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Academic year: 2018

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Picky Kids, Eating, and Autism

Creative ways for healthy nutrition By: Lisa Ackerman

Date: September 15, 2003

Autismo, Crianças seletivas na alimentação, Métodos criativos para uma nutrição saudável Por: Lisa Ackerman

Data: 15 de setembro de 2003.

Geralmente a discussão, angústia e batalha de muitos pais é como colocar comida saudável nas barrigas dos bebês. Se perguntarmos aos pais de crianças autistas, ou com necessidades especiais, sobre a nutrição de seus filhos a resposta será um suspiro desesperado, prevalecendo quase sempre a exasperação. Boa nutrição e crianças autistas raramente andam juntas. Geralmente os pais desistem e vão lutar outras batalhas.

O autismo afeta cada criança de forma peculiar. Em algumas crianças com autismo os problemas sensoriais podem tornar a introdução de novos e saudáveis alimentos muito difícil, tanto para os pais quanto para os

profissionais. É muito complicado introduzir alterações interessantes para crianças que gostam da rotina e da

mesmice, mesmo em relação ao alimento que comem todo dia. A sensibilidade oral pode tornar essa situação ainda mais difícil.

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apresentação criativa da comida, ameaçar ficar sem comida, amigos comendo os alimentos saudáveis, pais comendo os alimentos saudáveis, mais bajulação e dança de colheres, não motivaram meu filho autista Jeff a comer alimentos novos e saudáveis. O “só mais um pouquinho” era mais uma piada para ele do que um plano de ação remotamente eficiente. Ele foi a criança mais astuciosa que encontrei com o propósito de não fazer mudanças, e relutante em ceder a qualquer de nossos esforços. Quando ele ia comer, a última coisa no mundo que ele queria ver, era variação nas refeições. Para mim era uma frustração constante. Cada passo na estrada para levar Jeff a comer um novo alimento era uma nova derrota para a mamãe. Eu sabia que deveria existir outro caminho. Para manter a saúde de meu filho eu deveria descobri-lo. Para encontrar a solução, primeiro precisava ver o que tinha acontecido anteriormente.

No início nosso filho Jeff comia tudo o que se colocasse na bandeja de seu cadeirão. Ele era uma criança que se alimentava de forma saudável. Comida era comida, e toda comida era sua amiga. Perto dos 2 anos Jeff estava restrito a somente 6 tipos de alimentos – todos muito pouco

saudáveis, incluindo batata frita, sanduíche de pasta de amendoim, barras de leite, nuggets de frango do Burger King, e meio galão de leite por dia. Nada remotamente parecido com alimentação saudável passava por seus

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Jeff foi diagnosticado como autista uns 6 meses após sua alimentação tornar-se muito restrita, nos dando algumas pistas do motivo pelo qual estávamos tendo tanta

dificuldade. Após muita pesquisa, com base nos programas comportamentais domésticos, as terapias ocupacional e da fala tiveram início. Também iniciamos uma intervenção biomédica visando melhorar sua saúde. Dentro desse plano de intervenção constava a

implementação da dieta sem glúten/sem caseína. Também eliminamos os corantes, e só oferecíamos alimentos

orgânicos para Jeff.

Durante esse processo alguns nutrientes, incluindo frutas e verduras, encontraram o caminho para o estômago de Jeff, mas não em seus aspectos normais. Eram sempre camuflados, com aspecto de alimento seguro e verdadeiro para Jeff, nunca parecendo nem remotamente com um pedaço de fruta ou uma folha de verdura. De preferência tudo o que eu lhe servia parecia um nugget de frango (sem a fritura). Ele poderia comer assim para sempre, mas eu estava favorecendo suas escolhas! Onde estava a

variedade? Como ele poderia comer de tudo se eu não lhe fornecia a opção da variedade? Teria que dar mais um passo adiante.

Para a introdução de novos alimentos voltar à dança e bajulação não traria proveito. O “só mais um pouquinho” encontrava uma face infantil inexpressiva. Aparecia um novo problema – sensibilidade oral. Jeff tinha tanta sensibilidade à comidas, sabores e texturas que, se você comesse certos alimentos ao seu lado ele teria náuseas. O cheiro, a textura da comida, a proximidade da comida, era demais para ele suportar. Hora de tentar algo novo ...

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Trabalhando em conjunto com a equipe de terapeutas de ABA ( Análise Comportamental Aplicada) e usando seus princípios, desenvolvemos um plano para levar Jeff a comer comida natural e diferente, em sua forma comum. Todo o processo levou seis meses, mas o esforço valeu à pena.

Começamos com uma lista dos alimentos que eu queria que ele comesse. A lista incluía itens como: ervilha, milho, melancia, banana, pêra, molho de maçã, e frutas secas. Para induzir a aceitação de Jeff às novas comidas tivemos que introduzi-las paulatinamente em seu ambiente. Foi um processo doloroso , que levou a bons resultados.

Iniciamos o longo caminho para levar Jeff a aceitar outros alimentos seguindo esses passos:

Você come o alimento perto da criança e fala: “ essa

__________ está deliciosa”. ( é importante que você esteja certo da atenção e observação da criança enquanto você está comendo o novo alimento).

Um amigo da criança, ou uma pessoa muito importante, come, próximo à criança , o alimento novo e diz: “ essa __________ está deliciosa”. ( novamente, é importante ter a atenção da criança nessa etapa e em todas as outras).

Nas terapias em casa, na escola, e no tempo livre, os

terapeutas/pais, devem pegar uma figura do alimento que se deseja que a criança coma e falar a respeito dele. Façam exercícios , vejam alimentos da mesma categoria.

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Nós então colocamos uma pequena quantidade do alimento em um prato separado próximo ao prato da

criança. Mostramos e explicamos. Comemos um pouco e falamos “ essa _________ está deliciosa”.

O grande passo: colocamos o alimento no prato da criança. Ela não comerá o alimento. Mas deve permitir que a

comida fique em seu prato. Diga ao seu filho “você não tem que comer o _______. Só tem que deixá-lo em seu prato durante sua refeição”.

Próximo grande passo: coloque o mesmo alimento no prato da criança e durante a refeição ela deve tocá-lo.Fale ao seu filho “você não precisa comer o ________ somente precisa tocá-lo durante sua refeição”.

Dando, realmente, um grande passo: ponha o alimento no prato da criança e durante a refeição ela deve pegar a comida. Diga ao seu filho “você não precisa comer o ________ só pega-lo uma vez durante sua refeição”.

Agora estamos nos movendo: ponha o alimento no prato da criança e durante a refeição ela precisa PEGA-LO E ENCOSTA-LO EM SEUS LABIOS. Diga ao seu filho “você não precisa comer o _________ só precisa PEGA-LO E ENCOSTA-PEGA-LO EM SEUS LABIOS durante sua refeição”.

Atenção – o próximo passo inclui a língua! Coloque o alimento no prato da criança e durante a refeição ela precisará PEGAR O ALIMENTO E COLOCA-LO EM SUA LINGUA. Diga ao seu filho “ você não precisa

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Ultimo passo – o objetivo: PONHA UM PEDAÇO PEQUENO na boca e finalmente engula o alimento. Observe, é bem possível que, da primeira vez haja pouca mastigação . Trabalhe com seu filho a mastigação nesse último passo.

Observação : escolha do primeiro alimento – ervilhas são as mais difíceis. Todos os outros alimentos foram

introduzidos em um período de tempo curto. Atualmente a introdução de novos alimentos pode ser feita em períodos de um dia aproximadamente. Com alguns alimentos, como cenouras, nunca conseguimos sucesso, mas outros foram acrescentados em uma base de um por semana.

Algumas crianças evitam alimentos pelos quais são muito alérgicas. Se você perceber que isso pode ser um

problema recomendamos a execução de exames para verificação de alergias em seu filho. Entretanto, em muitas crianças, a rejeição de alimentos deve-se a causas

comportamentais e alterações sensoriais..

No caso de Jeff o trabalho com bons profissionais da área de intervenção comportamental, fala e terapia ocupacional, auxiliou na aquisição do hábito de alimentar-se com

comidas variadas. Para todos os pais de crianças com necessidades especiais, uma equipe dessas auxilia no

processo de tranformar uma situação muito difícil em uma situação aceitável.

Ao fim de 6 meses, tínhamos o Jeff comendo uma nova lista de alimentos saudáveis, incluindo hamburger

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isso, não importa, mas ele está comendo uma variedade de alimentos saudáveis.

Agora comer fora de casa, desde que mantendo a dieta SGSC, é possível e agradável. Atualmente ele tem

Referências

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