NUTRIÇÃO
NUTRIÇÃO
PARENTERAL
PARENTERAL
Sandra Manzato B. Tinoco
NUTRIÇÃO
NUTRIÇÃO
PARENTERAL
PARENTERAL
A Nutrição Parenteral Total
consiste na administração de todos
os nutrientes necessários para
sobrevida por outras vias que não o
trato gastrintestinal. Ela pode ser:
Nutrição Parenteral Central
Nutrição Parenteral Central
Administrada por meio de uma veia de
grande diâmetro, geralmente subclávia ou
jugular interna, que chega diretamente
ao coração;
Nutrição Parenteral Periférica
Nutrição Parenteral Periférica
Administrada através de uma veia menor,
geralmente na mão ou no antebraço.
INDICAÇÕES
INDICAÇÕES
Pré-operatória: particularmente
doentes portadores de desnutrição
(perda de 15% do peso corpóreo) com
doenças obstrutivas no trato
gastrintestinal alto
Complicações cirúrgicas
pós-operatórias: fístulas intestinais, íleo
prolongado e infecção peritoneal
Pós-traumática: lesões múltiplas,
INDICAÇÕES
INDICAÇÕES
Desordens gastrintestinais: vômitos
crônicos e doença intestinal infecciosa
Moléstia inflamatória intestinal:
colite ulcerativa e doença de crohn
Insuficiências orgânicas: insuficiência
hepática e renal
Condições pediátricas: prematuros,
má formação congênita do TGI (atresia
esofágica intestinal), diarréia crônica
intensa
Indicações para NP, conforme o
Indicações para NP, conforme o
manual de nutrição parenteral e
manual de nutrição parenteral e
enteral , ASPEN, 1998
enteral , ASPEN, 1998
Doença
Doença
Indicação
Indicação
Câncer Quando o tratamento causa toxicidade gastrintestinal,
impedindo a ingestão oral por mais de uma semana
NPT pré-operatório 7 a 10 dias antes da cirurgia/ Pacientes gravemente
desnutridos Doença inflamatória
intestinal
Facilita remissão de 60-80% dos pacientes com doença de crohn Insuficiência renal Indicada para manter a
ingestão calórica
Pancreatite Na intolerância à nutrição enteral
Indicações para NP, conforme o
Indicações para NP, conforme o
manual de nutrição parenteral e
manual de nutrição parenteral e
enteral , ASPEN, 1998
enteral , ASPEN, 1998
Doença
Doença
Indicação
Indicação
Pacientes críticos Quando é esperado que o hipermetabolismo se
prolongue por 4 a 5 dias Síndrome do intestino
curto Impossibilidade de absorção adequada de nutrientes por via oral ou enteral por
tempo indeterminado, se houver menos de 60cm de intestino funcionante
Fístulas digestivas/ Íleo
paralítico prolongado Geralmente em trânsito e com alto débito Outras Distúrbios alimentares que
Indicações para Nutrição
Indicações para Nutrição
Parenteral
Parenteral
Vômitos incontroláveis: pancreatite aguda, hiperemese
gravídica, quimioterapia
Diarréia grave: doença inflamatória intestinal, síndrome de
má absorção, síndrome do intestino curto, enterite actínica
Obstrução: neoplasia, aderências, etc.
Repouso intestinal: fístulas enteroentéricas, enterocutâneas Pré-operatório: somente em casos de desnutrição grave na
qual a cirurgia não possa ser adiada
Contra-Indicação
Contra-Indicação
Pacientes hemodinamicamente instáveis (hipovolemia,
choque cardiogênico ou séptico, edema agudo de pulmão, anúria sem diálise, distúrbios metabólicos e eletrolíticos)
Quando iniciar a Nutrição
Quando iniciar a Nutrição
Parenteral?
Parenteral?
Quando a duração é prevista por pelo
menos sete dias
Antes de iniciar recomenda-se:
Estabilização das funções vitais
Equilíbrio ácido- base
Equilíbrio de fluidos e eletrólitos
Perfundir os tecidos ( transporte de
oxigênio, substratos e intermediários
metabólicos)
Pacientes desnutridos
Pacientes desnutridos
Período de sete a 15 dias de nutrição
pré-operatória
A alimentação parenteral continua até
que o paciente seja capaz de se
alimentar por via oral ou enteral
suficientemente
Complicações pós-operatórias que
impedem o uso do TGI, a NP deve ser
iniciada imediatamente
Quando terminar a nutrição
Quando terminar a nutrição
Parenteral completa?
Parenteral completa?
Restauração da função normal do
trato gastrintestinal
Pacientes com náuseas porém com
TGI íntegro → Terapia nutricional enteral
(sonda nasoenteral)
Transição deve ser gradual
Composição da NP
Composição da NP
completa
completa
Todos os nutrientes essenciais devem ser
fornecidos em quantidades adequadas (carboidratos, gorduras, aminoácidos,
eletrólitos, minerais, oligoelementos e vitaminas)
Obstáculos de ordem farmacotécnica
(solubilidade, estabilidade térmica e de
armazenamento, compatibilidade química, toxicidade)
Aminoácidos não administrados (glutamina,
tirosina, cisteína e taurina)
Aminoácidos administrados em excesso (glicina,
fenilalanina, leucina)
Alanil-glutamina e alanil-tirosina permitem
Composição da NP
Composição da NP
completa
completa
Emulsões lipídicas (TCL n-6, TCM, TCL n-3 e n-9) Formulações adaptadas às necessidades
individuais
Adição de insulina deve ser de acordo com os
níveis da glicemia
Uso de heparina na dose de 1 a 3u/ml
(sem comprometer o tempo de coagulação)
(Dan, 2002)
A osmolaridade geralmente é superior a 1000
mOsm/L
(Cuppari, 2002)
Composição da NP
Composição da NP
completa
completa
GlicoseGlicose
•
Utilizada nas formas de dextrose a 25%, 50%
Utilizada nas formas de dextrose a 25%, 50%
ou 70%
ou 70%
•
A máxima concentração de dextrose que pode
A máxima concentração de dextrose que pode
ser administrada perifericamente é 10%. Por
ser administrada perifericamente é 10%. Por
veia central, a máxima concentração é 35%
veia central, a máxima concentração é 35%
•Quantidade mínima de glicose – 200g
Quantidade mínima de glicose – 200g
(cérebro)
(cérebro)
•
A máxima taxa de oxidação é 7 mg/Kg/min
A máxima taxa de oxidação é 7 mg/Kg/min
(Cuppari,2002)(Cuppari,2002)
•
A máxima taxa de oxidação é 5 mg/Kg/min
A máxima taxa de oxidação é 5 mg/Kg/min
Composição da NP
Composição da NP
completa
completa
Glicose
Glicose
Glicose parenteral está na forma de monoidrato,
Glicose parenteral está na forma de monoidrato,
com 1g fornecendo cerca de 3,4 Kcal
com 1g fornecendo cerca de 3,4 Kcal
Frutose
Frutose
•
Exige insulina para o uso da glicose
Exige insulina para o uso da glicose
•Seu uso é prejudicado em condições
Seu uso é prejudicado em condições
hipoinsulinêmicas
hipoinsulinêmicas
•
↑
↑
lactato, urato e bilirrubina e deprime as
lactato, urato e bilirrubina e deprime as
concentrações de adenosina trifosfato (ATP)
concentrações de adenosina trifosfato (ATP)
hepático e a de fosfato sérico
hepático e a de fosfato sérico
•
Baixo limiar renal
Baixo limiar renal
Composição da NP
Composição da NP
completa
completa
AminoácidosAminoácidos
Existem formulações específicas (hepatopata, Existem formulações específicas (hepatopata,
nefropata) nefropata)
Emulsão LipídicaEmulsão Lipídica
• São isotônicas e podem ser administradas por veia São isotônicas e podem ser administradas por veia
periférica periférica
• Previne deficiência de ácidos graxos (2-4% como Previne deficiência de ácidos graxos (2-4% como
ácido linoléico) ácido linoléico)
• Emulsões a 10 e 20% fornecem 1,1 Kcal/ml e 2,0 Emulsões a 10 e 20% fornecem 1,1 Kcal/ml e 2,0
Kcal/ml, respectivamente Kcal/ml, respectivamente
• A taxa de infusão deve ser até 100ml/h para A taxa de infusão deve ser até 100ml/h para
emulsões a 10% e 50ml/h para emulsões a 20% emulsões a 10% e 50ml/h para emulsões a 20%
• Não se recomenda infusão superior a 2,0 g/Kg/dia Não se recomenda infusão superior a 2,0 g/Kg/dia
(máx 1g/Kg/dia) (máx 1g/Kg/dia)
• Uso de emulsões lipídicas com TCM/TCLUso de emulsões lipídicas com TCM/TCL
Composição da NP
Composição da NP
completa
completa
Solubilidade cálcio-fósforo
Solubilidade cálcio-fósforo
•
Depende de vários fatores:
•
Formulação e concentração de aa
•
Concentração de glicose
•
Temperatura
•
Ordem em que os componentes
são adicionados
Prescrição sugerida de
Prescrição sugerida de
macronutrientes para pacientes
macronutrientes para pacientes
adultos em NPT
adultos em NPT
Pacientes
Pacientes
Críticos
Críticos Pacientes Pacientes estáveisestáveis
Proteína
1,2 a 1,5
g/kg/d
0,8 a 1,0
g/kg/dia
Carboidrato
s
mg/kg/min
≤ 4
mg/kg/min
≤ 7
Lípides
1 g/kg/dia
1 g/kg/dia
Calorias
totais
30Kcal/kg/d
25 a
35Kcal/kg/d
30 a
líquidos
Mínimo necessário para fornecer os macronutrient es30 a 40
ml/kg/dia
Como iniciar a administração de
Como iniciar a administração de
NPT
NPT
NPT no sistema glicídico
NPT no sistema glicídico
Partes iguais de aminoácidos a 10% e
Partes iguais de aminoácidos a 10% e
glicose a 50%, na velocidade de
glicose a 50%, na velocidade de
50ml/hora durante as primeiras 24
50ml/hora durante as primeiras 24
horas
horas
→ 100 a 120ml/ hora.
→ 100 a 120ml/ hora.
Restrição hídrica = 40% emulsão de lipídios a
Restrição hídrica = 40% emulsão de lipídios a
10-20%
20%
Paciente hipermetabólico = Atingir as
Paciente hipermetabólico = Atingir as
necessidades calóricas em 24- 36 horas (50ml/ h,
necessidades calóricas em 24- 36 horas (50ml/ h,
progredir a cada 8 horas)
Como finalizar a administração de
Como finalizar a administração de
NPT
NPT
NPT sistema glicídico não deve ser NPT sistema glicídico não deve ser
interrompida abruptamente
interrompida abruptamente → Hipoglicemia→ Hipoglicemia
Administração de soro glicosado a 10% (12 Administração de soro glicosado a 10% (12
horas)
horas)
Reduzir a velocidade de gotejamento da NPT à Reduzir a velocidade de gotejamento da NPT à
metade por uma hora e a um quarto na hora
metade por uma hora e a um quarto na hora
subseqüente
subseqüente
(Dan, 2002)(Dan, 2002)
Parenteral → Enteral (30 a 40ml/h → ↑ 25 a Parenteral → Enteral (30 a 40ml/h → ↑ 25 a
30ml/h a cada 8 a 24h até atingir 75 % das
30ml/h a cada 8 a 24h até atingir 75 % das
necessidades)
necessidades)
Monitorização
Monitorização
Prevenção de complicações metabólicas e
sépticas
Atentar para as concentração sérica de
albumina, pré-albumina, ou transferrina
Usar calorimetria indireta
Nos pacientes que recebem soluções com
lipídios por longo prazo → verificar taxa de
eliminação da gordura com testes de
NUTRIÇÃO PARENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL
PERIFÉRICA
PERIFÉRICA
Administração de uma solução de glicose ou outro
Administração de uma solução de glicose ou outro
carboidrato (sorbitol), emulsão gordurosa e
carboidrato (sorbitol), emulsão gordurosa e
aminoácidos por veia periférica
aminoácidos por veia periférica
Deve ser composta com solução de baixa
Deve ser composta com solução de baixa
osmolaridade
osmolaridade
Indicação: manutenção nutricional por curto prazo,
Indicação: manutenção nutricional por curto prazo,
desnutrição moderada com período de jejum
desnutrição moderada com período de jejum
previsível e curto, evitar indicação de NP central
previsível e curto, evitar indicação de NP central
(Dan,2002)
NUTRIÇÃO PARENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL
PERIFÉRICA
PERIFÉRICA
Ela é usualmente indicada para períodos curtos (7- 10
Ela é usualmente indicada para períodos curtos (7- 10
dias)porque em geral não atinge as necessidades
dias)porque em geral não atinge as necessidades
nutricionais do paciente
nutricionais do paciente
O valor energético alcançado costuma ficar em torno
O valor energético alcançado costuma ficar em torno
de 1000-1500 Kcal/dia
de 1000-1500 Kcal/dia
A osmolaridade da NPP deve ser < que 900 mOsm/L
A osmolaridade da NPP deve ser < que 900 mOsm/L
para evitar flebite
para evitar flebite
(Cuppari, 2002) (Cuppari, 2002)
Indicação para 5 a 7 dias
Indicação para 5 a 7 dias
(Krause, 1998)(Krause, 1998)
Contra-indicações para o
Contra-indicações para o
uso de Nutrição Parenteral
uso de Nutrição Parenteral
Periférica
Periférica
1. História de alergia a ovos ou a emulsões
lipídicas intravenosas
2. Disfunção hepática importante
3. Hipertrigliceridemia,
hiperlipidemia
4. Infarto agudo do miocárdio
5. Veias periféricas inadequadas
6. Indicação definitiva para nutrição parenteral total central
7. Uso de alimentação enteral
adequada e efetiva
8. Limitações de fluidos
(2000-3000/24h)
Via de acesso
Via de acesso
As veias periféricas distais da extremidade
superior devem ser selecionadas
O local da punção endovenosa trocado cada 48
horas
Limitar a osmolaridade da solução em
1000miliosmol/litro com reduzida quantidade
de potássio
O início e o fim da NPP (não é de forma
gradual)
Vias de acesso em Nutrição
Vias de acesso em Nutrição
Parenteral Total
Parenteral Total
Cateteres de duplo ou triplo lúmen podem
ser utilizados se uma via for destinada
exclusivamente para NP.
Cateteres multilúmens - > risco de infecção
Sítios de inserção:
•
Veia subclávia
•
Veia jugular interna
•Veia axilar (pediatria)
•Veia femoral
Vias de acesso em Nutrição
Vias de acesso em Nutrição
Parenteral Total
Parenteral Total
Cateteres posicionados na extremidade da veia cava
superior
O cateterismo venoso central determina
complicações relacionadas aos métodos de introdução e manutenção dos cateteres
Procedimentos utilizados:
Cateterização percutânea das veias subclávias e jugulares internas por punção
Dissecção e cateterização de veias dos membros superiores
Cateterização das veias subclávias e jugulares com cateteres de silicone semi-implantável e totalmente implantável
Contra-indicações relativas
Contra-indicações relativas
à punção venosa central
à punção venosa central
1.
Estados de hipocoagulabilidade
2. Enfisema pulmonar acentuada
3. Deformidade torácica
4. Cirurgia ou irradiação prévia da
região cervical
5. Assistência ventilatória com
pressão positiva
6. Prematuros e mesmo crianças até
1 ano
Complicações relacionadas à
Complicações relacionadas à
inserção de cateteres venosos
inserção de cateteres venosos
centrais
centrais
Pneumotórax Hemotórax
Lesão de plexo braquial Hidrotórax
Hemo e hidromediastino Punção e laceração arterial Lesão do ducto torácico
Lesão do nervo frênico Lesão da traquéia
Trombose venosa
Embolia pulmonar, gasosa e do cateter Arritmia cardíaca
Focos de contaminação do
Focos de contaminação do
cateter venoso central
cateter venoso central
►
Contaminação na introdução do cateter
►Emprego de soluções contaminadas
por: técnica de preparo inadequado,
defeito na vedação do frasco, adição
posterior de medicamentos
►
Uso inadequado do equipo de infusão;
desconexão freqüente, uso do equipo
por mais de 24h
► A partir da pele: A partir da pele:
.
. Curativos não trocados após 24 a 48h e que
estiverem sujos ou molhados
. Fixação inadequada do cateter à pele . Contaminação do curativo por secreção
. Técnica asséptica inadequada na troca do curativo
► A partir de outros focos infecciosos: peritonite, A partir de outros focos infecciosos: peritonite,
queimaduras de pele, broncopneumonia
queimaduras de pele, broncopneumonia
► Susceptibilidade do paciente, imunodeficiência, Susceptibilidade do paciente, imunodeficiência,
desnutrição, câncer avançado.
desnutrição, câncer avançado.
Focos de contaminação
Focos de contaminação
do cateter venoso central
Complicações Sépticas
Complicações Sépticas
Contaminação do cateter atinge índices de até 30% Cultura da ponta do cateter + Hemocultura
Remoção imediata do cateter (alteração no orifício de punção da pele, como hiperemia ou secreção; sinais clínicos, como febre, calafrios, hipotensão arterial, taquicardia, confusão mental, glicosúria inexplicada, cultura sanguínea positiva,
instabilidade cardiovascular) Troca do cateter a cada 15 dias
Nos pacientes infectados a troca do cateter ,é realizada a cada 5 dias
Bacteremia ou sepse do cateter (mesmos germes na ponta do cateter e na hemocultura)
NUTRIÇÃO PARENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL
TOTAL – Sistema Lipídico
TOTAL – Sistema Lipídico
Mistura 3 em 1 é a associação de
aminoácidos, glicose, lípides,vitaminas,
eletrólitos e minerais na quantidade
adequada para a administração diária
em um mesmo frasco ou bolsa de
material plástico
20 a 40% dos requerimentos calóricos
diários podem ser fornecidos como
gordura venosa
Vantagens da NPT –
Vantagens da NPT –
Sistema Lipídico
Sistema Lipídico
Considerada metabolicamente mais
balanceada
Permite reduzir a oferta de glicose
Densidade calórica alta (9Kcal/g)
Isotonicidade
Impede deficiência de ácidos graxos
essencias
Torna a administração da NPT mais simples
Diminui a osmolaridade da solução
Complicações da 3 em 1
Complicações da 3 em 1
Tromboflebite venosa periférica
Excesso de lípide (mais de 60%das calorias não protéicas ou
infusão de doses superiores a 3g/Kg/d). A oferta de 1g/kg/d é considerada suficiente, assim como a infusão de 0,03 a
0,05g/Kg/h.
Elevação de colesterol e triglicérides
Hipersensibilidade à Emulsão de lípides (dor torácica, febre,
vômitos, dispnéia, palpitação, tremor e cianose) - ↓ gotejamento/ dose teste no início da infusão
O uso prolongado da emulsão lipídica raramente pode
determinar ↑ transitório de enzimas hepáticas, hepatomegalia, eosinofilia, trombocitopenia, leucopenia e anemia de causa desconhecida
Guia de preparo da Mistura
Guia de preparo da Mistura
3 em 1
3 em 1
1. AA/G/L na razão: 2:1:1 ou 1:1:1 ou
2:1:0,5;
2. Volume final ≥ 1.000 ml;
3. Concentração final da glicose:
10-23%
4. Eletrólitos usados como manutenção
e não reposição
5. Sequência da mistura:
a)
Eletrólitos/vitaminas/oligoelementos
adicionados à glicose;
b)
Acrescentar solução de aminoácidos
c)
O último componente deve ser a emulsão
lipídica;
Contra-Indicação
Contra-Indicação
Dislipidemia
Pancreatite aguda na fase
hiperlipêmica
Desvantagens da NPT
Desvantagens da NPT
(Sistema Glicídico)
(Sistema Glicídico)
Intolerância à glicose
Anormalidade das provas de função
hepática
Insuficiência respiratória, se houver
reserva funcional deficiente
Deficiência de ácidos graxos
essenciais
Coma hiperosmolar não cetótico
Necessidade de cateter em veia
central (complicações técnicas e
infecciosas)
NUTRIÇÃO PARENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL
TOTAL CÍCLICA
TOTAL CÍCLICA
Permite ao paciente um período livre de equipos e
Permite ao paciente um período livre de equipos e
bombas infusoras, possibilitando maior mobilidade
bombas infusoras, possibilitando maior mobilidade
Período pós-absortivo
Período pós-absortivo
Nutrição Parenteral Contínua
Nutrição Parenteral Contínua
→ não permite período
→ não permite período
pós-prandial
pós-prandial
(Dan, 2002)(Dan, 2002)
Período de infusão de 12 ou 18 horas, usualmente à
Período de infusão de 12 ou 18 horas, usualmente à
noite, permitindo um período livre de 6 a 12 horas
noite, permitindo um período livre de 6 a 12 horas
Substratos em Nutrição
Substratos em Nutrição
Parenteral
Parenteral
Histidina → Suplementação a pacientes
urêmicos resultou em melhora e mesmo
positividade do balanço nitrogenado
Serina → Indispensável para pacientes
urêmicos mantidos sob hemodiálise
Arginina → Função imunomoduladora,
competição com a lisina, substrato para
produção de óxido nítrico que tem um papel
na regulação da inflamação e imunidade
Substratos em Nutrição
Substratos em Nutrição
Parenteral
Parenteral
Taurina
Taurina
→ Estabilização do potencial da
→ Estabilização do potencial da
membrana, promoção do transporte de cálcio,
membrana, promoção do transporte de cálcio,
imunomoduladora. Sua deficiência pode estar
imunomoduladora. Sua deficiência pode estar
associada à fadiga muscular e episódios arrítmicos
associada à fadiga muscular e episódios arrítmicos
da uremia
da uremia
Cisteína
Cisteína
→ Melhora um número grande de funções
→ Melhora um número grande de funções
linfocitárias
linfocitárias
Tirosina
Tirosina
→ Sintetizada por fenilalanina, é um aa
→ Sintetizada por fenilalanina, é um aa
condicionalmente indispensável sob certas condições
condicionalmente indispensável sob certas condições
como fenilcetonúria, doenças renais e hepáticas, e
como fenilcetonúria, doenças renais e hepáticas, e
prematuros
Substratos em Nutrição
Substratos em Nutrição
Parenteral
Parenteral
Glutamina
Glutamina
Precursor de síntese protéica
Doa N para síntese de purinas,
pirimidinas, nucleotídeos
Substrato mais importante para
amoniogênese renal
Regulador da homeostase dos
aminoácidos
Fonte energética para células de
rápida proliferação
Substratos em Nutrição
Substratos em Nutrição
Parenteral
Parenteral
Glutamina
Glutamina
Soluções de NPT contendo glutamina
devem ser preparadas para pronta
utilização sob condições assépticas
estritas e estocadas a 4°C (no
máximo dois dias)
Para diminuir o risco de
precipitação, a concentração não
deve exceder 1-1,5%
Novos substratos em
Novos substratos em
nutrição protéica
nutrição protéica
Peptídios de cadeia curta sintéticos
Peptídios de cadeia curta sintéticos
•
Os dipeptídeos sintéticos podem ser considerados novos
Os dipeptídeos sintéticos podem ser considerados novos
candidatos à nutrição parenteral (L-alanil-L-glutamina)
candidatos à nutrição parenteral (L-alanil-L-glutamina)
•
São rapidamente clareados do plasma, sem serem
São rapidamente clareados do plasma, sem serem
acumulados em tecidos
acumulados em tecidos
•
↑
↑
das fontes usáveis de nitrogênio em forma mais
das fontes usáveis de nitrogênio em forma mais
concentrada (minimizando o volume hídrico)
concentrada (minimizando o volume hídrico)
•
Osmolaridade diminuída
Osmolaridade diminuída
•
Solubilidade e estabilidade aumentadas
Solubilidade e estabilidade aumentadas
(Dan, 2002; Shils, 2002)(Dan, 2002; Shils, 2002)
Ácidos graxos de cadeia curta
Ácidos graxos de cadeia curta
•
Previne atrofia da mucosa
Previne atrofia da mucosa
Substratos em Nutrição
Substratos em Nutrição
Parenteral
Parenteral
Óleo de oliva
TCM
Lípides estruturados (estereficação de
TCL e TCM em um esqueleto de glicerol)
→ rápido clearance plasmático,
rapidamente disponíveis para processos
oxidativos com efeitos térmicos mínimos,
< sobrecarga metabólica ao organismo,
melhora do balanço nitrogenado.
Substratos em Nutrição
Substratos em Nutrição
Parenteral
Parenteral
Ácidos graxos n-3
Efeito protetor sobre o
desenvolvimento de doenças
inflamatórias e cardiovasculares
Glicose
Frutose e Sorbitol
Xilitol
Cuidados em NPT
Cuidados em NPT
Realizar radiografia de tórax
Manter a via exclusiva para a infusão de NPT Realizar curativo a cada 48 horas ou quando
necessário
As soluções preparadas para uso não imediato
devem ser conservadas em refrigeradores
específicos a 4°C (± 2°C), protegidos da luz e identificados por composição data e hora de preparo
Retirar o frasco de solução preparada do
refrigerador duas horas antes do horário previsto para instalação, mantendo o rigor de assepsia
Cuidados em NPT
Cuidados em NPT
Observar transparência, homogeneidade da
solução, presença de corpos estranhos antes
da instalação. Caso haja alteração, não
administrar e analisar as possíveis causas.
Instalar soro glicosado 10% quando houver
qualquer interrupção brusca
Observar reações adversas:
•
Imediatas: tremor, dispnéia, cianose, dor
lombar, hipertermia, cefaléia, náusea,
vômito, sudorese, calafrio e sonolência
•
Tardias: hepatomegalia, icterícia,
Complicações Metabólicas
Complicações Metabólicas
da Nutrição Parenteral
da Nutrição Parenteral
Coma Hiperglicêmico Hiperosmolar não-cetótico
Síndrome de elevada mortalidade ocasionada por
sobrecarga de NPT e, particularmente, pela infusão excessiva de glicose
Hipoglicemia
• Suspensão súbita da infusão de glicose hipertônica • Tratamento consiste na administração em bolo de
glicose a 50% até desaparecimento dos sinais e sintomas
• Nos casos de interrupção abrupta de NPT- sistema
glicídico, deve-se administrar glicose a 10% com a mesma velocidade de gotejamento
• Métodos mais rápidos para pacientes que recebem NPT
cíclica → diminuição pela metade do gotejamento durante 2 horas seguidas através de uma nova redução pela metade por mais 2 horas, suspende-se, então, a NPT
Complicações Metabólicas
Complicações Metabólicas
da Nutrição Parenteral
da Nutrição Parenteral
Hipoglicemia insulínicaHipoglicemia insulínicaQuando a insulina for adicionada ao frasco de NPT, os
Quando a insulina for adicionada ao frasco de NPT, os
cuidados de administração e controle devem ser
cuidados de administração e controle devem ser
redobrados (monitorização da glicemia e glicosúria)
redobrados (monitorização da glicemia e glicosúria)
HipercapniaHipercapnia
• A infusão em excesso de calorias não-protéicas como A infusão em excesso de calorias não-protéicas como
glicose (> 25Kcal/Kg/dia) pode ser prejudicial por
glicose (> 25Kcal/Kg/dia) pode ser prejudicial por
aumentar a produção de CO2.
aumentar a produção de CO2.
• Metabolismo de carboidrato QR= 1,0Metabolismo de carboidrato QR= 1,0 • Metabolismo de proteína QR= 0,8Metabolismo de proteína QR= 0,8
• Metabolismo de gorduras QR= 0,7Metabolismo de gorduras QR= 0,7
• Glicose > 5mg/Kg/min Glicose > 5mg/Kg/min → > produção de CO2, > QR → > produção de CO2, > QR
respiratório
Complicações Metabólicas
Complicações Metabólicas
da Nutrição Parenteral
da Nutrição Parenteral
Sobrecarga de Aminoácidos
•A ocorrência de hiperamonemia,
azotemia, acidose metabólica
hiperclorêmica, em virtude da infusão
de hidrolisado de proteína, pertence ao
passado histórico de NP
•
A administração de aa não
metabolizados adequadamente pode
Complicações Metabólicas
Complicações Metabólicas
da Nutrição Parenteral
da Nutrição Parenteral
Insuficiência de Ácidos Graxos Essencias
(ácido linoléico, araquidônico e linolênico)
• Manifestações clínicas: descamação de pele,
queda de cabelo, dificuldade de cicatrização de feridas, maior sensibilidade a infecções,
eczema de difícil controle, ↓ da pressão intra-ocular, hepatomegalia
• Alterações laboratoriais: ↑ da fragilidade das
hemácias, anemia, trombocitopenia e ↓ do índice de prostaglandinas
• Prevenção e tratamento: administração de
emulsão lipídica intravenosa pelo menos duas vezes na semana
Complicações Metabólicas
Complicações Metabólicas
da Nutrição Parenteral
da Nutrição Parenteral
Síndrome do Roubo CelularSíndrome do Roubo Celular
• Ocorre em pacientes desnutridos graves ou em Ocorre em pacientes desnutridos graves ou em
jejum prolongado, submetidos à terapia nutricional
jejum prolongado, submetidos à terapia nutricional
não balanceada em fase de anabolismo celular.
não balanceada em fase de anabolismo celular.
• Pode se apresentar em situações de ingestão oral Pode se apresentar em situações de ingestão oral
bastante prejudicada (alcoolismo crônico, anorexia
bastante prejudicada (alcoolismo crônico, anorexia
nervosa, obesidade mórbida com perda rápida de
nervosa, obesidade mórbida com perda rápida de
peso e pacientes em jejum por 7 a 10 dias sob
peso e pacientes em jejum por 7 a 10 dias sob
estresse).
estresse).
• Tratamento: fornecer o elemento ausente.Tratamento: fornecer o elemento ausente.
(Dan,2002) (Dan,2002)
• Deficiência principalmente de fósforo e potássioDeficiência principalmente de fósforo e potássio • Pacientes desnutridos iniciar co 25ml/h e Pacientes desnutridos iniciar co 25ml/h e
Repercussões Orgânicas da Síndrome do
Repercussões Orgânicas da Síndrome do
Roubo Celular
Roubo Celular
Cardíaca Gastrintestina
l
Hipofosfatem
ia Alteração da função do miocárdio,
arritmia, ICC, morte súbita
Disfunção hepática
Hipomagnese
mia Arritmia, taquicardia Dor abdominal, anorexia,
diarréia, obstipação
Hipocalemia Arritmia, parada
cardíaca, hipotensão ortostática, ↑ sensibilidade ao digital, alteração no ECG Obstipação, íleo, exacerbação da encefalopatia hepática Intolerância à glicose e líquidos
ICC, morte súbita,
Neuromuscular Metabólico Hipofosfate
mia
Paralisia arreflexiva aguda, confusão, coma, paralisia de nervos cranianos, perda
difusa do sensório, letargia, parestesia, rabdomiólise, convulsões, síndrome de Guillain-Barré, fraqueza
Hipomagnese
mia Ataxia, confusão, hiporreflexia,
irritabilidade, tremor muscular, mudança da personalidade,
convulsões, tetania, vertigem, fraqueza
Hipocalemia Arreflexia, hiporreflexia, parestesia, paralisia, insuficiência respiratória, rabdomiólise, fraqueza Alcalose metabólica, hipocalemia, intolerância à glicose Intolerânci
a à glicose Coma hiperosmolar não-cetótico
Hiperglicemia, hipernatremia,
Pulmonar Renal
Hipofosfate
mia Insuficiência respiratória aguda
Hipomagnese mia Hipocalemia Diminuição da concentração urinária poliúria, polidipsia, nefropatia, mioglobinúria Intolerância à glicose e líquidos Retenção de CO2, insuficiência respiratória Diurese osmótica, azotemia pré-renal
Hematológico
Hipofosfatemia Alteração da morfologia da
hemácia, anemia hemolítica, trombocitopenia, diminuição da função das plaquetas,
hemorragia, disfunção dos leucócitos
Hipomagnesemia Hipocalemia Intolerância à glicose e líquidos
Cuidados clínicos da
Cuidados clínicos da
prevenção da Síndrome do
prevenção da Síndrome do
Roubo Celular (SRC)
Roubo Celular (SRC)
1.Conhecer a existência da SRC
2.
Reconhecer os pacientes sob risco
3.
Examinar cuidadosamente e corrigir
as alterações eletrolíticas antes de
iniciar a terapia nutricional
4.
Restabelecer o volume circulatório
criteriosamente
5.
Aumentar a oferta calórica lentamente
6.Administrar vitaminas rotineiramente
7.Controle cuidadoso de eletrólitos
Complicações
Complicações
Gastrintestinais da
Gastrintestinais da
Nutrição Parenteral Total
Nutrição Parenteral Total
Alterações Hepáticas
Alterações Hepáticas
↑
↑
aminotransferases = esteatose
↑ gama-glutamiltransferase e/ ou fosfatase
alcalina = colestase
A NPT contribui para colestase intra-hepática
e lama biliar na criança e esteatose, lama
Complicações
Complicações
Gastrintestinais da
Gastrintestinais da
Nutrição Parenteral Total
Nutrição Parenteral Total
Alterações Hepáticas da criança (colestase)
• Toxicidade direta da NPT no fígado
(imaturidade de sistema secretor biliar)
• Deficiência nutricional hepática resultante da
oferta inadequada de NPT (deficiência de
taurina, que é o principal aminoácido utilizado pelo hepatócito para conjugar o ácido biliar)
• Complicações relacionadas à falta de nutrientes
enteral e estímulo inadequado da circulação êntero-hepática e função intestinal (estase
biliar, hipercrescimento bacteriano e hipoplasia intestinal com redução da imunidade)
Complicações
Complicações
Gastrintestinais da
Gastrintestinais da
Nutrição Parenteral Total
Nutrição Parenteral Total
Colecistoquinina → contração da vesícula
(estimula o fluxo biliar)
Falta de estímulo enteral → produção da lama
biliar, estase de bile e hipercrescimento de
bactérias no intestino (litocolato)
Hipoplasia, hipercrescimento bacteriano e
diminuição da imunidade intestinal podem
promover a translocação de bactérias através
do intestino
Complicações
Complicações
Gastrintestinais da
Gastrintestinais da
Nutrição Parenteral Total
Nutrição Parenteral Total
Alterações Hepáticas do adulto
Alterações Hepáticas do adulto
Esteatose Hepática
•
Disfunção hepática mais comum com NPT
•Pode aparecer entre a primeira e a quarta
semana do início da NPT
•
Mecanismos propostos: acúmulo de
acetil-CoA, ↑ da síntese de ácidos graxos,
↓ da oxidação de ácidos graxos, ↓ da
Complicações
Complicações
Gastrintestinais da
Gastrintestinais da
Nutrição Parenteral Total
Nutrição Parenteral Total
Lama Biliar
Colelitíase
Colecistite Acalculosa
( dor em
hipocôndrio direito, febre e leucocitose)
Colestase
•
Adultos com elevação de fosfatase alcalina
•
Fatores de risco: sepse, NPT prolongada,
NPT contínua, excesso de aminoácidos,
uso inadequado de lípide, deficiência de
nutrientes (glutamina, taurina, metionina,
colina, carnitina)
Complicações
Complicações
Gastrintestinais da
Gastrintestinais da
Nutrição Parenteral Total
Nutrição Parenteral Total
Atrofia da mucosa intestinal
•
Ausência de alimentos na luz
intestinal
•
Padrão anormal de síntese e
liberação de hormônios tróficos
intestinais
•
Suprimento insuficiente de energia
Complicações
Complicações
Gastrintestinais da
Gastrintestinais da
Nutrição Parenteral Total
Nutrição Parenteral Total
Doença ÓsseaDoença Óssea
• Manifesta nos adultos como dor na região dorsal, periarticular ou óssea e fraturas
• Manifesta em crianças com osteopenia, fraturas e fístulas ósseas
• Diagnóstico: exame radiológico, bioquímico( ↑ fosfatase alcalina, hipofosfatemia, ↑ da perda de cálcio urinário), mineralização óssea
• Prevenção e tratamento: uso criterioso dos nutrientes e de fármacos para minimizar as perdas maximizar a retenção de nutrientes; recomenda-se a infusão contínua, que pode resultar em melhor balanço mineral, quando comparado com a NPT cíclica
Patogênese da Doença
Patogênese da Doença
Óssea Relacionada à NPT
Óssea Relacionada à NPT
NUTRIENTES
Deficiência: cobre, cálcio, fósforo
Excesso: Vitamina D
Toxinas: alumínio