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INDUSTRIAL IN TOMATO IN FUNCTION OF IRRIGATION LEVELS, IN THE SOUTH REGION OF GOIÁS

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Academic year: 2021

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PH EM FRUTOS DE TOMATEIRO INDUSTRIAL EM FUNÇÃO DE LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO, NA REGIÃO SUL GOIANA

N. E. P. da SILVA1; C. J. da SILVA2 ; N. de S. PIMENTEL 3; C. A. MEGGUER2; T. F.

ALVES3; R. P. da SILVA3

RESUMO: O adequado fornecimento de água as plantas pode promover alterações na qualidade fruto do tomateiro para processamento industrial, através de uma série de processos fisiológicos, tão como maximizar sua produtividade. O objetivo deste trabalho foi avaliar o pH de frutos de duas cultivares de tomateiro industrial no momento do corte de irrigação e colheita, sob lâminas de irrigação aplicadas por gotejamento, na região sul de Goiás. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições, em esquema fatorial 5x2. O primeiro fator consistiu-se de cinco lâminas de irrigação: 60%, 100%, 140%, 180% e 220% da evapotranspiração da cultura (ETc), acumulada entre duas irrigações consecutivas. O segundo fator constituiu-se de duas cultivares de tomateiro para processamento industrial (BRS Sena e Heinz 9992). No momento da suspensão da irrigação, não verificou diferenças mínimas significativas de pH para os fatores avaliados. A cultivar BRS Sena apresentou efeito linear crescente dos índices de pH na colheita, à medida que se elevou as lâminas de irrigação. Entretanto, o cultivar Heinz 9992 a lâmina de irrigação de 115% em relação a Etc, apresentou o maior índice de pH estimado (4,8).

PALAVRAS-CHAVE: Solanum lycopersicon, evapotranspiração de cultura, potencial Hidrogeniônico.

INDUSTRIAL IN TOMATO IN FUNCTION OF IRRIGATION LEVELS, IN THE SOUTH REGION OF GOIÁS

SUMMARY: The adequate water supply to plants can promote alterations in fruit quality of tomato for industrial processing, through a series of physiological processes, such as maximize its productivity. The objective of this work was to evaluate the pH of fruit of two cultivars of industrial tomato at the time of cutting irrigation and harvest under irrigation levels applied by drip, in the southern region fo Goiás. The experimental design was a randomized block with four replications in a 5x2 factorial scheme. The first factor consisted

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of five irrigation levels: 60%, 100%, 140%, 180% and 220% of crop evapotranspiration (ETc), accumulated between two consecutive irrigations. The second factor consisted of two tomato cultivars for industrial processing (BRS Sena and Heinz 9992). At the time of the suspension of irrigation, it was not found minimum difference significative of pH for the values assessed. The BRS Sena showed increasing linear effect of pH ratios at harvest, as it raised the irrigation levels. However, in the cultivar Heinz 9992 the irrigation water depth of 115% compared to Etc, had the highest estimated pH index (4.8).

KEYWORDS: Solanum lycopersicon, crop evapotranspiration, hydrogen potential.

INTRODUÇÃO

A produção de tomate para processamento industrial nas principais regiões produtoras do Brasil, como no Cerrado, é realizada durante a estação seca do ano, sendo a irrigação essencial para suprir as necessidades hídricas das plantas, podendo influenciar na maturação (Marouelli et al., 2012).

A água é um dos fatores que mais influenciam na produtividade e qualidade de frutos do tomateiro. No entanto, apesar de ser uma prática incorporada à tomaticultura, a irrigação é, muitas vezes, realizada de forma inadequada.

Dentre os estádios de desenvolvimento do tomateiro, os de floração e frutificação apresentam maiores demanda hídrica (ALVARENGA, 2004). Irrigações insuficientes provocam aumento na queda de flores, redução no estabelecimento de frutos e atraso na maturação, podendo comprometer o rendimento e a qualidade dos frutos (KOETZ et al., 2010). Entretanto, o excesso de água também compromete a produtividade, em razão da maior incidência de doenças, lixiviação de nutrientes, como o nitrogênio e o potássio.

Para obter maiores teores de sólidos solúveis, é conveniente diminuir a quantidade de água aplicada e o turno de rega na fase de maturação dos frutos do tomateiro, além de suspender totalmente as irrigações vários dias antes da colheita (KOETZ et al., 2010; MOREIRA et al. 2012). Segundo Chitarra (2006), o estresse abiótico pode aumentar a produção de etileno, principal hormônio responsável pelo amadurecimento do fruto, alterando suas características químicas. Entretanto, a suspensão da irrigação pode ocasionar redução na produtividade, devido ao déficit hídrico.

O pH do fruto de tomate destinado ao processamento industrial deve estar entre 4,0 e 4,5, para inibir o crescimento de bactérias (JONES JÚNIOR, 1999; BORGUINI e SILVA, 2007).

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Objetivou-se com este trabalho avaliar o pH de duas cultivares de tomateiro industrial no momento do corte de irrigação e na colheita, sob lâminas de irrigação por gotejamento, nas condições edafoclimáticas de Cerrado, no sul goiano.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi instalado na Unidade Experimental de Olericultura do Instituto Federal Goiano, Campus Morrinhos, Goiás, no período junho a outubro de 2013.

Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições, em esquema fatorial 5x2, sendo: cinco lâminas de irrigação, iguais a 60%, 100%, 140%, 180% e 220% da evapotranspiração da cultura (ETc, mm), acumulada entre duas irrigações consecutivas; e, duas cultivares de tomateiro industrial (BRS Sena e Heinz 9992). A ETc (Eq. 1) foi calculada em função da evaporação em tanque Classe A (ECA, mm), instalado na área experimental:

ECA.Kp.Kc

ETc 

(1) em que,

Kp é o coeficiente do tanque Classe A; e Kc é o coeficiente da cultura.

Adotou-se um Kp médio de 0,70 durante todo o experimento, conforme recomendação de SENTELHAS & FOLEGATTI (2003). Os coeficientes de cultura (Kc) foram baseados nas recomendações de ALLEN et al. (1998), para a cultura do tomateiro.

Cada parcela foi composta por três fileiras de plantas de 6,0 m de comprimento, no espaçamento de 1,2 m entre linhas e 0,27 m entre plantas, totalizando 66 plantas por parcela. A fileira central foi considerada a área útil da parcela e as duas laterais, bordadura. As parcelas e os blocos foram espaçados, entre si, em 2,0 e 3,0 m, respectivamente, para que não ocorresse efeito de tratamentos nas parcelas mais próximas.

Foi utilizado o sistema de irrigação por gotejamento, com emissores autocompensantes de 1,5 L h-1, espaçados em 0,3 metros entre si, sendo uma linha lateral de gotejadores por

fileira de plantas. A adubação, controle de pragas, doenças e de plantas daninhas foram realizados conforme recomendações para o tomateiro.

Após o transplantio, os tratamentos foram irrigados durante quatro dias consecutivos, fazendo reposição de 100% da ETc. Após este período, a irrigação foi realizada em dias alternados, até obter o pegamento das mudas. A partir do oitavo dia, as plantas foram

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submetidas às lâminas de irrigação até 100 DAT, quando então foi suspensa por 20 dias para realizar a colheita.

A Irrigação Total Necessária (ITN, mm) foi calculada levando em consideração a ETc e o valor equivalente às lâminas de irrigação (h), em decimal, considerando a eficiência de aplicação do sistema por gotejamento igual a 90% (Eq. 2).

0,90

ETc.h

ITN 

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O tempo de irrigação por posição (T, min) do sistema de irrigação, foi controlado através do fechamento de registros, instalados no início das parcelas (Eq. 3).

.60

q

Eg

Lf

ITN

T

(3) em que,

Lf é a largura da faixa molhada (m), igual a 1,2 m, mensurada em campo; Eg é a espaçamento entre gotejadores (m);

q é a vazão do gotejador (L h-1).

Aos 100 dias após transplantio, a irrigação foi suspensa em todos os tratamentos e 20 dias após, realizou-se a colheita, manualmente. A pH foi medido com pHmetro. Foram feitas avaliações no dia da suspensão da irrigação, quanto no momento da colheita, aos 120 dias após o transplante.

Os dados foram submetidos à análise de variância, a 5% de probabilidade, pelo teste F. Verificada a significância, aplicou-se teste de média (Tukey) para comparar as cultivares e, análise de regressão, para as lâminas de irrigação.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No dia suspensão da irrigação (aos 100 DAT) não ocorreu significância para nenhum dos fatores analisados. Houve efeito significativo das cultivares (C), lâminas de irrigação (L) e interação significativa de CxL, a 1% de probabilidade, pelo teste F, sobre o pH do fruto, na colheita (aos 120 dias após transplante).

O pH médio dos frutos no corte de irrigação foi de 4,6, menor que na colheita (4,96) (Tabela 1). Tal fato provavelmente ocorreu em função da ocorrência de chuvas na véspera da

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colheita. Estes resultados são diferentes dos encontrados por Domingos e Huber (1998), que verificaram um aumento do pH ao longo do amadurecimento do fruto de tomateiro.

Na colheita, de uma forma geral a cultivar BRS Sena apresentou maior pH que a cultivar Heinz 9992 (Tabela 1).

Tabela 1. Potencial Hidrogeniônico (pH) em frutos de tomateiro industrial, na colheita (120 DAT), em função de lâminas de irrigação. Morrinhos, GO, 2013.

Característica avaliada Cultivar Lâmina de irrigação (% ETc) Média

60 100 140 180 220

pHc Heinz 9992 4,84a 4,92b 4,93b 4,77b 4,83b 4,86

BRS SENA 4,83a 4,96a 5,09a 5,07a 5,13a 5,02

DMS: 0,225 Média 4,83 4,93 5,00 4,92 4,98 4,94

1Médias seguidas pela mesma letra na coluna, para a mesma característica avaliada, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. DMS: Diferença Mínima Significativa

Ocorreu aumento linear crescente dos índices de pH à medida que se elevou a reposição da Etc, para a cultivar BRS Sena. Entretanto, a cultivar Heiz 9992, o aumento da reposição da Etc elevou o pH ate um ponto máximo (4,8), estimado com a reposição de 115% da Etc, quando a partir daí voltou a cair novamente.

Embora os frutos das cultivares tenham sofrido variação no pH em função das lâminas de irrigação, estes não alcançaram níveis ideais para uma melhor sanidade e diminuição do período de esterilização da matéria prima.

CONCLUSÕES

Independe dos níveis de irrigação testados, não obteve índices de pH adequados para os frutos.

A cultivar BRS Sena apresenta frutos com maior acidez em condições de maiores déficits hídricos.

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De uma forma geral a cultivar Heinz 9992 apresentou frutos de maior acidez quando comparado ao BRS Sena.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALLEN, R.G.; PEREIRA, L.S.; RAES, D; SMITH, M. Crop evapotranspiration: guidelines of computing crop water requirements. FAO. Irrigation and Drainage Paper, 56. 1998. 300p. ALVARENGA, M.A.R. Tomate: produção em campo, em casa de vegetação e em hidroponia. Lavras: UFLA, 2004. 400p.

CHITARRA, M. I.; CHITARRA, A. D. PÓS-COLHEITA DE FRUTAS E HORTALIÇAS: FISIOLOGIA E MANUSEIO 2. Ed. Lavras:UFLA, 2005 117p.

DOMINGOS, P.F.A.; HUBER, D. J. Apoplastic pH and inorganic ion levels in tomato fruit: a potential means for regulation of cell wall metabolism during ripening. Physiology Plantarum, v.105, n. 3, p. 506-512,1999 508p.

JONES JÚNIOR, J.B. Tomato plant culture: in the field, greenhouse and home garden. Florida: CRC Press. 1999, 199p.

KOETZ, M.; CHURATA MASCA, M.G.C.; CARNEIRO, L.C.; RAGAGNIN, V.A.; SENA JUNIOR, D.G. de; GOMES FILHO, R.R. Caracterização agronômica e ºBrix em frutos de tomate industrial sob irrigação por gotejamento no sudeste de Goiás. Revista Brasileira de Agricultura Irrigada. V.4, n.1, p.14–22, 2010.

MAROUELLI, W.A.; SILVA, H.R. da; SILVA, W.L. de C. e. Irrigação do tomateiro para processamento. Circular Técnica 102. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, EMBRAPA, Brasília, mar. 2012. 22p.

MOREIRA, J.A.A.; CARDOSO, A.F.; COSTA, L.L.; RODRIGUES, M.S.; PEIXOTO, N.; BRAZ, L.T. Manejo da irrigação para otimização da produtividade e qualidade de frutos de tomateiro em sistema de plantio direto. Irriga, Botucatu, v. 17, n. 4, p. 408-417, 2012.

SENTELHAS P.C.; FOLEGATTI, M.V. Class-A pan coefficients (Kp) to estimate daily reference evapotranspiration (ETo). Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 7, n. 1, p. 111-115, 2003.

BORGUINI, R.G.; SILVA, M.V. O conteúdo nutricional de tomates obtidos por cultivo orgânico e convencional. Revista Higiene Alimentar 45: 41-46, 2007.

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