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* LEMBRA-SE DA FRASE QUE ACABAMOS DE DIZER LOGO ACIMA? A demanda energética de um país está diretamente ligada ao seu crescimento econômico.

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Academic year: 2021

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PREPARATÓRIO: FUNSAÚDE MÓDULO: FONTES DE ENERGIA PROFESSOR(A): TICIANO LAVOR

Podemos definir fontes de energia como sendo as diferentes formas de recursos naturais de onde podemos retirar algum tipo de energia empregada para se realizar um trabalho. Trabalho este realizado na indústria, no comércio, nos lares, nos transportes, etc. Também podemos definir fontes de energia como sendo as diferentes formas de recursos que direta ou indiretamente produzem energia para movimentar a indústria, o comércio, os transportes, a agricultura, a saúde, etc. As jazidas minerais, as bacias petrolíferas, os rios, o vento, o sol, as florestas, são alguns exemplos dessas fontes de energia. É importante que saibamos estabelecer a relação entre o crescimento econômico mundial, ou de um país, com a demanda energética gerada por esse crescimento. Sendo assim, podemos dizer que “a demanda energética de um país está diretamente ligada ao seu crescimento econômico”, ou seja, quanto mais um país cresce, mais ele irá precisar de energia.

* LEMBRA-SE DA FRASE QUE ACABAMOS DE DIZER LOGO ACIMA?

“A demanda energética de um país está diretamente ligada ao seu crescimento econômico.”

* Pois só para termos uma idéia:

Segundo o Ministério de Minas e Energia, na Resenha Energética Brasileira, exercício 2016, edição 2017, (http://www.mme.gov.br), a Oferta Interna de Energia – OIE, que também pode ser chamada de “Demanda Total de Energia”, em 2016, ficou em 288,3 milhões de tep (toneladas equivalentes de petróleo), ou Mtep, mostrando retração de 3,8% em relação a 2015, e equivalente a 2,07% da energia mundial. A expressiva queda da OIE, coerente com o recuo de 3,6% na economia, teve como principais indutores a redução de quase 20% nas perdas na transformação devidas à menor geração termelétrica, e a redução de 5,3% no consumo do setor energético (queda de 7% na produção de etanol). A demanda total de derivados de petróleo teve uma redução de 5,6% (-7,2% em 2015), aí incluídos os usos finais nos setores da economia e os usos na geração de energia elétrica. O consumo em veículos leves recuou 1,6% (aumento de 6,2% em 2014 e estável em 2015). Alguns setores industriais apresentaram taxas negativas superiores a 9,0%, como Cimento, Aço e Pelotização.

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Já segundo a Resenha Energética Brasileira, exercício 2017, edição 2018, mostra que a Oferta Interna de Energia – OIE, em 2017, ficou em 293,5 milhões de tep (toneladas equivalentes de petróleo), ou Mtep, mostrando crescimento de 1,8% em relação a 2016, e equivalente a 2,12% da energia mundial. O expressivo aumento da OIE em relação ao Produto Interno Bruto – PIB (1,0% em 2017), teve como principais indutores o consumo industrial de energia, com alta de 2,6%, e o de transportes (2,3%). A siderurgia, o açúcar e a produção agrícola tiveram expressivas altas. Na OIE, o agregado “Outras Renováveis” teve a maior alta, de 9,3%, sustentado por fortes altas na geração eólica e na produção de biodiesel. O Gás Natural ficou com a segunda maior alta, de 6,7%, em razão do alto incremento na geração elétrica. O Carvão Mineral, com alta de 4,1%, teve na siderurgia a maior sustentação. Já a Hidráulica, mostra o maior recuo, de 3,4%.

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COMO PODEMOS CLASSIFICAR AS FONTES DE ENERGIA

FONTES “LIMPAS” E FONTES “SUJAS”

* LIMPAS: São aquelas fontes que não produzem gases poluentes que intensificam o efeito estufa e consequentemente aumentando a problemática do aquecimento global. Exemplos: solar, eólica, geotérmica, mare motriz, hidráulica, energia cinética das ondas e marés, geotérmica (gerada de fontes naturais de calor vulcânico) e nuclear.

Cuidado!

O fato de dizermos que uma fonte de energia é limpa, NÃO significa dizer que ela não causa impactos ambientais!

* SUJAS: Exatamente o contrário. São fontes que produzem gases poluentes, gases de efeito estufa, contribuindo assim para o aquecimento global. Os combustíveis fósseis e seus derivados são exemplos disso. Eles incluem o petróleo e seus derivados (gasolina, óleo diesel etc.), o gás natural, o xisto e o carvão mineral. Todos esses combustíveis foram gerados há milhões de anos pela decomposição de seres vivos, animais e/ou vegetais. Eles são usados em usinas termelétricas, em que a combustão desses combustíveis libera calor que aquece a água, gerando vapor, que movimenta uma turbina, produzindo energia elétrica. São usados também nos automóveis movidos a motor de combustão. Na sua combustão completa, eles produzem o dióxido de carbono (CO2) que intensifica o efeito estufa e agrava o problema do aquecimento global. Ele também pode reagir com a água da chuva, tornando-a ácida. Na queima incompleta, é produzido o monóxido de carbono (CO), que também é um gás-estufa. Além disso, várias impurezas são lançadas na atmosfera, como os óxidos de enxofre que produzem uma chuva ácida muito forte, pois em contato com a água, forma-se o ácido sulfúrico (H2SO4). * Importante!

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FONTES SUSTENTÁVEIS

São aquelas que utilizam os recursos da natureza disponíveis, mas de forma a preservá-los para uso futuro e evitar ou minimizar os impactos sobre o meio ambiente. São exemplos a energia hídrica, a solar e a eólica. Também podemos considerar a energia obtida da queima da biomassa (bagaço da cana, madeira, etc.), energia obtida nos biodigestores de esterco animal e de aterros sanitários, por exemplo, por virem de recursos que podemos repor e também por emitirem menos gases de efeito estufa.

Cuidado!

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OBTENÇÃO DE ENERGIA ELEÉTRICA A PARTIR DE FONTES PRIMÁRIAS DE ENERGIA

As centrais produtoras de Energia Elétrica produzem esta energia a partir de diferentes Fontes primárias de Energia. É possível produzir Energia Elétrica a partir: * da água – nas hidrelétricas

* do vento – nos parques eólicos (aero geradores) * do sol – nas usinas solares (painéis fotovoltaicos) * de combustíveis fósseis – nas termelétricas * do urânio – nas usinas nucleares

MATRIZ ENERGÉTICA O QUE É ISSO?

É o conjunto de todas as fontes de energia das quais um país dispõe. A matriz representa a quantidade de energia disponível em um país, e a origem dessa energia pode ser de fontes renováveis ou não renováveis.

* Utilizando termos mais técnicos, segundo a Resenha Energética Brasileira, publicada pelo Ministério de Minas e Energia (http://www.mme.gov.br):

Cuidado!

Não confunda “matriz energética” de um país com “matriz elétrica”. “Matriz energética”, como acabamos de ver, é o conjunto de todas as fontes de energia das quais um país dispõe. Já a “matriz elétrica”, é um produto da “matriz energética”. A Matriz elétrica é produzida pela matriz energética. Seria o conjunto de fontes energéticas primárias de onde deriva a energia elétrica.

A MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

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RENOVÁVEIS em 2016 foi de apenas 9,5%.

Se levarmos em consideração o gráfico mais atualizado retirado da Resenha Energética Brasileira, exercício 2018, edição 2019 que ilustra a Matriz Energética do Brasil temos:

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As expressivas participações da energia hidráulica e da bioenergia na matriz energética brasileira proporcionam indicadores de emissões bem menores do que a média mundial (2,33 tCO2/tep) e dos países desenvolvidos (2,2 tCO2/tep). Em 2016, a China e os Estados Unidos, com emissões acima de 14 bilhões de tCO2, responderam por 44% das emissões mundiais, que totalizaram um pouco mais de 32 bilhões tCO2. Em 2010, a participação foi menor, de 42%.

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A MATRIZ ELÉTRICA BRASILEIRA

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Nos primeiros dias da indústria moderna de energia eólica, o desenvolvimento de projetos de meados da década de 1970 ao início da década de 90 foi em grande parte impulsionado por investidores cidadãos, primeiro na Dinamarca e depois na Holanda e na Alemanha. Hoje, após quase quatro décadas de desenvolvimento de projetos eólicos, a energia eólica agora desempenha um papel central no planejamento do portfólio de energia em um número crescente de países.

Agora, não são mais os cidadãos locais, mas as concessionárias, os IPPs e as empresas comerciais e industriais que impulsionam o desenvolvimento dos parques eólicos em todo o mundo. Na atualização mais recente do GWEC Market Intelligence para o banco de dados global de proprietários de ativos eólicos, a tendência dos geradores de energia desempenhando um papel cada vez mais central como atores-chave na propriedade dos parques eólicos.

Até o final de 2019, os 15 principais proprietários-operadores de parques eólicos detinham mais de um terço do total de 650 GW de ativos onshore e offshore globalmente. A recém-incorporada China Energy (anteriormente Guodian Group e Shenhua Group) é de longe o maior proprietário de ativos, com mais que o dobro da capacidade sob sua propriedade, em comparação com o segundo lugar na China Huaneng. Os principais proprietários de ativos não chineses estão ativos globalmente - Iberdrola, EDPR, Enel Green Power, RWE, Acciona, EDF, NextEra e Berkshire Hathaway Energy.

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Segundo números divulgados em fevereiro de 2017, referentes a 2016, pela Global Wind Energy Council (GWEC), organização internacional especializada em energia eólica, os países que mais aumentaram sua capacidade instalada para produzir energia eólica no ano de 2016 foram:

1. China

* aumentou sua capacidade em 2016 em 23,3 GW 2. Estados Unidos

* aumentou sua capacidade em 2016 em 8,2 GW 3. Alemanha

* aumentou sua capacidade em 2016 em 5,44 GW 4. Índia

* aumentou sua capacidade em 2016 em 3,6 GW 5. Brasil

* aumentou sua capacidade em 2016 em 2.01 GW

No total em, em 2016 foram adicionados 54,6 GW de potência eólica à produção mundial. Com isso, em todo mundo a capacidade instalada de parques eólicos soma 486,7 GW.

Esse aumento do Brasil em 2016 foi considerado o maior aumento na América Latina nesse ano. Com isso, o Brasil ocupa a 9ª colocação na lista das nações com mais capacidade instalada total de energia eólica, somando 10.740 MW. O país responde por 2,2% da capacidade global.

A expansão na China, como vimos, somou 23,3 GW no ano de 2016, representando 42,7% do total mundial. Em 2015 havia sido de 30 GW. A retração foi atribuída ao recuo das tarifas feed-in naquele país, bem como a demanda por energia que não avançou. Além disso, há questões de transmissão que não conseguem entregar o volume de novas capacidades eólicas. A estimativa do GWEC é que essa performance mude este ano de 2017.

estatais chineses até o final de 2019, no entanto, ainda está localizada na Ásia- Pacífico. No total, esses sete proprietários chineses de ativos representam mais de 60% do total de ativos eólicos na China e mais de 145 GW de capacidade juntos - isso representa mais de um quinto da capacidade total de energia eólica global. Os oito proprietários restantes dos 15 principais estão ativos globalmente, com seis com sede na Europa e dois nos EUA.

Vemos uma tendência semelhante quando analisamos especificamente o setor offshore. Os 10 principais proprietários de ativos offshore representam mais da metade da capacidade total eólica offshore global. Destes, a maioria está sediada na Europa e na China, pois são os dois maiores mercados offshore do mundo. A Orsted é a operadora eólica offshore número um do mundo, possuindo 3,67 GW de capacidade eólica offshore, e é o único proprietário com ativos offshore na Europa, Ásia Pacífico e América do Norte. Com uma maior diversificação da propriedade e investidores dos ativos eólicos,

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No grupo de 10 maiores países com energia eólica instalada ao final de 2016 o ranking conta com China com 168,7 GW e 34,7% do total mundial. Em segundo estão os Estados Unidos com 82,18 GW e 16,9% da capacidade global. Em terceiro aparece a Alemanha com 50 GW e 10,3%. Em seguida vem Índia, Espanha, Reino Unido, França, Canadá, Brasil e Itália.

No Brasil, o estado do Rio Grande do Norte deteve a maior proporção da geração eólica brasileira de 2016 (34,7%), seguido da Bahia (18,8%), que suplantou o Ceará (14,8%). Piauí teve a maior expansão em 2016, de 249%. (dados da Resenha Energética Brasileira, exercício 2016, edição 2017). Observe a tabela abaixo:

ENERGIA SOLAR

Segundo a ANEEL, o aproveitamento da energia solar pode ser realizado diretamente para iluminação, aquecimento de fluidos e ambientes ou ainda para geração de potência mecânica ou elétrica, como fonte de energia térmica. A energia solar pode ainda ser convertida diretamente em energia elétrica por meio de efeitos sobre materiais, dentre os quais o termoelétrico e fotovoltaico.

O aproveitamento da iluminação natural e do calor para aquecimento de ambientes decorre da penetração ou absorção da radiação solar nas edificações, reduzindo-se, com isso, as necessidades de iluminação e aquecimento. Dessa forma, um melhor aproveitamento da radiação solar pode ser feito com o auxílio de técnicas mais sofisticadas de arquitetura e construção. A utilização da fonte solar para aquecimento de fluidos realiza-se com coletores ou concentradores solares, sendo os coletores utilizados para aquecimento de água, em aplicações residenciais e comerciais (hotéis, restaurantes, clubes, etc.).

Por sua vez, os concentradores solares são formados por grandes áreas espelhadas que concentram a luz solar em um ponto específico, produzindo elevadas temperaturas, destinando-se a aplicações como secagem de grãos e produção de vapor. O vapor produzido por concentradores pode gerar energia mecânica com o auxílio de uma turbina a vapor, e, posteriormente, eletricidade, por meio de um gerador, com funcionamento semelhante ao de uma termelétrica a vapor convencional.

Já a conversão direta da energia solar em energia elétrica resulta dos efeitos da radiação sobre determinados materiais semicondutores, sobressaindo-se os efeitos termoelétrico e fotovoltaico. O efeito termoelétrico caracteriza-se pelo surgimento de uma diferença de potencial provocada pela junção de dois metais em condições específicas.

No caso do efeito fotovoltaico, descoberto em 1839 por Edmond Becquerel, os fótons contidos na luz solar são convertidos em energia elétrica por meio do uso de células solares, o processo mais comum de geração de energia elétrica a partir da energia solar. Entre os materiais mais adequados para a conversão da radiação solar em energia elétrica, os quais são usualmente chamados de células solares ou fotovoltaicas, destaca-se o silício. Não podemos esquecer, no entanto, que a exploração do silício na natureza causa sim impactos no meio ambiente.

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aspecto ambiental, há a redução da emissão de gases do efeito estufa, da emissão de materiais particulados e do uso de água para geração de energia elétrica. Com relação a benefícios socioeconômicos, a geração de energia solar fotovoltaica contribui com a geração de empregos locais, o aumento da arrecadação e o aumento de investimentos.

A crescente preocupação com a preservação do meio ambiente e a busca pela diversificação da matriz elétrica, associado com o aumento na demanda por energia e desenvolvimento da indústria, impulsionou a geração de energia elétrica no mundo a partir de fontes renováveis, como a fonte solar.

As fontes renováveis, embora inicialmente mais caras, tornam-se mais competitivas na medida em que se expandem, sendo a competitividade resultante da redução dos custos devido ao ganho de escala e dos avanços tecnológicos.

O Brasil possui expressivo potencial para geração de energia elétrica a partir de fonte solar, contando com níveis de irradiação solar superiores aos de países onde projetos para aproveitamento de energia solar são amplamente disseminados, como Alemanha, França e Espanha. Apesar dos altos níveis de irradiação solar no território brasileiro, o uso da fonte para geração de energia elétrica não apresenta a mesma relevância que possui em outros países, nem o mesmo desenvolvimento de outras fontes renováveis, como a eólica que já representa 6,6% da capacidade de geração instalada no Brasil, contra apenas 0,0168% da fonte solar.

Segundo um relatório da associação SolarPower Europe, um recorde de 76,6 gigawatts em nova capacidade em usinas solares foi instalado e conectado à rede mundial no ano passado, alta de 50% ante 2015. Segundo o mesmo relatório, a expansão da capacidade instalada em energia solar no mundo deverá continuar neste ano de 2017 em parte devido à redução dos custos, ainda considerados altos, mas que caíram cerca de 80% desde 2009. Para 2017, a associação prever que as novas usinas instaladas poderão ultrapassar 80 gigawatts.

Segundo o presidente da SolarPower Europe, James Watson, a expansão global da energia solar neste ano dependerá principalmente da China. A China conectou 34,5 gigawatts em energia solar à rede no ano passado (2016), representando quase metade da nova capacidade instalada no mundo, com alta de 128% ante os números do país em 2015. Embora muitos especialistas digam que as instalações na China poderiam desacelerar em 2017, o país já havia comissionado 7,2 gigawatts em usinas somente no primeiro trimestre de 2017, leve alta ante o mesmo período do ano anterior.

A capacidade solar fotovoltaica instalada no mundo cresceu em para 306,5 gigawatts no final de 2016, ante 229,9 gigawatts em 2015. Ou seja, um aumento de 76,6 GW. A capacidade pode chegar a 400 gigawatts em 2018 e 500 gigawatts em 2019, com 600 gigawatts em 2020 e 700 gigawatts em 2021, segundo o relatório da SolarPower Europe.

“Segundo projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica

(Absolar), a geração de energia solar fotovoltaica no Brasil atingiria o patamar de 1.000 megawatts (MW) de capacidade instalada até o fim de 2017”. Essa notícia foi divulgada

no dia 08 de julho de 2017, no site da EBC – Agência Brasil (agenciabrasil.ebc.com.br). Segundo a notícia, o número representaria um crescimento de 325% em relação à capacidade até então de 235 MW, suficiente para abastecer cerca de 60 mil residências, com até cinco pessoas em cada uma.

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para cada MW de energia solar fotovoltaica instalados, são gerados de 25 a 30 postos de trabalho.

Segundo informação contida no boletim “Energia Solar no Brasil e no Mundo – Ano de Referência – 2015”, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (http://www.brasil.gov.br), o Brasil deveria integrar o ranking dos 20 maiores produtores de energia solar em 2018. Segundo o próprio MME (informação divulgada em seu site no dia 28/07/16), entre os países com maior potência instalada estão: China, Estados Unidos, Alemanha, Japão e Itália. O grupo responde por 68% do total mundial nessa fonte. Em 2015, a China alcançou o 1º lugar no ranking mundial de geração e os Estados Unidos ficaram em 2º, ambos superando a Alemanha, líder do ranking em 2014.

EUA PASSAM A SER O MAIOR PRODUTOR MUNDIAL DE

“PETRÓLEO”, CONSIDERANDO O “XISTO”

No dia 10 de junho de 2015, a companhia de petróleo britânica BP anunciou que os Estados Unidos tornaram-se o maior produtor de petróleo do mundo, pela primeira vez desde 1975, ultrapassando a Arábia Saudita e a Rússia. ISSO CONSIDERANDO O ÓLEO DE XISTO. Cujo nome correto é “folhelho”. Trata-se de uma formação rochosa sedimentar rica em matéria orgânica decomposta. Dessa rocha se extrai gás natural e um tipo de óleo (petróleo = óleo da pedra) menos maduro que o petróleo tradicional. No entanto, desse óleo podem ser retirados os mesmos derivados do petróleo convencional. Desde 2013, por exemplo, o volume de gás natural retirado dessa fonte nos EUA supera o produzido por todas as outras fontes.

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GOVERNO BRASILEIRO APROVA LEI QUE RETIRA DA PETROBRAS A EXCLUSIVIDADE PARA EXPLORAR O PRÉ-SAL

Primeiramente, o que é pré-sal?

São reservas de onde se extrai petróleo e gás no Brasil, localizadas à cerca de 300 km do litoral, entre o Espírito Santo e Santa Catarina, contendo cerca de 800 km de extensão e 200 km de largura. Esse petróleo e esse gás estão localizados a sete mil metros de profundidade, embutidos em rochas porosas, debaixo de uma espessa camada de sal. Em novembro de 2016, o volume de petróleo extraído dessa camada correspondia a mais de 40% do total da produção nacional. Sua exploração exige tecnologia bastante sofisticada.

Voltando ao assunto:

No dia 29 de novembro de 2016, o presidente Michel Temer sancionou a lei que desobriga a Petrobras de participar de todos os consórcios do pré-sal e altera regras de exploração de petróleo na camada.

A lei vigente até então era de 2010 e determinava que a Petrobras fosse a única operadora do pré-sal, com participação mínima de 30% em cada consórcio de exploração.

A nova lei (que gerou muito protesto da oposição e de sindicatos por acreditarem que fere a soberania nacional sobre o pré-sal) permite que a Petrobras defina os campos nos quais tem interesse em participar. Vale ressaltar que, de acordo com essa nova lei a Petrobras continua tendo a preferência nas licitações para explorar qualquer campo leiloado. Aí, nos casos em que ela, Petrobras, não tiver interesse, outras empresas, nacionais ou estrangeiras, podem assumir integralmente a operação.

A aprovação da medida vem exatamente num momento de dura crise vivida pela Petrobras, e é tratada pelo governo como a “tábua de salvação” para a empresa e a melhor forma de alavancar a prospecção de petróleo.

Desde que as reservas do pré-sal foram descobertas, há dez anos, uma grande expectativa de que o Brasil se colocaria entre os maiores produtores do mundo fizeram com que as ações da Petrobras se mantivessem nas alturas. As grandes empreiteiras e construtoras de plataformas e navios de exploração fecharam contratos milionários com a estatal (de capital aberto, com ações na bolsa, mas que tem como principal acionista o governo), e os investimentos fluíram, abundantes. No entanto, a partir de 2014 a combinação de uma série de eventos, nacionais e internacionais (que inclui a investigação da Lava Jato, que veremos mais adiante) jogou uma espécie de “balde de água fria” em toda essa euforia, arrastando a Petrobras para uma crise abissal.

As atuais dificuldades enfrentadas pela Petrobras remontam sim à crise de 2007/2008, que já vimos anteriormente, e afetou todo o planeta. Com isso, o governo do então presidente Lula adotou medidas para estimular a produção e o consumo no mercado interno. Como o consumo maior normalmente gera inflação, o governo resolveu manter uma política de não repassar totalmente o aumento internacional dos preços externos do petróleo para o preço da nossa gasolina e diesel vendidos aqui, mesmo importando esses combustíveis a preços maiores. Isso acabou abalando a rentabilidade da Petrobras.

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Com tudo isso, as ações da Petrobras despencaram nas bolsas de valores. Duas das mais importantes obras em curso foram paralisadas pela empresa: os complexo de refinaria Comperj (RJ), e Abreu e Lima, em Pernambuco. Os investimentos foram reduzidos em 37% (de 2015 a 2019) e reduzidas as metas de exploração de petróleo e gás. Para reduzir o endividamento, a empresa começou a vender bens e operações consideradas não essenciais.

A freada na exploração do pré-sal acabou reduzindo a entrada dos royalties nos cofres públicos. Os royalties são a compensação paga pelas empresas pelo direito de explorar as jazidas. Devem “engordar” os cofres públicos. De acordo com uma lei sancionada pela então presidente Dilma em 09 de setembro de 2013, 75% dos recursos arrecadados com os royalties do petróleo (recursos arrecadados que cabem à União, aos estados e municípios) deve ser usado na educação e 25% na saúde. Existe ainda o chamado Fundo Social do Pré-Sal, criado em 2010, como uma espécie de poupança do governo para guardar o dinheiro proveniente dos royalties do pré-sal (a parte da União) e de acordo com essa lei de 2013, 50% do Fundo Social do Pré-Sal passaria a ser destinado para educação e saúde, na mesma proporção de 75/25% respectivamente. A outra metade do fundo pode ter outras destinações sociais, a critério do governo.

Ainda sobre os royalties, empresas privadas podem explorar o petróleo do pré-sal sob regime de partilha. As reservas continuam sendo patrimônio da União, e as companhias exploradoras só têm direitos sobre o volume extraído. Nesse regime, as empresas concessionárias devem pagar à União, como royalties, 15% do valor do petróleo produzido. Desse valor, o governo federal fica com 20%; os estados e municípios produtores ficam com 35% e os demais estados e municípios, não produtores no caso, com outros 45%. Vale lembrar que o valor da arrecadação depende não apenas da quantidade de petróleo extraído, mas também do seu preço no mercado internacional e do valor do real frente ao dólar.

Para piorar a situação da Petrobras, a empresa foi duramente afetada pela conjuntura externa do mercado de petróleo. O preço médio do barril despencou da faixa de US$ 110 / 111,00 em 2011 e 2012, para a faixa de US$ de 50,00 em 2015, chegando a US$ 30,80 em janeiro de 2016. Essa queda com certeza afetou o planejamento da Petrobras que lucra com a exportação do seu petróleo.

BRASIL: PRODUÇÃO DE PETRÓLEO NO PRÉ-SAL ULTRAPASSA A DO PÓS-SAL

Referências

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