DESENVOLVIMENTO
DB TUES PONTOS
DADOS PEI
.
A FACULDADE DE MEDICINA DO RIODE JANEIRO.
PELA ANALYSE DO SANOUR PODEUSFKÏORECONHECER ASMOLÉSTIAS B FAZER SEU DLAGNOSTICo DIFFERENCIAL?
QDAES OSAPPARELDOS EMQUEFIGURA OUDEVBFIGURAR 0BAÇO,EQUEDEDUCÇÔESSE PODEM TIRARDA StA ESTRICTURA PARA SELS USOS?
QUEDIFFERENCE FUNDAMENTALEXISTEENTREOSCALLES MONO E DICOTYLEDONEOS? COMO SE OPÉRA0 CRESCIMENTOli'UH E N OLTRO?
THESE
ApresentadaàFaculdade de Medicina doIliode Janeiro em13deDezembro de1851
e(uitentada
ron
PEDRO MARIA DA
FONSECA
FERREIRADOUTOREM>11‘IHCI NA PELAMESMA FACULDADE Natural da Província de Minas Gcraes
FILBOLEGITIMO DE
ANTONIO
DA
FONSECAFERREIRA
B
THEODORA LUIZA
DAPIEDADEmm SE zmmmo
)TYPOGRAPIIIA UNIVERSAL DE LAEMMERT
Ruados Inválidos
,
61B 1851FACULDADE DE MEDICINA DO WO DE JANEIRO ,
DIRECTOR
.
i
.
oD«.
JOSÉ MARTINS DACRUZJ0B1M.
LENTES PROPRIETÁRIOS.
OS«
.
Coi0$Sis
.
DOUTO.
RS:1
.
»Anno.
Physic
.
Medica.
Botanic
.
Medic. ,
cPrincípios elementares de Zoologia.
F
.
D.
P.
CÂNDIDO,F.F
.
ALLEMXO. . )
2
.
°Aaiso.
Chimie
.
Medica,e Principio» elementaresd« Mineralogia.
Anatomia geral e descriptive
. Î
J
.
V.
TORRF.
SHOMEMJ
.
M.
NUNES GARCIA, Examinador. . .
3
.
*Anuo.
J
.
M.
NUNESGARCIAL
.
naA.
P.
BICUNHA.
Anatomiagerale descriptive.
.
Pbysiologia.
4.*Anuo
.
Pathologia geral eexterna
.
Pathologia geraleinterna
.
Pharmacia,Materia Medica
,
especialmentea Brasileira,Therapeutica e Arte de formular.
J
.
B.
BAROSAJ
.
J.
BASILVA}
J
.
J.
DaCARVALHO,Examinador.
5
.
*Anno.
Operações, Anatomiatopographicae Apparelhos
.
jPartos,Moléstias demulheres pejadas eparidas,e
J de meninos reccm
-
nascidos.
Hygiene e Historia de Medicina
.
Medicina Legal
.
WMIiw C
.
B.MONTEIROL
.
BAC.
FEIJO’,Presidente 6.
»Anno.
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.
G.
BOSSANTOSJ
.
M.
BAC.
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.
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P.
naCARVALHO. . .
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PIMENTELClinicaexterna eAnat
.
Pathologie»respectiva.
Clinica internaeAoat
.
Pathologic,
respectiva.
LENTES SUBSTITUTOS
.
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.
M.naMIRANDAaCASTRO F.
G.
BA ROCHA FREIRE ,Examinador.
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.
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MARTINSj
Secçã odas Scieocias accessorias. j
SecçãoMedica,j
SecçãoCirúrgica.
SECRETARIO
.
F
.
FERREIRAoaABREU,
Examinador.
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.
LUIZCARLOSBA FONSECA.
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.
B.
A Faculdadenãoapprove nem reprova as opiniões «mittidasnasTheses que lhe são apresentadas.
t
A MEU PAI
E
MINHA EXTREMOSA MAL
Meus Pais
.
Aslagrimas,
quonestemomentobanhão meusolhos ao pronunciar osvossos nomes, traduzemvivamenteoque sepassaemminha alma... .
Nãotendophrases,
que expriraão oquesinto,
contenta-
meodizer—
sou vosso filho.
A MEUS IRM ÃOS .
Tenho concluído a minhacarreira
,
eiso quetanto desejáveis.
AEAt
.
DO»AEG.
«4 Ü Ö H i r ü D D t
t
SOBRINHOS .
Puroesingelo tributo do amor fraternal ,que vos consagrameucoração
.
3 AMIGOS -
1roEM PARTICULAR
MEUS TIOS E PADR 1 M Í 0 S .
>£»C4a*
-
A ’ MEM Ó RIA SAUDOSA
D E M E U T I O E A M I G O O ILL
. “
0SR.
CORONELJOAQUIM
DAFONSECA FERREIRA .
AOS EX. “
0'SRS .
BAR ã O E BARONEZA DE SANTA LUZIA .
Signal deconsideração
,
respeitoegratidão.
A MEU VERDADEIRO AMIGO E PATRICIO
0 SR
.
A MEUS COLLEGAS E Í NTIMOS AMIGOS
OS SRS
.
DOUTORESJOAO NOGUEIRA PENIDO.
JOÃ
OFRANCISCO DE PAULA SOUZA E MELLO .
MANOEL FAUSTLNO CORR ÊA BRANDÃO .
JOS É FRANCISCO NETTO .
JOSÉ CONSTANCIO DE OLIVEIRA E SILVA .
SILVERIO JOS É LESSA .
JOS É PAES DE SOUZA .
JOÃO MARIA SEVE .
Saudade
. ...
SaudadeJLOZ METTS AMIGOS DE Z1 TFA1 TCŒ A
OS SRS
.
CASSIANO AUGUSTO DE OLIVEIRA LIMA .
JOAQUIM CLAUDIO DE SALLES .
MANOEL DA FONSECA VIANNA.
E
^
03Srs .
DOMINGOS MARTINS GUERRA .
BENJAMIM FRANKLIM DA ROCHA VIEIRA
;CARLOS ANTUNES HUDSON .
A ans ®®
@® SJE . B© äS S
OS SRS
.
DOUTORESGERVASIO PINTO CANDIDO DE
GOESËLARA .
JOAORIBEIRO
DEALMEIDA .
LUIZ PIRES GARCIA .
PEDROBETIM PAES LEME.
BENTO MARIA DA COSTA .
HIEOPUILO
CLEMENTEJOBIM .
FRANCISCO FERREIRA DE
SIQUEIRA.PROPICIO
PEDROSOBARRETO DE
ALBUQUERQUE.
ao 311 .
m oe Rco .
moSr . <
Üoncgo
MANOEL
DOS SANTOS FERREIRA .
Expressãode gratidão e intimaamizade
.
AHAl
.
DO*A!»C.
Aos Ill."0’ Srs
.
MANOEL
TEIXEIRA DACOSTA .
E
MEU MESTRE DE LATIM
JOS É
JOAQUIMLAGES .
Reconhecimento á distincção
com
que fui sempre porvós tratado.
AO « UI DISTIXCTO PROFESSOR E DIGXO PRESIDENTE DESTA THESE
O
III .
"0 Sr.Dr
. LUIZ DACUNHA
FEIJÓ.
Respeito o
vosso
saber,
jidmiro as vossas qualidades,
dedico- vos a
mais alta gratidãosympa
lliia.
ôI
Pela analyse do sangue poder - se - h ã o reco- nhecer as mol
éstias , c fazer seu diagnostico differencial ?
Les mêmeslésionsnesont point constamment annoncées parlesmêmessymptômes,parfoisencore àdes symptômesidentiquesrépondent deslésions différentes
.
STDK.MIAM
.
Estaquest
ão , queexiste ainda rodeada de immensas difliculdades,
ésem duvidadealtaimportanciaparaa medicina.
Pararesolvê-
laénecessárioestu-
dar as modificações que experimentaosanguonas moléstias
,
ejamais cllas poderáõ serpercebidas sem que tenhamosumponto departidabem conhecido edeterminado;essepontoéoconhecimento dacomposição, e dasproprieda-
des dosanguenoestado de saude;esseconhecimento ainda não estácompleto
.
Entretanto digamosalguma cousa a esserespeito
.
Sem pretendermosapresentarasdifferentes analyseseopiniões deumgrande de chimicos ephysiologistasquetem estudadoosangue , diremoscom Andral:«A idéa maissimples quese póde fazer da constituiçãonormal do san
-
gue,quando circula , é considera
-
lo comoagua,servindo de vehiculoasubstan-
ciasinorgânicas, eaumamateria organica,que seapresentadebaixo de très fôrmasdistinctas ,logo que tenha sahidodosvasos
.
DO SARG
.
1numero
—
2—
ExistemcomeíTeilonoliquidonutritivo uma materiaanimal,cuja proprie
-
dadecaracleiislicaécoagular
-
seespontaneamente,
separando-
sed'agua
debaixodaforma de matéria plastica
,
aquesetemdadoonome de fíbrina,
estacoagu-
lação temlugarconstantementetodasas vezesquesetemtirado o
sangue
do organismo, oumesmoduranteavida por influenciasdecausasmórbidas;uma outra materiacmdissolução n’agua, esemprenesteestado ,querno sangueque circula,quernoquesetem depositadoemvasos,—
éalbumina;aindauma ter-
ceira ,quenã oestáemdissolução , mas simsuspensan’agua
,
apresentando-
sedebaixo daformadepequenos
corpuscules
lenticulares, bem dislincla dasduas precedentes porsuaformabem determinada,eporsua côrvermelha,—
osgló-
bulos;estessão
compostos
de duasmatérias;umaéaque lhesdá a côrverme-
lha (hematosina) , a outra ,pouco conhecidaemsuanatureza ,éaglobulina que, na opiniãodeLe Canu,é amesmacousaqueaalbumina
.
Assubstancias inorgânicas são differentes saes dissolvidosn’agua;ellescon
-
stituemoquesechamamateriaessolidos dosoro
.
I!ecebendo
-
sc em um vasoosangue quese tem tirado da vôaeposto
einrepouso
,
elle nãotardará a di\idir-
secm duas partes dislinctas; a primeira (coagulo oucruor) éconstitu ídapela fíbrina,
pelos globulos, eporumaporção dc soro,
que existe nascellulasda fíbrina,
que oreten^
como uma esponjaqualquer liquido;asegunda,inleiramcnte liquida, é
composta
dosoro que contémemdissolu ção os saes,albumina,c um numeromaiso«menos conside-
rável dematérias organicas,segundoaopiniãodediversos chimicos
.
Mullerdiz, quetendorecebidoemumfiltroosanguede uma ran,
cujos grossos globulos, n ãopodendoatravcssa-
lo,
permiltirão-
lhe observarnoliquidofiltradoumacrosta fibrinosa.
Piorry lambemnotoumuitasvezes estemesmo phenomeno nosoro , que separou com precauçãodo coagulo; portanto,
comoRaspail,
eoutros admillcm quea fíbrinanãoésenão uma simples modificaçãoda albumina, não duvidaremos que possa existir lambemfíbrina nosoro, que se nãotenha coagulado.
A separaçãodosangue em cruoresoro ôphenomeno sobre cujo
mecanismo
os physiologislasnão estãode accordo;uns creemqueé vital,
aualogoácon-
Lracçãodosmusculos;outrosoobservãocomo consequênciada sublracçãodo sangueásleis vitaes; Raspail como um resultadode operações chimicas, altribuindo
-
o áprecipitação da albumina,
que deixa doserdissolvida pelos alcalis,neutralisados pelo acido carbonico doar.
Andral diz,
que asepara
ção do sangueemduasparles , ótoda mecanica,
édevida à coagulaçãoespontanea
da fíbrina,quefôrma umavastarede,
cujas malhasretemosglobulos,
cexpe-
rimentando poucoepouco asfibras um movimento decontracção fazem
escapar
«lelodososlados soro
.
—
desses princípioss — componentes
dosangue Apropor
çãorelativa de cada umésempre muito variadaemdiversas raças
,
bemcomo nosmesmosanimaes, segundoasidades, ostemperamentos , constitui
ções, boaoum á alimentação, o sexo , periodo de gravidez, etc.
Se porém a avaliarmosobsoJulamenle
no estadophysiologico, ver-
se-
haque oscillaemcertos limites;equandoosvenha atransgredir,deve-
sesuppôra existência de umamoléstia.
Assimasalterações,queexperimentaosangue
,
aflectãoalgumasvezeso modo deassociaçãodeseus elementos;outrasaproporção, e sem duvida também anaturezadecada um desses mesmoselementos.
Alteração do sangue
.
A alteraçãodosangueéprimitivaouconsecutivaãsmoléstias?
Os humoristas
,
que considerão osanguecomotunorgãodotado devitalidade propria,proclamão doenças , e emparticular indammação do sangue(hemite).
Modificado,dizem elles
,
peloar,
pelosalimentos , por bebidas,
por sotfri-
mento de todos os orgãos , deveexperimentar frequentes mudanças em sua composição;eassim tornar
-
sefontedc uma multidão de estados morbidos, Asmoléstiasepidemicascomo typhus, peste,
cholera-
inorbus , febre ama-
relia,etc
. ,
nãocomeção senãoporumaalteraçãodo sangue.
Injectandomaté-
rias nocivas nas vôasdeanimaes,confiãomaisemsuasopiniões emconsequência da perturbação do estado normal,oumesmo damortedesses animaes
.
Piorry algumasvezesconsidera comoprimitivaaalteraçãodosanguepelas seguintes razões: emmuitos casos de febreintensa,semque hajãosignaespositivosde lesõeslocacs, osangueapresenta-
secrostoso;emmuitas inflammaçõesagudas efebrisdas juntasa doençaarticularnãocorresponde porseugráo,
eextensão áperturbaçãocirculatóriaquetemlugar;muitasvezes ésó oapparelho circu-
latórioqueélesado, e oédeumamaneira muitogeralpara queo pontode partidanão esteja nofluido queocircula
.
OBrownisrao ,pelocontrario ,n ão vendosenãoforçacfraqueza,
scelevacontria alteração dosangue indepen-
dente dadossolidos;porissoquesuavitalidadetuuibcw nãooé ;queasexpe
-
lienciascominjecções dematériaspútridas
,
venenosas,
etc.
, nãoprovàoque acomposição dosauguesealteresó , eindependentedos solidos;massim que o sangue é ovehiculodetodasassubstanciasnocivasou uteis , injecladas ouabsorvidas
,que elleaspõeemcontactointimo com osorgãos , edesse contacto resultãoseus efleitosmorbidos ousalutares;tantoque,quando uma substancia nociva sc introduzempequena quantidadenoorganismo,
óexpulsa poruma das vias de eliminação,
eos seus efleitos cessão;donde se segue que ella existiacomposição
.
Na maioridade doscasos ,
emsuacomposição sãoaconsequência no sanguecque estenã o soíTria emsuaas modificaçõesqueapresentaosangue
dodesenvolvimentoda doen ça, e dephenomcnos particulares, que acompa
-
nliã otalou tal estudo morbido
.
Todavia ajuntaremos que conhecemos duas circnmstancias geraes muitoimportantes, nasquaesasalteraçõesdo sangue podemser,querafonte da moléstia, quera causa de accidentes especiaes, sem que comtudoem cada um desses dons casos essasalterações constituão por si sóstodamoléstia.
l'madessas circumstanciaséaquellaemquea causa damoléstia éum miasmaou substancias, queobrãono sanguecomo fortes reagentes; aoutraéaquellaemqueaproporçãodecada um dosprincípios do sangue tem sidoalterada.
Assim a diminuição dosglobulos produz uma serie de accidentesparticulares, aosquaes tem-
sedadoonomede anemia:o nugmentoconsiderável de fibrina éacompanhadode phlegmasias, etc.
Com-
tudo, ignora
-
se ainda em que consiste a relação da producçãoanormal da íikrina e a localisação da phlegmasia.
Oapparecimenlodesses dous pheno-
menoséde ordinário tãosimultâneoque,praticando
-
seumasangriaemumindiv íduo pouco antesdo começode uma phlegmasia
,
eoutra pouco depois desuainvasão ,aanalysedestadará umexcessodefibrina,edaquellaaquan-
tidade normal
.
O maisnotávelé ,queogrãomais elevadodoelemento coagula-
vel correspondeáfebrea maisintensa,deumoutroladoestacessano mesmo tempoque esseelementotorna
-
se á sua quantidadenormal, nãoobstante apersistência dalesãolocalaumgrão muitas vezes bem intenso
.
Accrescentamos ainda que Dupuytren, Dupuy eoutros temobtido différentesalterações do sangue pela secçãodo nervopneumo-
gastrico.
Considerando que osangue não é senão umestimulo proprioa provocar aacçãodos orgãos, e afornecer princípios,quedevemcomportecidos,erepa
-
rar asperdasdoorganismo;que 6um producto de orgãosapropriadosá sua confecção,sem tervidapropria,eindependentedaspartes,queocontém
,
que lheimprimemomovimento,
eoelaborão;queemfimquandoosorgãos estã o enérgicosereagemconvcnicntemenlc ,não permiltem queoshumores se alte-
rem ,não podemos adraittiralteraçãoprimitivadosangue senão nasduas cir
-
cumstanciasprecedentes
.
Seossolidos tirão suanutriçãodosangue,se este reciprocamenle deriva emgrandeparte das decomposiçõesdaquclles;comoo estado dossolidosnã oserá modificadopelo estado do sangue ? Como podem os solidossermodificadossemque aconstituição do sanguenãoo seja?Nãopodendoainda a chimicareconhecerasaltera çõesminuciosas do sangue, nemdeterminar secilassão actos inteiramentechimicos ou vitaes
,
emuito menos marcaro ponto emquecomeçaum desses actosctermina-
sc ooutro,concluiremos
,
á vista das consideraçõesprecedentes
,queseráprudente defender-
—
5-
scdo exclusivismo,querdohumorismo,querdo solidistno;Richarddiz:«Toda lheoriaexclusivado solidismoouhumorismo é umcontrasensophysiologico
. •
Pela physiologia,pelacliimici,enossossentidos apreciamosasalterações dosangue;porém comqualquerdesses meios nãopodemoschegararesultado»satisfactorios,einfallivcis
.
O estadophysico dosanguealterado podesero resultadodemodificaçõeschimicas, ou vilãesmuito differente», e pertencer porconseguinte a doenças,cujanatureza não será sempre a mesma.
Phvsiolo-
gicamcntepodemos deduzir que , nãolendoosangueaplasticidadenecessária paraoexercício de suasfuneções ,estagna
-
»o noscapillares,eseextravasa; ese essamesmaplasticidadeéconsiderável,acirculaçãolorna
-
sedilficil,eda hi podem resultar perturbaçõesnãomenosfunestas(5cc:(*Jque,se o mesmo liquidocontém poucosglobules ,apresentarse-
hanoorganismo uma serie de symploinas, quecaractérisa» a anemia:queosangue carregado de princí pios carbonosos, demalcriasestranhas,&c.
,osproductosdosorgáoscliminadorcse secretores demonstrarão sua existência.
Porémhemorihagiaseanemia,vScc.
,são as únicas moléstias ? E quantasvezes por circutaslancias desapercebidas não falhào essasdeducções ?Còrdo sangue
.
Aosahir da veia algumasvezesapresenta-
severmelho:este phenomeno, segundo Rurdach,teráparlicularinente lugar,quandoosorgáosde nutrição c seccreção apresentarem uma actividade desacostumada: esta particularidade annunciacom eíléito uma abundancia deglobulos sanguíneos (**).
Krimer tendo cortadoosnervos do membro deumauitnal para saber qual a influencia da excitaçãonervosa sobre acoloração do sangue,encontrouque poucosminutosdepois da secção oíluidovenosocorriacora acòr do arterial.
Substituindo a corrente nervosa pela galvanica, vio
-
o tornar-
se negro ouvermelho,segundoqueinterccptavaourestabelecia a corrente
.
Arncman pelo contrariopretendequeosangue privadoda influencia nervosalorna-
semaisnegro , por isso que afalta deste estimulo retardaomovimento circulatório
.
Estaopiniãoparece confirmadapelacxperiencia deumoutrophysiologista,que observou mais vermelhoosangue deum cão, que eleclrisàra
.
Muitosautoresreferem casos de terem encontrado comum aspectoleitoso oliquido circulante;etalvez por analogia algum d'entreelles attribuãoeste phenomenoápresençadeleite;outros a duumamatériagordurosa nosangue
.
Raspailpensa queseforma na economia uma certa quantidadedeacido,que
(’)JáBoerliaarcsu
-
lenlavaestaopinihoquandoasexperiênciasdcMtgcndicfeitascom injccfõesde substancias innocentes (comodégomma arabica e de amidon),poré m capatcsde angmenlaraconsistênciado sangueasxierâo,confirmar
.
(**)Elle se dá nasa iïccçùesslbenicas , indammatorias,no principio das pyrexias
.
AHit.co saur
.
. 3—
fi—
oagnla aalbumina, eHic dá oaspectoleitoso
.
Sejaqualfôr aexplicação,
ocasoé quenã o sepóde determinarcom que estado morbido coincideaformação dessecorpo
.
Osangueépallidonaanemia , naelilorose ,enaspessoasnervosas: alguma» vezes éinleiramenle negro
,
oque tem lugar mui commum naasphyxia, nos rasos emqueasfnncçõesrespiratórias experimenlãoumdesarranjo profundoe rápido,notyphus,noscorbuto,nasfebres carbonosas,nasallecçõesmiasmaticas,nas organicas d»coração echronicas dos pulmões
.
Emfim,osangueapresenta variadascores,snbinettidode qualquermaneiraáacçãodediflerenlesgaz.es:é ainarello esvenlinbado,quandoéalterailo pelos princípiosdabile , na icterice, hepatite,eaflecçõesbiliosas.
Cheiroe sabor
.
Haller temassignalado um cheiro particular e pútrido no sanguedosvariolosos,scorhuticos.
enodos doentes de fehre pútrida.
Segundoalguns chiliens, ocheiro dosanguena fehre amarella tem alguma cousa de caracleristico
.
Morgagnidiz , queosangue tem umcheiro acidonas febres intermittentes.
Lecantioencontrainsipidonoscoléricos, eamargonosictéricos.
Temperatura
.
Tem-
se visto nacyanosea temperatura do sangue descer de trintaedous a vinte e um gráos.
A choleraepidemica tem dadoexemplo de considerável abaixamento detemperatura.
Na asphyxia pelo acido carbonico sabe-
scqueo sangnescconserva por muitotemponasua temperatura;alguns observadores a ííirmãoqueomesmosenota nas aflecçõesinflammatorias.
Consistência
.
Nas doenças inflammatorias, em algumas hydropesias, e moléstias acompanhadasdc abundantes evacuações do serosidade, osangue apresenta-
semais consistente.
Namaiorparledos casos em queexisteuma predominância desôrosobreosoutrosprincipios dosangue, sua consistência éfraca,comona chlorose, nascachexias serosas,scorbntieasccscrophulosas.
Cullen e Huileravanção,queosangueémuito fluido nas aflecçõesadynamicas miasmaticas e pútridas
.
Tem-
scvisto muitas vezes na febretyphoideosangue, que se temtiradodasveias ,sermuitopoucoou nãocoagulavel.
Nasaflecções Ivphoicas a força de aggregação das moléculas do sangue pareceser muito fraca: o coagulo é molle e deixa-
se facilmentequebrar entre os dedos ,e abandona umaparteda materia coloranteáserosidade,quetorna-
seturva,e sedeposita algumasvezesem fôrma depequenosgrumos no fundo do vaso.Royertemnotadoquenadoen çade Bright a densidadedosôro édiminuída
.
Noendurecimento do tecidocellularChevreultemobservado umaspecto lacli
-
formenaquellemesmoliquido
.
Algumasvezesocoagulo équasidefluente, e se divideem umamultidãodcgrumos misturadosao sôro,quecolorãoemvermelho menoscarregado.
Eisoestado dedissoluçãodosangue, que tem sido falladoemtodasas épocasdamedicina,
eque coincidindo comoapparecimentomaisou
—
7—
decerlosphenomcnos;osviUlislasreferemáadynamia
,
ossolidistasaorela~
xainentoda fibra ,eoshumoristasápulridãodos humores
.
A fluidez dosangue se observa ainda em uma multidão deenvenenamentos:ella lem lugarna asphyxia peloacido carbonicoesulphidrico:pela inoculação dovenenode muitosanimacs, comoporexemploodavibora,
o dacascavel,
quetorna o sanguetãoliquido,que se extravasa por todososcapillares.
Aindaque menospronunciada, é real em algumas congestões cerebraes, nas perturbações profundasdo systemsnervoso, e priucipahnenleem consequência de uma pancada violenta sobreoepigaslro
.
Nãodevemosdeixarcmsilencioumaparticularidadebem importanteparao apparecimentoounãoda fluidez do sangue:éa maiorou menorcontraclilidade dafibrina,que exprimemaisoumenosaserosidadecontidanas suasareolas; caindaqueesta e osglobuloseslejãoemproporçãonormal,encontrar
-
se-
ha amesmaserosidademaisoumenos abundante queocoagulo : assim,examinan
-
do
-
sc umsangue,cujafibrinafórdotada«lepoucacontraclilidade,
aindaque seja abundante na parteaquosa,
como odos anémicos,
julgur-
se-
haomesinoliquidomuito consistente;porisso que toda serosidadeestáocculta nas malhas do coagulo;e porumaduplarazão,sea fibrinanessesmesmos doentespossuir emgrandeaqucllapropriedade, osanguenosparecerámais sô roso do queo ó
narealidade
.
Póde haver desenvolvimento dc gazesaccidentalmentenosangue
.
Alguns autores tem queridoaltribuirapresençadessescorposno sangue ásuaintroduc-
çãopelos pulmões:não contestamosapossibilidadedesta introducção ;porém acreditamos queemgrandenumerodecasos,sobretudoquando ha signal do umaaffecçãogeral, apresençade fluidos elásticosnosanguedependedocomeço dadecomposiçãodo mesmoliquidodurante a vida
.
15aestacausa,aquese deve altribuir osemphizemasdosorgã osinternos,
quese temobservadonos cadaveres de indivíduos mortos deenleiomesenterite typhoide, metro-
peri-
lonitcpuerperal, pblebite, etc
.
, cuja autopsia lemsido feitaemtempofrio, cpoucashorasdepoisdamorte.
CrostaInflammatoria.
Alguns inslantesdepoisdetersabido dosvasos,osanguedivide
-
seemduascamadas,que se sup«>rpõe;aprofundaéconstituídapela serosidade,porquasi a totalidade dosglobulos, eporuma muipequena quantidadede fibrina;a superficialé um liquido transparente, deuma còresverdinhadaformada de muita agua , edequasia totalidadeda fibrina
.
Depoisdeum certotempo,—
8—
(juandoosangueconléinascondiçõesnecessárias paraaproducçãodesle pl»c
-
nomeno
, acainada superficial augmenta rapidamentedc consistência , torna-
se opáca,claslica,resistente, branca ouamarclla.
Eisa maisconhecidacimpor-
tantealteração do sangue
.
Sem mencionar algumascircumstanciasphysicas,(juepodeminfluir , mas nãodeterminaraformaçã
o
dacrosta, vamos apresentar quaessâposestados morbidos, emque osangue manifesta nasuasuperficie estaproducção,
vercomoellase forma para concluirmos,
sedevemosou não diagnosticar ( como julgão muitos) umestadoplilegmasico peloseuappareci-
mcnlo
.
Andral distinguea crosta cmperfeitacimperfeita;eadmitia como condi
-
çãoessencial ásuaformação oaugmento de fibrina relativo aos glohulos, o quepódc elTectuar
-
sc de duas maneirasdifférentes:ou osgbd)ulos permane-
cem noseu estadonormal, eeleva
-
seacifra da fibrina, ouestaconservasua quantidade,eaquelles diminuem-
se: emtodososcasesacodéaserátanto maisperfeitacconstante quantoa relaçãoentreos donselementosfor mais pro
-
nunciada
.
Assim,emconsequência deutna alimentaçãomá ou insuíficiente, deumsoffiimenlo orgânicoqualquer,por algum tempo prolongado,dacons-
tituição
mesma
do individuo,dotemperamentofraco,da convalescença,
dieta,
perda sanguinea, naspklegmasiaschronicas semreacçãofebril,nassubagudas, cmfim,cmtodas asmoléstias,cmqueo sanguecontivermenosglobulos, se a proporçãoda fibrina nãoseabaixar , c osanguecorrer been ,asuperficiedo coagulo secubrirá de umacrosta imperfeita.
Portantonão sepódedar amenor importância a umphenomeno,
queécommuaiaestados morbidososmais dissemelhantes; elle póde ter lugarem uma febre typhoide grave,
em uma ligeira nevrose, em uma cólica de chumbo ,etc.
,conseguintemente não nos póde servir deguia,
nem sobre a natureza, aséde dadoença ,nemmesmo sobre atherapeutics.
Entretantoa crostaperfeitaéda mais allaimportância,
e merecebem a allenção do medico, por isso quesuaexistênciaéligadaacir-
cumstances
pathologicasbem determinadas;ellaapparece
conslantementenasplilegmasias
agudas,
eprincipalmentenasdo systema arterial,istoé,naquelles mesmoscasos,emque se tem encontrado o máximo de fibrina;como porexem-
plo, no rheumalismo articular agudo,nas arteio
-
pneumonias,ele.
E bem verdade que o coagulo branco deixa dese formar algumas vezes emuma phlegmasiabem evidente;poré méprecisoreílectir-
se,comodiz o Illm.
Sr. I)r.
Valladã o , que, fallando
-
se emestadoplilegmasico,e nãose sabendo se o seu trabalhoéomesmo emlodososcasos,julga-
seler-
sedito tudo;elletem-
nosfeito muitas vezes observar doentesdederramamentophcuritico,edepneu
-
monia mesmo
,
cujo sangue nãonos tem dado o menortraço de codôa;mas nes tem feito notarlambem que,
quando osangue nãodánaspneumonias—
9—
coagulo branco, quasi semprecila nãoéacompanhada dereacçâo febril , c pareço tersua sédenosyslemavenoso
,
eporissoclicaclassificaumaphlcbo-
pneumonia
.
Ora,quandotratarmos das analyseschimicas,veremosque oaug-
mento de fibrina apparccc,cresce , decresce,edesapparececom oestado febrilnas inflammações: portanto nãopodemosaindadesprezaraopiniã ode Amiralsobreaformaçãodacrosta, nem duvidarqueestephenomeno acompa
-
nha constantemente os phleginasias agudas, intensasecom reacçãofebril
.
Ajuntamostodas essas circmnstancias,porqueécom ellasqueseapresenta nasuamaiorelevarãoacifrado elementofibrinoso
.
Amiraltemverificadopor umgrandenumerodeanalyses,queacrostaétanto maisespessaebemformada, quantoinaioréadesproporção entre osdouselementos.
Peloquese vê,queo coagulo branconasuperficiedosangue nãoindica somente um excessoabsoluto defibrina,enemporconseguinteumestadophlcgmasico;pelocontrario,elle scpóde daremumeatudoanémico bem pronunciado, emqueaproporçãodo elemeulo globularlenha-
sediminuidoextraordinariamente , emumaenloxica-
çãosaturnina, accessos muirepelidosdefebreintermittente,depoisde hemor
-
ihagiasrepetidas,em um cancrodoesloinago,etc
.
Ihn todosessescasoscomo osglobules sã omui poucos,precipitão-
seemquantoosanguenãose coagula maisfacilmente,e apparecena superficie docoagulo umacamadaespessa, oleaginosa , essencialmente formadadesoro cfibrina; então,quando estase conlrahe ,eforma sua rede,ocoagulosecobre deuma crostaperfeita, queé mais espessa nasphlegmasias agudas,
porisso que a coagulação dosangue efl'ecluando-
se maisIcnlamenle , porcausadagrandeporção de novafibrina , que se tem formado,e os globulos por maistemposubmellidosáforçade atlracçãogravitãomaiscompletaeprofundamente.
Mullerseconvenceu, que ascausasprincipaesdaformaçãoda crosta edo abaixamentodosglobulosduranteacoagulaçãosãoas mesmasadmillidaspor AodraleGavarret pelasseguintesexpericnciase observações : osglobulosse precipitão muito mais rapidamente no sangue ,quecontémaindafibrina cm dissolução, do que nosoro, ounosanguedesfíbrinado; equandose retarda poralgum tempoa coagulação com umpoucode subcarbonato alcalino:o sanguedespidodefibrina ,emqueosglobulos mostrarãopouca tendênciaa se precipitar,adquirio rapidamente estadisposiçãoquandoocelebre physio
-
logist» lançou
-
lhe uma dissoluçãodegomtna-
arabica.
Osangue dasmulheres gravidasmuitas vezeseprincipalmente paraofim dagestação, segundoasanalysesdeBecquerel, temseus globulos diminuídose
* fibrina umpoucoaugmentada,oporisso nãonosdevesurprehenderapre
-
sençada crosta nasuasuperfície
.
(íiacominiattribue esteaugracnlodefibrinaámaior actividndcdo utero,pai*a
A!Ul
.
DO »AXC.
5—
10—
elleosmateriaesdacrostainflammatoriasãoformadospela absorpçãodasmaté
-
rias,ouiympha plastica formadanaespessuradoparenchymadas membrana»
serosas das artérias:este autor acompara com asfalsas membranas, formãona superfície das pleuras inflainmadas, oude todas as membranasda mesmanatureza
.
Pelo que precede nos julgaríamos autorisados a diagnosticar um estado pblegmasico sempre queencontrássemosumacrosta bem caracterisadasobre ocoagulo, se em algumas outras circumstanoiasindependentesdeste estado ella n ãose apresentasse , e se a ausência deste caracterdosangue banisse completamenlea idéadeinflammaçào;alé mdistoédcobservação cexperien
-
eias demedicos muito distinclos,quemuitascausas podem impedir,quea crosta seforme apezardo sangue conter em sitodas ascondiçõesnecessárias aesta producção ;assim, segundo a observaçãode Cullen, osangue não apresenta o menor traçodecrosta durante os accessos deepilepsia,entretanto queantes e depoisella se manifesta nesta moléstia
.
Gendren observou,que omesmo liquidocrostoso tirado antesoudepois deumasyncope deixadeoserduranto esta.
quese
Analyses chimicas do sangue
no
estado pathologico.Comdifficuldadeoschiraicosleraseparadoosdiversos princí piosdo sangue para demonstraro augmenlooudiminuição de suasproporções nasmoléstias, emuitomaisdiflicil lhesseráoreconhecerasalterações intimas dessesmesmos princí pios
.
Gerdyrefereasprimeirastentativas ,quesetemfeitoultimamenle para seconheceranaturezadosglobulosnoestadomorbido,
eque se chegoua notarqueerãomais defluentes,maisoumenosresistentes em certasmoléstias.
Pelo que esperamosoprogressoda chimicaorganicapara quesevenha a des
-
cobrir melhores maneiras deapreciaressas modificações
.
As dilTerencas dequantidadedos diversosprincípiosdosanguetemsido bem estudadas por Andral, Gavarrct, becquerel
,
etc.
, em diversas moléstias, porém sãotantasas causas ,queaspodem produzir,cvariarquenos éimpossí-
vel determinar uma doença , ou mesmo umaclassededoençasópeloaugmenlo ou diminuição decada um délies
.
A idade,
aconstituição , a alimentação,aprenhez,a menstruação
,
asangria,etc.
, influemconsideravelmentena compo-
sição do sangue, muito principalmenteumaclasse demoléstia, a cujo desen
-
volvimentoacompanhãomodificações
,
queconsistem sobretudo em umaugmenlo defibrinaediminuiçãodealbumina;estaclasse coinprehende especiesnume-
-
11—
quo nomeio de suas diversidades de formaede séde apresenlâo caracterescommuns, pelos quaesospalhologislas as tem arranjado cmuma mesma ,a das inflammaçóes
.
Nosrheumatismos articulares agudos, na pneumonia,bronchite capillar, pleuris,péritonite,erysipela, am
lymphalicos, oaugmento dc fibrina estásempreemrelaçãocom
eextensãoda phlegmasia, edo movimento febril
.
Este augmentoà tãocons-
tante,que, naqucllas moléstias, emqueo mesmoelemento costumaapresen
-
tar
-
sediminuído , augmenta-
sc rapidamente, secom ellas vemcomplicar-
se algumaphlegmasia.
ComeíTcito,nessas inflammaçóesagudas seha uma eleva- çãodaaclividade, e se aalbuminaeafibrina não sedistinguem senãoporter estaapropriedade desecoagular,
oquo pareceprovar que ellasederivada albumina, queé por conseguinteesteelemento mais elaborado, nãopóde auxiliaraelevaçãodoelemento coagulavcl a transformaçãodeumaquantidade de albumina,transformaçãoquedeveserfacilporissoqueha umestadomais activo ?rosas,mas
ygdalile,cystite, inflainmaçãodosganglios intensidade
Augmentode globulos.
Ha outras moléstias,queapresentão umacondição differente dasprecedentes; nestasosglobulos tem um accrescimo,queexcede muito do estado normal
.
A fibrina póde conservar senosseuslimitesnaturaes ;poróm mui frequente
-
mente diminue
-
se , a menos que uma inflamniacãointercurrente appareça.Aqui encontramosasmoléstias a quesedeuonome depyrexiasou defebres essenciaes de Pinei,quepelacomposiçãodosanguesedistinguemclaramente dasphlcgmasias
.
Nãotendocmconsideraçãosenãoacomposiçãodo sangue, Amirale Gavarretcollocarão aolado dessas pyrexias um certo numero do congestões e hcmorrhagias cercbraes, porque nessas aflecçõessuas analyses provarãotambém a mesmaalteraçãodosangue.
Estefactoparece-
nosáprimeira vista contrario aum outro bera observado , istoé, que as emissões sanguíneas são meios mais ellicazes para diminuiçãodosglobulos.
Entretantolcmbrando-
•
eque as congestõesebemorrbagiassãooselementos maisfrequentes das pyre-
xias ,devemosadmillir acoincidência da mesmaalteração dosangue nesses dous estados,e sehadiminuiçãodelibriua
,
ella devefavoreceraestagnação dosanguee asua exlravasação.
Temosdito,que na
rclaçaodircclaeconstantecomagravidadedaphlegmasia, se emcertoscasos classe precedenteo augmentode fibrinaésempreem
—
12—
ilcsla se tem observado lambemqueadiminuiçãodomesmoprincipioé
tanto
mais notável,quantoafebre toma umafôrmamais profundamenle adynnraica, eoaugmente dos globulus tem sido muitasvezes provado;comludonão se encontra nosangueum caractertãoconstanteeuniforme ,pelo qual possamos determinaressaclasse.
Liste modo dc alteração se encontra nasfebrescontinuas, eruplivas,typhoide.
Tambémseencontradiminuiçãode íibrinanafebre ama-
relia ,peste,infecçõespurulentas, intoxicação, etc
.
;poréinnestasosglobulos tendem maisádiminuição.
Em todosessescasos diversos,quandoa doença é bemcaracterisada , etemchegado a umcertogrãode intensidade,
osangueé muitasvezesmodificado da maneira que temos dito; todavia essa modificação nãotem necessariamentelugar;nãoscpódetirarconclusã oalguma,
por isso quenão seconheceaindaas condições ,quearegem.
Temos visto como é extraordináriocconstanteoaugmentedelibrina nas iiiilammnções agudas,entretanto esse mesmoprincipioapresenta-sealgumas vezes emdiminuição nosexanthemas, istoé , emumainllammaçãodapelle1 Dependerá isso (comopensa Andral) dequeaphlegmasiacutanea éunicamente um dos elementos deumamoléstia mais geral ,cujas modificaçõeso sangue recebe ? Ou (segundoBecquerel) devido a umaalteraçã oprimitiva domesmo liquido porinlroducção deumprincipiocontagioso?
Mafebre typhoideque reconhecepor caracter analomico a inllammação exanlhemalicados folliculosinteslinacs
,
deveríamosencontraramesmaalteração dosangue, quenas phlcgmasias;entretantoéprecisamenteoinverso , que quasiconstantementeseverifica nosangue analysado.
Andral temobservado queosanguepôdetomar excepcionalmcnlc aquella alteração, se durante a febretyphoidesobrevierumaphlegmasia accidental,cujaexislcnciapermaneça independenteda mesma febre:oqueparece provar,queas in(Iammaçõesdos folliculos inteslinacs nestapyrexianão sãoda mesmanaturezadasoutras.
O mesmo diremos arespeito dos exanthemas,ainda quenãonospareçãosemrazão as opiniõesdcAndraleBecquerel.
Molé
stias em
quese
tem encontrado diminuições nos
globulos.
Osglobulossanguineos diminuem de uma maneira constante debaixo de in
-
fluencia deperdade sangue
,
desublracçãodc alimentos,durante certas doenças, queseoppõe álivreecompletareparaçãodo mesmoliquido,
comoocancrodo estomago,ostubérculos pulmonares;nos estadoscacheticos,accessos repetidosde—
1 3—
obreiros, queestãopor muito tempo
submellidos
á,
nu febreintermittente,
nosacçào dochumbo,nas intoxicações , febre
typhoide
,amarclla,cruplivns moléstia,
quetempor causaamistura depuscoinosangue,noscorbut«,pur-
pura hemorrhagica&c
.
Independentedestescasos diversos,haoutros emqueosangue
espontaneamente
perdeumagrandeparte
deseus globulos
,aagua aug-
menta
-
se,opõeoorganismonoestadoanémico. Andral
considera achlorosecomo um tvpodeanemia;entretanto'1rousseau estabelecedislincçaocntie estasduas moléstias:a anemiaé um estado accidentalcausadorapidamente porabundantes perdas sangu íneas ,cssencialmente transitório
. V
ê-
seportantoquea anemiaéuma consequência de moléstias, cachloroseuma moléstia pri
-
mitiva
.
Qual é aimportância que se deve daroessaalteração
dosangue?Devemosconsidera
-
lacomoconstituindotodaamoléstiaousendo unicamente aconsequência, ouumseu elemento ?A diminuição dosglobuloséumacircumstanciaquepóde complicara certo numero de estadosmorbidosdifferentes, ouscrsuasconsequências,porém póde
-
sedizerporisso que os indivíduos ,quoaapresentãoestejãochloroticos A chlorose é uma doençacaracterisada porum numerodeterminadode desor-
dens, sendo a mais constanteesaliente a diminuição dos globulos
.
Oque prova ainda que essaalteraçãonão ésenãoumaconsequência damoléstia, é que raras vezesa diminuição temlugaremummesmogrão;quemuitasoutras poucoconsiderável aprincipio,nãoéhempronunciadasenãodepois,e pro-
gressivamente, eoutras aindaaquellamodificaçãonã oest á emrelaçãocomas desordens, que soobservão, e emfimtalvez mesmopossa existir um estado chlorotico semquehaja diminuiçãode globulos
.
Uma outraquestãocom quemuitotemlutado osespí ritos medicoséa de sabercomoobrãoaspreparaçõesmarciaes nestamoléstia
.
Osvitalistas, pando-
semais da fraqueza daspropriedades vitaes quedasqualidadesequanti-
dades do sangue ,julgãobemfundadassuasopiniões sobre aacçàodo ferro na economia
.
Giacomini basêa também suastheorias,emaugmentoediminui-
çãodeforças vitaes,porémpara elle anatureza da chloroseéprecisamente opposta ãque maisgeralmente se tem adraittido, ella consiste phlogose da tunicainternadasartérias mais pronunciada emsuas extremi
-
dades
.
occu
-
em uma
Tendo mostrado comoéconstante aelevaçãoda cifra da fibrinanas inflam
-
inações , eprincipalmente nas que temsuaséde nosystema arterial
,
etendo ditoqueadiminuição dos globulos ó o symptomamais salienteeconstante nachlorose,
julgaráõ semduvida quepretendemos ircontra a opinião do celebre authordamateria medicadosItalianos; por issosomos
obrigados a declararquepornão seencontrar na chloroseaugmentode fibrina,
nãodeixa-
A*AI
. .
DO SAKC.
4—
l a-
deadmilliraopiniãodeGiacoraini
.
Becquerel concluedesuas analyses fibrinancsla moléstia,
oupermanece
no seu estado physiologico ou reinosque n
aprcsenta
-
sc algum tanto augmentada; se esteaugmente não óconsiderável cconstante como cmoutroscasos de phlegmasiadosystema
arterial,
éque talvez dependa da modificação,
que experimenta o systema nervoso nn chlorose, que faz abaixar os globulose desappareccr o excesso da fibrina produzidopela inflammação,
oqucnoslevaacrérque sãoasnevralgias,hysteria, vertigens&c.
deque sãosempre acommcllidas aschloroticas,
em fim nã o podemos deixar de reflectirsobreacura tão prouipla que fazdesta moléstia o ferro ,cuja acçãohypostcnisanteparece -
nos serhoje incontestável.
Trousseau diz:•
Algumasvezesoferro,
queparecedominarcomtanta facilidadeachlorose, torna-
se impotentee obra com tanto menossegurança ,quantoaaflecçã o é mais antiga.
»Oferro poisobrahypostcnisandonachlorose,comodizGiacomini, ousegundoÀndrale outros chimicos,
encorporando-seaosangueelheresti-
tuindoosprincípios quelhe faltão
.
Porémnuncadiremosqueachloroseéum typo daanemia;sehaentre estasduas moléstiasalguns phenomenoscommuns como apallidez,aspalpitações,ruidosdesoproiSec.
são semduvidadevidosa um outro facto também commum—
adiminuição deglobulos queéura dos elementos, uma das suas consequências , assim como póde também ser de outrosestados morbidos.
Paraasdistinguir, é bastantelembrar-
se,queachlo-
roseésusceplivel de se desenvolver debaixodeinfluencias de causas mui differentes:póde
-
semanifestarnas chloroticasuma verdadeiraplethora, uma superabundância na massasanguinea,pela qualse pódeexplicaro numero de accidentes,queseobserva ,c omelhoramento,
quese obtemcm taescircum-
stanciaspelo empregoda sangria
.
Nadadisto acontecenoestado geral,quese segueáperdas abundantes,ámoléstiasprolongadas,
emque todosos princípios dosangueestãodiminuídos , enãosómenteosglobulos.
Diminuiçã
o de
Albumina.
Tratando doscasoscmqueosoutros elementosdosangueapresentão
-
se asmais dasvezes àquemou além de seus estadosphysiologicos,não temoslocado na albuminaporqueem todas as moléstiasreferidasnos capí tulos precedentes nãotemcila
.
bemcomoosmatcriaessolidos,
excedidode seuslimitesnaturaes;entretantovamos verquehaumamoléstia
,
cmqueéextraordinária a diminui-
çãodealbuminano sangue,que passando
-
se para asurinas vai lhesdaroaspecto
leitoso, eda-
hionome
de urinas leitosasparaessamoléstia, aquemoutros com maisrasãochamãoalbuminuria,nephrite albuminosa,ou doençade Bright.
Aqui—
15—
adifferença da
propor
ção daquelleprincipio
ó lanlomais considerável,
quanto Eissemduvidaum casopelo quäl maiorquantidadeseencontrapoderíamos diagnosticaramoléstia
, principalmenle
sccomeile scprovassea coincidência deconcentração de urea nosangue
, oque acontecena albuminu-
ria,conforme aopiniãodealgunsautores; seBecquerelnaotivesseencontrado amesma alteraçãodosangue emduas moléstias decoração
,
noescorbuto, que houvessem symplomasalguns donephrite alkuminosa;oque prova
nasurinas
.
sem
que podehaver , como acontece com osoutros princípios constituintes do sangue,uma outracausa ,quefazdiminuiraalbuminaalém de sua
passagem
paraasurinas.
Nada temosadizer sobre os materiaessolidos,porque suas analyses deixão muito a desejar
.
Entre mais dequarenta elementos, quescadmitlehojeno sangue,apenasha1resouquatro,cujasmodificaçõesachimicasabeapreciar.
Ella ignora aindaqualseja a natureza daalteração dosangueuoescorbuto
,
na syphilis,
nasfebres intermittentes,&c.
Alteraçã
o
dosangue por
addição
de elementosnormaes .
Abile
.
I)ctodosos elementos normaesqueccrlaraentctemgozado em todos ostempos
da maisalta importância cm pathologia, é a bile ,um dosquatro elementos da antiguidade.
Hojemesmovô-
se proclamardoençasbiliosasnas cscholas,kospitaes,&c.
Ninguémignoraqueabilenãoexiste emsubstanciano sangue,que não seencontra nellesenã osuas matérias córantes.
Todomundo concordaqueabileéumadassubstanciasdasmaisirritantes, e que sua inlro-
ducçãoartificialnosanguedálugaraaccidentesrapidamentemortaes
.
Cada«abe cmfim que na doença biliosa por excellencia
,
aictericia, nãohanem febre, nem in ílammaçãopatente, nemsoffrimenlonotáveldealgum orgão.
Depois de tudoisto, como sepódeadmittir febres,in ílammaçõesbiliosas? A bilepóde produzirimflammaçãoefebre,
quandosederramaemsubstanciacm umlugar qualquer;mas éa titulode irritantelocal; jamaiscilasederramaassim na economiapara produzirafebreea inílammação.
Urina
.
Acontece á urina o mesmo quo á bile;alguns deseus princípios sómente penetrão no sangue para produzir o que sechamafebre urinosa.
Tem-
severificado o excesso de uréa nosangue de individuosalíccladosdealbuminuria .
Eprovável que o sanguecontenhaanormalmcntecertosprincípios urinários nas diathesescalculosas
, gotosas, caraclerisadas pela formaçã o um—
l ü—
incessante docortasconcreçõescontendoacidourico, uratos &c., porém a analyse chimicaéimpotenteparaosdescobrirnoUnido circulatório.
issucar. Os chimicos tem provado apresença do assucar no sangnedos diabéticos;mas osinteressantestrabalhosdoBernardcMagendie parecem1er demonstradoque existe assucarnormalmente naeconomia,e queellesetonna parlicularmcntenofígado,c vemdesapparecor nospulmões.Nãoépoissenão
fxeepcionalmcúlo nadiabeteassucarada,queéencontrado emoutrospontos dosystems circulatório,queéeliminado comasurinas.
Alteração
dosangue por
addicoesde
elementosanormaes .
Pus. O primeirooomais terrí vel talvez dos elementos anormaes éopus. cuja introducçãono sangue determinaainfecção purulenta tãofallada nos hospitaes. A pyemia (como sechama ainda) se produz frequentemente por oceasião dc lesões traumaticas, eoperações sanguinolentas suppurantes.A inflammaçãodas veiasò asuacausamaisordinaria,porémnãoéaunica;o puspeneirando de qualquermaneira nasveias,póde produzir infecçãopuru
-
lentasemintervençãodephlebite. Encontra-seainda pus nosanguenos casos seguintes:nasinflammaçõesdasartérias,nasdos ouUosorgãos,noscasos de variola, nos vastos focosdesuppuração, e entãoelle penetra por absorpção. Opusso apresenta emmuitos estados:eminfiltração;éentão combinadocom osangue , eproduz nelle uma mudança decòr : éalgumasvezes depositado debaixo da forma dc gottas purulentas, isoladas nomeio do sangue dos cadaveres. Piorry tem encontrado na espessura ousuperfície da crostado sangue de individuos atacados de pneumonia, granulações brancas, que considera comocollecções de pus.Matérias tuberculosas.Ainda qne ascachexiastuberculosas impliquemcerta dyserasianosangue, nãose sabeemque consiste estaalteração. Quandose encontramatériastuberculosasnosangueéqueestasmatériastempenetrado directaemecanicamentenosvasosabertos na massa tuberculosa.
Conclusão
.
Aanalyse cliimicacapin riologiadosangueprovãoa realidadedo humoris
-
mo cdo solitU
-
mo a urnmemotempo;porqueosanguecaltcrnalivamentc« fonteTodaeoalteraprodçí. -
cloododossangueorgãos,.
que constituirumamoléstia,complica-
senecessa-
riamente deUsõesdossolidos, porquenão pódc haver doença sem lesões de funeções,cestassuppõclesões deorgãos
.
A difliculdndcentre oshumoristase solidistasconsiste cm determinaras circumstanciasem queasalteraçõesdos l íquidosoudos solidos sãoprimitivas ouconsecutivas
.
Asrelaçõesdosanguecdosorgãossendoreciprocas, aimportânciaessencial dos l íquidosedossolidos ó muito dilïicil a dclcrminar
-
se;dahi vem que este prohlema agitado desde a origem da scicncia estáainda longe de ser re-
solvido
.
Osprocessosdaanalysedosanguesãoaindatãoimperfeitos,suas applicaçõc« t ãolimitadas, seusresultados tãovariaveis que convém n ã oaccila
-
los, senão com discrição.
Cmestadomorbidopóde em muitas circumstanciasreconhccer
-
sc pela ana-
lysedosangue; porémpela alteraçãophysicaouchimica do mesmo liquido, não se póde diflerençar moléstias domcsinofundo pathologico
.
AKir
..
noSANC.
5II
Quaes os apparelhos cm que figura ou cleve figurar o baç o , e que decluc çõ es se podem tirar da sua eslructura para seus usos ?
Fcli * qui potuit rcrum cogooscere causas
.
0baçonãoexisto senãonosanitnaes vertebrados, e é nosmammifèresque elletem maior desenvolvimento,eproporcionalmentemuilo maisvolumoso no homem que nos grandes herbívoros
.
Existe nas aves ,porém jã muito fóra deproporçãocomo estomago efígado.
Nã ofaltanosreptis.
Emquanto
aos peixes sódeixa deappareccrcmalgunscyclostomos.
Éumorgãoimparnaespecichumana,masalgumasvexessetemvisto dous, ou mesmoumgrande numero de baços: entãouramaioroccupaolugar pri
-
mitivo, emuitos pequenos disseminadosna parteesquerdadogrande epiploon
.
Énaturalmente múltiplo, ouao menosdivididocmmuitos lolralos entre alguns animaes
.
Estásituadoprofundamcnlenohypocondrio esquerdo,atrás , c aesquerda dagrossa luberosidade doestomago, áque está ligadopelo epiploon gastro
-
splenico