FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA
LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA
CURSO DE ELETRÔNICA
FUNDAÇÃO LIBERATO: PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
Irineu Alfredo Ronconi Junior
Professor do Curso de Eletrônica
Novembro de 2012.
PROF. IRINEU ALFREDO RONCONI JUNIOR CURSO DE ELETRÔNICA
Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha 2012
FUNDAÇÃO LIBERATO: PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
1. Introdução:
O presente texto visa fazer uma análise da educação profissional no Rio Grande do Sul, tendo como foco a Fundação Liberato. Embora na Fundação se desenvolva, ainda, ensino profissional de qualidade, o mesmo não representa um exemplo a ser seguido nas políticas de educação profissional estadual, pelo contrário, considerada a “prima rica” que está bem, é deixada de lado. O resultado é uma estrutura física com sérios problemas de manutenção, laboratórios sucateados e desatualizados e uma ameaça constante da diminuição do quadro de alunos tendo em vista o aumento da oferta de ensino profissional na região.
São comparados os estados do Sul do Brasil no que diz respeito a investimentos e resultados na educação pública estadual. Os dados são retirados do IBGE, MEC-INEP e, alguns dados locais, da Secretaria da fundação Liberato.
Tenta-se fazer uma correlação entre estes dados no sentido de visualizar gargalos que dificultam o desenvolvimento das ações, principalmente o ensino profissional desenvolvido pela Fundação.
2. Números da Educação nos Estados do Sul do Brasil: 2.1. Os números da educação no Estado do Rio Grande do Sul:
Dados populacionais
2.2.Os números para o Estado de Santa Catarina:
Dados populacionais
Matrículas no Estado do Paraná
2.4. Quadro comparativo dos indicadores para os três Estados do sul do Brasil:
Relação
PIB/investimento aluno Ens. Méd.
Matriculas Investimento Por aluno de Ens. médio
Docentes com nível Superior
Reprovação.
RS 0,48% 404.636 R$2369,02 93,6% 19,9%
SC 0,42% 250.779 R$2052,57 88,7% 10,4%
PR 0,62% 481.846 R$2.301,10 96,5% 11,7%
3. Escolas que ministram algum tipo de ensino profissional na região:
Nas tabelas que se seguem é feito um levantamento com dados do INEP de escolas situadas próximas a Fundação Liberato que ministram ensino profissional. São marcadas com cores aquelas que têm um ou mais cursos que também são ministrados na Fundação: Amarelo um curso em comum. Laranja dois cursos em comum. Vermelho três ou mais cursos em comum. Esta Marcação não foi realizada para escolas de Porto Alegre, tendo em vista o baixo percentual de alunos oriundos daquela cidade.
Também vale lembrar que a Cidade de Feliz está implantando um campus do Instituto Federal do Rio Grande do sul. Os Cursos que serão ministrados, inicialmente neste campus são: Técnico em Informática (integrado), Técnico em Meio Ambiente (subsequente) e Técnico em Cerâmica (subsequente).
3.1 Escolas que ministram o ensino profissional em alguma modalidade em Novo Hamburgo:
Foram encontradas 11 escolas. Estado Municipio Código Escola Situação de
funcioname nto Dependênc ia administrat iva Localização/Z ona da escola
Bairro RIO GRAN DE DO SUL NOVO HAMBUR GO 430924 62 COL ESTADUAL 25 DE JULHO EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA RIO BRANCO RIO GRAN DE DO SUL NOVO HAMBUR GO 430930 35 COLEGIO CENECISTA FELIPE TIAGO GOMES EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA PRIMAVE RA RIO GRAN DE DO SUL NOVO HAMBUR GO 430931 24 COLEGIO SANTA CATARINA EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA HAMBUR GO VELHO RIO GRAN DE DO SUL NOVO HAMBUR GO T.I Internet 430933 53 ESCOLA DE EDUCACAO BASICA FEEVALE-ESCOLA DE APLICACAO EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA HAMBUR GO VELHO RIO GRAN DE DO NOVO HAMBUR GO 430930 60 ESCOLA DE EDUCACAO PROFISSIO EM ATIVIDADE
SUL NAL SENAI ILDEFONSO SIMOES LOPES RIO GRAN DE DO SUL NOVO HAMBUR GO 431839 05 ESCOLA TECNICA FACCENTR O NH EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA RIO BRANCO RIO GRAN DE DO SUL NOVO HAMBUR GO 430929 00 FUNDACAO ESCOLA TECNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA PRIMAVE RA RIO GRAN DE DO SUL NOVO HAMBUR GO Informáti ca 430003 20 INST TECBRASIL DE EDUCACAO E TECNOLOGI A EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL NOVO HAMBUR GO Informáti ca 430021 10 QI ESC EDUC PROFISSIO NAL - NOVO HAMBURG O EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL NOVO HAMBUR GO Informáti ca 430928 70 UNIDADE ENSINO FUNDACAO EVANGELIC A EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA HAMBUR GO VELHO RIO GRAN DE DO SUL NOVO HAMBUR GO 430931 75 UNIDADE ENSINO OSWALDO CRUZ EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
3.2 Escolas que ministram o ensino profissional em alguma modalidade em São Leopoldo: Foram encontradas 11 escolas.
Estado Municipio Código Escola Situação de funcioname nto Dependênc ia administra tiva Localização/Z ona da escola
Bairro RIO GRAN DE DO SUL SAO LEOPOLDO Informática 431395 40 COLEGIO LUTERANO CONCORDIA EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA SAO JOAO BATISTA RIO GRAN DE DO SUL SAO LEOPOLDO Informática 431756 78 COLEGIO PVSINOS ENSINO MEDIO ENSINOS FUNDAMEN EM ATIVIDADE
TAL - ANOS FINAIS E MEDIO EJA E EDUCACAO PROFISSION AL RIO GRAN DE DO SUL SAO LEOPOLDO Informática 431390 94 COLEGIO SAO LUIS EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL SAO LEOPOLDO 432073 32 ENRAD - ESCOLA DE EDUCACAO PROFISSION AL EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL SAO LEOPOLDO Eletrotécnic a e Eletromecâ nica 431391 32 ESC TECNICA EST FREDERICO GUILHERME SCHMIDT EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL SAO LEOPOLDO 431391 16 ESC TECNICA EST VISCONDE DE SAO LEOPOLDO EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA FEITORI A RIO GRAN DE DO SUL SAO LEOPOLDO Mecânica Eletrônica Automação Seg. Trabal. 431396 80 ESCOLA DE EDUCACAO PROFISSION AL SENAI PLINIO GILBERTO KROEFF EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA VICENTI NA RIO GRAN DE DO SUL SAO LEOPOLDO 431757 24 ESCOLA DE ENFERMAG EM DA PAZ LTDA
EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL SAO LEOPOLDO 431925 13 ESCOLA SINODAL DE EDUCACAO PROFISSION AL EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA MORRO DO ESPELH O RIO GRAN DE DO SUL SAO LEOPOLDO Informática 431395 58 INSTITUTO RIO BRANCO EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
3.4 Escolas que ministram o ensino profissional em alguma modalidade em Canoas:
Foram encontradas 12 escolas.
o funcionam ento cia administra tiva Zona da escola RIO GRAN DE DO SUL CANOAS Informática 430377 80 COLEGIO DA IMACULAD A EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA RIO BRANCO RIO GRAN DE DO SUL CANOAS Informática e Química 430383 79 COLEGIO LUTERANO CONCORDI A EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA NITEROI
RIO GRAN DE DO SUL
CANOAS 431763 56 COLEGIO RUI BARBOSA EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA NITEROI
RIO GRAN DE DO SUL CANOAS Química Eletrônica Mecatrónica Informática 430377 20 COLEGIO ULBRA CRISTO REDENTOR EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA MARECH AL RONDO N RIO GRAN DE DO SUL
CANOAS 433001 11 ESC EDUC PROFISSIO NAL SENAC CANOAS EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL
CANOAS 431763 21 ESC ENS MEDIO MINISTRO RUBEM CARLOS LUDWIG EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA N.S.DAS GRACAS RIO GRAN DE DO SUL CANOAS Segurança do trabalho 431769 76 ESC ENS MEDIO O ACADEMIC O EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL
CANOAS 431887 88 ESCOLA DE EDUCACAO PROFISSIO NAL DR BERNARDI NO EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA FATIMA
RIO GRAN DE DO SUL CANOAS Segurança do trabalho 431779 30 ESCOLA DE ENSINO MEDIO LOGUS EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA HARMO NIA
RIO GRAN DE DO SUL
CANOAS 430384 41 INST EST EDUC DR CARLOS CHAGAS EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA NITEROI
Estad o
Municipio Código Escola Situação de funcionam ento Dependên cia administra tiva Localização/ Zona da escola Bairro RIO GRAN DE DO SUL
CANOAS 430377 80 COLEGIO DA IMACULAD A EM ATIVIDADE
RIO GRAN DE DO SUL CANOAS Informática e Eletrônica 430014 83 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO CIENCIA E TECNOLOG IA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS CANOAS EM ATIVIDADE
FEDERAL URBANA IGARA III
RIO GRAN DE DO SUL CANOAS Informática, Seg. do trabalho, Meio Ambiente, Telecomunica ções 431763 64 INSTITUTO PRO-UNIVERSID ADE CANOENSE - IPUC EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
3.5 Escolas que ministram o ensino profissional em alguma modalidade em Montenegro: Foram encontradas 6 escolas
Estado Municipio Código Escola Situação de funcioname nto Dependênc ia administrat iva Localização/Z ona da escola
Bairro RIO GRAN DE DO SUL MONTENEG RO 430878 50 COL ESTADUAL DR PAULO RIBEIRO CAMPOS EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA TIMBAU VA RIO GRAN DE DO SUL MONTENEG RO Informátca Mecânica 430874 69 COLEGIO SINODAL PROGRESS O EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL MONTENEG RO Química Eletrotécnic a 430872 13 ESC EST TECNICA SAO JOAO BATISTA EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL MONTENEG RO 431757 16 ESCOLA PROFISSIO NAL DE ENFERMAG EM SCHWESTE R EMMY EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL MONTENEG RO Seg. Trabalho 430874 42 INSTITUTO DE EDUCACAO SAO JOSE EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
Foram encontradas 3 escolas Estado Municipio Código Escola Situação de
funcioname nto Dependênci a administrati va Localização/Z ona da escola
Bairro RIO GRAN DE DO SUL SAPUCAIA DO SUL 431460 66 INST DE ED EST RUBEN DARIO EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA SANTA CATARI NA RIO GRAN DE DO SUL SAPUCAIA DO SUL 432122 20 INSTITUT O FEDERAL SUL-RIO-GRANDEN SE - CAMPUS SAPUCAIA DO SUL EM ATIVIDADE
FEDERAL URBANA PIRATINI
RIO GRAN DE DO SUL SAPUCAIA DO SUL Eletrotécni ca Mecatrôni ca Informátic a 431464 22 UNIDADE ENSINO SAO LUCAS EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA VARGAS
3.7 Escolas que ministram o ensino profissional em alguma modalidade em Taquara: Foram encontradas 2 escolas
Estado Municipio Código Escola Situação de funcioname nto Dependênci a administrati va Localização/Z ona da escola
Bairro RIO GRAN DE DO SUL TAQUARA Segurança do trabalho 432054 45 ESCOLA PROFISSION AL UNIPACS TAQUARA EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTR O RIO GRAN DE DO SUL TAQUARA Mecânica Eletrotécni ca Eletrônica Informátic a 431523 25 ESCOLA TECNICA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBA
3.8 Escolas que ministram o ensino profissional em alguma modalidade em Porto Alegre: Foram encontradas 52 escolas
pio funcioname nto
ia
administrat iva
ona da escola
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 432121 23 CENT EDUC PROF SAO JOAO CALABRIA EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA NONOAI
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 432017 76 CENTRO TECNOLOGI CO DA ACM
EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431087 33
COL EST CEL AFONSO EMILIO MASSOT
EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA AZENHA
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431051 90 COL EST DOM JOAO BECKER EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA PASSO DA AREIA RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431089 11 COL EST ENG ILDO MENEGHETT I EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA RESTINGA
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431080 32 COL EST PRESIDENTE ARTHUR DA COSTA E SILVA EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA SARANDI
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431091 87 COL EST PROFESSOR ELMANO LAUFFER LEAL EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA JARDIM PLANALTO RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431051 81 COL EST PROTASIO ALVES EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA AZENHA
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431075 67 COLEGIO LUTERANO DA PAZ EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA SARANDI
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431074 35 COLEGIO ROMANO SANTA MARTA EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA AZENHA
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431073 70 COLEGIO SALESIANO DOM BOSCO EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA HIGIENOPO LIS RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431055 05 EMEB DR LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA EM ATIVIDADE
MUNICIPAL URBANA SARANDI
RIO GRAN PORTO ALEGRE 431052 46 EMEM EMILIO EM ATIVIDADE
DE DO SUL MEYER RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431766 66 ESC EDU PROFISSION AL SENAC CIDADE BAIXA EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CIDADE BAIXA RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431783 16 ESC EDUC PROF ALCIDES MAYA EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431755 70 ESC EDUC PROF HOSP MOINHOS DE VENTO EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA FLORESTA
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431822 59 ESC EDUC PROF MAN AERON OTTO E MEYER EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA SAO JOAO
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 432114 45 ESC EDUC PROF SAO CAMILO EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA PETROPOLI S RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 433130 51 ESC EDUC PROF SENAC PASSO D AREIA EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA PASSO D AREIA RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 432095 21 ESC EDUC PROF SENAI AUTOMOTIV O PORTO ALEGRE EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA RUBEM BERTA RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 433260 80 ESC EDUC PROF SENAI PORTO ALEGRE EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA SARANDI
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 430005 17 ESC EDUC PROFIS FACCENTRO EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 430004 87 ESC EDUC PROFISSION AL CECILIA MEIRELES EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431093 14
ESC EST TEC SAUDE HOSP CLINICAS POA EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA SANTA CECILIA RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 432510 05 ESC PROF FUNDACAO UNIVERSITA RIA DE CARDIOLOGI A EM ATIVIDADE
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 433880 51 ESC PROF INST ENSINO EXTENSAO E PESQUISA - IEEP EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CRISTO REDENTOR RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431051 65
ESC TEC EST IRMAO PEDRO
EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA FLORESTA
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431051 73
ESC TEC EST JOSE FEIJO
EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA RUBEM BERTA RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431056 88
ESC TEC EST PAROBE
EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431075 91 ESC TEC JOSE CESAR DE MESQUITA EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CRISTO REDENTOR RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431050 92 ESC TEC SANTO INACIO EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA HUMAITA
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 433350 71 ESC TECNICA CRISTOVAO COLOMBO EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA FLORESTA
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431765 00 ESCOLA DE EDUCACAO PROF SENAI VISCONDE DE MAUA EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA NAVEGANT ES RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431755 62 ESCOLA DE EDUCACAO PROFISSION AL CEDEN EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA SAO GERALDO RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 432498 09 ESCOLA DE EDUCACAO PROFISSION AL UNITEC EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 432114 37 ESCOLA EDUC PROFISSION AL ITEPA EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 432114 70 ESCOLA EDUC PROFISSION AL KLYMUS EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 432496 04 ESCOLA PROFISSION AL FUNDATEC EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA PARTENON
GRAN DE DO SUL
ALEGRE 34 TECNICA CRISTO REDENTOR
ATIVIDADE AREIA
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431056 96 ESCOLA TECNICA ESTADUAL SENADOR ERNESTO DORNELLES EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 430004 95 ESCOLAS E FACULDADE S QI LTDA - ALBERTO BINS
EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 430005 33 ESCOLAS E FACULDADE S QI LTDA - JULIO DE CASTILHOS
EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431782 94 FACTUM CENTRO DE IDEIAS EM EDUCACAO EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 430004 60 FUTURE SISTEMA DE ENSINO EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431076 13 INST VICENTE PALLOTTI ESCOLA EDUCACAO INFANTIL ENSINO FUNDAMEN TAL E MEDIO EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA PASSO DAREIA RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431078 77 INSTITUTO DE EDUCACAO SAO FRANCISCO EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA RUBEM BERTA RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431055 80 INSTITUTO ESTADUAL DOM DIOGO DE SOUZA EM ATIVIDADE
ESTADUAL URBANA CRISTO REDENTOR RIO GRAN DE DO SUL PORTO ALEGRE 431057 26 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO CIENCIA E TECNOLOCI A DO RS - CAMPUS PORTO ALEGRE
EM ATIVIDADE
FEDERAL URBANA CENTRO
GRAN DE DO SUL
ALEGRE 90 FEDERAL DE EDUCACAO CIENCIA E TECNOLOGI A DO RIO GRANDE DO SUL - CAMPUS RESTINGA
ATIVIDADE
RIO GRAN DE DO SUL
PORTO ALEGRE
432084 01
QI ESCOLAS E
FACULDADE S
EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA JARDIM LINDOIA
RIO GRAN DE DO SUL
PORTO ALEGRE
432500 09
TECBRASIL - ESC EDUC PROFISSION AL
EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA CENTRO
RIO GRAN DE DO SUL
PORTO ALEGRE
432038 33
UNIDADE DE ENSINO ESPECIAL CONCORDIA - ULBRA
EM ATIVIDADE
PRIVADA URBANA JARDIM IPIRANG
3.6 Vista geral da região atendida pelas escolas acima listadas:
A posição geográfica da Fundação é de extrema importância. No gráfico a seguir é marcado linha de 50 km (raio) que incluem cidades atendidas pela mesma. Nestas cidades, estão importantes indústrias que demandam mão de obra técnica nas áreas abrangidas pelos cursos oferecidos pela Liberato, podemos citar a Petrobras (Refinaria Alberto Pasqualini) e Polo Petroquímico, com grande número de técnicos oriundos da Fundação. Muitas empresas como, por exemplo, a Altus Automação tem parcela significativa de seu corpo técnico (mais de 50%) oriundos da Fundação Liberato. Várias empresas têm como fundadores, ex-alunos da Fundação Liberato (Tecnodrill, Tholz, CIGAM, etc).
Além de empresas, um aluno diferenciado nos cursos de engenharia da região como os da FEEVALE e UNISINOS também são provenientes da Fundação Liberato. O Laboratório de Ensaio de Produtos de Segurança recentemente inaugurado na UNISINOS, não tem comportamento diferente no que diz respeito ao seu quadro técnico.
Localização da Fundação Liberato
Linhas radiais de 50km com centro na Fundação Liberato
Os Institutos Federais de Educação são opção de ensino técnico e tecnológico de qualidade. A ideia defendida na Fundação Liberato de oferecer ensino tecnológico foi logo compreendida pelos IFES e adotada pelos mesmos, enquanto que na Fundação foi abandonada, tendo em vista a questões politicas partidárias, bem como pouco caso com a educação técnica, além de corporativismo de funcionários e professores com graduação incompatível e visão conservadora com relação aos cursos superiores. Esta atitude prejudica em muito a procura pelos cursos oferecidos pela Fundação e contraria uma tendência geral das instituições de ensino, principalmente a aqueles cuja oferta maior se dá nos cursos noturnos. Os dois institutos federais, que “ameaçam”, com a “concorrência” estão listado na figura a seguir. Considere-se ainda que estes IFES criam campus, como o de Feliz, que já apresenta pelo menos um curso concorrente com os da Fundação Liberato, o de Informática.
Rede Federal de Educação com influência para a Fundação Liberato
4. Análise dos dados apresentados:
Observa-se (nas tabelas de cursos na região) uma quantidade grande de cursos de INFORMÁTICA, e logo a seguir com menor intensidade, os cursos de Segurança de Trabalho. Em uma escala ainda menor, são oferecidos cursos de Eletrônica, Eletrotécnica e Mecânica e na menor escala ainda o de Química.
A razão para esta oferta está no custo de implantação e manutenção destes cursos. Mecânica e química tem custos elevados, tanto de implantação quanto de manutenção, eletrotécnica e eletrônica tem um custo elevado de implantação, porém bem menor que os de química e mecânica. O de menor custo de implantação e manutenção é o de informática, por este motivo é o mais ofertado. Existe também a demanda por profissionais da área afins aos cursos, este tema será examinado mais adiante.
Não se encontrou nenhum curso de Mecânica Automotiva na região analisada. O motivo poderá ser o já exposto acima, e talvez por isso o curso da Fundação tenha ao contrário dos demais cursos subsequentes noturnos, uma procura que poderíamos considerar constante (veja a tabela de tendências logo abaixo).
5. Conjuntura econômica da indústria brasileira:
O texto a seguir foi retirado de edição do jornal Globo on line. Trata-se de um extrato de relatório do IBGE:
Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção industrial foi negativa nas quatro categorias de uso, e em 14 das 27 atividades avaliadas. A maior influência negativa sobre o índice geral partiu do setor de veículos automotores, cuja produção caiu 10,5%, "pressionado em grande parte pela queda na produção de aproximadamente 75% dos produtos investigados no setor".
Também tiveram papel negativo os setores farmacêuticos (-18,2%), de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-16,6%), alimentos (-3,1%), metalurgia básica (-4,7%), fumo (-20,6%), produtos de metal (-5,7%), têxtil (-7,7%), borracha e plástico (-4,9%) e vestuário e acessórios (-11,9%).
Entre os 12 setores que registraram taxas positivas, os maiores destaques ficaram com refino de petróleo e produção de álcool (6,0%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (14,4%) e celulose, papel e produtos de papel (3,9%).
Quanto às categorias de uso, registraram quedas bens de consumo duráveis (-6,1%) e bens de capital (-4,1%). No primeiro segmento, o desempenho desse mês foi influenciado em grande parte pela menor fabricação de telefones celulares 20,3%), automóveis (-2,7%), eletrodomésticos da “linha marrom” (-8,4%) e motocicletas (-19,2%).
Ainda no confronto com abril de 2011, os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (-1,1%) e de bens intermediários (-2,0%) também assinalaram queda na produção.
"Vale destacar que nos dois últimos meses observou-se um dia útil a mais que igual mês do
ano anterior: março (22 dias úteis em 2012 e 21, em 2011) e abril (20 em 2012, 19, em 2011)", diz o IBGE, em nota.
6. Evolução da procura por cursos da Fundação Liberato.
São apresentadas curvas de tendência da procura de Cursos da Fundação Liberato:
6.1 Cursos diurnos:
Eletrotécnica -D 253 250 291 230 283 233 371 Mecânica-D 374 337 356 407 331 315 404 Eletrônica-D 458 542 545 569 484 451 482
Total 1811 1853 1977 1965 1839 1606 1826 2111 1932
O respectivo gráfico de tendência, considerando-se uma função polinomial é:
Gráfico de tendência da tabela acima para cursos diurnos
6.2 Análise dos dados:
Como se observa a procura diminuiu de 2006 até o ano de 2010, a partir de então por dois períodos, teve aumento. No entanto para se afirmar que a tendência é de crescimento é necessário esperar por, pelo menos, mais um período de ingresso. As perspectivas, no entanto apontam para a queda(é o que se verifica na atualização de 2013). Esta perspectiva é justificada pelo aumento do número de escolas concorrentes, desaceleração industrial, endividamento da família brasileira (a Fundação tem mensalidades concorrentes com várias escolas particulares da região), sucateamento das instalações físicas e dos laboratórios e perda na qualidade de ensino. Além disso, há uma questão de logística que demora a ser resolvida: a localização da Fundação Liberato e o acesso difícil por transporte coletivo. Apenas uma linha de ônibus serve a Fundação Liberato em horários fora do início e fim dos períodos de aula. Esta empresa é a Futura. Seu trajeto dá-se pela Rua Osvaldo Cruz. Para os alunos ter acesso a Fundação devem percorre uma trecho de, quase um quilômetro, a Rua Aguató. Este trecho é conhecido pelo elevado número de assaltos e é temido por aqueles que o conhecem.
Mesmo tendo esta linha de transporte coletivo, pouco é informado aos alunos, servidores e aqueles que usam a Liberato de detalhes de seus horários (poderiam ser fornecidos, por exemplo, na página WEB da escola).
Poderia ser proposta a empresa, em horários específicos (intercalados), uma alteração no trajeto sem prejudicar o trajeto original: Sairia da Oswaldo Cruz, subiria até a Rua São Pedro do Sul, pela Rua Tristão de Alencar, entraria na Aguató (Rua Bela Vista) e desceria até a Rua Oswaldo Cruz, mantendo o seu trajeto.
Um sério problema a ser enfrentado é a desatualização do corpo docente, em especial de disciplinas técnicas. Enquanto a “concorrência” estimula a continuidade de estudos através de seus planos de carreira a Fundação reluta em adotar plano semelhante. Embora tenha uma revista científica indexada pela CAPES, a produção científica não é estimulada no ambiente da Escola. Entenda-se “estimulada” como pontuação ao currículo do professor para sua
0 500 1000 1500 2000 2500
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Total
promoção em carreira. Fala-se em escola voltada para pesquisa científica, mas poucos são os professores que podem ser considerados pesquisadores ligados a algum órgão de fomento de pesquisa estadual ou nacional. É importante motivar a produção científica do corpo docente e a sua formação continuada.
Aperfeiçoar o professor quanto a metodologia em sala de aula, modernizando seus métodos de tal maneira a ter uma linguagem mais próxima do aluno ingressante. Em recente enquete realizada pela internet, controlada pelo CPA da Escola, os alunos opinaram sobre as provas e o resultado foi o seguinte:
a- 87% dos alunos foram aprovados na primeira vez que fizeram a prova; b- 87% consideraram a prova de matemática ou fácil ou normal;
c- 75% consideram a prova de língua portuguesa ou fácil ou normal.
Com relação a provável causa de reprovação, como poderia ser mais de uma resposta, a distribuição ficou conforme a figura a seguir:
Resposta dos alunos repetentes da 1asérie para sua reprovação
Os dados apontam para uma inadequação da linguagem do professor com seus alunos, pois eles foram selecionados de forma bastante rígida, consideraram normal a dificuldade apresentada nas provas e colocam (maior índice: 79%) como causa principal de sua reprovação “dificuldades encontradas em determinadas disciplinas ou áreas”.
6.3 Cursos noturnos:
A procura dos cursos noturnos tem grande significado para a implantação, atualização e extinção de cursos. Enquanto que nos cursos diurnos a procura é pelo ensino médio/técnico, sem necessariamente uma vinculação com uma futura profissão, no noturno não, o vínculo com o aperfeiçoamento profissional é evidente. Assim sendo, as informações coletadas pelos dados da procura pelos cursos noturnos é rica em informações que podem auxiliar em uma correção para um aprimoramento dos cursos atuais.
Obs.: para 2013/1, com exceção do Curso de Design, em relação a 2012/1 todos os cursos tiveram, embora pequena, queda na procura, por este motivo os gráficos a seguir, bem como todas as conclusões são válidas (A procura total em 2012/1 foi de 775 e em 2013/1, 709).
Ano 2005/1 2005/2 2006/1 2006/2 2007/1 2007/2 2008/1 2008/2 2009/1 2009/2 2010/1 2010/2 2011/1 2011/2 2012/1 2012/2
Química 245 215 239 167 273 169 248 168 225 118 253 119 177 116 177 115
Eletrotécnica 83 84 68 72 117 62 86 83 94 58 98 52 79 65 103 99
Mecânica 185 146 155 160 187 143 167 171 207 86 163 123 145 142 179 134
Eletrônica 126 88 116 73 124 70 115 68 109 53 82 40 66 44 61 39
Segurança d 206 176 160 147 159 89 137 99 118 68 134 71 113 85 103 96
Automotivo 76 64 94 72 108 64 116 63 101 63 112 51 67 72 91 0
Design 0 0 0 0 0 0 193 74 78 43 85 41 74 31 61 0
A seguir é apresentado o respectivo gráfico com a tendência para os cursos noturnos:
Gráfico de tendência para a tabela correspondente aos cursos noturnos
6.3.1 As procuras dos cursos de Química e Eletrônica:
A seguir o gráfico de tendência do Curso de Química noturno. Lembrando sempre que os eixos estão relacionados com a tabela acima apresentada. Eixo horizontal representa os semestres letivos e o eixo vertical o número de alunos.
O Curso de química é o que mais diminuiu (em números absolutos) a procura. Tal fenômeno também se verifica no curso diurno no período em que eram separadas as inscrições.
Curva de tendência para o Curso de Química noturno
Tal curva contradiz o feito de oferta de cursos na região (concorrência) uma vez que o Curso de Química da Fundação é um dos poucos nesta região.
O que se observa é que, o mercado de trabalho está em franca contração, principalmente nas áreas abrangidas pelo currículo do curso. Em áreas em franca expansão como petróleo, gás,
0 200 400 600 800 1000 1200
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Total Noturno
Total
Polinômio (Total)
0 50 100 150 200 250 300
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Química Noturno
Química
celulose, etc. o currículo do curso é omisso (controle de processos, automação, instrumentação, energia).
Além dos problemas normais como localização da Fundação (logística), sucateamento dos laboratórios, custo (mensalidades, deslocamentos, alimentação) tem ainda mais um que também ocorre no Curso de Eletrônica (que deve ser mais bem estudado) que é o academicismo do curso diurno transladado para o curso noturno.
No Curso de Eletrônica, também é dramática a diminuição da procura.
Curva de tendência para o Curso de Eletrônica noturno
A queda pode estar relacionada com diversos fatores, um dos quais é o academicismo do curso diurno levado para o noturno, mas também há uma maior oferta de cursos de eletrônica, e similar, como eletrotécnica na região, e existe ainda a concorrência do Curso de Tecnólogo de Automação Industrial que ocorre na própria Fundação. Tem-se nesta área um mercado de trabalho oscilante, além do mais, normalmente o aluno no turno já trabalha na área e busca um aperfeiçoamento em assuntos relacionados à eletrônica e não, necessariamente, a uma visão geral como é oferecido atualmente. É interessante observar que o curso diurno tem procura estável sendo, durante todo o período analisado o segundo curso mais procurado na Fundação e muito provável, se continuasse a opção da escolha de curso seria o primeiro em um curto espaço de tempo.
6.3.2 Curso de Eletrotécnica:
O Curso de Eletrotécnica se mostrou o mais estável dos cursos noturnos da Fundação. Extremamente prático com um mínimo de academicismo assemelha-se ao antigo CFP (Cursos de Formação Profissional) do SENAI. A expectativa do aluno trabalhador de aprimorar seus conhecimentos práticos de técnicas solicitadas em seu trabalho ou no mercado de trabalho que contempla a área é atingida. O resultado é a diminuição do índice de reprovação e a constante realimentação de egressos no mesmo. Além do mais, cursos de eletrotécnica são caros para sua criação e relativamente caros também em sua manutenção, por este motivo existem alguns poucos cursos nesta área na região que se destacam e são os mesmos há décadas.
0 20 40 60 80 100 120 140
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Eletrônica Noturno
Eletrônica
Curva de tendência para o Curso de Eletrotécnica noturno
6.3.3 Curso de Mecânica Automotiva:
O Curso de Mecânica automotiva é também outro curso que a curva de tendência mostra uma procura quase constante. Tendo em vista que este é o único curso existente na região tudo leva a crer que a relação entre a oferta e a procura está adequada e que o aumento da procura depende de ações de logística e marketing.
Evolução da procura do Curso de Mecânica Automotiva
6.3.4. Curso de Mecânica:
Os cursos de mecânica são cursos de custo elevado, tanto na implantação como em sua manutenção.
Os equipamentos e o material de consumo deste curso representa um peso considerável no orçamento de uma instituição de ensino profissional que oferece o mesmo.
0 20 40 60 80 100 120 140
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Eletrotécnica Noturno
Eletrotécnica
Polinômio (Eletrotécnica)
0 20 40 60 80 100 120 140
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Automotivo Noturno
Automotivo
Evolução da procura do Curso de Mecânica
Embora a curva de tendência deste curso apresente um leve declínio é muito provável que, em função do crescimento econômico e das atividades da indústria metal mecânica, também em crescimento, que esta tendência seja revertida facilmente, até mesmo pela demanda de mercado. Além do mais, cursos desta natureza são raros na região, porém haverá uma concorrência cada vez maior através de instituições como os IFES, e talvez as novas escolas técnicas estaduais prometidas para o vale dos sinos.
6.3.5 Os cursos de Segurança do Trabalho e Design:
São cursos com acentuada queda na procura. O Curso de Segurança do Trabalho enfrenta forte concorrência em toda a região que pode ser vista nas tabelas acima. Apresenta um alto índice de reprovação/evasão, cujas causas são totalmente diferentes dos cursos da área industrial da Fundação Liberato, uma vez que a maioria das disciplinas não apresenta à dificuldade vinculada a realização de projetos práticos.
Evolução da procura do Curso de Segurança do Trabalho
O Curso de Design tem um perfil parecido. As causas não foram apuradas neste trabalho. Cabe salientar que, na região este tipo de curso é pouco ofertado. A demanda por profissionais nesta área, embora não seja conhecida, é elevada em empresas de desenvolvimento de software, em empresas de produção de vestuário, e calçados.
0 50 100 150 200 250
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Mecânica
Mecânica
Polinômio (Mecânica)
0 50 100 150 200 250
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213141516
Segurança do Trabalho
Segurança do Trabalho
Evolução da procura do Curso de Design
Há um sinal de alerta para o curso, em especial, sendo um dos mais novos, a procura caiu em cerca de 1/3 do valor da primeira oferta.
6.3.6 Resultados de repetência nos cursos noturnos:
A tabela apresenta os dados da repetência ao longo dos anos, a partir de 2005.
Repetência dos cursos noturnos
Média do índice de repetência noturno 2005 – 2012
0 50 100 150 200 250
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Design
Design
Potência (Design)
Cursos 2005-1 2005-2 2006-2 2007-1 2007-2 2008-1 2008-2 2009-1 2009-2 2010-1 2010-2 2011-1 2011-2 Méd/curso
Química 28,1 22,7 31,2 26,3 26,5 26,3 26,5 27,6 23,5 24,5 25,5 25 22,1 25,83077
Eletrotécnica 27,7 23,8 33,9 29,9 27,4 29,9 27,4 23 25 21,1 18,5 15,3 24,3 25,16923
Mecânica 17,2 14,1 17,2 13,3 21,5 13,3 21,5 22,1 17,6 28,2 30,9 21 24,9 20,21538
Eletrônica 45,1 39,2 44,3 42,9 38,9 42,9 39 36,3 32,8 36,7 51,1 40 44,6 41,06154
Segurança 15,7 21,3 17,8 20,4 20,1 20,4 20,1 16,7 19,5 21,6 23,3 15,6 23,6 19,7
Automotivo 4,6 12,4 15 9,9 8,2 9,9 8,1 11,9 21,3 6,8 15 14,7 11,3 11,46923
Média 23,06667 22,25 26,56667 23,78333 23,76667 23,78333 23,76667 22,93333 23,28333 23,15 27,38333 21,93333 25,13333
0 5 10 15 20 25 30
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Média
Média
É interessante a comparação do gráfico da média de repetência com o índice da procura dos cursos noturnos. Fica evidente que, enquanto o índice de repetência é praticamente constante e igual a 23,9, muitos cursos tiveram mais uma queda na procura em cerca de ½ ou menos. Isto leva a indicar que a queda na procura tem muito a ver com a estrutura dos cursos, com o mercado de trabalho, localização da Fundação e sua infraestrutura pedagógica e de apoio. Em um questionamento verbal a ex-diretor da escola Frederico Schmidt de São Leopoldo, a concorrência para os dois cursos noturnos existentes naquela escola é de cerca de 8 candidatos por vaga. A procura também é grande em Taquara e Montenegro.
6.3.7 Formandos nos cursos noturnos:
A tabela a seguir (ainda faltam dados da secretaria que está contabilizando os mesmos), demonstra que o número de formandos do curso noturno está diminuindo. Esta diminuição está relacionada, provavelmente com a evasão.
7. Conclusões:
Há muito tempo que a educação pública, no Estado do Rio Grande do Sul deixa a desejar. Colégios do quilate de um Júlio de Castilhos ou da Escola Técnica Parobé fazem parte da história. A derrocada começou logo após o governo de Amaral de Souza, provocado pelo achatamento salarial dos professores públicos estaduais. As escolas técnicas passaram então pelo descaso e pela falta de investimentos em instalações e equipamentos. Ocasionalmente foi comprado um equipamento aqui outro acolá. Programas como o promovido pelo governo brasileiro e a antiga cortina de ferro, em que café era trocado por equipamentos científicos simplesmente sumiram. Este programa fez da Fundação Liberato uma escola diferente onde existiam equipamentos de última geração e de extrema precisão. Técnicos eram treinados nos países de origem dos mesmos e a interação forte com a indústria mecânica e química começou ai. Dos equipamentos ai existentes, restam alguns poucos no curso de Mecânica, em grande parte foram transformados em sucatas espectrógrafos de emissão atômica, tornos, fresas e uma série de equipamentos de testes que não tiveram mais reposição por equivalentes modernos.
Uma nova tentativa de reaparelhamento e modernização das escolas técnicas vieram somente no governo de Fernando Henrique Cardoso com o PROEP. O Proep era objeto do Acordo de Empréstimo n° 1052/OC-BR celebrado entre o Ministério da Educação e o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, com vigência final prevista para novembro de 2008. O valor do Contrato era de U$ 312 milhões, dos quais 50% provenientes do financiamento BID e 50% de contrapartida brasileira.
importância da SUEPRO neste período foi fundamental. As escolas técnicas do Estado foram chamadas a rever seu programa e incentivadas a retornar a oferecer o ensino integrado. O PROEP foi levado a cabo em muitas escolas estaduais (mesmo com o descaso da SEC-RS), como foi o caso do Parobé, Monteiro Lobato e a própria Fundação Liberato, entre outras. Graças a este programa estas escolas puderam adquirir equipamentos de custo elevado, necessários a manter o bom nível das mesmas, sem servir ao capital internacional!
Neste último período relativo à gestão do PT no Governo Federal, até talvez, tendo em vista que o Ex-presidente é ex-aluno do SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, o ensino profissional tomou uma grande importância. A rede federal de escolas profissionais tomou corpo por todo o Brasil, ameaçando com a extinção as já depauperadas escolas técnicas estaduais. Gratuitas, novas com profissionais relativamente bem pagos, além de formação acadêmica elevada, tornam-se, tal quais as universidades federais, em instituições que cedo ou tarde promoverão um ensino elitista, dirigido a de estudantes de classe média/alta, tendo em vista o número elevado de candidatos as vagas oferecidas.
Embora o Sr. Gaudêncio Frigotto em suas últimas conferências tenha mudado de opinião com relação as escolas técnicas, sugerindo como modelar o ensino desenvolvido na Fundação Liberato, a experiência e a história de instituições públicas de ensino profissional do Estado de Rio Grande do Sul são deixados de lado quando se trata de políticas de educação. Agora mesmo é anunciado pela Secretaria de Educação que serão construídas três novas escolas técnicas no Sul do estado, de “padrão MEC. Os cursos oferecidos serão debatidos com a comunidade, por meio do Pacto Gaúcho pela Educação, com Coredes e secretarias afins. Além disso, eles deverão atender à demanda dos Arranjos Produtivos Locais (APLs).” A notícia é do Correio do Povo de 29 de julho de 2012. Ora a única escola que tem conhecimento e programas já desenvolvidos, com resultados positivos com relação às APL´s é a Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Viera da Cunha, no entanto, mais uma vez foi deixada de fora do planejamento deste tipo de ação.
Esta falta de visão, de preparo técnico, desprezo pelo conhecimento já acumulado, que caracteriza o principal órgão de gestão da educação estadual, danificará ainda mais o já precário ensino profissional estadual, e isto inclui a Fundação Liberato. É necessário dar um rumo diferente a educação profissional estadual, este é o primeiro passo para uma mudança significativa, principalmente quando os indicativos de crescimento industriais são pessimistas. Enquanto isso ações pontuais podem ser desenvolvidas:
a) Acesso ao local da Fundação: Planilha de horários de ônibus, local das paradas, linhas. Informação acessível aos servidores e aos alunos. Informação no site para eventuais interessados nos cursos;
b) Ingresso: Adequar a forma de seleção para um processo seletivo que valoriza mais o raciocínio lógico e menos a memorização. Eliminar a redação como fator de eliminação do ingresso na Fundação. Facilitar a inscrição, desburocratizando a mesma;
c) Aumentar a divulgação dos cursos da Fundação na mídia, em especial, em épocas de seleção.
d) Valorizar a MOSTRATEC como ação da Fundação Liberato, divulgando a mesma. Aproveitar o evento para ações de marketing.
f) Valorizar as parcerias com o mundo do trabalho, através da Diretoria de Pesquisa e Produção Industrial.
g) A atividade de docência deve ser valorizada, isto é, promover cursos de aperfeiçoamento, incentivar através de um plano de carreira coerente este aperfeiçoamento, bem como a produção científica dos docentes. Fazer respeitar a hierarquia.
h) Propor novos cursos técnicos que não existam nas proximidades (por exemplo: Curso Técnico em Metalurgia) e que sejam exequíveis na Fundação. Obs: Este Curso é demandado pelo mercado, não há existência do mesmo no Estado (não foi informado pelo catálogo da SUEPRO) e poderia ter como laboratórios básicos, para início de atividades, os laboratórios de química e mecânica.
i) Retomar ações para o desenvolvimento de cursos superiores vinculados a Fundação Liberato.
Irineu Alfredo Ronconi Junior
Professor licenciado em Ciência e Matemática (1977) – Lecionou Ciências em matemática para crianças das 4as séries do ensino fundamental do Colégio Estadual Souza Lobo. No mesmo colégio lecionou ciências nas 7as e 8as séries do ensino fundamental, curso noturno.
Professor Licenciado em Física (1981) – Lecionou Física na Escola Estadual Júlio de Castilhos durante 11 anos, até 1988. Foi professor de Física do Colégio Batista pelo mesmo período. Também foi professor de Física do Colégio Farroupilha e SENAI-CETEMP.
Trabalhou como Físico Técnico de Produto Pleno na ICONTRON no desenvolvimento de capacitores eletrostáticos.
Engenheiro Eletricista (1988) – Desenvolveu os projetos de cursos de Engenharia Elétrica da UNISINOS e do Curso de Tecnólogo de Automação Industrial da UERGS. Foi coordenador do Curso de Engenharia Elétrica da Unisinos por 8 anos. Desenvolveu projetos elétricos como autônomo.