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Direito Civil 2. Prof. Luciana Vasco da Silva.

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(1)

Direito Civil 2

Prof. Luciana Vasco da Silva

(2)

CONTEÚDO

1. Apresentação da matéria, do programa e da bibliografia. Atos jurídicos, fatos jurídicos e seus reflexos sociais. Fatos naturais (Fatos jurídicos "strictu sensu") e Fatos humanos (Atos jurídicos "lato sensu")

2. Negócio jurídico. Conceito, classificação e interpretação (Elemento Volitivo)3. Teoria da Existência, validade e eficácia do negócio jurídico.

4. Elementos dos negócios jurídicos. Classificação. Elementos essenciais naturais: Vícios redibitórios e evicção. 5. Elementos dos negócios jurídicos. Classificação. Elementos acidentais: Condição, termo e encargo.

6. Aquisição, defesa e extinção. Teorias sobre a autonomia privada.

7. Defeitos dos negócios jurídicos (vícios do negócio): erro ou ignorância, dolo, coação.8. Estado de perigo e lesão de direito.

9. Fraude contra credores e simulação.

10. Invalidade e ineficácia dos negócios jurídicos.

11. Atos ilícitos. Teoria geral. Responsabilidade Civil. Abuso de direito.

12. Atos lesivos não considerados ilícitos: Legítima defesa, exercício regular de direito e estado de necessidade.13. Tempo no direito: Prescrição

14. Tempo no direito: Decadência

15. Provas no direito civil: Noções gerais. Espécies.

(3)

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

• GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil

brasileiro: parte geral. 14a. ed. São Paulo: Saraiva,

2016. v.1 RODRIGUES, Silvio. Direito civil: parte

geral. 34. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. v. 1.

[2006, 2007].

• VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: parte geral.

15a. ed. São Paulo: Atlas, 2015. v. 1 [2004, 2005,

2006, 2007, 2008, 2009, 2012, 2013].

(4)

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

• COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito civil: parte geral. 8ª ed. São Paulo: Revista

dos Tribunais, 2016. v.1.

• DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: teoria geral do direito civil. 32a. ed. São Paulo: Saraiva, 2015. v. 1

• GOMES, Orlando. Introdução ao direito civil. 19. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007. • MELO, Marcos Bernardes de. Teoria do fato jurídico: plano da existência. 12ª ed.

São Paulo: Saraiva, 2003.

• MONTEIRO, Washington de Barros; PINTO, Monteiro Ana Cristina de Barros

Monteiro França. Curso de direito civil, V.1: parte geral. 41. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

• WALD, Arnoldo. Direito civil: introdução e parte geral. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. v. 1 [2009]

(5)

AVALIÇÃO CONTINUADA

• 1)

Atividade Eletrônica

- padrão OAB, no primeiro

horário, com feedback e correção obrigatória no

segundo horário (2,0 pontos)

• 2)

Prova Dissertativa Individual

, baseada em

caso prático no primeiro horário, seguida de aula

normal no segundo horário- (6,0 pontos)

(6)

Fato Jurídico

(7)

• Somente o acontecimento

da vida relevante para o

direito pode ser

considerado fato jurídico.

• Chuva é um fato, mas é

um fato jurídico?

• Todo fato, para ser

considerado jurídico, deve

passar por um juízo de

Nasce

Desenvolve-se Extingue-se

(8)

• Nessa ordem, exemplifica Caio Mário: “a chuva que cai é

um fato, que ocorre e continua a ocorrer, dentro da normal

indiferença da vida jurídica, o que não quer dizer que,

algumas vezes, este mesmo fato não repercuta no campo

do direito, para estabelecer ou alterar situações jurídicas.”

• Outros se passam no domínio das ações humanas, também

indiferentes ao direito: o indivíduo veste-se, alimenta-se,

sai de casa, e a vida jurídica se mostra alheia a estas ações,

a não ser quando a locomoção, a alimentação, o vestuário

provoquem a atenção do ordenamento legal.

(9)

Fato Jurídico

“é todo acontecimento da

vida que o ordenamento

jurídico considera relevante

no campo do direito”.

GONÇALVES, Carlos Roberto.

Fato Jurídico (em

sentido amplo) ->

(10)

10

Fatos Jurídicos em sentido

amplo

Fatos Jurídicos em sentido estrito ou Fatos Naturais (decorrem de simples

manifestação da natureza)

Fatos Naturais Ordinários (nascimento e

morte, e a maioridade, o decurso do tempo)

Fatos Naturais Extraordinários (em geral, caso fortuito e força maior: terremoto, raio, tempestade, furacão)

Atos Jurídicos em sentido amplo ou Fatos Humanos

(11)

Fatos Jurídicos em sentido amplo

Fatos Naturais ou Fatos Jurídicos em

sentido estrito

Fatos Humanos ou Atos Jurídicos em sentido amplo (decorrem da atividade humana. São ações humanas

que criam, modificam, transferem ou extinguem direitos)

Atos lícitos (Praticados em conformidade com o ordenamento

jurídico)

Ato Jurídico em sentido estrito ou

Atos ilícitos (praticados em desacordo com o prescrito no

(12)

12

Atos lícitos

Ato Jurídico em sentido

estrito ou meramente lícito

(o efeito da manifestação da vontade está predeterminado na lei).

Ex: reconhecimento voluntário de

paternidade, fixação de domicílio, notificação, intimação, confissão.

Negócio Jurídico (a ação humana visa diretamente a alcançar um fim prático permitido na lei, dentre a multiplicidade de efeitos possíveis. Efeitos podem estar previstos em lei, mas também são escolhidos por ato voluntário, de vontade).

Ex: venda e compra de um carro, locação, doação (precisa da aceitação do donatário), testamento (é a vontade do testador, dentro dos 50% se não tiver herdeiros necessários), casamento (pode escolher o regime, pode fazer pacto-nupcial).

(13)

• São exemplos de fatos jurídicos stricto sensu...

• A a declaração, o testamento, a residência.

• B o contrato, o testamento, a aluvião.

• C a descoberta de tesouro, a dívida de jogo, o

nascimento.

(14)

RESPOSTA CERTA

• D

(15)

QUESTÃO: Anésio vendeu à Feliciano um imóvel de sua propriedade no interior de São Paulo (um sitio), totalmente regularizado no valor de R$ 128.000,00. Feliciano não possuindo todo dinheiro no ato da compra obteve empréstimo junto ao Banco “Só Alegria” no valor de R$ 38.000,00. Passados mais de 03 anos da aquisição,

Feliciano num certo final de semana notou que sua propriedade poderia ser invadida a qualquer momento pelo movimento do MST, pois os integrantes estavam acampados em frente ao seu sítio.

• RESPONDA: 1. Que tipo de fato jurídico ocorreu nesta relação entre Anésio e Feliciano?

• 2. A compra do imóvel por Feliciano e a venda de Anésio caracterizam algum efeito jurídico dos atos jurídicos? Cite e explique.

• 3. Imagine que Feliciano lhe contratou para defender seus direitos que estão na iminência de serem lesados. Como se chama o efeito dos atos jurídicos a serem

(16)

• QUESTÃO 2

: José era homem idoso e proprietário de algumas glebas de

terras e bens materiais. Ao falecer, deixou uma enorme herança para seus

filhos: Daniel e Paulo, e, nomeou como legatário um amigo seu chamado

Epaminondas, ao qual destinou seu maior tesouro: seu cavalo Banzé. Com

base nos conhecimentos adquiridos responda:

• 1. A morte de José é um exemplo típico de qual fato jurídico?

• 2. Que efeitos jurídicos sofreram Daniel e Paulo com a sucessão

hereditária? Justifique.

• 3. Classifique o modo como ocorreu o acréscimo patrimonial dos

herdeiros e do legatário sob o prisma das modalidades de aquisição de

direito.

(17)

Melquíades e Marcelo, maiores e capazes, desejavam

muito ter uma bicicleta. Marcelo trabalhou o ano inteiro e

conseguiu economizar o suficiente para comprá-la na loja de

Alberto. Melquíades não conseguiu economizar o valor e, à

noite, entrou sorrateiramente naquele estabelecimento tendo

subtraído uma bicicleta preta.

• a) Qual a natureza jurídica dos atos praticados por Marcelo

e Melquíades?

• b) À luz do Novo Código Civil brasileiro, o ato ilícito poderia

ser considerado ato jurídico?

(18)

Negócio Jurídico

Para Francisco Amaral, é a declaração de vontade privada destinada a

produzir efeitos que o agente pretende e o direito reconhece. Tais efeitos

são a constituição, modificação ou extinção de relações jurídicas, de modo vinculante, obrigatório para as partes intervenientes.

O negócio jurídico é o meio de realização da autonomia privada, e o contrato é o seu símbolo.

(19)

• Miguel Reale, preleciona que “

negócio jurídico

é aquela espécie de ato jurídico que, além de

se originar de um ato de vontade, implica a

declaração expressa da vontade, instauradora

de uma relação entre dois ou mais sujeitos

tendo em vista um objetivo protegido pelo

ordenamento jurídico...

(20)

Negócio Jurídico

Para se constituir, o negócio jurídico deve ter a

livre manifestação de vontade da(s) parte(s)

(como expressão de liberdade e autonomia),

com

finalidade

negocial

de

aquisição,

modificação ou extinção de relações jurídicas.

(21)

• Aquisição de direitos

Compra de imóvel, contrato de honorários

• Modificação de direitos

Testamento, Prorrogação do contrato de trabalho de experiência

• Extinção de direitos

Venda da casa, doação, renúncia a usufruto

• Conservar direitos

(22)

Aquisição de direitos

• não há interferência do titular anterior. • ocupação de coisa

sem dono (coisas de

ninguém ou abandonadas), art. 1.263 C.C., - caça e a pesca; • avulsão (art. 1.251 C.C.)

Originária:

22 • quando a transferência é feita por outra pessoa. O direito é adquirido com todas as qualidades ou defeitos do título anterior. O bem é

transmitido com todos os vícios e ônus.

• contrato de compra e venda

(23)

Aquisição de direitos

• quando só o

adquirente

aufere

vantagem

• Ex: sucessão

hereditária

Gratuita:

• quando se exige do

adquirente uma

contraprestação,

possibilitando a

ambos os

contratantes a

obtenção de

benefícios.

• Ex: compra e venda,

locação

(24)

MOMENTO DE AQUISIÇÃO

FASE PRELIMINAR

Expectativa de Direito

Ex.: Filhos que sucedem os pais com a morte DIREITO EVENTUAL Direito concebido mas pendente de concretização Ex.: Aceitação de proposta de compra e venda ou exercício de Direito de Preferência DIREITO CONDICIONAL Precisa de evento futuro e incerto 24

(25)

Modificação de direitos

Os direitos subjetivos nem sempre conservam as

características iniciais e permanecem inalterados

durante sua existência.

Podem sofrer mutações quanto ao seu objeto,

quanto à pessoa do sujeito e, às vezes, quanto a

ambos os aspectos.

(26)

Modificação de direitos

Subjetiva: diz respeito à pessoa do

titular, permanecendo inalterada a

relação jurídica primitiva.

Inter vivos: cessão de

crédito

Causa mortis:

transmite-se aos herdeiros

26

Objetiva: diz respeito ao objeto

Qualitativa: o conteúdo do

direito se converte em outra espécie, sem que aumentem ou diminuam as faculdades do

sujeito. Ex: credor de dinheiro recebe objeto

Quantitativa: objeto aumenta ou diminui no volume ou

extensão, sem alterar a

(27)

Extinção de direitos

• Perda do direito: quando ele se destaca do titular e passa a

subsistir com outro sujeito. Ex: compra e venda de imóvel

• Extinção do direito: quando desaparece, não podendo ser

exercido pelo sujeito atual, nem por outro qualquer. Ex:

pagamento integral de dívida

Subjetiva: quando o direito é personalíssimo e

morre seu titular. Ex: o reconhecimento da paternidade pelo filho só pode ser exigido enquanto

este filho estiver vivo

Objetiva: perecimento do objeto sobre o qual recai o direito. Ex: propriedade de

um cavalo que estava sendo negociado e morre

Vínculo jurídico:

perecimento da pretensão ou do próprio direito material. Ex: prescrição e

(28)

Exemplos de Extinção de direitos

• Perecimento do objeto (anel que cai em um rio profundo e é levado pela correnteza) ou perda de suas qualidades essenciais (campo de plantação invadido pelo mar).

• Renúncia - quando o titular de um direito, dele se despoja, sem transferi-lo a quem quer que seja; ele abre mão de um direito que teria (ex: renúncia à herança).

• abandono – intenção do titular de se desfazer da coisa não querendo ser mais seu dono.

https://www.youtube.com/watch?v=zWKtOlm9oGU

• Alienação – que é o ato de transferir o objeto de um patrimônio a outro, de forma onerosa ou gratuita.

• Falecimento do titular, sendo direito personalíssimo, e por isso, intransferível.

(29)

PGE-RO - 2011 - Procurador do Estado

• O recente terremoto ocorrido no Japão em 11 de março

de 2011, sob o ponto de vista da teoria geral do direito,

pode ser classificado como

a) ato jurídico em sentido estrito

b) ato jurídico em sentido amplo.

c) negócio jurídico

d) fato jurídico em sentido estrito

e) fato ilícito em sentido estrito

(30)

• Carla Fontes, esposa de um rico industrial, adquire uma nova mesa

para a sala de jantar de sua fazenda e resolve abandonar a mesa

antiga no lixão da pequena cidade. Belmiro Mendes, morador de

rua, encontra no lixo a referida mesa e se serve dela como seu

abrigo para chuva.

• a) Qual a natureza jurídica dos atos praticados por Carla e Belmiro?

• b) Faça a distinção entre negócio jurídico e ato jurídico em sentido

estrito.

• c) O ato praticado por Belmiro possui expressa previsão legal? Em

caso positivo identifique-o no ordenamento jurídico vigente.

(31)
(32)

COMO PODEM SER CLASSIFICADOS ?

• Qto ao número de declarantes

• Qto as vantagens

• Qto ao momento da produção de efeitos

• Qto ao modo de existência

• Qto as formalidades

• Qto ao número de atos necessários

(33)

Quanto ao número de declarantes

Unilaterais: aperfeiçoam-se com

uma única manifestação de vontade.

Receptícios: a declaração de

vontade tem que se tornar

conhecida do destinatário

para produzir efeitos. Ex: resilição de contrato por

denúncia

Não receptícios: o

conhecimento por parte de outras pessoas é

Bilaterais: precisam de duas

manifestações de vontade, como acordo de vontades.

Simples: uma das partes

aufere vantagens e a outra fica com os ônus. Ex:

doação

Sinalagmáticos: há

reciprocidade de direitos e obrigações. Ex: compra e

(34)

34

Quanto ao número de declarantes

...

Plurilaterais: contratos que

envolvem mais de duas

partes, onde as deliberações

ocorrem por decisões de

maioria. Ex: sociedade com

mais de 2 sócios e consórcios

(35)

Quanto às vantagens patrimoniais

Gratuitos: só uma das partes

aufere vantagens, sem que haja contraprestação. Ex:

doação, comodato.

Onerosos: ambas as partes auferem

vantagens, que correspondem a uma contraprestação. Ex: compra e venda,

locação

Comutativos: prestações certas e determinadas.

Partes anteveem vantagens e sacrifícios. Não há risco. Ex: contrato com a faculdade

Aleatórios: caracterizam-se pela incerteza, para

as 2 partes, sobre as vantagens e sacrifícios. A ...

(36)

36

Quanto às vantagens patrimoniais

...

finalidade a vinculação

Neutros: têm por

de um bem. Não são

nem gratuitos, nem

onerosos. Ex:

cláusula

de inalienabilidade e

incomunicabilidade

Bifrontes

:

contratos

que podem ser

onerosos ou gratuitos,

segundo a vontade das

partes. Ex: contrato de

depósito, doação (pura

(37)

Quanto ao momento da produção dos efeitos

Inter vivos: destinam-se a

produzir efeitos desde logo,

estando as partes vivas. Ex:

promessa de compra e

venda, locação, casamento

Mortis causa: destinam-se a

produzir efeitos após a

morte do agente. Ex:

(38)

Quanto ao modo de existência

Principais: têm

existência própria

e não dependem

da existência de

outro negócio. Ex:

compra e venda,

locação

Acessórios: sua

existência é

subordinada à do

contrato principal.

Ex: cláusula penal,

fiança

Derivados: têm

por objeto

direitos

estabelecidos em

outro contrato.

Ex: sublocação

38

(39)

Quanto às formalidades a observar

Solenes: devem obedecer

à forma prescrita em lei.

Ex: escritura pública,

testamento, renúncia da

herança

Não solenes: negócios de

forma livre. Ex: locação,

(40)

Quanto ao número de atos necessários

Simples: constituem-se

por ato único. Ex: doação de coisa móvel

Complexos: resultam da

fusão de vários atos sem eficácia independente. Ex: alienação de imóvel

(compromisso de compra e venda -> outorga da escritura

definitiva)

Coligados: conexão mediante

vínculo que une o conteúdo de 2 ou + contratos para a obtenção

de um mesmo objetivo. Ex: exploração de posto de gasolina

(locação bombas, comodato da lanchonete, fornecimento de

combustível etc).

(41)

• César Menezes, nas festas de fim de ano, após ter sido salvo por Péricles de um afogamento, toma diversas deliberações importantes na sua vida, com o desejo de mudar o rumo de tudo que vinha vivendo, sendo elas:

• • doação de uma casa a Péricles, em contemplação ao fato de ter sido salvo; • elaboração de um testamento, dispondo sobre sua parte disponível, em benefício de um de seus melhores amigos que sofrera um grave acidente, que o deixou inválido; • reconhecer o filho que teve de uma relação extraconjugal com Camila; • celebrar um contrato de locação com Matheus de um imóvel bem

confortável para a moradia de Camila e seu filho Breno; • estabelecer um contrato de sociedade com Michel e Edmar para exploração de produtos alimentícios.

• a) Como você classificaria cada um dos negócios realizados por César, atentando para os seguintes critérios:

• as partes (unilaterais e bilaterais); • integração (simples e complexos); • conteúdo (gratuitos e onerosos); • momento da produção de efeitos (causa mortis e inter vivos); • a forma (solene e não solene); • a causa (causais ou abstratos).

(42)

Interpretação

Interpretar o negócio jurídico é precisar o sentido e alcance do conteúdo da declaração de vontade. Busca-se a vontade objetiva, concreta das partes. Declaração + vontade = interpretação

Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.

Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.

Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente. (porque representam renúncia de direitos)

• Outros artigos do C.C.: art. 423 (contrato de adesão - interpretação mais favorável ao aderente); art. 843 (fiança não admite interpretação extensiva)

(43)

Regras práticas de interpretação

• Verificar o modo que os contratantes vinham executando o contrato, de comum acordo;

• Na dúvida, interpretar da maneira menos onerosa para o devedor;

• Cláusulas contratuais devem ser interpretadas em conjunto com as demais;

• Obscuridade é imputada a quem redigiu a estipulação, pois poderia ter sido claro e não o foi – interpretação a favor de quem se obriga;

(44)

TRT 9ª 2013 - FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária

44

Em relação à interpretação do negócio jurídico, é correto afirmar que: a) quaisquer negócios jurídicos onerosos interpretam-se estritamente.

b) na vontade declarada atender-se-á mais à intenção das partes do que à literalidade da linguagem.

c) a renúncia interpreta-se ampliativamente.

d) o silêncio da parte importa sempre anuência ao que foi requerido pela outra parte.

e) como regra geral, não subsiste a manifestação da vontade se o seu autor houver feito a reserva mental de não querer o que manifestou.

(45)

Resposta Certa

(46)
(47)

https://www.youtube.com/watch?v=f56OqYi5

r6Y

(48)

Elementos essenciais

• são os elementos estruturais,

indispensáveis à existência do ato e que lhe formam a substância. • Ex: a declaração de vontade Elementos naturais • são as consequências ou efeitos que decorrem da própria natureza do negócio, sem necessidade de expressa menção. • Ex: transmissão do domínio do bem; o lugar do pagamento, se não convencionado Elementos acidentais • são estipulações acessórias, que as partes podem facultativamente adicionar ao negócio, para modificar alguma de suas consequências naturais.

• Ex: condição, termo e encargo

(49)

• O casamento celebrado por autoridade incompetente ratione

materiae, como um delegado de polícia, por exemplo, é considerado

inexistente. Por essa razão, não se indaga se é nulo ou ineficaz, nem

se exige a desconstituição judicial, por se tratar de um nada

jurídico.

• O plano da existência é dos elementos, posto que elemento é tudo o

que integra a essência de alguma coisa.

• O ato existente deve passar por uma triagem quanto à sua

regularidade, para ingressar no plano da validade, quando então se

verificará se está perfeito ou se encontra eivado de algum vício ou

defeito inviabilizante

(50)

Existência – Validade – Eficácia

Existência - Agente - Objeto - Forma - Declaração de vontade Validade - Agente capaz - Objeto lícito, possível, determinado ou determinável - Forma prescrita ou não defesa em lei - Declaração de vontade livre e sem vícios Eficácia - Efeitos naturais (vícios redibitórios e evicção) - Efeitos acidentais (termo, condição e encargo) 50 Elementos essenciais Elementos naturais e acidentais

(51)

• Pode, o negócio jurídico existir, ser válido, mas

não ter eficácia, por não ter ocorrido ainda, por

exemplo, o implemento de uma condição

imposta. O plano da eficácia é onde os fatos

jurídicos produzem os seus efeitos, pressupondo

a passagem pelo plano da existência, não,

todavia, essencialmente, pelo plano da validade

(52)

Requisitos da Existência

• Declaração de vontade

• Finalidade negocial

• Idoneidade do objeto

Faltando qualquer deles, o negócio inexiste.

(53)

DECLARAÇÃO DE VONTADE

https://www.youtube.com/watch?v=OaItgwVz

8pc

(54)

Declaração de vontade

• Vontade é pressuposto básico do NJ

• Precisa se exteriorizar

• Requisito do NJ -> declaração de vontade

• A declaração de vontade é o instrumento da

manifestação de vontade

• Princípio da autonomia da vontade ->

liberdade de (em conformidade com a lei)

celebrar NJ

(55)

Manifestação de vontade

Expressa

• realiza-se por meio da palavra, falada ou escrita, gestos, sinais, mímica, de modo explícito. Possibilita o conhecimento imediato da vontade do agente. • Ex: contrato Tácita • revela-se pelo comportamento do agente. Deduz-se a

intenção do agente pela sua conduta.

• Ex: aceitação tácita de herança por atos próprios de herdeiro (art. 1805); da aquisição de

propriedade móvel pela ocupação (art. 1.263)

Presumida

• declaração não realizada expressamente mas que

a lei deduz de certos

comportamentos do agente como indicação de vontade.

• Ex: art. 324 (entrega do título ao devedor

presume-se o pagamento)

(56)

• Difere a manifestação tácita da vontade da

presumida porque esta é estabelecida pela lei,

enquanto

aquela

é

deduzida

do

comportamento do agente pelo destinatário.

As presunções legais são juris tantum, ou seja,

admitem prova em contrário.

(57)

Declaração de vontade

Declaração receptícia

• dirigem-se a uma outra

pessoa, que precisa ter

ciência do ato para que

se produzam os efeitos.

Ex: proposta de

contrato

Declaração não

receptícia

• efetivam-se com a

manifestação de

vontade, não se

dirigindo a destinatário

especial. Ex: promessa

de recompensa

(58)

SILÊNCIO COMO MANIFESTAÇÃO DE

VONTADE

• Em regra não se aplica ao direito o provérbio

“quem cala consente”. Normalmente, o silêncio

nada significa, por constituir total ausência de

manifestação de vontade e, como tal, não

produzir efeitos. Todavia, excepcionalmente, em

determinadas circunstâncias, pode ter um

significado relevante e produzir efeitos jurídicos.

(59)

Silêncio como manifestação de vontade

O silêncio pode ser interpretado como manifestação de vontade quando a lei conferir a ele tal efeito, ou ser interpretado como consentimento quando ficar convencionado em pré-contrato ou resultar de usos ou costumes.

Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.

Ex: O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, se a

Ex: costume do local é que o pescador que ajude a puxar a rede ganhe alguns peixes pelo serviço;

encomenda de bolo na Ex: partes fizeram contrato por

prazo determinado que tem uma cláusula que diz que, findo o contrato, no silêncio das partes, passa a ser contrato por prazo indeterminado. Ex: No contrato, as partes lançam que se a mercadoria

(60)

Reserva mental

• Quando um dos declarantes oculta a sua

verdadeira intenção (aquilo que passa na mente

dele), quando não quer um efeito jurídico que

declara querer, com objetivo de enganar o outro.

60

Ex: aquele que manifesta sua

vontade para emprestar dinheiro a amigo que diz que vai se suicidar por causa de problemas financeiros. A intenção não era fazer o contrato de mútuo, mas salvar o amigo.

Ex: estrangeiro que, em situação ilegal no país, casa-se com uma mulher da terra a fim de não ser expulso pelo serviço de imigração.

(61)

Efeitos da Reserva Mental

• Reserva mental desconhecida da outra parte é

irrelevante para o direito. A vontade declarada

produzirá normalmente seus efeitos; considera-se o

que foi declarado.

• Se a reserva mental é conhecida pela outra parte,

configura hipótese de ausência de vontade, portanto,

Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor

haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se

dela o destinatário tinha conhecimento.

(62)

Finalidade negocial

• A existência do NJ depende da

manifestação de vontade com finalidade

negocial, ou seja, com o propósito de

adquirir, modificar ou extinguir direitos.

(63)

Idoneidade do objeto

• Idôneo = conveniente, próprio para alguma

coisa, adequado.

• Se a intenção das parte é celebrar contrato de

mútuo, o objeto deve ser coisa fungível

(substituível).

• Se a intenção é celebrar comodato, o objeto

deve ser coisa infungível (insubstituível).

(64)

Requisitos de validade

Requisitos de caráter geral:

64

Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:

I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou

determinável;

III - forma prescrita ou não defesa em lei.

*Requisitos de caráter específico são pertinentes a cada tipo de negócio jurídico.

(65)

Agente capaz

• Capacidade de fato ou de exercício de direitos; aptidão para

exercer direitos e contrair obrigações na ordem civil. Adquire-se

com a maioridade ou emancipação (arts. 3º e 5º).

• Incapacidade -> restrição legal ao exercício da vida civil.

• Incapacidade absoluta -> proibição total do exercício de direitos

por si só, tem representante/tutor – sob pena de nulidade.

• Incapacidade relativa -> deve ser acompanhado e assistido por

seu curador, participam do NJ os dois – sob pena de

anulabilidade.

(66)

Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes

não pode ser invocada pela outra em benefício

próprio, nem aproveita aos co-interessados

capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o

objeto do direito ou da obrigação comum.

66

Agente capaz

Agente capaz

Agente relativamente incapaz

*O NJ será anulável naquilo que aproveita apenas ao relativamente incapaz, exceto se indivisível o objeto.

(67)

Objeto lícito

• Objeto lícito -> conforme a lei, a moral e os bons

costumes

Objeto jurídico/imediato -> conduta humana, obrigação de dar, fazer, não fazer

Objeto material/mediato -> bens ou prestações em si

Objeto imoral: casas de tolerância

(68)

Objeto possível

Impossibilidade física: emana de leis físicas ou naturais

68

• Absoluta: alcança a todos

indistintamente. Ex: colocar toda a água do oceano em um copo

d´água; venda de terreno na lua, venda de praça.

• Relativa: atinge o devedor mas não outras pessoas, não constitui obstáculo ao NJ.

• Ex: contratação de um pintor para pintar a casa em um dia, pode ser impossível para ele, mas não é para todos; produção futura de uma empresa; venda de apartamento na planta Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado.

(69)

Objeto possível

Impossibilidade jurídica: ordenamento jurídico

proíbe. Ex: não pode ser objeto de contrato a

herança de pessoa viva (art. 426); venda de bem

gravado com cláusula de inalienabilidade.

(70)

Objeto determinado ou

determinável

• Determinado: objeto individualizado no seu gênero,

quantidade e qualidade. Gera obrigação de dar coisa

certa.

• Indeterminado: objeto individualizado no seu gênero e

quantidade, mas não em sua qualidade. Gera obrigação

de dar coisa incerta.

• Objeto pode nascer determinável mas tem que morrer

determinado. Regra geral, a escolha da qualidade é feita

pelo devedor (aquele que deve a coisa)

(71)

Forma prescrita ou não defesa em lei

• Regra geral, a forma é livre: contrato escrito, público

ou particular, verbal

• Há casos em que a lei exige forma escrita (pública ou

particular) para dar segurança e seriedade ao NJ.

Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de

forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.

(72)

Forma livre

• qualquer meio de

manifestação da vontade (palavra escrita ou falada, escrito público ou

particular, gestos, mímica etc). Ex: venda de bem móvel, recibos.

Forma especial/solene

• exigida pela lei como requisito de validade. Observância de determinada solenidade para assegurar autenticidade do NJ, livre manifestação da vontade, seriedade do ato e facilitar a prova. Forma contratual: • convencionada pelas partes. 72 Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da substância do ato.

(73)

Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da substância do ato.

Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à

constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.

Forma

especial/solene

Forma contratual

(74)

Existência – Validade – Eficácia

Existência - Agente (2 agentes, doação p/ cachorro) - Objeto (idoneidade) - Forma - Manifestação de

vontade (noiva que não se manifesta, reserva mental conhecida pela outra parte, contrato não assinado) Validade - Agente capaz - Objeto lícito, possível, determinado ou determinável - Forma prescrita ou não defesa em lei - Manifestação de vontade livre e sem vícios Eficácia - Efeitos naturais (vícios redibitórios e evicção) - Efeitos acidentais (termo, condição e encargo) 74 Elementos essenciais Elementos naturais e acidentais

(75)

Aplicada em: 2008

Banca: CESPE Órgão: OAB-SP

Prova:

Exame de Ordem

Segundo a doutrina, são pressupostos de validade do negócio jurídico:

• a manifestação de vontade; agente emissor de vontade; objeto; forma.

• B agente emissor de vontade capaz e legitimado para o negócio; objeto lícito, possível e determinado, ou determinável; forma.

• C manifestação de vontade livre; agente emissor de vontade capaz e legitimado para o negócio; objeto lícito, possível e determinado, ou determinável; forma legalmente prescrita ou não defesa em lei.

(76)

RESPOSTA CERTA

• C

(77)

https://www.onlinequizcreator.com/pt/negoci

o-juridico-i-lu/quiz-304392

Ou

(78)

Plano da Eficácia

Eficácia: está gerando efeitos.

Elementos acidentais: São os que se acrescentam à figura

típica do ato para mudar-lhe os respectivos efeitos. São

cláusulas que, feitas por declaração unilateral ou pela

vontade das partes, acarretam modificações em sua

eficácia ou em sua abrangência.

• Condição

• Termo

• Encargo

(79)

https://www.youtube.com/watch?v=S80h0Vs

Cgow

(80)

Condição

• É o acontecimento

futuro e incerto

do que de depende a

eficácia do NJ.

• Insere-se nas disposições escritas do NJ.

• Deriva exclusivamente da vontade das partes -> exclui-se

as condições impostas pela lei.

• NJs unilaterais (como o testamento) admitem

disposições condicionais.

80

Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e

(81)

Elementos da Condição

Voluntariedade

• Cláusula deve ser voluntária. • As partes devem querer e

determinar o evento.

• Não há condição se a eficácia do NJ for subordinada por determinação de lei e se a eficácia decorre da própria natureza do NJ, como a morte no testamento (é intrínseca).

• A condição altera a estrutura do NJ.

Futuridade

• A condição se relaciona com evento no futuro.

• Se for fato passado ou presente, não é condição.

Evento Incerto

• Evento deve ser incerto, podendo ocorrer ou não. • Incerteza deve ser objetiva –

ser incerto para todos e não apenas para o declarante.

(82)

Condição voluntária e Condição legal

Condição voluntária

• É estabelecida pelas partes.

• Traduz um elemento voluntário do NJ e depende de combinação das partes.

Condição legal

• É estabelecida por lei.

• É pressuposto do NJ, é inerente ao ato. • É elemento componente do ato e que a

lei exige.

• Ex: Adquiro um prédio se o

proprietário se comprometer a lavrar a escritura pública. Só abre testamento se o testador morrer. Necessidade de casamento para eficácia do pacto antenupcial. Só tem CNH se tiver 18 anos.

(83)

Não se admite condição

Atos que não admitem condição denominam-se atos puros:

a)

NJs que, por sua função, inadmitem incerteza.

b)

Atos jurídicos em sentido estrito.

c)

Atos jurídicos de família, onde não há princípio da

autonomia privada, pelo fundamento ético social existente.

d)

Atos referentes ao exercício dos direitos personalíssimos.

• Exemplos: aceitação e renúncia de herança, os títulos de

crédito, fixação de domicílio, reconhecimento voluntário de

paternidade, procuração, exercício de poder familiar,

(84)

Condições quanto à licitude

Lícitas

• condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons

costumes.

Ilícitas

• as que atentarem contra proibição do ordenamento jurídico, a moral ou os bons

costumes. Ex: cláusula que obriga alguém a roubar, a matar etc.

84

Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito

(85)

• É ilícita, por exemplo, a cláusula que obriga alguém a

mudar de religião, por contrariar a liberdade de credo

assegurada na Constituição Federal, bem como a de

alguém se entregar à prostituição. Em geral, as

cláusulas que afetam a liberdade das pessoas só são

consideradas ilícitas quando absolutas, como a que

proíbe o casamento ou exige a conservação do estado

de viuvez. Sendo relativas, como a de se casar ou de

não se casar com determinada pessoa, não se reputam

proibidas

(86)

Condição quanto ao modo de atuação

Suspensiva:

• impede que o ato produza efeitos até a realização do evento futuro e incerto. Não se adquire o direito até se verificar a condição

suspensiva. O NJ passa a ter vida. Ex: dar-te-ei tal bem se lograres tal feito.

86

Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o

direito, a que ele visa.

Comprarei seu quadro se ele for aceito numa exposição internacional ou doarei meu apto se você se casar.

(87)

• A doa a B um objeto, sob condição suspensiva; mas, enquanto

esta pende, vende o objeto a C; nula será a venda.

• A doa a B o usufruto de um objeto, sob condição suspensiva;

mas, enquanto esta pende, aliena a C a sua nua-propriedade do

mesmo objeto; válida será a alienação porque não há

incompatibilidade entre a nova disposição e a anterior

Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão

(88)

Resolutiva:

• extingue, resolve o direito transferido pelo negócio, ocorrido o evento futuro e incerto. O NJ deixa de ter vida. Ex: Dou-te renda mensal

enquanto você estudar. Cedo-lhe esta casa para que nela resida, enquanto for solteiro. Compro-lhe esta fazenda, sob a condição do contrato se resolver se gear nos próximos três anos.

88

Condição quanto ao modo de atuação

Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão

(89)

• Ex.: Se alguem promete um apartamento a outrem,

para quando se casar, este poderá reformá-lo, se

necessário, e rechaçar atos de esbulho e turbação.

Pendente a condição, o devedor da obrigação

condicional poderá praticar os atos normais de gestão

e até perceber os frutos da coisa, porém todos os

riscos correrão por sua conta

Art. 130. A Condição suspensiva ou resolutiva não obsta o exercício dos atos praticados a conservar o direito a ela subordinado.

(90)

Condições quanto à possibilidade

Condições fisicamente impossíveis

• não podem ser cumpridas pelas leis da física ou da natureza. Se a impossibilidade física é genérica e é resolutiva, a condição é dada por inexistente, como se não estivesse escrita, mas não compromete a eficácia do NJ -não há dúvida quanto ao

interesse das partes, a realização ou manifestação de vontade. • Ex: Dar-lhe-ei R$100,00 se tocar

o céu com o dedo. Doo a você essa casa, desde já, mas se alguém conseguir dar a volta ao mundo a pé em dois dias, a doação será extinta.

Condições juridicamente impossíveis

• esbarra em proibição expressa no ordenamento jurídico ou fere a moral ou os bons costumes. • Não podem receber proteção

jurídica.

• Ex: adotar pessoa da mesma idade, realizar NJ que tenha por objeto herança de pessoa viva; emancipar aos 12 anos, casar em comunhão de bens aos 70 anos etc.

Condições de não fazer coisa impossível

• nem são consideradas como condição porque não são passíveis de atingir o NJ. • Não prejudicam o NJ. • Ex: Dar-lhe-ei tal objeto, se

abstiveres de viajar numa máquina do tempo.

(91)

Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:

I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas;

II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;

III - as condições incompreensíveis ou contraditórias. Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições

impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível.

Quando a condição é suspensiva, a eficácia do NJ se subordina a ela. Se o evento é impossível, o NJ Consideram não escritas, são inexistentes e o NJ permanece produzindo efeitos.

(92)

• Potestativas são as que decorrem da vontade

ou do poder de uma das partes.

• Segundo Silvio Rodrigues, “diz-se potestativa a

condição quando a realização do fato, de que

depende a relação jurídica, subordina-se à

vontade de uma das partes, que pode

provocar ou impedir sua ocorrência”

(93)

Condição quanto à fonte de onde

promanam:

Casual: dependem do acaso, do fortuito, de fato alheio à vontade

das partes ou que subordina a obrigação de um acontecimento que depende da vontade exclusiva

de um terceiro. Ex: Dar-te-ei R$100,00 se chover amanhã.

Potestativa: decorrem da vontade ou do poder de uma das partes, que pode provocar ou

impedir sua ocorrência.

Puramente potestativa: sujeitam todo o efeito do ato ao puro arbítrio de uma das partes, sem a influência de qualquer fator externo. Se

me aprouver, mero capricho. São

consideradas ilícitas pelo art. 122. Ex: pagarei pelo imóvel no dia em que eu puder; pagarei

Simplesmente ou meramente potestativa: dependem não só da manifestação de uma das partes como também de algum acontecimento exterior que escapa ao seu

controle. Ex: Dar-te-ei este bem se fores a Roma (depende da vontade, tempo e

(94)

Mista: condições que dependem simultaneamente da vontade de uma das partes e da vontade de um terceiro.

Ex: Dar-te-ei tal quantia se casares com tal pessoa ou se fizer sociedade com

fulano.

Perplexas ou contraditórias: as que privarem de todo efeito o NJ. Condições que não fazem sentido e deixam o intérprete perplexo, confuso,

sem compreender o propósito da condição. Resultam na invalidade. Ex:

Vou alugar meu imóvel em SP para você morar assim que você for transferido para o Japão; vou lhe vender o veículo sob a condição de

você não poder dirigi-lo.

94

Condição quanto à fonte de onde

promanam:

(95)

Retroatividade e Irretroatividade

Se a condição resolutiva ocorre em NJ de execução continuada ou periódica, a sua realização não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que

compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme os ditames de boa-fé e salvo disposição contrária – ou seja, há irretroatividade.

• Ex: A aluga para B seu apartamento até que ele seja vendido, devendo B pagar aluguéis mensalmente. Com a condição resolutiva, os efeitos ocorrem dali para frente, não se devolvem os valores pagos e B para de pagar o aluguel.

Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou

periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição

(96)

Pendente: condição que ainda não se verificou ou não se frustrou. Existe um

direito condicional ou expectativa, uma expectativa de direito. O art. 130 permite ao titular do direito eventual o exercício de atos destinados a

conservá-lo (interrupção da prescrição, ação de reintegração de posse).

Condição suspensiva:

não se adquire o

direito enquanto

pendente a condição.

Condição resolutiva: não

se cessa o direito

enquanto pendente a

condição

96

(97)

• Como se expressa Polacco, citado por

Washington

de

Barros

Monteiro,

das

condições suspensivas depende que o negócio

jurídico tenha vida, das resolutivas, que cesse

de tê-la

(98)

Implemento: é a verificação

da condição. Ocorrida a condição suspensiva, o direito

é adquirido, na condição resolutiva, o direito cessa.

Frustração: quando não realizada a condição. Se

o evento não se realizou no período previsto ou é certo que não poderá se realizar.

Condição suspensiva: ato não produzirá efeitos, não subsistindo mais os até então verificados. Cessa a expectativa

de direito. Permanece não surtindo efeitos.

Condição resolutiva: efeitos tornam-se definitivos. Ato deixa de ser condicionado e

passa a ser simples.

(99)

Malícia quanto ao implemento da condição

• Considera-se implementada a condição que for maliciosamente impedida pela parte a quem desfavorecer. Ex: O funcionário de uma agência de carros que

vender 100 carros em um ano, ganhará um carro. Pedro vende os 100 carros mas seu chefe tira a NF do 100º carro só para janeiro, impedindo maliciosamente o implemento da condição. Reputar-se-á verificada a condição.

• Considera-se não implementada a condição que ocorrer por interferência maliciosa daquele a quem favorece. Ex: um investidor compactuou com uma startup que se esta conseguisse 2 mil seguidores no youtube, teria um

investimento. A startup maliciosamente contrata um robô para fazer inscrições Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a

(100)

https://www.youtube.com/watch?v=ZQoBfg0

EU40

(101)

Termo

• Termo: é o dia ou momento em que começa ou se

extingue a eficácia do NJ

• Pode ser hora, dia, mês ou ano.

• Termo convencional: cláusula contratual que

(102)

• Termo não suspende a aquisição do direito, pois é evento futuro

mas certo. Ex: locação a partir de 01/2018.

• O titular de direito a termo pode exercer sobre ele direitos para

conservá-lo.

• NJ que não admitem termo: aceitação ou renúncia de herança,

emancipação, casamento, reconhecimento de filho, NJs que são

de execução imediata.

• NJ pode ter condição e termo. Ex: dou-lhe um consultório se

você formar em medicina até os 25 anos.

102

Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.

(103)

Espécies de Termo

• Termo convencional: deriva da vontade das partes.

• Termo de direito: decorre da lei. Ex: a sentença que decreta a

falência deve determinar o termo legal da falência.

• Termo de graça: dilação de prazo concedida ao devedor para

pagamento ou parcelamento.

• Termo incerto: o evento é certo mas a data é incerta. Ex: morte

não se sabe quando acontecerá.

• Termo certo: determina a data no calendário ou o lapso de

tempo.

(104)

Espécies de Termo

• Termo inicial ou suspensivo: data em que se inicia o NJ, só pode ser exercido depois do termo. Ex: locação.

• Termo final ou resolutivo: data em que se finda o NJ, só pode ser exercido até o termo. Ex: locação.

• Termo essencial: efeito pretendido deve ocorrer em momento bem preciso, sob pena de, verificado depois, não ter mais valor. Ex: entrega de um vestido até a cerimônia, depois não tem mais utilidade.

• Termo não essencial: não é fundamental para que o NJ surta efeitos,

continuará tendo efeitos mesmo depois. Ex: tem que pagar aluguel até dia 05, se pagar dia 10 continua tendo efeito a locação.

• Termo impossível: ex: dia 31/02.

• Termo inicial impossível: demonstra a inexistência da vontade real de se obrigar e gera a nulidade do NJ.

• Termo final impossível: demonstra que as partes não desejam que o NJ se resolva e o termo é considerado inexistente.

(105)

Prazo

• Prazo: intervalo de tempo entre o termo inicial e o termo final ou

entre a manifestação de vontade e a chegada do termo.

• Prazo pode ser certo ou incerto.

• Ex: João comprou um quadro e tem 5 dias para pagar.

Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento.

§ 1o Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á prorrogado o

prazo até o seguinte dia útil.

§ 2o Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia.

§ 3o Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início,

(106)

• Quando houver dúvida no prazo, presume-se em favor do herdeiro e do devedor.

• Ex: testamento que deixa uma casa para o herdeiro Pedro, mas a casa fica em usufruto de João por um prazo certo. Testamento tem erro e ora diz 15 anos, ora 20 anos. Presume-se 15 anos pois favorece o herdeiro Pedro. • Ex: devedor renuncia ao prazo e antecipa o pagamento da dívida para se

livrar de um índice de correção monetária, sem que o credor possa impedi-lo (exceto se for do teor do instrumento ou das circunstâncias, caso em que o prazo presume-se a favor do credor e precisa da anuência dele).

106

Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em proveito do devedor, salvo, quanto a esses, se do teor do

instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do credor, ou de ambos os contratantes.

(107)

• Devem ser cumpridos imediatamente.

• Alguns NJs dependem de certo tempo, seja porque

precisam ser praticados em lugar diverso, seja pela

sua própria natureza.

• Ex: contrato de construção de casa, não se pode

exigir a entrega imediata da casa; Compra de uma

safra; entrega de bens em outro local etc.

Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exequíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de

(108)

Encargo ou modo

• É uma determinação que, imposta pelo autor de liberalidade, a esta

adere, restringindo-a.

• Cláusula acessória às liberalidades (NJ benéficos: doações,

testamentos) pela qual se impõe uma obrigação ao beneficiário.

• Admissível também em declarações unilaterais de vontade, como

promessa de recompensa.

• Não pode ser feita em NJ oneroso.

• Busca dar relevância ou eficácia jurídica a motivos ou interesses

particulares do autor da liberalidade. Constitui-se em obrigação de

dar, fazer ou não fazer.

• Ex: doação ao município com obrigação de construir hospital,

doação com obrigação de dar contribuição anual aos pobres,

testamento com obrigação de não demolir uma capela, de cuidar de

um animal etc.

(109)

• Se o encargo for previsto em testamento, aberta a

sucessão, o domínio e a posse dos bens transmitem-se

aos herdeiros com a obrigação do encargo. Se o encargo

não for cumprido, a liberalidade pode ser revogada.

• Encargo é coercitivo e não impede a aquisição do direito

≠ condição suspensiva é facultativa e impede a aquisição

do direito.

• Em caso de dúvida, deve-se interpretar a cláusula como

encargo, por ser mais favorável ao beneficiário.

Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente,

(110)

• O

encargo

difere da

condição suspensiva

porque

esta impede a aquisição do direito, enquanto

aquele não suspende a aquisição nem o exercício

do direito.

• A condição é suspensiva, mas não coercitiva.

Ninguém pode ser obrigado a cumprir uma

condição. O encargo é coercitivo e não

suspensivo.

(111)

ENCARGO X CONDIÇÃO RESOLUTIVA

• Difere, também, da condição resolutiva, porque não

conduz, por si, à revogação do ato.

• O instituidor do benefício poderá ou não propor a ação

revocatória, cuja sentença, de natureza desconstitutiva,

não terá efeito retroativo.

• A condição resolutiva, no entanto, opera de pleno

direito, resolvendo automaticamente o direito a que

ela se opõe. O pronunciamento judicial terá caráter

meramente declaratório.

(112)

• Encargo deve ser lícito e possível.

• Se for fisicamente impossível ou ilícito,

tem-se como inexistente.

• Se o seu objeto for a razão determinante da

liberalidade, o NJ será nulo.

• Ex: doação de um imóvel para que donatário

mantenha casa de prostituição é nulo.

112

Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o

(113)

• Beneficiário não é obrigado a aceitar a liberalidade.

• Se aceitar, deve cumprir o encargo.

• Se não cumprir, o disponente poderá ajuizar ação

para resolução da liberalidade ou ação de obrigação

de fazer, não fazer ou dar.

• Se o encargo for de interesse geral, o MP pode exigir

sua execução, depois da morte do doador, se este

não tiver feito.

• Se o beneficiário morrer antes de cumprir o

encargo, a liberalidade prevalece.

(114)

Exemplo:

• se a doação de um imóvel é feita para que o

donatário nele mantenha casa de prostituição

(atividade ilícita), sendo esse o motivo

determinante ou a finalidade específica da

liberalidade, será invalidado todo o negócio

jurídico.

(115)
(116)

• Declaração de vontade -> é elemento estrutural,

requisito de existência do NJ.

• Declaração de vontade deve ser livre e

espontânea.

• Vícios do consentimento: manifestação de

vontade não corresponde com o íntimo e

verdadeiro querer do agente: erro, dolo, coação,

estado de perigo, lesão.

• Vícios sociais: intenção de prejudicar 3ºs, ferir a

lei ou a boa-fé: fraude contra credores e

simulação.

(117)
(118)

Erro ou Ignorância

• Erro = ideia falsa da realidade.

• Ignorância = completo desconhecimento da realidade.

• Erro e Ignorância são tratados iguais pelo CC

• O agente se engana sozinho

• É levado a praticar ato ou realizar NJ que não

celebraria ou que praticaria em circunstâncias diversas

se estivesse devidamente esclarecido.

• Quando induzido em erro pelo outro ou 3º, configura

dolo.

(119)

• Não é qualquer espécie de erro que torna

anulável o negócio jurídico

.

• Para tanto, segundo a doutrina tradicional,

deve ser substancial, escusável e real.

(120)

Erro escusável

• Erro escusável, justificável, desculpável, que poderia ser cometido

por uma pessoa normal em face das circunstâncias do NJ.

• O critério é a pessoa mediana.

• É inescusável um erro por um técnico da área

120

Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência

normal, em face das circunstâncias do negócio.

Ex: Juiz pode considerar escusável a alegação de erro em um contrato de compra e venda em que a parte julgou ser doação se feita por uma pessoa rústica e analfabeta; e pode julgar inescusável, se feita por um advogado.

(121)

• Enunciado n.º 12 da Jornada de Direito Civil:

“Na sistemática do art. 138, é irrelevante ser ou não escusável o erro, porque o dispositivo adota o princípio da confiança”.

Pode-se alegar erro independe do erro ser escusável ou não, pois baseia-se no princípio da confiança e na boa-fé objetiva dos contratos.

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. HIPOTESE DE ERRO SUBSTANCIAL QUANTO AO OBJETO. CARACTERIZAÇÃO. JULGAMENTO DE PROCEDÊNCIA MANTIDO. I. O erro é uma falsa representação positiva da realidade, ao passo que a ignorância é um estado de espírito negativo, traduzindo desconhecimento. Na prática não é simples traçar, contudo, uma diferenciação, de modo que se costuma tratá-los da mesma forma. O erro pode descaracterizar o negócio jurídico, pois é vício da vontade, causa de anulação. Na doutrina mais clássica costuma-se dizer que o erro, para anular o negócio jurídico (vício da vontade), deve ser substancial e escusável, ou seja, perdoável. Trata-se, contudo, de entendimento demasiadamente subjetivo, razão pela qual a doutrina moderna, com base no princípio da confiança, que protege a boa-fé das pessoas, e, considerando a

(122)

Erro real

• Erro para invalidar o NJ deve ser real,

efetivo, causador de prejuízo concreto

para o interessado.

122

Ex: compra de carro ano 2005 achando ser ano 2009 que não teria sido comprado se soubesse o verdadeiro ano. Com a aquisição, sofreu prejuízo.

(123)

Erro substancial

• Erro substancial ou essencial = recai sobre

circunstâncias e aspectos relevantes do NJ.

• É a causa determinante, se fosse conhecido, não

se celebraria o NJ.

Art. 139. O erro é substancial quando:

I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;

II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;

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