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Clipping Legis. Publicação de legislação e jurisprudência fiscal. Nº 184 Conteúdo - Atos publicados em Julho de 2015 Divulgação em Agosto/2015

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Clipping Legis

Publicação de legislação e jurisprudência fiscal

IRPF - Tabela progressiva mensal 2015 - (Conversão da MP nº 670/2015) - Lei nº 13.149/2015

PRORELIT - Uso de prejuízos fiscais e de base de cálculo negativa da CSLL - Declaração sobre atos/negócios jurídicos com supressão, redução ou diferimento de tributo - MP nº 685/2015 e Portaria Conjunta nº 1.037/2015

e-Financeira - Instituição - IN RFB nº 1.571/2015

Programa de Proteção ao Emprego (PPE) - Instituição e regulamentação - MP nº 680/2015, Decreto Federal nº 8.479/2015, Portaria MTE nº 1.013/2015 e Resolução CPPE nº 2/2015

Nº 184

Conteúdo - Atos publicados em Julho de 2015 Divulgação em Agosto/2015

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Trabalhistas

e Previdência Social Contribuições

Federais

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3

Tributos e Contribuições Federais

(DC0) Informação Pública

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Tributos e Contribuições Federais

IRPF - Tabela progressiva mensal 2015 -

(Conversão da MP nº 670/2015) - Lei nº 13.149/2015

Em 22 de julho de 2015, foi publicada a Lei nº 13.149, em conversão à Medida Provisória nº 670 para, entre outros assuntos, dispor que, a partir do mês de abril do ano-calendário de 2015, os valores da tabela progressiva mensal para o cálculo do IRPF foram mantidos em relação à MP objeto da conversão, que são:

Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$)

Até 1.903,98 - -

De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80

De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80

De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13

Acima de 4.664,68 27,5 869,36

MP nº 675/2015 - CSLL - Instituições financeiras - Majoração de alíquota - Prorrogação de vigência - Ato CNa nº 24/2015

Em 15 de julho de 2015, foi publicado o Ato do Congresso Nacional nº 24 para

prorrogar, pelo período de 60 dias, a vigência da MP nº 675/2015 (D.O.U. 22.05.2015) que altera a Lei nº 7.689/1988 (instituidora da CSLL), elevando a alíquota da

CSLL para 20% para as pessoas jurídicas de seguros privados, de capitalização e às instituições financeiras referidas na lei ora alterada.

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Tributos e Contribuições Federais

PRORELIT - Uso de prejuízos fiscais e de base de cálculo negativa da CSLL - Declaração sobre atos/negócios jurídicos com supressão, redução ou diferimento de tributo - MP nº 685/2015 e Portaria Conjunta

nº 1.037/2015

Em 22 de julho de 2015, foi publicada a Medida Provisória

nº 685 para, entre outras disposições, instituir o Programa de Redução de Litígios Tributários (PRORELIT) e a Declaração sobre atos/negócios jurídicos com supressão, redução ou diferimento de tributo, conforme segue, resumidamente:

• Programa de Redução de Litígios Tributários (PRORELIT)

O sujeito passivo com débitos de natureza tributária vencidos até 30.06.2015 e em discussão administrativa ou judicial, perante a RFB ou a PGFN, poderá, mediante requerimento, desistir do respectivo contencioso e utilizar créditos próprios de prejuízos fiscais e de base de cálculo negativa da CSLL, apurados até 31.12.2013 e declarados até 30.06.2015, para a quitação dos débitos em contencioso administrativo ou

judicial, exceto os débitos decorrentes de desistência de impugnações, recursos administrativos e ações judiciais que tenham sido incluídos em programas de parcelamentos anteriores, ainda que

rescindidos.

O requerimento

supramencionado deverá ser apresentado até 30.09.2015, observadas, entre outras, as seguintes condições:

i. pagamento em espécie equivalente a, no mínimo, 43% do valor consolidado dos débitos indicados para a quitação, a ser pago até o último dia útil do mês de apresentação do requerimento; e

ii. quitação do saldo remanescente, mediante a utilização de créditos de prejuízos fiscais e de base de cálculo negativa da CSLL, determinados com a aplicação das seguintes alíquotas:

a) 25% sobre o montante do prejuízo fiscal;

b) 15% sobre a base de cálculo negativa da CSLL, no caso das pessoas jurídicas de seguros privados, das de capitalização e das instituições financeiras referidas na LC nº 105/2001; e c) 9% sobre a base de cálculo

negativa da CSLL, no caso das demais pessoas jurídicas.

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Tributos e Contribuições Federais

(DC0) Informação Pública

Os créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL, após a utilização total dos créditos próprios, poderão ser utilizados entre pessoas jurídicas controladora e controlada, de forma direta ou indireta, ou entre pessoas jurídicas que sejam controladas direta ou indiretamente por uma mesma empresa, em 31.12.2014, domiciliadas no Brasil, desde que se mantenham nesta condição até a data da opção pela quitação.

Poderão ainda ser utilizados pela pessoa jurídica supramencionada os créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL do responsável tributário ou corresponsável pelo crédito tributário em contencioso administrativo ou judicial.

Para os fins do disposto nesta MP, inclui-se também como controlada a sociedade na qual a participação da controladora seja igual ou inferior a 50%, desde que existente acordo de acionistas, que assegure de modo permanente à sociedade controladora a preponderância individual ou comum nas deliberações sociais, assim como o poder individual ou comum de eleger a maioria dos administradores.

Para aderir ao PRORELIT, o sujeito passivo deverá comprovar a

desistência expressa e irrevogável das impugnações ou dos recursos administrativos e das ações judiciais que tenham por objeto os débitos que serão quitados e renunciar a qualquer alegação de direito sobre as quais se fundem as referidas impugnações e recursos ou ações.

Na hipótese de indeferimento dos créditos de prejuízos fiscais e de base de cálculo negativa da CSLL, no todo ou em parte, será concedido o prazo de 30 dias para a pessoa jurídica promover o pagamento em espécie do saldo remanescente dos débitos incluídos no pedido de quitação. A falta do pagamento implicará mora do devedor e o restabelecimento da cobrança dos débitos remanescentes.

Em 29 de julho de 2015, foi publicada a Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1.037, para dispor sobre a quitação dos débitos suprareferidos tratados no PRORELIT.

• Declaração sobre atos/negócios jurídicos com supressão, redução ou diferimento de tributo

O conjunto de operações realizadas no ano-calendário anterior que envolva atos ou negócios jurídicos que acarretem supressão, redução ou diferimento de tributo deverá ser declarado pelo sujeito passivo à RFB até 30 de setembro de cada ano, quando:

i. os atos ou negócios jurídicos praticados não possuírem razões extratributárias relevantes;

ii. a forma adotada não for usual, utilizar-se de negócio jurídico indireto ou contiver cláusula que desnature, ainda que parcialmente, os efeitos de um contrato típico; ou

iii. tratar de atos ou negócios jurídicos específicos previstos em ato da RFB.

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Tributos e Contribuições Federais

O sujeito passivo apresentará uma declaração para cada conjunto de operações executadas de forma interligada.

A declaração do sujeito passivo que relatar atos ou negócios jurídicos ainda não ocorridos será tratada como consulta à legislação tributária, nos termos do Decreto nº 70.235/1972.

Na hipótese da RFB não

reconhecer, para fins tributários, as operações declaradas, o sujeito passivo será intimado a recolher ou a parcelar, no prazo de 30 dias, os tributos devidos, acrescidos apenas de juros de mora.

Essa regra não se aplica às operações que estejam sob o procedimento de fiscalização quando da apresentação da declaração.

A declaração ora tratada, inclusive a retificadora ou a complementar, será ineficaz quando:

i. apresentada por quem não for o sujeito passivo das obrigações tributárias eventualmente resultantes das operações referentes aos atos ou negócios jurídicos declarados;

ii. omissa em relação a dados

essenciais para a compreensão do ato ou negócio jurídico;

iii. contiver hipótese de falsidade material ou ideológica; e

iv. envolver interposição fraudulenta de pessoas.

O descumprimento da obrigação de apresentação da declaração ou a ocorrência de alguma das situações de sua ineficácia caracteriza omissão dolosa do sujeito passivo, com intuito de sonegação ou fraude, e os tributos devidos serão cobrados acrescidos de juros de mora e da multa previstas na Lei nº 9.430/1996.

A RFB e a PGFN editarão os atos necessários à execução dos procedimentos tratados nessa MP.

e-Financeira -

Instituição - IN RFB nº 1.571/2015

Em 3 de julho de 2015, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.571 para dispor sobre a obrigatoriedade de prestação de informações

relativas às operações financeiras de interesse da RFB, nos termos a seguir, resumidamente, expostos:

As informações supracitadas serão prestadas mediante apresentação da e-Financeira, constituída por um conjunto de arquivos digitais referentes a cadastro, abertura, fechamento e auxiliares, e pelo módulo de operações financeiras, a ser transmitida ao ambiente SPED, nos moldes especificados.

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Tributos e Contribuições Federais

(DC0) Informação Pública

Ficam obrigadas a apresentar a e-Financeira as pessoas relacionadas a seguir, sendo alcançadas as entidades supervisionadas pelo BACEN, pela CVM, pela SUSEP e pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC):

i. pessoas jurídicas:

a) autorizadas a estruturar e a comercializar planos de benefícios de previdência complementar;

b) autorizadas a instituir e a administrar Fundos de Aposentadoria Programada Individual (FAPI); ou

c) que tenham como atividade principal ou acessória a captação, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, incluídas as operações de consórcio, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia de valor de propriedade de terceiros; e

ii. sociedades seguradoras autorizadas a estruturar e a comercializar planos de seguros de pessoas.

As entidades obrigadas a apresentar a e-Financeira deverão informar, no módulo de operações financeiras, nos moldes especificados, as informações referentes a operações financeiras dos usuários de seus serviços, entre outras:

- saldo no último dia útil do ano de qualquer conta de

depósito, inclusive de poupança, considerando quaisquer

movimentações, como pagamentos efetuados em moeda corrente ou em cheques, emissão de ordens de crédito ou documentos assemelhados, ou resgates à vista e a prazo, discriminando o total do rendimento mensal bruto pago ou creditado à conta, acumulados anualmente, mês a mês;

- saldo no último dia útil do ano de cada aplicação financeira, bem como os correspondentes somatórios mensais a crédito e a débito, considerando quaisquer movimentos, como os relativos a investimentos, resgates, alienações, cessões ou liquidações das referidas aplicações havidas, mês a mês, no decorrer do ano;

As informações especificadas na referida IN compreendem a identificação dos titulares das operações financeiras e comitentes finais nos moldes estabelecidos.

Deverão ainda ser informados o nome completo ou razão social, o correspondente número de inscrição no CPF ou no CNPJ e o endereço de qualquer pessoa autorizada a movimentar as contas especificadas, alcançando todos os representantes legais ou convencionais nos termos da regulamentação do BACEN.

Para a pessoa jurídica não financeira titular das operações financeiras, e que seja considerada passiva nos termos do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para intercâmbio de informações e melhoria da observância tributária e implementação do Foreign Account Tax Compliance Act (FATCA), as informações referentes à identificação que especifica devem ser prestadas também em relação à pessoa física, independentemente da nacionalidade, que a controle ou detenha pelo menos 10% de participação direta ou indireta.

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Tributos e Contribuições Federais

A e-Financeira é obrigatória para fatos ocorridos a partir de 01.12.2015 e deverá ser transmitida semestralmente nos seguintes prazos:

i. até o último dia útil do mês de fevereiro, contendo as informações relativas ao segundo semestre do ano anterior; e

ii. até o último dia útil do mês de agosto, contendo as informações relativas ao primeiro semestre do ano em curso.

Excepcionalmente, para os fatos ocorridos entre 01 e 31.12.2015, a e-Financeira poderá ser entregue até o último dia útil de maio de 2016.

Para as informações e pessoas definidas pelo Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para intercâmbio de informações e melhoria da observância tributária internacional e implementação do FATCA, o módulo de operações financeiras da e-Financeira será obrigatório para fatos referentes aos meses de julho a dezembro do ano-calendário de 2014, sendo que a entrega da e-Financeira contendo os arquivos mencionados deverá ser até o dia 15.08.2015.

Lei nº 12.973/14 - Controles na adoção inicial - Subconta auxiliar - IN RFB nº 1.575/2015

Em 28 de julho de 2015, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.575, para alterar a IN RFB nº 1.515/2014, que disciplina a Lei nº 12.973/2014, consolidando as regras de determinação e apuração do IRPJ/CSLL e do PIS/COFINS.

Alternativamente ao disposto na IN RFB nº 1.515/2014, o contribuinte poderá evidenciar a diferença positiva entre o valor de ativo na contabilidade societária e no FCONT, por meio da utilização de duas subcontas, uma vinculada ao ativo e a outra chamada de subconta auxiliar.

Esse mesmo mecanismo de utilização de duas subcontas, uma vinculada ao ativo/

passivo e outra auxiliar, também será aplicado para a diferença negativa a ser adicionada, bem como para a diferença e positiva a ser excluída (Ativo e Passivo), bem como para controle do ativo diferido, na forma da nova IN.

Por fim, foram aprovados os Anexos, de I a V, da IN RFB nº 1.515/2014, sendo que o V (utilização de

subcontas auxiliares) foi acrescido à IN ora alterada por essa nova IN.

Parcelamento e

pagamento de débitos tributários

(Lei nº 12.996/2014) - Eventos especiais - Tratamento - Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 979/2015

Em 15 de julho de 2015, foi publicada a Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 979, dispondo que será cancelado o parcelamento ou o pagamento à vista com a utilização de créditos decorrentes de prejuízo fiscal ou de base de cálculo negativa da CSLL (Lei nº 12.996/2014), efetuado em nome de pessoa jurídica que tenha sido extinta por operação de incorporação, fusão ou cisão total, ocorrida em data anterior à adesão.

No entanto, os débitos da pessoa jurídica extinta poderão ser consolidados pela pessoa jurídica sucessora por eles responsável, caso esta seja optante pelas modalidades de parcelamento ou pelo pagamento à vista tratadas na Lei nº 12.996/2014.

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Tributos e Contribuições Federais

(DC0) Informação Pública

Na hipótese de pessoa jurídica que tenha sido extinta por operação de incorporação, fusão ou cisão total, ocorrida em data posterior à adesão, seus débitos serão consolidados nas modalidades de parcelamento ou no pagamento à vista por ela requeridos, independentemente da existência de requerimento de adesão às modalidades de parcelamento ou ao pagamento à vista tratadas na Lei nº 12.996/2014, efetuados pela pessoa jurídica sucessora.

Caso a pessoa jurídica sucessora também seja optante pelas modalidades de parcelamento ou pelo pagamento à vista tratadas na Lei nº 12.996/2014, deverá ser realizada a consolidação dos seus débitos separadamente dos débitos da pessoa jurídica extinta. Caso a sucessora não seja optante, a indicação dos débitos para consolidação abrangerá exclusivamente débitos de responsabilidade da pessoa jurídica extinta.

No caso da consolidação de débitos na pessoa jurídica sucessora, os pagamentos efetuados pelos optantes que tiveram cancelados o parcelamento ou o pagamento à vista tratados na Lei nº 12.996/2014, nos moldes da referida Portaria Conjunta, poderão ser aproveitados para amortização dos débitos consolidados nas modalidades de parcelamento ou no pagamento à vista requeridos pela pessoa jurídica sucessora, observados os procedimentos dessa Portaria Conjunta.

Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) - Atos que não contemplam

modificação ou adoção de novos métodos ou critérios contábeis - ADE COSIT nº

20/2015

Em 13 de julho de 2015, foi publicado, no sítio da RFB na Internet, o Ato Declaratório Executivo COSIT nº 20, relacionando os

atos administrativos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) que não contemplam modificação ou adoção de novos métodos ou critérios contábeis, e, portanto, não provocam efeitos na apuração dos tributos federais, não necessitando de ajustes para a sua aplicação.

Poder Judiciário

Informativo de Jurisprudência do STJ nº 563

Valores do REINTEGRA e base de cálculo do PIS/COFINS

Até o advento da Lei 12.844/2013, os valores ressarcidos no âmbito do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (REINTEGRA) incorporavam a base de cálculo da contribuição ao PIS/COFINS, sobretudo no caso de empresas tributadas pelo lucro real na sistemática da não cumulatividade do PIS/COFINS instituída pelas Leis 10.637/2002 e 10.833/2003.

A Lei 12.546/2011, que institui o REINTEGRA, tem como objetivo reintegrar valores referentes a custos tributários federais residuais existentes nas cadeias de produção de tais empresas. A propósito, extrai-se dos arts. 1º e 2º dessa lei, que esse benefício fiscal tem natureza de reintegração de valores referentes a custos tributários.

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Tributos e Contribuições Federais

Nesse sentido, somente com o advento da Lei 12.844/2013, que incluiu o § 12 no art. 2º da Lei 12.546/2011, é que os valores ressarcidos no âmbito do REINTEGRA foram excluídos expressamente da base de cálculo do PIS/COFINS. Por não se tratar de dispositivo de conteúdo meramente procedimental, mas sim de conteúdo material (exclusão da base de cálculo de tributo), sua aplicação somente alcança os fatos geradores futuros e aqueles cuja ocorrência não tenha sido completada (consoante o art. 105 do CTN), não havendo que se falar em aplicação retroativa.

REsp 1.514.731-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 26/5/2015, DJe 1º/6/2015. 2ª Turma. Informativo de Jurisprudência nº 563.

Dessa forma, seja por se tratar de recuperação ou devolução de custos, seja por se tratar de subvenção corrente para custeio ou operação, os valores do benefício fiscal criado pelo REINTEGRA integram a receita bruta operacional da empresa por expressa determinação do art. 44 da Lei 4.506/1964, de forma que, salvo autorizativo legal, tais valores integram a base de cálculo do PIS/COFINS no regime da não cumulatividade previsto nas Leis 10.637/2002 e 10.833/2003.

A propósito, conforme entendimento adotado pela Segunda Turma desta Corte nos autos dos EDcl no REsp 1.462.313-RS, DJe 19/12/2014 e do AgRg no REsp 1.518.688-RS, DJe 7/5/2015, os valores do REINTEGRA são passíveis de incidência do imposto de renda, até o advento da MP 651/2014, posteriormente convertida na Lei 13.043/2014, de forma que a conclusão lógica que se tem é a de que tais valores igualmente integram a base de cálculo do PIS/COFINS, que é mais ampla e inclui, a priori, ressalvadas as deduções legais, os valores relativos ao IRPJ e à CSLL, sobretudo no caso de empresas tributadas pelo lucro real na sistemática da não cumulatividade do PIS/COFINS instituída pelas Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, cuja tributação se dá com base na receita bruta mensal da pessoa jurídica, a qual, por expressa disposição do art. 44 da Lei 4.506/1964, abrange as recuperações ou devoluções de custos, deduções ou provisões e as subvenções correntes, para custeio ou operação, recebidas de pessoas jurídicas de direito público ou privado, ou de pessoas naturais.

Nos termos do art. 150, § 6º, da CF, qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição.

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Tributos e Contribuições Federais

(DC0) Informação Pública

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Programa de Proteção ao Emprego (PPE) - Instituição e regulamentação - MP nº 680/2015, Decreto Federal nº 8.479/2015, Portaria MTE nº 1.013/2015 e Resolução CPPE nº 2/2015

Em 7 de julho de 2015, foram publicados a Medida Provisória nº 680 e o Decreto Federal nº 8.479 para, respectivamente, instituir e regulamentar o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), nos termos que, resumidamente, seguem:

O PPE consiste em ação para possibilitar a preservação dos empregos em momentos de retração da atividade econômica.

Poderão aderir ao PPE as empresas que se encontrarem em situação de dificuldade econômico-financeira, nas condições e forma estabelecidas em ato do Poder Executivo Federal.

A adesão terá duração de, no máximo, 12 meses e poderá ser feita até 31.12.2015.

As empresas que aderirem ao PPE poderão reduzir, temporariamente, em até 30%, a jornada de trabalho de seus empregados, com a redução proporcional do salário nos moldes especificados, e ficam proibidas de dispensar arbitrariamente ou sem justa causa os empregados que tiverem sua jornada de trabalho temporariamente reduzida enquanto vigorar a adesão ao PPE e, após o seu término, durante o prazo equivalente a um terço do período de adesão.

A redução supracitada está condicionada à

celebração de acordo coletivo de trabalho específico com o sindicato de trabalhadores representativo da categoria da atividade econômica preponderante, conforme disposto em ato do Poder Executivo.

A redução temporária da jornada de trabalho deverá abranger todos os empregados da empresa ou, no mínimo, os empregados de um setor específico, e poderá ter duração de até seis meses e poderá ser prorrogada, desde que o período total não ultrapasse doze meses.

Os empregados que tiverem seu salário reduzido farão jus a uma compensação pecuniária equivalente a 50% do valor da redução salarial e limitada a 65%

do valor máximo da parcela do seguro-desemprego, enquanto perdurar o período de redução temporária da jornada de trabalho.

Em 7 de julho foi publicado o Decreto nº 8.479/2015 para regulamentar a MP. Além disso, em 22 de julho de 2015, foram publicadas a Portaria MTE nº 1.013 e a Resolução CPPE nº 2 disciplinando, ainda, o PPE.

Trabalhistas e Previdência Social

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O termo “PwC” refere-se à rede (network) de firmas membro da PricewaterhouseCoopers International Limited (PwCIL) ou, conforme o contexto determina, a cada uma das firmas membro participantes da rede da PwC. Cada firma membro da rede constitui uma pessoa jurídica separada e independente e que não atua como agente da PwCIL nem de qualquer outra firma membro. A PwCIL não presta serviços a clientes. A PwCIL não é responsável ou se obriga pelos atos ou omissões de qualquer de suas firmas membro, tampouco controla o julgamento profissional das referidas firmas ou pode obrigá-las de qualquer forma. Nenhuma firma membro é responsável pelos atos ou omissões de outra firma membro, nem controla o julgamento profissional de outra firma membro ou da PwCIL, nem pode obrigá-las de qualquer forma.

Os atos tratados nesta publicação estão apresentados de forma resumida. As informações descritas nesta publicação sobre alguns julgamentos do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça são resumos, não oficiais, efetuados a partir do conteúdo dos boletins informativos e das ementas dos acórdãos disponíveis nos sites desses Tribunais , na Internet. O conteúdo desta publicação não representa uma interpretação da jurisprudência e sua utilização pressupõe a análise do inteiro teor dos acórdãos feita por consultores legais.

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