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A opção pelo tema deu-se em virtude do interesse em conhecer as Ações de enfermagem diante do assédio moral no ambiente de trabalho, tendo em vista

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1- INTRODUÇÃO

O assédio moral consiste em um fenômeno de relevância, porém, ainda pouco discutido no contexto histórico da saúde, especialmente, na Enfermagem. É um assunto merecedor de destaque, já que pode desestruturar a vida de uma pessoa, não somente no que se refere ao desempenho no trabalho, mas também à sua auto-estima e relações sociais (BARETTO, 2003).

O assédio moral (DIAS, 2002) em local de trabalho está ligado a qualquer conduta abusiva em relação a uma pessoa (seja por comportamentos, palavras, atos, gestos ou escritas) que possa acarretar um dano à sua personalidade, à sua dignidade ou mesmo à sua integridade física ou psíquica, podendo acarretar inclusive perda de emprego ou degradação do ambiente de trabalho em que a vítima está inserida.

O interesse pelo tema surgiu a partir da observação de frequentes episódios de assédio moral envolvendo profissionais da área da saúde, o que, provavelmente leva os profissionais a desenvolver doenças ocupacionais e a diminuir sua capacidade laborativa.

Mediante o exposto, o presente estudo tem por objetivo promover uma reflexão teórica sobre o assédio moral no trabalho da Enfermagem, bem como impulsionar a valorização da dimensão da subjetividade do trabalhador, mostrando ações que podem ser realizadas e que muitas vezes tem sido negada e desprestigiada devido à ênfase que os profissionais da saúde dão para as questões técnicas e objetivas relacionadas ao processo de trabalho.

A enfermagem considera o ser humano em sua totalidade no processo de cuidar e de educar, respeitando suas características individuais, suas crenças, seus costumes valorizando o papel de cada profissional na realização deste processo (GUEDES, 2003).

Nesse contexto, um trabalho de equipe em enfermagem reivindica uma enfermagem com ambiente humanizado e agradável que estimulem o consenso e a resolução dos conflitos (MENEZES, 2003).

Na equipe de enfermagem faz-se necessário preservar a dimensão de cada profissional, na busca pela integração do seu pensar, agir e sentir para a promoção do respeito e, consequentemente, do reconhecimento do valor de cada membro da equipe.

O trabalho em equipe tem sido incentivado cada vez mais em praticamente todas as áreas da atividade humana (JORGE, et. al., 2001). O trabalho em equipe, portanto, pode ser entendido como uma estratégia, concebida pelo homem, para melhorar a efetividade do trabalho e elevar o grau de satisfação do trabalho, e de compartilhar responsabilidades.

Presente muitas vezes, de forma imperceptível no ambiente de trabalho, o assédio moral é o tipo de violência que expõe as pessoas a situações ofensivas e humilhantes.

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A opção pelo tema deu-se em virtude do interesse em conhecer as Ações de enfermagem diante do assédio moral no ambiente de trabalho, tendo em vista sua relevância no mundo do trabalho e precisa ser discutida pelos profissionais de saúde e pela sociedade, com vista à reflexão teórica sobre o assédio moral no trabalho da Enfermagem, bem como impulsionar a valorização da dimensão da subjetividade do trabalhador (FRTEITAS, 2007).

As mudanças ocorridas no mundo do trabalho, de cunho econômico e político, têm influenciado diretamente na estrutura das organizações de saúde. Estas, para se manterem vivas no mercado de trabalho, altamente competitivo e dinâmico, exploram cada vez mais a mão de obra humana, expondo os profissionais a situações desgastantes que acabam ferindo a condição humana do sujeito-trabalhador (MONTEIRO, et. al., 2005).

Com o advento do capitalismo, o lucro e a produtividade tornaram-se os objetivos primordiais deste sistema, e para alcançá-los não se mede esforços. Assim, a exploração do ser humano e o descaso quanto à dimensão da subjetividade favorecem ao surgimento de sofrimento e violência no trabalho (CEZAR e MARZIALE, 2006).

Cabe esclarecer que a dimensão da subjetividade é compreendida pelos aspectos afetivos, imaginários que envolvem os seres humanos no seu interior e no relacionamento com os outros. Assim, temos sentimentos positivos como amor, solidariedade, cooperação, interação e as questões negativas, humilhação, constrangimento, dor e amargura nas relações trabalhistas (GUEDES, 2003).

Desta forma, a violência no ambiente institucional ocorre das mais variadas formas, desde acidentes físicos aos sofrimentos psíquicos. Neste último cenário é que emerge o assédio moral, que apesar de apresentar maior dificuldade para ser constatado, dada sua natureza “invisível”, vem merecendo atenção pelas organizações de saúde, profissionais e pela sociedade em geral, devido aos graves danos psicológicos que pode provocar.

Espera-se que este estudo venha contribuir com novas reflexões em torno do tema assédio moral, bem como prevenir possíveis consequências que esse tipo de violência causa na integridade física e psíquica da pessoa. Que possa também auxiliar na construção de novas abordagens na Enfermagem do Trabalho, contribuindo assim para a qualidade de vida do trabalhador.

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2- CONCEITO DO ASSÉDIO MORAL

Embora as publicações a respeito de assédio moral serem escassas no Brasil, observa-se a relevância que o tema representa no cotidiano da população trabalhadora (HIRIGOYEN, 2000). Quando se diz que o assédio moral é tema novo, quer-se dizer que é novo quanto aos estudos científicos que sobre ele vem sendo realizado, uma vez que desde que existe sociedade há, de certo modo, formas de assédio moral.

O assédio moral é um assunto tão antigo quanto o próprio trabalho, mas sua manifestação jamais de seu de forma tão repetida quanto agora. Em razão da tendência atual de humanizarem-se mais as relações de trabalho, esse assunto vem recebendo um destaque maior na mídia e nos meios jurídicos (HIRIGOYEN, 2002).

O assédio moral (DIAS, 2002) é uma forma de constrangimento, de violência, que ocorre o ambiente de trabalho e vem sendo debatido em diversos países e refere-se a uma das modalidades de violência facilmente encontradas em nossas interações socioprofissionais.

Assédio moral no trabalho é toda a conduta abusiva manifesta por comportamento, palavra, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa (FREITAS, et. al., 2008).

O sentido técnico do termo não difere muito do senso comum. O assédio moral, em doutrina, também é chamado de manipulação perversa ou terrorismo psicológico, dentre os termos mais comumente empregados para sua definição (MENEZES, 2003).

No mundo do trabalho, mobbing significa: todos aqueles atos e comportamentos provindos do patrão, gerente, superior hierárquico ou dos colegas, que traduzem uma atitude de contínua e ostensiva perseguição que possa acarretar danos relevantes às condições físicas, psíquicas e morais da vítima (GUIMARÃES e RIMOLI, 2006).

Assédio moral no trabalho (PEDROSA, et. al., 2006): é a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.

O assédio moral manifesta-se de maneira diferenciada em relação ao sexo masculino e feminino. Tal fato decorre de componentes culturais que podem ser explicados sociologicamente. Em relação às mulheres pode ocorrer em forma de intimidação, submissão, piadas grosseiras, comentários acerca de sua aparência física ou do vestuário.

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Quanto aos homens, é comum o seu isolamento e comentários maldosos sobre sua virilidade e capacidade de trabalho e de manter a família (THOFEHRN, et. al., 2008).

Nos casos em que se caracteriza o assédio moral, identifica-se o propósito de demonstrar à vítima que se trata efetivamente de uma perseguição, de terror psicológico, com o objetivo de destruí-la, sendo que as atitudes do assediador são sempre temidas, mormente em face das dificuldades de se obter e de se manter um emprego, em que a globalização cada vez mais reduz postos de trabalho, aumentando expressivamente o desemprego, criando toda sorte de incertezas (MENEZES, 2003).

O assediador (GUEDES, 2003) demonstra, na maioria dos casos, preferência pela manifestação não verbal de sua conduta, para dificultar o desmonte de sua estratégia, bem como, o revide pela vítima. Podem ser citados como exemplo: suspiros, sorrisos, trocadilhos, jogo de palavras de cunho sexista, indiferença, erguer de ombros, olhares de desprezo, silêncio forçado, ignorar a existência da vítima.

Ou pode se dar através da fofoca, zombarias, insultos, deboche, isolamento, ironias e sarcasmo, que são mais fáceis de serem negados em caso de reação, pois, o assediador não costuma honrar seus atos, sendo comum se defender, quando acusado, alegando que foi somente uma brincadeira ou que houve mal-entendido, ou às vezes, coloca-se na condição de vítima, afirmando que a pessoa está vendo ou ouvindo coisas, que está com paranóia, que é louca, que é muito sensível, que faz confusão, que é muito encrenqueira ou histérica, entre outros motivos alegados (OLINSKI e LACERDA, 2004).

3- DISTINÇÃO ENTRE ASSÉDIO MORAL E DANO MORAL

O dano moral encerra perdas e danos, exigindo-se assim, a prova concreta do prejuízo sofrido pela vitima. Já no dano moral, o juiz arbitra o valor com o objetivo de uma compensação financeira para a vítima e uma punição patrimonial para o agente, “sendo desnecessária a prova da dor ou do prejuízo em concreto, o qual é pressumido da própria violação à personalidade” (FREIRE, 2008).

O autor Menezes (2003) define o dano moral como aquele decorrente de lesão à hora, à dor, aquele que afeta a paz interior do ser humano, enfim, ofensa que causa um mal, com fortes abalos na personalidade do individuo.

Por sua vez o autor entende que o assédio moral é considerado como ilícito trabalhista e dá direito à indenização extrapatrimonial.

Como se vê, o assédio moral é uma prática abusiva (ocorrida de no ambiente do trabalho e no exercício das atividades profissionais) que atinge diretamente a personalidade,

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a liberdade e a dignidade do emprego e assim sendo dá a vitima o direito à indenização por danos morais.

4- EVENTOS QUE CARACTERIZAM VIOLÊNCIA NO AMBIENTE DE TRABALHO

Segundo a bibliografia é possível perceber que o assédio moral pode ser caracterizado como forma de violência em diversos âmbitos, diminuindo a auto-estima, gerando consequências negativas na qualidade de vida, na saúde do trabalhador, trazendo perdas para as organizações e para sociedade (HELOANI, 2005).

As posturas mais praticadas são (MENEZES, 2003): mentira, roubo, assédio sexual, consumo de drogas durante o expediente, contratação por indicação de pessoas não qualificadas, informações escondidas sobre a empresa, controle de recados e e-mails além de exigência de horas extras sem pagamento adicional.

Foram destacados nos estudos valores como: responsabilidade, respeito e honestidade.

Percebe-se que o assédio moral é um sofrimento praticado no local de trabalho de maneira durável, repetitiva e/ou sistemática que acontece nas relações interpessoais, envolvendo, as pessoas, a organização, conteúdos ou as condições de trabalho, mudando a sua finalidade, com intenção de prejudicar ou até destruir.

Mediante o exposto sobre assédio moral, faz-se necessário uma abordagem a cerca da ética relacionada à moral, o que pressupõe sobre o dever fazer, a qualificação do bem e do mal e a melhor forma de agir coletivamente (BARRETO, 2003).

Avalia os costumes e diz quais ações morais são moralmente válidas e quais não, tende a estabelecer os princípios de valorização e condução da vida e no que diz respeito à ética dentro das empresas, existem duas vertentes em questão: a ética pessoal e a ética empresarial (DIAS, 2002).

Violências praticadas no ambiente de trabalho levam a práticas profissionais traumatizantes, negligências, imperícias, atendimento fragmentado, baixa auto-estima, dentre outras (MENEZES, 2003). Essas, por sua vez, apóiam e fortificam as violências estruturais e comportamentais, numa circularidade viciosa, que impõe o entendimento de seus modos operatórios para os necessários enfrentamentos com a finalidade de romper o processo e favorecer a auto-realização profissional e humana dos trabalhadores (GUEDES, 2003).

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O grande desafio para a área da saúde ocupacional diante da violência, exige medidas amplas, de curto, médio e longo prazo, para seu controle nos ambientes laborais.

5- AÇÕES DE ENFERMAGEM E ESTRATÉGIAS PARA ERRADICAR O ASSÉDIO MORAL

Devido à complexidade do assunto, salienta-se que os profissionais, independente do nível hierárquico, necessitam tornar-se conscientes de que o sofrimento no trabalho pode desencadear um adoecimento e um comprometimento da saúde mental da pessoa (JORGE, et. al., 2001).

Logo, é preciso ter clareza de que a ameaça à dignidade ou à integridade psíquica por atividades hostis, de uma ou várias pessoas, só se caracteriza como assédio moral se ocorrer regularmente e por longo período de tempo.

O trabalhador vítima do assédio moral, poderá se defender contra as agressões através da anotação detalhada das humilhações sofridas, incluindo data, hora, local e presença de testemunhas, evitando conversar sozinha com o agressor, procurando os sindicatos, não se demitindo do emprego e não se isolando; também é importante buscar o apoio dos colegas, familiares e amigos (MENEZES, 2003).

De forma mais sistematizada e institucional, a prevenção de modo intervencionista pode se dar sob dois aspectos: através da solução do problema do assédio moral e da atuação frente às consequências do assédio moral causado no sujeito-trabalhador. Quanto à resolução do problema, é preciso realizar planos preventivos, tanto de esclarecimento e capacitação, quanto de implantação de protocolos de ação frente às vítimas (OLINSKI e LACERDA, 2004).

Com relação ao segundo aspecto, requer-se da instituição a criação de um plano de ação paliativo e curativo das consequências decorrentes do assédio moral. Além do atendimento de urgência, o assediado também necessita, por parte da organização, de atenção multidisciplinar, de modo a evitar que os danos persistam. Também se torna fundamental o resgate da auto-estima e da identidade do sujeito trabalhador (CAMPOS, 2006).

Assim, profissional Enfermeiro é o que lida constantemente com este tipo de situação e através de metodologia apropriada deve encontrar respostas e soluções para este grave problema social.

Nesse contexto o enfermeiro tem papel fundamental devendo observar e intervir neste processo procurando fazê-lo o mais precocemente possível para que a vítima não

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desenvolva patologias relacionadas à situação vivida de assédio moral (FREIRE, 2008).

Atuação do Enfermeiro no caso de assédio moral deve estar focada na identificação dos riscos e problemas já existentes, nos diagnósticos de Enfermagem, intervenções e avaliação dos resultados. Pois o profissional de saúde deve prezar sempre pela promoção de vida saudável e isso inclui um ambiente laboral salubre e agradável para todos os que nele desenvolvem suas atividades profissionais (MONTEIRO, et. al., 2005).

Com relação às estratégias para minimizar o assédio no ambiente de trabalho, considera-se importante o desenvolvimento de um código de conduta e a inserção do assédio moral nos regulamentos da empresa; informação e comunicação para sensibilizar a alta gerência para o problema; revisão das práticas de gestão, do recrutamento, da avaliação, da promoção e da remuneração dos colaboradores; formação de pessoal especializado no diagnóstico e do enfrentamento do problema; e desenvolver procedimentos que permitam a denúncia de qualquer abuso ou outra manifestação que explicite a ação do assediador (MENEZES, 2003).

O trabalho a ser feito nas organizações é uma reeducação de valores que implica uma mudança cultural, com incentivo à prática do diálogo constante e permanente e a implantação de código de ética e de conduta de todos os empregados, inclusive as chefias, baseado no respeito mútuo e no companheirismo, a partir daqui é que as conseqüências de todo o processo de tirania podem vir a serem minimizadas (OLINSKI e LACERDA, 2004).

6- CONSIDERAÇÃO FINAL

Este estudo se propôs a apresentar e discutir o assédio moral nas organizações, detendo-se sobre os males à saúde do trabalhador, bem como suas origens e o papel e a importância das ações de enfermagem como mediador destas relações.

Assim, assédio moral constitui-se uma conduta grave, promotora de profundos transtornos nas relações e condições de trabalhos, além de ser uma ofensa aos direitos fundamentais atribuídos a todos os cidadões, se incluindo aos profissionais de enfermagem.

O assédio moral no trabalho traz danos para a sociedade como um todo. O indivíduo assediado, devido a baixo-autoestima passa a participar menos das atividades relacionadas à cidadania e deixa de contribuir para a sociedade com opiniões, créticas e reivindicações para a melhoria de vida da comunidade, da empresa e do ambiente de trabalho.

Além disso, o assédio moral no trabalho leva o afastamento do trabalho por motivos de doenças, que geram custos para o empregador e para a sociedade que arcarão com as

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despesas para a recuperação desse profissional.

Esse estudo evidenciou que o assédio moral é um fato comum nas relações de trabalho. Trata-se de um sofrimento nas atividades laborais, portanto, deve-se considerá-lo como doença adquirida em razão do ambiente em que se desenvolve a atividade, com direito a afastamento, de forma semelhante a como acontece no acidente de trabalho e com os benefícios pertinentes.

Ao estudarmos o assédio moral de forma mais aprofundada e sistemática, observamos que o fenômeno tem um enorme potencial para gerar danos, que muitas vezes são irreversíveis na vida do trabalhador. É importante salientar que os estragos causados não se limitam a lesionar apenas a saúde da vitima, pois se alastram por toda a vida da pessoa, afetando inclusive os campos afetivo, social e patrimonial.

O grande desafio para a área da saúde ocupacional diante da violência, que envolve o assédio moral exige medidas amplas, de curto, médio e longo prazo, para seu controle nos ambientes laborais.

A pesquisa demonstrou que a enfermagem é uma área de atuação indispensável nas organizações, diante das pressões decorrentes do modo de viver capitalista e que se manifestam nos ambientes de trabalho.

O trabalho a ser feito pelo enfermeiro do trabalho nas organizações é uma reeducação de valores que implica uma mudança cultural, com incentivo à prática do dialogo constante e permanente e a implantação de código de ética e de conduta de todos os empregados, inclusive as chefias, baseado no respeito mútuo e no companheirismo, a partir daqui é que as conseqüências de todo o processo de etnia podem vir a serem minimizados.

As ações de prevenção do assédio moral é um instrumento indispensável na conquista de um ambiente de trabalho salutar e amistoso. Somente através da disseminação de informações, debates, dinâmicas e outras ferramentas que culminem em ações direcionadas à prevenção da questão social.

Como reflexão final importa chamar à atenção para a necessidade de se disseminar mais informações sobre o Assédio Moral, de modo geral, e, sobretudo, nas organizações, já que se caracteriza como um palco privilegiado para este tipo de violência.

Além disso, uma organização preocupada com condições de saúde de seu trabalhador deve investir em políticas de prevenção que perpassem pelo trabalho técnico qualificado e direcionado ao tema. Observamos, após a realização deste estudo, que a temática do assédio moral tem suas limitações no que tange ao pessoal de enfermagem, sendo, portanto, convidativo a novas pesquisas e reflexões por parte do trabalhador de enfermagem acerca do seu ambiente e a sua relação com o outro.

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7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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