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Meninos de rua e a atuação da Fundac em Cajazeiras.

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UNI VERSI DADE FEDERAL DA FARAfBA - UFPB CENTRO DE FORMAQAO DE F ROPES SORES - CEP DEPARTAMENTO DE ClSNCIAS SOCIAIS - DCS FROFESSORA: MARIA DE FATIMA HOLANDA

MENINOS D E RUA E A ATUAQAO DA FUNDAC EM CAJAZEIRAS.

JOSEFA LIMA DE MORAIS.

P r a t i c a de ensino de H i s t o r i a .

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D E D I C A T 6 R I A

"A todas as pessoas que c o n t r i b u i r a m para r e a l i z a c a o desse t r a b a l h o . "

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L I M A , Josefa Morais

Meninos de rua e a atuagao da Fundac em Cajazeiras. Trabalho apresentado a p r a t i c a de ensino de H i s t o r i a . C a j a z e i r a s ,

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1994-"Nao ha esperanca da j u s t l g a s o c i a l , Por i s s o : so na l u t a se espera com esperanga,"

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I N D I C E

PA*G.

INTRODUCE) 01

DESENVOLVireNTOl !»ENIN0S OE RUA ». 02

A ATUAC^O DA FUND AC E M CA3AZEIRAS 05

A POLfTICA OE ATENOIfTENTD AO -MENOR 08

ANEXO . 11

CONCLUSA"0 12

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01

I N T R O D U £ | o

A i d e i a . de desenvolver esse t r a b a l h o , v e i o como uma abordagem a p r o b l e m a t i c a do menino de r u a . Na t e n t a t i v a de

apon-t a r meios para s o l u c i o n a r o problema, rebusquei as p r i n c i p a l s causas e consequencias para chegar a r e f l e x a o : Porque a f a l t a de i n t e r e s s e dos p o l i t i c o s em p r o l dos meninos de r u a .

P r o c u r e i r e l a t a r , o menino de rua d e n t r o do sistema s o c i a l , esse apoia e reproduz a m i s e r i a do p a i s e consequent em eli-te os meninos sem l a r . Duraneli-te o desenvolvimento, enfoco, a quess tao da p o l i t i c a do atendimento ao menor, suas fases duras e r e -p r e s s i v a s e o nao atendimento -p o r l e i de seus d i r e i t o s . Frisando a i n d a , o a s s o c i a t i v i s m o , como preparacao do menino no c o n v i v i o1 s o c i a l e sua integragao no mercado de t r a b a l h o , na Fundac.

Para a elaboragao deste t r a b a l h o , f o i necessario r e c o r r e r a documentagao da Fundac em que consta, o c o t i d i a n o do me nino de rua e suas d i f i c u l d a d e s de s o b r e v i v e n c i a e p a r t i n d o de urn estudo t e o r i c o , sobre a essencia do tema em questao,

apresen-to dois o b j e t i v o s : A n a l i s a r o problema dependendo do contexapresen-to h i s t o r i c o - s o c i a l - p o l i t i c o e economico que e l e pcvssa; d i a g n o s t i c a r

se o sistema a p l i c a d o esta emergindo os i n t e r e s s e s das classes s o c i a i s desfavorecidas.

Foram f e i t a s ainda e n t r e v i s t a s com os p a r t i c i p a n t e s da Fundac e com os meninos de r u a . Sssas pesquisas e e n t r e v i s t a s ajudaram no desenvolvimento desse t r a b a l h o .

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02

D E S E N V O L V I M E N T O

MENINOS DE HJA

Dentro dos problemas b r a s i l e i r o s e x i s t e n t e no Pais

*^ 0

a t i n g e milhoes de pessoas, aparece a p r o b l e m a t i c a do menino de rua, porem, a c r e d i t o s e r esse o problema mais grave do B r a s i l , * amplio essa v i s a o em contextos s o c i a i s d i f e r e n t e s em situagoes' d i v e r s a s .

No aspecto consciente, da situagao do P a i s , "0 Bra-s i l que mata 150 m i l criangaBra-s de fome, metralha o i t o meninoBra-s de rua, que estavam dormindo na Candelaria". Esse aspecto dentro do Panorama n a c i o n a l apresenta sua origem na situagao d i v e r s i f i c a d a

em v a r i a s dimensoes, ou s e j a , na e s t r u t u r a p o l l t i c a e economica p e l a qual passamos, nas medietas governamentais os p o l i t i c o s que

nao estao comprometidos com a situagao dessas criangas.

E n t r e t a n t o , a i d e o l o g i a c o n t i n u a a de sempre: Os

me-0& 0 0

ninos sao perigosos! nesse f o c o , ha o grupo de e x t e r m m i o agindo de maneira que d e s t r o i a imagem de crianga normal s u b s t i t u i n d o • por c r i a n g a v i o l e n t a e m a r g i n a l . Temos que i n t e r v i r d i r e t o ou i n diretamente nessa questao, u n i r a r e c o n s t i t u i g a o do P a i s , as duas f o r g a s : o Estado e a economia.

Segundo as pesquisas, e s p e c i f i c a s ao assunto a s i -tuagao do menor apresenta dentro da l o g i c a do sistema urn desper-d i c i o desper-de p o t e n c i a l humano com urn grandesper-de i n desper-d i c e desper-de abondesper-dono e • atraso ao desenvolvimento para o p a i s , sendo assim, urn piano f e i to para atender a essas criangas e n g a j a r i a na sociedade de manei ra c o n s t r u t i v a tanto para e l a s , quanto para a sociedade b r a s i l e i r a .

0 menor pode ser encontrado em qualquer l o c a l que possa o b t e r comida, algum d i n h e i r o , esse c o n t i g e n t e aumenta a ca

da d i a relegados a v i d a a n i m a l , onde o que i m p o r t a , para e l e s , e a comida do d i a#

Entrando em c o n t a t o com o menino de rua, de imedia -t o , percebe que o u n i v e r s o o qual ele amanhece e a n o i -t e c e e

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con-03

turbado, impedindo no processo de desenvolvimento a r e f l e t i r so bre seu f u t u r o , poucas pespectivas de c o n q u i s t a r um l u g a r na so-ciedade de n i v e l i g u a l a crianga que recebe a s s i s t e n c i a f i n a n c e i r a , moral e educacional; i s s o r e f l e t e no menor o e s p i r i t o de i n -f e r i o r i d a d e sendo levado a comenter v i o l e n c i a .

A f a i x a e t a r i a dessas criangas e n t r e sete e dezesse_ te anos, ate menos de 7 anos de idade, passam i n t e n s a s horas nas ruas, nas pragas, e depende do amor e aprovagao do o u t r o para se s e n t i r um ser e x i s t e n t e , estao exposto ao r e l e n t o , sofrem p r e s -sao p o l i c i a l , -sao v i t i m a s do p r e c o n c e i t o s o c i a l , e n t r e t a n t o , -sao praticamente desamparados.

Num contexto mais amplo, entende-se que em consequen c i a deste c o n v i v i o , tornamse v u l n e r a v e i s a exploragao por t e r -c e i r o s e uma s e r i e de m a l t r a t o s f i s i -c o s e morais. Fazendo da rua o seu "Lar", perdendo de imediato o contato com a sua f a m i l i a , • desconhecendo sua p r o p r i a i d e n t i d a d e .

A e x i s t e n c i a desses f a t o s , no B r a s i l , permite observar que nossa sociedade v i v e ainda "0 periodo c o l o n i a l e ao l o n -go do 1^ e 22 i m p e r i o , nao tivemos no p a i s uma i n s t i t u i g a o p u b l i

ca que atendesse a chamada i n f a n c i a d e s v a l i d a " .

Na l u t a p e l a sobrevivencia os grupos de menores apre sentam c a r a c t e r i s t i c a s comuns. fe prematuramente a d u l t a como con-sequencia de um sistema s o c i a l que o m a r g i n a l i z a , sua postura em f r e n t e as pessoas e defensiva como resposta ao p r e c o n c e i t o , ao m a l t r a t o f i s i c o de que e o b j e t o por p a r t e do meio que o rodeia , provoca o sentimento de desvalorizagao do seu l a r , essa condigao

de ser de rua e o b r i g a t o r i a , e chato e r e p e t i t i v e Na rua, a l e i e do mais f o r t e , eles costumam andar sempre agrupados, uns f o r mam seus p r o p r i o s grupos, outros porem, agregamse a algum g r u -po.

Segundo pesquisas, e x i s t e o menino na rua e o menino da r u a , o p r i i n e i r o , mantem contato com sua f a m i l i a , apesar de 1 ser desajustado, o segundo, mora na rua na p r a t i c a de c o n v i v e r 1 no d i a - a - d i a experimentando a droga, v i c i a d o s sao contaminados 1 pelo v i r u s da A I D S e tambem sao v i t i m a s da p r o s t i t u i g a o . A

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de acordo com a estimulagao s o c i a l do meio em que v i v e , como con sequencia, vem a maternidade prematura, o abandono e a p r o s t i t u i gao.

Dentro as p r i n c i p a l s causas que motiva o menino na rua, destaca-se as condicoes de moradia, a i n f r a - e s t r u t u r a , e co mo consequencia, roubo, as drogas, v i o l e n c i a , p r o s t i t u i c a o , etc.. 0 desemprego dos p a i s . 0 p a i que e a l c o o l a t r a i s s o j a c r i a uma situagao de c o n f l i t o atrapalhando a v i d a e s c o l a r e consequente -mente vem a repetencia e o abondono na escola. Forem o menino de

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A ATUAglO DA FUNDAC M CAJAZEIRAS

As i n j u s t i g a s s o c i a i s e x i s t e n t e no B r a s i l , provocou* no menor m a r g i n a l i z a d o a sua desintegragao no sistema economi -co. Esse que e de f a m i l i a pobre de baixa renda, ao chegar na rua tern necessidade de c u i d a r de sua p r o p r i a s o b r e v i v e n c i a e ate de seus f a m i l i a r e s . Porem, o mesmo "possui um r a c i o c i n i o r a p i d o e o b j e t i v o " e que qualquer proposta de t r a b a l h o a c e i t a instantanea mente para corresponder os seus i n t e r e s s e s , que estao sempre l i -gados a geragao de renda.

E n t r e t a n t o , a fundac,ao do desenvolvimento da crianga e do adolescente (FUNDAC) na cidade de C a j a z e i r a s , que organiza* o t r a b a l h o com o menino de rua v i s t o como oprimido e explorado,' v i t i m a da p o l i t i c a s o c i a l v i g e n t e no p a i s , da classe dominante 1 d e t e n t o r a do poder, pouco faz para r e s o l v e r as necessidades b a s i cas de um s e r humano que vivem nas ruas.

A Fundac dispoe de um t r a b a l h o com essas c r i a n g a s . * Essa i n s t i t u i g a o e testemunha de um t r a b a l h o merecedor no que *a r e s p e i t o ao crescimento e transformagao ao engajar o menor no mercado de t r a b a l h o , em nucleos de produgao, como a l t e r n a t i v a de atendimento, sua f i n a l i d a d e e o desenvolvimento de uma conscienc i a s o conscienc i a l , a t r a v e s de uma a t i v i d a d e geradora de renda e da r e -f l e x a o em grupo.

A nova p o l i t i c a da Fundac atraves de educadores de rua define-se em l i n h a s g e r a i s nas e x p e c t a t i v a s s o c i a i s , m o b i l i zando as empresas l o c a i s , a comunidade, associagoes comerciais , companhia de p o l i c i a , UFPB e e t c . . . mantendo uma relagao de apoio e as mesmas reconhecer que o problema e de todos e que a reagao s e j a de sucesso, ou s e j a , dando oportunidade de a s s i s t e n c i a . Os educadores de rua preocupados com a p r o f i s s i o n a l i z a g a o do menor, t e r a sua postura de i d e n t i f i c a g a o com os i n t e r e s s e s das classes populares. Segundo depoimentos, na rua, o educador mantem o p r i meiro contato com o menor a t r a v e s de uma conversa i n f o r m a l , f a

-zendo um c o n v i t e de t r a b a l h o . Re toricamente, o menino de rua • obrigado a t r a b a l h a r precocemente i n t e g r a - s e no sistema s o c i a l

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de produgao como meio de s a t i s f a z e r suas necessidades imediatas, ao comegar a t r a b a l h a r o p e r f i l muda, porem o e x e r c i c i o de t r a balho nao considera "menino de rua e sim menor t r a b a l h a d o r " .

Segundo a Pedagogia de Paulo P r e i r e com meninos e de rua, a pedagogia a p l i c a d a , exerce peso e l i b e r t a g a o , quando t r a -balhada a p a r t i r da r e a l i d a d e concreta, mostrando como o r i g i n a as i n j u s t i g a s s o c i a i s e r e f l e t e na r e a l i d a d e deles. A fungao do educador deve e s t a r sempre numa dimensao p o l i t i c a , na maneira de como a sociedade esta organizada e que essa esta conservando no poder a e l i t e dominante. Em uma v i s a o mais ampla, o educador de-ve t o c a r em profundidade a questao da consciencia o porque esta, na rua e essa b a r r e i r a s o c i a l que o impede de v e r essa causa e o motivo de ser de sua l u t a . Svidentemente para mudar sua v i d a , ou

entao, m a n i f e s t a r para mudar.

No aspecto a d m i n i s t r a t i v e e f e i t o com a equipe de su p e r v i s a o que l o c a l i z a na cidade de Sousa, alem de uma gerente e quatro coordenadores que contribuem para a r e a l i z a g a o da Fundac. Os recursos vem sendo repassados t r i m e s t r a l m e n t e p e l a Fundac de Joao Pessoa-PB, na t e n t a t i v a de dar oportunidade ao menor caren-te na idade de o i t o a d e z o i t o anos.

A metodologia u t i l i z a d a v i s a :

- Despertar o senso de responsabilidade e o senso c r i t i c o ; - Levar o menino a r e f l e t i r sobre sua forma de v i d a ;

- Despertar a consciencia da i m p o r t a n c i a de se t e r um t r a b a l h o 1 como f o n t e de renda e s o b r e v i v e n c i a ;

- Promover a integragao menor/familia/comunidade;

Aspectos socio-educativos que devem s e r trabalhados' i n d i v i d u a l m e n t e ou em grupos:

- Higiene pessoal, do m a t e r i a l de t r a b a l h o e do ambiente; - Habito nocivo a sau.de (especialmente drogas);

- Relacionamento com os companheiros, f a m i l i a e o p u b l i c o ;

- Importancia da f a m i l i a , do grupo, da escola e da p r o f i s s i o n a l i zagao;

- U t i l i z a g a o do d i n h e i r o ;

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Regime de atendimento:

- Apoio s o c i o - e d u c a t i v o em meio a b e r t o : Forma de atendimento 1 atraves de a t i v i d a d e s educativas: Lazer, p r o f i s s i o n a l i z a n t e s e encaminhamentos aos s e r v i g o s da comunidade;

- Orientagao e apoio - s o c i o - f a m i l i a r : Forma de atendimento as ' f a m i l i a s dando condigoes para as c r i a n g a s / adolescentes permanecerem com suas f a m i l i a s como: o r i e n t a g a o , suplementagao a l i -mentar.

- P o l i t i c a de protegao e s p e c i a l - criangas e adolescentes em s i tuagao de r i s c o pessoal e s o c i a l de f a m i l i a de baixa renda nao atendidas p e l a s p o l i t i c a s s o c i a i s basicas como: p r o f i s s i o n a l i -zagao com preparagao para o mercado de t r a b a l h o .

No momento a Fundac mantem convenios com a TSLPA, • t r a b a l h a (um) adolescente, no Banco do B r a s i l ( q u a t r o adolescen-t e s ) , no c o r r e i o (um) adolescenadolescen-te. Ainda preadolescen-tende f i r m a r conve n i o s com outras i n s t i t u i g o e s ; para encaminhamento a escola e as-s i as-s t e n c i a as-s o c i a l .

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A FOLJTICA DE ATENDIMENTO AO MENOR

Num contexto mais amplo, s o c i a l e p o l i t i c o , l e v a a compreensao das fases em que passou e passa h i s t o r i c a m e n t e a po-l i t i c a do atendimento ao menor. Levando para questionamento ve mos em todos os n i v e i s , o reconhecimento de sua r e g i d e z , de

pas-sar do enfoque r e p r e s s i v o , ou s e j a , encara-lo de que o "problema s o c i a l e caso de p o l i c i a " , para s u b s t i t u i l o p e l o enfoque a s s i s -t e n c i a l i s -t a , como programas de a s s i s -t e n c i a s o c i a l do que o menor n e c e s s i t a de sau.de, educagao, recreagao, c u l t u r a , l a z e r , sanea-mento, urbanizaeao, h a b i l i t a g a o , p r o f i s s i o n a l i z a g a o e emprego

e t c .

Analisando a r e a l i d a d e e x i s t e n t e no B r a s i l , com a revolugao de 1930 quando o atendimento p u b l i c o nao era s u f i c i e n -t e , e o B r a s i l enfren-tou segundo pesquisa a chamada "ques-tao do menor".

5m 1937, com o aparecimento do Estado Novo, nesta 1 epoca essa questao e observada as muitas r e i n v i d i c a g o e s s o c i a i s ' e p o l i t i c a s da sociedade nao sao a t e n d i d a s .

levando em consideragao a essa fase mais dura e r e -p r e s s i v a conhecida h i s t o r i c a m e n t e -p e l o Estado Novo, e v i a v e l uma transformagao l e n t a da sociedade em relagao a questao do menor , onde o que prevalece no sistema nao e o i n t e r e s s e das classes me nos p r i v i l e g i a d a s e sim uma e l i t e comprometida com o seu poder, com seus p r o p r i o s i n t e r e s s e s .

Desta forma o menino como um produto do meio em que e l e v i v e , e v i s t o como d e s o r d e i r o , sem u t i l i d a d e s o c i a l , sem 1 consciencia de seu papel na sociedade, sem protegao, ou s e j a , e v i s t o como ameaga s o c i a l .

Forem e negado a e l e um atendimento p u b l i c o que i n t e gre-o, regenere-o e devolva a sociedade como um cidadao de bem,

essa fungao % quase uma reeducagao na situagao do menor imposta* p e l o sistema nas criangas.

Com a chegada do regime m i l i t a r no ano de 1964, i n -t e r f e r i nessa r e a l i d a d e e passa a percebe-lo como um caren-te p s i

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co-socio e c u l t u r a l . Pazendo com que o mesmo adquira uma nova 1 i d e n t i d a d e , fazendo de sua r e a l i d a d e algo muito p o s i t i v o e g r a t i f i c a n t e , i n c l u s i v e a r e i n t e g r a c a o na educagao e s c o l a r e p r o f i g s i o n a l .

Questionando a chegada do regime m i l i t a r em 1964, • faz j u s perceber a criagao da FUNABM, para coordenar a p o l i t i c a do bem e s t a r a n i v e l n a c i o n a l e a FEBEM como orgaos estaduais en trando em agio na p o l i t i c a de atendimento.

Na segunda metade dos anos 70 com a chegada da i n s t i tuigao FEBEM. Ate h o j e a r e a l i d a d e dessa i n s t i t u i g a o e essa: Os i n t e r n o s que l a estao cheiram c o l a , f u r t a m , assassinam, e t c . . .

E n t r e t a n t o , nessa p o l i t i c a de atendimento ao menor e as i n s t i t u i g o e s l i g a d a ao menor, nada f o i questionado com p r o f u n didade e que cada vez mais se agrava a repressao ao menino de 1 rua. A forma como % t r a t a d o essa p o l i t i c a a qual r e f i r o - m e d a r para compreendermos a compreensao desses f a t o s . Por outro l a d o ,

surge as f r e n t e s de defesa, os foruns e o movimento n a c i o n a l de meninos de r u a . Esse espago aberto com o movimento nasce o

dese-j o de mudanga na defesa e na l u t a da fase dos anos 80.

No que d i z r e s p e i t o os d i r e i t o s da protegao I n f a n t i l - j u v e n i l , a c o n s t i t u i g a o de 1988 e e s c r i t a i n c l u i n d o mudangas ' nos conteudos, i s s o s i g n i f i c a que esses d i r e i t o s o menor a l c a n -g a r i a a l i b e r d a d e nas r e i n v i d i c a -g o e s .

R e f l e t i n d o sobre as fases em que passou a p o l i t i c a * do atendimento ao menor e a t e chegar aos nossos d i a s em termos 1 de a s s i s t e n c i a em g e r a l em todas as necessidades basicas, perce be-se que h i s t o r i c a m e n t e nao houve crescimento e f i c a z , capaz de cumprir as r e i n v i d i c a g o e s .

Segundo as p a l a v r a s de Bdson Seda (0 Novo D i r e i t o da crianga e do adolescente) a l e i que regulamenta (8.069) seguem -se as c o n s t i t u i g o e s Estaduais, a l e i s e s t a d u a i s , as l e i s organi cas dos K u n i c i p i o s e as l e i s o r d i n a r i a s m u n i c i p a i s . Hsn. todos os M u n i c i p i o s e e x i g i v e l c u i d a r de criangas e adolescentes a t r a v e s '

de:

1. P o l i t i c a s s o c i a i s basicas, como saude, educagao, recreagao, ' c u l t u r a , l a z e r , esportes, saneamento, urbanizagao, h a b i l i t a

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-gao, p r o f i s s i o n a l i z a g a o e emprego e t c ;

2. F o l i t i c a s e programas de a s s i s t e n c i a s o c i a l em e a r a t e r s u p l e -t i v o , para os que dela necessi-tam;

3. Servigos e s p e c i a i s de prevengao e atendimento medico e p s i c o -s o c i a l a-s v i t i m a -s de n e g l i g e n c i a , mau-s-trato-s, exploragao, • abuso, crueldade e opressao!

4. Servigo de i d e n t i f i c a g a o e l o c a l i z a g a o de p a i s , responsavel , criangas e adolescentes desaparecidos.

5. Protegao j u r i d i c o - s o c i a l por entidades de defesa dos d i r e i t o s da c r i a n g a e do adolescente.

Esse mecanismo de defesa determina que a h i s t o r i a de v i d a do menor, % considerado um atendimento d i f i c i l dentro da l e g i s l a g a o e organizagoes r e p r e s e n t a t i v a s , a completa e f i c a c i a pa-r a o atendimento p u b l i c o das c pa-r i a n g a s .

P o r t a n t o , e fundamental perceber a c a r a c t e r i z a g a o ' desse ponto, na r e a l i d a d e , a p a r t i c i p a g a o que a e l i t e dominante' tern dentro dessa p o l i t i c a pouco c o n t r i b u i para um atendimento e-f i c i e n t e e desenvolvimento para as condigoes de s o b r e v i v e n c i a hu mana. No momento que observamos que os i t e n s em sua m a i o r i a sao i r r e a i s na p r a t i c a , porque permanecem tantas criangas nas r u a s , i s s o l e v a ao conhecimento do grande i n d i c e de criangas que apren dem c o n v i v e r f o r a da r e a l i d a d e de seus d i r e i t o s , na verdade, 1 continuam somente e s c r i t o s .

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Q U E S T I O N A R I O A P L I C A D O

( educadores e meninos de r u a )

1 - Qual o o b j e t i v o da Fundac para os meninos de rua?

2 - Qual e a mobilizacao que esta sendo f e i t a para a sociedade em g e r a l ?

3 - A Fundac pretende dar outro t i p o de a s s i s t e n c i a , como

as-s i as-s t e n c i a a as-saude?

4 - 0 aspecto p o l l t i c o - a d m i n i s t r a t i v o e f i n a n c e i r o da Fundac?

5 - Qual a metodologia a p l i c a d a para atender os meninos de •

rua?

6 - Os p a i s dos meninos tern emprego, porque v i v e na rua?

7 - 0 que acha do t r a b a l h o da Fundac?

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C O N C L U S X O

Este t r a b a l h o , serviu-me para a ampliagao dos meus conhecimentos, a melhor conhecer de p e r t o a dura r e a l i d a d e do menino de rua*

Durante este t r a b a l h o , cheguei a conclusao de que, enquanto os pais nao tiverem uma e s t r u t u r a f a m i l i a r capaz de educar, o r i e n t a r , dar boa alimentagao para o seu f i l h o , enquan-to a sociedade nao f o r mais j u s t a na d i s t r i b u i g a o de suas r i q u e zas e tambem a questao da i n f r a - e s t r u t u r a nas p e r i f e r i a s , o me nino c o n t i n u a r a na r u a .

Vale r e s s a l t a r que e m u i t o complexa, a solugao da problematica do menino de rua, como o problema e de todos, e ca b i v e l que h a j a uma conscientizagao das massas, mobilizando-a na comunidade, na I g r e j a , nos s i n d i c a t o s , i n s e r i n d o como p r i n c i p a l solugao, os p o l i t i c o s e as medidas governamentais dentro de um sistema s o c i a l , que atenda os i n t e r e s s e s das classes p o p u l a r e s1 desfavorecidas.

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B I B L I O G R A P I A

S$DA, Edson

0 Novo D i r e i t o da Crianga e do Adolescente, g r a f i c o s Bloch-Rio de J a n e i r o .

Revista Mundo Jovem, nQ 239, novembro/92. "0 problema do menor de rua tern solugao" (Herbert de Souza) 0 Betinho Pg. 03.

Revista Mundo Jovem, nQ 248, setembro/93. "Cara a cara com a m i s e r i a do b r a s i l e i r o " ( H e r b e r t de Souza) Betinho Pg. 1 1 .

Revista I s t o fe, n2 1215, J a n e i r o/93. "A Aids de cada d i a " . ^ . l l Meninos de rua e da Aids.

Referências

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