IMPACTO DA FORMAÇÃO DO LAGO DA USINA HIDROELÉTRICA DE PORTO PRIMAVERA SOBRE A EVOLUÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS NOS CANAIS DE PRIMEIRA ORDEM DA REDE DE DRENAGEM DO RIBEIRÃO DAS ANHUMAS, AFLUENTE DO RIO PARANÁ, SP
André A. Malavazzi Mestranda do curso de Pós-graduação em geografia Unesp - Rio Claro/SP. Bolsista FAPESP amalavazzi@yahoo.com.br Prof. Dr. Archimedes Perez Filho archi@ige.unicamp.br Docente do programa de Pós-graduação em geografia Unesp - Rio Claro/SP
RESUMO
Busca-se com este artigo apresentar os resultados preliminares acerca das análises com base em amostragem circular sobre as alterações na rede de drenagem da Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Anhumas em três momentos distintos: 1962, 1985 e 2010. Para cada momento foram adquiridas imagens orbitais, as qauis são a base para a realização das análises e interpretações sobre a dinâmica da rede de drenagem e uso e ocupação das terras.
INTRODUÇÃO
Com base na análise comparativa de amostras circulares tem-se como objetivo verificar a reativação de canais de primeira ordem, além da intensificação dos processos erosivos e alterações da rede de drenagem da Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Anhumas (BHRA). Para tanto se adotou como parâmetro a hipótese apresentada por Perez Filho (2001) o qual, apoiada na teoria do equilíbrio dinâmico, afirma que a construção de grandes barragens, ao alterar o nível de base local de um rio principal, promove significativas alterações na dinâmica dos canais fluviais de primeira ordem a montante e também, uma intensificação dos processos erosivos, resultando em novas formas de organizações físico-espaciais da rede de drenagem (PEREZ FILHO, 2006).
Tal análise visa apresentar resultados que possam dar sustentação a essa hipótese, além de fornecer importantes subsídios para formulação de políticas públicas relacionadas ao uso e ocupação das terras, bem como contribuir para a criação de uma base de dados ambientais georreferenciados para a região.
CARACTERIZAÇÃO DA BACIA DO RIBEIRÃO DAS ANHUMAS
A área da Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Anhumas (BHRA), localizada no extremo oeste do Estado de São Paulo (Figura 1), possui formato aproximadamente ovular e se orienta no sentido sudeste – noroeste.
Figura 1 - Mapa de Localização da Bacia Hidrográfica
Autores: André A. Malavazzi ; Archimedes Perez Filho
O Estado de São Paulo é divido em 22 Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI), sendo que, a BHRA está localizada na UGRHI 22 – Unidade de Gestão de Recursos Hídricos do Pontal do Paranapanema. Antigamente essa região era conhecida como Grande Reserva do Pontal do Paranapanema (DITT, 2002), hoje é denominada de Pontal do Paranapanema, ou simplesmente Pontal.
Originalmente essa região do estado paulista era recoberta por vegetação do tipo Floresta Pluvial Tropical com algumas manchas de Cerrado e Cerradão. Atualmente esta vegetação original encontra-se restrita às pequenas áreas residuais (como no caso das reservas protegidas) em conseqüência da ativa ocupação antrópica, responsável pelas profundas alterações na paisagem local devido ao intenso desmatamento.
Na Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Anhumas há poucas áreas em que a vegetação original se manteve protegida. Podemos observar isso no Mapa de Uso e Ocupação dos Solos (Figura 2) em que mais de 90% da área da Bacia é usada para pastagem ou uso agrícola.
Figura 2 - Mapa de Uso e Ocupação dos Solos e Unidades de Conservação Ambiental na Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Anhumas
Fonte: Adaptado do Relatório de Situação de Recursos Hídricos no Pontal do Paranapanema 2008, elaborado pelo CBH - PP
Org.: André A. Malavazzi ; Archimedes Perez Filho
Como pode ser observado no Mapa acima, mais de 60 % da área total da Bacia é enquadrada como Unidade de Conservação Ambiental. Entretanto é fácil notar que o real uso das terras está distante daquilo que fora estipulado pelo Estado.
Tal situação se apresenta como mais um exemplo da contradição entre a iniciativa de se proteger uma dada região a partir da criação de normas de uso e ocupação do território (como é o caso da criação das Unidades de Conservação Ambiental) e o que se desenvolve de fato enquanto ações territoriais. Ou seja, grande parte dessa Bacia Hidrográfica é protegida por lei, porém, o que se observa é a prática de atividades que não condizem com a natureza das normas de Uso e Ocupação vigentes para aquela porção do território. Isso se deve em grande parte ao processo histórico de uso e ocupação que ocorreu nessa região.
A partir de 1930, com a decadência do café, a cultura do algodão assumiu um papel de destaque no estado de São Paulo, e sua expansão, aliada ao arrendamento da terra, atingiu diretamente o Pontal no início da década de 40. (carmo, 2001)
Esse processo foi marcado também por uma forma específica de atuação em relação ao meio ambiente, sendo que, a expansão cafeeira havia ocorrido através da ocupação de áreas de florestas nativas.
As terras desta região revelaram-se produtivas nos primeiros anos, vindo a exaurir-se pouco tempo mais tarde (aproximadamente 15 anos), provocando o desmatamento de novas áreas, enquanto áreas antigas eram transformadas em pastagens. Ocorreu assim um processo continuado de exaustão do solo por meio do uso e ocupação irracional das terras.
A cultura algodoeira marca a terceira fase de uso das terras no Pontal, definindo novo modelo de apropriação da mesma, apoiado na pequena propriedade, no trabalho de pequenos
agricultores, arrendatários e parceiros de terra. Tal atividade agrícola não se limitou às terras onde havia anteriormente culturas cafeeiras, estendendo-se a solos virgens e distantes do eixo ferroviário.
Com o declínio da lavoura de algodão, no início da década de 70, a maior parte das propriedades agrícolas já estava basicamente tomada pelas pastagens.
A forma do processo de uso e ocupação do Pontal e suas decorrências podem ser sintetizadas segundo a afirmação de Alvim (apud CARMO, 2001; p. 147);
Pode-se dizer que todo o processo de ocupação de terras, que ocorreu através de derrubada das matas e do emprego constante de lavouras anuais sem a utilização de práticas conservacionistas, levou à intensa degradação dos solos, reduzindo seu potencial econômico de utilização. (1996, p.114)
Em 1978, apesar da proibição da extração de madeira na região, devido à falta de fiscalização, paradoxalmente, houve aumento do desmatamento ocorrendo uma intensificação dos impactos causados pelo homem naquela região.
A partir de 1980 inicia-se outro um novo processo de intervenção antrópica nessa região com o projeto de construção da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, instalada no Rio Paraná, próxima ao município paulista de Rosana, tendo 80% de seu lago no estado de Mato Grosso do Sul e o restante no estado de São Paulo.
A construção desta represa trouxe grandes transformações para aquela região, tendo em vista as suas proporções. O lago de Porto Primavera inundou uma área de 2.250 km², ou 225 mil hectares, aumentando em nove vezes o leito do rio Paraná para produzir, em sua potência máxima, 1.800 megawatts, com média de 900 megawatts.
Em dezembro de 1998 foi concluída a primeira etapa do enchimento do reservatório, na cota 253,00 m. Já a segunda etapa do projeto, na cota 257,00 m, concluiu-se três anos mais tarde, em março de 2001.
Essa obra, localizada a aproximadamente 80 km de distância da área da Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Anhumas, causou profundos e diversos tipos de impactos ambientais com conseqüências irreparáveis, alterando as dinâmicas tanto naturais e físicas, quanto sociais daquela região de forma intensa e muitas vezes irreversíveis.
Nesse sentido Kozma e Bidegain (1984) ressaltam que uma região, ao ter subitamente um rio transformado em extenso lago artificial, sofre uma série de transformações em suas relações ecológicas e sociais, ou seja, ocorrem intensos impactos ambientais sobre os elementos físicos, biológicos e socioeconômicos regionais.
De acordo com Christofoletti (1979), quando um evento influi na entrada (input), de forma a ultrapassar o limiar compatível com a organização de um sistema, mesmo alterando-lhe profundamente, verifica-se que a tendência do mesmo é reajustar-se às novas situações que lhe impõe. Nesse reajustamento, o sistema pode voltar a um estado semelhante ao precedente, ou atingir um estado estacionário, em novo posicionamento, podendo desenvolver outra dinâmica através de processos que podem ser reversíveis ou irreversíveis. Dessa forma, com as alterações do nível de base do rio Paraná, a partir da formação do lago da Usina Hidroelétrica de Porto Primavera, seus afluentes localizados a montante, assim como a bacia hidrográfica do Ribeirão das Anhumas entendida como um sistema aberto (CHORLEY, 1971; CHRISTOFOLETTI, 1980), procuraram se reajustar à nova situação tendendo encontrar um novo estado de equilíbrio dinâmico.
Uma das formas de reajuste que esse sistema aberto encontra para equilibrar-se é alterar as formas da rede de drenagem e quantidade de canais de primeira ordem além, é claro, de alterar a intensidade com que os mais diversos processos (erosão, por exemplo) se desenvolvem.
A importância dos estudos dos processos erosivos e sua relação com as dinâmicas de uma bacia hidrográfica são fundamentais para que seja possível analisar as organizações espaciais da área de estudo e melhor compreender os mecanismos que estão por trás de tais organizações.
Nesse sentido Rodrigues (2006) afirma;
O estudo da erosão linear (voçoroca), considerada como hídrica, ou seja, como fenômeno ligado à circulação da água superficial e subsuperficial, requer escalas apropriadas para melhor compreensão. As bacias hidrográficas vêm se mostrando como as categorias espaciais mais adequadas, pois permitem o intercruzamento dos condicionantes (naturais ou antrópicos) dentro de limites que são comandados pela circulação hídrica contida entre os divisores e o canal de drenagem, bem como o fácil cadastramento das ocorrências, contribuindo para que seu comportamento hidrológico possa ser mais bem medido, monitoramento e interpretado. (p. 86)
Na área de estudo foram verificados processos erosivos tais como: sulcos, ravinas e voçorocas; abatimentos e capturas fluviais. Estes processos causam impacto direto na capacidade de uso e ocupação das terras, o que trás grandes problemas para a região.
Assim, o histórico de uso e ocupação das terras do Pontal do Paranapanema é marcado por constantes e diversificadas ações antrópicas que tem modificado tanto a paisagem daquela região, quanto as dinâmicas do meio físico de forma intensa e significativa.
A Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Anhumas, por sua vez, possui área total de 525 km² abrangendo dois municípios (Figura 3), sendo eles Presidente Epitáfio e Marabá Paulista (Quadro 1).
Figura 3 - Mapa dos Municípios da Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Anhumas
Autores: André A. Malavazzi ; Archimedes Perez Filho
Municípios da Bacia do Ribeirão das Anhumas 1 Presidente Epitácio
2 Marabá Paulista
Fonte: Adaptado do Relatório de Situação dos Recursos Hídricos no Pontal do Paranapanema 2008, elaborado pelo CBH – PP
Org.: André A. Malavazzi; Archimedes Perez Filho
A rede de drenagem da bacia Hidrográfica do Ribeirão das Anhumas, apesar pouco extensa, apresenta alto grau de complexidade em sua forma. O canal principal é o Ribeirão das Anhumas, o qual surge da confluência de outros dois canais conhecidos como Córrego da Prata (localizado na porção nordeste da BHRA) e Córrego do Ouro (localizado na porção sudeste da BHRA).
Além destes há outros três principais afluentes na porção sul da bacia que cabe citação, sendo eles; Córrego Água do Ourinho, Córrego da Areia Branca e Córrego Jataí. Na porção norte, ou seja, margem direita do Ribeirão tem-se os Córregos do Macaco, da Lagoa, do Coqueiro e da Jacutinga.
O Ribeirão das Anhumas apresenta um tipo de canal fluvial retilíneo com maior adensamento hidrográfico à montante da bacia, ou seja, nas cabeceiras de seus afluentes.
Segundo hierarquização da rede de drenagem apresentada no Manual de Geomorfologia do IBGE (2009), o qual toma como base a metodologia de hierarquização da rede de drenagem proposta por Satrahler (1952), o Ribeirão das Anhumas é classificado nesta pesquisa como de quinta ordem (Figura 7).
Nesta região, em geral, os rios apresentam padrão de drenagem paralelo com traçados ligeiramente inclinados em direção ao Rio Paraná distribuição relacionada ao tipo de relevo e a litologia encontrado nesta região.. Nesse sentido afirma Koffler (1976) que a principal característica do Planalto Ocidental é a sucessão de terrenos ondulados, de relevo extremamente suavizado com cimos ondulados, configurando baixas e amplas colinas orientadas em direção aos vales dos principais rios que deságuam nas águas do Rio Paraná. O autor destaca ainda que o paralelismo da drenagem principal pode indicar que os rios estabeleceram seus traçados em superfícies essencialmente planas, inclinadas para o Rio Paraná (KOFFLER, 1976).
Corroborando essa perspectiva Pinto (1982) afirma que o Ribeirão das Anhumas e os rios principais das áreas vizinhas que escoam para o Rio Paraná possuem traçado quase retilíneo e com direção geral Leste – Noroeste, provavelmente condicionados por falhamentos orientados a Noroeste. Por sua vez, os rios tributários possuem direção quase ortogonal em relação aos eixos dos rios principais. Pela observação do Mapa da Rede de Drenagem do Ribeirão das Anhumas – 1962 é fácil reconhecer esse tipo de traçado apontado pelos autores.
O relevo, entendido como resultado da oposição entre forças endógenas e exógenas, pode ser classificados por diferentes tipos de concepções segundo grau de detalhamento desejado e tipologias de classificação e hierarquização dos principais elementos que influenciam em sua diferenciação (CASSETI, 1991).
Nas principais propostas de divisão geomorfológica do Estado de São Paulo (IPT, 1981; ALMEIDA, 1974; ROSS e MOROZ, 1997) a Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Anhumas se localizada no Planalto Ocidental Paulista.
Esse Planalto ocupa grande parcela da área total do Estado de São Paulo, aproximadamente 50% e está situado essencialmente sobre rochas do Grupo Bauru, o qual é constituído por diversas formações predominantemente areníticas, sendo em algumas regiões cimentadas por carbonato de cálcio. É possível encontrar basalto exposto nos vales dos principais rios em
ocorrências descontínuas, exceto ao longo do Paranapanema e do Pardo, onde afloram extensivamente (IPT, 1981).
A convexidade da topografia, por vezes interrompida pelo afloramento de camadas mais resistente de arenito calcário, associado aos reduzidos ângulos dos perfis das vertentes, emprestam a esse relevo notável suavidade, por vezes se destacando na paisagem um acidente como a serra do Diabo, testemunho arenítico existente na área do chamado Pontal do Paranapanema (ALMEIDA, 1974).
Apesar de partirem de concepções metodológicas diferentes em suas propostas de divisão geomorfológica do Estado de São Paulo, tanto IPT (1981) e Almeida (1974) quanto Ross e Moroz (1997) apontam que as principais características do Planalto Ocidental Paulista são suas formas uniformes e paisagens monótonas, com extensos espigões de perfis convexos de cimos ondulados e terminações laterais lobadas, configurando baixas e amplas colinas orientadas em direção aos vales dos principais rios que buscam o Paraná, separando seus afluentes.
Os vales apresentam entalhamentos médios inferiores a 20 m e as altitudes variam entre 400 e 700 m com declividades médias das vertentes entre 2% a 10%.
Essa suavização das formas de relevo é característica da Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Anhumas. Isso fica evidente quando observamos o Mapa de Declividade (Figura 8) dessa região que nos apresenta níveis de declividade com variações entre 0 a 12 % para grande parte da área da Bacia.
Figura 4 - Mapa de Declividade da Bacia do Ribeirão das Anhumas
Autores: André A. Malavazzi ; Archimedes Perez Filho
Para se compreender o que significa os níveis de declividade em relação às formas de relevo adotou-se uma relação entre as classes de relevo e os níveis de declividade (Quadro 2), adaptada do Manual para Levantamento Utilitário do Meio Físico e Classificação de Terras no Sistema de Capacidade de Uso (LEPSCH et at., 1991).
Quadro 2 - Classes de Relevo em Função da Declividade
CLASSE NÍVEL DE DECLIVIDADE (%) CLASSES DE RELEVO
1 0 - 3 Plano
2 3 - 6 Suave
4 12 - 20 Colinoso
5 20 - 45 Fortemente inclinado
6 > 45 Montanhaso
Fonte: Adaptado de Lepsch et at., 1991
Org.: André A. Malavazzi ; Archimedes Perez Filho
Uma das principais características geológicas da área de estudo é a extensa cobertura sedimentar que recobre os derrames basálticos. Essa camada sedimentar é composta em grande extensão por arenitos do Grupo Bauru e Grupo Caiuá. Segundo Pinto (1982) o Grupo Bauru ocorre em maior extensão do que a Grupo Caiuá.
Na figura a seguir (Figura 5) é possível observar a litologia da Bacia do Ribeirão das Anhumas e distribuição dos diferentes tipos de arenitos que compõe a geologia dessa área.
Figura 5 - Litologia da Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Anhumas
Fonte: Adaptado do Mapa Geológico do Estado de São Paulo (PERROTTA et al, 2005) Org.: André A. Malavazzi ; Archimedes Perez Filho
O solo dessa área sendo originário do Grupo Bauru apresentada em sua quase totalidade o Latossolo como tipo predominante de solo da região. Além da elevada concentrações de arenitos destacam-se como outras características a boa permeabilidade e potencial para drenagem.
A rede de drenagem constitui-se em importante geoindicador de alterações ocorridas na composição da paisagem de bacias hidrográficas, seja por mudanças na sua estruturação, forma ou então por ganho ou perda de canais. As variáveis morfométricas que mais contribuem para a avaliação dessas alterações são: Densidades de Drenagem (Dd) e Densidade Hidrográfica (Dh).
A proposta metodológica da presente pesquisa é a utilização de amostras circulares de 10 km² em diferentes unidades de solo da Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Anhumas, com o objetivo de fazer uma análise morfométrica temporal (1962, 1985 e 2010) da rede de drenagem, visando avaliar as alterações nos canais de 1° ordem, além das alterações no uso e ocupação das terras com base em análise e interpretação das imagens (LEVANTEZA, 2008). Até o presente momento da pesquisa as amostras foram enumeradas e distribuídas pela BHRA (Figura 6 e 7) e os recortes espaciais de cada amostra foram feitos para cada um dos três momentos especificados. A numeração das amostras circulares seguiram uma ordem crescente da amostra 1 (A01) localizada na foz do bacia, para a amostra 40 (A40) localizada na cabeceira da bacia conforme figura abaixo (Figura 6).
Figura 6 - Distribuição das Amostras Circulares na Bacia do Ribeirão das Anhumas – 1962
Figura 7 - Distribuição das Amostras Circulares na Rede de Drenagem da Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Anhumas – 1962