Workshop
RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL
Nº 13/2012 E NORMAS
Workshop – Resolução 13/2012
I – INTRODUÇÃO
Guerra Fiscal e Guerra dos Portos
• Guerra Fiscal
– Tema sempre atual provocada pelos incentivos fiscais concedidos pelos Estados para atrair investimentos no seu território
.
– Característica do ICMS
• Base de tributação: operações de circulação de mercadoria internas e interestaduais; diferencial de alíquota na aquisição bens e material para consumo em outra unidade federada; prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal; prestação de serviços de comunicação
Guerra Fiscal e Guerra dos Portos
• Guerra Fiscal
– Característica do ICMS
• Não cumulativo, mecanismo que permite a
compensar o que for devido em cada operação ou prestação, com o montante cobrado nas etapas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal (art. 155, 2º, I, Const. Fed.).
– Mecanismo de proteção que evita dupla incidência tributária do imposto (não-cumulatividade) – neutralidade fiscal
» Benefícios fiscais não neutros concedidos
Concessão de Benefícios
• Constituição Federal
– Cabe à lei complementar regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados (art. 155, 2º, XII, “g”)
– Lei Complementar 24/75 (arts. 1º a 7º)
• as isenções do ICMS serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, aplicando-se suas disposições a quaisquer outros incentivos ou benefícios fiscais relativos a este tributo, tais como redução de base de cálculo ou concessão de créditos presumidos.
• A concessão de benefícios dependerá sempre de decisão unânime das unidades federadas representadas e a sua revogação total ou parcial
Concessão de Benefícios de forma
unilateral
• Consequências
• Proibição do crédito na entrada (I)
Benefícios Fiscais e Financeiros
Benefício Fiscal − Vinculado ao imposto
− Concedido antes do pagamento do imposto (interrompe o fato gerador)
• Isenção, redução da base de cálculo, crédito presumido, crédito outorgado
• Diferimento – prorrogação do recolhimento
Incentivo Financeiro
• Não vinculado ao imposto mais a receita tributária • Concedido após o pagamento do imposto
• Utiliza fonte de recursos orçamentários
Financiamento total ou parcial do ICMS
Tipos de benefícios Fiscais
Anistia Perdão da multa tributária Remissão de
débito
Perdão do débito tributário
Isenção Imposto deixa de ser cobrado nas operações ou prestações
Redução da base de cálculo
Imposto deixa de ser cobrado através da redução em percentual da base de cálculo. Aplica-se o mesmo tratamento dado a isenção Crédito presumido Em substituição ao débito e crédito (conta
Alíquota do ICMS – Produtos
Importados
• Finalidade
– Por fim a chamada “Guerra dos Portos” devido
a concessão de benefícios fiscais que acaba
eliminando parte da incidência do ICMS para
produtos importados
• Concede diferimento do ICMS no desembaraço da mercadoria e exige o ICMS somente quando da saída da mercadoria
Alíquota do ICMS – Regras
Constitucionais
• Senado Federal pode estabelecer alíquotas interestaduais • Não tem poderesAlíquota do ICMS – Regras
Constitucionais
A alíquota interestadual com não contribuinte é regra
Alíquota do ICMS – Produtos
Importados
• Alíquota – importação de mercadorias ou bens – 4% - quatro por cento
• Aplicação aos bens e mercadorias importados do exterior, após o desembaraço - saída
– Bens e mercadorias não submetidos a processo de industrialização
– Bens e mercadorias submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem,
acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou
recondicionamento, que resultem em mercadorias ou bem com Conteúdo de Importação superior a 40%
Art. 1º, Res. Senado Federa 13/12; Cláusula primeira, Ajuste Sinief 19/12
Alíquota do ICMS – Produtos
Importados
• Inteligência da regulamentação
– Estabelece a alíquota após o
desembaraço que é o limite constitucional
de atuação do Senado Federal.
Alíquota do ICMS – Produtos
Importados – até 31/12/2012
Benefícios Fiscais nos Estados
Deixa de cobrar ICMS na entrada – importação (diferimento) Destaque de 7% ou 12% na saída mas concedia crédito
Exceções – não aplicação do
Conteúdo de Importação
• .Bens ou mercadorias importados do exterior sem similar nacional, definidos em lista editada pelo CAMEX – Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior
• Bens produzidos na Zona Franca de Manaus (DC 288/67), bens abrangidos pela Lei de Informática e programa de apoio tecnológico, das indústrias de semicondutores e equipamentos para TV Digital (Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de
1967,e as Leis nºs 8.248, de 23 de outubro de 1991, 8.387, de 30 de dezembro de 1991,10.176, de 11 de janeiro de 2001, e11.484, de 31 de maio de 2007)
Exceções – não aplicação do
Conteúdo de Importação
• .Resolução CAMEX 79/12
– Para fins da Resolução do Senado Federal 13/12, a lista de bens e mercadorias importado sem similar nacional
Resolução CAMEX – Não similaridade
• Bens relacionados na Resolução CAMEX 79/12
– Não pode ser considerado sem similar nacional
insumos ou componentes que segundo nossa
visão não existe no Brasil.
– A definição de não similaridade é estabelecida
na Resolução CAMEX:
Resolução CAMEX – Não similaridade
• Não pode ser considerado sem similar
nacional insumos ou componentes que
segundo nossa visão não existe no Brasil.
− Bens e mercadorias sujeitos a alíquota de zero ou dois por cento do Imposto de Importação, conforme previsto nos anexos I, II e III da Resolução Camex nº 94, de 8 de dezembro de 2011, e que estejam classificados nos
Resolução CAMEX – Não similaridade
• Não pode ser considerado sem similar
nacional insumos ou componentes que
segundo nossa visão não existe no Brasil.
− bens e mercadorias relacionados em destaques "Ex" constantes do anexo da Resolução Camex nº 71, de 14 de setembro de 2010; e
− III - bens e mercadorias objeto de concessão de
Conteúdo de Importação
Certificado de Conteúdo de Importação
•
CI
- Conteúdo de importação
– CI é o percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela importada do exterior e o valor total que decorrer a saída
– O CONFAZ baixará normas para definição dos critérios e procedimentos a serem observados no processo de CCI – Certificado de Conteúdo de Importação.
Conteúdo de Importação
Recalculo
• CI - Conteúdo de importação
– Deve ser recalculado sempre que, após a última aferição, mercadoria ou bem objeto da operação de
industrialização tenha sido submetido a novo processo de
industrialização
• Filial faz industrialização parcial e transfere para outra unidade para complementar processo e finalizar o produto.
• Industrialização encomendada junto a terceiro, quando aplicado produto importado
Conteúdo de Importação
Revenda sem industrialização
No valor das saídas interestaduais não incluir o ICMS ST
(inclusão somente dos tributos da operação própria)
Conteúdo de Importação
consumo no processo industrial
No valor das saídas interestaduais não incluir o ICMS ST
(inclusão somente dos tributos da operação própria)
Conteúdo de importação
Possibilidades
• Mercadoria importada para revenda – produto
acabado
– Percentual obtido em relação ao valor da parcela
Conteúdo de importação
Definições
• Valor da parcela importada do exterior
– Valor da importação que corresponde ao valor da base de cálculo do ICMS –(art. 13, V, LC 87/96)
• Importação com isenção, diferimento – valor exonerado é incluído para cálculo do PIS e da COFINS – sem
definição..
• Valor total da operação de saída
interestadual
– Valor total do bem ou mercadoria, incluídos os tributos incidentes na operação própria do remetente
Definição CI – Conteúdo de Importação
• Para fins de cálculo do CI considera-se
Conteúdo de importação
Possibilidades
• Mercadoria ou bem submetido a processo de industrialização (transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento ou reacondicionamento e renovação ou recondicionamento)
– Percentual obtido em relação ao valor da parcela
importada, excluído o valor da mão de obra e dos insumos nacionais, e o valor total da saída interestadual
Conteúdo de Importação - Processos –
rotinas - relatórios
• Identificar o item consumido no processo
– Cuidado e rastreabilidade quando no processo há
F.C.I
Ficha de Conteúdo de Importação
• Bens ou mercadorias importados quando
submetidos a processo de industrialização, o
contribuinte industrializador deverá preencher a FCI
– Industrialização por encomenda – indicação pelo
industrializador e pelo destinatário na saída do produto final ou do novo produto industrializado
• Na importação para revenda deverá ser
F.C.I
Informações
I – Descrição da mercadoria ou bem resultante do processo de industrialização (produto final – acabado ou semi-elaborado)
II. Código de Classificação da mercadoria na NCM/SH - Nomenclatura Comum do MERCOSUL
III. Código do bem ou da mercadoria
IV. O código GTIN (Numeração Global de Item Comercial), quando o bem ou mercadoria possuir;
V. Unidade de medida;
VI. Valor da parcela importada do exterior ; VII. Valor total da saída interestadual;
VIII. Conteúdo de importação calculado nos termos da cláusula quarta.
FCI – Elaboração e apresentação
• Com base nas informações relacionadas, a FCI
deverá ser preenchida e entregue em meio
magnético:
– I – de forma individualizada por bem ou mercadoria produzidos (revendedor não entrega)
– II – Utilizando-se o valor unitário, que será calculado pela média aritmética ponderada, praticado no último período de apuração (mês anterior)
FCI – Elaboração e apresentação
• Deverá ser apresentada nova FCI quando houver
alteração em percentual superior a 5% do Conteúdo
de Importação, ou que implique alteração da
alíquota interestadual
– Controles
• Gerar mensalmente e comparar com os dados da FCI do período anterior.
• Se a variação for inferior a 5% não apresentar nova FCI.
• Se houver alteração no índice de material aplicado que obriga a
adotar alíquota de 4% ou deixar de adotar deve ser apresentada nova FCI.
• Se houve inclusão de novos produtos não declarados na FCI anterior deve ser apresentada. Não informação na base de dados
FCI – Elaboração e apresentação
• Para preenchimento da FCI deverá ser observado
disposto em ATO COTEPE
• A apresentação será em arquivo digital via internet,
com certificado digital, para a Unidade Federada de
origem da mercadoria.
• A apresentação será feita através de software
desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou
disponibilizado pela administração tributária.
FCI – Elaboração e apresentação
• Apresentado o arquivo será automaticamente
expedido Recibo de Entrega e o Número de
Controle da FCI que deverá ser indicado pelo
contribuinte nos documentos fiscais de saída
que realizar com o bem ou mercadoria informado
na FCI.
– Indicação em todos documentos (operação interna e
interestadual, operações mercantis e não mercantis....)
• A FCI apresentada será disponibilizada para as
Unidades Federadas envolvidas na operação
FCI – Recepção - Validação
• A recepção da FCI não implica em reconhecimento
da sua veracidade e legitimidade das informações
prestados, ficando sujeitas a homologação posterior
pela administração tributária
– A entrega está sujeita a fiscalização nos próximos cinco anos
FCI – Indicação nos documentos
fiscais
• Deverá ser informado no campo próprio da NF-E
Conteúdo de Importação - Recálculo
• O CI - Conteúdo de Importação deverá ser recalculado sempre que após a última aferição, a mercadoria ou bem objeto de
operação interestadual tenha sido submetido a novo processo de industrialização.
FCI – Ficha de Controle de Importação
• Deverá ser apresentada em meio magnético
individualizada por item para a unidade federada de
origem da mercadoria, com assinatura digital.
• Utilizar o valor unitário que será calculado com base
na média ponderada praticada no último período de
apuração
• Reapresentação:
toda vez que houver
Recepção pela SEFAZ e indicação na
NFE
.Após a transmissão e recepção pela SEFAZ será expedido automaticamente recibo de entrega da FCI com número de controle.
• O número de controle será indicado nos documentos fiscais de saídas nas operações que o contribuinte realizar com
mercadorias relacionadas na FCI.
– A FCI transmitida será disponibilizada para outras Unidades Federadas – Recepcionada a FCI não significa reconhecer a sua veracidade, pois
poderá ser objeto de fiscalização no prazo de 5 anos
Indicação na NFE
• Deverá ser informado na NF-e com base na FCI apresentada:
• Enquanto não forem criados campos próprios na NF-e, informar no Campo “Dados Adicionais” por item:
– Valor da parcela importada, número da FCI e o Conteúdo da Importação ou o valor da importação do correspondente item da NF-e, com a
expressão: “: " Resolução do Senado Federal no. 13/12, Valor da Parcela Importada - R$_______, Número da FCI_______, Conteúdo de
Importação_____%, Valor da Importação R$________
Produtos submetidos a processo de
industrialização no estabelecimento emitente
Bens importados não submetidos a processo de industrialização
Valor da parcela importada Valor da importação (base de cálculo do ICMS)
Número da última FCI apresentada Conteúdo de Importação expresso percentualmente
Indicação na NFE
• Indicação por parte do atacadista (adquirente de mercadoria importada pelos fornecedores)
– Deve ser preenchida em toda cadeia de circulação da mercadoria
Comprovação do cálculo do Conteúdo
de Importação
• O contribuinte que realizar operações interestaduais com bens ou mercadorias importados com Conteúdo de importação deverá
manter sob sua guarda pelo prazo decadencial os documentos que
comprovem o valor da
importação ou, quando for o caso o cálculo do
Fiscalização das operações
• As Secretarias de Fazendas e Finanças das Unidades
Estoque em 31/12/2012
• Levantar estoque em 31/12/2012 de itens importados e itens que contenham componentes importados
– Na impossibilidade de se determinar o valor da importação ou o
Conteúdo de Importação, poderá ser considerado o valor da última importação
– Avaliar estrutura de produtos e rastreabilidade das informações.
– Avaliar com logística vendas de produtos no estoque para reduzir o levantamento e controle
– Examinar rotinas para identificar novos CST – parte A – Origem do Produto
Tabela de CST – ICMS – Origem da
mercadoria
• .
• Avaliar processo e rotinas para coleta da CST na entrada da mercadoria.
• Examinar a existência de códigos – nacional e importado –
mesmo item na estrutura de produtos ou na atividade para criar forma de rastrear o consumo
Tabela de
CST
– ICMS – Origem da
mercadoria
• .
Não aplicação da alíquota de 4%
.O Convênio ICMS 123/2012, estabelece que na operação
interestadual com bem ou mercadoria importados do exterior ou com Conteúdo de Importação, sujeitos a alíquota de 4% do ICMS conforme previsto na Resolução do Senado Federal 13/12, não se aplica benefício fiscal, anteriormente concedido, exceto se: • I. de sua aplicação em 31/12/2012 resultar carga tributária
menor que 4% (quatro por cento).
Planejamento Tributário
• Planejamento Tributário para evitar
saldo credor do ICMS
– Avaliar alternativas possíveis avaliados os
riscos envolvidos para evitar a ocorrência.
• Logística de entrega
Logística de Importação
Simulação preliminar
• Avaliar possíveis reflexos na logística
de importação – especialistas afirma
que deve aumentar as importações
através do Porto de Santos.
• Simulação de cálculo
– Necessita de aprofundamento, definição
de novas regras e avaliação com as
ADI – 4858 - SFT
• A mesa diretora da Assembleia Legislativa do
Estado do Espírito Santo ingressou com ação direta
de inconstitucionalidade, questionando a Resolução
do Senado Federal 13/2012
– Apesar do pedido de urgência ainda se encontra pendente de julgamento
Prorrogação - remota
• Não há ato legal prorrogando a
aplicação, apenas negociação através
do CONFAZ
• Contatamos INDI/SEFAZ MG e o
Estado está adotando medidas para
Conclusões
• Discussões das questões previamente
apresentadas
• Sugestão de relatórios de controles.
• Outros temas identificados durante o debate
•
Unificação
da alíquota de 4% do ICMS
Contatos
GTA - Gestão Tributária Administrativa
GTACONSULT – Gestão Tributária e Inteligência Fiscal 55 (11) 3935-3167 - 3935-3475 -
Gilberto Tadeu Alves 55 (11) 9 8581-9340 Oswaldo B. Souza Filho 55 (11) 9 8606-4832 Priscila Alves