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Conhecimento geológico em benefício do desenvolvimento do turismo e perpetuação de áreas de preservação aplicado ao Monumento Frade e a Freira

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Academic year: 2021

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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE

ARTHUR BURINI

CONHECIMENTO GEOLÓGICO EM BENEFÍCIO DO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO E PERPETUAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO APLICADO AO

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ARTHUR BURINI

CONHECIMENTO GEOLÓGICO EM BENEFÍCIO DO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO E PERPETUAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO APLICADO AO

MONUMENTO FRADE E A FREIRA

Monografia apresentada ao Programa de Pós-graduação em Educação Ambiental e Sustentabilidade do Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Ibatiba, como requisito parcial para a obtenção do grau de Especialista em Educação Ambiental e Sustentabilidade.

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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) (Biblioteca Ifes - Campus Ibatiba)

B958c Burini, Arthur, 1990-

Conhecimento geológico em benefício do desenvolvimento do turismo e perpetuação de áreas de preservação aplicado ao Monumento Frade e a Freira / Arthur Burini. – 2018.

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ARTHUR BURINI

CONHECIMENTO GEOLÓGICO EM BENEFÍCIO DO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO E PERPETUAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO APLICADO AO

MONUMENTO FRADE E A FREIRA

Monografia apresentada ao Programa de Pós-graduação em Educação Ambiental e Sustentabilidade do Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Ibatiba, como requisito parcial para a obtenção do grau de Especialista em Educação Ambiental e Sustentabilidade.

Aprovado em 29 de agosto de 2018.

COMISSÃO EXAMINADORA

Prof.ª M.ª Miquelina Aparecida Deina Instituto Federal do Espírito Santo

Orientadora

Prof. D.r. Dihego de Oliveira Azevedo Instituto Federal do Espírito Santo

Membro interno

Eng. Agrônomo Lucas Garcia D’Agostim Membro externo

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DECLARAÇÃO DO AUTOR

Declaro, para fins de pesquisa acadêmica, didática e técnico-científica, que este Trabalho de Conclusão de Curso pode ser parcialmente utilizado, desde que se faça referência à fonte e ao autor.

Diante deste instrumento, responsabilizo-me integralmente pelo conteúdo apresentado neste trabalho de conclusão de curso ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo Campus Ibatiba, estando ciente das sanções e punições legais, no que tange a cópia parcial ou total de obra intelectual, o que se configura como violação do direito autoral previsto no Código Penal Brasileiro no art.184. ([...]§ 1 o Se a violação

consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente [...]), estando também ciente das penalidades previstas no art.299 (Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante) do mesmo código no que tange a falsidade ideológica.

Assim sendo e por ser verdade subscrevo-me,

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DEDICO ESTA MONOGRAFIA AOS MEUS PAIS, JOSÉ MARCIO BURINI E ZÉLIA PASSARELLO BURINI, QUE NÃO MEDIRAM ESFORÇOS PARA EU TIVESSE TODAS AS

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BIOGRAFIA

Arthur Burini, filho de José Marcio Burini e Zélia Passarello Burini, nasceu em 18 de Fevereiro de 1990, em Castelo, estado do Espírito Santo. Cursou o ensino fundamental, entre 2001 a 2004, na Escola Municipal Constantino José Vieira, em Castelo, ES. Cursou o ensino médio, entre 2005 a 2006, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e médio João Blay, em Castelo, ES e em 2007 no Colégio Charles Darwin, em Vitório/ES. No ano de 2011 ingressou no curso de Geologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em Seropédica, RJ, graduando-se em fevereiro de 2016. Em agosto de 2016 iniciou o curso de Pós-graduação em Educação Ambiental e Sustentabilidade no Instituto Federal do Espírito Santo, tendo defendido sua monografia em 29 de agosto de 2018.

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RESUMO

O geoturismo, modalidade de turismo focado na porção abiótica, associado com o turismo de inclusão pode criar uma alternativa para atrair um maior número de pessoas aos Parques Naturais. Nesse sentido, objetivou-se com o presente estudo, avaliar como pode ser aplicado essa metodologia no Monumento Frade e Freira. Para isso, procedeu-se com mapeamento geológico, descrição da rocha preprocedeu-sente na área de estudo, determinação de possíveis trilhas a serem usadas por todos visitantes. O turismo geológico vem surgindo como uma grande alternativa para garantir a perpetuação de monumentos e Parques, assim como agregar informações ao público visitante.

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ABSTRACT

Geotourism, a tourism modality focused on the abiotic portion, associated with inclusion tourism can create an alternative to attract more people to the Natural Parks. Therefore, the aim of this study was to evaluate how this methodology can be applied in the Frade e a Freira Monument. For this, we proceeded with geological mapping, description of the rock present in the study area, determination of possible trails to be used by all visitors. Geological tourism has emerged as a great alternative to ensure the perpetuation of monuments and parks, as well as aggregate information to the visiting public.

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Índice de Figuras

Figura 1: Localização da área de estudo. A linha azul representa o trajeto percorrido entre o IFES e o Monumento Frade e a Freira. Imagem extraída do Software Google Earth 25/09/2017 as 10:35h. ... 15 Figura 2: Subdivisão do Sistema Orogênico Mantiqueira: o segmento setentrional é o Orógeno Araçuaí; segmento central inclui a porção sul do Orógeno Brasília e os orógenos Ribeira e Apiaí; e o segmento meridional inclui os orógenos Dom Feliciano e São Gabriel. As cores roxo e laranja indicam os terrenos que alojam os arcos magmáticos neoproterozóicos. ... 17 Figura 3: Mapa tectônico do Orógeno Araçuaí (modificado de Pedrosa Soares et al ., 2001 e Lima et al ., 2002). 1- Suíte G5, tipo I (520-490 Ma). 2- Suíte G4, tipo S (520-500 Ma). 3- Formação Salinas (570-520 Ma). 4- Suítes G2 (585-565 Ma) e G3S, ambas tipo S. 5- Suíte G1, tipo I (630-585 Ma). 6- Complexo paragnáissico. 7- Grupo Macaúbas proximal. 8- Grupo Macaúbas distal. 9- Formação Ribeirão da Folha (RF) e Grupo Dom Silvério (DS). 10- Grupo Rio Doce. 11- Granito Salto da Divisa (880 Ma). 12- Complexo Juiz de Fora (2,2-2,0 Ga). 13- Arqueano a Mesoproterozóico retrabalhado na Orogenia brasiliana (Supergrupo Espinhaço em amarelo): complexos Gu- Guanhães, It- Itabuna, Ma-Mantiqueira, P-Pocrane, e Po-Porteirinha. 14- Limite cratônico. 15- Zona de sutura neoproterozóica. 16- Transporte tectônico. 17- Polaridade metamórfica... 18

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Índice de Fotografias

Fotografia 1: Afloramento com pouco alterado, mas com número considerável de

matacões. ... 21

Fotografia 2: Afloramento com pouco alterado, mas com número considerável de matacões. ... 22

Fotografia 3: Afloramento com pouco alterado. ... 22

Fotografia 4: Número considerável de matacões. ... 23

Fotografia 5: Afloramento pouco alterado, onde se encontra uma antiga lavra de rocha ornamental. ... 23

Fotografia 6: Afloramento pouco alterado. ... 24

Fotografia 7: Afloramento pouco alterado. ... 24

Fotografia 8: Afloramento com pouco alterado. ... 25

Fotografia 9: Afloramento com pouco alterado. ... 25

Fotografia 10: Afloramento pouco alterado. ... 26

Fotografia 11: Monumento Frade e a freira. ... 27

Fotografia 12: Veios presentes em todo maciço que compõe o Monumento Frade e a Freira. ... 27

Fotografia 13: Amostra coletada em campo. ... 28

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Sumário

Capítulo I ... 14

1.1. Introdução...14

1.2. Localização e vias de acesso ...14

1.3. Objetivos ...15 1.3.1. Objetivo Geral ...15 1.3.2. Objetivos Específicos ...15 1.4. Materiais e métodos ...16

Capítulo II ... 17

2.1. Geologia Regional ...17

Capítulo III ... 19

3.1 Geoconservação ...19

Capítulo IV ... 21

4.1 Trabalho de Campo ...21 4.1.1 Afloramentos ...21

4.1.2 Descrição das Amostras ...28

Capítulo V ... 31

5.1. Discussões ...31

5.2. Conclusão...32

Referências Bibliográficas ... 33

Anexo A: Mapa representativo da área estudada e afloramentos visitados. 34

Anexo B: Mapa representativo das trilhas de chega aos pontos de

afloramento... 35

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Capítulo I

1.1. Introdução

Esse trabalho é o requisito final para a conclusão da Pós-graduação Lato Sensu, em educação ambiental e sustentabilidade do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), campos Ibatiba.

O estudo da geologia do Monumento é fundamental para a compreensão e aperfeiçoamento de modelos de preservação e de exploração do turismo local. O geoturismo é uma modalidade de turismo ecológico cuja principal foco é o meio abiótico, onde seu principal intuito é aumentar o leque de possibilidades de preservação para determinada região.

O Patrimônio Geológico, cujo valor destaca-o do meio circundante por seu interesse científico e/ou educativo e/ou turístico e/ou cultural. Devido a isso, cada vez mais países começam a desenvolver iniciativas para reconhecer importantes sítios geológicos ou paisagens naturais ou culturais dentro de suas fronteiras. Tais geossítios são importantes para educar o público em geral sobre temas ambientais. Também servem como ferramentas para demonstrar o desenvolvimento sustentável e ilustrar métodos de conservação de sítios, ao lembrar que rochas, minerais, fósseis, solos, formas de relevo e paisagens formam uma parte integral do mundo natural (Geoparques do Serviço Geológico do Brasil (CPRM)).

Nesse sentido, o presente trabalho aborda uma análise de como o conhecimento geológico pode contribuir para a preservação do local e dos moradores que nele reside, buscando o melhor entendimento sobre suas características, juntamente com uma alternativa de turismo não explorada no local.

1.2. Localização e vias de acesso

A área de estudo está localizada entre os municípios de Itapemirim, Cachoeiro de Itapemirim e o município de Vargem Alta. O acesso à área, partindo do Instituto Federal do Espírito Santo – Campos Ibatiba, é feito pela BR-262 sentido Vitória/ES por 43 Km. Vire a direita na ES- 165 e prossiga 6,1 Km até a ES- 472 entrando a esquerda. A partir dai prossiga por 11,4 Km ate a Rodovia Pedro Cola. Ao chegar em castelo em Castelo prossiga em direção a Cachoeiro de Itapemirim pela ES- 166 por 16 Km. Após essa distancia percorrida vire a esquerda na BR- 482 e siga em frente até o Monumento Frade

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Figura 1: Localização da área de estudo. A linha azul representa o trajeto percorrido entre o IFES e o Monumento Frade e a Freira. Imagem extraída do Software Google Earth 25/09/2017 as 10:35h.

1.3. Objetivos

1.3.1. Objetivo Geral

O objetivo deste trabalho foi realizar um mapeamento geológico, buscando identificar as rochas e entender as características do relevo, no monumento natural Frade e a Freira adquirindo o conhecimento geológico, assim podendo contribuir para a preservação do local.

1.3.2. Objetivos Específicos

• Elaborar mapa síntese do mapeamento geológico do monumento natural o Frade e a Freira;

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1.4. Materiais e métodos

Os materiais e métodos que foram utilizados no presente trabalho seguiram as seguintes etapas, quais sejam:

Revisão Bibliográfica: Nesse estágio foram coletados bases topográficas, mapas geológicos e imagens de satélite disponíveis para a região no site da CPRM, IBGE entre outros. Diversos trabalhos referentes ao estudo de geodiversidade serão adquiridos para enriquecer o conhecimento sobre o tema, assim como, relatórios de iniciação científica, monografias e cadernetas de campo irão ser incorporados ao acervo bibliográfico utilizado durante a execução do trabalho.

Etapa de campo: Essa etapa do trabalho foi dividida em dois estágios, assim exemplificados: inicialmente foi realizado um reconhecimento da área com uma visita buscando identificar as características dos afloramentos dos acessos até o local de estudo; a segunda parte constitui-se no mapeamento geológico nos afloramentos mais representativos que nos permitiu caracterizar o contesto geológico do local.

Tratamento dos Dados: Os dados foram adquiridos através de descrição de amostras macroscópicas, que são amostras coletadas em campo e analisadas com auxílio de lupa, estudo das características de relevo e forma adquirida pela rocha por ação do intemperismo. Com isso será elaborado o mapa da região utilizando software como ArcGis e Google earth.

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Capítulo II

2.1. Geologia Regional

O Sistema Orogênico Mantiqueira corresponde a uma faixa ao longo da região costeira entre o sul da Bahia até o Rio Grande do Sul, com extensão para o Uruguai. Tem cerca de 3.000 km de comprimento, 200 km de largura na parte sul e 600 km na parte norte.

O Sistema Mantiqueira foi compartimentado em três setores (Fig. 2), referidos como setentrional, central e meridional por Almeida e Hasui (1984). Os compartimentos são considerados como correspondentes a três cinturões orogênicos: Araçuaí no setentrional, Ribeira no central e Dom Feliciano no meridional.

Figura 2: Subdivisão do Sistema Orogênico Mantiqueira: o segmento setentrional é o Orógeno Araçuaí; segmento central inclui a porção sul do Orógeno Brasília e os orógenos Ribeira e Apiaí; e o segmento meridional inclui os orógenos Dom Feliciano e São Gabriel. As cores roxo e laranja indicam os terrenos que alojam os arcos magmáticos neoproterozóicos.

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A área de estudo se encontra no Orógeno Araçuaí o qual constitui uma entidade geotectônica de idade neoproterozoica estruturada na direção NNE- SSW (Pedrosa – Soares et. Al., 2001). Se estende do Cráton do São Francisco ao litoral atlântico, aproximadamente entre os paralelos 15º e 21º S. Na altura do paralelo 21º, a passagem do Orógeno Araçuaí para o Orógeno Ribeira é marcada pela deflexão da estruturação brasiliana que muda da direção NNE, a norte, para NE, a sul (Fig. 3).

Figura 3: Mapa tectônico do Orógeno Araçuaí (modificado de Pedrosa Soares et al ., 2001 e Lima et al ., 2002). 1- Suíte G5, tipo I (520-490 Ma). 2- Suíte G4, tipo S (520-500 Ma). 3- Formação Salinas (570-520 Ma). 4- Suítes G2 (585-565 Ma) e G3S, ambas tipo S. 5- Suíte G1, tipo I (630-585 Ma). 6- Complexo paragnáissico. 7- Grupo Macaúbas proximal. 8- Grupo Macaúbas distal. 9- Formação Ribeirão da Folha (RF) e Grupo Dom Silvério (DS). 10- Grupo Rio Doce. 11- Granito Salto da Divisa (880 Ma). 12- Complexo Juiz de Fora (2,2-2,0 Ga). 13- Arqueano a Mesoproterozóico retrabalhado na Orogenia brasiliana (Supergrupo Espinhaço em amarelo): complexos Gu- Guanhães, It- Itabuna, Ma-Mantiqueira, P-Pocrane, e Po-Porteirinha. 14- Limite cratônico. 15- Zona de sutura neoproterozóica. 16- Transporte tectônico. 17- Polaridade metamórfica

Os compartimentos tectônicos principais do Orógeno Araçuaí são o domínio externo, que circunscreve a margem sudeste do Cráton do São Francisco e se caracteriza como uma faixa de dobramentos e empurrões; o domínio interno, que é o núcleo metamórfico-anatético do orógeno; e a inflexão setentrional que contém segmentos destes dois domínios, mas apresenta feições tectônicas particulares.

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Capítulo III

3.1 Geoconservação

A geologia nos ajuda a entender a história no sentido de ver como a face do planeta mudou ao longo do tempo, como registrado nas rochas, sedimentos, fósseis e minerais que revelam climas passados, meios ambientes, construção de montanhas e movimentação de continentes. A geomorfologia interpreta as formas de terreno que hoje vemos – montanhas, planaltos, linhas de costa e outras -, as condições em que elas foram formadas e também possibilita um registro do passado recente e dos processos correntes operando em nosso planeta Geoparques do Brasil, 2012.

Segundo LS Oliveira Lopes (2011), a variedade dos ambientes geológicos, seus fenômenos e os processos ativos geradores de paisagem, rochas, minerais, fósseis, solos e outros depósitos superficiais constituem a base para a vida na Terra e merecem ser devidamente pesquisados e conservados. A geodiversidade, durante muito tempo não recebeu dos estudiosos e da sociedade a mesma atenção recebida pela biodiversidade, principalmente devido à falsa impressão que se tem de que os elementos geológicos não são degradados.

Segundo Pereira (2010) o progresso da conservação da geodiversidade foi mais lento e tardio quando comparado com o desenvolvimento da conservação biológica e isso se deve, em partes, pelo fato da maioria dos geólogos estarem com seus trabalhos voltados para a prospecção, extração e uso dos recursos naturais.

O conjunto dos geossítios de uma dada região constitui o Patrimônio Geológico que, juntamente com o Patrimônio Biológico, dá corpo ao Patrimônio Natural dessa mesma região, devido a isso Associação Européia para a Conservação do Patrimônio Geológico (ProGEO) considera que os geossítios devem ser conservados para uso das gerações futuras.

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estão associados a geoformas de escalas diversas), o Patrimônio Mineralógico (quando o principal interesse dos geossítios se relaciona com a ocorrência de minerais), entre outros, como os patrimônios petrológico, sedimentológico, estratigráfico, tectônico, estrutural e hidrogeológico Geoparques do Brasil, 2012.

Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a partir do lançamento do Mapa Geodiversidade do Brasil, no ano de 2006, definiu geodiversidade como: natureza abiótica (meio físico) constituída por uma variedade de ambientes, fenômenos e processos geológicos que dão origem às paisagens, rochas, minerais, solos, águas, fósseis e outros depósitos superficiais que propiciam o desenvolvimento da vida na Terra, tendo como valores intrínsecos a cultura, o estético, o econômico, o científico, o educativo e o turístico (CPRM, 2006, s/p).

O Brasil tem um enorme potencial geoturístico e condições favoráveis para desenvolver plenamente essa atividade, de maneira a usufruir dos benefícios sociais que ela pode oferecer. Um dos principais benefícios é permitir aos turistas conhecer o patrimônio geológico que compõe o cenário geoturístico, levando a comunidade a valorizá-lo e, conseqüentemente, promover a sua geoconservação de forma sustentável.

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Capítulo IV

4.1 Trabalho de Campo

O trabalho de campo foi realizado no dia 18 de novembro de 2017, onde foram coletadas amostras em 10 afloramentos que possibilitaram cobrir uma área representativa da região permitindo caracterizar geologicamente o maciço. Uma característica que favoreceu a realização do mapeamento em apenas um dia, foi o Monumento Frade e a Freira ser contornado por estradas além de uma via que dava um fácil acesso ao seu interior.

4.1.1 Afloramentos

Ponto: 01 Frade

O afloramento se encontra com baixo grau de intemperismo e não possui nenhuma estrutura rúptil observada. Além disso, possui um grande número de matacões. A rocha é predominantemente composta por quartzo, plagioclásio e biotita.

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Fotografia 2: Afloramento com pouco alterado, mas com número considerável de matacões.

Fonte: Autor, 2018.

Ponto: 02 Frade

O afloramento se encontra com elevado grau de intemperismo e não possui nenhuma estrutura rúptil observada. A rocha é predominantemente composta por quartzo, plagioclásio e biotita. Devido ao estado da rocha, os minerais como o plagioclásio se encontram alterado na forma de caulinita.

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Fotografia 4: Número considerável de matacões.

Fonte: Autor, 2018.

Ponto: 03 Frade

O afloramento se encontra com baixo grau de intemperismo e não possui nenhuma estrutura rúptil observada. Além disso, possui um elevado número de matacões em uma grande área ao redor do ponto. A rocha é predominantemente composta por quartzo, plagioclásio e biotita.

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Fotografia 6: Afloramento pouco alterado.

Fonte: Autor, 2018.

Ponto: 04 Frade

O afloramento se encontra com baixo grau de intemperismo e não possui nenhuma estrutura rúptil observada. O local foi anteriormente utilizado como frente de lavra de rochas ornamentais. A rocha é predominantemente composta por quartzo, plagioclásio e biotita.

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Fotografia 8: Afloramento com pouco alterado.

Fonte: Autor, 2018.

Ponto: 05 Frade

O afloramento se encontra com baixo grau de intemperismo e não possui nenhuma estrutura rúptil observada. Além disso, não possui matacões ao seu redor. A rocha é predominantemente composta por quartzo, plagioclásio e biotita.

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Ponto: 06 Frade

O afloramento se encontra com baixo grau de intemperismo e não possui nenhuma estrutura rúptil observada. Possui um pequeno número de matacões. Nesse ponto não foi coletado nenhuma amostra.

Fotografia 10: Afloramento pouco alterado.

Fonte: Autor, 2018.

Ponto: 07 Frade

O afloramento não possui matacões, encontra-se com baixo grau de intemperismo onde em apenas alguns locais observa-se desplacamentos em sua superfície. A rocha é predominantemente composta por quartzo, plagioclásio e biotita.

Ponto: 08 Frade

O afloramento se encontra com baixo grau de intemperismo, somente alguns desplacamentos e não possui nenhuma estrutura rúptil observada. A rocha é predominantemente composta por quartzo, plagioclásio e biotita.

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Ponto: 09 Frade

Esse afloramento está localizado no monumento Frade e a Freira, devido a isso não foi coleado nenhuma amostra com intuito de preservar o local. Foram observados diversos veios que cortam a rocha, aparentemente composta por quartzo, entretanto, isso não pode ser afirmado devido ao fato de não ser coletada nenhuma amostra para análise.

Fotografia 11: Monumento Frade e a freira.

Fonte: Autor, 2018.

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Ponto: 10 Frade

O afloramento possui composição idêntica aos anteriores, baixa ação do intemperismos e elevado faturamento. Essas fraturas, no entanto, são provenientes das realizações de explosões, aparentemente no intuito da retirada do material para fazer a estrada.

4.1.2 Descrição das Amostras

As amostras coletadas em campo foram descritas através de observação em escala macroscópica com auxílio de uma lupa de mão com zoom de 10 vezes. Para classificação utilizou-se o diagrama QAPF concebido por Streckeisen, onde Q representa quartzo; A representa feldspato alcalino; P representa plagioclásio; e F representa feldspatóide.

Fotografia 13: Amostra coletada em campo.

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Fotografia 14: Amostra coletada em trabalho de campo.

Fonte: Autor, 2018.

➢ Descrição

A amostra possui uma textura felsica, sua cor predominante e cinza leucocrática, equigranular com granulação média.

A mineralogia é composta por quartzo (30%), plagioclásio (25%), esses como minerais essenciais. Como mineral acessório foi observado a biotita (30%) e como mineral secundário encontra-se o piroxênio ou anfibólio (14%) e caolim (1%).

O quartzo se apresenta com a cor cinza claro, dureza maior que 5, brilho vítreo, hábito prismático, granulação média e grãos anédricos. O plagioclásio se encontra com a

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Para a classificação da rocha e necessário um recalculo nas porcentagens dos minerais essenciais, onde se obteve os valores de: quartzo (54,5%) e plagioclásio (44,5%). Segundo Streckeisen, a rocha estudada é um Granodiorito.

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Capítulo V

5.1. Discussões

No Brasil, assim como todo o mundo, os Parques atraem pessoa principalmente por sua característica biótica, entretanto a possibilidade de obter o conhecimento abiótico e sua influência para a formação e caracterização do meio seria um fator diferencial. Isso por agregar as informações já existentes uma nova vertente.

A região do Monumento Frade e a Freira possui um grande apelo turístico devido sua grande beleza. O local é conhecido em todo estado do Espírito Santo como um símbolo de beleza que representa a região sul. Entretanto a área estudada possui somente restaurante e chalés para atender os turistas, não possui guias nem pessoas preparadas. Não é encontrada portaria para que o turista possa se informar sobre as possibilidades de aproveitar a região e conseguintemente não se cobra para a visitação. O monumento Frade e a Freira não possui um plano turístico visivelmente explorado no local.

O enriquecimento de conhecimento geológico da região agrega ao Monumento mais uma possiblidade de atrair turistas, pois se cria mais uma vertente a ser explorada. O intuito seria atrair público que tenha interesse nas características das rochas existente no local, como se formaram e como adquiriram sua forma.

A área que compreende o monumento apresenta uma única litologia, entretanto a ação diferenciada do intemperismo, processo ou conjunto de processos combinados químicos, físicos e/ou biológicos de desintegração e/ou degradação e decomposição de rochas causados por agentes geológicos diversos junto à superfície da crosta terrestre, nos proporciona um relevo bem diferenciado. O local possui estradas que possibilitam o deslocamento de carro por todo entorno do Parque o que cria condições de contemplar toda a variação do relevo e as caraqueterísticas das rochas esculpidas por milhões de

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aos locais determinados, juntos com guia do monumento, podendo assim interagir com o ambiente e desfrutar de toda beleza do parque em contato com a natureza.

A formação de guias para o Parque, onde estes, iriam acompanhar o público e com o conhecimento adquirido ir informando passo a passo todos os detalhes dos afloramentos, tornando o passeio mais instrutivo e agradável. Esses guias seriam formados por pessoas que vivem em torno do Monumento, criando vagas de trabalho onde o próprio trabalhador seria incentivando a preservar sua propriedade.

5.2. Conclusão

O sucesso de uma unidade de conservação com propriedades privadas, onde os moradores dependem do local para retirar o seu sustente, está ligada diretamente a criar condições para que a partir das características naturais oferecida tenham renda. Tendo em vista isso, o turismo geológico pode contribuir para que esses locais se perpetuem e que seus moradores que sempre buscam espaço para a o cultivo, tenham o interesse em aumentar a área preservada e assim com o turismo supram suas necessidades e justifiquem o real motivo dos estudos realizados.

A integração do conhecimento geológico ao monumento frade e a freira, onde o visitante terá um aporte maior de conhecimento principalmente na parte abiótica e uma grande alternativa para contribuir com a perpetuação do local. Com isso é possível afirmar que os fundamentos científicos agregados criam-se uma maior possibilidade de desenvolvimento e que o local tem um real potencial para o desenvolvimento do geoturismo de forma sustentável.

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Referências Bibliográficas

ALMEIDA, F. F. M.; HASUÍ, Y. O pré-cambriano do Brasil. São Paulo: Edgard Blücher, 1984. 378 p.

BRILHA, J.B.R. Patrimônio geológico e geoconservação: a conservação da natureza na sua vertente geológica. São Paulo: Palimage editora, 2005.

CPRM – Serviço Geológico do Brasil. Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/ > Acesso em: 12 julho de 2018.

LOPES, L. S. de O. Geoconservação e Geoturismo no Parque Nacional de Sete Cidades, Piauí. 2011. 121 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Programa Regional de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2011.

PEDROSA-SOARES, A.C., NOCE, C.M., WIEDEMANN, C.M. & PINTO, C.P. 2001. The Araçuaí–West Congo orogen in Brazil: An overview of a confined orogen formed during Gondwanland assembly. Precambrian Research, 110: 307-323.

PEREIRA, R.G.F. A Geoconservação e desenvolvimento sustentável na Chapada Diamantina (Bahia-Brasil). 2010. 317f. Tese de Doutorado em Ciências - Geologia. Universidade do Minho. Portugal, 2010.

Projeto Geoparques. Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Geoparques-134> Acesso em: 12 julho de 2018.

Programa Geologia do Brasil Levantamento da Geodiversidade. Geodiversidade do Estado do Espírito Santo Disponível em: <www.cprm.gov.br> Acesso em: 12 julho de 2018.

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Referências

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