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TÍTULO: QUALIDADE DO SONO E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE IDOSOS PARTICIPANTES DA UNIVERSIDADE ABERTA A TERCEIRA IDADE DO MUNICÍPIO DE DRACENA/SP
TÍTULO:
CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:
SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA SUBÁREA:
INSTITUIÇÃO: FACULDADES DE DRACENA INSTITUIÇÃO:
AUTOR(ES): SANDRA MARIA RONDINA, JOICE VIEIRA FERRO DE LISBOA AUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): LUANA CAROLINA DE MORAIS ORIENTADOR(ES):
1. Resumo
Ao processo natural do envelhecimento dá-se o nome de senescência. Um problema que afeta normalmente mais da metade de idosos acima de 65 anos são modificações na qualidade e quantidade do sono. Considera-se importante avaliar a qualidade do sono da terceira idade e oferecer intervenções físicas e sociais para proporcionar uma melhor qualidade de vida. Assim, os objetivos do presente estudo foram verificar os efeitos de um programa de atividade física no distúrbio do sono e no nível de atividade física habitual e correlacionar essas variáveis em idosos participantes do projeto Universidade Aberta a Terceira Idade (UNATI) no município de Dracena/SP. Participaram do presente estudo 24 idosos com média de idade de 74 anos. Foram aplicados na pré-intervenção dois questionários: o “Mini Sleep Questionnarie” e o “Questionário Nível de Atividade Física Baecke modificado para idosos (QBMI)”. Para análise estatística foi utilizado o software SPSS 13.0 e empregado o teste t de Student pareado para comparar o momento pré-intervenção e pós-intervenção na variável distúrbio do sono. Para comparar os dois momentos na variável do nível de atividade física foi utilizado o teste de Wilcoxon. Para analisar a associação do nível de atividade física com o distúrbio do sono foi aplicado a correlação de Pearson. O nível de significância adotado foi de p<0,05. A comparação entre os dois momentos, pré (30 ± 9,67 escore) e pós (27 ± 9,82 escore) intervenção na variável do distúrbio do sono revelou diferença estatística (p=0,0001), evidenciando melhora na qualidade do sono; e para a variável do nível de atividade física no momento pré (5,25 ± 3,73 escore) e pós (6,25 ± 3,73 escore) também houve diferença estatisticamente significativa (p=0,0001). Sobre a relação do nível de atividade física com distúrbio do sono, a análise estatística também apontou diferença significativa, pois quanto menor o nível de atividade física, maiores os sinais e sintomas no distúrbio do sono (p=0,020), porém essa relação obteve correlação fraca (r=-0,47). Portanto conclui-se que o estudo evidenciou o benefício da prática de atividade física com o distúrbio do sono.
Palavras-chave: Idoso, sono, atividade física.
Considera-se idoso todo indivíduo com 60 anos ou mais (WHO, 2002). De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa no Brasil é atualmente de 22,9 milhões, cerca de 11,34% da população e a estimativa é triplicar nos próximos 20 anos (IBGE, 2016).
Em 1999 declarou-se o Ano Nacional do Idoso, marcando uma nova fase da história social da velhice no Brasil. O envelhecimento da população passou a ser considerado como objeto de políticas públicas (GROISMAN, 1999).
A legislação brasileira assegura direitos às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos através da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que institui o Estatuto do Idoso. Dispõe sobre papel da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público de assegurar com absoluta prioridade a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Ao processo natural do envelhecimento dá-se o nome de senescência e depende de três classes de fatores: biológicos, psíquicos e sociais que podem acelerar ou retardar a velhice, comprometendo aspectos físicos como as mudanças antropométricas que passam por alterações, principalmente estatura, peso e composição corporal (FIATARONE-SINGH, 1998).
Alterações ocorrem nos aspectos cognitivos devido à perda de três recursos fundamentais: a velocidade com que a informação pode ser processada, a memória de trabalho e as capacidades sensoriais e perceptuais (SPAR; LA RUE, 2005). Juntamente com o envelhecimento fisiológico ocorre a perda da capacidade de manter o equilíbrio homeostático, afetando o sistema endócrino, nervoso e imunológico (FIRMINO, 2006). Um problema que afeta normalmente mais da metade de idosos acima de 65 anos são modificações na qualidade e quantidade do sono (GEIB et al., 2003).
Estudos apontam alguns prejuízos e perturbações relacionadas ao distúrbio do sono, como: diminuição do sono profundo, o indivíduo desperta devido a ruídos por conta de o sono superficial sofrer aumento, maior tempo de espera para o início do sono, cochilos durante o dia, o período de duração total do sono noturno sofre redução, maior número de transição do estágio de sono profundo para sono superficial e para o despertar, maior frequência de complicações respiratórias durante o sono (SANTOS et al., 2013).
As condições do local para dormir influenciam diretamente, já que devem oferecer um ambiente confortável e seguro, como um colchão conservado e luz apropriada como abajures/luminárias para que o idoso não tenha desconforto e possa se levantar durante a noite sem riscos de quedas ou acidentes (GEIB et al., 2003).
Entre os fatores psicossociais responsáveis pelos distúrbios do sono no idoso, destacam-se a aposentadoria, onde o indivíduo sofre uma quebra de rotina devido ao mesmo parar de trabalhar; o luto, a morte do cônjuge ou semelhante próximo pode levar ou não a depressão; e as modificações no ambiente social, como mudança de residência ou cidade (GEIB et al., 2003).
Os efeitos da atividade física sobre a qualidade do sono em idosas foram estudados por Guimarães e colaboradores (2007), que verificaram que houve melhora após um programa de caminhada.
Boscolo et al (2007) afirma que a atividade física diária contribui para a qualidade de vida, proporcionando aos indivíduos a melhora das capacidades cardiorrespiratória e muscular, o controle da massa corporal, a redução da depressão e da ansiedade, a melhoria das funções cognitivas (memória, atenção e raciocínio) e a melhoria da qualidade do sono. Em seu estudo verificou-se que, os idosos praticantes de algum tipo de exercício físico, possivelmente não sofrem com problemas relacionados ao sono.
Wannmacher (2007) também verificou a eficácia do exercício físico para o distúrbio do sono em idosos e constatou melhora significativa da qualidade do sono, diminuição do tempo para início do sono e aumento da duração total de sono.
Assim, de acordo com a literatura, a qualidade do sono melhora com a prática de atividade física, e também doenças como a osteoporose, hipertensão e depressão podem ter relação com a má qualidade do sono. Dessa forma, é importante avaliar a qualidade do sono da terceira idade e oferecer intervenções físicas e sociais para proporcionar uma melhor qualidade de vida.
3. Objetivos
Os objetivos do presente estudo foram verificar os efeitos de um programa de atividade física no distúrbio do sono e no nível de atividade física habitual e
correlacionar essas variáveis em idosos participantes do projeto Universidade Aberta a Terceira Idade (UNATI) no município de Dracena/SP.
4. Metodologia
O estudo foi realizado na cidade de Dracena, localizada no interior do estado de São Paulo. O projeto UNATI foi criado pela Universidade Estadual Júlio Mesquita Filho (UNESP). Em Dracena, o projeto é realizado através de uma parceria com as Faculdades de Dracena.
Como critérios de inclusão foram selecionados indivíduos com idade ≥50 anos e participantes do projeto UNATI. Após a explicação do estudo, os indivíduos assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.
Participaram do presente estudo 24 idosos com média de idade 74,1 (±12,02) anos, altura 1,59 (±0,08) metros e peso corporal de 73,20 (±12,59) quilogramas.
5. Desenvolvimento
O projeto UNATI tem o objetivo de promover a interação dos idosos no espaço universitário, a família e a sociedade. Os idosos frequentam o projeto, duas vezes na semana, das 14 horas às 17 horas onde realizam diversas atividades (coral, artes, informática, palestras informativas e sobretudo, exercícios de caráter cognitivo e físico) em ambas faculdades (UNESP e Faculdades de Dracena).
Foram aplicados na pré-intervenção dois questionários, o “Mini Sleep Questionnarie” composto por 7 perguntas que buscam identificar os distúrbios relacionados ao sono, para a classificação foi utilizado 4 escores: sono bom 10-24; distúrbio leve 25-27; distúrbio moderado 28-30; distúrbio severo >30 (FALAVIGNA et al., 2010). Também foi utilizado o “Questionário Nível de Atividade Física Baecke modificado para idosos (QBMI)” para avaliar o nível de atividade física, que é dividido em 10 questões relacionadas às Atividades de Vida Diária (AVD’s); prática de atividade física e atividades de tempo livre, compondo um escore total (BAECKE et al., 1982).
As intervenções foram realizadas na sala de ginástica geral das Faculdades de Dracena. Ocorreram no período de 6 semanas, com frequência de uma vez por semana e duração de 60 minutos.
As aulas nas intervenções foram divididas em três etapas: aquecimento (atividades aeróbias como caminhada livre e com obstáculos, dança) com duração de 10 minutos, exercícios resistidos (fortalecimento da musculatura de membros superiores e inferiores), com duração de 40 minutos e volta à calma (atividades recreativas e massagem), com duração de 10 minutos.
Após o período de intervenção os questionários “Mini Sleep Questionnarie” e “Questionário Nível de Atividade Física Baecke modificado para idosos (QBMI)” foram reaplicados.
Para análise estatística foi utilizado o software SPSS 13.0 e empregado o teste t de Student pareado para comparar o momento pré-intervenção e pós-intervenção na variável distúrbio do sono. Para comparar os dois momentos na variável do nível de atividade física foi utilizado o teste de Wilcoxon. Para analisar a associação do nível de atividade física com o distúrbio do sono foi aplicado a correlação de Pearson. O nível de significância adotado foi de p<0,05.
6. Resultado
A comparação entre os dois momentos, pré (30 ± 9,67 escore) e pós (27 ± 9,82 escore) intervenção na variável do distúrbio do sono revelou diferença estatística (p=0,0001) evidenciando melhora na qualidade do sono. Para a variável do nível de atividade física no momento pré (5,25 ± 3,73 escore) e pós (6,25 ± 3,73 escore) também houve diferença estatisticamente significativa (p=0,0001), com aumento do nível de atividade física habitual.
Sobre a relação do nível de atividade física com distúrbio do sono, a análise estatística também apontou diferença significativa, pois quanto menor o nível de atividade física, maiores os sinais e sintomas no distúrbio do sono (p=0,020), porém essa relação obteve correlação fraca (r=-0,47).
Tabela 1. Comparação das médias e desvios-padrão entre os dois momentos
no distúrbio do sono (Mini Sleep Questionnaire) e nível de atividade física (Baecke) e correlação entre as variáveis.
Pré Média (±DP) Pós Média (±DP) t r Mini Sleep Questionnaire 30 (±9,67) 27 (±9,82) p=0,0001 p=0,020 r=-0,047 Nível de Atividade Física Baecke 5,25 (±3,73) 6,25 (±3,73) p=0,0001
DP= desvio-padrão; t= teste t de Student pareado e Wilcoxon; p=nível de significância; r= correlação de Pearson
7. Considerações Finais
O grupo de idosos participantes do projeto UNATI tiveram classificação de distúrbio do sono moderado e, após as 6 semanas de atividade física, os sinais e sintomas do distúrbio do sono diminuíram, caracterizando o grupo com o distúrbio do sono leve. Tal resultado corrobora com o estudo de Pereira e colaboradores (2011) que apontam a prática de atividade física como um fator preventivo e até mesmo como forma de tratamento para o distúrbio do sono.
Sobre o nível de atividade física, a literatura considerada para o questionário de Baecke a seguinte classificação: abaixo de 9,11 escore - nível de atividade física baixo, a partir de 9,12 escore - nível moderado e acima de 16,18 escore - alto (VOORRIPS et al., 1991).
Portanto, os idosos avaliados neste estudo foram classificados como “nível de atividade física baixo” antes e após a intervenção. Porém, mesmo realizando uma vez por semana a atividade física, houve melhora significativa.
Quanto à associação da atividade física e o distúrbio do sono, o resultado mostrou a existência da associação, mas fraca, e de forma inversa, onde quanto menos o idoso praticar atividade física, maior serão os sinais e sintomas do distúrbio do sono. Legnani e colaboradores (2015) não encontraram associação direta com a atividade física e distúrbio do sono; os autores sugerem que o assunto ainda não estabeleceu consenso na literatura e que outros fatores podem interferir na relação.
Para a população avaliada neste estudo, pôde-se evidenciar que a prática de atividade física foi benéfica para a qualidade sono.
8. Fontes Consultadas
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