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Academic year: 2021

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(1)FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO •. • CAPÍTULO I . O Formador nos Sistemas e Contextos da Formação.

(2) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO I . O Formador nos Sistemas e Contextos da Formação. •• C APÍT UL O I • O FORMAD OR NOS SI STE MAS E CONTE XT OS DE FORMAÇ ÃO. • Object ivos - Identificar e caracterizar os diferentes sistemas de formação; - Adoptar o sistema de formação mais adequado em função das finalidades, do públicoalvo e dos recursos didácticos utilizados; - Discriminar e aplicar a legislação que regula a Formação Profissional; - Identificar as competências essenciais ao exercício da função de formador.. • Metáf ora “O Pri ncip ezi nho e o ace nd edo r de ca nde ei ros ” P: Olá, bom dia! Porque apagaste mesmo agora o teu candeeiro? A.C: Obedeço a instruções. Olá bom dia. P: Instruções? O que é isso? A.C: São instruções para apagar o meu candeeiro. Boa noite! – volta a acendê-lo. P: Mas porque o voltaste a acender? A.C: São as instruções que tenho. P: Não percebo. A.C: Nada há para perceber. Instruções são instruções. Bom dia. Tenho uma profissão terrível. Dantes, ainda vá lá… apagava o candeeiro e acendia-o À noite. Tinha o resto do dia para descansar e a noite para dormir… P: mas as instruções mudaram daí para cá? A.C: Não, não mudaram. Essa é precisamente a minha desgraça! Imagina que, de ano para ano, o planeta agira cada vez mais depressa e as instruções não têm sido mudadas! Aquilo que é necessário para singrar na vida depende do tipo de mundo que se habita. É necessário sermos inteligentes, criativos e maleáveis de acordo com as circunstâncias com que nos deparamos. E à medida que estas se vão alterando, precisamos então de lhes dar respostas diferentes. Já passou o tempo em que a capacidade do acendedor de candeeiros para seguir metódica e responsavelmente as instruções era crucial. Actualmente, esse tipo de importância tornou-se efectivamente numa patetice. Agora, aquilo que ele precisa não é lealdade, mas sim de criatividade. Guy Claxton & Bill Lucas IN “Seja criativo” (2006), págs. 9-10. •2 •.

(3) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO I . O Formador nos Sistemas e Contextos da Formação. • I ntrod ução Cita nd o … “Numa situação difícil é preciso encontrar o que há a mudar, em vez de perceber o que está errado, pois só assim se pode agir sobre o acontecimento, em lugar de nos limitarmos a reagir a ele” (Psiquiatra Sílvia Quakinine). A evolução do Homem enquanto ser social implicou uma viragem na forma de ver o mundo, assistindo-se a um gradual revolucionar de determinadas esferas da nossa existência. O motor de qualquer revolução é sem dúvida a mudança. Já como referia Newton a propósito da mudança, é sempre necessário uma Acção (força) para haver Mudança (no movimento). No entanto as coisas nem sempre são tão lineares como parecem, nem tão simples como gostaríamos que fossem, pois também têm que existir várias forças a operarem no mesmo sentido para que algum tipo de efeito se produza. Convém então ressalvar que uma acção gera inevitavelmente algum tipo de mudança, e remontando ao que Jack Welch (2005) afirmou, “à mudança deve estar sempre associado um objectivo claro. A mudança só pela mudança é estúpida e enervante”. Porém, independentemente dos motivos que nos levam a modificar um ou vários aspectos das nossas vidas, existem sempre 4 fases de resposta humana que acompanham este processo, são elas: • Negação, ou seja, recusa em reconhecer que a mudança é necessária; • Resistência, que é uma oposição activa à mudança; • Exploração, em que se testam vários aspectos da mudança e • Compromisso, baseia-se numa compreensão dos benefícios da mudança. Estes momentos são comuns a qualquer processo que implique mudança, a sua intensidade varia de acordo com a dimensão e características específicas de cada situação.. Exe mp lo …Na prática … Imaginemos o processo de mudança de casa, perspectivado por um adolescente que nasceu e cresceu na habitação onde vive. Num primeiro momento, os pais confrontam o filho com a decisão de mudança. Ele reage negativamente, negando o processo, pois não consegue antever nenhuma vantagem em viver noutro lugar sem ser aquele: “eu vivi sempre aqui, para quê mudar?!”. Num segundo momento, o indivíduo em causa resiste à ideia de se mudar do seu habitat, fazendo uma oposição explícita à decisão do resto da família: “eu não vou mudar de casa...” Decorrido algum tempo, o adolescente vai desbloqueando as suas defesas em relação à nova situação, sendo a sua curiosidade em relação aos pormenores da casa cada vez mais aguçada. Ele procura saber mais sobre aquilo que o espera, efectuando um balanço dos aspectos positivos e negativos: “é capaz de não ser assim tão mau…”. •3 •.

(4) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO I . O Formador nos Sistemas e Contextos da Formação. Por último, o adolescente encara a mudança como benéfica, não só aceita a decisão, como acaba por fazer parte dela, demonstrando a sua vontade de viver noutra casa porque a mesma é perto do mar, pode ter animais domésticos e até porque pode fazer novos amigos: “ainda bem que mudámos de casa!”. Curios idade s. .. Um estudo realizado pela Real Sociedade das Artes (RSA), concluiu que, actualmente no Reino Unido: • 28% de todos os trabalhos são em “part-time”; • 80%-90% dos novos empregos são atribuídos a mulheres (as mulheres representavam 55% da força de trabalho na viragem do século); • Os gestores trabalham mais 120 horas por ano que há 50 anos atrás; Em Portugal, dos Censos efectuados em 2001, foram obtidas as seguintes conclusões: A proporção de jovens diminuiu passando de 20,0% para 16,0%, e a proporção de idosos aumentou de 13,6% para 16,4%, o que significa que, para além de em Portugal se verificar uma crescente diminuição da natalidade, também se observa um aumento da esperança média de vida, e que se traduz num progressivo envelhecimento demográfico. •. Transpondo tudo o que foi referido acerca da mudança para os dias de hoje, o que se observa é que com o acelerado processo de transformações ocorridas ao longo dos tempos tornase premente preparar o futuro das sociedades humanas. Para tal será necessário investir no desenvolvimento do valor da pessoa enquanto motor efectivo da evolução e inovação, tal como Malone & Laubacher (….) sugerem ao afirmar que “a unidade fundamental da nova economia não é a empresa mas o indivíduo”. A responsabilidade de preparar o indivíduo para que este possa operar a mudança quer nele próprio, quer no contexto das organizações a que pertence, recai sobre a actividade de formação. Esta constitui-se como o principal instrumento que procura dar resposta às várias adaptações que ao longo dos tempos, se foram operando, nomeadamente ao nível do plano tecnológico, político e social No que diz respeito ao percurso realizado pela Formação ao longo do seu caminhar em direcção à sua necessária afirmação, é importante sublinhar que este não deve ser encarado como terminado. É um caminho sem fim, uma vez que, aquilo que o caracteriza é precisamente a sua constante mutação, característica imprescindível à adaptação humana. Assim, na sociedade da informação e do conhecimento – característica da era que atravessamos – caberá às organizações o desafio da excelência, no qual a qualidade da formação deve ser não só garantida, mas sobretudo, optimizada. Este dado pode ser comprovado através do que foi concluído no Conselho Europeu de Lisboa (Março de 2002), no qual foi referido que a aprendizagem deve acompanhar a transição bem sucedida para uma economia e uma sociedade assentes no conhecimento (Covita, H., 2002). •4 •.

(5) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO I . O Formador nos Sistemas e Contextos da Formação. Este aspecto vai ao encontro do que refere Roberto Carneiro (…): “ se o conhecimento é, consensualmente o motor actual das economias o seu combustível é a aprendizagem. Por isso, a aprendizagem ao longo da vida surge como desafio maior do novo século tanto na vertente das pessoas como na das organizações (organizações aprendentes)”. A sociedade de futuro basear-se-á nos investimentos em inteligência e na aprendizagem e formação (Silva, M., 1997, Métodos Activos). Propõe-se uma sociedade que aprende – “learning society” – destinada a optimizar a sinergia ao descobrir novas formas de organizar e administrar que estimulam a aprendizagem no seu todo. Neste enquadramento, o campo da formação profissional abre-se perante as diferentes formas de pensar o indivíduo e a actividade pedagógica. Assim, a aprendizagem ao longo da vida pode considerar-se como um dos pilares básicos da cidadania activa e de empregabilidade, tornando-se urgente aprofundar o conhecimento e proporcionar os dispositivos de aprendizagem adequados aos ritmos e disponibilidades dos cidadãos. Urge assim o reconhecimento das competências que também se adquirem em ambientes não formais, nomeadamente dos profissionais de formação e as entidades formadoras. Em função das vulnerabilidades específicas de certos públicos torna-se fulcral o desenvolvimento de iniciativas permanentes que promovam a progressiva interiorização de competências (Covita, 2002). Deste modo, novos e profundos desafios colocar-se-ão aos sistemas e dispositivos de educação e formação e a toda a sociedade de forma a garantir aos cidadãos a participação num contínuo de aprendizagem que irá proporcionar a melhoria permanente de conhecimentos, aptidões e competências (Horácio Mendes Covita, Análise Psicológica, 2002). A Formação Profissional é uma actividade integradora e desenvolvimentista e deve ser considerada como o factor principal da humanização do trabalho.. • A S abe r 1.1 – Fo rmação profi ss io nal “O novo mundo traz com ele uma nova visão de criatividade”, Claxton & Lucas (2004).. Nunca existiu tanta incerteza como existe hoje neste mundo de rápida mutação, o que significa que para responder às questões que hoje abundam, as pessoas devem apostar no seu potencial criativo, o qual só poderá ser francamente desenvolvido através de um instrumento de partilha de conhecimento: a Formação Profissional. Esta configura-se como o pilar da mudança procurada, destinada a desenvolver pessoas inteligentes, criativas e flexíveis, capazes de dar respostas diferentes, porque o “tempo da vida quotidiana é tal que tudo parece e é sentido como diferente” (Claxton & Lucas, 2004). •5 •.

(6) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO I . O Formador nos Sistemas e Contextos da Formação. O q ue é a Formaç ão Profi ssi o nal ? Segundo o Decreto-Lei n.º 401/91 de 16 de Outubro de 1991, entende-se por Formação Profissional, o processo global e permanente através do qual jovens e adultos, a inserir ou inseridos na vida activa, se preparam para o exercício de uma actividade profissional. Como cada vez mais as empresas exigem a especialização e adaptação a novas funções, as reciclagens impõem-se como uma constante para se conseguir responder aos desafios que são colocados pela dinâmica do mundo envolvente. Neste sentido, é importante sublinhar o papel das entidades de formação cujo desempenho deve ser pautado pelo exercício de valores fundamentais como a transparência, a responsabilidade, a qualidade, a inovação e a excelência, numa perspectiva de melhoria contínua. De acordo com Wexley e Latham (1991) qualquer esforço de formação e desenvolvimento pode ter em vista um ou mais dos seguintes objectivos: 1. Aumentar nos indivíduos níveis de auto-consciência; 2. Aumentar competências individuais numa ou mais áreas de perícia; 3. Aumentar nos indivíduos a motivação para desempenharem bem as suas funções. “Manual de Avaliação da Formação” Assim, a Formação profissional é o complemento necessário da educação pelo qual são adquiridos conhecimentos específicos, técnicas e atitudes necessárias ao exercício das funções dos diferentes níveis profissionais. A Formação Profissional actua concertadamente em três domínios: Formação Geral corresponde ao domínio dos conhecimentos, do desenvolvimento do saber teórico que sustenta qualquer acção/aprendizagem (O Saber - Saber).. Especialização corresponde ao domínio das competências, do desenvolvimento de habilidades/destrezas que possibilitam a passagem à prática em todas as actividades (Saber Fazer). Adaptação corresponde ao domínio das atitudes, manifestando-se no âmbito dos valores, na postura que desenvolvemos a partir de determinada acção/aprendizagem (Saber - Ser).. •6 •.

(7) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO I . O Formador nos Sistemas e Contextos da Formação. Exe mp lo Uma aprendizagem abrange o desenvolvimento dos domínios referidos, embora existam actividades que impliquem a predominância de um em relação aos outros. Foquemos o exemplo do indivíduo que pretende aprender a conduzir automóveis. A sua formação será global, terá de desenvolver os três domínios do conhecimento (saber-saber, saberfazer e o saber-ser) para se tornar um bom condutor. Em primeiro lugar, o sujeito terá que aprender a teoria que suporta a condução de veículos, tendo para tal de adquirir um conjunto de conhecimentos relacionados com as regras de trânsito, adoptando o conhecido “código da estrada”. Uma vez adquirido o saber-saber, o indivíduo poderá desenvolver a parte prática da condução, as habilidades/destrezas que lhe permitam manter a estabilidade do automóvel, executar as manobras, etc. Por último, o indivíduo está apto para desenvolver a sua atitude para transitar na estrada, em convívio cívico com os outros condutores, peões e regras estabelecidas. Neste domínio, ele utilizará tanto os conhecimentos adquiridos como as competências práticas no sentido de proceder à adaptação sustentada pelo sistema de valores que incorporou durante a formação decorrida. Co nceit o d e S ist e ma Um Sistema é um conjunto de elementos em interacção dinâmica e organizados em função de uma finalidade. Neste sentido num Sistema tem que existir Entrada, Processamento e Saída da Informação, ou seja, todos os sistemas têm as seguintes exigências: • Definição de níveis de entrada; • Definição de tratamento interno (metodologias, sequências); • Definição de níveis de saída.. Esq ue matiza ndo entrada. Proces sa mento. Saída. No que respeita ao âmbito da Educação/Formação em Portugal, são considerados os seguintes sistemas: • O Sistema Macro Educativo, em que a acção pedagógica se destina a conduzir crianças de forma a ensiná-las, instruí-las e educá-las, portanto encerra em si a transmissão de conhecimentos de âmbito mais generalista. •O. Sistema Extra-escolar ou Formação Profissional faz parte da Educação de Adultos (Andragogia), ou seja, o enfoque é dado ao desenvolvimento profissional e à aquisição ou ao aperfeiçoamento de competências.. •7 •.

(8) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO I . O Formador nos Sistemas e Contextos da Formação. O que é importante reter no que diz respeito à noção de Sistema é o facto de que, apesar dos diversos enquadramentos e objectivos do sistema de formação as fases que constituem a sua gestão são semelhantes: Concepção do sistema; Gestão do Sistema; organização/Coordenação e Animação do Sistema e Avaliação do Sistema. A importância da Formação profissional prende-se então com a necessidade de proporcionar às pessoas a aquisição de informação, conhecimento e experiências, cada vez em maior quantidade, qualidade e velocidade de forma a garantir a evolução e a sustentabilidade das organizações e nações, através do mundo da rentabilidade, produtividade e qualidade das organizações que as integram.. Mod alid ade s da Fo rmação A Formação profissional pode ser: Inicial e Contínua. A formação profissional inicial destina-se a habilitar a pessoa para o exercício de uma profissão, conferindo uma qualificação profissional certificada. A Formação profissional Contínua estando inserida na vida profissional do sujeito, realizase ao longo da mesma, e por isso apresenta os seguintes objectivos: Promoção da adaptação do indivíduo tanto às mudanças ocorridas ao nível do plano tecnológico como a nível organizacional; • Favorecimento do crescimento profissional; • Melhoria da qualidade do emprego; • Desenvolvimento progressivo ao nível do desenvolvimento cultural, económico e socia •. Quad ro I – FP Inici al. FP I nici al. Caracterís ticas. Inici aç ão profissional. Preparaçã o do i ndiv íduo q ue n ão c ompl etou a es colar ida de obrigat ória para a in serç ão n a vid a acti va, for nec endo-l he u ma c omp onent e prática e m c onte xto rea l de trab alho.. Qua lifica çã o Ini cial. Atribuiçã o de for maç ão profi ssi ona l co mplet a, qua lifica nt e, nív el II ou III, não i nferior a 1 an o, a jo ven s e adulto s c om id ade n ão inferior a 16 anos, ante s do i ngres so n a vid a act iva.. Aprendiz agem Profissiona l. Candidato s a o prim eiro e mprego, não abrang idos pela s l eis rel ativa s à escol aridad e obrig atória, q ue pret ende m obt er um a qua lif icaçã o de nível II ou III; - Alternânc ia de qualif ica ção prof iss ion al co m u ma progr e ssão es colar.. Especia liza çã o tec nol ógic a. Forma ção p ós-s ecu ndária d e jo ven s e ad ulto s (can didat o s ao 1º empreg o e ind ivíd uos co m o 12º ano), d irecci onad a para comp onent es técnic as d e nív el médio. •8 •.

(9) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO I . O Formador nos Sistemas e Contextos da Formação. Quad ro II – FP Co nt í nua FP C ontí nua. Caract erísticas. Forma çã o Re corre nte. Modal idade dest inad a a ind ivíd uos integra dos no mercad o de trabalho se m a n ece ssári a form açã o de b ase.. Recic lag em Profissional. Visa a actu aliz açã o de c onh ecim ento s, co mpet ênc ias e atitude s de vido a progre sso s que ocorre m a níve l tec noló gico e cient ífico, dentro d a m es ma profi ss ão Proporcio na u ma q ualifi caç ão de b as e actu ali zada q ue s erve de co mple ment o à práti ca d a profis são ex ercida.. Aperfeiç oam ent o Profissional. Qua lifica çã o Profissional. Visa a qualif ica ção d e acti vo s indif erenc iado s ou se miqualifi cado s.. Rec onversã o Profissional. Visa a obten ção d e u ma qu alific açã o difere nte d a pos suí da para o e xercí cio d e um a outra acti vidad e profi ssi onal.. Especia liza çã o Profissional. Permite o reforç o de c ertas atitud es e com petê ncia s, for mas de est ar ou c onh ecim ento s qu e nã o fora m adqu iridos dur ante a qualif icaç ão prof iss iona l de b ase ma s que são f unda me ntais para o e xercí cio d e tarefa s profi ssi onai s m ais com plex as.. 1.2 - E nq uad ra me nto leg al Orga nizaç ão d a activid ade fo rmativ a A formação profissional é constitui-se como um sistema particular sustentado por órgãos que regulam a actividade e a tornam válida para que todos os agentes envolvidos no processo a sintam de forma transparente e eficaz. Só assim a formação faz sentido. Entidades que regulam a formação profissional: • IQF. (Instituto para a Qualidade na Formação) – antigo INOFOR – criado em 2004 assume uma intervenção vocacionada reforço da qualidade e eficácia do Sistema de formação profissional, sob tutela do Ministério da Segurança Social e do Trabalho. Trata-se de um organismo de apoio estratégico à profissionalização e desenvolvimento das entidades formadoras e dos profissionais de formação. • IEFP. (Instituto de Emprego e Formação Profissional) criado em 1979 é um organismo público, sob a tutela do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, ao qual compete a execução das políticas de emprego e formação profissional, definidas e aprovadas pelo governo. A formação sendo regulada por instituições como o IQF e o IEFP, é levada a cabo por entidades formadoras.. •9 •.

(10) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO I . O Formador nos Sistemas e Contextos da Formação. Entidade formadora: Organismo público ou entidade dos sectores privado ou cooperativo, com ou sem fins lucrativos, que assegura o desenvolvimento de formação a partir da utilização de estruturas adequadas, tais como instalações e recursos humanos e técnico - pedagógicos, para desenvolver com carácter permanente actividades de orientação, pré-formação, formação e inserção, em benefício de entidades ou participantes externos à entidade (guia IQF). As entidades formadoras devem estar acreditadas pelo IQF. Uma entidade acreditada consiste numa entidade, com personalidade jurídica própria, cujas capacidades para o desenvolvimento de actividades formativas foram validadas e reconhecidas nos domínios e âmbitos de intervenção onde demonstrou deter competências, meios e recursos adequados. Deste modo, a acreditação representa numa operação de validação técnica global e reconhecimento formal da capacidade formativa de uma entidade (guia IQF). Para que serve o sistema de acreditação? Elevar da qualidade da formação profissional; • Estruturar do sistema nacional de formação profissional; • Contribuir para a credibilização das entidades e demais agentes que operam no quadro do sistema de formação profissional; • Promover as entidades validadas pelo sistema, mediante o reconhecimento das • respectivas competências distintivas; • Estimular e dinamizar o funcionamento do mercado da formação profissional; • Articular parcerias ou redes de âmbito nacional ou transaccional que desenvolvam metodologias inovadoras e desenvolvam novas intervenções formativas; • Contribuir para um melhor aproveitamento, rentabilidade e utilidade na aplicação e utilização de fundos nacionais e comunitários. •. Age nte s d e fo rmaç ão 1. Formador Pessoa qualificada que estabelece uma relação pedagógica com os formandos, favorecendo a aquisição ou aprofundamento de competências adequadas ao desempenho profissional (Decreto Regulamentar n.º 66/94, de 19 Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto Regulamentar n.º 26/97, de 18 de Junho). 2. Coordenador de Formação Indivíduo que prepara e assegura a execução de uma ou várias acções de formação, efectuando o planeamento, a programação, a organização, o acompanhamento, o controlo e a avaliação das actividades que integram cada acção de formação. 3. Responsável de Formação (manual requisitos IQF pag.16) Pessoa com responsabilidade de gestão da actividade em que assenta o pedido e acreditação. Desempenha as seguintes funções (entre outras): Assegurar o cumprimento dos objectivos do plano de intervenção, no que à formação diz respeito; •. • 10 •.

(11) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO I . O Formador nos Sistemas e Contextos da Formação. • Assegurar. o cumprimento dos requisitos de acreditação e a ligação ao sistema; • Assegurar a articulação da função formativa às restantes funções dentro da organização;. • Ser. o elo de ligação das intervenções com a gestão de topo ou direcção e os clientes ou utilizadores.. Enquadra me nto lega l da Fo rmação p rofi ss io nal : Legisla çã o de E nquadrame nt o da Forma ção Profissional (Dec reto – Lei N º 401/91 de 16 de Outubro de 1991) Artigo 2º. Conceit o de for maç ão. Artigo 3º. Definiçã o de F orma ção pr ofis sion al in icial e For maç ão profiss iona l con tínu a. Artigo 8º. Certificaç ão da Form açã o profis sio nal. Artigo 9º. Definiçã o de F orma ndo s. Artigo 10º. Definiçã o de F orma dores. Artigo 11º. Definiçã o de E ntidad es for mad ores. Artigo 22º. Avalia ção d a For maç ão profi ssi onal. Lei de Bases do Sistema Educati vo (L ei Nº 46/86 de 14 de Outubro) Artigo 16º. Modal idade s da Form açã o profis sio nal. Artigo 19º. Definiçã o de F orma ção pr ofis sion al e p úblic o– alvo. Artigo 20º. Definiçã o de E nsin o rec orrente d e alu nos e público- alv o. Artigo 21º. Definiçã o de E nsin o à di stân cia e públi co-al vo. Regime Jurídico específi co da f ormaç ão profissional ins erida no mer cado d e empreg o (Decre to – L ei Nº 405/91, de 16 de Outubro) Artigo 7º. Empres as e outra s enti dade s e mpregad oras. Artigo 8º. Outra s enti dade s form adora s. Artigo 10º. Coordena ção d a For maç ão profi ssi onal. Artigo 12º. Forma ndos/C ontrato de For maç ão. Artigo 13º. Formad ores/Ha bilita çõe s ex igida s ao exer cíci o das f unç õ es de formador. Artigo 15º. Avalia ção d as a cçõ es d e form ação profis sio nal. • 11 •.

(12) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO I . O Formador nos Sistemas e Contextos da Formação. Regime Jurídico d a apre ndiz agem (De creto – Lei nº 205/96, de 25 de Outubro) Artigo 19º. Direitos d os F orma ndos. Artigo 20º. Deveres dos Form ando s. Artigo 21º. Direitos d as e ntidad es for mad oras. Artigo 22º. Deveres das entid ades f orma doras. Regulam ent aç ão do exercíci o da a ctividad e do form ador no domínio da Form aç ão profissional inserida no mer cad o de empr ego (De cretos Reg ul ame ntar es Nº 66/94, de 18 de Nov embro e nº 26/97, de 18 de Junho) Artigo 2º. Conceit o de F ormad or. Artigo 4º. Tipos d e For mad ores. Artigo 7º. Direitos d o For mador. Artigo 8º. Deveres do F ormad or. Artigo 9º. Emis são e certifi cado s de adm iss ão. Portaria N º 1119/97 de 5 de Novembro – Norm as específi cas de certific aç ão rel ativas à hom ol oga çã o da formaç ão pe dagó gica 1º. Forma ção p edagó gica I nici al de Form adore s. 2º. Renov ação de c ertifica dos d e apti dão. Tabe la de nív eis de Form aç ão (De cisão nº 85/386/CEE de 16 de Jul ho de 1985) Níve l 1. Nível de Form açã o que p ermit e o a ces so à esc olarid ade obrigatóri a e in icia ção pro fis sion al. Níve l 2. Nível de Form açã o que p ermit e o a ces so à esc olarid ade obrigatóri a e for maçã o profi ssi onal. Níve l 3. Nível de Form açã o que p ermit e o a ces so à esc olarid ade obrigatóri a e/ou form ação profis sio nal e f orma ção t écni ca compl em entar o u form açã o téc nica esc olar, o u outra de n ível secu ndário. Níve l 4. Nível qu e perm ite o ace sso à form açã o se cund ária (ger al ou profiss iona l) e for maçã o téc nica pós- secu ndári a. Níve l 5. Nível qu e perm ite o ace sso à For maç ão s ecu ndária (g eral ou profiss iona l) e for maçã o su perior c omp leta. • 12 •.

(13) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO I . O Formador nos Sistemas e Contextos da Formação. 1.3 - P erf il do f ormado r Numa sociedade que se quer “aprendente”, a actividade do formador não se limita apenas a proporcionar a aprendizagem e a apropriação de saberes pelos formandos, mas também como acontece em qualquer processo bilateral, a absorver tudo o que é transmitido no ambiente de formação. Significa então que o formador deve estar atento à forma como aprendem os adultos e como reagem ao seu estilo de aprendizagem (Silva, M., 1997).. A actividade do Formador baseia-se em três grandes momentos:. Actividad e do Formad or. - Anális e, orden açã o e e strutura ção d as t arefas a dese nvo lver na ac ção de for maçã o: objecti vo s, perfi s de e ntrada e de s aída, programa, cond içõ es de r eali zaç ão. - Elaboraç ão do dos sier d a acç ão de form ação. Pla ne ame nt o/ Prepar aç ão da Forma çã o. - Concepç ão e p lanif icaç ão do desen vol vim ento da forma ção: t em a, dura ção, o bject ivo s; conte údos; met odolo gia (a ctivid ade s); recur sos didácti cos/d ocu ment açã o de a poio; ava liaç ão. - Elaboraç ão do s pla nos das se ssõ es de formaç ão.. Desenvol vime nto/A nima çã o da Forma çã o. - Media ção d o proc ess o de formaç ão/apr endi zage m: de sen vol vim ento d os conte údos, esta bele cim ento da co muni caç ão da moti vaç ão do s for mand os; gestão dos t emp os e mei os materi ais nece ssári os; ut iliz açã o dos au xiliare s didácti cos. - Gest ão da progres são na a prendi zage m: utiliz ação dos mei os d e av aliaç ão for mati va; Imple ment ação dos aju stam ento s ne ces sário s.. - Avalia ção d a apren diz agem . Avali aç ão da Form açã o. - Avalia ção d a reac ção. - Acção d e regul ação co m vi sta à mel horia do proce sso form ativo.. • 13 •.

(14) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO I . O Formador nos Sistemas e Contextos da Formação. O Formador – animador é-o por vocação, mas desenvolve a reflexão sobre o seu próprio trabalho e domina perfeitamente as técnicas pedagógicas. Aliás, a experiência no âmbito da formação de formadores (e de professores), coloca-nos perante a necessidade de reflectir sobre uma vertente essencial: o formador é um animador de grupos (Silva, M., 1997). Para exercer as suas funções de maneira a conseguir facilitar a aprendizagem e apropriação de saberes pelos formandos e, simultaneamente desenvolver relações interpessoais positivas (líder), tem que possuir dois grandes tipos de Competências: •. Psicossociais: -. Saber-estar em situação profissional no posto de trabalho (assiduidade, pontualidade, aplicação no trabalho, boa relação);. -. Possuir capacidade de relacionamento com os outros e consigo próprio (comunicação interpessoal, liderança); Capacidade de relacionamento com o objecto de trabalho (criatividade, flexibilidade, capacidade de tomada de decisão).. -. •. Técnicas: -. Planear e preparar as acções de formação; Mediar o processo de formação; Gerir a progressão na aprendizagem dos formandos; Avaliar a eficácia da formação. Assim, o Formador deve ter em conta tanto os formandos como a situação de aprendizagem e, agindo dinamicamente sobre ambos deve conseguir: • • • • • •. Centrar-se nas pessoas e no grupo; Criar uma dinâmica de grupo; Provocar discussão, o trabalho tanto individual como de equipa; Utilizar a pedagogia do sucesso com reforço positivo; Valorizar as experiências e os desempenhos; Ter conhecimento e poder agindo nas diversas fases do sistema de formação.. • 14 •.

(15) • FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES • MANUAL DO FORMANDO • CAPÍTULO I . O Formador nos Sistemas e Contextos da Formação. • S ínt ese Ideias a reter: Vivemos num mundo em constante mutação que exige por parte das pessoas uma capacidade de adaptação constante e um potencial criativo capaz de responder de forma inovadora às questões apresentadas. •. •A. Formação Profissional consiste numa resposta adaptativa às exigências do mercado actual, constituindo uma ferramenta de desenvolvimento pessoal, profissional e social. •O. formador deve ser dotado de um conjunto de competências (psicossociais e técnicas) que lhe permitam assumir-se como agente da mudança, sendo um facilitador/orientador da aprendizagem dos formandos, fomentando a sua atitude e potencial crítico e criativo.. • 15 •.

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Referências

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