Materiais e sua propriedades
Prof
a. Dr
a. Vânia Trombini Hernandes
Propriedades Mecânicas
Aspectos Gerais:
Propriedades Mecânicas
Geralmente o principal parâmetro de projeto (componentes
estruturais)
Descrevem o comportamento do material sob carregamento
mecânico (força, deformação, etc..)
Podem variar com a temperatura, tempo, nível de solicitação,
condições climáticas, etc.
Medidas através de testes padrões normatizados.
(a) Tração
(b)Compressão
(c) Cisalhamento
(d)Torção
Tensão x Deformação
Todo corpo material submetido a uma tensão irá sofrer
mudança de forma
Definições:
Tensão
Tensão
Resistência de um material
“O aço resiste a uma
força de 10.000 N”
Depende da espessura, por
exemplo, da barra de aço
Força
Área da secção
transversal
Deformação
Tensão
A
F
Deformação
Da mesma forma que a tensão, é necessário encontrar um termo
que torne a mudança de forma independente da geometria 0
l
l
l
0l
l
Adimensional
Tração
Compressão
Deformação
Solicitação em
tração ou
compressão
Tensão é perpendicular
à superfície de
aplicação
Tensão e
deformação em
cisalhamento
Tensão é paralela à
superfície de
aplicação
Exemplo:
Tensão:
A
F
Deformação:
tan
Cisalhamento
Deformação
Testes de Tensão x Deformação
Máquina Universal de Ensaios Mecânicos
Testes normatizados:
ASTM, ISO, DIN, ABNT
Definem: formato do corpo de
prova, velocidade do ensaio,
Exemplo:
N
F
1
.
000
d = 50 mm 2 2)
025
,
0
(
000
.
1
m
N
R
F
A
F
Pa
m
N
296
.
509
296
.
509
2
2m
N
Pascal
Pa
Tração
Tensão = σ =
A
F
Ensaio de tração
Tensões desenvolvidas no corpo
Mesmo em um ensaio de tração,
ocorrem tensões de cisalhamento,
cuja intensidade dependerá do
ângulo
E
Comportamento tensão - deformação
Equações constitutivas
Lei de Hooke
Válido para materiais
perfeitamente elásticos
E
= módulo de elasticidade
ou módulo de Young
Carregamento Descarregamento Inclinação: módulo de elasticidadeLei de Hooke:
= E
A lei de Hooke só é válida até este ponto
Módulo Elástico
A magnitude de E representa uma
medida da resistência à separação
exibida por átomos/íons/moléculas
adjacentes, ou seja, as forças de
ligações interatômicas
Metais
Cerâmicas
Ligação Fraca
Módulo elástico é proporcional à tangente
da força de ligação em relação à distância na
separação interatômica de equilíbrio
0 r
dr
dF
E
Ligação ForteRelação entre força de ligação e módulo elástico do material
Alguns materiais são elásticos mas não têm uma relação linear
entre tensão e deformação
Módulo elástico para alguns metais
Quanto maior o módulo de elasticidade mais rígido é o material ou menor é
a sua deformação elástica quando aplicada uma dada tensão
MÓDULO DE ELASTICIDADE [E]
GPa 106 Psi Magnésio 45 6.5 Alumínio 69 10 Latão 97 14 Titânio 107 15.5 Cobre 110 16 Níquel 207 30 Aço 207 30 Tungstênio 407 59
“Encolhimento” lateral em ensaios de tração
Considerando-se que o
volume é aproximadamente
constante, havendo uma
variação de tamanho na
direção axial, esta deverá
ser compensada na direção
Razão de Poisson
Relação entre a diminuição da área da secção transversal e o
aumento no comprimento do material em um teste de tração
Δd = diferença entre diâmetro original e final da amostra
Para
Δd = 0 => ν = 0,5
Para
Δd > 0 => ν < 0,5
Exemplo
Uma tensão de tração deve ser aplicada ao longo do eixo do comprimento de uma barra cilíndrica de latão, que tem um diâmetro de 10mm. Determine a magnitude da carga necessária para produzir uma variação de 2,5x10-3
mm no diâmetro se a deformação é puramente elástica. Dados: Elatão = 97 GPa
34
,
0
latão
Deformação Plástica
Deformação irreversível, não recuperável.
Destruição de ligações com átomos vizinhos e novas ligações com novos vizinhos (movimento de discordância).
Ocorre após um certo nível de deformação elástica, recuperável.
Na maioria dos projetos de engenharia é
importante trabalhar na região elástica, portanto é preciso definir um limite de tensão que o material irá resistir antes de se deformar plasticamente
Para alguns metais, a transição entre regimes
elástico e plástico é suave, então é necessário definir um valor para a Tensão de Escoamento σy
Deformação Plástica
Quando o fenômeno de escoamento não é nítido, a tensão
de escoamento é aquela necessária para promover uma
deformação permanente de X%
Alguns materiais mostram ponto de
escoamento bastante nítido.
Ponto de escoamento superior Ponto de escoamento inferior Deformação T ensã o
Não é necessário utilizar método
descrito anteriormente; o ponto de
escoamento pode ser determinado
diretamente do gráfico
Ponto de escoamento
Resistência à Tração
Depois do ponto de escoamento a tensão passa por um máximo
e depois diminui. Fenômeno de empescoçamento (necking) Deformação T ensã o max
max
Resistência Limite de à TraçãoMaior tensão que uma estrutura pode suportar sem se romper; se a tensão for mantida a estrutura se rompe.
max
Deformação T ensão r
r
Ruptura
Deformação de ruptura Tensão de rupturaA partir do comportamento tensão deformação em tração para o corpo de prova de figura abaixo, determine:
(a) O módulo de elasticidade;
(b) O limite de escoamento para um nível de pré-deformação de 0,002;
Exercício
(c) A carga máxima que pode ser suportada por um corpo cilíndrico com diâmetro de 12,8 mm;
(d) a variação no comprimento de um corpo de prova com comprimento original de 250 mm sujeito a uma tensão de 345 MPa.
Ductilidade
Medida do grau de deformação plástica que um material
pode sofrer até o rompimento
Materiais que suportam
pouca deformação
plástica são chamados
frágeis
Dúctil Frágil T ensã o DeformaçãoPorcentagem de elongação:
Porcentagem de redução em área:
Existem duas formas de se expressar a ductilidade:
l
f= comprimento final (na ruptura)
l
0= comprimento inicial
A
f= área final (na ruptura)
A
0= área inicial
Ductilidade
Variação do comportamento mecânico com a
temperatura
Resiliência
y o rd
U
Capacidade do material absorver energia elástica, recuperável.
Módulo de Resiliência:
ou, assumindo a região como linear:
E
E
U
U
y y y r y y r2
2
1
2
1
2
Ex: MolasTenacidade
T en são DeformaçãoÁrea ~ energia
é a energia mecânica, ou seja, o impacto necessário para levar um material à ruptura. Tenacidade é uma medida de quantidade de energia que um material pode absorver antes de fraturar. Os materiais cerâmicos, por exemplo, têm uma baixa tenacidade.
Recuperação elástica durante a Deformação Plástica
Recuperação da deformação elástica Deformação T e n sã oLembrar que se a carga for
retirada, mesmo durante a
região de deformação plástica,
haverá uma deformação
elástica a ser recuperada.
Propriedades Mecânicas em Cerâmicas
Característica típica de cerâmicas
Rompem com baixa
absorção de energia
Testes mecânicos
em tração
Pouco utilizados para cerâmicas
Por que?
Difícil de prender em garras para tração
sem fraturar o corpo de prova
Difícil de usinar no formato requerido
para o teste
Geralmente fratura a menos de 0,2 %;
difícil de alinhar o corpo de prova
Alternativas - Testes de flexão
M = momento máximo de flexão I = momento de inércia da secção transversal
c = distância do centro à Superfície F = força aplicada
tração
compressão
Secções transversais possíveis
Resistência à flexão
Amostras retangulares
Amostras circulares
2
2
3
bd
L
F
f
rf
3
R
L
F
f
rf
Onde:
F
f= força na fratura
Propriedades Mecânicas em Polímeros
Propriedades mecânicas de polímeros são altamente dependentes de: Velocidade de ensaio
Temperatura de ensaio
Condições atmosféricas (ex.: umidade)
História térmica do material (processamento)
Geometria do corpo de prova:
Polímeros são difíceis de moldar com precisão no formado cilíndrico
Geralmente usam-se corpos do tipo “gravata”:
Comportamentos típicos encontrados em Materiais
Poliméricos
(A) Plástico frágil (B) Plástico dúctil (C) Elastômero (borracha)
Polímeros Dúcteis:
σ
y= tensão de escoamento
σ
r= tensão de ruptura
r
y
Influência da Temperatura nas Propriedades Mecânicas de
Polímeros
Um mesmo polímero pode ser frágil ou dúctil, dependendo da temperatura ou da velocidade do teste.
O Fenômeno de empescoçamento em polímeros dúcteis
Mudança na estrutura Alinhamento das cadeias
Tensão e Deformação Verdadeiras
X
Tensão e Deformação de Engenharia
Diminuição da tensão aparente; é devido ao empescoçamento
Exemplo
Um corpo de prova cilindrico feito em aço e com diâmetro original de 12,8 mm é testado sob tração até a sua fratura, tendo sido determinado que sua tensão de engenharia na fratura f vale 460MPa. Se o diâmetro de sua seção transversal no momento da fratura é de 10,7mm, determine: (a) A ductilidade em termos da redução percentual na área . (b) A tensão verdadeira na fratura.
Dureza
Primeiras medidas:
escala
Mohs
Habilidade de um mineral natural
riscar a superfície do material
É uma medida da resistência do material a deformação
plástica localizada.
Apesar de prático e rápido, o
método e impreciso e subjetivo
Métodos de medida de dureza mais confiáveis
Utilização de um indentador, que é forçado sobre uma
superfície sob condições de carregamento controladas.
Ex.:
Superfície do materialF
F
IdentadorMaterial “duro”
Material “mole”
Quanto mais duro o material menor a profundidade de
penetração e a área da marca deixada pelo indentador.
Dureza
Tipos de testes de Dureza baseados em indentação
Dureza Rockwell
Tipos de indentador Rockwell: Esfera de aço
Cone de diamante
Vista lateral Vista do topo
Dureza = diferença de profundidade entre um carregamento
inicial e a carga especificada para cada escala
Rockwell: carga inicial de 10 kg
Rockwell superficial: carga inicial de 3 kg
Medidas entre 20 e 100
Dureza Rockwell
Dureza Brinell
Baseada na área da marca de indentação;
Dureza Vickers
Baseada na área da marca de indentação
Conversão entre
as medidas de
Dureza
Falhas
Mecânica da Fratura: análise geral de falha de materiais
estruturais com defeitos pré-existentes.
A resistência à fratura de um material é função das forças coesivas entre os átomos.
A resistência à fratura teórica de um material tem sido estimada em E/10.
A resistência à fratura experimental da maioria dos materiais de engenharia é normalmente de 10 a 1000 vezes menor do que o valor teórico.
Na década de 1920, Griffith propôs que esta discrepância estava relacionada à presença de pequenos defeitos (tipo trinca) que sempre estão presentes nos materiais em condições normais de fabricação.
Estes defeitos causam uma amplificação ou concentração da tensão aplicada na ponta da trinca.
Mecânica da Fratura
Mecânica da Fratura
O valor crítico de K que conduz o material à fratura
(frágil) é chamado de tenacidade à fratura Kc.
Tenacidade à Fratura
Kc depende da espessura do corpo-de-prova para pequenas espessuras
Ensaio de Impacto
É um ensaio dinâmico usado principalmente para materiais utilizados em baixa temperatura.
A tendência de um material se comportar de uma maneira frágil é medida pelo ensaio de impacto.
A medida da energia absorvida indica o comportamento (frágil ou dúctil) do material à solicitação dinâmica.
Os corpos-de-prova entalhados para ensaio de impacto são de duas classes: Charpye ou Izod.
Ensaio de Impacto
O martelo, montado na extremidade de um pêndulo é ajustado de forma que sua energia cinética no ponto de impacto tenha um valor fixo e especificado.
O martelo é solto e depois de romper o corpo de prova, sobe até uma altura que é inversamente proporcional à energia absorvida para deformar e romper este corpo-de-prova.
A ductilidade do metal pode ser avaliada, no ensaio de impacto, pela contração no entalhe e pela superfície de fratura: fratura fibrosa (dúctil); fratura cristalina (frágil).
Ensaio de Impacto
Temperatura de Transição Frágil-Dúctil
A energia absorvida num ensaio de impacto varia sensivelmente com a temperatura.
Define-se a temperatura de transição frágil-dúctil de um material como a temperatura onde há uma mudança no caráter de ruptura do material, passando de dúctil a frágil, ou vice-versa.
Temperatura de Transição Frágil-Dúctil
A: Energia Absorvida X Temperatura
variações da energia de impacto Charpy para aços-carbono de diferentes teores de C
Tenacidade
Segundo a tenacidade um mineral pode ser:
Friável (frágil, quebradiço): Que pode ser quebrado ou reduzido a pó com facilidade. Ex: calcita, fluorita.
Maleável: Pode ser transformado facilmente em lâminas, Ex. ouro, prata, cobre.
Séctil: Pode ser facilmente cortado com um canivete. Ex ouro, prata, cobre.
Dúctil: Pode ser transformado facilmente em fios. Ex. ouro, prata, cobre.
Flexível: Pode ser dobrado, mas não recupera a forma anterior. Ex: talco, gipsita.
Elástico: Pode ser dobrado mas recupera a forma anterior. Ex. micas.Tenacidade
Uma confusão comum ao termo é achar que um material duro é também tenaz, como exemplo temos o diamante, que só pode ser riscado por outro diamante (logo, extremamente rígido), mas pode ser quebrado se sofrer uma requisição muito alta como uma martelada.
Peças sujeitas a tensões cíclicas sofrem fratura com tensões muito menores do que a requerida para causar fratura em aplicações de tensões simples.
A fadiga é responsável por pelo menos 90% de todas as falhas em serviço devido a causas mecânicas.
Fadiga
Representação esquemática de Máquina de Ensaios de Fadiga Flexo-Rotativa
Limite de Fadiga: valor limite de tensão, abaixo do qual o material
pode suportar um número infinito de ciclos regulares sem romper.
Resistência à Fadiga: nível de tensão para o qual a falha ocorrerá
para um número de ciclos especificado (e. g. 10
-7ciclos).
Vida em Fadiga: número de ciclos para causar falha para um nível
de tensão especificado.
Curvas Tensão X Número de Ciclos (S-N)
Curvas Tensão X Número de Ciclos (S-N)
Ensaio de fluência: carga (tensão) e a temperatura constantes, medindo-se a deformação com o decorrer do tempo.
Em temperaturas elevadas: a resistência se torna muito dependente do tempo, além da velocidade de deformação, quando o material é
submetido a um esforço mecânico.
Fluência
O tempo de ensaio é muito variável, podendo durar dias ou até anos. Em alguns casos pode-se proceder a extrapolações.
A curva de fluência de um material é determinada aplicando-se ao corpo de prova uma carga (tensão) inicial que é mantida constante durante todo o ensaio a uma determinada temperatura também constante.
Estágio I: fluência primária velocidade de fluência diminui com
o tempo.
Estágio II: fluência secundária velocidade de fluência é
praticamente constante com o tempo (estágio estacionário).
Estágio III: Fluência terciária velocidade de fluência aumenta
rapidamente com o tempo até que ocorra a fratura do material.
Estágios da Curva de Fluência
Efeito da Temperatura e da Tensão nas Curvas de Fluência
Em uma escala microscópica, a deformação plástica corresponde ao
movimento líquido de um grande número de átomos em resposta à
aplicação de uma tensão;
Materiais (dois tipos de deformação) : elástica e plástica
Durante esse processo, as ligações interatômicas devem ser rompida e então
novamente formadas
A deformação plástica, envolve,
na maioria das vezes, o
movimento de discordâncias, que
são defeitos cristalinos lineares.
É permanente e a resistência a dureza
são medidas da resistência de um
material
a essa deformação
Deslocamento de discordâncias
(resposta a aplicação de uma tensão de cisalhamento em uma direção
perpendicular a sua linha)
Principal Mecanismo de
deformação plástica nos
metais cristalinos
Tensão de cisalhamento Plano de escorregamento Linha de discordância aresta Degrau unitário de escorregamentoProcesso no qual uma deformação plástica é produzida pelo movimento de uma discordância
Deformação Plástica
Analogia entre a movimentação de uma lagarta e de uma discordância
A corcova da largata e o seu movimento correspondem ao semiplano de átomos adicional no modelo da deformação plástica por discordâncias
Sistemas de escorregamento
Em uma estrutura cristalina existem direções preferenciais de
escorregamento – plano de escorregamento
Caminhos de menor energia
Plano preferencial
Direção preferencial
Plano com maior densidade planar
(compactação atômica mais densa)
Direção com maior densidade linear
(mais densamente compactada com átomos)
Deformação Plástica
Direções de escorregamento preferencial
para cada cristal
Materiais policristalinos são mais resistentes à
deformação plástica (são exigidas maiores
tensões) que os monocristais, devido às
restrições à deformação de cada cristal, gerada
pelos cristais adjacentes.
Mudança de forma dos grãos
Deformação
plástica
grãos equiaxiais grãos alongados
Mecanismos de aumento de resistência em metais
Habilidade de um metal se
deformar plasticamente
Facilidade de movimento
das discordâncias
Endurecimento ou aumento
da resistência
Restrição ao movimento das
discordâncias
Redução no tamanho de grão
Solução sólida
Trabalho a frio ou encruamento
Balanço entre: aumento de resistência, ductilidade e tenacidade
Resistência mecânica em metais
Aumento da resistência por redução do tamanho de grão
(maior área total de contornos de grãos para dificultar o movimento das discordâncias)
Contorno de grão
Barreira ao movimento de
discordância
Contorno de grão
plano de escorregamento
Grão A Grão B
Contorno de Grão
- Empacotamento atômico menos eficiente
(menos organizado!!)- Energia maior que o interior
- O contorno de grão ancora o movimento das discordância.
O contorno de grão ancora o
movimento das discordância
pois constitui um obstáculo para
a passagem da mesma
A redução do tamanho do grão melhora a resistência e a
tenacidade de muitas ligas !!
Influência do tamanho de grão no ponto de escoamento do latão
(70%Cu – 30%Zn)
T e n sã o li m ite d e e sco a m e n to ( p si x 1 0 3 ) T e n sã o li m ite d e e sco a m e n to ( M P a )Resistência mecânica em metais
Aumento da resistência por solução sólida
Impurezas
Solução sólida substitucional
Solução sólida intersticial
Metais puros mais moles e com resistência inferior que as ligas
Os átomos de impurezas impõem deformações na rede cristalina sobre os átomos hospedeiros vizinhos – o movimento das discordâncias é reduzido !!
Resistência mecânica em metais
- Átomos de soluto tendem a se segregar ao redor das discordâncias : aumentando a
resistência ao escorregamento, pois a deformação global da rede cristalina deve aumentar
se uma discordância for separada dos mesmos;
- Movimentação das discordâncias é restringido.
Os campos de tensão gerados por átomos de soluto interagem com os campos de tensão das discordâncias, dificultando a movimentação das discordâncias e, consequentemente, promovendo endurecimento e aumento de resistência.
Resistência mecânica em metais
R esi st ênci a a tr ação ( M P a) E scoam ent o (M P a) A long am ent o (% )Resistência mecânica em metais
Aumento de resistência por trabalho a frio
(encruamento)
Onde:
A
0= área inicial da secção transversal
A
d= área da secção transversal depois do trabalho a frio
Aumento da
resistência/dureza
Aumento da quantidade de discordância;
estas começam a interferir, normalmente
por repulsão
Fenômeno segundo o qual um metal dúctil se torna mais duro e mais resistente quando submetido a uma deformação plástica.
Resistência mecânica em metais
Resistência mecânica em metais
Mudança de forma dos grãos
Deformação
plástica
grãos equiaxiais
Resistência mecânica em metais
Esco a m e n to (M Pa ) R e si st ê n ci a a t ra çã o (M Pa )Variação de : (a) limite de escoamento e (b) resistência a tração em função do grau de deformação, em % de redução de área, %CW, para o aço AISI 1040, o latão e o Cu, trabalhados a frio.
Variabilidade nas propriedades
Fator de segurança
c
N
p
'
N
e
ad
p = tensão de projeto N’ = fator de projetoc = tensão calculada (com base na carga máxima)
ad = tensão admissível ou de trabalho N = fator de segurança
e = tensão de escoamento do material
Exemplo -Fatores de projeto/ Segurança
Deve ser construído um dispositivo para ensaios de tração que suporte uma carga de 220.000N. O projeto exige duas colunas de sustentação cilíndricas, cada uma das quais devendo suportar metade da carga máxima. Além disso, devem ser usadas barras redondas feitas em aço-carbono (1045), lixadas e polidas; o limite de escoamento e o limite de resistência à tração mínimos para essa liga são de 310MPa e 565MPa, respectivamente . Especifique um diâmetro apropriado para essas colunas de sustentação.