumento ocorre menos de dois meses após a úl ma alta, em 11 de março, quando o litro do combus vel ficou 90 centa- vos mais caro. Em nota enviada à i m p re n s a a A b ra va a i n d a informou que o aumento traz de
voltam a cri car altas de combus veis
Reação vem após novo aumento da gasolina e do diesel anunciado pela Petrobras na segunda-feira, dia 9
NACIONAL
Abrava/Reprodução YouTube
administração da previdência privada, além do programa de renegociação de dívidas para a categoria.
Outra melhoria foi a cria- ção do programa “Gigantes do Asfalto” que busca desen- volver ações voltadas para a s i m p l i fi c a ç ã o , s e g u ra n ç a , saúde e redução da burocracia para o setor rodoviário.
Em março deste ano, o Senado aprovou um Projeto de Lei (PL) 1.472/2021, que cria um sistema de bandas de preços, que limitará a variação, e uma conta federal para financiar essa ferramenta.
Além disso, estabelece um auxílio de até R$ 300 mensais para motoristas autônomos de baixa renda. O projeto segue para a Câmara dos Deputados.
Atualmente o PL está tra- mitando no Plenário da Câmara dos Deputados. De acordo com o presidente da Casa, Arthur Lira, a proposta não tra- rá impacto profundo no preço do combus vel em curto prazo.
“Está sendo discu do, e vai ser votado ou modificado. Mas nós temos outras situações mais emergentes”, comentou.
No mesmo mês o Governo sancionou o Projeto de Lei Complementar (PLP) 11/2020 que prevê a cobrança em uma só vez do Imposto sobre Circu- lação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combus veis, inclusive importados. O ICMS único também valerá para o gás natural e para o querosene de aviação.
Para este ano eleitoral o Execu vo estuda criar uma proposta de correção mais frequente da tabela do frete, que hoje ocorre a cada seis meses, e ações para reduzir a burocracia e o custo para a categoria de registro na Agên- cia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), emplaca- mento de caminhões e emissão da carteira de habilitação, além da contribuição previdenciária sobre o frete.
Em nota, o Ministério da Infraestrutura informou que
“junto com outros atores do Governo Federal, par cipa de debates e de estudos de alter- na vas que possam atenuar as despesas e melhorar a situação dos trabalhadores autônomos de transporte, com quem o diá- logo é constante e está sempre aberto”.
volta o “fantasma da inflação”.
Para Chorão, a principal reivindicação da categoria é acabar com a polí ca de Preço de Paridade Internacional (PPI), criada durante o governo Temer, que repassa ao mercado inter- no as variações das cotações do dólar e do barril de petróleo.
A en dade também defende a criação de um fundo que possa segurar a flutuação do barril do petróleo internacional.
“O primeiro e mais impor- tante passo é o PPI da Petro- bras e a criação de uma nova gestão para que sejam cobrados preços justos. Já fizemos audi- ências públicas com o Minis- tério da Economia e com a Pe- trobras para que o governo criasse um colchão de estabili- zação. Já até apontamos onde é possível mexer. Lá fora a Petro- bras está dando um rendimento de US$ 300 bilhões. Aqui está R$ 500 milhões. Então podemos criar essa estabilização”, falou.
Greve de 2018 e Melhorias A greve de 2018 a que o presi- dente da Abrava se refere foi a maior paralisação recente da categoria. Teve como obje vo contestar reajustes frequentes e sem previsão mínima nos preços dos combus veis, prin- cipalmente do óleo diesel, realizados pela Petrobras, e o fim da cobrança de pedágio por eixo suspenso e do PIS/Cofins sobre o diesel.
Desde 2018 o Governo e o Congresso vêm tentando criar medidas para acalmar a cate- goria. Em 2018 foi criada a tabela do piso mínimo do frete.
Já durante o governo atual, houve a assinatura de, pelo menos, duas Medidas Provi- sórias (MP) e dois decretos presidenciais para reduzir a burocracia e promover ações de saúde, de crédito e de segurança para o transporte rodoviário de cargas do País.
Destaque para a MP do Peso Por Eixo, que trata da mudança na forma de pesagem de cargas do Documento de Transporte Eletrônico (DT-E), e reduz 41 documentos diferen- tes e que atualmente são neces- sários para emissão em uma viagem de origem e des no.
Também houve bene cios específicos para os caminho- neiros como a isenção da primeira anuidade do cartão de crédito e descontos na taxa de
O GOVERNO ATUAL JÁ FEZ, PELO MENOS, DUAS MEDIDAS PROVISÓRIAS E DOIS DECRETOS PRESIDENCIAIS PARA REDUZIR A BUROCRACIA E PROMOVER AÇÕES DE SAÚDE, DE CRÉDITO E DE SEGURANÇA PARA O TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS DO PAÍS.
Espírito Santo:
categoria inicia
paralisação
Os caminhoneiros autônomos do Espírito Santo iniciaram uma paralisação à zero hora de hoje. Segundo o Sindicato dos Transportadores
Rodoviários Autônomos de Bens (Sindicam) do estado, o movimento foi organizado em resposta aos reajustes nos preços do diesel e de outros insumos. A categoria pede uma correção de 26% no valor do frete, que passaria a contar com um sistema de correção automá ca (ga lho), diante de novos aumentos no preço do combus vel, e valores diferenciados para serviços de transporte.
Superávit mantém expecta va para balança comercial
Os bens exportados somaram US$ 28,9 bilhões, alta de 49,2% sobre abril de 2021. Já as importações totalizaram US$ 20,7 bilhões, alta de 34,4% comparada ao mesmo período.
O Ministério da Economia manteve a previsão de que o superávit comercial este ano será de US$ 111,6 bilhões.
As projeções do Governo são de que as exportações somem US$ 348,8 bilhões, alta de 24,2% na comparação com o ano passado (US$ 280,8 bilhões), e que as importações somem US$ 237,2 bilhões, uma alta de 8,1%
em relação 2021 (US$ 219,4 bilhões).
O SUPERÁVIT É REGISTRADO
QUANDO AS EXPORTAÇÕES
SUPERAM AS IMPORTAÇÕES, QUANDO OCORRE
O CONTRÁRIO, É REGISTRADO
DÉFICIT COMERCIAL
vanessa@portalbenews.com.br
VANESSA PIMENTEL
Balança comercial de abril registra superávit de US$
8,14 bilhões
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$8,14 bilhões em abril, informou a Se- cretaria do Comércio Exterior, do Ministério da Economia. Os bens exportados somaram US$
28,9 bilhões, alta de 49,2%
sobre abril de 2021. Já as importações totalizaram US$
20,7 bilhões, alta de 34,4%
comparada ao mesmo período.
O valor exportado foi o maior já registrado para o mês de abril em toda a série histó- rica. Mesmo assim, o superávit ficou menor do que em abril do ano passado, quando registrou US$ 10 bilhões.
Um dos fatores que impul- sionaram o resultado no mês passado foi o aumento de cerca de 20% no preço dos produtos exportados pelo país, principal- mente as commodi es agrí- colas. Em termos de volume de produtos exportados, houve uma queda de 8% nos em- barques.
No acumulado do ano até abril, as exportações totalizam US$ 101,185 bilhões e as im- portações, US$ 81,238 bilhões,
c o m s a l d o p o s i v o d e US$19,947 bilhões, valor 10,5%
maior do que o do mesmo período do ano passado.
De janeiro a abril deste ano, a corrente de comércio (soma das exportações e impor- tações) ficou em US$ 182,424 bilhões, 25,5% superior ao mesmo quadrimestre de 2021.
Setores
Comparado com abril do ano passado, houve crescimento no valor das exportações da agropecuária, que registrou 12,7% (US$ 48,73 milhões).
Os produtos com as ma- iores variações posi vas no preço foram milho não moído, com 655,4% de aumento (US$10,43 milhões na média diária), café não torrado, com aumento de 53,8% (US$ 12,51 milhões na média diária), trigo e centeio, com 359.555,5% de aumento (US$ 2,90 milhões na média diária) e soja, com 7,1%
(US$ 23,52 milhões na média diária).
A indústria de transfor- mação registrou crescimento de 35% nas exportações em abril, na comparação com abril do ano passado, totalizando US$ 202,31 milhões a mais no valor embarcado.
Os produtos com maior destaque no setor foram óleos combus veis de petróleo
que as exportações somem US$ 348,8 bilhões, alta de 24,2% na comparação com o ano passado (US$ 280,8 bi- lhões), e que as importações de produtos somem US$ 237,2 bilhões, uma alta de 8,1% em relação 2021 (US$ 219,4 bilhões).
( 5 7 , 2 % c o m a u m e n t o d e US$23,76 milhões na média diária); carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (72,1% com aumento de US$
21,56 milhões na média diária);
farelos de soja e outros alimen- tos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (55,4%
com aumento de US$ 18,58 milhões na média diária); e car- nes de aves e suas miudezas comes veis, frescas, refrigera- das ou congeladas (44,1% com a u m e n t o d e U S $ 1 2 , 0 7 milhões na média diária).
Na indústria extra va, houve queda de US$ 34,02 milhões (10,2%) na compa- ração com abril de 2021.
Em relação às importa- ções, houve crescimento de 33% na compra de produtos agropecuários (US$ 6,31 mil- hões); crescimento de 58,1%
da compra de produtos da indústria extra va (US$ 27,52 milhões) e aumento de 35,5%
nas aquisições de produtos da indústria de transformação (US$ 257,56 milhões), compa- rados a abril de 2021.
Es ma va
O Ministério da Economia manteve a previsão de que o superávit comercial este ano será de US$ 111,6 bilhões. As projeções do Governo são de
NACIONAL
Divulgação
Exportações para a Ucrânia recuam 92,9%
enquanto importações de fer lizantes da Rússia crescem 315%
Os dados do Minis- tério da Economia mostra- ram que as exportações para a Ucrânia recuaram 92,9% em abril, somando US$ 1,25 milhão, en- do país caíram 78,7%, para US$ 5,4 milhões.
Já as importações de adubos e fer lizantes da Rússia subiram 315% em a b r i l , c o n t a b i l i z a n d o US$527 milhões. Houve um aumento de 38% na quan dade importada, e de 200% no preço dos produtos.
No comércio geral com a Rússia houve queda d e 3 0 , 4 % n a s ve n d a s externas, para US$ 91,9 milhões, e aumento de 211% nas importações, para US$ 805 milhões.
Com dragagem, profundidade do Rio Madeira pode chegar a 13 metros
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a profundidade oscila de acordo com as estações seca e chuvosa.
Os trabalhos já começaram e devem ser concluídos em junho.
Cerca de 1,3 milhão de metros cúbicos de sedimentos devem ser dragados nos próximos meses
barbara@portalbenews.com.br
BÁRBARA FARIAS mi ndo o tráfego de comboios de barcaças com até 18 mil toneladas de carga, mesmo durante a es agem. A largura da hidrovia varia entre 440 metros e 9.900 metros e a profun- didade oscila de acordo com as estações seca e chuvosa e pode chegar a 13 metros.
O Rio Madeira é um dos principais eixos logís cos do norte do País e integra o Arco Norte. A região compreende os estados do Acre, Rondônia, Amazonas, Pará, Mato Grosso e Tocan ns, e permite o escoa- mento de safras pelo rio Ama- zonas e seus afluentes da margem direita - que correm na direção sul-norte, dos cerrados do centro do País para a flores- ta Amazônica.
Pelo Rio Madeira é feito o escoamento de produção agrí- cola, principalmente soja e milho dos estados do Mato Grosso e Rondônia, e de insu- mos como combus veis e fer lizantes, bem como ali- mentos e produtos produzidos na Zona Franca que partem de Manaus com des no a Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).
Segundo o úl mo levan- tamento realizado pela Agên- cia Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), mais de 9 milhões de toneladas de pro- dutos foram movimentadas pela Hidrovia do Rio Madeira, n o a n o p a s s a d o , o q u e
representa uma redução de 9,46% em comparação com o levantamento anterior. A causa, de acordo com a Antaq, foi a crise hídrica provocada pela es agem.
O tráfego de embarcações no Rio Madeira vem ganhando importância desde a década de 1990. Em função da implan- tação da nova fronteira agrícola de soja e milho na região Centro-Oeste do Brasil, a produção dessas matérias- primas passou de pra camente zero para um volume que exige para seu transporte, atual- mente, um fluxo de comboios de balsas e empurradores de grande porte, além dos barcos mistos de passageiros e peque- nas cargas.
PADMA
O serviço de dragagem do Rio Madeira é feito por meio do Plano Anual de Dragagens de M a n u t e n ç ã o A q u a v i á r i a (PADMA), método recente de contratação de serviços de dragagem nas hidrovias brasi- leiras. O sistema tem como base o modelo de contratação de trabalhos de manutenção já u lizado no modal rodoviário.
O plano busca mais agilidade na execução, medição e fisca- lização dos contratos desse serviço.
REGIÃO NORTE
O Rio Madeira está sendo desassoreado e a profun- didade pode chegar a 13 metros, de acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que está realizando os trabalhos. A dragagem de manutenção começou neste mês e deve ser concluída no final de junho.
O DNIT es ma dragar aproximadamente 1,3 milhão de metros cúbicos de sedi- mentos do rio. “Os trabalhos devem ser executados nos segmentos de Cujubim, Curi- cacas, Papagaios, Miri e Manicoré - pontos de draga- gem definidos em planeja- mento execu vo antes do início dos serviços, com base nas ba metrias mais recentes e diálogo com usuários da hidrovia”, divulgou o órgão.
Segundo o DNIT, o desas- soreamento do Rio Madeira é para evitar a interrupção do transporte de cargas durante o período da seca e garan r a u lização do transporte hidro- viário, que é “mais econômico, menos poluente e com índice de acidentes menor”.
O departamento informou que o Rio Madeira é navegável durante todo o ano, per- SEGUNDO A
AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS (ANTAQ), MAIS DE 9 MILHÕES DE TONELADAS DE PRODUTOS FORAM MOVIMENTADAS PELA HIDROVIA DO RIO MADEIRA, NO ANO PASSADO
Divulgação/DNIT
o programa BR dos Rios”
é o tema da live que o Brasil Export e o conselho do Norte Export realizam hoje, às 15 horas. O debate terá a par cipação do diretor do Departamento de Navegação e Hidrovias da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, do
Ministério da Infraestrutura, Dino Ba sta, e do presidente da Federação Nacional das Operações
Portuárias (Fenop), Sérgio Aquino. A live será transmi da ao vivo pelo portal BE News
(www.portalbenews.com.
br).
Hidrovias e BR dos Rios são temas de live do Brasil Export nesta 4ª-feira
“A importância do fomento às hidrovias e
REGIÃO SUL
SEGUNDO O PNL 2035, A MOVIMENTAÇÃO DOS PORTOS DA REGIÃO SUL PODE CRESCER CERCA DE 90% ATÉ 2035
tales@portalbenews.com.br
TALES SILVEIRA
“A concessão dos canais de acesso de portos da região Sul”
será o tema de abertura da edição deste ano do Sul Ex- port. Realização do Brasil Export - Fórum Nacional de Logís ca e Infraestrutura Por- tuária, o fórum regional vai acontecer nas próximas segun- da e terça-feira, dias 16 e 17, e será transmi do online, direta- mente de Florianópolis/SC.
O evento presencial é exclusivo a conselheiros, autoridades e patrocinadores.
O público em geral poderá a co m p a n h a r o fó r u m e m tempo real no portal BE News (www.portalbenews.com.br), de forma gratuita e sem necessidade de inscrição.
Um canal de acesso por- t u á r i o é d e fi n i d o c o m o qualquer trecho de hidrovia ligando os berços de atracação de um porto ao mar aberto.
Atualmente o assunto está em pauta na região Sul devido ao potencial de crescimento trazido pelo Plano Nacional de Logís ca (PNL). Trata-se de um plano estratégico desenvol- vido pelo Governo, em parceria com a Empresa de Planeja- mento e Logís ca (EPL), que iden fica necessidades que devem ser trabalhadas nos pla- nos setoriais de transporte (terrestre, portuário, hidro- viário e aeroviário nacional) e oportunidades para o desen- volvimento de projetos, ações e inicia vas.
O PNL também traça uma visão estratégica da rede de transporte no futuro, e avalia o quanto ela está próxima dos obje vos da Polí ca Nacional de Transportes por meio de um sistema de indicadores. Por isso, a importância de fazer um bom planejamento de longo prazo para todas as regiões a fim de saber onde e quanto inves r para se ter uma infra- estrutura de transportes mais eficiente.
Segundo o PNL 2035, a movimentação dos portos da Região Sul pode crescer cerca de 90% até o ano de 2035, o que gera uma necessidade de discussão sobre a priva zação, ou não, dos canais de acesso do porto.
Atualmente, o serviço em todo o Brasil é prestado pelas autoridades portuárias e
A previsão é de que os estudos, que estão sendo feitos pela EPL, para a concessão do Canal de Acesso Aquaviário do Complexo Portuário de Paranaguá e Antonina sejam entregues ao Ministério da Infraestrutura neste ano.
cobrado diretamente dos ar- madores, por meio da chamada Tarifa Inframar. Mesmo com a padronização da taxa sendo definida pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários ( A n t a q ) p e l a R e s o l u ç ã o Norma va n. 32, en dades públicas e privadas ainda dis- cutem melhorias para os serviços prestados.
O principal entendimento hoje é de que os serviços só serão melhorados se prestados de forma padronizada e priva- da. Em julho do ano passado a concessão do canal de acesso aquaviário do complexo por- tuário de Paranaguá e Anto-
nina, no Paraná, foi qualificada pelo Programa de Parcerias de Inves mentos (PPI). A previsão é de que os estudos, que estão sendo feitos pela EPL, sejam entregues ao Ministério da Infraestrutura neste ano.
Este será o primeiro proje- to de concessão de infraes- trutura de acesso aquaviário de portos organizados do Brasil. O obje vo é que o vencedor do leilão realize a ampliação, ma- nutenção e exploração do canal de acesso aos portos de Paranaguá e Antonina.
Além disso, as melhorias no canal de acesso permi rão que o tempo de navegação e
Divulgação / Portos do Paraná
PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR E SUJEITA A ALTERAÇÕES DO SUL EXPORT 2022 Dia 16 | Segunda-feira
09h00 – Café da manhã com governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (a vidade somente para um representante de cada patrocinador)
10h30 – Saída do hotel para Imbituba
11h30 – Recepção na Autoridade Portuária de Imbituba
12h00 – Apresentação pelo diretor-presidente do Porto, Fabio Riera 13h00 – Almoço
14h30 – Visita ao terminal da Santos Brasil
15h30 – Visita a outras dependências do Porto de Imbituba 16h30 – Retorno para Florianópolis
Início da transmissão online
19h00 – Solenidade de abertura com a par cipação do secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni Dia 17 | Terça-feira
Início da transmissão online
09h00 – Abertura da programação técnica desenvolvida pelo Conselho do Sul Export
Palavras de José Roberto Campos, presidente do Conselho Nacional do Brasil Export, e Jesualdo Silva, presidente do Conselho do Sul Export
09h15 – Painel 1: Concessão dos canais de acesso de portos da região Sul
10h15 – Painel 2: Modelo de gestão de portos delegados aos estados da região e o futuro dessas administrações 11h15 – Coffee break
11h30 – Painel 3: Avanços no transporte hidroportuário: os setores produ vos que podem ser beneficiados com a BR do Mar e dos Rios
12h45 – Almoço
14h30 – Painel 4: Visão dos embarcadores sobre os processos portuários e o transporte mul modal na região 16h00 – Coffee break
16h15 – Painel 5: Formação de corredores logís cos e o desenvolvimento da logís ca terrestre na região Sul
18h00 – Leitura da Carta de Compromisso em Ano Eleitoral pelo presidente do Conselho, Jesualdo Silva, e anúncio do Mercosul Export
atracação seja reduzido, possi- bilitando um ganho de eficiên- cia dos terminais portuários da região. A ampliação do calado operacional (distância entre a lâmina d’água e o fundo do mar) também permi rá que os ter- minais possam receber navios maiores, com mais capacidade de carga.
A ideia é: será que a con- cessão conseguirá trazer a tão esperada redução de custos tarifários, bem como ganhos de infraestrutura para canais de acesso dos portos da região Sul? Acompanhe e confira no próximo Sul Export.
Sobre o Fórum
Sul Export é uma realização do Brasil Export – Fórum Nacional de Logís ca e Infraestrutura Portuária, de caráter perma- nente, mul setorial e agre- gador e que organiza dinâmicas para promoção do diálogo entre os diferentes agentes envolvidos com as operações portuárias, de logís ca e de infraestrutura.
O Brasil Export e seus organismos regionais, hoje, contam com mais de 250 con- selheiros, profissionais qualifi- cados e que atuam no setor privado, em en dades repre- senta vas e no poder público.
Desde 2020, essas edições regionais são organizadas com o obje vo de debater temas essenciais para o segmento local e promover visitas técni- cas a portos, terminais mul - modais, centros de distribuição e unidades de produção. Além do Sul Export, há o Norte Export, o Nordeste Export, o Centro-Oeste Export, o Su- deste Export e o Santos Export.
SUL EXPORT DEBATERÁ
ACESSO A PORTOS DA REGIÃO
O fórum regional vai acontecer nos dias 16 e 17 de maio
e transmi do online, diretamente de Florianópolis/SC.
Guerra: Ucrânia alerta para crise alimentar
INTERNACIONAL
CERCA DE 25 MILHÕES DE TONELADAS DE GRÃOS ESTÃO PRESOS NA UCRÂNIA. O PAÍS FOI O QUARTO MAIOR EXPORTADOR MUNDIAL DE MILHO NA TEMPORADA 2020/21 E O SEXTO MAIOR EXPORTADOR DE TRIGO, SEGUNDO DADOS DO CONSELHO INTERNACIONAL DE GRÃOS
VOLODYMYR ZELENSKY PEDIU O APOIO DA
COMUNIDADE INTERNACIONAL DEPOIS
DE FALAR COM O PRESIDENTE DO CONSELHO EUROPEU, CHARLES MICHEL, QUE
ESTAVA VISITANDO ODESSA — O PRINCIPAL PORTO DO MAR NEGRO
PARA EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS
Pela primeira vez em décadas, não há movimento regular da frota mercante nem trabalho
ro neiro no porto de Odessa
Zelensky pede medidas para desbloquear portos do país
vanessa@portalbenews.com.br
VANESSA PIMENTEL
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse, segunda-feira (9), que o co- mércio nos portos do país está paralisado e pediu à comuni- dade internacional que tome medidas imediatas para acabar com o bloqueio russo para per- mi r embarques de trigo e evitar uma crise alimentar global.
Volodymyr Zelensky fez os comentários depois de falar com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que estava visitando Odessa — o principal porto do Mar Negro para exportação de produtos agrícolas, onde mísseis a ngi- ram locais turís cos e des-
truíram edi cios.
“Pela primeira vez em décadas e décadas, em Odessa não há movimento regular da frota mercante, não há traba- lho ro neiro no porto. Isso provavelmente nunca aconte- ceu em Odessa desde a Segun- da Guerra Mundial”, disse Zelensky em um discurso em vídeo.
“E isso é um golpe não apenas para a Ucrânia. Sem nossas exportações agrícolas, dezenas de países em diferen- tes partes do mundo já estão à beira da escassez de alimentos.
E com o tempo, a situação pode se tornar, francamente, assus- tadora.”
A Ucrânia foi o quarto maior exportador mundial de milho na temporada 2020/21 e o sexto maior exportador de
trigo, segundo dados do Con- selho Internacional de Grãos.
Mas, desde que a guerra começou, cerca de 25 milhões de toneladas de grãos estão presos na Ucrânia, conforme já havia informado porta-voz da agência de alimentos da ONU.
“Medidas imediatas devem ser tomadas para desbloquear os portos ucranianos para as expor- tações de trigo”, disse Zelensky anteriormente em seu canal de mensagens no Telegram.
Ele não especificou quais medidas estava buscando. Os países da Otan, incluindo os Estados Unidos, descartaram a intervenção armada por medo de desencadear uma guerra mais ampla.
O primeiro-ministro cana- dense Jus n Trudeau, que visitou Kiev no domingo (8), disse que seu país ajudaria a Ucrânia a encontrar opções sobre como exportar grãos armazenados.
Perdas
Com portos fechados, Ucrânia perde R$ 871 milhões a cada
dia que fica sem acesso ao mar e vê a capacidade nacional de exportação reduzida para mais da metade, de acordo com informações ditas pelo primei- ro-ministro Denys Shmyhal, na úl ma segunda-feira (9).
“Noventa milhões de tone- ladas de produtos agrícolas que a Ucrânia planejava exportar para países da Ásia, África e Europa, foram bloqueados", disse Shmyhal na cidade por- tuária de Odessa, no sul, fa- lando ao lado do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
Shmyhal disse que alguns produtos foram exportados por rodovias ou ferrovias, mas algumas outras reservas per- maneceram em áreas sob bom- bardeios ou foram capturadas pela Rússia.
