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ICMS – operação relativa a circulação
de mercadorias
Norma de Crédito - Materialidade e
restrições
Professor: Argos Campos Ribeiro Simões
ICMS – POSITIVAÇÃO – Normas estruturais
Constituição Federal
Competência
Incompetência
Princípios (não cumulatividade)
Definições estruturais (base de cálculo, alíquota)
Código Tributário Nacional
Definições sobre estrutura normativa de impostos
Lei Complementar 87/96 e alterações
Definições sobre estrutura normativa do ICMS
Lei Complementar 24/75 (art. 34,§8°, CF/88)
Definições sobre estrutura normativa na concessão e revogação de benefícios ICMS
ICMS – POSITIVAÇÃO – Normas
instituidoras/regulamentação
Lei Ordinária Estadual (
Lei 10.297/96
)
Instituição do(s) ICMS(s) e dos deveres instrumentais
Regulamento do ICMS, Decreto Estadual
Veículo infralegal => não pode inovar => detalhamento das formas e prazos
ICMS – CF/88
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal
instituir impostos sobre:
II - operações relativas à circulação de
mercadorias
e sobre
prestações de serviços
de
transporte
interestadual e intermunicipal e de
comunicação
,
ainda que as operações
e as
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Do IVV ao ICMS na CF/88 (materialidades)
CF 1946 => imposto sobre Vendas e Consignações
EC 18/1965 (ampliou a materialidade) ICM
CF 67/ com EC/69 => ICM
CF/1988 => ICMS
ICMS na CF/88 (art. 155, II – materialidades)
Imposto sobre
Operações
relativas a Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação, ainda que as operações e as prestações
tenham início no exterior
Operação:
Negócio (bilateral) ou Ato de
vontade unilateral?
Relação jurídica (direitos e deveres entre pessoas
diferentes)
PROBLEMA: matriz/filial são duas pessoas
distintas?
ICMS na CF/88 (art. 155, II – materialidades)
Imposto sobre Operações relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação, ainda que as operações e as prestações tenham início no exterior
Circulação
Física? não física? (sempre jurídica)
Com transferência/aquisição de titularidade, disponibilidade, da posse
Propriedade => uso, gozo e disponibilidade (C/V)
Disponibilidade => agir como dono (consignação)
Uso => posse
PROBLEMA: Há circulação entre matriz/filial?
ICMS na CF/88 (art. 155, II – materialidades)
Imposto sobre Operações relativas a Circulaçãode Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação, ainda que as operações e as prestações tenham início no exterior
Bem (gênero) => Mercadoria (espécie)
Mercadoria: objeto de mercancia => bem móvel objeto de prestação comercial
Não é propriedade intrínseca
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ICMS na CF/88 (art. 155, II – materialidades - definição por INTENSÃO (atributos, propriedades)
Imposto sobre Operações relativas a Circulaçãode Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação, ainda que as operações e as prestações tenham início no exterior
SERVIÇO: esforço humano em benefício de outrem
(HUMBERTO ÁVILA)
PRESTAÇÃO DE SV: esforço de pessoas desenvolvido em favor
de outrem, com conteúdo econômico, sob regime de direito privado, em caráter negocial, tendente a produzir uma utilidade material ou imaterial.(PAULO AIRES BARRETO)
PRESTADOR, TOMADOR, PREÇO DO SV.
ICMS na CF/88 (art. 155, II – materialidades - definição por INTENSÃO (atributos, propriedades)
Imposto sobre Operações relativas a Circulaçãode Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação, ainda que as operações e as prestações tenham início no exterior
Operação com “início” no exterior: relacionado ao ICMS-importação
Prestação com “início” no exterior: E a prestação de serviços (começa no exterior?)
Comunicação: telefone a cobrar internacional
Transporte: término no Brasil (possibilidade) X internacional
ICMS – ASPECTOS GERAIS
Princípio Constitucional -não-cumulatividade
Art. 155,§ 2°, I da CF/88: O ICMS será não
cumulativo,
compensando-se
o que for
devido
em
cada
operação
relativa
à
circulação de mercadorias ou prestação de
serviços com o
montante cobrado
nas
anteriores pelo mesmo ou outro Estado, ou
pelo DF.
NÃO CUMULATIVIDADE
Artigo 155, §2º, II – CF/88 - A isenção ou a
não incidência,
salvo determinação em contrário da
legislação:
a) - não implicará crédito para compensação com o
montante devido nas operações ou prestações
seguintes;
b) - acarretará a anulação do crédito relativo às
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ISENÇÃO & NÃO INCIDÊNCIA
Este rol é exaustivo ou exemplificativo?
Como entender esta não incidência? É só imunidade?
A legislação pode estabelecer outras restrições?
Importância do tema
(FUNDAMENTO
CONSTITUCIONAL DE VALIDADE):
INIDÔNEO GUERRA FISCAL
ISENÇÃO & NÃO INCIDÊNCIA
Isenção (Mutilação parcial/Isenção parcial do STF) Não incidência Ausência de norma a ser incidida
Ausência de fato (como articulação lingüística) a fazer a incidência (sem linguagem não há incidência como coincidência)
Não há imposto devido no USO E CONSUMO ou na saída de ATIVO
Obstáculo à incidência (Ineficácia Técnica) Imunidade
Conceitos
Visão normativa do Crédito (direito subjetivo do contribuinte
ou dever do Estado?) => reflexos no prazo do artigo 150, §4º do CTN (atividade a ser “homologada”)
Critério Financeiro de Creditamento
Raiz da não cumulatividade =>
CRÉDITO
Isenção e não incidência seriam situações
exaustivas de obstáculo ao crédito (outras
situações de vedação =>
VIOLAÇÃO AO
PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE)
Conceitos
Critério “Físico” de Creditamento
Raiz da não cumulatividade =>
COMPENSAÇÃO
Conceito de COBRADO => Incidente (Linguagem)
COBRADO = PAGO ???
VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA NÃO
CUMULATIVIDADE =>
OBSTAR UMA
COMPENSAÇÃO
DE FORMA ILEGAL,
INCONSTITUCIONAL
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Art. 146 da CF/88
Papéis das normas gerais veiculadas por lei complementar
(visão dicotômica)
Dispor sobre conflitos de competência
Limitar o poder de tributar (respeito à
não cumulatividade)
Limitação às normas gerais: materialidades tributárias (já CONCEITUALMENTE previstas na CF/88)
Art. 155, §2º, XII, da CF/88
§ 2.º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao seguinte: XII - cabe à lei complementar:
c) disciplinar o regime de compensação do imposto;
Art. 155, §2º, X, “a”, CF/88 – O ICMS não incidirá sobre operações que
destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o
aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores.
ICMS – NÃO CUMULATIVIDADE –
Lei Complementar 87/96
Art. 23 LC 87/96 – O direito de crédito para
efeito de compensação com débito do
imposto,
reconhecido ao estabelecimento que
tenha recebido as mercadorias ou para o qual
tenham sido prestados os serviços, está
condicionado à idoneidade da documentação
e, se for o caso, à escrituração nos prazos e
condições estabelecidos na legislação
.
ICMS – NÃO CUMULATIVIDADE
Lei Complementar 87/96
Art. 23 – O direito de crédito para efeito de
compensação com débito do imposto,
reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido
as mercadorias ou para o qual tenham sido
prestados os serviços, está
condicionado
à
idoneidade da documentação e, se for o caso,
à
escrituração nos prazos e condições
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Crédito
Qual a
natureza jurídica
do crédito?
Moeda escritural (justifica AIIM Saldo Credor)
De valor idêntico ao imposto devido daquele que remete a mercadoria ou presta serviço
Não tem a mesma natureza de montante a ser restituído a título de imposto
É direito subjetivo do contribuinte ou dever do Estado?
Crédito
Qual o momento de nascimento do crédito?
Quem cria a norma?
Momento da escrituração em que o contribuinte
se coloca como sujeito ativo em face do Estado
que deve reconhecer seu direito àquele montante,
cujo destino é a compensação.
Prazo para exercer o direito ao crédito
Art. 23, Parágrafo único da LC 87/96 - O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de decorridos cinco anos contados da data de emissão do documento.
ICMS – NÃO CUMULATIVIDADE
Casos Especiais
O crédito deve ser escriturado por seu valor
nominal (Art. 38, §2º da Lei Ordinária
Paulista 6.374/89)
Caso prático – Correção Monetária de
Crédito Extemporâneo e de Saldo Credor
Correção Monetária
Argumentos do Contribuinte
Violação à não cumulatividade
Violação à isonomia (igualdade)
Argumentos do Fisco
Previsão normativa (valor nominal – valor
original)
STF
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Modalidades de crédito
1)
Saldo Credor (Créditos > Débitos)
transporte para o período seguinte Pagamento X Recolhimento
2)
Crédito Acumulado proveniente de:
Alíquotas diversificadas (Entrada e Saída).
Operação ou prestação efetuada com redução de base de cálculo.
Operação em que há saída para o exterior.
REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA DE DIREITO AO CRÉDITO
- Material => Adquirir MERCADORIA (E NÃO BENS NÃO
MERCADORIAS) cujo montante de ICMS tenha sido cobrado em anterior operação
- Temporal => A partir da aquisição jurídica (física ou simbólica) da mercadoria
(por um período decadencial de 5 anos a partir da emissão da NF => parágrafo único, art. 20 da LC 87/96)
- Espacial => No Estado/DF onde localizado o estabelecimento recebedor - Quantitativo => Montante COBRADO em anterior operação (Valor da
operação X alíquota => imposto devido para o remetente)
- Subjetivo Ativo => CONTRIBUINTE
NÃO CUMULATIVIDADE –
RESTRIÇOES - ATIVO
PERMANENTE, USO E CONSUMO,
ENERGIA ELÉTRICA e
COMUNICAÇÃO
VEDAÇÕES E ESTORNO
Princípio Constitucional
-não-cumulatividade
Art. 155,§ 2°, I CF/88: O ICMS será não
cumulativo,
compensando-se
o que for
devido
em cada operação relativa à
circulação de mercadorias ou prestação
de serviços com o
montante cobrado
nas
anteriores pelo mesmo ou outro Estado,
ou pelo DF.
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Conceitos
Visão normativa do Crédito (direito
subjetivo, titularidade ativa exclusiva do
contribuinte)
NÃO CUMULATIVIDADE
Artigo 155, §2º, II – CF/88 - A isenção ou a
não incidência, salvo determinação em contrário
da legislação:
a) - não implicará crédito para compensação com o
montante devido nas operações ou prestações
seguintes;
b) - acarretará a anulação do crédito relativo às
NÃO CUMULATIVIDADE
Art. 155, §2º, XII, “c” – O ICMS
atenderá ao seguinte: cabe à lei
complementar:
disciplinar o regime de compensação.
ICMS – NÃO CUMULATIVIDADE
Art. 23 LC 87/96 – O direito de crédito para efeito
de compensação com débito do imposto,
reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido
as mercadorias ou para o qual tenham sido
prestados os serviços, está
condicionado à
idoneidade da documentação
e, se for o caso, à
escrituração nos prazos e
condições
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ICMS – NÃO CUMULATIVIDADE
Art. 19 LC 87/96 (art. 155, §2º, I, CF/88) – O
imposto é não-cumulativo,
compensando-se o que
for devido
em cada operação relativa à circulação
de mercadorias ou prestação de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação com o
montante cobrado
(não
necessariamente pago)
nas anteriores pelo
mesmo ou outro Estado.
CRÉDITO ATIVO PERMANENTE
Art. 20 da Lei Complementar 87/96
Artigo 20 - Para a compensação a que se refere o
artigo anterior, é assegurado ao sujeito passivo,
o direito de creditar-se do imposto
anteriormente cobrado, em operações de que
tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou
simbólica, no estabelecimento, inclusive a
destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo
permanente, ou ao recebimento de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal ou de
comunicação.
CRÉDITO ATIVO PERMANENTE Art. 20 da Lei Complementar 87/96
§ 5º - Para efeito do disposto no caput deste artigo,
relativamente aos créditos decorrentes de entrada
de mercadorias no estabelecimento destinadas ao
ativo permanente, deverá ser observado:
I – a apropriação será feita à razão de um
quarenta e oito avos por mês, devendo a
primeira fração ser apropriada no mês em que
ocorrer a entrada no estabelecimento;
CRÉDITO ATIVO PERMANENTE Art. 20 Lei Complementar 87/96
§ 5º - Para efeito do disposto no caput deste artigo,
relativamente aos créditos decorrentes de entrada de mercadorias no estabelecimento destinadas ao ativo permanente, deverá ser observado:
V – na hipótese de alienação dos bens do ativo
permanente, antes de decorrido o prazo de 4 (quatro) anos contado da data de sua aquisição, não será admitido, a
partir da data da alienação, o creditamento de que trata
este parágrafo em relação à fração que corresponderia ao restante do quadriênio.
19 CRÉDITO de mercadorias para USO OU CONSUMO
Lei Complementar 87/96
Artigo 20 - Para a compensação a que se refere o
artigo anterior, é assegurado ao sujeito passivo,
o direito de creditar-se do imposto
anteriormente cobrado, em operações de que
tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou
simbólica, no estabelecimento, inclusive a
destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo
permanente, ou ao recebimento de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal ou de
comunicação.
CRÉDITO de mercadorias para USO OU
CONSUMO
Lei Complementar 87/96
Art. 33 – Na aplicação do art. 20
observar-se-á o seguinte:
I - somente darão direito de crédito as
mercadorias destinadas ao uso ou consumo
do estabelecimento nele entradas a partir
de 1o de janeiro de 2020;
CRÉDITO de Energia Elétrica
Lei Complementar 87/96
Art. 33 – Na aplicação do art. 20 observar-se-á o seguinte:
II – somente dará direito a crédito a entrada de energia elétrica no estabelecimento:
a) quando for objeto de operação de saída de energia elétrica; b) quando consumida no processo de industrialização;
c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação
para o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais; e
d) a partir de 1o de janeiro de 2020, nas demais hipóteses;
CRÉDITO de Comunicações
Lei Complementar 87/96
IV – somente dará direito a crédito o recebimento de
serviços de comunicação utilizados pelo estabelecimento:
a) ao qual tenham sido prestados na execução de
serviços da mesma natureza;
b) quando sua utilização resultar em operação de saída ou
prestação para o exterior, na proporção desta sobre as
saídas ou prestações totais; e
c) a partir de 1o de janeiro de 2020, nas demais
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DA VEDAÇÃO AO CRÉDITO NA LC 87/96
Art. 20, §1º - Não dão direito a crédito as entradas de
mercadorias ou utilização de serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do estabelecimento.
Art. 20, §2º - Salvo prova em contrário, presumem-se
alheios à atividade do estabelecimento os veículos de transporte pessoal.
DA VEDAÇÃO AO CRÉDITO NA LC 87/96
Art. 20, §3º - É vedado o crédito relativo à mercadoria entrada no estabelecimento ou a prestação de serviços a ele feita:
I - para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural, quando a saída do produto resultante NÃO FOR TRIBUTADA OU ESTIVER ISENTA DO IMPOSTO , exceto se tratar-se de saída para o exterior;
II - para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou a prestação subseqüente NÃO FOREM TRIBUTADAS OU ESTIVEREM ISENTAS DO IMPOSTO, exceto as destinadas ao exterior.
DO ESTORNO DE CRÉDITO NA LC 87/96
Art. 21. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado, sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento:
I - for objeto de saída ou prestação de serviço não-tributada ou isenta, sendo esta circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço;
II - for integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do produto resultante for não-tributada ou estiver isenta do
imposto;
III - vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;
IV - vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.