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FAZENDO ARTE ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL, COM TEATRO, DANÇA E ARTESANATO

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Academic year: 2021

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COM TEATRO, DANÇA E ARTESANATO”: Projeto Educativo e Cultural

Refletindo e Trabalhando a Educação Ambiental com Educadores

Autora: Fernanda da Silveira Souza E-mail: fernandasantosdumont@yahoo.com.br Co-autoras: Annaelise Fritz Machado: annaelisefritz@yahoo.com.br Valéria Viera Marques Garcia e-mail: valeriamarquesgar@hotmail.com O mundo atualmente vive num processo extremamente acelerado e competitivo. Vivemos numa sociedade em que a mídia nos leva a consumir cada vez mais. Todos os dias são colocados novos produtos no mercado criando novas necessidades de consumo. E, quanto mais se fabricam mais se consome, mais recursos naturais e enérgicos são utilizados e o volume do lixo enviado aos aterros cresce cada vez mais. Na educação, torna-se necessária uma reestruturação progressiva das culturas que ao longo da história, investiram em processos que implicaram no empobrecimento do aumento dos recursos e das fontes básicas da vida. Nesse sentido, a educação ambiental é apresentada como um instrumento de minimização e/ ou de solução dos problemas ocasionados pelo lixo.

Para tratar os problemas referentes a produção de lixo devemos refletir sobre a estrutura do consumo, sobre os indivíduos movidos pelos estímulos originários da cultura que todos preservam e reproduzem se preparando ao longo da vida para consumir, competir e atingir o progresso.

O uso da reutilização do lixo seco em atividades educativas não é somente para fazer economia. Ao usar o lixo, devemos ter em mente: o valor do trabalho com as mãos, a consciência de fazer para aprender, o estudo de nossa realidade, a criatividade, a criticidade e a reflexão sobre o material que está sendo trabalhado. Usar o lixo seco como atividade educativa deve ser uma maneira de transformar aquilo que nos incomoda em algo que contribua para transformar a nossa realidade.

O Projeto Educativo e Cultural “FAZENDO ARTE ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL, COM TEATRO, DANÇA E ARTESANATO” é mediador entre os responsáveis pela educação escolar/cultural, onde é exibido, entre os seus participantes, através de uma programação elaborada dinamicamente dentro dos PCN’s: ARTE e MEIO AMBIENTE, e dos objetivos que os educadores buscam alcançar em seus alunos.

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A oficina tem como objetivos propiciar á comunidade escolar reflexões a respeito da problemática do lixo; capacitar multiplicadores para implementação de ações que visem a gestão integrada de resíduos; buscar multiplicadores para processo de educação/conscientização da população sobre a importância da redução, reutilização e reciclagem de resíduos; sensibilizar os educadores sobre a importância da educação ambiental; desenvolver hábitos de respeito e preservação do meio ambiente; conhecer algumas possibilidades para a confecção de materiais lúdicos/pedagógicos; permitir aos educandos fazer uma avaliação a respeito da necessidade de se pensar na qualidade de vida e das relações em grupos sociais; dar vida a um momento permitindo que se transformem sentidos das atividades escolares em algo prazerosos; realizar atividades práticas que permita ao aluno ser agente transformador e preservador do meio ambiente; adquirir habilidades para trabalhar com sucatas.

Dentre as atividades práticas encontram-se atividades que permitem conhecer a si próprio para a valorização do outro como a atividade Mapeando o corpo, na qual os participantes reconhecem o próprio corpo a partir do corpo do outro e fazem uma reflexão sobre seus valores intrínsecos. Com a atividade denominada Algo em comum, objetiva-se que os educadores possam ampliar seus conhecimentos sobre como agem os animais, refletindo sobre eles e o que podem ter em comum se comparado com o meio no qual vivemos, fazendo uma associação do que ocorre no meio ambiente (mundo animal) e no ambiente educacional enfatizando as problemáticas de inclusão e exclusão. Construindo brinquedos pedagógicos com sucatas, possibilita que os educadores reutilizem materiais que seriam destinados ao lixo e possam exercitar sua criatividade e troca de conhecimentos. Outras atividades como Incêndio na Floresta e História continuada exercitam a memória, atenção, coordenação motora, criatividade e agilidade, fatores que devem ser trabalhados constantemente com os educandos para auxiliar seu desenvolvimento. O Teatro com brinquedos de sucata, propicia o exercício da criatividade elaborando textos, assim como, reutilizando sucatas, além de exercitar o cooperativismo e interação com o grupo. História em cena visa trabalhar com conscientização de preservação do meio ambiente, a criatividade, entrosamento e capacidade de criação e improvisação.

Se o educando brinca, sonha, canta, inventa – pode trabalhar arte cênica; pois o teatro para o educando compreende a extravasão dos sentidos mais urgentes e das fantasias mais gritantes. Teatro desinibe, eleva, cria, transforma. Teatro em forma de brincadeira, faz das horas passadas na escola, momentos alegres de refugio e extravasão. E paralelamente a esta relação intuitiva – emocional, vão sendo trabalhadas, a coordenação motora fina e grossa, todo o

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esquema corporal, gradativamente o equilíbrio físico e psicológico, desinibição, autoconfiança, criatividade e liberação da agressividade e tensão.

Sabemos que os PCN’s se prestam a orientar o planejamento escolar e as ações de reorganizações do currículo, destinando a formar os alunos em cidadãos dos novos tempos. Tendo como fonte os PCN’s:

• “Educação Ambiental”, nos mostra que para os educadores adquirirem consciência sobre as questões ambientais será necessário se envolverem em um aprendizado constante, desenvolvendo valores, atitudes e posturas éticas. Os educadores não devem esquecer de mostrar aos alunos as diferenças entre um ambiente em equilíbrio e degradados. “É importante que eles percebam que constatar algum mal não é motivo de desanimo, mas de mobilização da escola e da comunidade para sua solução”. (pg. 25 – Revista Nova Escola/ Edição Especial)

• “Arte”: DANÇA, permite experimentar o próprio corpo e testar os seus limites, desenvolvendo a compreensão da sua capacidade de movimento. “... um bom momento para que os alunos exercitem toda a sua criatividade”. (pg. 65 – Revista Nova Escola/ Edição especial).

TEATRO, que vêem orientar os educadores a incentivar o teatro, a dança e a música na escola, confirmamos a importância deste, pois, “...proporciona experiências que contribuem para o crescimento integrado da criança sob vários aspectos. No plano individual, desenvolve a capacidade expressiva e artística. No coletivo, exercita o senso de cooperação, o diálogo, o respeito mútuo, a reflexão, e torna as crianças mais flexíveis para aceitar as diferenças. Os PCN, também, orientam os professores a incentivar essa atividade. Com a educação teatral, a garotada se relaciona, fala, ouve, observa e atua, ou seja, pratica liberdade e solidariedade enquanto se diverte”. (pg. 66 – Revista Nova Escola / Edição especial).

Podemos perceber que as atividades de educação ambiental devem ser consideradas no âmbito do aprimoramento de sua cidadania, levando a conscientização, de direitos e deveres com relação ao ambiente, sendo um trabalho lúdico, criativo e participativo, levando aos educandos à construção de cidadãos participativos, mostrar que a reciclagem traz inúmeros benefícios para a sociedade, reduzindo o volume do lixo enviando aos aterros sanitários e ajudando a manter a cidade limpa, além de promover economia de matéria prima.

Sabemos que a Educação Ambiental deve ser um processo contínuo, pois trabalha, principalmente em relação aos resíduos sólidos, a mudança de hábitos e comportamento do indivíduo.

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Acreditamos que para a nossa sobrevivência dependemos da conscientização de todos os seres humanos à respeito da necessidade de descobrirmos a melhor maneira de VIVER, tanto individualmente quanto coletivamente, mas em harmonia com a NATUREZA. Assim, podemos perceber que um dos fatores que contribuirão para a busca de um MUNDO melhor é a conscientização ecológica, ou seja, trabalhar harmoniosamente a Educação Ambiental. “NOSSO OBJETIVO NA ESCOLA NÃO É TER UM ATOR, UM ALUNO-PINTOR OU UM ALUNO-COMPOSITOR, MAS SIM DAR OPORTUNIDADES A CADA UM DE DESCOBRIR O MUNDO, A SI PRÓPRIO E A IMPORTÂNCIA DA ARTE NA VIDA HUMANA”.

(Olga Reverbel

“A parcela de cada um pode garantir qualidade de vida para todos os SERES VIVOS, desta e das futuras gerações” Fernanda da Silveira Souza

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BIBLIOGRAFIA

ARTAUD, Antonin. O teatro e seu duplo. Ed. Max Limond, São Paulo, 1984. BERRDOS, Rolando. Planificação e planejamento ambiental no Brasil. Ane.

BOAL, Augusto. 200 exercícios e jogos para ator e não-ator com vontade de dizer algo através do teatro. Civilização Brasileira. Rio, 1980.

BORGES, Giovanna Leal. Dinâmicas de grupo: crescimento e integração. 3 ed. Rio de janeiro: Vozes, 2003.

BRANCO, Samuel Murgel. Fogo. Encarte da revista Isto é, set. 1995

CAMARGO, Luiz de º Lima. 3ª ed. O que é lazer. São Paulo: Brasiliense, 1999.

CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação e a ciência, a sociedade e a cultura emergente. São Paulo: Cultrix, 1994.

CAVALLARI, Vinícius R; ZACHARIAS, Vany. Trabalhando com Recreação. 5ª ed. São Paulo: Ícone, 2001.

COLL, César. TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte: Conteúdos essenciais para o ensino fundamental. 1ª Ed. São Paulo, SP: ÁTICA, 1999.

DUMAZEDIER, Joffre. Sociologia empírica do lazer. São Paulo: Perspectiva, 1979.

FRITZEN, Silvino José. Jogos dirigidos: para grupos, recreação e aulas de educação física. 29 ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

KUSNET, Eugênio. Ator e método. SNT.Rio, 1975.

LARIZZATTI, Marcos F. Lazer e Recreação para o Turismo. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. MACHADO, Maria Clara, e ROSMAN, Marta. 100 jogos dramáticos, Athan, Rio, 1971. MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado. 2 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.

MARCELLINO, Nelson Carvalho. Repertório de atividades de recreação e lazer. São Paulo: Papirus, 2002.

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília, 1998.

NOVELLY, Maria C. Jogos Teatrais: Exercícios para grupos de sala de aula/ Maria C. Novelly; tradução de Fabiano Antônio de Oliveira. 5ª Ed. Campinas, SP: PAPIRUS, 2000. PIMENTEL, Giuliano. Lazer: fundamentos, estratégias e atuação profissional. São Paulo: Fontoura, 2003.

REVERBEL, Olga Garcia. Um caminho de teatro na escola. Ed. Scipione, São Paulo, 1989. RIBEIRO, Lourdes E.; PINTO, Gerusa r. O real do Construtivismo: práticas pedagógicas e experiências inovadoras, 2 ed. Vol 1. Belo Horizonte: Editora Fapi Ltda, 1995.

RODRIGUES, Luis Gustavo C. Recreação: trabalho sério e divertido. Ícone, 2002.

SILVEIRA, Fernanda da Souza. APOSTILA DE TEATRO DO CEM - Centro de Educação de Jovens e Adultos/ JF, 2004 – Confecção Própria

SILVEIRA, Fernanda da Souza. PROJETO “VIVENDO COM ARTE”, PARCERIA DEMLURB /DEJA(Cem – Centro de Educação de Jovens e Adultos e Casa do Adolescente)/ JF, 2004 – Confecção Própria

SIMÕES, Henrique. Apostila do sensorial teatro, 1990.

SOLER, Reinaldo. Jogos cooperativos. 2 ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2002.

STANISLAVSKY, Constantin. A preparação do ator. Civilização Brasileira. Rio, 1984. VITELLESCHI, Susana Gamboa de. Brincadeiras de festas: para pessoas entre 3 e 99 anos. São Paulo: Paulus, 2003.

YOZO, Ronaldo Yudi K. 100 Jogos para grupos: uma abordagem psicodramática para empresa, escolas e clínicas. 13 ed. São Paulo: Agora, 1996.

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ANEXO:

Logotipo utilizado pelos projetos e oficina relacionados com a Educação Ambiental da autora Fernanda da Silveira Souza.

Referências

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