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Evolução dos preços do leite e derivados no mercado brasileiro e mundial

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – UNIJUÍ

CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DO LEITE E DERIVADOS NO MERCADO BRASILEIRO E MUNDIAL

ANA CLÁUDIA BIELESKI BERLEZI

IJUÍ – RS 2013

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ANA CLÁUDIA BIELESKI BERLEZI

EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DO LEITE E DERIVADOS NO MERCADO BRASILEIRO E MUNDIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Colegiado do Curso de Ciências Econômicas do Departamento de Ciências Administrativas Contábeis, Econômicas e da Comunicação Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial necessário para obtenção do titulo de Bacharel em Ciências Econômicas por esta universidade.

Professor Orientador: Dilson Trennepohl.

IJUÍ – RS

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Ana Cláudia Bieleski Berlezi

EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DO LEITE E DERIVADOS NO MERCADO BRASILEIRO E MUNDIAL

Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Econômicas para a obtenção do titulo em Bacharelado em Ciências Econômicas na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, submetida à aprovação da banca examinadora composta pelo seguinte membro:

Orientador: Profº. Dr. Dilson Trennepohl.

Examinador Banca: Profº. Dr. David Basso.

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Dedico este trabalho a minha família, pois sem ela

eu nada seria.

“Seja a mudança que você quer

ver no mundo”

Gandhi.

AGRADECIMENTOS

Em especial a minha família, minha mãe Senia, meu pai Natalicio e meus irmãos Alexandre e Ana Caroline.

Ao meu amor Leandro que me ajudou nos momentos de dificuldade e sempre me incentivou a buscar meus objetivos e conquistas.

Aos professores Marlene, Argemiro, Dalmo, Davi, que foram determinantes para a formação desse profissional que me tornei.

A todos os professores que fizeram parte da minha formação.

Ao professor Dilson Trennepohl, pelo grande amigo e por ter me orientado. A Deus, por ter me dado à oportunidade de viver essa vida.

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RESUMO

A produção de leite segue em um ritmo acelerado e de crescimento no mundo, especialmente no Brasil. O objetivo deste estudo é analisar os preços dos derivados no mercado internacional usando como referencia a Oceania e a Europa. Analisando consequentemente os preços dos derivados no mercado brasileiro usando os maiores estados produtores de leite no Brasil. Verificar os preços pagos aos produtores rurais, utilizando preços nominais, preços deflacionados e preços em Dólar. Assim relacionar a influencia do mercado internacional em relação aos preços no mercado brasileiro, ocasionando diretamente nos preços dos derivados do leite e nos preços pago ao produtor rural. Utilizamos como referencia estudos da FAO (Food and Agriculture Organization) e CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), com isso, esse trabalho foi elaborado através de pesquisas bibliográficas. Este estudo pretende analisar os preços do leite e de seus derivados no mercado brasileiro e suas influencias de preço que o mercado internacional dita para o nosso pais.

Palavras–chaves: Produção de Leite, Preços, Mercado Internacional e Brasileiro.

ABSTRACT

Milk production follows at a fast pace and growth in the world, especially in Brazil. The objective of this study is to analyze the prices of oil products on the international market using as reference Oceania and Europe. Consequently analyzing derivative prices in the Brazilian market using the largest milk producing states in Brazil. Check the prices paid to farmers, using nominal prices deflated prices and prices in U.S. dollars. So relate the influence of international market relative to prices in the Brazilian market, resulting directly in the prices of dairy products and the prices paid to farmers. Used as reference studies of FAO (Food and Agriculture Organization) and CEPEA (Center for Advanced Studies in Applied Economics) , therefore, this work was done through literature searches . This study aims to analyze the prices of milk and its derivatives in the Brazilian market and its price influences the international market dictates for our parents.

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Lista de Figuras

Figura 1. Principais países produtores de leite no mundo (t) ... 10

Figura 2. Preços de exportação de Produtos Lácteos Oceania e na Europa ... 17

Figura 3. Preço do leite cru – integral - 2004 2013 ... 24

Figura 4. Preço do leite pasteurizado – 2004 2013 ... 25

Figura 5. Preço do Leite UHT – 2004 2013 ... 26

Figura 6. Preço do queijo prato – 2004 2013 ... 27

Figura 7. Preço do leite em pó-integral – 2004 2013 ... 28

Figura 8. Preço da manteiga – 2004 2013 ... 29

Figura 9. Preço do queijo muçarela - 2004 2013 ... 30

Figura 10. Série de preços médios dos derivados no atacado - 2004 2013 ... 31

Figura 11. Série de preços médios do leite pagos ao produtor (R$/Litro) (2000 – 2013) ... 33

Figura 12. Série de preços médios do leite pagos ao produtor (R$/Litro) Deflacionados (SET/13, IPCA) ... 34

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Sumário

Introdução ... 8

1 Características Gerais da Pecuária Leiteira ... 9

2 Evolução dos Preços dos Produtos Lácteos no Mercado Internacional ... 16

3 Evolução dos Derivados no Mercado Brasileiro ... 23

3.1 Preço do Leite Cru Integral no Brasil ... 23

3.2 Preços do Leite Pasteurizado ... 24

3.3 Preço do Leite UHT ... 25

3.4 Preço do Queijo Prato ... 26

3.5 Preço do Leite em Pó ... 27

3.6 Preço da Manteiga ... 28

3.7 Preço do Queijo Muçarela ... 29

3.8 Serie de Preços Médios dos Derivados no Atacado ... 30

4 Evolução dos Preços Pagos ao Produtor Rural ... 32

CONSIRERAÇÕES FINAIS ... 37

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Introdução

A produção do leite é uma das principais atividades dos pequenos e médios produtores rurais, com o decorrer do tempo a atividade foi se ampliando, e com isso, aumentando a produção de leite no país.

No entanto, com o aumento da produção do leite e o aumento do consumo de seus derivados no Brasil, há uma grande possibilidade de aumento nas exportações do leite em nosso país. O objetivo do trabalho, portanto, é analisar a evolução dos preços e de seus derivados no mercado internacional, a evolução dos preços no mercado brasileiro de derivados lácteos, juntamente com a evolução dos preços pagos ao agricultor.

O primeiro capítulo, faz uma análise dos dados históricos da produção leiteira no Brasil e no Mercado Internacional, que influenciou positivamente o Brasil a investir na produção leiteira. As características da produção de leite no Brasil e no mercado internacional, que resultou em alterações importantes no ambiente competitivo do sistema lácteo.

O segundo capítulo, trata-se de analisar a evolução e o comportamento dos preços dos derivados no mercado internacional. Caracterizando a influencia que ressalta no mercado de derivados no Brasil juntamente com os preços pagos ao produtor brasileiro.

O terceiro capitulo faz um analise da evolução do preço dos derivados no mercado brasileiro, relacionando a influencia que o mercado internacional detém referente aos preços dos produtos lácteos no Brasil.

O quarto capitulo traz a evolução dos preços pagos ao produtor rural, fazendo uma analise dos preços nominais pagos ao produtor, preços deflacionados e preços em dólar, fazendo uma relação da influencia do mercado internacional.

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Capítulo I

Características Gerais da Pecuária Leiteira

Historicamente, a pecuária leiteira está presente desde os primórdios da civilização, acompanhando o ser humano ao longo de sua evolução. Isto se comprova em estudos que evidenciam a domesticação do gado na Mesopotâmia por volta de 8000 a.C., mas somente para o provimento de carne e força. De acordo com estudos de cientistas europeus é possível que a ordenha do leite tenha surgido na Inglaterra e Europa Ocidental por volta de 6000 a.C. Os registros mais antigos de vacas confinadas para produção de leite, porém, datam de 5000 a.C., em Dahara, na Líbia, contando inclusive com representações da produção de queijo.

Na Bíblia há referências ao leite e seus derivados na passagem que trata sobre Canaã ou Palestina, “a Terra Prometida”, onde “a terra jorrava o leite e o mel”, entre outras citações importantes. Também os Sumérios, em torno de 3500 a.C., consumiam leite e deixaram registros em desenhos, mostrando como preparavam produtos com o leite coalhado. Os Egípcios, a partir de 1000 a.C., utilizavam o leite com finalidade religiosa. Na Gália, Damona era a vaca que controlava a relação entre as águas da terra, cujo leite era considerado sagrado (COSTA, 2011).

Na Idade Média foi observada a dificuldade em conservar o leite por um espaço maior de tempo e, por essa razão precisava ser consumido fresco. Com isso foram sendo desenvolvidos os laticínios, como por exemplo, a manteiga.

No século 11 a Holanda se destacou com as pequenas propriedades de terra, cuja única alternativa de sobrevivência era o leite e a produção de manteiga e queijo para exportação para as grandes cidades. Um dos problemas era a baixa produtividade das vacas, compensada pela boa qualidade do produto.

A Revolução Industrial na Europa, por volta do ano 1830, trouxe a possibilidade de transportar o leite fresco de zonas rurais às grandes cidades graças às melhorias no sistema de transporte. Com o tempo apareceram novos instrumentos na indústria de processamento do leite. Um dos mais conhecidos é o

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da pasteurização, criada em 1864 por Louis Pasteur sugerida para ser usada no leite em 1886 pelo químico microbiologista alemão Franz Von Soxhlet. Estas inovações fizeram com que o leite ganhasse um aspecto mais saudável, maio tempo de conservação e processamento mais higiênico.

As mudanças estruturais ocorreram mundialmente, destacando-se a forte regulamentação da atividade, a política de sustentação do preço e as barreiras de importação após a abertura do mercado. Com isso, a tendência de intensificação da produção por animal e por área dos continentes está ganhando força no mercado mundial.

Ainda de acordo com dados da FAO (2012), os Estados Unidos lideram o

ranking de maior produtor mundial, com mais de 87 bilhões de litros produzidos por

ano, seguido da Índia, com uma produção anual de 50.300 bilhões de litros. O Brasil também é um importante produtor mundial de leite e sua produção vem apresentando crescimento contínuo. Em 2010 o Brasil aparece como o quinto maior produtor, com mais de 31 bilhões de litros.

Figura 1. Principais países produtores de leite no mundo (t)

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Entre os 20 maiores produtores de leite constam os países em desenvolvimento, como a Índia, China, Rússia, Brasil, Turquia, Paquistão, Ucrânia, México, Argentina. E os desenvolvidos Estados Unidos, Alemanha, França, Nova Zelândia, Reino Unido, Polônia, Holanda, Itália, Austrália, Canadá e Japão.

O grande potencial da bacia leiteira são os países em desenvolvimento, mesmo sendo considerados países com um padrão de vida entre baixo e médio, com base industrial em desenvolvimento e um índice de desenvolvimento humano (IDH) variando entre médio e elevado. A classificação de um país não tem somente uma única definição internacional reconhecida, podendo variar muito dentro do grupo dos países.

Existem alguns países que se encontram no limite dessas duas definições, notadamente o grupo conhecido como BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, sendo os quatro primeiros os fundadores) que juntos formam um grupo político de cooperação. Esses países são industrializados e têm um grande peso econômico no cenário global, porém falham na distribuição equitativa de renda, fazendo com que haja pobreza e problemas estruturais. Em contrapartida, há países menos industrializados e de baixa projeção econômica mundial, mas que conseguem manter certo nível de bem estar social. Esses países se encontram principalmente no Leste Europeu e no Cone Sul (GAMA; SIQUEIRA, 2011).

Estudos de Trennepohl (2011) procuram explicar a evolução dos países que vêm alcançando o desenvolvimento da produção leiteira, podendo ser identificados três conjuntos de países que apresentam situações específicas de produção e consumo semelhantes.

O primeiro grupo de países é constituído por aqueles com altos patamares de produção e consumo, sendo eles: Estados Unidos e Canadá na América, grande parte da Europa, especialmente a União Européia e a Oceania, como a Austrália e a Nova Zelândia. Deste grupo de países pode-se observar na figura 2 que os EUA está em primeira colocação e manteve um patamar de crescimento de 10,45% no período de 2000 a 2010. A Nova Zelândia está em oitavo lugar de produção e o seu

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crescimento foi de 4,36% no período. Segue a Austrália na décima oitava posição e com crescimento de 1,5%. Com menor participação deste grupo vem o Canadá na décima nona colocação, apresentando 0,07% de crescimento no período. Trennepohl (2011, p. 182) caracteriza este grupo de países da seguinte forma:

O consumo de produtos lácteos nesses países é determinado pelos hábitos alimentares incorporados na cultura da produção e sustentado pelos elevados níveis de renda e os recursos canalizados pelos programas governamentais. Trata-se de um padrão de consumo sofisticado que inclui na dieta alimentar, além de volumes significativos de leite fluido, uma variedade de produtos derivados (queijos, cremes, iogurtes, etc.) e compostos alimentares que contam com o leite como um de seus ingredientes. A tendência observada nos últimos anos justamente aponta para uma leve redução no consumo total dos derivados menos nobres e mais baratos e o crescimento dos derivados mais sofisticados e mais caros, o que pode estar revelando um nível de saturação de capacidade de consumo.

Nestes países desenvolvidos ou com altos patamares de produção e consumo as expectativas para o comércio internacional, segundo a FAO (2012), tendem a se intensificar. O fato de a produção crescer principalmente em locais com consumo crescente, aliado ao fato de que o consumo e a produção nos principais países desenvolvidos (EUA, União Européia, Canadá) pouco variam dentro desse cenário, e que a maioria do consumo será suprida pela produção local, mantém o leite com uma commodity de baixa participação internacional em termos relativos.

No segundo grupo de países identificado por Trennepohl (2011) estão os de nível intermediário de produção e consumo, compreendendo grande parte da América Latina, como Argentina, Brasil, México, Uruguai e Chile e parte do Leste Europeu, como Rússia, Ucrânia e Polônia. Estes países estão na seguinte classificação: Rússia está em quarto lugar, com maior produção, mas seu crescimento decaiu -0,6% devido à oscilação de 2005 e, mesmo em 2010 ainda não recuperou o volume de produção que tinha em 2000. O Brasil está em quinta colocação de produção e seu crescimento no período foi de 10,31%.

Também neste grupo encontra-se a Alemanha, com o sexto lugar no gráfico de produção e seu nível de crescimento representa 1,19%. Após vem a França, em sétimo lugar de produção e com uma taxa de crescimento no período de -1,25%, resultado da diminuição da sua produção. O Reino Unido encontra-se em nono lugar de produção, mas a taxa de crescimento está em -1,14%, ocasionada pela sua

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redução em 2010. A Polônia está em décima segunda colocação, representando 0,36% de crescimento; a Holanda está em décimo terceiro lugar, com uma taxa de crescimento de 0,43%; a Ucrânia está em décima quarta colocação, apresentando uma taxa de crescimento negativo de -1,33%, destacando-se como positivo apenas o ano de 2005. O México está na décima quinta posição e representa um crescimento de 1,25%, já a Argentina compõe a décima sexta colocação na produção mundial e a taxa de crescimento do período foi de 0,35%. A Itália está na décima sétima colocação de produção e representa um crescimento negativo de -1,65%, cuja diminuição vem ocorrendo a partir de 2000. O Chile e o Uruguai não estão incluídos no rol dos maiores produtores de leite, mas durante o período do estudo Chile cresceu 0,49% e Uruguai 0,80%.

Este grupo de países tem demonstrado um potencial de crescimento significativo da produção para fazer frente ao crescimento de seu consumo interno e para atender a demanda do mercado internacional. Na maior parte deles existe disponibilidade de fatores de produção e condições naturais favoráveis ao desenvolvimento da produção leiteira, além de avanços tecnológicos disponibilizados pela pesquisa e em rápida difusão entre os produtores (TRENNEPOHL, 2011).

O terceiro grupo de países é composto por aqueles de baixo nível de produção e consumo de leite, como a África, a Ásia e alguns países da América Latina. Para Trennepohl (2011), nesses países está ocorrendo uma expansão muito significativa do volume consumido, impulsionada pelos processos de aumento de renda da população, da abertura econômica e da incorporação dos padrões de consumo do chamado Primeiro Mundo. Apesar da grande heterogeneidade de situações entre os países, ocorrem múltiplas dificuldades para expandir a produção leiteira local no mesmo ritmo do crescimento do consumo, relacionadas à falta de experiências na atividade ou às adversidades dos recursos naturais. Assim, estes países são prováveis compradores de leite no mercado internacional em volumes crescentes.

Como se pode ver, a Índia é o segundo maior produtor de leite, e apresenta uma taxa de crescimento de 15,84%. Outro país que merece destaque é a China,

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que em 2000 estava com um nível baixo de produção e teve um crescimento de 25,03%, representando o maior crescimento de produção e alcançando o terceiro lugar entre os demais. Já a Turquia representa o décimo lugar de produção, com uma taxa de crescimento de 3,42%; o Paquistão em décimo primeiro lugar de produção, com uma taxa de crescimento de 4,02%; e, por último, o Japão, único país deste grupo que não teve crescimento, apresentando uma taxa de crescimento negativa de -0,71%.

Segundo as estimativas da FAO (2012), o leite tende a continuar sua migração para países de baixo custo de produção que apresentam consumo crescente. Principalmente os países em desenvolvimento, cujos custos em geral são mais baixos e o consumo pode ainda crescer bastante.

A aposta nesses países ou no grupo dos intermediários explica-se, em parte, pela elevação do consumo de lácteos, pelo crescimento da população ou pelo crescimento per capita. Pode-se avaliar o quanto o crescimento da produção levou ao aumento do consumo e, com isso, a uma melhor distribuição de renda e o desenvolvimento econômico do setor. Decorre daí também uma mudança nos hábitos dos consumidores que passaram a consumir novos produtos derivados do leite.

Outra questão é o consumo, que nos países desenvolvidos ou países com altos patamares de produção e consumo está em fase de saturação. A solução está nos países em desenvolvimento ou naqueles que compõem o grupo dos intermediários, onde os mercados estão em crescimento e aonde muita gente ainda pode vir a beber leite ou aumentar seu consumo. Sem dúvida, isso é muito bom para produtores, indústrias e demais interessados no setor lácteo.

Por outro lado, nos países em desenvolvimento (grupo dos intermediários), o custo da matéria-prima para a produção do leite é mais baixo. Isso explica o interesse de empresas de laticínios ali se instalarem, sendo exemplos recentes os investimentos da Danone na China e da Parmalat e da Nestlé no Brasil. Para as indústrias, ter leite mais barato nestes países pode ser rentável, mas pelo lado dos produtores não é animador. É preciso que os ganhos sejam distribuídos ao longo da

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cadeia, caso contrário, dificilmente se conseguirá manter um crescimento sustentado na produção.

Além disso, a oferta brasileira vem crescendo acima da média mundial. Boa parte dos países membros da União Européia possui custos de produção mais elevados que os do Brasil, cujo volume de subsídios também é expressivo.

Para Carvalho, Carneiro e Stock (2006), o Brasil possui condições para se tornar um grande exportador de lácteos, caso incremente as vendas para países como os do continente africano, Oriente Médio, boa parte da Ásia, México, Rússia e países vizinhos. Além disso, o mercado brasileiro também é muito amplo e melhorias na distribuição de renda em paralelo ao marketing institucional podem contribuir para a expansão do consumo e sustentação do crescimento da oferta com rentabilidade aos produtores.

A comercialização de lácteos no Brasil está voltada essencialmente para o nicho doméstico, com alguma inserção mais recente no mercado externo. A produção interna vem apresentando um crescimento contínuo e acima do crescimento econômico, o que implica em riscos de excesso de oferta. No âmbito do mercado externo, o Brasil possui boas perspectivas de se tornar um grande exportador de lácteos devido a sua competitividade. Sem dúvida, este é um enorme desafio da pecuária leiteira nos dias atuais. Nesse sentido, a política comercial brasileira precisa caminhar de forma mais coordenada, com foco e em sintonia com os interesses do setor produtivo, acompanhando as transformações e criando alternativas de crescimento produtivo e de qualificação numa escala de produção das unidades agrícolas (PAMELA, 2011).

O principal desafio colocado para a atividade leiteira é consolidar a presença do Brasil no mercado internacional como exportador de produtos lácteos. Além de encontrar potenciais compradores interessados na aquisição dos produtos brasileiros é preciso desenvolver a produção nacional no sentido de atender as normas gerais sanitárias e de qualidade do mercado mundial e específicas de cada país importador. Este esforço já foi iniciado há bastante tempo, mas ainda está

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distante de atingir os patamares necessários para ocupar fatias mais expressivas do mercado (TRENNEPOHL, 2011).

Capitulo II

Evolução dos Preços dos Produtos Lácteos no Mercado Internacional

A maior parte da produção de leite destina-se ao consumo do mercado interno nos respectivos países produtores. Historicamente a produção surge e se expande para atender o consumo da população local ou regional. Em tais circunstâncias o comércio internacional representa menos de 10% do volume total produzido e consumido no mundo ou do valor correspondente, (USDA, 2010).

Mesmo assim, o comportamento dos preços no mercado internacional tem se tornado referência para a atividade na maioria dos países. Para os exportadores representam o potencial de remuneração pelos derivados produzidos e determinam os parâmetros de pagamento pela matéria prima utilizada na sua elaboração. Já para os importadores representam o custo de obtenção dos produtos lácteos e delimitam as condições de atendimento da demanda e de substituição das importações pela produção interna.

Existem muitas praças de comercialização e muitos pontos de observação para detectar o comportamento dos preços internacionais. Muitos deles resultam de acordos entre governos ou organismos internacionais que envolvem objetivos de ajuda humanitária no combate a desnutrição e não representam as condições de mercado. Outros são circunstanciais e implicam em negócios ocasionais ou em situações muito particulares. Mas também existem algumas praças que tendem a se consolidar como referências gerais do comércio internacional – algo semelhante a Bolsa de Chicago para a soja (USDA,2010).

No caso dos produtos lácteos (leite em pó, queijo, manteiga, etc.) duas praças tem sido referência importante para os preços internacionais. As exportações da Europa Ocidental e da Oceania alcançaram este reconhecimento pelo volume

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comercializado, pela regularidade das operações e pelo número de operadores (importadores e exportadores), (USDA, 2010).

Assim, para este estudo foram tomados os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), relativos aos preços mínimos e máximos praticados nestas duas praças para os dois derivados mais padronizados do complexo lácteo, (leite em pó integral e desnatado).

Na figura 2, estão apresentados os dados sobre a evolução dos preços destes dois derivados, nos dois continentes, entre 1994 e 2013. Pode-se observar que, apesar de diferenças pontuais em diversos momentos, a evolução das quatro linhas possui comportamentos muito semelhantes e representam, em seu conjunto, o movimento mais geral dos produtos lácteos no mercado mundial. Assim, sua análise poderá gerar elementos explicativos para o comportamento dos preços de outros derivados em outras praças de comercialização, inclusive dos preços da matéria prima ou do leite pagos aos produtores rurais.

Figura 2. Preços de exportação de Produtos Lácteos Oceania e na Europa

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Segundo dados Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, 2007), o índice de preços internacionais de lácteos entre novembro e abril de 2007 teve um aumento de 46%. Os preços dos leites em pó aumentaram ainda mais 56% para o leite em pó desnatado e 61% para o leite em pó integral.

Os preços dos queijos e da manteiga aumentaram de forma mais modesta, 18% e 34%, respectivamente em 2007. Os preços recordes para todos os produtos são devido tanto a causas de curto prazo como a causas estruturais básicas. Entretanto, a proporção do aumento nos preços para leite em pó é principalmente atribuível à exaustão dos estoques públicos na União Européia (UE) (FAO, 2007).

Além disso, a desvalorização do dólar dos Estados Unidos tem elevado os preços dos produtos lácteos, uma vez que esses são denominados nesta moeda mesmo que sejam bastante comercializados entre áreas que não usam a moeda norte-americana (FAO, 2007).

Entretanto, a essência do aumento dos preços depende da oferta, e a produção global de leite que não acompanhou o ritmo da forte demanda mundial, impulsionada principalmente pela Rússia, países da Ásia e países exportadores de petróleo da África, América Latina e Caribe.

Entre alguns problemas que causam a menor oferta mundial em 2007 estão às sucessivas secas na Austrália, que limitam suas exportações de lácteos, tarifas de exportação da Argentina e uma suspensão de seis meses das exportações de leite em pó na Índia, que eliminou a presença deste país nos mercados mundiais.

Além disso, os altos preços dos grãos usados nas rações também reduziram a lucratividade em muitos setores intensivos de produção. O fator mais significante na época eram as reformas políticas da UE, que resultaram em uma drástica redução nos estoques públicos de produtos lácteos, especialmente leites em pó, e o excessivo corte nos subsídios de exportação da UE, tanto em termos de valor como de quantidades.

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O limite dos preços dependia bastante da efetiva proteção que era oferecida por várias barreiras de acesso a mercados de importantes países produtores/consumidores. Os valores internacionais dos lácteos aumentaram tanto que o preço internacional era muito próximo dos níveis prevalentes dos EUA e da UE, permitindo que eles exportassem sem exigir subsídios.

A expansão dos produtos lácteos foi estimulada pelos maiores preços do leite e ganhos na produtividade em certos países em desenvolvimento, bem como em países exportadores emergentes, onde os produtores tinham se beneficiado do aumento nos preços internacionais.

Em 2007 no Continente Asiático no caso da Índia, ocorreu um rápido crescimento no rendimento doméstico, de mais de 6%, pressionou para cima os preços do leite em 2006 e 2007. O aumento nos preços foi acentuado pela entrada do país no mercado mundial de leite em pó desnatado, e os altos preços do leite em pó como um exportador, o que levou o Governo, em janeiro de 2007, a impor uma barreira de seis meses nas exportações de leite em pó da Índia.

A Ásia com fraca tradição em lácteos era um dos mais abertos importadores, mas também aqueles que registram a mais rápida expansão na produção. No caso que a demanda doméstica cresceu tão rapidamente nestes países, e muitas vezes ultrapassando a produção. Como resultado disso, o objetivo das importações de leite em pó era de reconstituição para suplementar a oferta de leite. Na China, a demanda e a oferta domésticas cresceram mais de 20% nos anos de 2006 e 2007.

O crescimento dos preços permaneceu estagnado no continente Africano em 2007 apesar dos altos preços. A produção de leite na África permaneceu bastante inerte aos movimentos nos preços internacionais, dada à baixa participação dos produtores neste setor formal de leite. Após cair levemente nos dois anos anteriores 2005 e 2006. Sua dependência das importações de produtos lácteos está crescendo e consiste quase que exclusivamente de leites em pó.

No Canadá apesar de o país ser bastante isolado dos mercados mundiais de manteiga e queijos, era o maior ou o segundo maior exportador de leite em pó

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desnatado e o principal exportador de componentes lácteos com alto valor, como proteínas do soro do leite em 2007. À medida que sua ligação com os mercados mundiais foi aumentando, os ganhos contínuos nos preços internacionais posicionaram os EUA como um fornecedor grande e competitivo de uma ampla gama de produtos lácteos.

A Argentina com seus altos preços dos produtos lácteos, apesar de atenuados pelas tarifas de exportação, eram estimulados a produção de leite e as exportações de produtos lácteos, principalmente de queijos e leite em pó integral. A produção de leite na Argentina cresceu 7% em 2006, dados os fortes preços do leite. O Brasil, sexto maior produtor mundial, aumentou a sua produção de leite a um ritmo de + 4,6% a no período 2003 a 2007.

As reformas políticas na UE mudaram as economias de sua produção de leite, reduzindo os incentivos para produzir e estimulando o consumo doméstico. Os estoques de produtos lácteos vêm sendo progressivamente reduzidos. Como resultados disso, os subsídios de exportação também se reduziram a zero para alguns lácteos. Reduziram-se as participações da UE nos mercados dos principais produtos lácteos no comércio internacional. Como resultado, o bloco perdeu sua posição global como maior exportador de produtos lácteos, em termos de volume, em favor da Nova Zelândia. Apesar de produzir somente 4% da produção mundial, a Oceania Nova Zelândia e Austrália em 2007 eram as maiores países exportadores de produtos lácteos.

Ocorreu um grande aumento nos preços de leite em pó no mercado internacional partir de outubro/2006 devido a diversos fatores: (i) pelo lado da oferta, redução dos excedentes exportáveis, com redução da produção na Austrália (seca) e Argentina (inundações, seca e direcionamento da produção para o abastecimento interno); modesto aumento de produção na Nova Zelândia (pouca disponibilidade de animais e problemas climáticos); quotas de produção na União Européia que enfrenta problemas climáticos e de sanidade animal além de aumento generalizado de custos de produção devido ao aumento das rações; (ii) pelo lado da demanda, contínuo aumento da demanda nos países asiáticos, produtores de petróleo e nos países incorporados recentemente à União Européia, impulsionada pelo crescimento

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econômico e aumento dos preços do petróleo. Mudanças nas políticas agrícolas e a desvalorização do dólar frente às principais moedas agregaram-se como fatores de aumento dos preços internacionais (CONAB, 2008).

A partir de outubro de 2007 os preços internacionais passaram a apresentar declínio devido à retração da demanda, início de recomposição de estoques e aumento da produção mundial, retornando em 2009 aos patamares de 2006.

Aconteceu que o processo de valorização das principais moedas nacionais frente ao dólar, interrompido apenas no segundo semestre de 2008, foi retomado em dezembro/2008 e constitui-se em uma força que deveria, ceteris paribus, aumentar os preços internacionais das commodities lácteas.

Os subsídios à exportação na UE e nos Estados Unidos, como conseqüência da formação de estoques de intervenção, constituíram-se, alternativamente, em pressão baixista de preços para as commodities lácteas.

Em 2009 os preços dos produtos lácteos reduziram devido à demanda firme dos países em desenvolvimento que apresentam aumento de renda, principalmente da China, México, Argélia e Egito e países do sudeste da Ásia.

Após a forte demanda de importação, especialmente na Ásia, junto com a redução nas ofertas, está por trás do aumento nos preços dos lácteos que começaram no último trimestre de 2010. As repostas de produção nos países exportadores têm sido modestas, em meio a condições desfavoráveis de clima, menores rebanhos em alguns países e políticas que limitam a produção, como na União Européia (UE).

No comércio mundial de produtos lácteos mostrou um crescimento em 2011, em 5%, para 48,3 milhões de toneladas equivalentes em leite, impulsionadas por maiores compras de países asiáticos, particularmente China, Indonésia, Coréia, Filipinas, Cingapura e Tailândia. As importações do Egito também deverão crescer substancialmente. Maiores exportações de Argentina, Bielorrússia, UE, Nova Zelândia e Ucrânia deverão cobrir a expansão no comércio.

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Em 2012, os preços permanecem em declínio devido às boas safras no hemisfério sul e à boa perspectiva no hemisfério norte, aumento das quantidades exportadas e valorização do dólar frente às principais moedas.

Segundo dados da FAO Na Europa, a produção de leite deverá permanecer sem mudanças em 2013, em 156 milhões de toneladas, após um lento começo do ano devido ao clima excepcionalmente frio e úmido, a produção se recuperou. De acordo com dados do censo de 2013 da UE, o número de bovinos leiteiros aumentou pela primeira vez em muitos anos. Nos últimos meses, os produtores da UE se beneficiaram do aumento nos preços do leite e de uma queda nos custos dos alimentos concentrados. A produção de leite em 2013 na Rússia deverá cair um pouco, à medida que sua oferta de alimentos animais foi limitada durante a primeira parte do ano, afetando a lucratividade e levando à contração do rebanho leiteiro. Na vizinha Ucrânia, a produção está com uma tendência de alta, assistida por incentivos do governo que promove a eficiência em nível de fazenda e o uso de tecnologias modernas.

Na Oceania, os preços altos sustentados dos produtos lácteos no mercado internacional e os níveis associados de lucratividade vêm estimulando o setor leiteiro. Entretanto, tanto Austrália como Nova Zelândia tiveram um clima quente e seco prolongado no começo de 2013, levando a uma queda na produção de leite. Na Nova Zelândia, até janeiro, a produção para a estação de 2012/13 ficou 6% à frente da produção da estação anterior, que foi um recorde, mas caiu em seguida, terminando 1,3% menor, em 19,5 milhões de toneladas. As chuvas abundantes em abril ajudaram as pastagens a se recuperar – depois disso a nova estação começou bem e, em setembro, estava 6% acima da produção de 2012/13. Na Austrália, a estação de 2012/13 foi 3% menor, para 9,2 milhões de toneladas, afetada pelos menores preços do leite, condições climáticas desfavoráveis, altos custos e ofertas limitadas dos alimentos animais. Para a estação atual, embora os preços do leite tenham melhorado, o clima frio na maior parte do país limitou a produção. Dessa forma, a produção de 2013/14 deverá permanecer sem mudanças com relação à estação anterior (FAO, 2013).

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Capítulo III

Evolução dos Derivados no Mercado Brasileiro

A estrutura do mercado de produtos lácteos no Brasil é bastante complexa, em virtude do elevado número de agentes econômicos que atuam no sistema e da multiplicidade de canais de comercialização (EMBRAPA, 2002).

A abertura da economia, liberação de preços e o plano de estabilização, com a implementação do Plano Real em 1994, trouxeram modificações importantes para toda a cadeia agroindustrial do leite, aumentando os investimentos no setor, aumentando o mercado consumidor e viabilizando aumentos de produção.

Com as mudanças do início da década de 90, aumentou o interesse de grandes empresas internacionais em investirem nesse segmento de mercado. Muitos laticínios nacionais foram incorporados por essas empresas, provocando uma concentração da indústria.

A demanda por leite e derivados pode ser aumentada por diversos fatores, entre eles o aumento de população, crescimento de renda, redução de preços relativos de produtos concorrentes ou substitutos e mudanças nos hábitos alimentares. Na realidade a demanda é alterada por diversos fatores que podem ocorrer simultaneamente. O objetivo é mostrar a evolução dos preços dos derivados no mercado brasileiro utilizando dados do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

3.1 Preço do Leite Cru Integral no Brasil

O preço do leite cru é o preço pago a empresa que coleta o produto na propriedade rural, onde será refrigerado e encaminhado para a indústria. O gráfico à baixo mostra a evolução dos preços do leite cru no Brasil.

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Figura 3. Preço do leite cru – integral - 2004 2013

Fonte: Cepea

O preço do leite cru integral em diversos estados do Brasil mantém as mesmas oscilações, derivadas muitas vezes por influencias do mercado externo.

Observa-se que o Rio Grande do sul é o estado que detém o menor preço em função da parte logística, que ambos os outros estados estão mais perto do

mercado consumidor. São Paulo é o estado que o preço do leite cru é mais elevado, pelo fato de se concentrar o maior mercado consumidor de leite.

3.2 Preços do Leite Pasteurizado

Leite pasteurizado é o fluido elaborado a partir do leite cru, isto é, passou por um processo cujo princípio é primeiramente aquecê-lo a uma temperatura em torno dos 70ºc durante um determinado tempo, e submetido, em seguida e bruscamente, a um resfriamento em temperatura de 2º a 5ºc. Este leite é comercializado em saquinhos.

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Figura 4. Preço do leite pasteurizado – 2004 2013

Fonte: Cepea

O preço do leite pasteurizado manteve-se sem muitas oscilações, apartir de 2007 devido a situações que ocoreram no mercado externo ocorreu uma grande demanda pelos produtos lacteos.

Apartir dos dados coletados expostos no grafico acima, observa-se que o preço do leite apartir de 2007 ate meados de 2013 possui altas e baixas. Mas por mais que ocorra oscilações o preço do leite pasteurizado matem em linha reta uma constante elevação nos preços de acordo com o periodo.

3.3 Preço do Leite UHT

O leite UHT é submetido a uma elevada temperatura (130°C a 150°C) durante cerca de 2 a 4 segundos, num processo térmico de fluxo contínuo. Após o tempo definido, é imediatamente resfriado a uma temperatura inferior a -32°C e envasado em embalagens hermeticamente fechadas e esterilizadas, ou seja, leite de caixinha.

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Figura 5. Preço do Leite UHT – 2004 2013

Fonte: Cepea

Observa-se que o preço do leite UHT de 2004 a 2013 teve dois picos de preços importantes em 2007 e 2009 por influencias do mercado externo. Interessante observar que a partir desses picos os preços retornam aos mesmos patamares.

A partir de 2010 os preços mantiveram certo parâmetro sem muitas oscilações. Em linha reta observa-se uma constante elevação dos preços nos últimos anos, e não tendo uma grande diferença entre Rio Grande do Sul e São Paulo.

3.4 Preço do Queijo Prato

O queijo Prato é um dos queijos mais populares do Brasil. Foi introduzido na década de 20, na região do sul de Minas, através de imigrantes dinamarqueses.

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Figura 6. Preço do queijo prato – 2004 2013

Fonte: Cepea

O preço do queijo prato manteve-se oscilações em 2007 a 2009, devido ao mercado externo. Pode-se observar que o Rio grande do Sul nesse período de 2007 a 2009 deteve o maior preço, chegando em junho de 2009 em R$ 15,09 enquanto a média no nacional era de R$ 12,21, no mesmo ano em outubro o preço chegou a R$ 8,43 uma grande oscilação.

A partir de 2010 o preço do queijo prato manteve-se em constante elevação em todos os estados, e no Rio Grande do Sul em 2013 chegando a superar preços de 2009.

3.5 Preço do Leite em Pó

Leite em pó é uma forma moderna de consumo de leite que, desidratado, tem sua longevidade estendida. O leite em pó é feito a partir da desidratação do leite. Para extrair a água, que compõe cerca de 90% da massa do leite, as fábricas fazem-no evaporar num processo lento, que mantém as proteínas do produto.

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Figura 7. Preço do leite em pó-integral – 2004 2013

Fonte: Cepea

O preço do leite em pó teve uma grande oscilação em 2007 devido a falta de oferta do produto no mercado internacional. Em fevereiro de 2009 o Rio Grande do Sul teve um forte aumento no preço do leite em pó chegando a R$ 13,11 e uma forte queda em abril chegando a R$ 9,49. Nota-se que os preços do leite em pó de 2011 a 2012 se mantém sem muitas oscilações, a partir de setembro de 2012 ocorreu aumento nos preços em todos os estados.

3.6 Preço da Manteiga

Manteiga é o nome dado de forma exclusiva ao alimento obtido do leite de vaca, se for de outro animal o nome correto é manteiga de mais o nome do animal de origem. É produzida onde há atividade pecuária, e as suas origens são antiquíssimas, datando seguramente da pré-história.

A manteiga é composta por cerca de 80% de gordura, sendo o restante água e resíduos de lactose (o açúcar do leite) e um tipo de gordura.

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Figura 8. Preço da manteiga – 2004 2013

Fonte: Cepea

Segundo o gráfico acima, no ano de 2007 com a falta de leite no mundo, a manteiga foi o único derivado que não foi afetado o preço. Em fevereiro de 2009 ocorreu uma oscilação de R$ 12,50 no preço do leite no Rio Grande do Sul e em abril de 2009 voltou aos patamares de R$ 9,23. Os preços não matem muita diferença entre Rio Grande do Sul e São Paulo.

3.7 Preço do Queijo Muçarela

A mozarela, muçarela ou muzarela (em italiano, mozzarella) é uma variedade de queijo de origem italiana (comuna de Aversa) e é um queijo de massa filada. Por ser muito utilizada na culinária mundial, a mozarela também é produzida a partir do leite de vaca.

No Brasil, onde este queijo é largamente consumido, a sua técnica de fabricação é diferenciada, o que acarreta em variações em sua composição. Por ser geralmente fabricado com leite cru, isso o impede de ser padronizado no país.

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Figura 9. Preço do queijo muçarela - 2004 2013

Fonte: Cepea

Primeiramente as oscilações do queijo muçarela são muito semelhantes a do queijo prato por serem da mesma família. Segundo o gráfico acima observa-se que teve grandes oscilações a partir dos anos de 2007. E consequentemente os preços do Rio Grande do Sul hoje, se encontra um dos mais altos do pais, ultrapassando o grande salto de 2009.

3.8 Serie de Preços Médios dos Derivados no Atacado

O gráfico abaixo mostra a evolução doa preços dos derivados no atacado, verifica-se que o produto que tem mais oscilação é o leite em pó é, portanto o que mais sofre influencia do mercado internacional. O queijo prato é o que mais evoluiu seguido da manteiga.

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Figura 10. Série de preços médios dos derivados no atacado - 2004 2013

Fonte: Cepea

Dados referentes aos preços médios dos derivados no atacado a partir de 2007 mantiveram-se grandes oscilações, principalmente no leite em pó devido a fatores do mercado internacional. O preço do derivado que mais aumentou no atacado nos últimos anos foi o preço do queijo prato, seguido pelo queijo muçarela, leito em pó e manteiga.

Segundo dados CONAB, com o aumento das quantidades exportadas, os preços dos derivados praticados internamente passam a depender crescentemente dos preços internacionais bem como da evolução da produção interna e do poder aquisitivo dos consumidores. Os aumentos de preços dos derivados lácteos no Brasil em 2007 são reflexos dos aumentos dos preços da matéria-prima, dos preços internacionais, da demanda interna firme e do poder de mercado do segmento de varejo.

Um dos motivos para estes reajustes nos preços pode ter origem na demanda. O consumo de leite aumenta sempre que as famílias de baixa renda têm ganhado em seu poder de compra. A política de reajuste do salário mínimo acima da

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inflação colaborou para o crescimento da renda real desta população, conseqüentemente, contribuindo para o aquecimento da demanda do leite.

Os preços dos derivados lácteos, principalmente do leite UHT, leite em pó integral, são influenciados tanto pelos preços pagos ao produtor quanto pelos preços internacionais, principalmente daqueles produtos com maior participação no mercado externo, no caso do leite em pó qe sofre grande influência.

Observando os gráficos os preços dos derivados no mercado brasileiro se detem uma grande influencia no mercado internacional, ou seja, pela demanda do produto.

Capítulo IV

Evolução dos Preços Pagos ao Produtor Rural

De todas as cadeias produtivas do setor agropecuário, a do leite foi a que mais se transformou, nos últimos anos. Esta nova dinâmica do setor lácteo provocou várias conseqüências na atividade leiteira, como aumento significativo da produção e variação de preços.

A evolução dos preços é importante para viabilizar a atividade leiteira, fomentar sua expansão e garantir rentabilidade. Consequentemente dando um entendimento significativo como os preços pagos ao produtor evoluíram com o decorrer do tempo.

No período estudado foram utilizados dados do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) com objetivo de estudar a evolução dos preços da atividade leiteira desde ano 2000 a 2013.

A proximidade entre os preços recebidos por produtores brasileiros e norte-americanos pode ser atribuída a dois fatores, isto é, nos Estados Unidos, houve forte retração dos valores, em função do aumento de 4,34% no volume ofertado em 2006, comparado ao mesmo período de 2005, segundo o Departamento de Agricultura dos

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Estados Unidos (USDA). No Brasil, pode-se citar a contínua valorização do Real frente à moeda americana, de 28% frente a agosto de 2004 e de 8,5% em relação a agosto de 2005 (CEPEA, 2006).

A valorização cambial prejudica a atividade leiteira nacional, pois os produtos brasileiros exportados perdem a competitividade no exterior, resultando em aumento dos estoques nacionais, especialmente no período de safra brasileira consequentemente prejudicando os preços pagos ao produtor rural. (CEPEA, 2006). O gráfico abaixo mostra a serie histórica de preços nominais pagos aos produtores rurais em diversos estados.

Figura 11. Série de preços médios do leite pagos ao produtor (R$/Litro) (2000 – 2013)

Fonte: Cepea

O gráfico apresenta uma série histórica do preço do leite pago ao produtor observando-se oscilações que nem sempre ocorreram em razão dos volumes de oferta de leite no mercado. Nos anos de 2007 e 2008, por exemplo, os aumentos de preço do leite ao produtor se deram muito devido ao acirramento da concorrência entre as grandes indústrias, em busca de garantir matéria-prima para suas novas

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plantas, que aumentaram em capacidade de processamento devido a construções, aquisições, ampliações e reformas de indústrias.

Na evolução dos preços pagos ao produtor rural houve um grande progresso, pois no ano de 2000 o preço pago ao produtor era de 0,27 R$/Litro centavos o litros em 2013 entorno de 1,05 R$/Litro. Os preços nominais pagos ao produtor aumentaram entre janeiro de 2006 devido a fatores envolvendo o mercado internacional como a falta de produto isso fez com que os preços disparassem.

Dos estados brasileiros o Rio Grande do Sul é o estado com o preço mais baixo do país, pois em termos de logística o Rio grande do Sul esta mais longe do mercado consumidor. O estado de São Paulo é o que detém o preço mais alto pago ao produtor brasileiro seguido de Minhas Gerais no entanto os mesmos estão centro do mercado consumidor e com isso conseguem barganhar um preço melhor.

Figura 12. Série de preços médios do leite pagos ao produtor (R$/Litro) Deflacionados (SET/13, IPCA

)

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O gráfico acima mostra o preço pago ao produtor deflacionado, ou seja, descontando o IPCA. Relacionando sua serie histórica que no ano de 2000 o preço pago era entorno de 0,60 R$/Litro em 2013 alcançou 1,15 R$/Litro, entre os estados com menor preço encontra-se o Rio Grande do Sul e com o mais alto preço o estado de São Paulo em seguida Minhas Gerais. Em 2007, a alta generalizada de todos os tipos de leite levou a um forte descolamento dos preços em relação ao patamar inflacionário.

Outro motivo para os reajustes nos preços pode ter origem na demanda. O consumo de leite aumenta sempre que as famílias de baixa renda têm ganhado em seu poder de compra. A política de reajuste do salário mínimo acima da inflação colaborou para o crescimento da renda real desta população, conseqüentemente, as políticas de redistribuição de renda e de inclusão social contribuíram para o aquecimento da demanda do leite.

Figura 13. Série de preços médios do leite pagos ao produtor rural (US$/Litro)

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O gráfico acima mostra a evolução dos preços pagos ao produto rural m relação a dólar, nota-se primeiramente a alta em 2007 a falta do produto no mercado internacional.

Entretanto, em comparação com 2008 houve redução substancial, em relação ao dólar (US$) A mesma pode ser explicada pela: i) redução dos preços dos insumos; ii) desvalorização da moeda norte-americana; iii) ganho de eficiência nos sistemas de produção; e iv) corte de custos, a curto prazo, devido a crise econômica. Tais fatores possibilitaram, após a recuperação dos preços mundiais de lácteos em agosto de 2009, certa estabilidade econômica para os produtores de leite.

Pelo perfil das curvas, é perceptível que 2011 foi um ano de maior alta. Comparando com os preços nominais 2011 a 2012 foi o ano que os preços tiveram uma maior estabilidade, e partir de 2013 começaram a ter um forte aumento passaram de entorno de 0,80 R$/litro para entorno de 1,15 R$/litro, relacionado a grande demanda pelo produto.

Dessa forma concluímos que o preço pago ao produtor brasileiro esta em constante evolução e teve uma grande melhora com o decorrer do tempo. Estima-se que com o aumento dos preços pagos ao produtor rural para 2013/14, devera permanecer sem muitas mudanças com relação aos preços.

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CONSIRERAÇÕES FINAIS

O objetivo desse estudo foi analisar a evolução dos preços do leite e seus derivados no mercado internacional, mercado brasileiro e a evolução dos preços pagos ao produtor rural. Com isso, estabelecer uma análise da influencia do mercado internacional sobre os preços pagos ao produtor rural brasileiro.

Foi diagnosticado no primeiro capítulo que o continente europeu teve crescimento negativo de -2,15% no período de 2000 a 2010. Enquanto que o continente americano cresceu 30,5% no mesmo período. O maior crescimento foi constatado no continente asiático, tendo um crescimento de 58,22%. Outros continentes também cresceram no mesmo período, porém, em menor proporção, como a África, crescendo 10,73%, a Oceania, crescendo 2,70%. O aumento da produção em países em desenvolvimento, como a China, aumentando 25,02%, a Índia, com 15,84%, e o Brasil, com 10,31% no período. Isso, revela uma tendência desses países que têm potencial para crescimento contra os países desenvolvidos, que já estão saturados e pouco variam dentro desse cenário apresentado.

O capitulo dois trata-se da evolução dos preços de leite e derivados no mercado internacional, levando em consideração os países Oceania e Europa como referencia no mercado internacional. Verifica-se que os preços dos derivados do leite no mercado internacional variam em relação a demanda e oferta dos produtos lácteos.

A evolução dos preços dos derivados de leite no mercado brasileiro, citada no capitulo três, mostra que o fator determinante as oscilações e o aumento dos preços esta relacionado ao mercado internacional, e a demanda e a oferta dos derivados consequentemente influenciadas pela taxa de câmbio.

O capitulo quatro, demonstrou a evolução dos preços do leite pagos ao produtor brasileiro. Verificou-se que um dos fatores determinantes para o preço é o mercado internacional, seguido pela demanda dos produtos no mercado interno, tendo um grande superávit nos preços pagos aos produtores, com o aumento das

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exportações a tendência é que os preços não cresçam tanto quanto os produtores esperam.

No período analisado o fator determinante para as oscilações dos preços do leite e seus derivados pagos aos produtores rurais, é influenciado pelo mercado internacional, pela demanda e oferta do produto. Isso, também pelo aumento do consumo relacionado ao aumento do poder aquisitivo das pessoas, que passaram a consumir mais produtos lácteos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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