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Academic year: 2021

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TÍTULO: SERÁ O FIM DO AMÁLGAMA? TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: Odontologia SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE DE MARÍLIA - UNIMAR INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): PEDRO MOLITOR BARBOSA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): FABIANE LOPES TOLEDO ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): 061.016.969-60, 061.847.398-08, 064.370.401-90, 284.614.058-89, 466.173.498-06 COLABORADOR(ES):

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Resumo

O amálgama é um material restaurador ainda muito empregado pelos cirurgiões dentistas e vem passando por diversas indagações no âmbito jurídico, no que diz respeito a sua utilização atualmente. Isto se deve ao fato de que sua composição consiste em aproximadamente 50% de mercúrio, um metal tóxico que causa sérios danos à saúde humana. Tendo em vista suas características gerais, apesar de não ter adesão à estrutura dentária, o amálgama possui ótimo selamento marginal, em virtude do processo de oxidação gerado quando o mesmo entra em contato com o tecido subjacente, transmitindo assim maior longevidade à restauração. O presente trabalho objetiva uma revisão da literatura acerca do tema exposto, visando sanar as indagações a despeito da retirada do amálgama do mercado de materiais odontológicos ou sua continuidade no mesmo. Para este fim, foi realizado estudo transversal retrospectivo nas bases bibliográficas PubMed, Lilac’s, Bireme, Scielo, nacional e internacional, além de uma breve revista das leis e emendas mais recentes a respeito do conteúdo, para viabilização da discussão e conclusão deste trabalho.

Introdução

Dentre os materiais restauradores aplicados na Odontologia, o amálgama dental ou também chamado de amálgama de prata, conhecido há aproximadamente 160 anos, é ainda utilizado pelos cirurgiões dentistas nos dias de hoje. Todavia, nas últimas décadas este vem passando por desafios no âmbito jurídico, além da preferência pelas restaurações estéticas feitas com resina composta. As tecnologias advindas dos novos materiais restauradores estéticos fez com que o amálgama deixasse de ser a primeira opção, embora permaneça como material de preferência entre os profissionais da área, e isto se deve ao seu baixo custo, maior estabilidade física em restaurações grandes e o selamento da interface entre dente e restauração, o que inibe as recidivas de cárie. Por isso, são mais resistentes, chegando a perdurar por décadas.

O que traz este material em pauta se relaciona com sua composição, pois o amálgama dental é uma mistura de diferentes metais como prata, estanho, cobre, índio, zinco, platina, além do mercúrio. Sabe se que o mercúrio

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é um metal tóxico, o qual emite vapor quando submetido a altas temperaturas, podendo causar danos à saúde quando inalado em grande quantidade. Esta discussão teve início em 1956, após o “Desastre de Minamata”, em que o despejo de 27 toneladas de mercúrio ao longo de quase 30 anos, por indústrias de plástico, ocasionaram a morte de 900 pessoas e lesões graves em mais 2200. Com este fato, notou-se que o amálgama dental como restauração poderia causar danos à saúde no momento de sua manipulação e remoção deste da cavidade dentária tanto para o paciente quanto para o cirurgião dentista.

A partir disso, vimos que existem discussões a serem refutadas no que se refere ao enfoque da utilização de amálgama ou de resina composta nos pacientes, visto que há divergências quanto ao seu uso devido a requisitos biológicos e estéticos conforme tecnologias mais avançadas entram no mercado. A Odontologia tem aumentado à preocupação de produzir novos materiais que sejam biocompatíveis, e ao mesmo tempo apresentem aspecto estético desejável, com intuito de sanar tais lacunas e propiciar o estabelecimento de prognósticos favoráveis de restaurações. O presente trabalho busca a ciência sobre os dois materiais, colocando em pauta os prós e contras do uso de ambos, para que assim se possa decidir a necessidade de manter ou não o amálgama dental como uma opção de material restaurador.

Objetivos

O trabalho teve como objetivo geral discutir a história do amálgama na odontologia, comparando com materiais alternativos; além da questão que envolve sua toxicidade e a biossegurança tanto ambiental quanto da saúde humana.

Metodologia

Foi realizada uma minuciosa revisão da literatura, nacional e internacional, nas bases bibliográficas PubMed, Lilac’s, Bireme e Scielo. Além destas, também se fez uso das legislações pertinentes ao tema, que se enquadraram nos critérios de inclusão e exclusão desta obra. Dentre os critérios de inclusão, foram considerados artigos que discutam a continuidade

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ou não do amálgama dental; dentre os critérios de exclusão, artigos que não discutem o tema exposto.

Desenvolvimento

Conforme tecnologias mais avançadas entram no mercado, a Odontologia tem aumentado à preocupação de produzir novos materiais que sejam biocompatíveis, e ao mesmo tempo apresentem aspecto estético desejável. Por conseguinte, o amálgama tem gerado uma discussão de largo espectro com relação a sua utilização na prática clínica, além de seu uso já ter sido banido em países como Dinamarca, Suécia e Noruega. Isto se deve ao desastre ocorrido em Minamata, uma cidade do Japão, no ano de 1956, quando uma companhia nacional despejou lixo industrial contendo altos níveis de mercúrio na baía de Minamata, abrangendo um largo número de pessoas intoxicadas. Segundo Alcântara (2015, p.34) o desastre de Minamata foi divulgado em 1956, porém o despejo criminoso de 27 toneladas de Mercúrio (Hg) durou aproximadamente 30 anos.

A partir disto iniciou-se uma discussão que visa banir o uso do amálgama no mundo contemporâneo, Santos (2015, p.64) infere que no território brasileiro, o amálgama é amplamente usado devido a sua eficácia e eficiência, além da relação custo-benefício. Ao banir a sua utilização, isto geraria um impacto negativo quando relacionado à saúde bucal da população. No entanto, houve uma convenção em Minamata, ocorrida em 2013, que produziu um documento no intuito de reduzir, controlar e eliminar produtos que contenham mercúrio. Muitos países, inclusive o Brasil, participam deste acordo, que entrou em regimento neste mesmo ano. Uma grande variedade de produtos deverá ser banida até 2020. Contudo, um documento exclusivo para o amálgama prevê a diminuição gradativa no uso do produto, sem definir uma data para seu fim (SANTOS et. al., 2015).

Em contrapartida a indeterminada data de proibição do amálgama, em 2015, foi criado o Projeto de Lei (PL) nº 654/15 “que proíbe a utilização de amálgama dental, composto por mercúrio, para restauração dentária, em todo o território nacional”. Em 5 de outubro de 2016 este Projeto de Lei foi retirado de pauta pelo requerimento do deputado Alexandre Serfiotis.

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No entanto o Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo publicou em 2018 uma nota dizendo que a partir de 1 de janeiro de 2019, somente as ligas de amalgama encapsuladas poderão ser utilizadas em procedimentos odontológicos em todo o brasil. A restrição está registrada na resolução 173/2017, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proibirá, a partir desta data, a fabricação, a importação, comercialização e a utilização do mercúrio e do pó para liga de amálgama não encapsulada.

A partir disso, vemos que existem discussões a serem refutadas no que se refere ao enfoque da utilização de amálgama ou de resina composta nos pacientes, visto que há divergências quanto ao seu uso devido a requisitos biológicos e estéticos. Com intuito de sanar tais lacunas e propiciar o estabelecimento de prognósticos favoráveis de restaurações, o presente trabalho busca a ciência sobre os dois materiais, colocando em pauta os prós e contras do uso de ambos, para que assim se possa decidir a necessidade de manter ou não o amálgama dental como uma opção de material restaurador.

Resultados

Dentre as referências analisadas sobre o fim ou não do amálgama, foram encontrados 8 que versassem sobre o tema. Dentre eles, 3 artigos abordavam a toxicidade do amálgama, 2 artigos relatando os malefícios do amálgama, 2 artigos expondo o papel do amálgama na odontologia. Além dos artigos encontrados, 1 se tratava de referência eletrônica em formato de vídeo.

Considerações finais

Com base nas características do amálgama, o presente trabalho concluiu que apesar do mesmo apresentar aspectos negativos como a baixa estética, risco de contaminação ao meio ambiente e ao profissional e paciente que estão em contato com o mesmo, seus aspectos positivos sobressaem-se. Este material traz longevidade nas restaurações, além de custo acessível e fácil manipulação e, portanto, recomenda-se seu uso desde que as medidas de descarte sejam realizadas adequadamente.

Fontes consultadas

BERLIN. M. A comprehensive review of the toxic effects of mercury in dental amalgam fillings on the environment and human health. The

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Toxic Effects of Dental Amalgam, p. 1-26, 2016; Disponível em: <www.iaomt.org>. Acesso em: 17 mar. 2018.

ALCÂNTARA, I. C. G.; et al. O futuro do amálgama na prática odontológica: o que o clínico precisa saber. Rev. Tecnologia & Informação, Lagoa Nova, v. 2, n. 2, p. 32-41, Mar/Jun. 2015.

SANTOS, D. T.; et al. Amálgama dental e seu papel na Odontologia atual. Rev. brasileira de odontologia, Rio de Janeiro, v. 73, n. 1, p. 64-8, Jan/Mar. 2016.

PARANÁ. Câmara dos deputados. Projeto de lei 654/2015. Dispõe sobre a proibição do uso de amálgama dentária, composta por mercúrio, para restauração dentária. Disponível em: < http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1468 605&filename=Tramitacao-PL+654/2015 >. Acesso em: 20 mar. 2018.

Revista do CROSP, Publicação do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. Amálgama em pauta. Ano V – n. 08, p. 60-62, Janeiro de 2018.

Referências

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