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Abandono afetivo dos pais e suas consequências

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

ROSELENE GARCÊS DE OLIVEIRA SILVEIRA

ABANDONO AFETIVO DOS PAIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Ijuí (RS) 2018

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ROSELENE GARCÊS DE OLIVEIRA SILVEIRA

ABANDONO AFETIVO DOS PAIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Monografia final do Curso de Graduação em Direito objetivando a aprovação no componente curricular Monografia.

UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

DCJS – Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais.

Orientador: MSc. Luiz Raul Sartori

Ijuí (RS) 2018

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Dedico este trabalho a todos que de uma forma ou outra me auxiliaram e ampararam-me durante estes anos da minha caminhada acadêmica.

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AGRADECIMENTOS

A Deus acima de tudo, pela vida, força e coragem. A meu orientador MSc. Luiz Raul Sartori, pela sua dedicação e disponibilidade.

A meu esposo, Rogério, pelas palavras de apoio e incentivo, sempre carinhoso e disposto a partilhar todos os momentos.

A minha amada filha por sua colaboração e incentivo e meus amados filhos por estarem sempre ao meu lado, muito obrigada!

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Existe um núcleo mínimo de cuidados parentais que, para além do mero cumprimento da lei, garantam aos filhos, ao menos quanto à afetividade, condições para uma adequada formação psicológica e inserção social.

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RESUMO

O presente trabalho de pesquisa monográfica faz uma análise à evolução em torno do divórcio e das consequências quando se tem filhos menores, sendo que é através da afetividade que nos identificamos com outras pessoas, por isso uma criança carente de afeições terá dificuldade para se relacionar com outros indivíduos, podendo desenvolver uma série de problemas psicológicos e irreparáveis, afetando sua personalidade, tendo dificuldade de aprender e desenvolver-se ao longo de sua vida. Sendo que os pais têm deveres com os filhos muito além do reconhecimento civil ou judicial, a obrigação de assistência a esses não se resume em somente alimentos, este fonte de sobrevivência, e sim em afeto. A importância deste tema é muito relevante na sociedade, pois é preciso dar atenção especial às nossas crianças, que serão o futuro de nossa sociedade.

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ABSTRACT

The present research work monograph analyzes the evolution around divorce and the consequences when it has smaller children and it is through affection that we identify with other people, so a child devoid of affections will have difficulty relating to others individuals, and can develop a series of psychological problems, irreparable affecting his personality, having difficulty learning and developing throughout his life. Since parents have duties with their children far beyond civil or judicial recognition, the obligation to provide assistance is not only alimony, this source of survival, but affection. The importance of this theme is very relevant in society, because it is necessary to give special attention to our children, who will be the future of our society.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 8

1 RESPONSABILIDADE DOS PAIS PARA COM OS FILHOS ... 9

1.1 Obrigações constitucionais ... 10

1.2 A evolução do casamento, as novas famílias e seus efeitos jurídicos ... 11

1.3 O abandono – implicações legais ... 14

2 A INDISPENSABILIDADE DA AFETIVIDADE ... 16

2.1 A afetividade no âmbito jurídico ... 17

2.2 A jurisprudência analisada sob o aspecto da falta de afetividade ... 19

CONCLUSÃO ... 21

REFERÊNCIAS ... 22

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INTRODUÇÃO

A presente monografia tem por objetivo buscar entendimentos acerca do comportamento dos pais após a separação em relação aos filhos, pois muitas vezes todo carinho, amor e cuidado que existia durante a união se desfaz com a separação, situação que os filhos sofrem sem ao menos saber o motivo.

O que motivou este trabalho foram as audiências civis presenciadas, onde um dos membros da família, muitas vezes a mãe, ficou com toda a responsabilidade, tanto financeira quanto afetiva, busca amenizar pelo menos a situação financeira dos filhos menores e acaba esbarrando com a falta de preocupação do outro, que muitas vezes deseja diminuir o valor mensal destinado aos filhos, e para isso alega diversas coisas, tais como desemprego e que constituiu uma nova família e precisa sustentá-la.

Todas essas situações demonstram uma falta de afeto e um descaso enorme com os filhos e tais atitudes possuem consequências destrutivas para os filhos, que precisam tanto da ajuda financeira quanto da presença e amor dos pais para sua formação psíquica.

Tendo em vista todas as mudanças que a sociedade vem sofrendo com os divórcios, a justiça vem agindo para pelo menos abrandar toda a dor e o sofrimento que o abandono causou neste filho e a maneira encontrada para isso são as indenizações financeiras, que não irão substituir este sentimento de abandono, mas sim amenizar os problemas por ela causados.

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1 RESPONSABILIDADE DOS PAIS PARA COM OS FILHOS

A responsabilidade dos pais em relação aos filhos é algo que vai muito além do nutrir o corpo, mas também de ser e irradiar exemplos de cidadania e de ética. Sendo assim, cada integrante desta instituição é indispensável na criação dos filhos, sua participação ativa é algo imprescindível e insubstituível, pois é através dos laços afetivos que são formados seres seguros de si e com capacidade de tomar decisões diante dos mais diferentes conflitos da sociedade. Isto é um direito assegurado pelo Código Civil de 2012:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges: [...] IV – sustento, guarda e educação dos filhos;

Art. 1.568. Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime patrimonial.

Art. 1.579. O divórcio não modificará os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos.

Assim, se tem clareza, que a educação e o cuidado para com os filhos é de dever do casal e independe de estarem casados ou não.

Para Dill e Calderan (2010):

A responsabilidade dos pais é dever irrenunciável. Essa prerrogativa leva em conta a vulnerabilidade da criança e do adolescente, seres em desenvolvimento que merecem tratamento especial. Nesse sentido, o ordenamento jurídico brasileiro atribui aos pais certos deveres, em virtude do exercício do poder familiar. A Constituição Federal, em seu artigo 227, atribui à família o dever de educar, bem como o dever de convivência e o respeito à dignidade dos filhos, devendo esta sempre primar pelo desenvolvimento saudável do menor. O artigo 229 da Constituição Federal, também atribui aos pais o dever de assistir, criar e educar os filhos.

Segundo Dias (2006, p. 106):

O conceito atual de família, centrado no afeto como elemento agregador, exige dos pais o dever de criar e educar os filhos sem lhes omitir o carinho para a formação plena de sua personalidade, com atribuição do exercício do poder familiar... Assim, a convivência dos filhos com os pais não é direito do pai, mas direito do filho. Com isto, quem detém a guarda tem o dever de conviver com ele. Não é direito de visitá-lo é obrigação de visitá-visitá-lo. O distanciamento entre pais e filhos produz sequelas de

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ordem emocional e reflexos no seu sadio desenvolvimento. O sentimento de dor e de abandono pode deixar reflexos permanentes em sua vida.

O poder familiar deixou de ter sentido de dominação para se tornar sinônimo de proteção, com mais características de deveres e obrigações dos pais para com os filhos do que de direitos em relação a eles (DIAS, 2006, p. 344).

Quando um dos membros da família se omite dessas tarefas acaba sobrecarregando o outro, que terá que desempenhar o papel deixado de lado, porém muitas vezes o indivíduo não o fará da maneira mais correta, visto que este não possui as mesmas vivências que o companheiro obteve. Assim, a criança terá em sua formação de personalidade somente o ponto de vista do pai ou da mãe, o que ocasionará em perdas para o menor, que estará em formação, deixando assim lacunas que somente a participação do membro omisso poderia preencher.

1.1 Obrigações constitucionais

Por muito tempo as crianças e os adolescentes não possuíam um texto que se trata unicamente de seus direitos, desta forma, ficavam completamente desamparados. Foi somente em 1988, que crianças e adolescentes passaram a serem reconhecidos como sujeitos com direitos e não somente como objetos num mundo de adultos. A Constituição Federal de 1988 deixa claro quais as atribuições constitucionais de cada seguimento da sociedade para uma boa qualidade de vida e desenvolvimento social e psicológico das crianças e dos adolescentes no Brasil. Como se pode observar no fragmento a seguir:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010).

No texto ficam claras as atribuições de cada instituição, desta forma a criança e o adolescente, agora, são pessoas de direitos e esse se dará sem a distinção de cor, raça ou condições financeiras, para assim assegurar condições minimamente dignas para que todos

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possam adquirir condições básicas de educação, saúde, lazer e sempre amparados pela companhia da família e do Estado.

Já no ano de 1990, com base nas diretrizes da Constituição Federal de 1988, e após reivindicações de movimentos sociais que trabalhavam em defesa da ideia de que crianças e adolescentes são também sujeitos de direitos e merecem acesso à cidadania e proteção, foi criado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O ECA busca promover os direitos das crianças e dos adolescentes e saber quais são os deveres de cada setor da sociedade, deixando claro, quais os meios para um ambiente saudável e propício para o crescimento destes, e quais as formas de corrigi-los quando agirem de forma desapropriada, e também quando são negligenciados.

No fragmento do ECA, a seguir, podemos observar claramente os direitos adquiridos pelos menores e os deveres de cada membro da sociedade com esse ser que necessita de todo o apoio possível para crescer física e psiquicamente:

Art. 4º. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (BRASIL, 1990).

Desde sua criação, o ECA, vem se consolidando como o principal instrumento de construção de políticas públicas para a promoção e garantia de direitos das crianças e dos adolescentes.

1.2 A evolução do casamento, as novas famílias e seus efeitos jurídicos

Por muito tempo somente o casamento religioso era reconhecido, só eram aceitas as famílias formadas pelos laços sagrados do matrimônio. O divórcio passou a existir após 1977, quando foi criada a Lei nº 6.515:

A separação judicial, a dissolução do casamento, ou a cessação de seus efeitos civis, de que trata a Ementa Constitucional nº 9, de 28 de junho de 1977, ocorrerão nos casos e segundo a forma que esta lei regula.

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I – pela morte de um dos cônjuges;

II – pela nulidade ou anulação do casamento; III – pela separação judicial;

IV – pelo divórcio.

Antes existia somente o desquite, que era a impossibilidade do convívio, porém não dissolvia o matrimônio, o que não possibilitava novo casamento. O divórcio direto foi criado somente em 1988, onde o divórcio direto era concedido quando o casal havia se separado judicialmente após um ano e o indireto quando os interessados haviam se separado de fato por dois anos.

Na atualidade podemos perceber que há cada vez mais um aumento no número de divórcios e estes dificilmente são de forma pacífica, pois geralmente os pais ficam em extremo conflito, envolvendo raiva, ofensas e vingança. Raros são os casais que se separam sem conflitos e no meio de tudo estão os filhos que sofrem, muitas vezes silenciosamente. No meio desta situação turbulenta, os filhos muitas vezes acabam se tornando um instrumento para os pais seguirem atingindo um ao outro, esquecendo quem realmente importa – os filhos.

A experiência da separação, que não é fácil para os filhos, que ficam como alvo de disputa, descarga da irritação, frustação dos pais. Situação prejudicial aos filhos, pois os pais não conseguem preservá-los em meio ao conflito comprometendo, por sua saúde mental, seu desenvolvimento, podendo deixar sequelas (GONZAGA, 2005, p. 2).

O modelo de família vem mudando rapidamente, seguindo a globalização que a cada curto espaço de tempo se transforma e se modifica. O conceito de família deixou de ser pai, mãe e filhos, deixou de ter o pai como único provedor de renda, pois a mãe vem ganhando um grande espaço no mercado de trabalho, porém não significa que os valores e os princípios éticos tenham mudado ou que a presença de um dos pais poderá ser suprida pelo outro. Cada um dos pais continua sendo extremamente necessário na vida dos filhos, pois seus exemplos e sua convivência fazem toda a diferença na formação da personalidade de cada um desses seres em formação. Segundo Mousnier (2002, p. 1):

A família é o meio natural onde o projeto humano se desenvolve. O tema sugere que esta milenar instituição tenha mudado. E, de fato, a família mudou. Mudou do ponto de vista estrutural, comportamental, conceitual, tendo nos dias atuais uma face social diferenciada [...] Contudo, no que tange a sua essência, enquanto conjunto visível e invisível de exigências funcionais, materiais e espirituais que organiza o tecido social e fomenta a semeadura de todo o futuro, a família continua a mesma.

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No momento em que o papel da mulher começou a se modificar, deixando o machismo de lado e o poder patriarcal, ocorreu uma mudança na posição social entre os cônjuges, com as pressões econômicas e os conflitos sociais do século passado cresceu o número de dissoluções.

Atualmente o divórcio é orientado pelo artigo 731 do Novo Código de Processo Civil:

Art. 731. A homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão:

I – as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns; II – as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges;

III – o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas; e IV – o valor da contribuição para criar e educar os filhos.

Parágrafo único. Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos bens, far-se-á esta depois de homologado o divórcio, na forma estabelecida nos arts. 647 a 658.

A partir desta mudança tornou-se mais fácil a realização do divórcio. Porém um novo problema se instalou na sociedade após o aumento no número de separações: o abandono dos filhos por parte dos pais que deixaram o lar da família.

Também se deve salientar que a formação das novas famílias vem mudando, deixando de ser unicamente formada por um homem, uma mulher e filhos. Os casais homoafetivos, formados por indivíduos do mesmo sexo, vêm ganhando espaço e respeito na sociedade.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgarem a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, reconheceram a união estável para casais do mesmo sexo. [...] O ministro Ayres Britto argumentou que o artigo 3º, inciso IV, da CF veda qualquer discriminação em virtude de sexo, raça, cor e que, nesse sentido, ninguém pode ser diminuído ou discriminado em função de sua preferência sexual. “O sexo das pessoas, salvo disposição contrária, não se presta para desigualação jurídica”, observou o ministro, para concluir que qualquer depreciação da união estável homoafetiva colide, portanto, com o inciso IV do artigo 3º da CF (BRASIL, 2012).

Percebe-se que os pais, após a separação, omitem-se de exercer seus direitos e seus deveres para com os filhos. Deveres que deveriam fazer parte da sua rotina, não é por que houve separação do cônjuge que os filhos devem ficar de lado, pois estes são para a vida toda, não interessando sua situação financeira, visto que se um pai ou uma mãe possui amor, carinho e atenção com seu filho, o dinheiro não terá tanta relevância. Mas quando um dos pais se omite a responsabilidade recai sobre quem fica com a guarda do menor, que na grande

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maioria dos casos é a mãe e esta terá que exercer o papel de pai também, tanto no provimento de recursos financeiros quanto no afeto.

1.3 O abandono – implicações legais

A justiça não tem como obrigar os pais a amarem seus filhos durante o casamento nem após a separação, porém ela tem como cobrar quando o desamor dos pais aparece, pois as consequências psicológicas nos filhos são enormes, que não há, muitas vezes, como serem revertidas, pois a criança sofre muito com tanto desamor, falta de carinho e cuidado.

O que a justiça consegue e pode fazer é amenizar, de certa forma, essas lacunas que a faltas dos pais causa na formação psicológica dos menores. Isso se dá através da aplicação do princípio da solidariedade social ou familiar, previsto no art. 3º, inc. I, da Constituição Federal.

Segundo Madaleno e Barbosa (apud TARTUCE, 2015):

O exercício da paternidade e da maternidade – e, por conseguinte, do estado de filiação – é um bem indisponível para o Direito de Família, cuja ausência propositada tem repercussões e consequências psíquicas sérias, diante das quais a ordem legal/constitucional deve amparo, inclusive, com imposição de sanções, sob pena de termos um Direito acéfalo e inexigível.

Sabe-se que é através da afetividade que nos identificamos com outras pessoas, por isso, uma criança carente de afeições terá dificuldades para se relacionar com outros indivíduos, podendo desenvolver uma série de problemas psicológicos e irreparáveis, afetando sua personalidade, tendo dificuldade de aprender e desenvolver-se ao longo de sua vida. Sendo que os pais têm deveres com os filhos muito além do reconhecimento civil ou judicial, a obrigação de assistência a esses não se resume em somente alimentos, este fonte de sobrevivência, e sim em afeto, dedicação, carinho e demonstrações do quanto este é importante em sua vida.

Os genitores precisam mostrar o quanto aquele ser é importante, que se preocupa com seu desenvolvimento, com a formação de seu caráter e isso é algo que somente os pais poderão fazer, independente de estarem juntos em um relacionamento. O principal sempre

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deverá ser a criança, visto que ela ainda não possui amadurecimento para compreender o que acontece ao seu redor, como o fim do relacionamento amoroso dos pais.

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2 A INDISPENSABILIDADE DA AFETIVIDADE

É no seio familiar que se tem o primeiro contato com a sociedade, pois a família é tida como uma instituição, onde cada membro exerce uma função. Essas podem ser de ordem física, como nutrir o corpo, zelar pela segurança e saúde dos membros menores, e também de ordem emocional, como dar afeto e transmitir conceitos éticos, ensinando o que é certo ou errado perante a sociedade.

É inolvidável que o amor, o carinho e o affetctur são de per si cordões que mantêm a unidade da família e sua força essencial. Neste contexto, os pais são os nortes de inspiração, o inclino da fantasia, as pilastras do núcleo familiar, cuja ausência pode propiciar aflição às relações sociais. Não basta, pois que os pais existam para os filhos em presença física e contida, hão de se fazer presentes e afetuosos, calorosos e amigos, sob pena de partir a estrutura familiar e lançar a prole às trevas dos vícios sociais (SOUZA, 2008).

Quando um dos membros desta instituição vem a faltar ocorre uma lacuna na formação do ser que dele depende para se desenvolver como um adulto seguro e promissor. Segundo Goedert e Cardin (2011):

No seio familiar o afeto é imprescindível para o desenvolvimento não só físico quanto psíquico do indivíduo, que terá ao longo de sua vida inúmeras experiências que poderão ser agradáveis ou não, sendo os modelos adquiridos no convívio familiar, de extrema importância para a formação do mesmo.

Corroborando que a falta de convívio na relação paternal-filial pode suscitar danos, a ponto de comprometer o desenvolvimento pleno e saudável dos filhos. A omissão do genitor gera dano afetivo suscetível de ser indenizado, uma vez que a lei obriga e responsabiliza os pais no que diz respeito aos cuidados com os filhos, encargo de quem detém o poder familiar. Assim, conforme elucidado por Dias (2006, p. 107), a ausência deste zelo abandono moral viola a integridade psicofísica dos filhos, bem como o princípio da solidariedade familiar, valores protegidos constitucionalmente, o que configura dano moral.

Sendo assim, entende-se que para uma formação psíquica e física da criança, a afetividade dos pais é de suma importância, pois é através desta, com base no amor e no cuidado, exercido pelos pais, que o indivíduo é moldado e seu desenvolvimento psíquico é fortalecido, para assim conseguir desempenhar um bom papel e também saber agir de forma

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satisfatória perante às adversidades impostas pela sociedade. Por estas razões que o amor dos pais se torna indispensável para o menor.

2.1 A afetividade no âmbito jurídico

A afetividade é algo novo no âmbito jurídico, nunca se tratou tanto de um assunto como nas últimas décadas, pois a afetividade era vista como algo estanque, que não possuía uma relativa importância para a área judicial, porém a afetividade ganhou mais força quando também na Constituição Federal reconheceu a união estável como legítima. Está tendo como alicerce principal de sua formação o afeto, o carinho, o amor, algo que nunca antes era tido como algo que viesse a influenciar decisões no âmbito jurídico, como vem sendo debatido e analisado com cada vez mais fervor, como se pode observar no fragmento abaixo de Queiroz (2015):

A Constituição Federal legitimou o afeto, emprestando-lhe efeitos jurídicos a partir do momento que houve o reconhecimento da união estável, que é um vínculo que se constitui pela afetividade. Desde então, o afeto passou a merecer a tutela jurídica tanto nas relações interpessoais como, também, nos vínculos de filiação.

Infelizmente, a solidariedade e a vinculação afetiva não são capazes de gerar, sozinhas, efeitos jurídicos tais como a constituição de nova relação de parentalidade, eis que, nos termos do Art. 1.953 do Código Civil, o parentesco é natural, quando presentes laços de consaguinidade, ou civil, resultante de adoção.

Sendo assim, a falta de afetividade tornou-se algo punível, pois como já visto nos títulos anteriores sua carência produz danos irreparáveis para o indivíduo, sabendo que o dano moral ocorreu durante a privação do menor em conviver com um dos seus genitores, como se pode analisar no fragmento abaixo:

Desde que o Legislador Constituinte Originário resolveu encravar na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 a possibilidade do dano moral ser ressarcido em pecúnia, os jurisdicionados vêm sufocando os tribunais brasileiros com ações da maior multiplicidade de fundamentos sobre o tema. Em meio a essa tamanha variedade, a questão da teoria do desamor na relação familiar, despertou-nos a atenção. É preciso averiguar melhor o reflexo que suas nuances provocam ao princípio jurídico da afetividade, dando margem à feição de ato ilícito sobre o patrimônio moral da prole (SOUZA, 2008).

Deve-se ter consciência dos prejuízos que a ausência de um dos pais terá na formação psíquica desse indivíduo. Prejuízos esses que não são somente de ordem financeira, mas sim

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de ordem sentimental, pois a criança ou o adolescente abandonado afetivamente não terá condições de se desenvolver de forma plena, como um menor criado e cuidado no seio familiar, onde todos participam fervorosamente, sendo este privado de conviver com um dos seus genitores.

Sabemos da importância que cada um dos pais possui dentro da instituição familiar, sendo que isso é de extrema importância para que o menor venha a aprender e a avançar de forma significativa, para a formação de seu caráter e assim usufruir de uma participação ativa na sociedade. O ponto a ser analisado com mais atenção é o que o termo abandono realmente significa e quais consequências tal termo trás para a vida do indivíduo, aqui em questão o menor desamparado pelos seus genitores, que acabam negando cuidados básicos para sua evolução.

O termo “abandono” vai além do aspecto material, para alcançar o aspecto moral entre os pais e sua prole, pode até configurar uma exegese revolucionária ou audaciosa, mas acima de tudo é uma reverência à lei que a exprime. Portanto, os pais são obrigados a absterem-se de abandonar afetivamente os filhos. O abandono afetivo, expressão de sentido bastante elástico, significa mais que privar os filhos de amor, carinho e ternura. Ela representa acima de tudo, privação de convivência, a omissão em sua forma mais erma e sombria. O mesmo que inclinar a mente infanto-juvenil a entender seus genitores como meros personagens da reprodução, figuras estanques e frias que a deixam por muito tempo ou mesmo por toda a vida à míngua de uma amizade pura, exilando-a a um desenvolvimento indigno, vulnerável e solitário (SOUZA, 2008).

Assim, percebe-se que a justiça vem trabalhando de modo a tentar minimizar os danos causados por pais que abandonam seus filhos aos cuidados só de um dos genitores ou outros responsáveis. Além disso, ela vem tentando mostrar que não é somente a parte financeira que faz com que o menor se promova corretamente e também a participação permanente em atividades do seu dia a dia, passando segurança e motivação ao ser em desenvolvimento.

Para Goedert e Cardin (2011):

De acordo com as relações de afeto é possível estabelecer a responsabilização por danos morais e materiais para reparação de um dano psíquico, pois a lesão produzida por um membro da família é mais grave do que a de um terceiro, justificando o pedido de indenização para acompanhamento psicoterapêutico, com propósito de remediar o mal causado e a assistência material da qual foi privado.

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Sendo assim, fica claro que há danos para a criança ou para o adolescente exposto a tal prática, que muitas vezes é feita sem que se pense ou leve em consideração as perdas e os danos que os mesmos terão em seu futuro, nem as dificuldades que estes enfrentarão quando entrarem na adolescência ou até mesmo na vida adulta, muitos terão dificuldade em se relacionar, se expressar ou até mesmo sofrerão com transtornos de personalidade.

2.2 A jurisprudência analisada sob o aspecto da falta de afetividade

Se nota que a justiça após muitos debates e estudos vêm buscando formas de tornar o convívio familiar algo harmônico, mas quando este convívio ou a falta dele é prejudicial à prole, a justiça é buscada a fim de amenizar ou restaurar tais falhas, como já foi relatado ao longo desta monografia, o que ocorre é que o judiciário vem buscando formas de identificar e tentar, de certa forma, remediar os transtornos que tais atos cometidos por pais faltosos tem na vida de seus filhos, como se pode observar na decisão do juiz Mário Romano Maggioni, da Comarca de Capão da Canoa, RS:

O Egrégio Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul chama a atenção pela decisão de vanguarda, sendo que a primeira corte a se pronunciar sobre o assunto foi da Comarca de Capão da Canoa, em decisão proferida pelo juiz Mário Romano Maggioni, condenando um pai por abandonar moralmente sua filha, ao pagamento de uma indenização, a título de danos morais, correspondente a duzentos salários mínimos, em sentença transitada em julgado em agosto de 2003. [...] Maggioni pontuou que o pagamento pecuniário não irá reparar, na totalidade, o mal que a ausência do pai causou, mas amenizará a dor e dará condições para que se busque auxílio psicológico e outros confortos para compensar a falta do pai. Enquanto a pena ao pai será no sentido de lhe fazer pensar sobre a função de pai e afirma: “fa-lo-á repensar sua função paterna ou, ao menos, se não quiser assumir o papel de pai que evite ter filho no futuro” (TJRS, Ação Indenizatória nº 141/1030012032-0, Relator: Mario Romano Maggioni, 2004, p. 149 apud DILL; CALDERAN, 2010).

Na decisão acima podemos perceber que além de indenizar a filha, o juiz buscou uma forma de fazer o pai refletir as consequências do seu abandono e fazê-lo pensar sobre seu verdadeiro papel na vida de sua filha, e também que tal atitude não volte a ocorrer. Pode-se dizer que além de punitiva, foi uma ação educativa, para que tais fatos não voltem a acontecer.

Outro caso, este mais recente, no ano de 2017, o pai foi condenado a pagar uma indenização ao filho por tê-lo abandonado e deixá-lo viver à beira da miséria, mesmo tendo

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recursos financeiros para dar uma vida confortável ao menor que dormia em uma espuma no chão e muitas vezes passava fome. O pai alegou que não convivia com o filho por culpa do temperamento agressivo da mãe, que o impedia de visitar o menino, que adquiriu a guarda do menino aos seus seis anos de idade, pois este sofria maus tratos por parte de seu genitor, tendo até uma denúncia por parte da mãe, que o menino vinha sofrendo abuso sexual por parte de seu pai:

A sentença julgou parcialmente procedentes os pedidos iniciais, para condenar o recorrente a “(a) a comprar uma casa em nome do autor, com escritura onerada com cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade; (b) a comprar mobiliário para a referida casa, contendo o necessário a suprir necessidades básicas do menor, inclusive relativamente ao lazer; (c) comprar em nome do autor, um computador e impressora; tudo – (a, b e c) – a ser apurado Documento: 1575353 – Inteiro Teor do Acórdão – Site certificado – DJe: 18/08/2017 Página 4 de 40 Superior Tribunal de Justiça em liquidação de sentença; (d) ao pagamento de 35.000,00 (trinta e cinco mil reais) ao autor, a título de indenização por danos morais, que deverão ser depositados em conta-poupança em nome do menor, podendo ser movimentada apenas com autorização judicial” (fls. 229-230).

Porém, nem em todos os casos é dado ganho de causa ao filho abandonado, isso se dá pela dificuldade em se provar que realmente houve perdas para a prole e que este realmente foi abandonado.

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CONCLUSÃO

Ao fim deste trabalho monográfico pode-se concluir que há perdas para a formação psicológica dos filhos quando estes são abandonados afetivamente por seus pais ou responsáveis legais. A composição familiar vem se modificando com o tempo, mas mesmo assim, o carinho, o amor e o cuidado é algo imprescindível para que os filhos cresçam de forma significativa e, assim, se tornem adultos ativos e representativos em nossa sociedade.

O judiciário vem dia a dia tentando amenizar todos esses efeitos na vida das crianças que sofreram com o abandono afetivo, condenando o genitor omisso a pagar indenizações, para assim tentar diminuir os transtornos psicológicos que o menor sofreu após o abandono de um dos pais, que pode ter casado novamente e ter tido mais filhos, ou até mesmo por não ter uma convivência harmônica com o(a) ex-cônjuge e acaba usando isso como desculpas para abandonar o menor assim que ocorre a separação.

Em uma das decisões no Supremo Tribunal de Justiça, onde o pai foi condenado a indenizar o filho, por lhe causar grandes perdas em sua formação psíquica, no ano de 2012, a ministra Nancy Andrighi, proferiu a seguinte frase “Amar é faculdade, cuidar é dever”, ou seja, pode-se escolher amar um filho, porém o cuidado e proteção é algo obrigatório. Com isso, a certeza de que o cuidado dos pais, o afeto, a responsabilidade e a presença dos pais na vida de seus filhos faz toda a diferença.

Portanto, apesar do judiciário ter algumas decisões favoráveis ao abandono afetivo, infelizmente é muito difícil conseguir provar o abandono afetivo, isso mostra a triste realidade que vem sofrendo essas crianças abandonadas afetivamente, esses pais precisam ser punidos para que essa prática seja abolida de nossa sociedade.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado. htm>. Acesso em: 02 nov. 2017.

_____. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, 1990. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em: 27 set. 2017.

_____. Supremo Tribunal Federal. Ementa Constitucional. Civil. Previdenciário. União Estável Homoafetiva. Uniões Estáveis Concomitantes. Relator: Ministro Ayres Britto.

Pesquisa de Jurisprudência, Agravos, Brasília, 08 de março de 2012. Disponível em:

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CASTRO, Isabele Soares de. Da ementa constitucional nº 66/2010 e a polêmica do

instituto da separação judicial no ordenamento jurídico brasileiro. 2012. Disponível em:

<http://faa.edu.br/revista/docs/RID/2012/RID_2012_25pdf_>. Acesso em: 02 nov. 2017. DILL, Michele Amaral; CALDERAN, Thanabi Bellenzier. Os deveres intrínsecos ao poder familiar e a responsabilidade dos pais pelo descumprimento. Âmbito Jurídico, ano XIII, n. 80, set. 2010. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link= revista_artigos_leitura&artigo_id=8315>. Acesso em: maio 2018.

GONZAGA, Jacyra Carvalho. Os filhos na separação dos pais: uma visão psicológica. 2005. Disponível em: <http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/ trabalhos2010_1/junia_reis.pdf>. Acesso em: 27 set. 2017.

QUEIROZ, Renata Capriolli Zocatelli. A importância do afeto nas relações familiares. 2015. Disponível em: <https://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-do-afeto-nas-rela coes-familiares/130989>. Acesso em: 06 maio 2018.

(24)

SOUZA, Andreaze Bonifácio de. O princípio da afetividade no direito brasileiro: quando o abandono afetivo produz dano moral. Âmbito Jurídico, ano XI, n. 52, abr. 2008. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&arti go_id=2656>. Acesso em: maio 2018.

TARTUCE, Flávio. Da indenização por abandono afetivo na mais recente jurisprudência

brasileira. 2017. Disponível em: <http://www.migalhas.com.br/FamiliaeSucessoes/104,

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(25)
(26)

ANEXO I – Alienação Amorosa

Fabricio Carpinejar

O que mais me dói na categoria masculina são homens que abandonam os filhos em função de nova esposa ou namorada.

Homens que deixam de ver, visitar e conviver com filhos de outro casamento só para não desagradar a atual mulher.

Que não acham tempo para ficar com seus filhos, mas tem todo tempo do mundo para sair e badalar.

Homens que apagam sua memória quando trocam de relacionamento. Esquecem suas crianças. Viram tios distantes.

Homens que se calam diante de um mal-estar familiar, que não defendem seus pequenos dos constrangimentos na própria casa.

Homens irresponsáveis, levianos, que não falam nada para não estragar o romance, que não enfrentam a nova companheira, que não aprenderam nada com o divórcio.

Homens fracos, que não conseguem explicar que filho nada tem a ver com ciúme da ex-mulher.

Homens tolos que esquecem que filho é para sempre.

Homens abobados, frouxos, que concordam em se distanciar de suas crias. Imperdoáveis sujeitos que negam o cuidado filial pela cegueira da paixão.

Pais que largam seus filhos enquanto eles esperam por uma visita durante meses, enquanto eles esperam um telefonema durante dias.

Filhos são eternos. Não podem ser adiados, trocados, substituídos.

Se minha namorada não gostar de meus filhos, não respeitar minha paternidade, não tem conversa, é o mínimo: adeus namorada.

Nem penso duas vezes. Não é opcional.

Amor que nos leva à alienação parental não é amor.

(27)

ANEXO II – Recurso Especial Nº 1.087.561 – RS (2008/0201328-0)

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ementa Constitucional. Civil. Previdenciário. União Estável Homoafetiva. Uniões Estáveis Concomitantes. Relator: Ministro Ayres Britto.

Pesquisa de Jurisprudência, Agravos, Brasília, 08 de março de 2012. Disponível em:

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