Nota Introdutória da Obra
O presente estudo debruça-se sobre os jornalistas que entraram na profissão depois do ano 2000, isto é, em plena crise económica e financeira, com um mercado de trabalho em recessão permanente, empresas que encerram, outras que se associam em grupos
multimédia, com a concomitante redução de efetivos. Neste conjunto de jornalistas, onde avultam os eternos estagiários, ou seja, aqueles que acumulam estágios e mais estágios sem jamais conseguirem regularizar a sua situação profissional, grassam o pessimismo, a amargura, o desencanto face a uma profissão que, no espaço público, sempre se caracterizara por um estatuto de
privilégio. Daí que 63% dos 515 jornalistas que responderam a um inquérito por questionário (um quarto do universo), já tenham colocado a hipótese de abandonar a profissão. Surpreendente, se se tiver em conta que, à data da investigação, a esmagadora maioria dos inquiridos tinha menos de dez anos de atividade.
* Índice disponível em :
Nota Biográfica
José Rebelo, agregado e doutorado em Sociologia, área da Comunicação e da Cultura (ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa); Mestre em Ciências da Informação (Université Panthéon-Sorbonne); Licenciado em Sociologia da Informação (Université d’ Economie, Droit et Sciences Sociales, de Paris). Vice-Presidente do Conselho Científico do ISCTE-IUL e diretor do Curso de Doutoramento em Ciências da Comunicação do mesmo estabelecimento de ensino superior público.
Director de Trajectos – Revista de Comunicação, Cultura e Educação.
Membro da Comissão Permanente do Conselho de Opinião da RTP (eleito pela Assembleia da República). Membro da Associação Portuguesa de Sociologia (APS); do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia
(CIES/ISCTE-IUL); do Centro de Estudos Africanos (CEA); da Association de Recherche Coopérative Internationale (ARCI).
Membro de diversos painéis de avaliação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (Bolsas de doutoramento e pós-doutoramento, Relatórios finais de investigação), coordena/coordenou os projetos de investigação
seguintes:
- “As novas gerações de jornalistas em Portugal”, Fundação para a Ciência e a Tecnologia (2009/2012).
- “A comunicação sindical”, iniciativa da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – CGTP (2010/2011).
- “Privacidade, Intimidade e Violência na imprensa”, Entidade Reguladora para a Comunicação Social” (2010)
- “Estudo de Recepção dos Meios de Comunicação Social”, Entidade Reguladora para a Comunicação Social – ERC (2006/2008).
- “Perfil sociológico do jornalista português”, Fundação para a Ciência e a Tecnologia (2005/2008).
- "O impacto nos media da campanha eleitoral para o Parlamento Europeu, de Junho de 1999", pesquisa efetuada por uma rede de investigadores dos quinze países da União Europeia e financiado pelos governos alemão, francês e espanhol, assim como pela Amsterdam School of Communications Research. Coordenação da parte referente a Portugal (1999/2000).
Autor de numerosos Pareceres, nomeadamente sobre a alienação, pela Portugal Telecom, da Lusomundo Media, participou em mais de uma centena de conferências colóquios e congressos no país e no estrangeiro, sobre temas ligados ao Jornalismo e às Ciências da Comunicação. Jornalista do República (1966 a 1968) e correspondente do Le Monde em Portugal (1975 a 1991), foi consultor do programa Acontece, da Radiotelevisão Portuguesa (RTP), para as questões de "modernidade e civilização"
(1993/2003).
Em 25 de Abril de 2004, o Presidente da República, Jorge Sampaio, distinguiu-o com a Comenda da Ordem da Liberdade.
Outro Lado …
1.Lugar de sonho?
Serra da Arrábida.
2.Presente ideal?
Viagem.
3.Música preferida?
A morte saiu à rua (José Afonso).
4.Autor preferido?
Annah Arendt.
5.Livro de referência?
Kantorowicz, Ernst (1957), The King's Two Bodies, Princeton University Press (ed. francesa, Les Deux Corps du Roi, Paris, Gallimard, 1989).
6.Quadro?
Guernica (Picasso).
7.Pintor?
Kandinsky.
8.Filme?
La Vie des Autres (de Fiorlan Henckel von Donmersmarck).
9.Carro de sonho?
Aston Martin.
10.Desporto?
Futebol.
11.Clube?
Sporting.
12.Frase/pensamento?
Le visible est toujours ce qui reste à voir.
(de Merleau-Ponty)
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Nota Bibliogr á fica do Organizador
José Rebelo LIVROS Autoria:
REBELO, José ; BRITTES, Rui - A comunicação sindical na CGTP-IN. Lisboa : CGTP-IN, 2012.
Organizador:
REBELO, José - As novas gerações de jornalistas em Portugal.
Lisboa, Editora Mundos Sociais, 2014.
REBELO, José - Privacidade, intimidade e violência na Imprensa. Lisboa:
Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), 2010.
Coordenação:
REBELO, José et al. - As novas gerações de Jornalistas em Portugal.
Relatório de Progresso II, CIES-IUL, 2012.
REBELO, José et al. - As novas gerações de jornalistas em Portugal.
Relatório de Progresso I, CIES-IUL, 2012.
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS Artigos:
PACHECO, Liliana ; REBELO, José - The predicament of young journalists:
the study of Portuga. Observatorio (OBS*) Journal. V. 8, Nº 2 (2014).
p. 83-109. Disponível
em:http://obs.obercom.pt/index.php/obs/article/view/753/661]
REBELO, José - Venturas e desventuras da televisão pública. Alicerces, Revista de Investigação, Ciência, Tecnologia e Artes. A. IV, Nº 4 (2011).
p. 69-77.
REBELO, José - Apresentação : internet e participação cívica. Trajectos - Revista de Comunicação, Cultura e Educação. Nº 18 (2011). p. 129-131.
REBELO, José - As novas gerações de jornalistas em Portugal. Trajectos - Revista de Comunicação, Cultura e Educação. Nº 18 (2011). p. 9-28.
REBELO, José - O lugar do «outro» e do «diferente» nos media. Janus 2009, Portugal no Mundo - Aliança de Civilizações: um caminho possível?.
(2009). p. 180-181. (The ‘Different’ and the ‘Other? In the media. Janus 2009, Portugal no mundo - Alliance of Civilizations Towards na
Intercultural Society. (Abril 2009). p. 94-95).
NOTA: Esta iniciativa só se tornou possível com a total colaboração do Organizador.
Pela mesma os SID apresentam o seu agradecimento.
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