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Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Vinícius Hilgert Castilho

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

EM MEDICINA VETERINÁRIA

Ijuí, RS

2017

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1 Vinícius Hilgert Castilho

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado na Área de Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais apresentado ao Curso de Medicina Veterinária do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário.

Orientadora: Profª MSc. Luciane Ribeiro Viana Martins

Ijuí, RS 2017

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Vinícius Hilgert Castilho

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado na Área de Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais apresentado ao Curso de Medicina Veterinária do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário.

Aprovado em 20 de novembro de 2017:

___________________________________________

Luciane Ribeiro Viana Martins, MSc. (UNIJUÍ)

(Orientadora)

___________________________________________

Denise da Rosa Fraga, Drª (UNIJUÍ)

(Banca)

Ijuí, RS 2017

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3 DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a toda minha família, que com muito carinho е apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até essa etapa da minha vida.

Dedico também aos professores pelos ensinamentos e aos amigos е colegas, pelo incentivo е apoio constante.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus que permitiu que tudo isso acontecesse ao longo da minha vida, não somente nesses anos como acadêmico, mas em todos os momentos foi e é o maior mestre que alguém pode conhecer.

Agradeço aos meus pais Floribaldo Castilho e Beatriz Maria Hilgert Castilho que me deram todo apoio do mundo para que eu chegasse até aqui, pelo incentivo nas horas difíceis, desânimo e cansaço, se eu sou quem sou devo a vocês.

Agradeço a todos os professores que me proporcionaram conhecimento durante minha formação profissional.

Em especial agradeço a minha orientadora, professora Luciane Ribeiro Viana Martins, pela dedicação em tornar esse trabalho digno de ser defendido.

Agradeço a minha namorada Patrícia Heck, pela paciência, pelo companheirismo e pelas palavras de incentivo, pelas inúmeras trocas de opiniões e sugestões sobre as vaquinhas que tanto adoramos.

Agradeço a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, pela chance de poder realizar o curso escolhido para ser minha profissão.

Agradeço ao Médico Veterinário Paulo Luiz Heinzmann que me proporcionou conhecimento prático, teórico e uma formação ética profissional mesmo antes de começar a faculdade e tenho certeza que vai continuar a me ensinar mesmo depois de formado. As lições que aprendi serão extremamente válidas em minha vida profissional.

Agradeço a todos os meus amigos, que durante esses cinco anos e meio estiveram sempre ao meu lado apoiando no que fosse preciso.

Por fim, agradeço aqueles que são os verdadeiros responsáveis por minha escolha: os animais. Eles, que são minha inspiração diária para seguir em frente e buscar a cada dia ser um ser humano melhor.

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5

Não somos o que deveríamos ser; não somos o que queríamos ser; mas graças a Deus, não somos o que éramos.

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RESUMO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

AUTOR: Vinícius Hilgert Castilho

ORIENTADORA: Luciane Ribeiro Viana Martins Data e Local de Defesa: Ijuí, 20 de novembro de 2017.

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de Clinica, Cirurgia, Manejo e Reprodução de Grandes Animais, tendo foco na Bovinocultura de Leite. O estágio foi realizado na Prefeitura Municipal de São Pedro do Butiá, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de 2017, totalizando 150 horas de atividades. A supervisão interna ficou a cargo do Médico Veterinário Paulo Luis Heinzmann e sob a orientação da professora Mestre Luciane Ribeiro Viana Martins. O estágio teve como objetivo principal a aplicação prática do conhecimento teórico adquirido, além de uma troca de conhecimento profissional e pessoal, do acompanhamento da evolução dos casos clínicos atendidos, e das condutas clínicas utilizadas atualmente a campo. Durante o presente estágio foram acompanhadas diversas atividades de atendimentos clínicos, cirúrgicos, controles reprodutivos, manejos de nutrição, reprodução, os quais serão evidenciados nas tabelas apresentadas neste trabalho e discutidas conforme literatura, um caso clínico de uma fêmea bovina com RP, e um relato de caso clínico-cirúrgico de uma fêmea bovina com deslocamento de abomaso para esquerda. O estágio proporcionou um bom aprendizado prático, contribuindo muito com a formação profissional do acadêmico, estabelecendo um crescimento pessoal e profissional nesta área da Medicina Veterinária.

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7 LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resumo das atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Prefeitura Municipal de São Pedro do Butiá, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de 2017 ... 11 Tabela 2 – Atendimentos clínicos em bovinos acompanhados durante o Estágio

Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais no município de São Pedro do Butiá, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de 2017 ... 11 Tabela 3 – Procedimentos cirúrgicos em bovinos acompanhados durante o

Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais no município de São Pedro do Butiá, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de 2017 ... 12 Tabela 4 – Atendimentos reprodutivos em bovinos acompanhados durante o

Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais no município de São Pedro do Butiá, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de 2017 ... 12 Tabela 5 – Atendimentos obstétricos em bovinos acompanhados durante o

Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais no município de São Pedro do Butiá, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de 2017 ... 12 Tabela 6 – Necropsia, diagnóstico de retículo pericardite traumática

acompanhado durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais no município de São Pedro do Butiá, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de 2017 ... 12

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LISTA DE ABREVIATURAS

®

Marca Registrada bpm Batimentos por Minuto DA Deslocamento de Abomaso

DAE Deslocamento de Abomaso a Esquerda g Gramas

kg Quilogramas mg Miligramas mL Mililitros

mpm Movimentos por Minuto ºC Graus Celsius

RP Retenção de Placenta RS Rio Grande do Sul

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9 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 10

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 11

3 RELATO DE CASO 1 ... 13

3.1 Deslocamento do abomaso para esquerda em uma fêmea bovina da raça holandês ... 13 3.1.1 Introdução ... 13 3.1.2 Metodologia e resultados ... 15 3.1.3 Discussão ... 16 3.1.4 Conclusão ... 20 3.1.5 Referências bibliográficas ... 20 4 RELATO DE CASO 2 ... 22

4.1 Retenção de placenta em uma fêmea bovina da raça Holandês ... 22

4.1.1 Introdução ... 22 4.1.2 Metodologia e resultados ... 23 4.1.3 Discussão ... 24 4.1.4 Conclusão ... 26 4.1.5 Referências bibliográficas ... 26 5 CONCLUSÃO... 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 29

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1 INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de Clínica, Cirurgia, Manejo e Reprodução de Grandes Animais, com foco na Bovinocultura de Leite. O estágio foi realizado na Prefeitura Municipal de São Pedro do Butiá, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de 2017, totalizando 150 horas de atividades. A supervisão interna ficou a cargo do Médico Veterinário Paulo Luis Heinzmann e sob a orientação da professora Mestre Luciane Ribeiro Viana Martins.

A maioria dos atendimentos clínicos realizados pelo Médico Veterinário Paulo Luis Heinzmann são em bovinos de leite e devido a isso, decidiu-se realizar o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária nesse município, por se situar em uma região muito produtora de leite, fazendo com que haja uma grande demanda de casos clínicos e cirúrgicos na área de bovinocultura de leite.

O estágio teve como objetivo principal a aplicação prática do conhecimento teórico adquirido, além de uma troca de conhecimento profissional e pessoal, do acompanhamento da evolução dos casos clínicos atendidos e das condutas clínicas utilizadas atualmente a campo.

Desse modo, o presente trabalho descreve dois casos clínicos acompanhados durante a realização do estágio, na qual irá abordar a etiologia, patogenia, o diagnóstico e tratamento de um caso de DA em uma fêmea bovina da raça holandês e um caso de RP em uma fêmea bovina da raça holandês, sendo que ambos serão relatados e comparados a literatura.

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11 2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As principais atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clinica, Manejo, Reprodução, e Cirurgia serão apresentados nas Tabelas 1 a 6.

Tabela 1 – Resumo das atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Prefeitura Municipal de São Pedro do Butiá, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de 2017

Atividades realizadas Total %

Atendimentos clínicos 68 52,71 Procedimentos cirúrgicos 31 24,03 Atendimentos reprodutivos 26 20,15 Atendimentos obstétricos 3 2,32 Necropsia em bovino 1 0,77 Total 129 100

Tabela 2 – Atendimentos clínicos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais no município de São Pedro do Butiá, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de 2017

Atendimentos clínicos Total %

Suspeita de verminose 21 30,88

Suspeita de pneumonia 7 10,29

Suspeita de hipocalcemia 6 8,82

Diagnóstico de hipocalcemia 5 7,35

Diagnóstico deslocamento de abomaso 4 5,88

Diarreia em bezerra 3 4,41

Hérnia umbilical 3 4,41

Suspeita de tétano 3 4,41

Suspeita de tristeza parasitária bovina 3 4,41

Mastite ambiental 3 4,41

Esfíncter do teto fechado 2 2,94

Lesão da coroa do casco 2 2,94

Edema de úbere 1 1,47

Lesão de teto 1 1,47

Revisão de cesariana 1 1,47

Retenção de placenta 1 1,47

Artrite 1 1,47

Reticulo pericardite traumática 1 1,47

Timpanismo gasoso 1 1,47

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Tabela 3 – Procedimentos cirúrgicos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais no município de São Pedro do Butiá, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de 2017

Procedimentos cirúrgicos Total %

Orquiectomia em bovinos 12 38,70 Abertura de teto 6 19,35 Amochamento térmico 5 16,13 Abomasopexia 4 12,90 Punção de abscesso 2 6,45 Cesariana 1 3,22

Retirada de terceira pálpebra 1 3,22

Total 31 100

Tabela 4 – Atendimentos reprodutivos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais no município de São Pedro do Butiá, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de 2017

Atendimentos reprodutivos Total %

Diagnóstico de gestação 24 92,30

Endometrite grau III 1 3,85

Metrite 1 3,85

Total 26 100

Tabela 5 – Atendimentos obstétricos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais no município de São Pedro do Butiá, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de 2017

Atendimentos obstétricos Total %

Auxílio ao parto distócico 2 66,66

Torção de útero 1 33.33

Total 3 100

Tabela 6 – Necropsia, diagnóstico de retículo pericardite traumática acompanhado durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais no município de São Pedro do Butiá, RS, no período de 10 de julho a 11 de agosto de 2017

Procedimento Total %

Necropsia 1 100

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13 3 RELATO DE CASO 1

3.1 Deslocamento do abomaso para esquerda em uma fêmea bovina da raça holandês

3.1.1 Introdução

A contínua seleção genética dos bovinos está melhorando a condição corporal, e consequentemente, aumentando a capacidade digestiva, tendo em vista o aumento da produtividade. Junto com o aumento da produção observa-se também o aumento de doenças metabólicas e digestivas, dentre elas as abomasopatias, principalmente no gado leiteiro, relacionadas ao estresse lactacional, manejo nutricional inadequado e confinamento. DA e úlceras são as patologias mais relatadas sobre o trato digestivo em vacas leiteiras (SILVA FILHO et al., 2012).

O DAE é relatado como sendo uma patologia multifatorial, onde dietas ricas em concentrado e as enfermidades pós- parto, como a hipocalcemia e cetose são alguns dos fatores desencadeantes pelo fato dos animais não conseguirem ingerir matéria seca suficiente, comprometendo o preenchimento ruminal, como consequência é criado um espaço entre o rúmen e a caixa torácica, favorecendo o deslocamento do abomaso (SANTOS; AVANZA; PEREIRA, 2009; BERCHIELLI; PIRES; OLIVEIRA, 2006).

Doenças que levam a uma redução na motilidade dos estômagos como por exemplo timpanismo gasoso, acidose metabólica, intoxicações alimentares podem gerar acúmulo de gás no abomaso aumentar as chances de ocorrer o DA (CARDOSO, 2007). Os bovinos que estão no começo da lactação com uma dieta rica em concentrado e pouco volumoso, fibras curtas e silagem estão predispostos a essa patologia (RADOSTITS et al., 2010). O DAE ocorre com mais frequência em vacas de meia idade e de alta produção, porém pode ocorrer em outras situações e categorias de bovinos (OGILVIE, 2000). Para Jones, Hunt e King (2000), fatores genéticos também podem predispor o DA, que geralmente se desloca para esquerda, ocorrendo com menos frequência para direita.

Segundo Smith (2006), a partir da ocorrência clínica do DAE, os prejuízos aos produtores são grandes em consequência da diminuição da produção leiteira ou inviabilidade da manutenção do animal na propriedade. O mesmo autor ainda cita

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que cerca de 80% dos casos recuperados tem uma produção aproximada de 400 kg de leite a menos e 20% produzem 2.000 kg de leite a menos. Nos Estados Unidos e Canadá o custo de cada caso é estimado em 250 a 400 dólares, dependendo da maneira de como é realizada a correção do deslocamento (BERCHIELLI; PIRES; OLIVEIRA, 2006).

A sintomatologia de DA compreende depressão, anorexia, desidratação e distensão do abdômen, geralmente com protrusão da fossa paralombar esquerda. Geralmente a anamnese nos revela um parto recente (JONES; HUNT; KING, 2000). Realizando percussão e ausculta simultânea sobre o terço superior entre a nona e a 12ª costela da parede abdominal esquerda, geralmente surgem altos sons metálicos timpânicos (pings) característicos de DAE (RADOSTITS et al., 2010).

Ogilvie (2000) relata três maneiras de tratamento. A clínica, que consiste apenas no uso de medicamentos com o intuito de devolver o abomaso para sua localização anatômica, porém segundo o autor, não é confiável e geralmente ineficaz. A intervenção física também é uma opção de tratamento, com o rolamento da vaca numa medida de tentar solucionar o problema ou ao menos amenizar os sinais clínicos temporariamente em casos em que não é financeiramente viável a cirurgia ou para ganhar tempo antes do abate imediato. A intervenção cirúrgica é o tratamento que propicia a melhor recuperação da patologia, quando realizada corretamente, trazendo uma recuperação do potencial produtivo de forma mais rápida.

Como opções de tratamento cirúrgico, Hendrickson (2010) cita a abomasopexia paramediana ventral, omentopexia pelo flanco direito ou esquerdo e abomasopexias pelos flancos direito e esquerdo que são os métodos mais usados para corrigir DAE e DAD, essas últimas duas técnicas tem a vantagem de proporcionar uma fixação direta do abomaso a parede ventral e são feitas com o animal em estação.

Devido à importância dessa enfermidade, o presente estudo tem como objetivo relatar um caso de DA em uma fêmea bovina da raça Holandês que foi acompanhado durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária.

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15 3.1.2 Metodologia e resultados

Durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, foi atendida em uma propriedade localizada no interior do município de São Pedro do Butiá, RS, Brasil, uma fêmea bovina da raça Holandês, pelagem preta e branca, com aproximadamente seis anos de idade, pesando 500 kg.

Na anamnese, o proprietário relatou que a vaca havia parido há 17 dias, sem intervenção, ou seja, um parto eutócico. Também relatou que o animal vinha apresentando há 4 dias sinais de apatia, redução na produção de leite, fezes escurecidas, pastosas a diarreicas, consumo alimentar reduzido, preferindo pastagens e feno e recusa de ração. Sua alimentação era à base de pastagem de azevém, silagem de milho, ração e água.

Ao exame clínico geral com o animal em estação, foi avaliado o escore de condição corporal, o qual apresentava um escore de três, numa escala de 1 a cinco, sendo um magro e 5 obeso. Não foram visualizados ectoparasitas, as mucosas tanto oculares como vulvar estavam normocoradas, a temperatura retal do animal era de 39,1ºC, na ausculta cardíaca foram observados 75 bpm, na ausculta respiratória 30 mpm, tanto na ausculta cardíaca e pulmonar não foi observada presença de ruídos patológicos. Parâmetros de temperatura, bpm e mpm dentro dos considerados fisiológicos para a espécie.

No exame clínico específico do sistema digestório realizou-se a auscultação e a percussão abdominal no lado esquerdo, onde foi detectada a presença do ping metálico na porção superior da nona a décima segunda costela, sendo então, dessa forma, confirmado o diagnóstico de DAE, durante este exame, não foram percebidos movimentos ruminais. O tratamento indicado para este caso foi à cirurgia abomasopexia pelo flanco esquerdo, a qual foi realizada no turno da tarde do mesmo dia da realização do diagnóstico clínico.

Primeiramente foi realizada a limpeza e tricotomia de toda área da fossa paralombar esquerda. Em seguida, a lavagem com água e antissepsia dessa área com o uso de cloreto de alquil dimetil benzil amônio (CB 30®). Após, realizou-se a anestesia local com 50 mL de Vansil® equivalente a 1000 mg de cloridrato de lidocaína, por infiltração local linear ao longo da incisão planejada. Posteriormente, realizou-se a incisão da pele, tecido subcutâneo e muscular. Com isso, obteve-se a visualização do abomaso repleto de gás.

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Com um fio náilon foi feito um ponto contínuo ancorado na curvatura maior do abomaso deixando livre dois segmentos de fio com aproximadamente um metro cada e após foi feito esvaziamento do gás contido no órgão com a ajuda de uma agulha 40 x 12, um equipo e um frasco com água para controlar a saída do gás. Em seguida, procedeu-se a fixação do abomaso por meio da perfuração da parede abdominal à direita da linha média, próximo ao processo xifoide do osso esterno, puxando os fios para o exterior da cavidade. Com a ajuda de um botão plástico, realizou-se a fixação desse fio com um nó de cirurgião e três nós simples.

Durante o procedimento cirúrgico foi injetado na cavidade abdominal e sobre os pontos do peritônio, subcutâneo, muscular e de pele um frasco de 100 mL de Gentrin® Infusão Uterina, equivalente a 4400 mg de gentamicina. Posteriormente, realizou-se a sutura do peritônio com as camadas musculares com ponto contínuo simples, usando fio categute nº 2.0 cromado e após a sutura da pele foi realizada usando fio de náilon com ponto contínuo. A medicação parenteral intramuscular profunda consistiu em 50 mL de Penfort® PPU equivalente a 100000 UI/mL de penicilina G procaína e 100000 UI/mL de penicilina G benzatina e 0,2 g/mL de Dihidroestretomicina por 5 dias e 20 mL de D-500® equivalente a 0,4 mg/kg de dipirona sódica por 3 dias, sempre respeitando o período de carência que é de 7 dias após a ultima aplicação, porem é recomendável enviar uma amostra para teste na empresa compradora do leite para evitar que se envie leite com antibiótico para o comércio. Por via intravenosa, foram administrados 500 mL de Calfon® equivalente a 8,3 g de cálcio, 500 mL de Bioxan® (complexo de minerais, vitaminas e aminoácidos) e 100 mL de Hepatoxan® (complexo vitamínico) sem carência.

No pós-operatório, recomendou-se ao proprietário que evitasse deixar o animal na chuva e que realizasse a reintrodução da ração aos poucos, e que realizasse primeiramente o fornecimento de pasto verde e feno. O animal apresentou melhora clínica após alguns dias, aumentando a produção de leite gradativamente. Os pontos foram retirados após 14 dias, verificando assim o total sucesso do tratamento empregado.

3.1.3 Discussão

Em um estudo realizado por Smith (2006), abrangendo 3.172 lactações, 81% dos casos de DAE incidiu nos primeiros trinta dias pós-parto, momento em que a

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cavidade abdominal não se encontra totalmente preenchida, pois no pós-parto as vísceras demoram aproximadamente 30 dias, para novamente se acomodarem nos espaços da cavidade, permanecendo assim, espaço suficiente para o DA ocorrer. No caso acompanhado a vaca examinada encontrava-se no 17º dia pós-parto, justamente no período em que as vísceras ainda estão se acomodando ocupando os espaços não totalmente preenchidos.

É importante ressaltar que o período de transição do final da gestação ao início da lactação é o momento mais crítico para a prevenção da doença. Vacas com menor consumo de matéria seca têm maior incidência de DA (BERCHIELLI; PIRES; OLIVEIRA, 2006). Uma alimentação composta por ração, azevém e silagem de milho, como foi observado no caso clínico acompanhado, pode ser considerado um fator predisponente ao DAE, pela falta de fibra efetiva. Segundo Berchielli, Pires e Oliveira (2006), a dieta pré e pós-parto deve oferecer uma maior ingestão de matéria seca como forma de prevenção de DA. A matéria seca citada acima deve conter uma boa quantidade de fibra efetiva, para promover a atividade física motora do trato gastrointestinal, fazendo uma barreira física, inibindo o DA.

A hipocalcemia pode ser responsável pela atonia muscular do abomaso, fator esse que pode desencadear a patologia do DA, podendo ser prevenida usando uma dieta pré-parto aniônica, que consiste em fornecer um sal mineral com altas quantidades de ânions em relação aos cátions, provocando uma leve acidose metabólica. Em decorrência disso são desencadeados mecanismos que irão aumentar o cálcio circulante, fazendo assim com que o abomaso continue com sua motilidade fisiológica, evitando que o abomaso desloque (CAVALIERI; SANTOS, 2001).

De acordo com Ogilvie (2000) e Rosenberger (2008), os sinais clínicos mais observados nos casos de DAE são fezes diminuídas e pastosas, podendo ocorrer diarreia em pequena quantidade, diminuição das contrações ruminais, anorexia, total ou moderada e diferentes graus de cetose. O mesmo autor comenta que o som de

ping metálico é notável na auscultação e percussão simultâneo do abdômen.

Comparando com os dados acima descritos, a paciente do caso estudado apresentou sintomatologia condizente aos dados observados pelo autor, como fezes pastosas e diarreicas, anorexia parcial com o consumo de poucas quantidades de feno e pastagens e o som audível de ping metálico de intensidade moderada na fossa paralombar esquerda.

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A preparação do animal para a cirurgia iniciou-se com a tricotomia de toda a fossa paralombar esquerda, seguida da anti-sepsia dessa área com o uso de cloreto de alquil dimetil benzil amônio (CB 30) na dosagem de cinco mL para 10 litros de água, dosagem e recomendações essas usadas conforme indicação do fabricante (bula). Após, realizou-se a anestesia local com 50 mL de lidocaína por infiltração local linear ao longo da incisão planejada. Segundo Souoza ([s.d.]), a dose recomendada para este plano anestésico seria de 70 mL, no entanto, apesar da menor quantidade aplicada, observou-se que esta se mostrou suficiente para a realização do procedimento.

Após a realização da anestesia local, iniciou-se o procedimento cirúrgico com a técnica de abomasopexia pelo flanco esquerdo, conforme técnica descrita por Turner e Mcilwraith (2002) e adaptada por Hendrickson (2010). Incidiu-se a pele, tecido subcutâneo e muscular, na fossa paralombar esquerda, expôs-se o abomaso e com um fio náilon nº 30 foi feito um ponto contínuo ancorado na curvatura maior do abomaso deixando livre dois segmentos de fio com aproximadamente um metro cada e após foi feito esvaziamento do gás contido no órgão com a ajuda de uma agulha 40 x 12, um equipo, e um frasco com água.

Segundo Turner e Mcilwraith (2002), o fio a ser utilizado para fixação do abomaso deve ser o caprolactam polimerizado, já para Hendrickson (2010), o fio de náilon pode ser usado sem problemas. Os pontos são realizados na curvatura maior do abomaso em torno de 5 a 7 cm da inserção do omento maior. Pontos esses que passam na submucosa devendo sobrar aproximadamente 1 metro de fio para cada lado dos pontos. Procedimentos esses realizados na cirurgia do caso relatado.

O fechamento da cavidade foi realizado a partir da sutura do peritônio e o músculo abdominal transverso usando fio categute cromado número 2 e realizando o ponto contínuo simples, procedimento esse relatado por vários autores como sendo ideal (TURNER; MCILWRAITH, 2002). Os mesmos pesquisadores citam ainda que os músculos, abdominal externo e interno e a fáscia subcutânea podem ser fechados com uma segunda camada contínua simples, usando fio categute número 3, ancorando no músculo transverso profundo para reduzir o espaço morto.

Essa técnica foi usada passo a passo pelo Médico Veterinário acompanhado durante o estágio. Ainda, segundo Turner e Mcilwraith (2002), geralmente o fechamento da pele é realizado com o padrão de sutura contínua ancorada, usando o fio caprolactam polimerizado. Diferentemente do que esta literatura pesquisada

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relata, o Médico Veterinário usou fio de nylon número 30. Porém, Marques et al. (2016) citam em seu estudo o uso do fio de nylon inabsorvível na sutura com sucesso.

Durante o procedimento cirúrgico foi injetado na cavidade abdominal e sobre os pontos do peritônio, subcutâneo, muscular e de pele um frasco de 100 mL de Gentrin® Infusão Uterina, equivalente a 4400 mg de gentamicina. Com o intuito de prevenir uma infecção bacteriana em decorrência da cirurgia. A gentamicina pertence ao grupo dos aminoglicosídeos, sendo antibióticos que interferem na síntese proteica das bactérias, levando a morte celular das mesmas (SPINOSA; GÓRNIAK; BERNARDI, 2010). Porém segundo Stolf et al. (2011), apesar de sua rápida absorção quando usada na cavidade ela pode causar irritação dos tecidos causado pelo veículo do medicamento, podendo ocorrer aderências nos órgãos da cavidade.

A medicação parenteral intramuscular profunda consistiu em 50 mL de Penfort® PPU equivalente a 5.000.000 UI de penicilina G procaína e 5.000.000 UI de penicilina G benzatina, os quais são antibióticos de longa duração que inibem o crescimento bacteriano com ação bactericida, sendo recomendado na literatura doses de 20000 a 40000 UI/kg a cada 12 ou 24 horas (SPINOSA; GÓRNIAK; BERNARDI, 2010). Em sua associação esta a Dihidroestreptomicina a qual foi usado 25 mg/kg. A dose aplicada esta de acordo com a literatura.

Foi indicado ao produtor aplicar 20 mL de D-500® equivalente a 0,4 mg/kg de dipirona sódica por 3 dias para aliviar a dor da cirurgia, medicamento esse citado por Spinosa, Górniak e Bernardi (2010), como sendo eficaz no alivio de dores leves e moderadas, e também dores viscerais. Conforme a bula, a dose recomendada está de acordo com o fabricante que indica aplicação de no máximo 20 mL por dia.

A maioria dos casos de DA pode apresentar algum déficit eletrolítico. Potássio e cálcio são importantes para a manutenção da função muscular e deve ser mantido em níveis normais segundo Cardoso (2007), devido a isso, foi aplicado via endovenosa cálcio, glicose e suplementos vitamínicos.

Para evitar recidivas e para que o tratamento ocorra com sucesso total é fundamental que seja fornecido volumoso no pós-cirúrgico para estimular a motilidade do sistema digestivo como um todo.

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3.1.4 Conclusão

Conclui-se que nesse caso, o correto diagnóstico e a decisão de corrigir a patologia pela técnica cirúrgica de abomasopexia pelo flanco esquerdo tornaram possível estabelecer a melhora clínica do animal. Ressalta-se a importância de um manejo nutricional adequado principalmente no pré e pós-parto, prevenindo-se assim patologias futuras.

3.1.5 Referências bibliográficas

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(23)

4 RELATO DE CASO 2

4.1 Retenção de placenta em uma fêmea bovina da raça Holandês

4.1.1 Introdução

A RP caracteriza-se pela permanência de porções ou da totalidade dos envoltórios fetais, por um período maior que 12 horas, dentro do útero (PALHANO, 2008). O que leva a placenta ficar retida é o não descolamento e separação dos placentomas, processo esse que para ser bem-sucedido inicia-se nos últimos meses antes do parto e tem interferências de outros fatores como, por exemplo, fatores infecciosos e não infecciosos (SMITH, 2006).

Quando o parto de bovinos leiteiros ocorrerem de forma normal, há uma incidência de 5 a 15% de casos de RP. Durante lactações subsequentes, vai aumentando a incidência dos casos, decorrente ao histórico clínico do animal, como as ocorrências de distócia, aborto, hipocalcemia, nascimento gemelar, estresse térmico, partos prematuros, idade avançada da vaca, distúrbios nutricionais e placentites (KAHN, 2008).

Quando existe um manejo inadequado no pré-parto de vacas de rebanhos leiteiros, principalmente relacionado ao manejo alimentar, estas ficam vulneráveis a doenças no período após o parto, por se tratar de um período crítico, com várias alterações hormonais, nutricionais e metabólicas do animal (GREGHI et al., 2014).

Segundo Bernardi et al. (2016), as fêmeas bovinas mais acometidas, tem de quatro a sete anos, se encontram da segunda a quarta cria, apresentam-se com índice de condição corporal baixo, e estes fatores poderão aumentar a incidência da RP de oito a 12 horas.

A placenta dos bovinos é classificada como adeciduada, pois não é eliminada junto com o feto. Sua forma é definida como cotiledonária, pois no alantocórion possui áreas denominadas cotilédones, que se ligam as carúnculas que são áreas especificas do endométrio (NOAKS, 1991 apud MARTELLI; GARDINALLI JUNIOR, 2014). A ocorrência de RP acontece com maior frequência em vacas que nas demais espécies animais, devido ao tipo de placenta que elas possuem (JONES; HUNT; KING, 2000).

(24)

23

O tratamento utilizado na maioria dos casos de RP é pela administração de fármacos de ação sistêmica, como antibióticos a base de tetraciclinas de longa ação, associados com algum anti-inflamatório não esteroide e hormônios. Toda e qualquer tração, exceto a do próprio peso da placenta, é prejudicial para futuras gestações, pois produz lesões que irão diminuir a área de fixação placentária (CORREA et al., 2001).

Devido à importância dessa enfermidade, o presente estudo tem como objetivo relatar um caso de RP em uma fêmea bovina da raça Holandês, que foi acompanhado durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária.

4.1.2 Metodologia e resultados

Durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, foi atendida em uma propriedade localizada no interior do município de São Pedro do Butiá, RS, Brasil, uma fêmea bovina da raça Holandês, com aproximadamente 4 anos de idade, pesando aproximadamente 450 kg, com um escore corporal de 3,0 (escala de 1 a 5, onde 1 é magro e 5 é obeso) estando na segunda lactação.

Na anamnese, o proprietário relatou que a vaca havia parido um bezerro macho, há mais de 12 horas do momento da consulta, de forma eutócica, sem auxilio obstétrico. O mesmo relatou que esta vaca era mantida em um piquete de animais pré-parto, e que permaneciam neste local por aproximadamente 21 dias, recebendo a dieta pré-parto aniônica (formulada a base de feno de tifton, silagem de milho, sal mineral pré-parto e água à vontade).

No exame clínico geral a vaca apresentava-se apática e com relutância para se alimentar, a temperatura retal era de 38,5ºC, a frequência cardíaca verificada foi de 70 bpm e a frequência respiratória 22 mpm, parâmetros de temperatura, bpm e mpm considerados fisiológicos para a espécie.

No exame do trato reprodutivo verificaram-se as membranas fetais penduradas na vulva. Após esta observação, utilizando-se de luvas de palpação foi realizada uma leve tração na placenta, percebendo que a mesma apresentava-se aderida ao útero. Dessa forma, apenas realizou-se um corte na placenta rente a vulva, para assim evitar que sujidades aderidas levassem contaminação para o

(25)

interior do útero. Após este procedimento, realizou-se massagem uterina, por via retal para auxiliar no desprendimento dessas estruturas aderidas ao útero.

Após, realizou-se o tratamento medicamentoso, o qual se consistiu na aplicação de Sincrocio® no volume de 2 mL, via intramuscular (IM), equivalente a dose de 0,500 mg de cloprostenol sódico em dose única, Ourotetra no volume de 50 mL, via intramuscular, equivalente a 22,2 mg/kg de oxitetraciclina em dose única, e 2,22 mg/kg de diclofenaco de sódio, também foi administrado 500 mL de Pradocálcio®, a base de boroglucanato de cálcio, via intravenosa equivalente a 8,35 g de cálcio.

A fêmea foi examinada novamente 5 dias após o tratamento mostrando uma melhora significativa em seu estado clinico, o produtor relatou que a fêmea estava alimentando-se normalmente, tendo um aumento na produção de leite.

4.1.3 Discussão

No final da gestação, as vacas devem ficar alojadas em piquetes separados, dos demais animais. Para facilitar o manejo é desejado que fique em piquetes pequenos, podendo ser denominado piquete maternidade. Piquete esse, que ofereça bem-estar para a fêmea gestante até o momento do parto. Deve ser um local limpo, com conforto, ter a disposição uma boa alimentação e água em abundância, um abrigo para proteger as fêmeas das intempéries (AMARAL; TREVISAN, 2017). No presente relato o animal permanecia em piquete separado dos demais animais da propriedade, respeitando assim, o que se deseja por bem-estar-animal no pré-parto.

A condição corporal da vaca no momento do exame era de 3, em uma escala onde 1 é muito magra e 5 é muito obesa, indicando um escore abaixo do esperado que para Nobre (2012), em seu estudo o ideal seria 3,5. O diagnóstico de RP para Kahn (2008) é facilmente realizado, basta verificar as membranas fetais penduradas na vulva após 12 horas do parto, placentas essas que já em estão em degeneração, assim como no caso citado onde foi fácil realizar o diagnóstico como citado acima.

Embora muitos autores comentem que a ocorrência de partos distócicos sejam um dos principais fatores para a RP, isto não foi observado no animal acompanhado que teve um parto eutócico de um bezerro macho. O sexo do bezerro não influi na liberação da placenta, nem na porcentagem de vacas com RP

(26)

25

(SANTOS et al., 2002). Segundo o mesmo autor o tamanho do bezerro é mais relevante que o sexo. No caso acompanhado nasceu um terneiro macho da raça holandês de porte médio, coincidindo com a literatura acima citada que não é o sexo do terneiro que predispõem casos de RP e sim o tamanho do terneiro.

A hipocalcemia é responsável por desencadear várias desordens metabólicas, dentre elas a RP. Patologia essa que pode ser prevenida, usando uma dieta aniônica no período pré-parto, que consiste em fornecer uma alta quantidade de ânions em relação aos cátions, a fim de provocar uma leve acidose metabólica, em decorrência disso são desencadeados mecanismos que irão aumentar o cálcio circulante, ajudando nas contrações do miométrio, auxiliando na eliminação da placenta (CAVALIERI; SANTOS, 2001). Devido a RP ser possivelmente um processo secundário a uma hipocalcemia, foi realizado a aplicação endovenosa de cálcio, tratamento esse também indicado por Drost et al. (2006).

Outros componentes da dieta que são pertinentes à prevenção da RP são o selênio e vitamina E, que ocasionam a diminuição de lesões celulares uterinas causadas pelos produtos dos processos inflamatórios liberados por neutrófilos. Sua adição na dieta ou sua aplicação de forma injetável é bem-vinda, principalmente no período de transição para prevenir a ocorrência desta patologia (BERCHIELLI; PIRES; OLIVEIRA, 2006).

Em um estudo feito por Palhão et al. (2014) sugerem que o tratamento com cloprostenol é aconselhável, contribuindo com o aumento da eliminação das infecções uterinas e ainda diminui o intervalo entre o parto e a próxima concepção. O uso do cloprostenol estimula a contração endometrial, eleva a capacidade fagocítica dos neutrófilos e contribui para a expulsão do conteúdo uterino (CORREA et al., 2001). Sendo assim, o tratamento utilizado com cloprostenol que é uma prostaglandina sintética, foi bem empregado no caso acompanhado, com dose e via de administração corretas segundo conforme relata Papich (2012).

A oxitetraciclina presente no Outrotetra LA, segundo Papich (2012) é um antibiótico de amplo espectro de ação, é do grupo das tetraciclinas e age inibindo a síntese proteica das bactérias e diminui o risco de toxemias. Com ação bacteriostática, tem atuação sobre bactérias gram-positivas e gram-negativas. A dose recomendada por este autor é de 20 mg/kg. No animal acompanhado, segundo a comparação com esta literatura, foi utilizada uma dose um pouco acima do

(27)

recomendado, de 22,2 mg/kg. O diclofenaco contido na formulação, auxilia no alívio da dor no local da aplicação.

Vacas com RP, tem maior risco de desenvolver metrites, cetose, mastite e até abortos em gestações subsequentes, abortos esses em decorrência de lesões que podem ocorrer no útero em um caso de RP, como por exemplo o desprendimento de carúnculas ocasionando lesões no endométrio reduzindo a transmissão de aporte sanguíneo dentre outras funções para as seguintes gestações (KAHN, 2008).

Tendo em vista que a patologia de RP causa muitos prejuízos à atividade leiteira, podemos usar de algumas tecnologias disponíveis para prevenir essa e outras doenças que acometem o gado leiteiro. Tecnologias essas como, por exemplo, um adequado manejo pré-parto, oferecendo uma dieta pré-parto adequada, água limpa e a vontade, sobra principalmente nos meses em que é mais quente, calcular as dimensões de cocho para evitar disputa de alimento principalmente se tiver novilhas no lote, evitar que se acumule barro perto dos cochos de água e comida, dentre outros manejos que podemos adequar para reduzir cada vez mais à ocorrência dessa patologia que causa inúmeros prejuízos a bovinocultura leiteira.

4.1.4 Conclusão

Conclui-se nesse caso que a partir do correto diagnóstico e o tratamento instituído com sucesso, foi possível estabelecer uma melhora clínica do animal. Ressalta-se a importância da execução de um manejo pré-parto bem feito, com o intuito de prevenir esse tipo de patologia.

4.1.5 Referências bibliográficas

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(29)

5 CONCLUSÃO

A realização do Estagio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária proporcionou-me um grande aprendizado onde pude juntar o conteúdo teórico da formação acadêmica, com a prática realizada a campo, promovendo o crescimento pessoal. Sempre enfatizando uma melhor qualidade de vida dos animais desempenhando sempre uma conduta ética frente à tomada de decisões dos casos clínicos pensando sempre no bem estar dos mesmos.

O estágio proporciona para o estagiário vivenciar o dia a dia das atividades realizadas pelos profissionais da área, permitindo ver a realidade do cotidiano dos produtores rurais, havendo uma troca de conhecimento da rotina das propriedades e seus animais.

Ao término do estágio, a experiência profissional junto aos aprendizados práticos foram os pontos mais importantes que certamente vão me auxiliar no futuro, aprimorando meu conhecimento, levo um grande aprendizado durante este período que com toda certeza vou levar e desenvolver na minha vida profissional como Médico Veterinário, porem tendo em vista de que jamais saberemos tudo, porém a dedicação, o estudo e a busca por novos conhecimentos juntamente com a humildade me fará crescer a cada dia na profissão que escolhi.

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29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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