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Relatório e Contas. Exercício de 2004

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Registada no Registro Mercantil de Santander – Cantabria

CIF A39000013

Relatório

e

Contas

Exercício de 2004

“A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ao abrigo do disposto no nº3 do artigo 250º do Código dos Valores Mobiliários, dispensou a publicação das contas individuais. Os documentos de prestação de contas alvo desta dispensa encontram-se disponíveis para consulta, juntamente com os restantes, na sede desta Sociedade, de acordo com o estabelecido pelo Código das Sociedades Comerciais”.

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Dados Relevantes

Outros Dados

2004 2003 2002 Número de accionistas 2.685.317 1.075.733 1.092.193 Número de empregados 126.488 103.038 104.178 Espanha 33.353 34.968 35.887

Resto dos países 93.135 68.070 68.291

Número de balcões 9.973 9.199 9.281

Espanha 4.384 4.369 4.314

Resto dos países 5.589 4.830 4.967

(*) Variação face a dados de 2004 sem o Abbey. (**) Antes da amortização normal do goodwill.

(***) Despesas gerais de administração / Margem ordinária.

A Acção e Capitalização

2004 2003 Var. (%) 2002

Número de acções (milhões) 6.254 4.768 31,16 4.768

Cotação (euros) 9,13 9,39 (2,77) 6,54

Capitalização bolsista (milhões de euros) 57.101,7 44.775,3 27,53 31.185,4 Resultado líquido atribuído por acção (cash-basis**) (euros) 0,7243 0,6571 10,22 0,6139 Resultado líquido atribuído por acção (euros) 0,6307 0,5475 15,19 0,4753

Dividendo por acção (euros) 0,3332 0,3029 10,00 0,2885

PER (cotação / resultado líquido atribuído por acção) 14,48 17,15 13,76

Rácios

% 2004 2004 2003 2002 Eficiência*** 47,44 49,34 52,28 ROA 1,02 0,95 0,81 ROE 15,98 14,48 12,42 ROE (cash-basis**) 18,35 17,37 16,04 Rácio BIS 13,01 12,43 12,64 Taxa de morosidade 1,05 1,27 1,55 1,89 Cobertura de morosidade 184,61 207,96 165,19 139,94

Balanço e Resultados

Millon euros 2004 2004 2003 Var. (%) 2002

Total fundos geridos 715.392,5 504.704,8 460.693,5 9,55* 417.546,0

Crédito sobre clientes (líquido) 335.207,7 198.510,7 172.504,0 15,08* 162.973,0 Recursos de clientes geridos 538.041,7 365.604,5 323.900,8 12,88* 304.893,0

Margem de exploração 6.545,2 5.720,7 14,41 5.565,8

Resultado líquido atribuído (cash-basis**) 3.600,7 3.133,3 14,92 2.902,9

Resultado líquido atribuído 3.135,6 2.610,8 20,10 2.247,2

Sem Abbey

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2000 2001 2002 2003 2004*

2000 2001 2002 2003 2004* 2000 2001 2002 2003 2004*

2000 2001 2002 2003 2004

Dados Relevantes

Resultado Líquido Atribuído

Milhões de euros 2.258 2.486 2.247 2.611 3.136 2000 2001 2002 2003 2004 0,5369 0,5447 0,4753 0,5475 17,6 13,9 12,4 14,5 16,0 438 453 418 461 505 2004 715 2,3 1,9 1,9 1,5 1,3 2004 1,0 123 143 140 165 208 2004 185

Eficiência

% 56,1 54,0 52,3 49,3 47,4

Total Fundos Geridos

Milhares de milhões de euros

Taxa de morosidade

%

Resultado por Acção

Euros

ROE

%

Rácio BIS

%

Taxa de cobertura

% 10,9 12,0 12,6 12,4 13,0 2000 2001 2002 2003 2004 2000 2001 2002 2003 2004 2000 2001 2002 2003 2004 0,6307 Relatório Anual 2004 * Sem Abbey

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negócio registaram um progresso

positivo e, do ponto de vista estratégico,

concretizou-se com êxito a compra do

Abbey, o sexto banco do Reino Unido,

colocando o Santander entre os dez

primeiros bancos do mundo por valor

em Bolsa”.

“Além disso, poucos bancos no mundo

têm a presença geográfica do Grupo

Santander, com 63 milhões de clientes

nos países mais dinâmicos e atractivos

da Europa e países ibero-americanos,

áreas que constituem um mercado

potencial de 800 milhões de pessoas”.

Emilio Botín

Presidente

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Índice

Carta do Presidente

Carta do Administrador-Delegado O Grupo Santander em 2004

História e perfil do Grupo O modelo Santander Os nossos negócios A compra do Abbey Governo Corporativo

Responsabilidade Social Corporativa Gestão do Risco

A acção Santander Cidade Grupo Santander

Os nossos clientes e empregados

Relatório do Governo Corporativo

I. Governo Corporativo no Grupo Santander II. Estrutura de propriedade

III. Estrutura de administração

IV. Operações relacionadas, operações intra-grupo e conflitos de interesse V. A Assembleia Geral

VI. Informação e transparência, relação com o auditor Página web e outras informações

Informação económica-financeira

Relatório financeiro consolidado Relatório por áreas de negócio Gestão financeira

Gestão do Risco

Organização da função de riscos Análise do perfil global de risco Risco de crédito

Risco de mercado Risco operacional Risco de reputação

Relatório de Auditoria e Contas Anuais

Relatório de Auditoria Contas Anuais Relatório de gestão

Balanço e conta de resultados

Anexos

A função de cumprimento

Prevenção contra branqueamento de capitais Cronologia

Séries históricas

Demonstrações financeiras das principais instituições do Grupo Informação geral

1

Relatório Anual 2004 3 7 10 10 13 18 25 29 32 35 37 41 43 46 47 48 51 64 66 70 73 74 93 122 124 125 127 128 144 154 159 161 162 164 226 234 240 241 241 244 246 248 252

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Luqman Arnold, CEO do Abbey e Emilio Botín, Presidente do Grupo Santander Londres 26/07/2004

Apresentação aos analistas da oferta de aquisição do Abbey

(8)

Carta do Presidente

3

Relatório Anual 2004

Em 2004, o Santander

obteve um resultado líquido

atribuído de 3.136 milhões

de euros, 20,1% superior

ao registado em 2003

O dividendo total com débito ao exercício que o Conselho propõe à Assembleia

Geral ascende a 0,3332 euros por acção, o que representa um crescimento de 10%

face ao ano anterior.

O ano de 2004 foi excelente para o Grupo Santander. Todas as áreas de negócio registaram um progresso positivo e, do ponto de vista estratégico, concretizou-se com êxito a compra do Abbey, o sexto banco do Reino Unido, colocando o Santander entre os dez primeiros bancos do mundo por valor em Bolsa.

O Grupo registou um resultado líquido atribuído de 3 136 milhões de euros, traduzindo um aumento de 20,1% face ao período homólogo. Este resultado reflecte fortes aumentos da actividade comercial. Os créditos cresceram 18% e os recursos de clientes 13%. Os resultados extraordinários foram canalizados para reformas antecipadas e amortização de goodwill.

O dividendo total, com débito ao exercício, que o Conselho propõe à Assembleia Geral ascende a 0,3332 euros por acção, o que representa um

crescimento de 10% face ao ano anterior. Os titulares das novas acções do Banco, emitidas em Novembro de 2004 para troca pelas acções do Abbey, recebem o terceiro e o quarto dividendo, o que se traduz na distribuição de um total de 250 milhões de euros adicionais. Isto representa um payout de 51,5%. Estamos presentes nos mercados mais dinâmicos da Europa e países ibero-americanos. E, em todos eles, temos grandes perspectivas de crescimento.

Um grande banco europeu

Na Europa somos o primeiro banco europeu, com 5 900 balcões em 15 países. Em Espanha, a rede Santander Central Hispano é líder, impulsionada pelo seu dinamismo e inovação. O Banesto, com um modelo de banca sólido e eficiente, ganha, ano após ano, quota de mercado em termos de crédito face a bancos e caixas de poupança. Em conjunto, a rede Santander e Banesto têm uma quota de mercado de 17,7% do total de créditos

e recursos de bancos e caixas. No segmento da banca privada, o Banif consolida a sua liderança com um aumento de 22% no número de clientes.

Em Portugal, o Santander Totta está a cumprir os seus objectivos de rendibilidade graças ao seu impulso comercial e a um controlo efectivo dos custos. Pela primeira vez, o Santander Totta situou-se como o segundo banco privado de Portugal em resultados.

No resto da Europa, continuámos a ampliar o nosso negócio da

banca ao consumo, com aquisições na Polónia e Noruega. Já somos a primeira instituição da Europa continental neste segmento em resultados, e a terceira em activos. Contamos com 15 anos de banca ao consumo na Europa. Conhecemos bem o mercado e desenvolvemos um modelo de negócio muito rentável e eficiente.

Um dos grandes desafios da União Europeia consiste em alcançar um

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mercado bancário e financeiro, que seja na realidade único e sem barreiras.

A compra do Abbey

A compra do Abbey é uma operação de transformação que altera

profundamente o posicionamento do nosso Grupo. Coloca-nos num dos mercados mais rentáveis e atractivos do mundo, diversifica o nosso risco e dá-nos uma dimensão, que nos abrirá novas oportunidades de crescimento. Com o Abbey, incluímos no Grupo 18 milhões de clientes, 1,6 milhões de accionistas, 24 000 empregados e uma rede de 730 balcões no Reino Unido.

O Abbey constitui uma grande operação, é o segundo banco britânico em termos de quota de hipotecas e reconhecimento de marca. Um banco fundamentalmente retalhista, que encaixa na perfeição na nossa estratégia de banco multi-local, com enfoque na banca comercial. A sua evolução recente não reflecte o seu verdadeiro potencial. Estamos convencidos de que com o nosso modelo de negócio, a nossa tecnologia e as nossas melhores práticas comerciais, o Abbey pode converter-se num dos melhores bancos do Reino Unido. A compra do Abbey foi possível graças à dimensão e experiência que adquirimos no nosso processo de expansão internacional nos últimos anos, assim como devido à solidez do nosso modelo de negócio. Porém, a aliança com o Royal Bank of Scotland foi fundamental. A nossa participação no Conselho do Royal, durante 16 anos, deu-nos um conhecimento muito profundo do mercado britânico. Em consequência da compra do Abbey, vimo-nos obrigados a ajustar esta relação, que foi muito rentável e vantajosa para as duas partes. O resultado líquido obtido pela diferença entre os pagamentos efectuados e a liquidez recebida desde 1988 pela nossa participação no Royal atinge os 4 500 milhões de euros, o que traduz uma rendibilidade anual acumulada (ou TIR) em 16 anos de 23,6%.

Forte crescimento nos países ibero-americanos

2004 foi um bom ano para os países ibero-americanos, tendo registado um crescimento económico de 5,8%. O nosso resultado líquido na região foi de 1 595 milhões de dólares com sólidos aumentos de negócio com clientes. No Brasil, México e Chile, mantivemos um forte impulso comercial. O crédito cresceu, em média, 25% nestes países. Cresceram igualmente os negócios relacionados com cartões, comércio externo, fundos de investimento e seguros, áreas em que lançámos projectos de carácter regional. A região lançou as bases para um crescimento sustentado e o Grupo Santander está preparado para contribuir para este crescimento, fomentando a bancarização nos principais países. Estamos a progredir em direcção ao objectivo a que nos propusemos no início do ano de 2004 - duplicar o negócio com clientes e ganhar quota de mercado na banca comercial em três anos.

Em especial destaque está o Brasil, perante a conjuntura económica mais favorável das últimas décadas, facto que permitirá consolidar-se como o motor do crescimento da região. O Santander Banespa encontra-se numa excelente posição para aproveitar totalmente as novas oportunidades, que estão a surgir nesse mercado.

Contributo crescente dos negócios globais

Os negócios globais - banca privada, gestão de activos e banca de grandes clientes - mantêm taxas elevadas de crescimento, com uma oferta de produtos e serviços inovadores - de grande valor acrescentado - em todos os mercados, onde estamos

presentes.

Apesar do forte aumento da actividade em todas as áreas, o rácio de morosidade do Grupo continuou a baixar, situando-se em 1,05% (incluindo o Abbey). O rácio de eficiência registou igualmente progressos, passando para 47,4%. A eficiência é um pilar fundamental da nossa estratégia, primordial para garantir a nossa competitividade.

Pujança da acção

A operação Abbey demonstrou a solidez da acção Santander. O Grupo usou as suas próprias acções, para realizar a maior aquisição transfronteiriça da banca europeia até à data. Inicialmente, as expectativas sobre a aquisição afectaram negativamente a nossa cotação. Porém, o mercado demorou pouco a verificar que com esta aquisição o Santander criava valor e a acção valorizou-se 17,7% desde o seu mínimo, em Agosto, até ao final do ano. Muitos investidores foram obrigados a reajustar as suas carteiras em

resultado desta operação e venderam acções do Santander. Mas, muitos mais compraram.

A nossa base de accionistas cresceu mais do dobro com a compra do Abbey, passando para os 2,7 milhões. Este é um dos pontos fortes e uma característica diferenciadora deste Grupo relativamente a outros bancos, da nossa dimensão.

Temos o propósito de prosseguir com a política de remunerar os nossos accionistas com um dividendo que cresce ano após ano, graças à solidez do nosso balanço e elevada

capacidade de geração de resultados. O Santander fechou o ano de 2004 com uma capitalização bolsista de 57 102 milhões de euros, o que nos coloca entre as cinquenta maiores empresas do mundo, em termos de valor em Bolsa.

Governo Corporativo

Para o Grupo Santander, o governo corporativo é uma vantagem competitiva e estratégica. A agência independente de classificação em matéria de governo corporativo, Deminor Rating, concedeu-nos a classificação mais elevada atribuída a uma instituição financeira na Europa continental.

Isso confirma que o Grupo está à altura das melhores práticas internacionais em questões tão importantes como os direitos dos accionistas, o compromisso com a criação de valor, a transparência, a estrutura e o funcionamento do Conselho de Administração.

(10)

Carta do Presidente

Dispomos de um Conselho excepcional. Um Conselho unitário e com uma constituição equilibrada, que inclui os melhores administradores executivos e, entre os administradores externos, presidentes de bancos e grandes empresas, assim como empresários de prestígio e êxito profissional.

Paralelamente, alguns dos nossos administradores são importantes accionistas do Grupo Santander. O nosso Conselho continuou a promover iniciativas com vista ao reforço dos direitos dos accionistas e da transparência, pilares básicos do bom governo.

Na última Assembleia Geral Ordinária de Accionistas, foi aprovada a eliminação do limite mínimo de cem acções para participar na Assembleia, assim como a possibilidade de exercer e delegar o voto à distância. Além disso, este ano publica-se, pela primeira vez, o Relatório da Comissão de Nomeações e Remunerações, que se juntará ao da Comissão de Auditoria e Cumprimento. Ao longo do ano, ingressaram no Conselho a Mutua Madrileña Automovilista, representada por Luis Rodríguez Durón, Javier Botín, ambos administradores não independentes, e Lorde Burns, Presidente do Abbey. Por outro lado, em nome do Conselho, desejo reconhecer o contributo das pessoas que deixaram de ser administradores. Jaime Botín, administrador do Banco Santander desde 1960 e, posteriormente, administrador e 1º Vice-Presidente do Banco Santander Central Hispano, decidiu abandonar o Conselho por razões pessoais. Nestes 44 anos, Jaime Botín desenvolveu um trabalho de enorme importância para o Banco. António Champalimaud faleceu em 8 de Maio, após 4 anos no nosso Conselho. José Manuel Arburúra, administrador externo desde 1999, e Juan Abelló, administrador externo desde 2002, demitiram-se por razões pessoais. Sir George Mathewson, Presidente do Royal Bank of Scotland, deixou o Conselho após a compra do Abbey, ao fim de 3 anos como administrador.

Todos eles contribuíram para o nosso Conselho com uma visão de futuro, assim como através de um profundo

conhecimento do sector financeiro e empresarial. Quero deixar aqui registado o meu agradecimento e de todo o Conselho, pelo seu contributo.

Responsabilidade Social Corporativa

Na Memória de Responsabilidade Social Corporativa são apresentados pormenores sobre as nossas acções e o compromisso com os accionistas, os clientes, os empregados, a sociedade no seu conjunto e o ambiente. O investimento total do Grupo em projectos de Responsabilidade Social Corporativa em 2004 foi de 84,4 milhões de euros, 2,7% do resultado líquido atribuído.

A nossa prioridade, no âmbito da acção social, é o ensino superior. O projecto Santander Universidades é uma aliança sem precedentes à escala mundial entre uma empresa e o mundo universitário. Em 2004, aumentámos para 409 o número de convénios de colaboração com universidades em Espanha, Portugal e países ibero-americanos, e às 812 universidades que integram o Portal Universia.

Nova sede corporativa

O Grupo inaugurou a sua nova sede corporativa, a Cidade Grupo Santander, no município madrileno de Boadilla del Monte. Foram transferidas 6.500 pessoas dos serviços centrais do Grupo. Esta Cidade é muito mais do que uma nova sede: é um reflexo de que somos; uma empresa líder, moderna e internacional.

O custo da Cidade Grupo Santander, 550 milhões de euros, foi financiado com a venda dos diversos edifícios de escritórios, que os serviços centrais do Grupo ocupavam em Madrid.

O futuro

O sector financeiro enfrenta muitos desafios resultantes da concorrência, estreitamento das margens,

globalização e obrigação de responder às necessidades cada vez mais complexas dos clientes. No Santander, contamos com tudo o que é necessário para enfrentar estes desafios.

Temos um modelo de negócio de êxito comprovado nos países europeus e

ibero-americanos que será igualmente aplicado no Abbey. Os pilares deste modelo são o enfoque na banca comercial, diversificação, eficiência, prudência nos riscos e pujança do balanço. A tudo isso acrescentamos um estilo de gestão flexível que nos permite aproveitar as oportunidades adaptando-nos facilmente aos países onde

operamos, assim como às mudanças e novos desafios.

Além disso, poucos bancos no mundo têm a presença geográfica do Grupo Santander, com 63 milhões de clientes nos países mais dinâmicos e atractivos da Europa e países ibero-americanos, áreas que constituem um mercado potencial de 800 milhões de pessoas. Em todos estes países somos muito mais do que um banco. Assumimos um compromisso com as sociedades, contribuindo para a promoção do ensino universitário, além de desenvolver outras acções de âmbito cultural, económico e educativo. Contamos com um Conselho de Administração com ideias muito claras e orientado para a criação de valor para os nossos accionistas. A operação Abbey, demonstrou novamente a visão, capacidade de decisão e uma estratégia muito sólida e coerente com os nossos valores. Paralelamente, dispomos da melhor equipa de profissionais. A eles agradeço a sua dedicação e esforço. A nossa ambição é de que as 126 000 pessoas que trabalham no Santander sejam as mais preparadas e motivadas do sector financeiro, com carreiras profissionais de êxito e um adequado equilíbrio entre a vida pessoal e laboral. Com tudo isto, o Grupo Santander conseguirá consolidar a sua posição nos primeiros postos da banca mundial, a partir de onde

continuaremos a proporcionar uma rendibilidade crescente aos nossos accionistas.

Emilio Botín

Presidente

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Relatório Anual 2004

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Alfredo Sáenz

2º Vice-Presidente e Administrador-Delegado Ignacio Benjumea

(12)

Carta do Administrador-Delegado

Um novo máximo em resultados, o impulso de projectos de futuro e a

aquisição do Abbey marcam três feitos fundamentais.

O fecho de

2004 coloca-nos

face ao melhor exercício

da história

do Santander

Em 2004, continuámos na senda do crescimento iniciada em 2003. O Resultado líquido atribuído ao Grupo aumentou 20,1%, até atingir 3 136 milhões de euros, o maior valor alcançado pelo Grupo na sua história. Conseguimo-lo com um crescimento sólido e de qualidade, porque orientámos a totalidade das mais-valias extraordinárias obtidas para reestruturações extraordinárias. O resultado apoia-se em rubricas mais recorrentes da conta de resultados e no bom comportamento das áreas de negócio operacionais. Em todas elas, houve um aumento da margem de exploração. As unidades de retalho na Europa e dos países ibero-americanos demonstram uma notável expansão da sua actividade comercial e dos seus volumes geridos. As áreas globais acrescentam ao seu contributo directo aos resultados do Grupo uma crescente geração de receitas e comissões cedidas às redes comerciais. Estes crescimentos foram

acompanhados de significativas melhorias em termos de eficácia,

produtividade, rendibilidade do capital e qualidade do risco. Nesta evolução tiveram um impacto muito positivo as acções desenvolvidas no âmbito do Plano i-06, que foi revisto em 2004, adaptando-o à nova conjuntura e aos requisitos de cada uma das unidades, estabelecendo objectivos ainda mais ambiciosos a médio prazo.

Promovemos, igualmente, projectos tecnológicos e comerciais, que nos permitirão continuar a melhorar no futuro. No primeiro caso, iniciámos a implantação da plataforma

tecnológica Partenón na Rede Santander Central Hispano e

avançámos no novo modelo de gestão de tecnologia nos países ibero-americanos. No âmbito comercial, desenvolvemos planos locais, regionais nos países ibero-americanos e

conjuntos entre áreas globais e redes comerciais. Os crescimentos notáveis do ano, em todas as áreas, atestam a nossa gestão.

O Grupo Santander ajustou esta evolução favorável do negócio à oferta de aquisição do Abbey. Com esta operação melhorámos a nossa posição estratégica global, a nossa diversificação de receitas e reduzimos

o perfil de risco. Esta compra é um importante desafio para o Grupo, mas também é uma oportunidade

formidável, que nos oferece grandes expectativas de crescimento para os próximos exercícios.

Banca Comercial Europa: mais de 2.000 milhões de euros de resultado

O resultado líquido atribuído da Banca Comercial Europa totalizou 2 129 milhões de euros, 20,4% acima do obtido em 2003. Este crescimento resultou do forte aumento da actividade e do nosso modelo de negócio, concentrado no crescimento das receitas com custos planos e com uma melhoria contínua de produtividade e eficiência. Os destaques do ano são três. O primeiro é de que o aumento do resultado baseia-se nos resultados mais recorrentes, como demonstra um crescimento da margem de exploração do conjunto da área de 17,7%. O segundo, a consistência e diversificação deste crescimento. As quatro unidades que constituem esta área aumentaram para taxas claramente superiores a 10% ,em termos de margem de exploração e resultado. E o terceiro: a tendência favorável dos resultados.

7

Relatório Anual 2004

(13)

O último trimestre foi recorde em todas as margens de conta e no Resultado líquido atribuído.

Em Espanha, as duas marcas,

Santander Central Hispano e Banesto, aumentaram acentuadamente o seu nível de receitas o que, em conjunto com o controlo de custos,

proporcionou crescimentos de 12% e 24%, respectivamente, no resultado líquido atribuído conferido ao Grupo. Estes crescimentos apoiam-se num aumento do crédito superior, proporcionado pelo sistema bancário. A sua evolução foi muito favorável em hipotecas e no segmento de

empresas, especialmente micro-empresas e PMEs, segmentos chave para futuros exercícios.

Uma conjuntura mais favorável de taxas de juro, que transfira em maior grau os aumentos de saldos para a margem, a nossa oferta de produtos inovadores e de alto valor para o cliente, e novas melhorias em produtividade e eficiência,

permitir-nos-ão oferecer novamente bons crescimentos em 2005.

O Santander Consumer continuou a desenvolver em 2004 a sua estratégia dupla de crescimento, orgânico e através de aquisições selectivas, apresentando um excelente resultado. A produção aumentou 30% no ano, o resultado atribuído cresceu 45%, atingindo 359 milhões de euros, os activos geridos totalizaram 26 800 milhões de euros, e já estamos presentes em 11 países com mais de 7 milhões de clientes. Em síntese, transformámo-nos numa das instituições líderes no financiamento ao consumo na Europa.

Em Portugal, o trabalho desenvolvido permitiu que numa conjuntura de crescimento ainda muito moderado tenhamos aumentado em 15,3% o resultado do conjunto das nossas actividades no país, apoiados no crescimento das receitas e num novo

excelente exercício, em termos de custos. Para 2005, voltamos a estar optimistas num enquadramento económico mais favorável.

Expansão da actividade e aumento em todas as margens nos países ibero-americanos

Após vários anos com um crescimento do PIB inferior ao seu potencial, 2004 apresentou o maior crescimento da região nos últimos 20 anos. Esta evolução, favorecida pela pujança da economia mundial, permitiu à região melhorar todos os seus indicadores económicos.

O nosso Grupo soube aproveitar as melhores condições da conjuntura. Foram duas as alavancas básicas para o conseguir: em primeiro lugar, a nossa pujança comercial que gerimos localmente, e que se apoia numa presença significativa e conhecimento de cada mercado; em segundo lugar, políticas corporativas eficientes (de riscos, auditoria, controlo de gestão, tecnologia, compras e recursos directivos), que gerimos globalmente para aproveitar

todas as vantagens de um grupo financeiro internacional como o Santander, nos diversos mercados locais. Em 2004, continuámos com êxito o relançamento comercial iniciado em meados de 2003. A notável expansão em créditos e recursos permitiu aumentar as receitas mais básicas (margem de intermediação e comissões) em 25%, em dólares, a divisa de gestão da área. Este crescimento permite absorver os menores

resultados por operações financeiras e o aumento dos custos e investimentos associados a planos locais e regionais, proporcionando um aumento de 16,5% na margem de exploração. O resultado líquido atribuído, 1 595 milhões de dólares, aumenta 7%. O ano foi fundamental para reforçar o nosso negócio com clientes no Brasil. Aumentámos 37% o investimento de

crédito, através do aumento da quota de mercado, e 17% os recursos de clientes, ambos em reais, para elevar o resultado líquido atribuído até aos 850 milhões de dólares, 7% superior ao valor registado no ano transacto. Este aumento ocorre depois de absorvido o impacto dos custos relacionados com programas e planos de desenvolvimento comercial, que aceleraram o crescimento do negócio. As expectativas para 2005 apontam para uma notável redução no ritmo de crescimento dos gastos. Também no México, realizámos um grande esforço na actividade comercial. O principal enfoque estratégico de 2004 orientou-se com êxito para o aumento rentável de quotas: aumentámos em 2 pontos percentuais a nossa quota de mercado em créditos e em 2,5 pontos em fundos de investimento. O crescimento nos volumes, a evolução favorável das taxas de juro e o controlo de gastos fazem com que a margem de exploração suba 24%, em dólares. No Chile, o nosso Grupo concentrou-se no relançamento do negócio

comercial, algo enfraquecido após a fusão de 2003. Aumentámos a nossa quota de mercado em créditos e captação, feito notável dada a nossa posição de liderança no país, com um índice de penetração superior a 20%. Todas as margens da conta de resultados e o resultado crescem a taxas superiores a 20% em dólares. A Argentina concluiu com êxito a troca da dívida soberana, o que se traduz num passo importante para a normalização do sistema financeiro. Em 2004, o Banco Río teve um contributo positivo para os resultados do Grupo.

Os restantes países onde estamos presentes demonstraram também, de forma genérica, fortes aumentos de volumes e resultados.

Esta evolução permitiu que o conjunto de filiais nos países ibero-americanos

O nosso plano director a três anos, o Plano i-06, deve permitir-nos continuar a

oferecer um contributo crescente de valor para os nossos accionistas.

(14)

Carta do Administrador-Delegado

tenha pago dividendos, no valor de 1 107 milhões de dólares.

Áreas Globais

Os negócios globais apoiaram-se na base sólida de clientes do Grupo para gerar um valor crescente, tanto directamente como através das comissões resultantes da sua actividade que cedem às redes comerciais. A Gestão de Activos e a Banca Privada, cuja actividade está orientada

fundamentalmente para o mercado retalhista, gere mais de 114 000 milhões de euros (sem incluir o Abbey) em fundos de investimento e pensões, depois de registar um crescimento de 14% no ano. Este volume, em conjunto com a actividade de bancassurance, gerou 2 100 milhões de euros em comissões para o total do Grupo. Em Espanha, mantemos uma liderança destacada em fundos de investimento, apoiada numa elevada capacidade de inovação, que nos permite conceber produtos de alto valor adaptados às necessidades dos clientes. Ocupamos, ainda, posições de liderança em planos de pensões individuais e em prémios de vida-risco individuais em bancassurance. O Banif, o melhor banco privado de Espanha, segundo a Euromoney, prosseguiu a sua penetração no segmento de clientes alvo. Aumentou em 22% os saldos sob gestão, impulsionando as receitas com uma melhoria de eficiência e um contributo para o resultado do Grupo.

Nos países ibero-americanos, aproveitámos a nossa capacidade tecnológica e a experiência da transferência das melhores práticas de uns para outros mercados. O património total gerido em fundos de investimento e de pensões atinge os 28 000 milhões de euros, depois de crescer 18% no ano, sem o efeito da taxa de câmbio. Paralelamente, mantivemos uma boa evolução em seguros, pelo que a Banca Privada Internacional aumenta o seu resultado em 48%, em dólares. O resultado líquido atribuído da Banca de Grandes Clientes Global cresceu 47% através do aumento de receitas, com custos estáveis e menos necessidades de reestruturações. Estamos a alterar o enfoque do negócio

da área, baseando-o mais em receitas de valor acrescentado, com menor peso do financiamento básico. A área elevou igualmente o seu contributo indirecto para o Grupo, por via de iniciativas como Santander Global Connect.

Abbey

Concluída com êxito a aquisição do Abbey, o Grupo assumiu imediatamente a gestão do novo banco. Nas escassas semanas decorridas até ao fecho de 2004, são de destacar as seguintes acções e medidas adoptadas: a nomeação de uma nova equipa de gestão, a concepção e a implementação de uma nova organização com três novas divisões e a inclusão de novos responsáveis; o diagnóstico profundo da situação do negócio através de várias equipas de trabalho criadas para o efeito, com o apoio de especialistas do Grupo; a adopção de importantes medidas de redução de custos; e, igualmente, a concepção de um plano de negócio de choque para os primeiros meses de 2005, integrado num plano mais vasto para o conjunto do exercício. Todas estas acções visam uma única finalidade: colocar o Abbey no lugar que lhe cabe no mercado bancário britânico devido à dimensão e potencial da sua operação, no mais curto espaço de tempo possível. Para o efeito, e em primeiro lugar, as nossas prioridades para 2005 serão melhorar a venda e a produtividade comercial, estabilizar a tendência de receitas recorrentes, posicionando o negócio de retalho em situação de crescer em 2006, e obter uma forte redução da base de custos. A nossa experiência em integrações e na gestão de custos, a capacidade do nosso modelo de negócio, a nossa plataforma tecnológica e o potencial do Abbey permitem-nos confiar que conseguiremos cumprir os objectivos a que nos propusemos.

Perspectivas

A previsão de uma conjuntura macroeconómica favorável e a nossa carteira de negócio, posicionada em mercados e negócios bancários de elevado dinamismo (Espanha, Reino Unido, países ibero-americanos e financiamento ao consumo)

disponibilizam-nos elevadas perspectivas de crescimento.

Nos mercados desenvolvidos, a nossa tecnologia oferece-nos vantagens em custos e receitas a médio prazo, enquanto a nossa posição nos mercados emergentes nos dá um potencial de crescimento estrutural superior ao do resto do sector. Em 2005, a gestão do Grupo concentrar-se-á na melhoria das receitas recorrentes e da eficiência corporativa, na gestão apropriada do risco, em rácios adequados de capital e na melhoria da qualidade do serviço. Tudo isso suportado por uma

tecnologia mais eficiente. Concluir-se-á a implantação da

plataforma Partenón na Rede Santander e continuar-se-á o seu desenvolvimento em Portugal, Santander Consumer e Abbey, o que nos permitirá ser muito mais eficientes. Pouparemos custos de manutenção, libertaremos pessoal para funções comerciais e, considerando que é uma estrutura construída à volta do cliente, melhoraremos a eficiência comercial e o serviço ao cliente. No âmbito comercial, centrar-nos-emos na manutenção de elevadas taxas de crescimento das nossas bancas de retalho na Europa, no relançamento do Abbey e no desenvolvimento das nossas redes comerciais nos países ibero-americanos. Nas áreas globais, em conjunto com os seus projectos específicos, aprofundá-los-emos em colaboração com as redes de retalho para aumentar as receitas de clientes. Para esse fim, contamos com o melhor capital humano, com a capacidade e a determinação necessárias para atingir os nossos objectivos ambiciosos. O nosso plano director a três anos, o Plano i-06, deve permitir-nos continuar a oferecer um contributo crescente de valor para os nossos accionistas.

Acreditamos que 2005 vai voltar a ser um excelente ano para o Grupo Santander. Dedicaremos todos os nossos objectivos para que isso se concretize.

Alfredo Sáenz

2º Vice-Presidente e Administrador-Delegado

9

Relatório Anual 2004

(15)

Século e meio a criar valor

Banca Comercial Santander na Europa e América

1857

Fundação do Banco Santander.

1900

Fundação do Banco Hispano Americano.

1919

Fundação do Banco Central.

1925

Abertura de um balcão em Osorno (Palência), o primeiro do Banco Santander fora da Cantábria.

1935

O Banesto conta com a maior rede de sucursais de Espanha (400).

1946

Aquisição do Banco Mercantil de Santander, o seu principal concorrente. Impulso à expansão nacional.

1950

O Banco Santander cria o Departamento Ibero-americano, com agências no México, Argentina, Venezuela e Cuba.

1965

Fundação do Banco Intercontinental Español, actualmente, Bankinter, em conjunto com o Bank of América, que era o primeiro banco do mundo.

1976

Compra do primeiro banco na América, o First National Bank de Puerto Rico.

1982

Aquisição do Banco Español de Chile.

1986

O Banco Santander é o quinto banco do país em volume de activos. Nomeação de D. Emilio Botín como Presidente.

1987

Aquisição do CC-Bank, instituição alemã de financiamento de veículos.

1988

Aliança do Banco Santander com o The Royal Bank of Scotland.

1989

Lançamento da Superconta, a primeira conta corrente remunerada de Espanha. Início da forte expansão do Banco.

1994

O Banco Santander adquire em leilão o Banesto, o quarto banco espanhol na altura.

BR UK ES DE CZ AR SE HU NO PL IT PT NL AT CL PE UY MX PR VE CO

(16)

1994-1998

Fundação do Santander México. Aquisição do Banco Mexicano, Banco de Venezuela, Banco Río na Argentina, e do Banco Geral do Comércio e Banco do Noroeste no Brasil.

1999

Janeiro:Fusão Santander – BCH, primeiro e terceiro bancos espan-hóis, respectivamente, que dá lugar ao Santander, a primeira ins-tituição financeira de Espanha e países ibero-americanos. Trata-se da primeira grande operação euro-peia após a implantação do euro.

Novembro:Acordo com o Grupo Champalimaud para aquisição dos bancos Totta & Açores e Crédito Predial Português.

2000

Maio:Adjudicação em leilão do grupo mexicano Serfin, o terceiro banco do país.

Novembro:Adjudicação em leilão do Banespa, quarto banco do Brasil e segundo do Estado de S. Paulo.

2001

Abril: Termina com êxito a OPA lançada sobre 67% do capital do Banespa.

2002

Abril: Aquisição de 35,45% do capital do Banco Santiago, que meses mais tarde se fundirá com o Banco Santander Chile para criar o líder do sector financeiro chileno, Santander Santiago.

Maio: Aquisição do AKB Group, grupo de financiamento ao consu-mo na Alemanha.

Agosto: Fusão do Banco de Venezuela e do Banco Caracas para criar o líder do sector finan-ceiro venezuelano.

Dezembro: Aliança estratégia com o Bank of America no México que compra 24,9% do Grupo

Financiero Santander Serfin.

2003

Janeiro: Constituição do Santander Consumer que engloba todos os negócios de Banca de Consumo na Europa.

Março: O Grupo Santander passa a controlar 100% da sociedade italiana de financiamento ao con-sumo Finconcon-sumo.

Maio: Aquisição do negócio de banca privada nos países ibero-americanos da Coutts & Co.

2004

Fevereiro-Março: O Santander Consumer compra a Polskie Towarzystwo Finansowe SA (PTF), a primeira empresa polaca de financiamento de veículos e a primeira empresa norueguesa de financiamento de veículos, Elcon Finans SA.

Julho-Novembro: Aquisição do sexto banco britânico, o Abbey.

Rating do Governo Corporativo

Datas relevantes mais recentes

História e perfil do Grupo

11

Relatório Anual 2004

Rating por agências

Longo Prazo

Aa3

A+

A1

P1

B

AA-

F1+ B

Curto Prazo Pujança Financeira

(17)

O casal constituído por A.M., executivo, e M.A., funcionária, vive nos arredores de uma grande cidade espanhola. Têm dois filhos e são clientes do Santander desde há mais de 10 anos. Compraram a sua residência habitual com uma Superhipoteca Santander. Dispõem de vários pro-dutos de poupança, como o Depósito Indexado, a Supercaderneta e o Fundo de Investimento Santander Fondtesoro. São accionistas e utilizam normalmente os cartões de débito e crédito Santander.

A família P.O. reside na Cidade do México, é cliente do Santander Serfin desde há mais de vinte anos. Tem uma filha que está a estudar numa universidade em Madrid, que recebe depósitos para pagar a sua estadia em Espanha através de cheques do Santander Serfin. A família P.O. tem igualmente cartões de crédito e investimentos no Santander Serfin.

P.S. reside em Berlim e é cliente do CC-Bank desde o ano de 2002. Em 2004 trocou de carro e voltou a financiá-lo através do CC-Bank. Está especialmente satisfeito com a rapidez do processo e o plano de financiamento oferecido pelo Banco à medida das suas condições financeiras.

(18)

O Santander construiu o seu pró-prio modelo de negócio que per-mite importantes economias de escala, incluindo a incorporação de instituições que operam nou-tros mercados, como aconteceu com a aquisição do Abbey. O Modelo Santander demonstrou ser de êxito e exportável. Assenta em cinco pilares básicos – gestão orientada para o cliente, eficiên-cia, qualidade do crédito, discipli-na de capital e gestão multi-local com visão global – que consti-tuem garantia de crescimento e rendibilidade sustentáveis para o accionista.

A gestão virada para o cliente

A gestão orientada para o cliente permite um aumento da quota de receitas que o Grupo tem em cada

mercado, devido a uma melhor ligação e retenção dos clientes apoiadas numa maior qualidade de serviço. É este o fundamento do Projecto i-06, que engloba pro-gramas concretos geradores de receitas. Criou-se a Unidade Corporativa de Qualidade de Serviço, que depende directamen-te do Administrador-Delegado, como exemplo da importância atribuída à melhoria do serviço ao cliente.

A eficiência

O segundo pilar do modelo, a efi-ciência, é entendida pelo Grupo como a necessidade de reestrutura-ção permanente, o que pressupõe não só uma disciplina necessária de custos, como também uma eficiên-cia comereficiên-cial cada vez maior. Para

conseguir este objectivo, a evolução permanente da tecnologia é ele-mentar - como a que está a ser con-seguida com a implantação de pla-taformas como a Altair, nos bancos dos países ibero-americanos, a Partenón, na Europa, e com o des-envolvimento do Projecto Alhambra. A tecnologia no Banesto é uma ferramenta essencial para gerar mais receitas e um factor chave na mel-horia do serviço ao cliente.

Qualidade do crédito

O terceiro pilar é a qualidade do crédito, onde o Grupo desenvolveu os seus próprios modelos internos de risco, com parâmetros globais, mas com uma gestão multi-local. Esta gestão rígida permitiu que o risco, em todas as nossas instituiçõ-es, seja baixo e previsível.

O crescimento e a

rendibilidade do Santander

sustentam-se num modelo

de negócio próprio

13

Relatório Anual 2004

O Modelo Santander, que demonstrou ser um modelo de êxito e

exportável, assenta em cinco pilares básicos -gestão virada para o cliente,

eficiência, qualidade do crédito, disciplina de capital e gestão multi-local

com visâo global- que são garantia de crescimento e rendibilidade

sus-tentáveis para o accionista.

Alfredo Sáenz, 2º Vice-Presidente e Administrador-Delegado

(19)

O Modelo Santander ORIENTAÇÃO PARA O CLIENTE EFICIÊNCIA QUALIDADE DO CRÉDITO DISCIPLINA DE CAPITAL VISÃO GLOBAL MELHORIA DA QUOTA EM RECEITAS REESTRUTURAÇÃO CONTÍNUA RISCO BAIXO E PREVISÍVEL CAPACIDADE DE CRESCIMENTO DIVERSIFICAÇÃO •Melhor ligação e retenção de clientes •Mais qualidade de serviço •Projecto i-06 •Grupo multi-local especializado em banca comercial •Negócios globais alavancados em negócios •Balanço em três divisas •Elevados rácios de capital •Elevada geração recorrente de capital •Gestão rígida do risco •Gestão multi-local •Desenvolvimento de modelos internos •Enfoque na eficiência comercial •Melhoria tecnológica Partenón Altair Projecto Alhambra

Pedro Mateache, Director-Geral da Divisão de Meios.

A eficiência é entendida pelo Grupo como a necessidade de reestruturação permanente. Para atingir este objectivo é elementar a melhoria permanente da produtividade.

José Tejón, Director-Geral Intervenção.

A implantação das novas normas contabilísticas permitirá uma comparação mais homogénea com as nossas instituições de referência no plano internacional.

Disciplina de capital

É um recurso limitado que deve atribuir-se aos negócios que gerem mais rendibilidade potencial para o Grupo. Esta disciplina, em conjunto com os rácios de capital de que o Santander dispõe e a geração recorrente de capital, garante a capacidade de cresci-mento.

Gestão multi-local com visão global

O último pilar é a gestão multi-local com visão global. O

Santander é especialista em Banca Comercial e opera em dois conti-nentes – Europa e países ibero-americanos-, o que lhe confere

uma diversificação geográfica equi-librada, de divisas – euro, dólar e libra - e de riscos, resultado de uma presença adequada em mer-cados desenvolvidos e emergentes. Os negócios do Grupo, todos sob a marca Santander, são geridos em cada país por equipas locais con-hecedoras das peculiaridades de cada zona, que contam com um forte apoio do Grupo em áreas globais como riscos e auditoria.

Flexibilidade e antecipação

Uma das vantagens do Modelo Santander é de que, construído sobre pilares muito sólidos, dispõe de flexibilidade para se antecipar às oportunidades. Um exemplo

claro foi a compra do Abbey, ope-ração em que ficou patente que a visão global, a pujança do capital e a tecnologia do Grupo permitem realizar aquisições importantes para aumentar o potencial de cres-cimento e de criação de valor do Grupo.

O Modelo Santander acrescenta valor às instituições adquiridas e, por isso, aos seus accionistas. Assim o demons-trou ao longo dos seus 147 anos de história, com uma forte expansão orgânica e através de compras, como a do Banesto em 1994 ou as impor-tantes instituições nos países ibero-americanos, em especial nos anos 90, assim como as operações do

(20)

O Modelo Santander é possível porque conta com as melhores equipas profissionais nos países e negócios em que opera. Equipas que têm como principais valores corporativos a antecipação, a inovação, o dinamismo, a lideran-ça, a agressividade comercial e a ética profissional.

O Santander é uma organização orientada para a transparência, o que permite aos clientes escolher, aos empregados projectar a sua

carreira profissional e aos accionis-tas comparar. Tudo isso com a integridade e a honestidade, como parte da sua cultura.

O Modelo Santander é o de um Grupo comprometido com o des-envolvimento da sociedade em todos os países em que desem-penha um papel chave.

Desenvolveu uma aliança única com o mundo universitário através do Santander Universidades e do Portal Universia, a partir da convic-ção de que a educaconvic-ção é o melhor caminho para o progresso.

A Tecnologia: elemento crítico para a eficiência.

A Tecnologia é um elemento críti-co para críti-conseguir uma maior efi-ciência e, ao mesmo tempo, pro-porcionar um serviço de qualidade aos nossos clientes. Além disso, deve disponibilizar ferramentas que facilitem a gestão comercial.

Para o efeito, o Grupo definiu uma estratégia que permita,

simultaneamente às medidas que são aplicadas, conseguir uma redução sustentada dos custos de exploração e, manter uma clara orientação para o cliente.

Desta forma, desenvolveu-se um conjunto de medidas centradas na implementação de sistemas trans-accionais integrados, que reconhe-çam a relação que cada cliente tem com o Banco em todos os seus produtos e serviços, com o objectivo de conseguir:

- Uma visão integrada, que permi-ta explorar eficientemente a extensa base de 64 milhões de clientes.

- Redução sustentada dos custos de exploração, que continuará a ocorrer nos próximos anos gra-ças ao modelo de “back office plano”, o qual permite o cresci-mento futuro do negócio sem aumentar o suporte técnico.

- Capacidade de oferecer aos nos-sos clientes produtos e serviços excelentes, contribuindo para o crescimento do negócio.

- Melhoria drástica do controlo, tanto contabilístico como de ris-cos, em linha com as recomen-dações internacionais de Sarbanes-Oxley e Basileia II, assim como das novas leis, em matéria de controlo de bran-queamento de capitais.

Neste sentido, no ano de 2004, foram completamente implanta-das 29 aplicações da plataforma

Partenón, no Santander Central Hispano. Concluiu-se igualmente a fase de arranque de 82 aplicações, hoje totalmente operacionais em 218 balcões. Durante o ano de 2005, será completada a implan-tação em toda a Rede Comercial Santander das 111 aplicações res-tantes.

A Partenón é a plataforma de sis-temas transaccionais - original-mente desenvolvida e plenaoriginal-mente implantada no Banesto, - e tem

como característica singular o facto de se gerir com critérios de empresa de software, através da filial ISBAN.

Tudo isto traz vantagens de pro-duzir programas de qualidade e de contribuir para a poupança de custos, ao facilitar a reutilização noutros países e unidades do Grupo.

Foi assim que aconteceu durante o processo de compra do Abbey, onde actualmente está em fase de implantação. Desta maneira, a Partenón é a base para a nossa estratégia de geração de valor em operações transnacionais.

15

Relatório Anual 2004

O Modelo Santander

A Partenón é a plataforma de sistemas transaccionais integrados que permite conseguir uma redução sustentada dos custos de operação e melhorar a informação da relação que cada

cliente tem com o banco, em todos os seus produtos e serviços.

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Nos países ibero-americanos, a ALTAIR é a plataforma de sistemas transaccionais dos bancos do Grupo. Em 2004, terminaram os arranques previstos no Brasil (Activos), assim como os módulos operacionais para Meios de Pagamento (PAMPA), Fundos de Investimento e Cash Management.

Ao longo desse ano, aprofundou-se o Novo Modelo de Gestão de Tecnologia, alcançando a plena implantação no México e Chile. Em ambos os países, todos os ser-viços de Tecnologia são prestados a partir das filiais especializadas do Grupo: ALTEC Chile e ALTEC México.

Projecto de Tecnologia e Sistemas do Grupo

2004 marcou, igualmente, o ano do lançamento do Projecto de Tecnologia e Sistemas do Grupo. Este projecto foi aprovado pelo Conselho de Administração, em Dezembro de 2003, em conjunto com outros quatro projectos cor-porativos. O seu objectivo é, tal como se descreve na Memória de 2003:

“Aumentar a eficiência e melhorar o serviço, fazendo da tecnologia uma fonte de vantagem competi-tiva”.

Para o conseguir, durante o ano de 2004 foi criada a posição de CIO do Grupo (Chefe Global de Tecnologia), constituído um Comité de Estratégia Tecnológica, a que preside o Administrador-Delegado, e foram lançadas cinco grandes linhas de actuação.

1. Definição e gestão de orçamen-tos a nível corporativo.

2. Políticas e Arquitecturas Corporativas.

3. Projectos Corporativos.

4. Centros de Serviços Corporativos.

5. Modelo Corporativo de gestão da tecnologia.

Entre estas linhas de actuação, deve destacar-se:

- O lançamento do projecto corpo-rativo de Intranet, que unificará o espaço de comunicação inter-na do Grupo. Ao mesmo tempo permitirá partilhar ferramentas e práticas de gestão, contribuindo, desta forma para melhorar a nossa produtividade.

- A consolidação das estratégias de Internet do Grupo, que assenta as bases para enriquecer as propostas de valor a clientes, através deste canal.

- O lançamento de uma estratégia de MIS corporativo (sistemas de informação de gestão), que visa homogeneizar os sistemas de gestão das diversas unidades e negócios do Grupo.

- O projecto BIS II, cujo objectivo é implantar os modelos avançados de gestão de riscos, previstos no acordo Basileia II.

- A consolidação da estratégia de gestão corporativa do software no Isban, no seguimento dos acordos de âmbito global cele-brados com a IBM e Chordian, para o desenvolvimento da Banksphere como arquitectura de futuro do Grupo. Esta nova plataforma permitirá desenvolver uma geração de aplicações base-adas em novas tecnologias Java e “ponto net”, que garantirão a obtenção de melhorias sustenta-das de eficiência, no futuro.

- A consolidação da estratégia de centros corporativos, com a cria-ção do Isban Portugal e Isban UK para serviços de desenvolvimento na Europa, assim como consoli-dação da estratégia de empresas de serviço nos países ibero-ame-ricanos. Em Julho de 2004, a ALTEC México começou a prestar serviços a partir do Centro de Querétaro, tendo recebido a cer-tificação da ICREA (Internacional Computer Room Experts

Association) com o Nível 5, o máximo da sua categoria. Por outro lado, no final de

Dezembro, a ALTEC Chile rece-beu a certificação CMM5 para a Gestão de Manutenção

Unificada da plataforma ALTAIR, sendo a primeira empresa do Chile e uma das 10 nos países ibero-americanos a obter esta certificação.

- Por último, no ano de 2004, lan-çou-se o projecto Alhambra, cujo objectivo é substanciar a futura estratégia tecnológica do Grupo, baseada na mecanização integral dos processos de negócio. As primeiras aplicações Alhambra já estão a ser implantadas no Banesto, o que proporciona ao Grupo Santander a vantagem de dispor de um laboratório de tes-tes real e de dimensão suficiente.

Finalmente, a tecnologia repre-senta para o Grupo uma clara vantagem competitiva, tanto do ponto de vista da eficiência como do valor acrescentado ao negó-cio. Nos próximos anos, esta van-tagem será reforçada através da ampliação na Europa da platafor-ma Partenón, da gestão sistemá-tica da tecnologia e do investi-mento consistente em projectos viáveis de inovação, como Alhambra, que está a lançar as bases para o futuro.

(22)

O Modelo Santander

17

Relatório Anual 2004

A Nossa Marca:

Um activo que cria valor

A marca Santander é reflexo dos nossos valores: liderança, dinamis-mo, inovação, agressividade comercial, pujança financeira e ética profissional. Sintetiza a iden-tidade, essência e posicionamento do Grupo e transmite uma realida-de global, inrealida-depenrealida-dentemente da estratégia de cada mercado, canal ou produto.

A identidade visual do Grupo con-cretiza-se na chama, cor vermelha e palavra Santander. Além disso, o posicionamento estratégico da marca resume-se no lema “O valor das ideias”, que reflecte a constan-te auto-exigência de continuar a inovar e a antecipar-se, tornando realidade as ideias valiosas.

Em Abril de 2004, o Conselho de Administração do Grupo

Santander aprovou as normas de gestão de identidade corporativa, cujo cumprimento é obrigatório em todos os países, unidades e divisões do Banco. Estas normas estabelecem códigos de comunica-ção partilhados por todo o Grupo, criando vínculos internos de per-tença e externos de notoriedade, confiança e credibilidade.

A marca é um activo estratégico do Grupo e, como tal, é gerida

para aumentar o seu valor de forma sustentada. Ao longo de 2004, o Grupo avançou para uma maior homogeneização na sua arquitectura de marcas. Marcas locais como Banespa, CC-Bank, Finconsumo e Hispamer incluíram o símbolo da chama, a cor vermel-ha e a palavra Santander.

O Grupo definiu como meta neste processo a convergência para uma

identidade comum em todas as unidades e países: a marca Santander. Para o efeito, fixou-se como horizonte o ano de 2007, data em que o Grupo Santander cumprirá 150 anos de existência. A implantação da marca

Santander será gradual e será efectuada em todas as unidades do Grupo sem prejuízo das excep-ções que o Grupo vier a deliberar como, por exemplo, o Banesto em Espanha.

O Grupo definiu como meta a aplicação da marca Santander em todas as unidades e países, fixando como horizonte o ano de 2007, data em que o Santander cumprirá 150 anos de existência.

Juan Manuel Cendoya, Director-Geral, Divisão de Comunicação e Estudos

Visão de marca 2007:

(23)

O principal enfoque do negócio do Santander é a Banca Comercial, representa 82% dos

resultados do Grupo no último exercício, e que tem melhorado em todas as suas margens.

Trata-se da linha de negócio mais desenvolvida e a que apresenta receitas mais recorrentes, numa percentagem muito superior à dos seus principais concorrentes inter-nacionais.

O seu desenvolvimento apoia-se numa rede de 10 000 balcões e 63 milhões de clientes presentes em três grandes zonas geográfi-cas: Europa continental, Reino Unido países ibero-americanos. O Santander opera num mercado potencial de 800 milhões de pes-soas entre a Europa e a América.

Os restantes 18% do resultado do Grupo concentram-se na Gestão de Activos e Banca Privada, assim como na Banca de Grandes Clientes Global.

Banca Comercial na Europa continental

A presença do Grupo na Europa continental concentra-se em Espanha e Portugal, onde, princi-palmente, desenvolve actividades de banca comercial. Mas também no negócio de banca de consumo que o Grupo desenvolve em onze países europeus, destacando-se a Espanha, Portugal, Alemanha, Itália e Noruega.

A actividade comercial durante o ano manteve uma orientação decidida para a captação, ligação e fidelização do cliente, através de uma gestão segmentada e espe-cializada, que se sustenta numa forte equipa comercial e na gama de produtos de alta qualidade e inovadora.

Em conjunto, a evolução ao longo do ano foi positiva, com um avan-ço claro para um modelo de negó-cio centrado no crescimento das receitas e manutenção dos custos planos.

Na realidade, em 2004, as receitas cresceram 9% enquanto o cresci-mento dos custos não passou de 1,7%, apresentando uma melho-ria da eficiência de 3,3 pontos percentuais relativamente ao ano anterior.

Todas as margens apresentam avanços. O maior nível de activida-de e uma política correcta activida-de pre-ços e de clientes impulsionaram não só a margem básica como a da intermediação. As comissões aumentaram 11,0%, especialmen-te as geradas com a distribuição de fundos de investimento (15%), seguros (52%) e cartões (12%).

Espanha e Portugal

Em Espanha, a banca comercial do Grupo desenvolve-se através de duas marcas totalmente indepen-dentes, Santander Central Hispano e Banesto, que contam com mais de 4 200 balcões e 15 milhões de clientes. A quota do Grupo em Espanha é de 17,7%.

Actualmente, o Santander

conta com 63.000.000 de

clientes e mais de

(24)

Francisco Luzón

Administrador, Director-Geral Divisão América Em 2004, a região registou o melhor ano desde 1980. O Santander realizou também um ano excepcional, tanto em crescimento do negócio como em resultados.

Enrique García Candelas

Director Geral

Divisão Banca Comercial O resultado líquido atribuído da Banca Comercial Santander Central Hispano foi de 1 041,4 milhões de euros, 12,4% mais que em 2003.

A.P. Botín

Presidente do Banesto Em 2004, ultrapassámos largamente os desafios

estabelecidos e a nossa intenção é atingir os objectivos de 2006 já no próximo exercício. Antecipar-nos-emos um ano ao calendário previsto. Gabriel Jaramillo Presidente Santander Banespa A nossa organização comercial permitiu um aumento de 37% no total de créditos. António Horta-Osório

Presidente Santander Totta Duplicámos os resultados nos últimos quatro anos, sendo actualmente o segundo banco privado em resultados.

Adolfo Lagos

Director Geral

Divisão Banca de Grandes Empresas Global

Em 2004, aprofundámos o Modelo de Relação Global com clientes empresariais, melhorando a qualidade dos nossos resultados.

Marcos Martínez

Administrador Delegado Santander Serfin

O principal enfoque estratégico de 2004 orientou-se para o aumento rentável das nossas quotas de negócio.

Mauricio Larraín

Presidente Santander Santiago

No Chile, o Grupo possui a maior concessão comercial do país.

Jorge Morán

Director Geral

Divisão de Gestão de Activos O Santander mantém uma posição privilegiada na área global de Gestão de Activos nos mercados em que se encontra: Espanha, Portugal, Brasil, Porto Rico, México e Chile.

Juan R. Inciarte

Director Geral

Divisão Europa e Consumo O Santander Consumer conta com mais de 7 milhões de clientes nos onze países em que está presente. O nosso objectivo é aumentar a presença do Santander Consumer na Europa.

19

(25)

O Santander Central Hispano obte-ve, na banca comercial, um aumen-to das suas receitas de 6,1%, com um forte crescimento da margem de exploração – 12,2%- e uma mel-horia da eficiência de 2,4 pontos.

Entre os produtos do ano do Santander Central Hispano, deve destacar-se a Hipoteca Super Oportunidade, o Cartão Único, des-envolvido em colaboração com a Repsol, e o fundo de investimento Supergestão, com 8 000 milhões de euros geridos. O Santander Central Hispano obteve o prémio para o melhor Banco do ano, atribuído pela Euromoney e Global Finance.

O Banesto conta com 2,4 milhões de clientes. Em 2004, registou um aumento de actividade superior ao conjunto dos bancos do país, especialmente em créditos (23%), juntamente com uma importante definição do seu modelo de recei-tas e estabilização de custos. Isso permitiu que a sua margem de exploração aumentasse 17,8%, o seu resultado líquido atribuído 23,7% e a sua eficiência melho-rasse 2,9 pontos.

Os produtos do Banesto que, durante o ano, evoluíram de forma mais acentuada foram os dirigidos às PMEs e micro-empresas, deven-do destacar-se entre eles o

Banespyme, uma iniciativa pioneira que combina com êxito a avançada tecnologia do Banesto com um ser-viço muito especializado.

Em Portugal, o Santander Totta é a terceira instituição financeira do país, com uma quota de mercado de 11% e 1,8 milhões de clientes.

O crescimento de 15,3% no seu resultado líquido atribuído resulta de uma acentuada melhoria da sua eficiência, assim como da oferta de um conjunto de produ-tos atractivos, devendo destacar-se

os cartões de crédito e a conta ordenado.

Financiamento ao Consumo

O Santander Consumer, instituição que coordena a gestão das activida-des de banca de consumo na Europa continental do Grupo, obte-ve um resultado líquido de 359 mil-hões de euros em 2004, represen-tando uma subida de 44,9% face ao registado em 2003. O rácio de eficiência melhorou em 4,4 pontos.

Durante o exercício, o Santander Consumer reforçou a sua presença na Europa com três aquisições: PTF na Polónia, Elcon na Noruega e Abfin na Holanda. Com estas aquisições, que se traduziram num investimento aproximado de 300 milhões de euros, o Santander Consumer colo-ca-se como terceira instituição euro-peia no mercado da banca de consu-mo em activos, e a primeira institui-ção da Europa continental neste seg-mento, em termos de resultados.

O Santander Consumer conta com sete milhões de clientes divididos pelos onze países europeus em que está presente, e gere activos no valor de 26 800 milhões de euros dos quais 90% estão concentrados em Espanha, Alemanha e Itália, com quotas de mercado nos seus negó-cios de referência de 26%, 15% e 6%, respectivamente. Nos restantes países – Áustria, República Checa, Polónia, Hungria, Noruega,

Holanda, Portugal e Suécia– a quota de mercado em financiamento de veículos situa-se, em média, nos 10%.

Banca Comercial no Reino Unido

O Abbey, banco britânico que pas-sou a fazer parte do Grupo Santander a 12 de Novembro de 2004, centra a sua actividade na banca comercial e, concretamente, no negócio hipotecário.

Trata-se do sexto banco do Reino Unido por activos, com 171 000 milhões de libras, e do segundo no negócio hipotecário, com uma quota de 10,4%, enquanto em depósitos de poupança mantém uma quota de 7%.

Está igualmente presente nos negócios de contas correntes, empréstimos pessoais e cartões de crédito, com quotas de 7%, 3% e 2%, respectivamente.

Tem uma vasta rede de distribuição multi-canal, com 730 balcões, servi-ços de banca telefónica e banca on-line e 24 000 empregados, que ser-vem 18 milhões de clientes.

Na altura da aquisição, o banco encontrava-se em plena fase de rees-truturação depois de ter desinvestido em negócios de banca de grandes clientes, iniciados na década anterior. Neste contexto, o Abbey registou um resultado líquido de 31 milhões de libras no exercício de 2004, apresen-tando resultados pela primeira vez após três anos de prejuízos.

Países Ibero-Americanos

O Grupo é a instituição financeira líder em banca comercial nos paí-ses ibero-americanos, com presen-ça em dez países, mais de 18 hões de clientes bancários, 8 mil-hões de participantes em planos de pensões e uma rede de 4 010 balcões.

Em 2004, a actividade económica na região recuperou fortemente graças ao crescimento da procura interna e à expansão da economia mundial.

O Projecto América 2004-2006 ana-lisa cinco alavancas que identifica como fundamentais para a criação de valor: crescimento acelerado do crédito; crescimento da poupança; crescimento das comissões;

(26)

qualida-de do crédito e gestão dos custos de transformação.

No exercício de 2004, o Grupo Santander melhorou a sua pujança comercial, com uma maior activida-de e um controlo rígido activida-de riscos.

Brasil, México e Chile

O Santander está entre os bancos líderes no Brasil, México e Chile, países que entraram num camin-ho de claro crescimento. Esta evo-lução tem sido acompanhada de uma significativa recuperação do crédito, aumento da bancarização do tecido empresarial e de vastos sectores populacionais, que até ao presente eram estranhos ao siste-ma bancário.

Brasil

No Brasil, o Santander Banespa tem uma quota de mercado, em créditos

de 5,5%, a qual é duplicada na região de São Paulo, área geográfica chave do país, o su-sudoeste, onde se concentra uma população de cerca de 100 milhões de habitantes e 75% do PIB do país. Dispõe de 1 888 balcões que servem 6,8 milhões de clientes.

Com uma margem de exploração 1 145 milhões de dólares e um aumento do resultado líquido de 7%, o volume de negócio cresceu acentuadamente em 2004. Especialmente o crédito, que subiu 37%, graças a produtos como o cré-dito Dinheiro Extra.

O rácio de eficiência está nos 48,0%, superior ao do ano anterior, devido às despesas efectuadas para o desenvolvimento comercial.

México

No México, o Santander Serfin, a terceira instituição financeira do país, é líder em rendibilidade e qua-lidade de activos, e tem na banca comercial a base do seu negócio com mais de 5,6 milhões de clien-tes bancários servidos em 1 020 balcões. O seu enfoque estratégico orienta-se para o aumento rentável das suas quotas de mercado que, em créditos, ascendia, no final do exercício, a 16,5%.

Os resultados de 2004 foram de 412 milhões de dólares, enquanto o seu rácio de eficiência melhorou em 4,6 pontos. Os produtos de maior destaque do ano foram o Cartão Black e o Crédito Ágil PME.

Chile

No Chile, o Santander Santiago é o líder indiscutível da banca comer-cial, com 2,1 milhões de clientes bancários, 346 balcões e uma quota de 22,7% em créditos, o que significa um crescimento superior a 19% face ao ano anterior, em divi-sa local.

A recuperação económica do país, o impulso das comissões e a con-tenção dos custos foram os facto-res decisivos para o cfacto-rescimento do resultado.

O Santander Santiago, em conjun-to com o Banefe (financiamenconjun-to ao consumo) e Summa Santander (fundos de investimento), aumen-tou o seu resultado líquido atribuí-do (336 milhões de dólares) em 22%, enquanto o rácio de eficiên-cia se manteve nos 41,5%.

Os produtos mais importantes lan-çados no país foram o Crédito de Consumo Flexível e a

Superhipoteca.

Porto Rico, Venezuela, Argentina e Colômbia

O Santander Puerto Rico concen-trou o seu crescimento no negócio hipotecário residencial e no seg-mento de médias empresas, com um crescimento dos créditos de 8%. O seu resultado líquido atri-buído cresceu 78% e o seu rácio de eficiência melhorou em 2,7 pontos.

A Argentina completou com êxito a troca da dívida soberana e apresen-tou, em 2004, um contributo posi-tivo para os resultados do Grupo.

O Banco de Venezuela é uma das principais instituições financeiras do país, com uma quota de mercado de 15,9% em créditos. O resultado líquido atribuído cresceu 17% em dólares e o rácio de eficiência man-tém-se inferior a 44%.

O Banco Santander Colombia dispõe de um modelo comercial virado para o crescimento selectivo do negócio e para a gestão eficiente das despesas.

Os nossos negócios

21

Relatório Anual 2004

Marcial Portela, Director-Geral, Divisão América.

Em 2004, a actividade económica nos países ibero-americanos recuperou forte-mente graças ao crescimento da procura interna e à expansão da economia mun-dial.

Jesús M. Zabalza, Director-Geral, Divisão América.

No exercício de 2004, o Santander melhorou a sua pujança comercial com uma maior actividade e um controlo rígido de riscos.

(27)

O resultado líquido atribuído atingi-do no ano de 2004 foi de 49 milhõ-es de dólarmilhõ-es, 73,9% superior ao do ano anterior, o que representa uma melhoria de 3,7 pontos no seu rácio de eficiência.

A presença do Grupo Santander nos países ibero-americanos com-pleta-se com as actividades no Uruguai, Bolívia e Peru.

Gestão de Activos e Banca Privada

O conjunto de actividades englo-badas sob esta rubrica obteve um Resultado líquido atribuído de 351 milhões de euros, o que traduz um

aumento de 10%. Os activos geri-dos em fungeri-dos de investimento e pensões ultrapassaram (excluindo o Abbey) os 114 000 milhões de euros (14% de aumento relativa-mente a 2003) graças às políticas

comerciais das diferentes unidades da área.

A Gestão de Activos, em Espanha, onde se concentram quase 70% do volume gerido, aumentou 14% os seus activos. O Grupo mantém a liderança em fundos de investimento, com uma quota de 27,6%, um aumento de 31% em fundos de

gestão alternativa, e de 33% em fundos imobiliários.

Nos países ibero-americanos o volume dos activos geridos aumentou 18%, com

crescimen-tos muito acentuados em fundos de investimento no Brasil (10%), México (30%) e Chile (31%).

O Banif, filial do Grupo especializa-da em Banca Privaespecializa-da, atingiu em 2004 um crescimento de 22% nos clientes alvo, um aumento da mar-gem de exploração de 25%, e sal-dos de clientes de 22 000 milhões de euros.

Balcões Quota negócio Clientes***

(número) (%) (milhões)

Países nos quais o Grupo concentra a sua actividade

José Manuel Maceda,

Director-Geral Adjunto Banca Privada Internacional.

A Banca Privada Internacional, galardoada pela Euromoney em 2004, fechou o exercício com uma evolução positiva da sua actividade e seus resultados.

Javier Marín, Administrador-Delegado BANIF.

A liderança do Banif baseia-se no nosso modelo de gestão global do cliente, oferecendo soluções da mais simples à mais complexa.

Espanha

4.384

18

13,4

Reino Unido*

730

10

17,8

Portugal

670

11

1,8

Brasil - São Paulo

1.888

4,6 - 10

6,8

México

1.020

15

8,8

Chile

346

22

2,7

Alemanha**

58

15

2,7

Itália**

39

6

0,7

Porto Rico

71

13

0,3

Venezuela

242

13

2,1

Argentina

288

7

3,6

Colômbia

87

3

1,3

Resto

150

1,5

Total

9.973

63,5

* Quota em negócio hipotecário ** Quota em financiamento de automóveis

*** Consideram-se clientes os primeiros titulares e co-titulares, seguindo um critério homogéneo para todo o Grupo, que poderia ser diferente do utilizado por algum dos seus bancos. Consideram-se clientes de banca comercial e gestão de activos (incluindo participantes de pensões na América)

Referências

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