“NA HORA DE FAZER NÃO GRITOU”: A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NAS MULHERES PARTURIENTES
Autora: Daniela Santos Souza
1Coautora: Teresa Cristina Ferreira de Oliveira
2RESUMO
O presente artigo tem por objetivo traçar uma análise sistemática da maternidade e do parto destacando sua importância como um processo singular na vida da parturiente. Deste modo, procura identificar como e quando a violência obstétrica se instaurou na sociedade, abarcando suas formas. Em decorrência da mudança no cenário da parturição, o “modelo tecnocrático” surge ferindo a autonomia feminina ao tornar o corpo da mulher em um objeto institucional, transformando o parto num processo patológico com uso exagerado de tecnologias e medicalização.
Palavras-chaves: Parto. Violência Obstétrica. Parturiente. Direito.
1 NOTAS INTRODUTÓRIAS
A maternidade é um estágio que exige uma reestruturação na vida e nos papéis que a mulher desenvolve na sociedade. Essa responsabilidade proporciona à figura feminina vivenciar uma experiência única, movida por emoções.
No decorrer do processo parturitivo muitas mulheres são vítimas de abusos e tratamentos desumanos no âmbito institucional. Essa realidade chama atenção para o uso de medicalização abusiva que coloca em risco a integridade física e mental das parturientes.
A presente obra acadêmica utilizou-se de uma revisão de literatura para traçar uma análise sobre a essência e a importância da maternidade, o contexto histórico do parto e como a intervenção da obstetrícia impulsionou a violência obstétrica no cenário contemporâneo.
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Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Ruy Barbosa/Wyden, campus Costa Azul. Ano de conclusão 2019.1.
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