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Rede de petri com temporização nebulosa.

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Academic year: 2021

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(1)

JORGE CESAR ABRANTES DE FIGUEIREDO

Tese apresentada ao Curso de

Pos-Graduacao em Engenharia

Eletrica da Universidade Federal

da Paraiba, em cumprimento as

exigencias para obtengao do grau

de Doutor em Ciencias

MISAEL ELIAS DE MORAIS

SHI-KUO CHANG

Orientadores

CAMPINA GRANDE - PB

AGOSTO - 1994

(2)

por

Jorge Cesar Abrantes de Figueiredo

Tese

Doutor

Universidade Federal da Paraiba

(3)
(4)

E

Coordenagao de Pos-Graduagao em Engenharia Eletrica - COPELE

P A R E C E R F I N A L D O J U L G A M E N T O D A T E S E D O D O U T O R A N D O

J O R G E C E S A R A B R A N T E S D E F I G U E I R E D O

T I T U L O : "Redes de Petri com Temporizacao Nebulosa"

C O N C E I T O C O M I S S A O E X A M I N A D O R A : P R O F a M A R I A D E F A T I M A Q U E I R O Z V I E I R A T U R N E L L , P h . D . , U F P B Presidente da Comissao Orientador S H I - K U O C H A N G , P h / O . , U n i v . o f Pittsburgh Co-Orientador

C/^^^tz

D i M U R A T A ? P h . D . , U n i v . o f Illinois at Chicago D / T E L E B R A S / U N I C A M P U L R 1 C H S C H I E L , D r . r e r . n a t . , U F P B HOM0LOGAD0 P/ C0I.EG1AD0 E M :

«29 /

0 1 I ^ S

(5)
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(7)

Resumo

Rede de Petri com Temporizagao Nebulosa

p o r Jorge Cesar A b r a n t e s de F i g u e i r e d o

Nos apresentamos u m a extensao p a r a o m o d e l o de redes de P e t r i , c o m o o b j e t i v o de caracterizar restricoes t e m p o r a i s . N e s t a extensao, os aspectos p o s i t i v o s das extensoes d e t e r m i n i s t i c a s e estocasticas sao combinados de u m a f o r m a c o m p l e m e n t a r , o u seja, a rede de P e t r i estendida e adequada p a r a m o d e l a r sistemas e m t e m p o real e p a r a fazer analise de desempenho de sistemas. A extensao, c h a m a d a de Rede de Petri com Tem-porizagao Nebulosa - FTPN, u t i l i z a u m a a b o r d a g e m baseada n a t e o r i a dos c o n j u n t o s nebulosos. N o m o d e l o FTPN, as fichas c a r r e g a m u m a funcao nebulosa de t e m p o que i n d i c a a possibilidade de sua existencia e m u m d e t e r m i n a d o l u g a r e m u m dado i n s -t a n -t e de -t e m p o . I n -t e r v a l o s nebulosos de -t e m p o a i n d a sao associados c o m as -transicoes, p r o p i c i a n d o a representacao de restrigoes t e m p o r a i s .

P a r a definir u m a a b o r d a g e m p a r a analise t e m p o r a l m o d u l a r de sistemas complexos, o conceito de FTPN e i n t e g r a d o c o m u m a f e r r a m e n t a de e s t r u t u r a g a o c h a m a d a G-Net. C o m o r e s u l t a d o d a integragao, nos p o d e m o s d i v i d i r u m sistema c o m p l e x o e m subsiste-mas que serao estudados isoladamente e os resultados c o m b i n a d o s p a r a d e t e r m i n a r a solugao g l o b a l .

A f e r r a m e n t a i n t e g r a d a , j u n t a m e n t e c o m u m a m e t o d o l o g i a de analise t e m p o r a l m o -d u l a r , e u t i l i z a -d a p a r a i n t r o -d u z i r proprie-da-des -de t o l e r a n c i a a falhas -depen-dentes -do t e m p o n o p r o j e t o de sistemas d i s t r i b u i d o s e m t e m p o real. Nos usamos as Fuzzy Time

G-Nets p a r a representar esquemas tolerantes a falhas e p a r a considerar falhas, anteci-p a d a m e n t e , nos sistemas d i s t r i b u i d o s e m t e m anteci-p o real. A l e m do m a i s , nos aanteci-presentamos u m a representagao grafica, TGIG, p a r a a interagao entre G-Nets. Esse grafico repre-senta o t e m p o de execugao p a r a cada G-Net, levando em consideragao a interagao entre

G-Nets e m u m sistema de G-Nets. A p a r t i r desse grafico, alguns indices de desempenho p o d e m ser f a c i l m e n t e o b t i d o s .

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b y Jorge Cesar A b r a n t e s de F i g u e i r e d o

W e present a n e x t e n s i o n for t h e P e t r i N e t m o d e l i n order t o characterize t i m i n g const r a i n const s . I n const h i s exconstension, const h e p o s i const i v e aspecconsts o f consthe d e const e r m i n i s const i c a n d sconstochasconstic a p -proaches are c o m b i n e d i n a c o m p l e m e n t a r y fashion, i.e., t h e p r o p o s e d e x t e n d e d P e t r i net is amenable t o m o d e l r e a l - t i m e systems a n d t o m a k e p e r f o r m a n c e analysis o f systems. T h e extension, called Fuzzy Time Petri Net (FTPN), uses a fuzzy a p p r o a c h based i n the fuzzy set t h e o r y . I n t h e FTPN m o d e l , t h e tokens c a r r y a fuzzy t i m e f u n c t i o n t h a t characterizes t h e p o s s i b i l i t y o f there b e i n g a t o k e n i n a place i n a g i v e n i n s t a n t of t i m e . A l s o , fuzzy t i m e i n t e r v a l s are associated w i t h t r a n s i t i o n s t o p r o v i d e a b i l i t y t o represent t i m i n g r e s t r i c t i o n s .

I n order t o define a m o d u l a r a p p r o a c h t o p e r f o r m t i m i n g analysis o f c o m p l e x systems, the FTPN concept is i n t e g r a t e d t o g e t h e r w i t h a s t r u c t u r i n g t o o l called G-Net. T h u s , as result of t h e i n t e g r a t i o n , we c a n d i v i d e a c o m p l e x s y s t e m i n subsystems w h i c h are s t u d i e d i n i s o l a t i o n a n d t h e results l a t e r c o m b i n e d i n order t o c o m p u t e t h e g l o b a l s o l u t i o n for t h e entire system.

T h e i n t e g r a t e d t o o l t o g e t h e r w i t h t h e m o d u l a r t i m i n g analysis m e t h o d o l o g y is a p -p l i e d i n order t o i n t r o d u c e t i m e - d e -p e n d e n t f a u l t - t o l e r a n t -p r o -p e r t i e s i n t h e design o f real-t i m e d i s real-t r i b u real-t e d sysreal-tems. W e e m p l o y Fuzzy Time G-Nereal-ts real-t o characreal-terize F a u l real-t - real-t o l e r a n real-t schemes a n d t o represent a n t i c i p a t e d f a u l t s i n r e a l - t i m e d i s t r i b u t e d systems. Moreover, we present a t i m e g r a p h i c a l r e p r e s e n t a t i o n , TGIG, for t h e i n t e r a c t i o n between G-Nets. T h i s t i m e c h a r t represents t h e t i m e execution of each G-Net a n d takes i n consideration the i n t e r a c t i o n between G-Nets i n a G-Net system. Some p e r f o r m a n c e indices m a y be easily derived f r o m t h e g r a p h i c a l r e p r e s e n t a t i o n .

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Agradecimentos

Essa Tese e o f i m de u m a l o n g a Jornada de t r a b a l h o e ela nao seria possivel sem a a j u d a e a forca p o s i t i v a de m u i t a s pessoas. E m p r i m e i r o l u g a r , g o s t a r i a de agradecer aos meus orientadores, S h i - K u o C h a n g e M i s a e l E l i a s de M o r a i s , pelas orientacoes e discussoes. E m especial, g o s t a r i a de agradecer a S h i - K u o C h a n g que, d u r a n t e m e u p e r i o d o de pesquisa e m P i t t s b u r g h , m e m a n t e v e no c a m i n h o certo p a r a t e r m i n a r essa Tese c o m seus c o m e n t a r i o s i n s t r u t i v o s , sua visao e pressao nos m o m e n t o s i m p o r t a n t e s . Agradego a i n d a as facilidades de acesso a c o m p u t a d o r e s e b i b l i o t e c a que ele m e p r o p i c i o u no C P D I S .

Pelos valorosos c o m e n t a r i o s e sugestoes, agradego aos m e m b r o s d a b a n c a e x a m i n a -d o r a -d a m i n h a -defesa -de Tese: T a -d a o M u r a t a , Jorge M o r e i r a -de Souza, D a v i -d S i m o n e t t i B a r b a l h o e U l r i c h Schiel.

Agradego a A n g e l o P e r k u s i c h pelas discussoes valorosas que t i v e m o s nestes u l t i m o s anos. Sou g r a t o a i n d a pela sua a m i z a d e e apoio e m m o m e n t o s dificeis que passei d u r a n t e a m i n h a t e m p o r a d a e m P i t t s b u r g h .

Agradego a A l b a n i t a G u e r r a A r a i i j o pelo apoio e pela revisao d a versao e m p o r t u g u e s d a m i n h a Tese. A g r a d e g o t a m b e m a A f o n s o Costa e Silva pela revisao e c o m e n t a r i o s de dois c a p i t u l o s d a versao e m ingles d a m i n h a Tese.

Agradego a B e r n a r d o L u l a J u n i o r p e l a confianga e apoio, esperando o fim do m e u t e m p o de pesquisa e m P i t t s b u r g h .

D u r a n t e m e u t e m p o e m P i t t , eu t i v e a a j u d a de m u i t o s amigos que t o r n a r a m este p e r i o d o m u i t o g r a t i f i c a n t e . E m p a r t i c u l a r , agradego a A r l i e Neusa O l i v e i r a pelo cons-t a n cons-t e i n c e n cons-t i v o e apoio. G o s cons-t a r i a de agradecer a amizade de duas pessoas especiais do C P D I S : C . T . L i u e M a r y Conley. A g r a d e g o a i n d a a I r m a de G o d o y , A n a Suely, P a u l o F l o r e M r s . B .

Agradego o s u p o r t e financeiro do C N P q atraves d a bolsa 2 0 1 4 6 2 / 9 1 - 5 .

Agradego a m e u p a i V i c e n t e pela constante orientagao, a m o r e, p r i n c i p a l m e n t e , pelo exemplo de v i d a . Agradego a m i n h a mae M u n d i c a pelo c a r i n h o , a m o r e a fe que sempre teve e m m i m . A g r a d e g o a i n d a a meus i r m a o s G i o v a n n i n i , Jason e F a b r i c i a pelo a m o r e apoio.

P o r fim, g o s t a r i a de dizer que essa Tese nao seria possivel sem o a p o i o e paciencia d a m i n h a esposa A d r i a n a . E u devo essa Tese ao seu g r a n d e a m o r e a crenga que ele teve e m m e u t r a b a l h o , fazendo c o m que superassemos t o d o s os m o m e n t o s dificeis dessa

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(11)

C O N T E U D O

L i s t a d e F i g u r a s v

L i s t a d e T a b e l a s v i i i

C a p i t u l o 1: I n t r o d u c a o 1

1.1 M o t i v a c a o 1 1.2 Conceitos Basicos e T r a b a l h o s Relacionados 4

1.2.1 T e m p o e m Redes de P e t r i 5 1.2.2 I n c e r t e z a e Redes de P e t r i 6 1.3 Escopo d a Tese 7 1.4 E s t r u t u r a d a Tese 8 C a p i t u l o 2: C o n c e i t o s B a s i c o s e T r a b a l h o s R e l a c i o n a d o s 9 2.1 I n t r o d u c a o 9 2.2 T e o r i a dos C o n j u n t o s Nebulosos 9 2.2.1 Conceitos Basicos 10 2.2.2 Operacoes Sobre os C o n j u n t o s Nebulosos 10

2.2.3 N u m e r o s Nebulosos e Q u a n t i d a d e s Nebulosas 12 2.2.4 I n c e r t e z a T e m p o r a l 14 2.3 Redes de P e t r i 17 2.3.1 Conceitos Basicos 17 2.4 Redes de P e t r i de A l t o N i v e l 2 1 2.5 Extensoes T e m p o r a i s de Redes de P e t r i 23 2.5.1 Extensoes T e m p o r a i s D e t e r m i n i s t i c a s 24 2.5.2 Redes de P e t r i Estocasticas 28 2.6 Redes de P e t r i Nebulosas 29 C a p i t u l o 3: F T P N 3 2 3.1 I n t r o d u c a o 32 3.2 Definicao e R e g r a de D i s p a r o 33 3.3 R e g r a de C o m p u t a c a o d a F u n c a o N e b u l o s a 38 3.3.1 Passo 1: C o m p u t a c a o das Fichas Nebulosas 38

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C a p i t u l o 4: S i s t e m a s d e G - N e t s c o m T e m p o r i z a g a o N e b u l o s a 51 4.1 I n t r o d u c a o 5 1 4.2 G - N e t s e Sistemas de G - N e t s 52 4.2.1 Conceitos Basicos 53 4.2.2 D e c o m p o s i c a o de G - N e t s 56 4.3 A s p e c t o s d a Integracao 57 4.4 O E x e m p l o do P r o d u t o r / C o n s u m i d o r 59 C a p i t u l o 5: A n a l i s e T e m p o r a l 64 5.1 I n t r o d u c a o 64 5.2 Grafo de A l c a n g a b i l i d a d e Nebuloso 66 5.2.1 Definicao e C o n s t r u c a o do G r a f o de A l c a n g a b i l i d a d e Nebuloso . . 67 5.3 A s p e c t o s d a A n a l i s e T e m p o r a l 69 5.4 Indices de Desempenho 72 5.5 A n a l i s e T e m p o r a l U t i l i z a n d o G - N e t s 73 5.6 A l g o r i t m o de A n a l i s e T e m p o r a l 79 5.6.1 C o m p l e x i d a d e do A l g o r i t m o 82 5.6.2 I m p l e m e n t a c a o e E x e m p l i f i c a c a o 83 5.7 Representacao G r a f i c a p a r a a V i s u a l i z a c a o do C o m p o r t a m e n t o T e m p o r a l 86 C a p i t u l o 6: T o l e r a n c i a a F a l h a s e S i s t e m a s D i s t r i b u i d o s e m T e m p o R e a l 92 6.1 I n t r o d u c a o 92 6.2 Conceitos Basicos 93

6.2.1 F T G - N e t s e Tecnicas Tolerantes a Falhas 96

6.3 Sistemas D i s t r i b u i d o s e m T e m p o R e a l 99 6.3.1 F T G - N e t s e Invocacao P o l i m o r f i c a no T e m p o 101 6.4 E x e m p l o : C o n t r o l e D i s t r i b u i d o de T r e n s 104 6.4.1 Resultados N u m e r i c o s 115 C a p i t u l o 7: C o n c l u s a o 123 7.1 S u m a r i o 123 7.2 T r a b a l h o s F u t u r o s 125 i i i

(13)

B i b l i o g r a f i a 127

(14)

1.1 S u m a r i o d a Tese 3 2.1 U m n i i m e r o nebuloso A 12

2.2 (a) N u m e r o nebuloso t r i a n g u l a r , (b) N u m e r o nebuloso t r a p e z o i d a l . . . . 14

2.3 Q u a n t i d a d e s Nebulosas 14 2.4 (a) D a t a precisa, (b) D a t a i m p r e c i s a , e (c) D a t a nebulosa 15

2.5 (a) L o n g o t e m p o , (b) E m t o r n o de 15h 16

2.6 I n t e r v a l o s nebulosos de t e m p o 16 2.7 (a) C o n f l i t o , (b) Concorrencia, (c) J u n c a o , (d) D i v i s a o , (e) Seqiiencia,

(f) Sincronizagao 19 2.8 U m a rede de P e t r i 20 2.9 Grafo de alcangabilidade p a r a a rede de P e t r i d a F i g u r a 2.8 2 1

2.10 Rede de P e t r i t e m p o r a l 25 2.11 T r a n s f o r m a g a o do atraso de l u g a r e m atraso de t r a n s i c a o 26 2.12 E x e m p l o de u m a rede T B 27 2.13 I T C P N 28 3.1 U m a FTPN simples 36 3.2 Definigao d a FTPN m o s t r a d a n a F i g u r a 3.1 37 3.3 U m l u g a r de e n t r a d a 39 3.4 n lugares de e n t r a d a 39 3.5 U m a FTPN 4 1 3.6 Caracterizagao nebulosa d a FTPN d a F i g u r a 3.5 42 3.7 U m a situagao de time-out m o d e l a d a p o r u m a FTPN 43 3.8 P a r t e de u m a rede 43 3.9 P r i o r i z a g a o das transigoes d a rede m o s t r a d a n a F i g u r a 3.8 44

3.10 Generalizagao de u m a TPN 47 3.11 (a) TPN, (b) FTPN correspondente 49

3.12 Generalizagao d a TdPN 50 3.13 Generalizagao de u m a rede de P e t r i classica 50

4.1 Comunicagao entre G-Nets 55 4.2 Especificagao de u m a fungao recursiva 55

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4.3 D e c o m p o s i c a o de u m isp(G'm) 56 4.4 D e c o m p o s i c a o de u m GSP(G') 57 4.5 G-Net m o d e l a n d o o p r o d u t o r 59 4.6 G-Net m o d e l a n d o o c o n s u m i d o r 60 4.7 G-Net d e c o m p o s t a , Gd(P), p a r a o p r o d u t o r i n c l u i n d o t e m p o 6 1 4.8 G-Net d e c o m p o s t a , Gd(C), p a r a o c o n s u m i d o r i n c l u i n d o t e m p o 62 5.1 P r o c e d i m e n t o p a r a c o m p u t a r os sucessores de u m estado 68 5.2 (a) Rede simples e, (b) seu grafo de alcangabilidade 69 5.3 FRG p a r a o c o n s u m i d o r considerando o m e t o d o ms 75 5.4 FRG p a r a o c o n s u m i d o r considerando o m e t o d o mc 76 5.5 FRG p a r a o p r o d u t o r 77 5.6 isp d e c o m p o s t o s i m p l i f i c a d o c o m o p r o p o s i t o de analise t e m p o r a l 78 5.7 G-Net d e c o m p o s t a s i m p l i f i c a d a p a r a o p r o d u t o r 78 5.8 FRG p a r a o p r o d u t o r d e c o m p o s t o s i m p l i f i c a d o 80 5.9 A l g o r i t m o de analise t e m p o r a l 8 1 5.10 D i a g r a m a de blocos p a r a a analise t e m p o r a l 83

5.11 G-Net m o d e l a n d o o p r o d u t o r d e c o m p o s t o c o m valores numericos 84

5.12 FRG p a r a a G-Net m o s t r a d a n a F i g u r a 5.11 85 5.13 C o p i a d a t e l a p a r a a analise t e m p o r a l 86 5.14 TGIG p a r a o exemplo do p r o d u t o r / c o n s u m i d o r 87

5.15 Pedaco d a e s t r u t u r a i n t e r n a de u m a G-Net c o m concorrencia 89

5.16 TGIG p a r a a G-Net m o s t r a d a n a F i g u r a 5.15 90 5.17 C o p i a d a t e l a p a r a a analise t e m p o r a l 9 1 6.1 E s q u e m a de recuperacao regressiva t e m p o r i z a d a 98 6.2 isp p r i m a r i o / s e c u n d a r i o 99 6.3 isp p o l i m o r f i c o no t e m p o 103 6.4 GSP p o l i m o r f i c o no t e m p o 104 6.5 C o n t r o l e Descentralizado de Blocos 105 6.6 E s t r u t u r a do c o n t r o l a d o r de blocos 106 6.7 E s t r u t u r a do t r e m 107 6.8 R e l a c i o n a m e n t o entre G-Nets no exemplo do controle de trafego 107

6.9 G-Net representando o m o d u l o de comunicagao do t r e m 108 6.10 G-Net representando o m o d u l o de comunicacao do c o n t r o l a d o r de bloco . 109

6.11 G-Net G ( W d ) p a r a a analise t e m p o r a l do m o d u l o de c o m u n i c a c a o do

c o n t r o l a d o r de bloco 112 v i

(16)

6.15 FRG p a r a o m e t o d o gc i n c l u i n d o valores numericos 118 6.16 C o p i a d a t e l a p a r a a analise t e m p o r a l de G(W) c o m o m e t o d o gc . . . . 119 6.17 FRG p a r a o m e t o d o rs i n c l u i n d o valores n u m e r i c o s 120 6.18 C o p i a d a t e l a p a r a a analise de G(W) c o m o m e t o d o rs 121 6.19 C o p i a d a t e l a m o s t r a n d o o TGIG p a r a a G-Net G(W) 122 v i i

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L I S T A D E T A B E L A S

5.1 Possiveis estados p a r a a rede m o s t r a d a n a F i g u r a 5.2(a) 70 5.2 Possiveis estados p a r a a invocagao de Gd(C) c o m o m e t o d o ms 75

5.3 Possiveis estados p a r a a invocagao de Gd(C) c o m o m e t o d o mc 76 5.4 Possiveis estados p a r a Gd(P) considerando as invocacoes 77 5.5 Possiveis estados p a r a a G-Net s i m p l i f i c a d a p a r a o p r o d u t o r 79

5.6 S u m a r i o do FRG m o s t r a d o n a F i g u r a 5.2(b) 80 5.7 S u m a r i o do FRG m o s t r a d a n a F i g u r a 5.12 85

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I N T R O D U C A O

1.1 M o t i v a g a o

0 d e s e n v o l v i m e n t o de sistemas grandes e complexos requer o uso de poderosas ferra-mentas de analise e m o d e l a g e m no sentido de t r a t a r a inerente c o m p l e x i d a d e destes sistemas. D e v i d o a diversos fatores (firme f u n d a m e n t a c a o m a t e m a t i c a e representacao grafica), as redes de P e t r i tern sido a m p l a m e n t e usadas n a m o d e l a g e m e analise de sis-temas complexos. N o caso de sissis-temas e m t e m p o real, nos devemos considerar t a n t o o aspecto logico c o m o o t e m p o r a l . U m a vez que o m o d e l o o r i g i n a l de redes de P e t r i nao p e r m i t e a representacao de restricoes t e m p o r a i s , diversas extensoes f o r a m p r o p o s -tas no sentido de i n c o r p o r a r aspectos t e m p o r a i s ao seu m o d e l o . D e u m a f o r m a geral, estas extensoes sao baseadas e m u m a a b o r d a g e m d e t e r m i n i s t i c a o u estocastica em que cada a b o r d a g e m apresenta vantagens e limitagoes. D e u m l a d o , as extensoes deter-m i n i s t i c a s sao adequadas p a r a deter-m o d e l a r sistedeter-mas edeter-m t e deter-m p o real deter-m a s sao l i deter-m i t a d a s p a r a fazer analise de desempenho de sistemas. P o r o u t r o l a d o , as extensoes estocasticas sao l a r g a m e n t e usadas n a avaliagao de desempenho de sistemas m a s nao sao a p r o p r i a d a s p a r a a m o d e l a g e m de sistemas e m t e m p o real.

M u i t a s tecnicas f o r a m definidas p a r a as extensoes t e m p o r a i s de redes de P e t r i no sentido de analisar os aspectos t e m p o r a i s dos sistemas. N o e n t a n t o , nao existe u m a tecnica geral m o d u l a r baseada e m redes de P e t r i p a r a a analise t e m p o r a l dos sistemas, c o m o o b j e t i v o de r e d u z i r a c o m p l e x i d a d e dos sistemas. L o g o , a analise e a avaliagao de desempenho de sistemas complexos p o d e ser i m p r a t i c a v e l d e v i d o ao p r o b l e m a de explosao de estados.

Este t r a b a l h o tern d u p l o p r o p o s i t o . P r i m e i r o , nos p r o p o m o s u m a extensao p a r a o m o d e l o de redes de P e t r i p a r a a caracterizagao de restrigoes t e m p o r a i s . Nele, os aspectos p o s i t i v o s das extensoes baseadas nas abordagens d e t e r m i n i s t i c a s e estocasticas sao c o m -binados de u m a f o r m a c o m p l e m e n t a r , i.e., a rede de P e t r i e s t e n d i d a p r o p o s t a serve t a n t o p a r a a m o d e l a g e m de sistemas e m t e m p o real c o m o p a r a a avaliagao de desempenho de sistemas [30]. E s t a extensao, c h a m a d a de Redes de Petri com Temporizagdo Nebulosa -Fuzzy Time Petri Net (FTPN), u t i l i z a u m a a b o r d a g e m baseada n a t e o r i a dos c o n j u n t o s nebulosos i n t r o d u z i d a p o r Zadeh [125]. N e s t a a b o r d a g e m nebulosa, cada ficha carrega

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1.1. Motivagao 2

u m a funcao nebulosa de t e m p o que caracteriza a possibilidade de sua existencia e m u m d e t e r m i n a d o l u g a r e m u m d a d o i n s t a n t e de t e m p o . I n t e r v a l o s nebulosos sao a i n d a associados as transigoes c a p a c i t a n d o a representacao de restricoes t e m p o r a i s . Estes i n -tervalos de t e m p o associados as transigoes p e r m i t e m a representacao das tres categorias de restricoes t e m p o r a i s que sao encontradas nos sistemas e m t e m p o real [29]: restrigoes relacionadas c o m o t e m p o m a x i m o , c o m o t e m p o m i n i m o e de d u r a c a o . E s t a extensao p o s s i b i l i t a a avaliagao de desempenho de sistemas e m que, p o r e x e m p l o , podese c o m -p u t a r o t e m -p o m i n i m o , m a x i m o e m a i s -p r o v a v e l de res-posta necessario -p a r a atingir-se u m d e t e r m i n a d o estado a p a r t i r de u m estado i n i c i a l . A l e m disso, podem-se c o m p u t a r indices agregados de desempenho.

Segundo, nos i n t e g r a m o s o m o d e l o FTPN c o m u m a f e r r a m e n t a de e s t r u t u r a g a o cha-m a d a G-Net, c o cha-m o o b j e t i v o de definir u cha-m a a b o r d a g e cha-m cha-m o d u l a r p a r a efetuar a analise t e m p o r a l de sistemas. U m a G-Net e d e f i n i d a c o m o u m a m b i e n t e p a r a a especificagao e p r o t o t i p a g e m de sistemas complexos atraves do i n c o r p o r a m e n t o de nogao de m o d u l o e e s t r u t u r a de sistemas ao m o d e l o de redes de P e t r i . E s t a integragao r e s u l t a nas G-Nets

com Temporizagdo Nebulosa - Fuzzy Time G-Nets (FTG-Nets) e p e r m i t e d i v i d i r u m sistema c o m p l e x o e m v a r i o s subsistemas que p o d e m ser estudados separadamente e os resultados c o m b i n a d o s p a r a d e t e r m i n a r a solugao g l o b a l do sistema.

C o m o aplicagao, nos usamos a analise m o d u l a r p r o v i d a pelas FTGNets p a r a i n t r o d u z i r propriedades de t o l e r a n c i a a falhas dependentes do t e m p o nos sistemas d i s -t r i b u i d o s e m -t e m p o real complexos. C o m o conseqiiencia d a crescen-te p o p u l a r i d a d e do uso de sistemas de c o m p u t a g a o e m aplicagoes c r i t i c a s , aspectos relacionados c o m a t o l e r a n c i a a falhas de sistemas g a n h a r a m u m grande i m p u l s o nos u l t i m o s anos. U m sistema e t o l e r a n t e a falhas se ele m a n t e m capacidade f u n c i o n a l e desempenho c o m p l e t o mesmo n a presenga delas. L o g o , considerando u m s i s t e m a d i s t r i b u i d o e m t e m p o real ( S D T R ) , u m a l t o g r a u de c o n f i a b i l i d a d e , d i s p o n i b i l i d a d e e seguranga sao requeridos. 0 sistema deve g a r a n t i r desempenho nos d o m i n i o s do t e m p o e de valores c o m o especifi-cado [68, 90]. Nos sistemas e m t e m p o real, a m a i o r i a das falhas estao relacionadas c o m erros de sincronizagao e de desempenho que se m a n i f e s t a m c o m o falhas t r a n s i t o r i a s nos sistemas. P o r t a n t o , o p r o j e t i s t a de u m S D T R deve a d o t a r u m a a b o r d a g e m que s u p o r t e a i n t r o d u g a o de propriedades de t o l e r a n c i a a falhas dependentes e nao dependentes do t e m p o e m u m c o m p o n e n t e do sistema. A integragao entre FTPN e G-Nets p e r m i t e a i n t r o d u g a o de propriedades de t o l e r a n c i a a falhas dependentes do t e m p o e m sistemas d i s t r i b u i d o s e m t e m p o real, b e m c o m o a representagao de esquemas t o l e r a n t e s a falhas dependentes do t e m p o .

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deterministica T P N T d P N I T C P N T B - n e t Redes de Petri extens&es temporals estocastica S P N G S P N E S P N G - N e t s T e m p o - R e a l A n a l i s e de Desempenho F T G - N e t s Analise Temporal Tolerancia a Falhas F i g u r a 1.1: S u m a r i o d a Tese

A F i g u r a 1.1 s u m a r i z a o o b j e t i v o deste t r a b a l h o . N a F i g u r a 1.1, observa-se que as extensoes t e m p o r a i s p r o p o s t a s p a r a o m o d e l o de redes de P e t r i , representadas pelos blocos p o n t i l h a d o s , sao a p r o p r i a d o s p a r a areas especificas. A a b o r d a g e m d e t e r m i n i s t i c a e boa p a r a m o d e l a r sistemas e m t e m p o real, e n q u a n t o que a a b o r d a g e m estocastica serve p a r a a avaliagao de desempenho de sistemas. A extensao t e m p o r a l p r o p o s t a , FTPN, t e m o o b j e t i v o de servir c o m o base t a n t o p a r a m o d e l a r sistemas e m t e m p o real como p a r a fazer avaliagao de desempenho de sistemas. A l e m do m a i s , as FTPNs sao combinadas c o m as G-Nets p a r a analisar sistemas complexos. A f e r r a m e n t a r e s u l t a n t e d a integragao FTG-Nets e a p l i c a d a p a r a i n t r o d u z i r propriedades de t o l e r a n c i a a falhas no p r o j e t o de sistemas d i s t r i b u i d o s e m t e m p o real. Nos t a m b e m definimos u m a m e t o d o l o g i a p a r a considerar falhas, a n t e c i p a d a m e n t e , no p r o j e t o de sistemas d i s t r i b u i d o s e m t e m p o real.

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1.2. Conceitos Basicos e Trabalhos Relacionados 4

1.2 C o n c e i t o s B a s i c o s e T r a b a l h o s R e l a c i o n a d o s

A m o d e l a g e m e analise de u m sistema t e m c o m o o b j e t i v o c r i a r e avaliar u m p r o j e t o de u m novo sistema, d e t e r m i n a r p r o j e t o s a l t e r n a t i v e s , g a r a n t i r c o r r e t u d e e investigar possiveis m e l h o r a m e n t o s e m u m sistema real. Diversas abordagens f o r a m desenvolvi-das p a r a m o d e l a r e analisar sistemas. C a d a a b o r d a g e m apresenta aspectos positivos e limitacoes. P o r exemplo, a l g u m a s abordagens sao a p r o p r i a d a s p a r a fazer analise q u a l i -t a -t i v a de sis-temas mas sao l i m i -t a d a s p a r a a analise q u a n -t i -t a -t i v a . D e u m a f o r m a geral, nos p o d e m o s d i s t i n g u i r os dois p r i n c i p a l s c a m i n h o s que d i z e m respeito a analise e m o -delagem de sistemas: tecnicas i n f o r m a i s e tecnicas f o r m a i s .

N o caso das tecnicas i n f o r m a i s , nos p o d e m o s c i t a r c o m o e x e m p l o a l g u m a s tecnicas de d i a g r a m a g a o que u t i l i z a m u m a l i n g u a g e m grafica p a r a descrever o f l u x o de dados, controle de dados, etc [44, 124]. Estas tecnicas r e s u l t a m e m u m a descricao i n f o r m a l que nao p e r m i t e a analise q u a n t i t a t i v a dos sistemas. U m a o u t r a tecnica i n f o r m a l e a simulagao [3, 45, 53] que e u m a tecnica m u i t o i m p o r t a n t e p a r a analisar sistemas complexos. A p r i n c i p a l c a r a c t e r i s t i c a d a simulagao e que ela nao requer conhecimento m a t e m a t i c o . P o r t a n t o , os resultados o b t i d o s atraves d a simulagao p o d e m ser facilmente entendidos p o r pessoas sem conhecimento tecnico [3]. E n t r e t a n t o , o uso de simulagao nao e suficiente p a r a p r o v a r c o r r e t u d e de sistemas.

A s tecnicas f o r m a i s sao baseadas e m u m a solida f u n d a m e n t a g a o m a t e m a t i c a . C o m o exemplo de m e t o d o s f o r m a i s p a r a analisar e m o d e l a r sistemas, nos temos: modelos de fila, linguagens de especificagao o r i e n t a d a ao m o d e l o , algebras de processo, logica t e m p o r a l e redes de P e t r i . Os modelos de fila sao m u i t o populares n a area de analise de desempenho e sao definidos c o m o modelos a n a l i t i c o s de sistemas de c o m p u t a g a o usados p a r a analisar contengao p a r a recursos l i m i t a d o s ou p a r a previsao de desempenho de sistemas [66]. A s linguagens de especificagao orientadas ao m o d e l o , c o m o p o r exemplo V D M [63] e Z [108], t e m sido usadas n a especificagao de grandes sistemas comerciais mas f a l h a m p o r nao t r a t a r e m c o m concorrencia e t e m p o real [122]. A s algebras de processo, tais c o m o C S P [57] e C C S [80], sao boas p a r a a m o d e l a g e m de p a r a l e l i s m o e concorrencia. Hansson [56] apresenta u m a extensao p a r a C C S c o m t e m p o s discretos e p r o b a b i l i d a d e . L o g i c a t e m p o r a l [94, 104] e u m t i p o especial de logica m o d a l que t e m a capacidade de expressar propriedades de p r o g r a m a s concorrentes. L o g i c a t e m p o r a l t a m b e m foi estendida no sentido de q u a n t i f i c a r t e m p o [88].

Rede de P e t r i [85, 93, 99] e u m a poderosa f e r r a m e n t a grafica e m a t e m a t i c a que f o i i n i c i a l m e n t e desenvolvida p o r C. A . P e t r i no comego dos anos 60. A m a i o r forga das redes de P e t r i e a m a n e i r a c o m o os aspectos basicos dos sistemas d i s t r i b u i d o s sao i d e n

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-tificados t a n t o c o n c e i t u a l c o m o m a t e m a t i c a m e n t e . A s redes de P e t r i sao u m a poderosa f e r r a m e n t a f o r m a l p a r a a especificagao e analise de sistemas caracterizados p o r serem concorrentes e assincronos. A s redes de P e t r i f o r a m usadas n a m o d e l a g e m de diversos t i -pos de sistemas e v a r i o s t i p o s de extensoes e modificacoes f o r a m p r o p o s t o s no sentido de capacita-las a s u p o r t a r d e t e r m i n a d o s requisitos e m areas de aplicacoes especificas, p o r exemplo, comunicagao de protocolos, avaliagao de desempenho, m o d e l a g e m e analise de sistemas e m t e m p o real, etc.

Diversas extensoes f o r a m p r o p o s t a s ao m o d e l o de redes de P e t r i c o m o o b j e t i v o de considerar alguns aspectos que sao encontrados nos sistemas reais. D o i s t i p o s de extensoes sao relevantes: as extensoes que p e r m i t e m a representagao de requisitos de t e m p o e as extensoes relacionadas c o m a capacidade de m o d e l a g e m f u n c i o n a l . A l e m do m a i s , as redes de P e t r i f o r a m estendidas atraves de u m a a b o r d a g e m nebulosa c o m o i n t u i t o de t r a t a r incertezas presentes n a m a i o r i a dos sistemas reais.

A s extensoes relacionadas c o m a capacidade de m o d e l a g e m f u n c i o n a l sao represen-t a d a s pelas redes de P e represen-t r i de a l represen-t o n i v e l . C o m o exemplo desrepresen-tas exrepresen-tensoes, cirepresen-tam-se enrepresen-tre o u t r a s as Redes de Petri Coloridas [61], as Redes de Predicado/Transigdo [48], G-Nets [36, 37] e E-R Nets [49].

N a seqiiencia, nos d i s c u t i m o s as extensoes t e m p o r a i s e as redes de P e t r i nebulosas.

1.2.1 T e m p o e m R e d e s d e P e t r i

Diferentes t i p o s de extensoes f o r a m propostos no sentido de c a p a c i t a r as redes de P e t r i na caracterizagao de requisitos de t e m p o . Estas extensoes u t i l i z a m basicamente dois t i p o s de a b o r d a g e m : d e t e r m i n i s t i c a [14, 49, 79, 96, 107, 123, 129] e estocastica [4, 55, 8 1 , 87],

N a a b o r d a g e m d e t e r m i n i s t i c a , os requisitos de t e m p o sao definidos c o m o constantes e a analise, nestes casos, p o d e ser efetuada atraves de u m m e t o d o algebrico. E m geral, nesse t i p o de a b o r d a g e m , a caracterizagao das restrigoes de t e m p o m o d i f i c a o c o m p o r -t a m e n -t o q u a l i -t a -t i v o do m o d e l o e m relagao ao corresponden-te m o d e l o sem as res-trigoes de t e m p o . E n t r e t a n t o , a a b o r d a g e m d e t e r m i n i s t i c a e adequada p a r a a m o d e l a g e m de sistemas e m t e m p o real e m que a caracterizagao de l i m i t e s de t e m p o e essencial. E s t a a b o r d a g e m e l i m i t a d a p a r a a avaliagao de desempenho de sistemas e m que, basica-m e n t e , deterbasica-mina-se o t e basica-m p o de ciclo basica-m i n i basica-m o , i.e., o t e basica-m p o necessario p a r a a t i n g i r u basica-m d e t e r m i n a d o estado a p a r t i r de u m estado i n i c i a l . A s extensoes d e t e r m i n i s t i c a s f o r a m usadas e m diversas areas de aplicagao c o m o p o r exemplo, p a r a m o d e l a r protocolos de comunicagao [79, 78] e e m sistemas flexiveis de m a n u f a t u r a [110, 111], etc. Diversas

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1.2. Conceitos Basicos e Trabalhos Relacionados

6

m e t o d o l o g i a s de analise baseadas e m grafos de a l c a n c a b i l i d a d e m o d i f i c a d o s f o r a m p r o -postas [13, 75, 95, 96, 113]. A s extensoes t e m p o r a i s d e t e r m i n i s t i c as t a m b e m f o r a m aplicadas a classe de redes de P e t r i de alto n i v e l p a r a r e d u z i r a c o m p l e x i d a d e de m o d e -lagem de sistemas complexos [50, 122]. A s redes de a l t o n i v e l t e m p o r a i s sao adequadas p a r a m o d e l a g e m de sistemas complexos mas a i n d a sao l i m i t a d a s p a r a a avaliagao de desempenho de sistemas.

N a a b o r d a g e m estocastica, os atrasos no d i s p a r o das transigoes sao definidos atraves de variaveis aleatorias e o sistema p o d e ser analisado atraves de m e t o d o s p r o b a b i l i s t i c o s . N a a b o r d a g e m estocastica, o c o r n p o r t a m e n t o q u a l i t a t i v o do m o d e l o estendido c o m a ca-racterizagao das restrigoes de t e m p o na,o difere do c o r n p o r t a m e n t o do correspondente m o d e l o sem as consideragoes de t e m p o . A a b o r d a g e m estocastica e u t i l i z a d a , p r i n c i p a l -m e n t e , n a avaliagao de dese-mpenho de siste-mas u -m a vez que a arvore de alcangabilidade de u m sistema m o d e l a d o p o r u m a rede de P e t r i estocastica e i s o m o r f i c a aos processos homogeneos de M a r k o v [82], E n t a o , aplicando-se as propriedades M a r k o v i a n a s , indices agregados de desempenho p o d e m ser f a c i l m e n t e d e t e r m i n a d o s . U m a vez que no m o d e l o o r i g i n a l das redes de P e t r i estocasticas, os t e m p o s de d i s p a r o asscociados as transigoes sao restritos a u m a fungao de densidade de p r o b a b i l i d a d e e x p o n e n c i a l , diferentes va-riantes f o r a m p r o p o s t a s ao m o d e l o estocastico [3, 4, 42, 55]. M u i t o s o u t r o s t r a b a l h o s t a m b e m p r o p u s e r a m a aplicagao d a a b o r d a g e m estocastica p a r a a analise de sistemas complexos [28, 76, 126].

1.2.2 I n c e r t e z a e R e d e s d e P e t r i

E x i s t e m diferentes formas de representar incerteza sobre os conhecimentos que sao co-m u co-m e n t e encontrados no co-m u n d o real. U co-m a das forco-mas co-mais aceitas p a r a representa-las e atraves do uso d a t e o r i a dos c o n j u n t o s nebulosos [125] que e baseada n a ideia de generalizagao d a t e o r i a dos c o n j u n t o s o r d i n a r i o s e f o i p r o p o s t a p o r Z a d e h e m 1965.

E s t a t e o r i a dos c o n j u n t o s nebulosos f o i extensivamente u t i l i z a d a e m diversas areas e p o d e ser u t i l i z a d a , p o r exemplo, p a r a a representagao e m o d e l a g e m de imprecisao e incerteza do c o n h e c i m e n t o t e m p o r a l [26, 27, 41]. E x i s t e m dois t i p o s de incerteza t e m p o r a l : i m p r e c i s a o nas d a t a s de eventos que sao representados p o r n u m e r o s nebulosos e descrigao nebulosa de t e m p o que geralmente e expressa e m t e r m o s de predicados l i n g i i i s t i c o s o u p o r q u a n t i d a d e s nebulosas t e m p o r a i s . O conceito de t e m p o s nebulosos foi usado p a r a fazer estimagao de t e m p o [86] e t a m b e m f o i a p l i c a d o ao p r o b l e m P E R T de achar os t e m p o s de eventos e duragao m i n i m a de p r o j e t o s [22, 74].

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t r a b a l h o s [19, 20, 2 1 , 25, 73, 109, 121]. Estes t i p o s de redes de P e t r i nebulosas sao ade-quados p a r a aplicacoes especificas. P o r exemplo, a rede de P e t r i nebulosa p r o p o s t a p o r L o o n e y [73] e u m a rede de P e t r i m o d i f i c a d a que e a p l i c a d a p a r a o r a c i o c i n i o baseado e m regras nebulosas usando logica p r o p o s i c i o n a l . C h e n et a l i [25] p r o p u s e r a m u m modelo de rede de P e t r i nebulosa p a r a a representacao de regras de p r o d u c a o nebulosas e m u m sistema baseado e m regras.

A s extensoes t e m p o r a i s propostas ao m o d e l o de redes de P e t r i nao l e v a m e m con-sideracao a incerteza e imprecisao dos aspectos t e m p o r a i s dos eventos. A p r i m e i r a t e n t a t i v a de considerar imprecisao f o i p r o p o s t a p o r M e r l i n [79] que representou os t e m -pos de disparos c o m o intervalos associados as transigoes. V a l e t t e e Cardoso [ 2 1 , 121] i n t r o d u z i r a m o conceito de imprecisao e incerteza e m redes de P e t r i p a r a m o n i t o r a r e c o n t r o l a r sistemas flexiveis de m a n u f a t u r a . Neste t r a b a l h o , aspectos sobre incerteza t e m p o r a l sao a b o r d a d o s mas nao existe n e n h u m a consideragao sobre a analise t e m p o r a l .

1.3 E s c o p o d a T e s e

0 p r i n c i p a l o b j e t i v o deste t r a b a l h o e p r o p o r u m a nova extensao t e m p o r a l p a r a o m o

-delo de redes de P e t r i c h a m a d a de Rede de Petri com Temporizagdo Nebulosa(FTPN). Neste t r a b a l h o , nos definimos f o r m a l m e n t e as FTPNs c u j a p r i n c i p a l c a r a c t e r i s t i c a e

a capacidade e m m o d e l a r sistemas e m t e m p o real b e m c o m o de efetuar a analise de desempenho de sistemas. A s FTPNs sao a p r o p r i a d a s p a r a m o d e l a r sistemas e m t e m p o real p o r q u e os intervalos nebulosos de t e m p o p e r m i t e m a representagao dos diferentes t i p o s de restrigoes t e m p o r a i s que encontramos nos sistemas e m t e m p o real. N a verdade, as FTPNs sao m a i s gerais do que as extensoes t e m p o r a i s d e t e r m i n i s t i c a s que f o r a m p r o -postas ao m o d e l o de redes de P e t r i u m a vez que e possivel representa-las atraves de u m a FTP./Vimpondo algumas restrigoes aos intervalos de sensibilizagao e disparo e a j u s t a n d o a caracterizagao nebulosa das fichas. Neste t r a b a l h o nos apresentamos a unificagao das extensoes t e m p o r a i s d e t e r m i n i s t i c a s atraves do m o d e l o FTPN.

N o m a i s , a fungao nebulosa de t e m p o associada as fichas p o s s i b i l i t a a c o m p u t a g a o de alguns p a r a m e t r o s de desempenho. I n t r o d u z i m o s u m a m e t o d o l o g i a p a r a executar a analise t e m p o r a l de sistemas baseado e m u m grafo de alcangabilidade m o d i f i c a d o (grafo de alcangabilidade nebuloso) b e m c o m o u m a l g o r i t m o p a r a c o m p u t a r as fungoes nebulosas de t e m p o associadas as fichas. A fungao nebulosa de t e m p o e a base p a r a a d e t e r m i n a g a o de indices de desempenho e analise de alcangabilidade.

C o m o o b j e t i v o de avaliar o desempenho de sistemas complexos, i n t e g r a m o s as FTPNs c o m u m a f e r r a m e n t a de e s t r u t u r a g a o c h a m a d a G-Net. A integragao prove meios

(25)

1.4. Estrutura da Tese 8

de d i v i d i r u m sistema grande e m subsistemas, analisar cada subsistema isoladamente e depois c o m b i n a r os resultados p a r a a obtencao dos resultados globais. E s t a integragao e realizada considerando-se u m a a b o r d a g e m de decomposicao p a r a as G-Nets. A analise t e m p o r a l m o d u l a r e baseada no grafo de alcangabilidade nebuloso.

A s FTG-Nets sao adequadas p a r a m o d e l a r e analisar sistemas d i s t r i b u i d o s e m t e m p o real pois as FTPNs sao p r o p i c i a s p a r a m o d e l a r sistemas e m t e m p o real e n q u a n t o que

G-Net e u m a p o d e r o s a f e r r a m e n t a p a r a m o d e l a r e especificar sistemas d i s t r i b u i d o s . A f e r r a m e n t a i n t e g r a d a j u n t a m e n t e c o m u m a m e t o d o l o g i a de analise t e m p o r a l m o d u l a r sao aplicadas p a r a i n t r o d u z i r propriedades de t o l e r a n c i a a falhas dependentes no t e m p o no p r o j e t o de sistemas d i s t r i b u i d o s em t e m p o real. Nos a i n d a aplicamos as FTG-Nets p a r a caracterizar esquemas de t o l e r a n c i a a falhas e p a r a considerar a antecipagao de falhas e m sistemas d i s t r i b u i d o s e m t e m p o real. P o r fim, apresentamos u m a representagao t e m p o r a l grafica, TGIG, p a r a a interagao entre G-Nets. E s t a representagao grafica t e m p o r a l i n d i c a os t e m p o s de execugao de cada G-Net, considerando as interagoes entre

G-Nets e m u m sistema de G-Nets. A l g u n s indices de desempenho t a m b e m p o d e m ser o b t i d o s atraves deste grafico.

A p r e s e n t a m o s a i n d a alguns resultados e x p e r i m e n t a i s o b t i d o s a p a r t i r de i m p l e -mentagao do a l g o r i t m o de analise t e m p o r a l baseado n a integragao entre FTPN e G-Nets.

1.4 E s t r u t u r a d a T e s e

0 restante d a Tese e organizado d a seguinte f o r m a : N o C a p i t u l o 2, nos apresentamos alguns t r a b a l h o s relacionados e conceitos basicos. N o C a p i t u l o 3, nos i n t r o d u z i m o s as FTPNs e definimos as regras de c o m p u t a g a o d a fungao nebulosa associada as fichas. N o C a p i t u l o 4, nos d e t a l h a m o s a integragao entre FTPN e G-Nets. O C a p i t u l o se-g u i n t e esta relacionado c o m a analise t e m p o r a l das FTPNs. Nos p r o p o m o s u m se-grafo de alcangabilidade m o d i f i c a d o j u n t a m e n t e c o m u m a l g o r i t m o p a r a c o m p u t a r as fungoes nebulosas de t e m p o . Nos definimos a i n d a , u m a representagao t e m p o r a l grafica p a r a a interagao e aspectos t e m p o r a i s entre G-Nets. U t i l i z a m o s u m e x e m p l o baseado no p r o b l e m a do p r o d u t o r / c o n s u m i d o r p a r a i l u s t r a r a analise t e m p o r a l . N o C a p i t u l o 6, aplicamos as FTG-Nets p a r a a i n t r o d u g a o de propriedades de t o l e r a n c i a a falhas de-pendentes no t e m p o no p r o j e t o de sistemas d i s t r i b u i d o s e m t e m p o real. A p r e s e n t a m o s a i n d a u m exemplo baseado no p r o b l e m a de controle de veiculos. P o r fim, apresentamos as conclusoes no c a p i t u l o 7.

(26)

C O N C E I T O S B A S I C O S E T R A B A L H O S

R E L A C I O N A D O S

2.1 I n t r o d u g a o

A n t e s de i n t r o d u z i r m o s o conceito de FTPN no C a p i t u l o 3, vamos apresentar nesse c a p i t u l o alguns conceitos basicos e t r a b a l h o s relacionados. Esse c a p i t u l o e d i v i d i d o e m duas segoes d i s t i n t a s . A p r i m e i r a segao esta r e l a c i o n a d a c o m os c o n j u n t o s nebulosos, e n q u a n t o que a segunda secao esta relacionada c o m as redes de P e t r i .

A l e m d a i n t r o d u g a o dos seus conceitos basicos e operagoes, n a segao de c o n j u n -tos nebulosos d i s c u t i m o s o conceito de n u m e r o s e q u a n t i d a d e s nebulosas b e m como a representagao de incerteza t e m p o r a l atraves de c o n j u n t o s nebulosos.

N a segao de redes de P e t r i , apresentamos u m a visao geral sobre as redes de P e t r i p a r a servir de base p a r a aqueles leitores que nao estao f a m i l i a r i z a d o s c o m este f o r m a l i s m o . P a r a maiores detalhes sobre os conceitos e propriedades das redes de P e t r i , o l e i t o r p o d e se referir a [85, 93, 99]. O p r i n c i p a l o b j e t o dessa segao e a extensao t e m p o r a l do m o d e l o de redes de P e t r i . D i s c u t i r e m o s a i n d a os t r a b a l h o s que u t i l i z a r a m u m a combinagao de redes de P e t r i c o m a t e o r i a dos c o n j u n t o s nebulosos.

U m a vez que o C a p i t u l o 6 esta relacionado c o m a aplicagao das FTG-Nets nas areas de t o l e r a n c i a a falhas e sistemas d i s t r i b u i d o s em t e m p o real, alguns conceitos e t r a b a l h o s relacionados p e r t i n e n t e s a essas aplicagoes serao apresentados separadamente no p r o p r i o C a p i t u l o 6.

2.2 T e o r i a d o s C o n j u n t o s N e b u l o s o s

A t e o r i a dos c o n j u n t o s nebulosos e baseada n a ideia de generalizagao dos c o n j u n t o s o r d i n a r i o s desenvolvida e m 1965 p o r L o t f i Z a d e h n a U n i v e r s i d a d e d a C a l i f o r n i a , B e r -keley. Desde entao, m i l h a r e s de a r t i g o s f o r a m p u b l i c a d o s sobre a t e o r i a dos c o n j u n t o s nebulosos e suas aplicagoes. A t r a v e s desta t e o r i a , Z a d e h t e n t o u representar classes de objetos encontrados no m u n d o real que nao possuem u m c r i t e r i o preciso p a r a definir o seu p e r t e n c i m e n t o a u m d e t e r m i n a d o c o n j u n t o . A l e m do m a i s , e m u i t o c o m u m p a r a

(27)

2.2. Teoria dos Conjuntos Nebulosos 10

os h u m a n o s usar o conhecimento impreciso o u vago p a r a executar acoes complexas. N a seqiiencia dessa segao, apresentamos os p r i n c i p a l s conceitos d a t e o r i a dos conjuntos nebulosos.

2.2.1 C o n c e i t o s B a s i c o s

N a t e o r i a classica dos c o n j u n t o s , u m c o n j u n t o e definido c o m o u m a colegao de elementos o u o b j e t o s x £ X que p o d e m ser finitos, contaveis o u i n f i n i t o s . C a d a elemento pertence o u nao a u m d e t e r m i n a d o c o n j u n t o A, A £ X. Neste caso, e possivel definir-se u m elemento de u m c o n j u n t o atraves de u m a fungao c a r a c t e r i s t i c a / i , e m que p, = 1 i n d i c a que o d e t e r m i n a d o elemento pertence ao c o n j u n t o e fj, = 0 i n d i c a que o elemento nao pertence ao c o n j u n t o [127].

N a t e o r i a dos c o n j u n t o s nebulosos, os seus elementos t a m b e m sao representados p o r u m a fungao c a r a c t e r i s t i c a /x. A diferenga reside no f a t o de que a fungao caracteristica \i p e r m i t e varios graus de p e r t e n c i m e n t o p a r a os elementos de u m d e t e r m i n a d o c o n j u n t o , i.e., n a t e o r i a dos c o n j u n t o s nebulosos, o valor d a fungao p, e estendido do par { 0 , 1 } p a r a o i n t e r v a l o [ 0 , 1 ] .

D e f i n i c a o 2.1 Se X e uma colegao de objetos denotados genericamente por x, entao um conjunto nebuloso A em X e o conjunto de pares ordenados:

HA{x) e dita fungao de pertencimento ou grau de pertencimento de x em A. A faixa de valores da fungao de pertencimento dos elementos de um conjunto nebuloso e um subconjunto dos numeros reais nao-negativos cujo supremo e infinito.

E x e m p l o 1: D a d o o c o n j u n t o de numeros reais i R , pode-se definir o c o n j u n t o nebuloso dos n u m e r o s reais, A, que sao consideravelmente maiores do que 10 p o r ,

2.2.2 O p e r a c o e s S o b r e os C o n j u n t o s N e b u l o s o s

D a mesma f o r m a que n a t e o r i a classica dos c o n j u n t o s , diversas operagoes p o d e m ser definidas sobre os c o n j u n t o s nebulosos. U m a vez que os c o n j u n t o s nebulososo sao p r i n

-A = {(x,nA(x))\x e X} (2.1)

A = {{x,fiA(x))\x e i R } e m que,

(28)

c i p a l m e n t e caracterizados pela funcao de p e r t e n c i m e n t o que e associada aos seus ele-mentos, as operacoes sobre os c o n j u n t o s nebulosos sao definidas atraves de suas fungoes de p e r t e n c i m e n t o . N a seqiiencia, nos apresentamos a l g u m a s das operagoes basicas sobre os c o n j u n t o s nebulosos. P a r a t a n t o , vamos considerar dois c o n j u n t o s nebulosos A e B e m X, e m que fJ.A(x) e H B {X) r e p r e s e n t a m suas respectivas fungoes de p e r t e n c i m e n t o . E n t a o :

I n t e r s e c g a o : A fungao de p e r t e n c i m e n t o d a intersecgao de dois c o n j u n t o s nebulosos A e B, A R B, e d e f i n i d a p o r

A U n s f a ) = min{fjLA(x),fiB(x)},x £ X. ( 2 . 2 )

U n i a o : A fungao de p e r t e n c i m e n t o d a u n i a o de dois c o n j u n t o s nebulosos A e B, AUB, e d e f i n i d a p o r HAUB{X) = max{fiA(x),fj,B(x)},x G X. (2.3) C o m p l e m e n t o : A fungao de p e r t e n c i m e n t o do c o m p l e m e n t o de u m c o n j u n t o nebuloso A, HA{x), e d e f i n i d a p o r

A**(aO

= l - A U ( z ) - ( 2 - 4 ) S o m a A l g e b r i c a : A fungao de p e r t e n c i m e n t o da s o m a a l g e b r i c a de dois c o n j u n t o s nebulosos A e B e d e f i n i d a p o r

PA+B(X) = PA(X) + HB(X) - VA{X)-VB{X)- ( 2 . 5 )

S o m a L i m i t a d a : A fungao de p e r t e n c i m e n t o da s o m a l i m i t a d a de dois c o n j u n t o s nebulosos A e B e d e f i n i d a p o r

PAQB(X) = min{\, JJLA{X) + VB{X)}- ( 2 . 6 )

D i f e r e n g a L i m i t a d a : A fungao de p e r t e n c i m e n t o d a diferenga l i m i t a d a de dois c o n -j u n t o s nebulosos A e B e d e f i n i d a p o r

(29)

2.2. Teoria dos Conjuntos Nebulosos 12 [ (I (X) A 0.5 -/--r-

\

0 al a l ' a2 •3° >3 F i g u r a 2 . 1 : U m n u m e r o nebuloso A 2.2.3 N u m e r o s N e b u l o s o s e Q u a n t i d a d e s N e b u l o s a s

De u m a m a n e i r a i n f o r m a l , o conceito de u m n u m e r o nebuloso p o d e ser considerado u m a extensao do conceito de intervalos de confidencia [64]. I n t e r v a l o de confidencia e u m a f o r m a de r e d u z i r incerteza, u t i l i z a n d o l i m i t e s i n f e r i o r e superior, i.e., u m i n t e r v a l o de confidencia e u m i n t e r v a l o fechado e m IR usado p a r a representar u m valor i n c e r t o . D a d o u m i n t e r v a l o de confidencia [ a i , a2] , nos estamos certos de que o valor e m a i o r o u

i g u a l a a i e m e n o r o u i g u a l a a2. U m n u m e r o nebuloso e definido a p a r t i r do conceito de

i n t e r v a l o de confidencia associado a u m o u t r o conceito c h a m a d o de nivel de presungdo, i.e., diferentes intervalos de confidencia p o d e m ser d e t e r m i n a d o s p a r a representar u m dado valor e m diferentes niveis de presuncao.

De u m a m a n e i r a m a i s f o r m a l , u m n u m e r o nebuloso e u m s u b c o n j u n t o nebuloso e m IR que e normal e convexo. P o r normal, nos entendemos que o valor m a x i m o do c o n j u n t o nebuloso e m IR e 1, i.e.,

3x G IR : VxfiA(x) = 1. (2.8)

Convexo significa que u m corte a ( n i v e l de presuncao) que e paralelo ao eixo h o r i -z o n t a l p r o d u -z a p r o p r i e d a d e de a n i n h a m e n t o (nesting), i.e.,

(al < a =• (a{*] < a[a), a2 a° > a2 a )) . (2.9)

em que a\ e a2 s^o os l i m i t e s i n f e r i o r e superior, respectivamente.

A F i g u r a 2.1 m o s t r a u m n u m e r o nebuloso A. E facil ver que a l < a l < a2 < a3 < a3. A s propriedades de n o r m a l i d a d e e convexidade p a r a u m n u m e r o nebuloso definidas, respectivamente, nas Equagoes 2.8 e 2.9 sao verificadas. 0 n u m e r o nebuloso A e n o r m a l pois seu valor m a x i m o e 1, satisfazendo a E q u a c a o 2.8. V a m o s considerar tres diferentes cortes a nos niveis 0, 0.5 e 1. P a r a cada corte a, nos temos os seguintes intervalos de confidencia: Aa=Q = [ a l , o 3 ] , Aa=0^ = [ a l ' , a 3 ] e Aa=\ — [ a 2 , a 2 ] . P a r a verificar a

(30)

20 t(h) 13 15 17 t(h)

(a) (b)

Figura 2.5: (a) Longo tempo, (b) E m torno de 15h

1

A A

• 1 «2 b l b2 T Jl[A,B]

Figura 2.6: Intervalos nebulosos de tempo

duas datas a e b caracterizadas pelas fungoes de pertencimento /i„ e / i ^ , respectivamente, como mostrado na Figura 2.6. A fungao de pertencimento que caracteriza o conjunto nebuloso [^4, B] e determinada atraves de Equagao (2.12) e e representada pela linha mais cheia (ver Figura 2.6).

Alguns pesquisadores desenvolveram diferentes abordagens para tratar com incerteza temporal baseada nos conjuntos nebulosos. Muitos trabalhos apresentados combinam incerteza temporal nebulosa e redes de Petri [19, 20, 21], os quais serao discutidos pos-teriormente. E m [27], uma abordagem baseada em logica nebulosa para tratar com incerteza temporal foi apresentada. A incerteza temporal e representada em termos de distribuigao de possibilidades e as relagoes temporais entre dois elementos temporals nebulosos sao propostas. E m u m artigo mais recente, [26], Chen define u m grafo tempo-ral aciclico dirigido dito Fuzzy Time Causal Like Network (FTCLN) para representar o conhecimento sobre u m processo ou u m sistema. O raciocinio temporal sobre incertezas e efetuado pela evolugao da rede.

(31)

2.3. Redes de Petri 17

2.3 R e d e s de P e t r i

Reisig [100] define redes de Petri da seguinte forma:

Petri net is a collective term that, i n the course of time, has come to desig-nate a large number of system models, procedures, descriptive patterns, and techniques related to one another i n the sense that they are all based on the same specific principle. I n addition, there are systematic transitions between them which, themselves, make up part of Petri net theory.

Rede de Petri e uma ferramenta matematica e grafica que foi primeiramente de-senvolvida por C.A. Petri no inicio dos anos 60. Desde entao, muitos pesquisadores

melhoraram suas ideias e o estudo de redes de Petri1 cresceu consideravelmente. A

principal caracteristica das redes de Petri e a maneira pela qual os aspectos de sistemas distribuidos sao identificados tanto conceitual como matematicamente.

Na seqiiencia, nos apresentamos os conceitos basicos das redes de Petri bem como algumas extensoes relevantes que foram propostas para representar alguns aspectos particulares que nao podiam ser representados usando a definigao original.

2.3.1 C o n c e i t o s Basicos

Uma rede de Petri pode ser informalmente definida como uma especie de grafo dirigido ao qual associa-se uma marcagao inicial [85]. O grafo de uma rede de Petri consiste em dois tipos de nos chamados lugares e transicoes, em que os arcos partem ou de um lugar para uma transicao ou de uma transicao para u m lugar. Os lugares representam condicoes e geralmente sao caracterizados graficamente por u m circulo, enquanto que as transigoes representam eventos e sao caracterizados no grafo por barras. Os lugares podem confer zero ou mais fichas (representados por pequenos circulos pretos). As fichas em redes de Petri modelam o comportamento dinamico do sistema e sua distribuigao, em u m determinado momento, caracteriza uma marcagao ou estado de uma rede de Petri.

Formalmente, as redes de Petri sao definidas por uma 5-tupla (P, T, I, 0, MO), em que:

P e u m conjunto finito de lugares.

O estudo de redes de Petri desenvolveu-se em duas direcoes: teoria pura de redes de Petri e aplicacao da teoria de redes de Petri.

(32)

T e u m conjunto finito de transicoes.

I : T —> P°° e a fungao que caracteriza os lugares de entrada das transigoes.

O : T —> P°° e a fungao que caracteriza os lugares de saida das transigoes.

MO : P —• IN e uma fungao a partir do conjunto de lugares P para os inteiros nao-negativos ]N, representando a marcagao inicial.

0 comportamento dinamico de u m sistema modelado por uma rede de Petri e des-crito em termos dos estados do sistema (marcagSes) e suas mudangas.

Definigao 2.2 Uma marcagao M de uma rede de Petri e uma fungao definida a partir

do conjunto de lugares P para os inteiros nao negativos IN, M : P —¥ IN.

A execugao de uma rede de Petri e controlada pelo numero e distribuigao das fichas,

ou seja, o comportamento dinamico de u m sistema modelado por uma rede de Petri e descrito em termos dos estados do sistema e suas mudangas, as quais sao determinadas pelo fluxo das fichas na rede. Uma transigao e dita sensibilizada se cada lugar de entrada contem tantas fichas quantos forem os arcos que os conectam as transigoes. Quando uma transigao e sensibilizada ela pode disparar e, apos o disparo, as fichas sao retiradas dos lugares de entrada e sao depositadas nos lugares de saida de acordo com o numero de arcos que partem da transigao para os lugares de saida.

As redes de Petri tern sido extensivamente usadas em diversas area da computagao: avaliagao de desempenho, comunicagao de protocolos, modelagem e analise de sistemas distribuidos, etc. As redes de Petri sao u m bom formalismo para modelar e analisar muitos sistemas, especialmente aqueles que exibem uma das seguintes caracteristicas: conflito, concorrencia, jungao, divisao, seqiiencia e sincronizagao. Esses aspectos podem ser facilmente representados atraves das redes de Petri como mostrado na Figura 2.7.

Na Figura 2.7(a), uma situagao de conflito e modelada. As transigoes tl e t2 sao ambas sensibilizadas mas, apenas uma delas pode disparar. Se tl dispara, a transigao

t2 e desabilitada e vice-versa. A Figura 2.7(b) modela a concorrencia, i.e., as transigoes

tl e t2 sao ambas sensibilizadas e representam atividades que podem ser executadas

concorrentemente. As Figuras 2.7(c) e 2.7(d) representam, respectivamente, as situagoes de jungao e divisao. Na Figura 2.7(e), a transigao t2 dispara depois do disparo de

tl, representando atividades que sao executadas sequencialmente. As redes de Petri

(33)

2.3. Redes de Petri

Figura 2.7: (a) Conflito, (b) Concorrencia, (c) Juncao, (d) Divisao, (e) Seqiiencia, Sincronizagao

(34)

Figura 2.8: Uma rede de Petri

Mesmo considerando que as transigaoes tl e t3 possam ser executadas concorrentemente, o disparo da transigao t2 depende das fichas nos lugares P I e P2.

Para as redes de Petri, diferentes tipos de propriedades comportamentais como

li-veness, safeness e boundedness sao definidas. Para detalhes sobre as propriedades das redes de Petri ver [85]. Os tres metodos principals para analisar as redes de Petri sao: tecnicas de redugao e decomposigao, metodo da analise de invariantes e metodo da analise de alcangabilidade. O principal objetivo das tecnicas de redugao e decom-posigao e reduzir a complexidade da rede preservando suas propriedades. Murata [85] e Berthelot [12] discutem a decomposigao de redes e os principios de transformagao. A analise de invariantes e baseada na analise estrutural da rede. Existem dois tipos de invariantes, os invariantes de transigao (T-invariants) e os invariantes de lugar (S-invariants), os quais sao definidos a partir da matriz de incidencia da rede. A analise de alcangabilidade e baseada na enumeragao de todas as marcagoes alcangaveis a partir da marcagao inicial. Logo, a partir da marcagao inicial novas marcagoes sao geradas dependendo do disparo das transigoes. Esse processo resulta na chamada arvore de al-cangabilidade. Entretanto, esta pode ser infinita mesmo para redes pequenas. U m grafo de alcangabilidade e uma arvore de alcangabilidade modificada cujos nodos representam estados alcangaveis para a rede e cujos arcos conectam nodos representando estados que podem ser diretamente alcangados. Na Figura 2.8 uma rede de Petri simples e apresen-tada. 0 seu correspondente grafo de alcangabilidade e mostrado na Figura 2.9. MO =

(35)

2.4. Redes de Petri de Alto Nivel 21

M O = (1,0.0.0.0) t l

[ M ! - (0,1,1,0,0)]

Figura 2.9: Grafo de alcangabilidade para a rede de Petri da Figura 2.8

transigao tl esta sensibilizada e o estado imediatamente alcangavel e Ml = (0,1,1,0,0).

A analise de alcangabilidade pode tambem ser usada para determinar algumas

pro-priedades temporals nos modelos temporais de redes de Petri como sera apresentado posteriormente neste capitulo. No Capitulo 5, nos usamos u m grafo de alcangabilidade diferente para executar a analise temporal de sistemas.

A partir da definigao original de redes de Petri, muitas extensoes logicas foram propostas e que sao largamente aplicadas. Exemplos dessas extensoes logicas sao arcos multiplos e arcos inibidores [85]. Os dois principals tipos de extensoes de redes de Petri sao discutidos na seqiiencia.

2.4 R e d e s de P e t r i de A l t o N i v e l

Apesar de suas caracteristicas, o modelo classico das redes de Petri nao e adequado para modelar muitos sistemas que sao encontrados no mundo real devido ao problema da complexidade, i.e., as redes de Petri que descrevem sistemas reais tendem a ser complexas e extremamente grandes. No mais, o modelo classico de redes de Petri nao e completo o bastante para estudar o desempenho dos sistemas uma vez que nenhuma suposigao e feita sobre a duragao das atividades do sistema, i.e., a definigao original do modelo nao leva em consideragao os aspectos temporais. Para superar esse problema, muitas extensoes foram propostas ao modelo original. Dois tipos de extensoes sao relevantes: as extensoes relacionadas com a caracterizagao de restrigoes temporais as quais serao estudadas na proxima segao e as extensoes relacionadas com a capacidade de modelagem funcional.

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uma classe de redes de Petri chamadas de Redes de Petri de Alto Nivel tais como:

redes de Petri coloridas (Colored Petri nets) [61], redes de Predicado/Transigao

(Pre-dicate/Transition nets)[48], E-R nets [49] e G-Nets [36]. Essas extensoes aumentam o poder de modelagem provendo uma maneira mais compreensiva e compacta de construir modelos de sistemas. A classe das redes de Petri de alto nivel difere das redes de Petri classicas porque esta ultima permite apenas um tipo de ficha e a rede e plana.

As redes de Predicado /Transigao sao uma extensao das redes de Petri originals nas quais as fichas nao sao mais anonimas e o disparo das transigoes depende de certas condigoes relacionadas aos valores carregados pelas fichas. As redes de

Predi-cado /Transigao permitem a representagao de sistemas em u m nivel mais alto de abs-tragao do que as redes de Petri classicas [51]. As regras de disparo que determinam o comportamento dinamico de uma rede de Predicado/Transigao sao diferentes das regras classicas de disparo de transigoes. Para disparar uma transigao, alem do numero de fichas nos lugares de entrada, os valores das fichas devem satisfazer a formula associada com a transigao. No mais, a capacidade dos lugares de saida nao pode ser excedida. De-pois do disparo da transigao, as fichas sao depositadas nos lugares de saida carregando valores que sao especificados pelas formulas associadas com as transigoes.

Usando as redes de Petri coloridas (CP-nets), e possivel representar tipos e mani-pulagSes de dados complexos. Nesse caso, para cada ficha e associado u m valor de dado chamado de cor da ficha que pode representar arbitrarios tipos de dados complexos como por exemplo: inteiros, reais, registros, etc. O disparo das transigoes pode causar modificagoes nas cores das fichas.

As redes Ambiente-Relagao (E-R nets) sao u m tipo de redes de alto nivel no qual as fichas sao relagoes entre variaveis e valores, e predicados e agoes sao associados com as transigoes. As E-R nets sao semelhantes as redes de Predicado/Transigao e o disparo de uma transigao e determinado pela avaliagao do predicado associado. Os ambientes representados nas fichas sao dinamicamente modificados pelas agoes, cujas execugoes sao partes do disparo da transigao.

G-Net e u m modelo de especificagao executavel multi-nivel baseado em redes de Petri [36, 39]. Alem das inerentes caracteristicas do modelo de redes de Petri como concorrencia, assincronia e nao-determinismo, as G-Nets proveem caracteristicas tais como modularidade e modificabilidade atraves de u m mecanismo de abstragoes para construir de forma incremental especificagoes de sistemas multi-nivel. Uma vez que

G-Net sera utilizada para definir uma abordagem de analise temporal modular, maiores detalhes serao apresentados no Capitulo 4.

(37)

2.5. Extensoes Temporais de Redes de Petri

As redes de Petri de alto nivel sao muito importantes quando da modelagem e analise de sistemas complexos com o objetivo de evitar ou tratar o problema de explosao de estados. Algumas das tecnicas de analise, como por exemplo, grafos de alcangabilidade e invariantes, foram estendidas para analisar redes de Petri de alto nivel [61, 122]. Conceitos temporais tambem foram incorporados as redes de Petri de alto nivel [50, 76, 123, 126] para fazer analise temporal de sistemas complexos. Na secao seguinte nos discutimos duas redes de Petri temporais de alto nivel. No Capitulo 4, nos propomos uma extensao temporal para as G-Nets para efetuar a analise temporal modular de sistemas.

2.5 E x t e n s o e s T e m p o r a i s de R e d e s de P e t r i

Nas redes de Petri classicas, a caracterizagao das propriedades temporais de u m sistema nao e possivel, i.e., com as redes de Petri classicas e possivel representar apenas as propriedades qualitativas (nao relacionadas ao tempo) de u m sistema. No sentido de tornar possivel a representagao de propriedades quantitativas (relacionadas ao tempo) dos sistemas, algumas extensoes de redes de Petri foram propostas. Diferentes tecnicas foram usadas, as quais diferem basicamente em dois aspectos:

1) localizagao: As restricoes de tempo podem ser associadas aos lugares ou transigoes.

2) tipo: A natureza das especificagoes das restrigoes de tempo (atrasos fixos, intervalos,

atrasos estocasticos, etc).

Na seqiiencia, nos apresentamos algumas das extensoes de redes de Petri para a caracterizagao de restrigoes de tempo. Estas extensoes utilizam uma abordagem de-terministica [49, 79, 96, 107] ou estocastica [4, 55, 82]. Uma abordagem diferente foi proposta por Suzuki [115]. E m seu trabalho, em contraste as abordagens deterministicas e estocasticas, as restrigoes temporais sao representadas por operagSes em logica tempo-ral. Suzuki afirma que as extensoes temporais tradicionais apresentam bons resultados analiticos na area de avaliagao de desempenho mas falham na representagao de ideias sobre as relagaoes causais e temporais entre eventos. Logo, as redes de Petri com

logica temporal (Temporal Petri Nets) foram propostas para mostrar claramente as de-pendencies causais e temporais entre eventos bem como representar, de forma elegante, propriedades fundamentals dos sistemas como eventualidade e justiga. As Temporal

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lingua-gem paxa descrever as restrigoes temporais. A lingualingua-gem utiliza uma variante da logica temporal proposicional de tempo linear [69].

2.5.1 E x t e n s o e s T e m p o r a i s Determinfsticas

As Redes de Petri Temporizadas (Timed Petri Net - TdPN) [96] sao uma extensao de redes de Petri nas quais uma duragao ou um tempo de disparo e associado a cada transigao da rede. Nas TdPNs, as transigoes sao sensibilizadas da mesma forma que as transigoes nas redes de Petri classicas. Quando sensibilizadas, as transigoes disparam instantaneamente mas, as fichas so sao depositadas nos lugares de saida apos decorrido t unidades de tempo apos o disparo da transigao, em que teo tempo de disparo associado com a transigao.

Definigao 2.3 Uma Rede de Petri Temporizada e uma 6-tupla (P, T, I , O, T , MO)

em que P, T, I , O e MO representam, respectivamente, um conjunto de lugares, um conjunto de transigoes, fungdes de entrada, fungoes de saida e marcagao inicial. r e

uma fungao de tempo r : T —> { 1 , 2 , . . . } , mapeando cada transigao na rede nos numeros

naturais.

As TdPNs foram usadas para fazer analise de desempenho de sistemas. Ramchan-dani [96] estudou o comportamento de estado das redes de Petri temporizadas e de-senvolveu metodos para calcular a taxa de throughput para certas classes dessa rede. Zuberek [128, 129] estendeu o trabalho de Ramchandani e construiu u m grafo dirigido rotulado finito representando o comportamento de uma rede de Petri temporizada. De-vido a similaridade desses grafos com a cadeia de Markov com estados finitos, as tecnicas Markovianas podem ser usadas para efetuar analise. Ho [95] tambem usou as redes de

Petri temporizadas para fazer avaliagao de desempenho de sistemas.

No modelo de Rede de Petri Temporal (Time Petri Net - TPN), u m intervalo

[tmin,tmax] & associado com cada transigao da rede [79] em que, tm i n representa o tempo minimo que deve ocorrer a partir do instante em que as condigoes de sensibilizagao

de uma transigao sao satisfeitas ate o tempo em que a transigao pode disparar. tm a x

representa o tempo maximo que a transigao pode permanecer sensibilizada. Apos tm a x,

a transigao deve disparar.

Definigao 2.4 Uma rede de Petri temporal e uma 6-tupla (P, T, I , O, E, MO) em

que P, T, I , O e MO sao definidos como nas redes de Petri temporizadas. E e um intervalo de tempo E : T —> [tmin, tmax], em que tmin e tmax G JN e tmax > tmin.

Referências

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