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Vou apresentar-te alguns erros com exemplos para perceberes melhor o que quero partilhar contigo:

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Academic year: 2021

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(1)

Acredita em Ti

Diana Gaspar Duarte

Caixa 3 . Ama-te Sem Porquês

4. Erros Cognitivos

4. Erros Cognitivos

Ao longo da tua vida, foste interpretando as experiências de uma determinada forma, forma essa muitas vezes enviesada pelo teu ângulo e pelo teu sistema de crenças. Os erros cognitivos estão implícitos nas tuas crenças, e são pensamentos distorcidos da realidade, pelo facto de estares a interpretar o que estás a viver hoje, de acordo com aquilo que viveste no passado, como se fosse possível interpretar as experiências e a realidade de hoje à luz do que viveste ontem. Isto faz com que a informação que recolhes no presente seja processada de forma alterada porque as vês idên-tica às experiências do passado, e não em função daquilo que ela é de facto.

Vou apresentar-te alguns erros com exemplos para perceberes melhor o que quero partilhar contigo:

Quando dizes:

1. Eu sou sempre o culpado de tudo - o que estás de facto a dizer é que atribuis a ti todas as

culpas pelo que acontece no teu mundo e no mundo dos que cruzam com o teu. Mas serás sempre? Quantifica sempre? O que significa realmente para ti esta expressão?

2. Se não consigo impressionar o meu chefe significa que sou um falhado – E desde quando

impressionar alguém ou não te diz o que és enquanto pessoa e profissional? Quando te defines por aquilo que os outros te fazem, que tipo de poder estás a dar a ti e aos outros em relação à tua vida?

3. Tudo me corre mal – TUDO? Mesmo tudo? Não há nada que te corra bem? Se sim é, então

talvez a expressa tudo seja um pouco exagerada. Usas esta expressão quando atribuis partes de situações isoladas e as generalizas para toda a tua vida.

4. Se no início de férias está a correr mal, estou a ver que vão ser umas férias horríveis – De

que forma o inicio das férias determina o meio e do fim das mesmas? Quando distorces o grau de importância de um acontecimento e generalizas para outros, retiras a cada momento a sua real importância e não te permites ver cada situação como ela é de facto. Quando usas esta expressão estarás a determinar desde já as tuas interpretações futuras.

5. Sinto-me mal fisicamente, se calhar tenho uma doença grave – e desde quando um sintoma

isolado é sinal de doença? Quando antecipas possíveis acontecimentos negativos no futuro, sem motivos suficientes que justifiquem o teu medo, estás a alertar o teu corpo para uma realidade que não é a dele e que em nada te ajuda na resolução da situação. Crias medo sem fundamento, e isso só por si já é prejudicial.

6. Tudo de mal me acontece – esta é uma avaliação global catastrófica, absoluta e negativa.

TUDO, corre-te mesmo tudo mal? Não haverá apenas só algumas coisas que não te correm como esperavas?

7. Por muito que tente mudar, vai aparecer sempre alguma coisa que me deixa ficar mal –

usas esta expressão quando tens a atenção focada no negativo, e quando assim é, só vais conse-guir identificar as coisas negativas e distorceres tudo o que vives e sentes.

8. O mundo é um sítio perigoso para se viver e a qualquer momento acontece uma tragédia

– Quando sentes vulnerabilidade excessiva em relação às experiências que vais vivendo, vives constantemente a avaliar o mundo como um sitio perigoso onde deves estar sempre hipervigilante para o que posso acontecer. Atrais para ti aquilo que acreditas e aquilo em que acreditas constrói o teu mundo.

9. Tenho de proteger muito os meus filhos porque os acidentes estão sempre a acontecer –

quando desejas controlar e hiperproteger por medo, vives sufocado por ele, vês perigos constantes e vives níveis de ansiedade assustadores e desgastante.

10. Tenho de controlar o meu namorado porque só assim consigo garantir que não deixa de gostar de mim – quando sentes medo da rejeição e dependência emocional de alguém tentas

controlar tudo à tua volta, porque tens medo de perder aquilo que acreditas que tens, mas de facto nada é teu, nem um namorado nem uma relação.

11. Para mim não há meios termos, ou é branco ou preto – quando tens um pensamento não

flexível e implacável, tornas-te tão rígido como ele e a probabilidade de vires a criar doença dentro de ti é gigante.

12. Os meus amigos saíram e quase de certeza que não me disseram nada porque não gostam de mim – quando pensas que o teu valor resulta de um ou mais acontecimentos pontuais.

O que significa para ti esta afirmação?

13. Só tenho problemas, nada corre bem na minha vida – quando fazes uma seleção exclusiva

com base em acontecimentos negativos, desvalorizando experiências positivas e de aprendizagem que vão acontecendo na tua vida.

14. Se eu não me evidenciar nunca irão gostar de mim – cometes este erro quando acreditas

que o teu amor-próprio depende da aprovação dos outros.

15. Nunca mais vou voltar a fazer isto – quando tens crenças absolutistas e vives entre o nunca

e sempre, que te fazem generalizar contextos específicos como se fossem toda a tua realidade.

16. Nunca vou ser perfeito – quando acreditas que a perfeição é vivida através do perfeccionismo

e não através de tudo aquilo que já es de forma perfeita e única.

17. Tenho quase a certeza que aquela pessoa está a falar mal de mim – é um erro de leitura

mental em que assumes uma tendência para achares que sabes o que os outros pensam sobre ti. Mas será que é mesmo assim?Tens poderes telepáticos?

Estes são alguns dos erros mais comuns presentes na nossa forma de interpretar a realidade. Ima-gina que estes erros são como se fossem uns óculos que colocas e que através deles vês o mundo. Isto justifica porque podemos estar os dois a olhar para a mesma situação e, no entanto, chegar a conclusões diferentes, porque os óculos que eu ponho serão diferentes dos teus.

Quando identificas os teus erros e interpretas a realidade de outra forma, ganhas consciência da tua forma de pensar e da tonalidade da tua voz interior.

Vamos agora reformular estes erros, colocando a tua voz interior mais adaptativa e promo-tora do teu crescimento e do teu bem-estar:

1. Devo assumir as minhas responsabilidades e perceber como posso melhorar numa próxima situação idêntica. Assumo responsabilidades não a culpa, porque a culpa intoxica-me e a respon-sabilidade dá-me energia para a ação.

2. Gostava de impressionar o meu chefe, mas se não conseguir não significa que sou um falhado. No fundo, se fizer o meu trabalho bem, não preciso de o impressionar nem do seu reconhecimento.

3. Na minha vida, há coisas que me correm bem e outras que me correm mal. Tudo faz parte das minhas vivências.

4. O início das férias está a correr mal, mas acredito que vão correr melhor a partir de agora. Não posso mudar o que aconteceu, só viver o presente.

5. Estou desconfortável no meu corpo, tenho de cuidar de mim e pedir ajuda para poder perceber o que se passa comigo, no entanto acredito que sou vida e saúde.

6. Há coisas na vida que não me têm corrido tão bem, mas vou concentrar-me no que quero viver e em como me quero sentir.

7. A mudança é um processo que por vezes demora algum tempo. Escolho ser paciente comigo e a não desistir perante o erro. Sou falível mas isso não significa que não possa continuar a tentar.

8. No mundo acontecem algumas tragédias e milagres, há de tudo, e eu só posso escolher o que fazer com aquilo que vou vivendo.

9. Quero guiar os meus filhos mas também lhes quero proporcionar momentos de aprendizagem para não serem dependentes de mim.

10. Se a minha namorada ou namorado deixar de gostar de mim, só terei de aprender a lidar com isso. O meu amor-próprio não está dependente do amor dele ou dela e se alguém já não quer estar comigo, tenho de aprender a respeitar a sua vontade.

11. A vida não é uma dicotomia. Nunca esquecendo os meus valores, devo adaptar-me às diferentes realidades.

12. Os meus amigos saíram e por algum motivo não me convidaram. Se isso é importante para mim, vou saber onde foram e o que aconteceu.

13. Tenho alguns desafios para resolver. O facto de no passado não ter corrido bem, não significa que não corram no presente.

14. Se eu gostar de mim não preciso de me evidenciar, basta ser quem sou.

15. Vou-me focar no que quero fazer, e analisar o que posso fazer para não voltar a acontecer o mesmo.

16. Sou perfeito com todas as minhas imperfeições.

17. Só consigo perceber aquilo que penso, não tenho capacidades sobrenaturais para escutar o que os outros possam estar a pensar sobre mim.

Estas são algumas das possíveis e infindáveis alternativas que podes dar à voz interior distorcida, para passar a ser mais clara e racional.

O facto de não conseguires mudar o que dizes para ti nas primeiras tentativas, não significa que não as consigas mudar um dia.

Acredita na tua mudança e a mudança irá acontecer.

Depois de a aceitares não desistas de a mudares, para uma voz mais adaptativa que te permita viver melhor e com mais amor-próprio incondicional e motivado para a tua confiança e mudança interior.

(2)

4. Erros Cognitivos

Ao longo da tua vida, foste interpretando as experiências de uma determinada forma, forma essa muitas vezes enviesada pelo teu ângulo e pelo teu sistema de crenças. Os erros cognitivos estão implícitos nas tuas crenças, e são pensamentos distorcidos da realidade, pelo facto de estares a interpretar o que estás a viver hoje, de acordo com aquilo que viveste no passado, como se fosse possível interpretar as experiências e a realidade de hoje à luz do que viveste ontem. Isto faz com que a informação que recolhes no presente seja processada de forma alterada porque as vês idên-tica às experiências do passado, e não em função daquilo que ela é de facto.

Vou apresentar-te alguns erros com exemplos para perceberes melhor o que quero partilhar contigo:

Quando dizes:

1. Eu sou sempre o culpado de tudo - o que estás de facto a dizer é que atribuis a ti todas as

culpas pelo que acontece no teu mundo e no mundo dos que cruzam com o teu. Mas serás sempre? Quantifica sempre? O que significa realmente para ti esta expressão?

2. Se não consigo impressionar o meu chefe significa que sou um falhado – E desde quando

impressionar alguém ou não te diz o que és enquanto pessoa e profissional? Quando te defines por aquilo que os outros te fazem, que tipo de poder estás a dar a ti e aos outros em relação à tua vida?

3. Tudo me corre mal – TUDO? Mesmo tudo? Não há nada que te corra bem? Se sim é, então

talvez a expressa tudo seja um pouco exagerada. Usas esta expressão quando atribuis partes de situações isoladas e as generalizas para toda a tua vida.

4. Se no início de férias está a correr mal, estou a ver que vão ser umas férias horríveis – De

que forma o inicio das férias determina o meio e do fim das mesmas? Quando distorces o grau de importância de um acontecimento e generalizas para outros, retiras a cada momento a sua real importância e não te permites ver cada situação como ela é de facto. Quando usas esta expressão estarás a determinar desde já as tuas interpretações futuras.

Acredita em Ti

Diana Gaspar Duarte

Caixa 3 . Ama-te Sem Porquês

4. Erros Cognitivos

5. Sinto-me mal fisicamente, se calhar tenho uma doença grave – e desde quando um sintoma

isolado é sinal de doença? Quando antecipas possíveis acontecimentos negativos no futuro, sem motivos suficientes que justifiquem o teu medo, estás a alertar o teu corpo para uma realidade que não é a dele e que em nada te ajuda na resolução da situação. Crias medo sem fundamento, e isso só por si já é prejudicial.

6. Tudo de mal me acontece – esta é uma avaliação global catastrófica, absoluta e negativa.

TUDO, corre-te mesmo tudo mal? Não haverá apenas só algumas coisas que não te correm como esperavas?

7. Por muito que tente mudar, vai aparecer sempre alguma coisa que me deixa ficar mal –

usas esta expressão quando tens a atenção focada no negativo, e quando assim é, só vais conse-guir identificar as coisas negativas e distorceres tudo o que vives e sentes.

8. O mundo é um sítio perigoso para se viver e a qualquer momento acontece uma tragédia

– Quando sentes vulnerabilidade excessiva em relação às experiências que vais vivendo, vives constantemente a avaliar o mundo como um sitio perigoso onde deves estar sempre hipervigilante para o que posso acontecer. Atrais para ti aquilo que acreditas e aquilo em que acreditas constrói o teu mundo.

9. Tenho de proteger muito os meus filhos porque os acidentes estão sempre a acontecer –

quando desejas controlar e hiperproteger por medo, vives sufocado por ele, vês perigos constantes e vives níveis de ansiedade assustadores e desgastante.

10. Tenho de controlar o meu namorado porque só assim consigo garantir que não deixa de gostar de mim – quando sentes medo da rejeição e dependência emocional de alguém tentas

controlar tudo à tua volta, porque tens medo de perder aquilo que acreditas que tens, mas de facto nada é teu, nem um namorado nem uma relação.

11. Para mim não há meios termos, ou é branco ou preto – quando tens um pensamento não

flexível e implacável, tornas-te tão rígido como ele e a probabilidade de vires a criar doença dentro de ti é gigante.

12. Os meus amigos saíram e quase de certeza que não me disseram nada porque não gostam de mim – quando pensas que o teu valor resulta de um ou mais acontecimentos pontuais.

O que significa para ti esta afirmação?

13. Só tenho problemas, nada corre bem na minha vida – quando fazes uma seleção exclusiva

com base em acontecimentos negativos, desvalorizando experiências positivas e de aprendizagem que vão acontecendo na tua vida.

14. Se eu não me evidenciar nunca irão gostar de mim – cometes este erro quando acreditas

que o teu amor-próprio depende da aprovação dos outros.

15. Nunca mais vou voltar a fazer isto – quando tens crenças absolutistas e vives entre o nunca

e sempre, que te fazem generalizar contextos específicos como se fossem toda a tua realidade.

16. Nunca vou ser perfeito – quando acreditas que a perfeição é vivida através do perfeccionismo

e não através de tudo aquilo que já es de forma perfeita e única.

17. Tenho quase a certeza que aquela pessoa está a falar mal de mim – é um erro de leitura

mental em que assumes uma tendência para achares que sabes o que os outros pensam sobre ti. Mas será que é mesmo assim?Tens poderes telepáticos?

Estes são alguns dos erros mais comuns presentes na nossa forma de interpretar a realidade. Ima-gina que estes erros são como se fossem uns óculos que colocas e que através deles vês o mundo. Isto justifica porque podemos estar os dois a olhar para a mesma situação e, no entanto, chegar a conclusões diferentes, porque os óculos que eu ponho serão diferentes dos teus.

Quando identificas os teus erros e interpretas a realidade de outra forma, ganhas consciência da tua forma de pensar e da tonalidade da tua voz interior.

Vamos agora reformular estes erros, colocando a tua voz interior mais adaptativa e promo-tora do teu crescimento e do teu bem-estar:

1. Devo assumir as minhas responsabilidades e perceber como posso melhorar numa próxima situação idêntica. Assumo responsabilidades não a culpa, porque a culpa intoxica-me e a respon-sabilidade dá-me energia para a ação.

2. Gostava de impressionar o meu chefe, mas se não conseguir não significa que sou um falhado. No fundo, se fizer o meu trabalho bem, não preciso de o impressionar nem do seu reconhecimento.

3. Na minha vida, há coisas que me correm bem e outras que me correm mal. Tudo faz parte das minhas vivências.

4. O início das férias está a correr mal, mas acredito que vão correr melhor a partir de agora. Não posso mudar o que aconteceu, só viver o presente.

5. Estou desconfortável no meu corpo, tenho de cuidar de mim e pedir ajuda para poder perceber o que se passa comigo, no entanto acredito que sou vida e saúde.

6. Há coisas na vida que não me têm corrido tão bem, mas vou concentrar-me no que quero viver e em como me quero sentir.

7. A mudança é um processo que por vezes demora algum tempo. Escolho ser paciente comigo e a não desistir perante o erro. Sou falível mas isso não significa que não possa continuar a tentar.

8. No mundo acontecem algumas tragédias e milagres, há de tudo, e eu só posso escolher o que fazer com aquilo que vou vivendo.

9. Quero guiar os meus filhos mas também lhes quero proporcionar momentos de aprendizagem para não serem dependentes de mim.

10. Se a minha namorada ou namorado deixar de gostar de mim, só terei de aprender a lidar com isso. O meu amor-próprio não está dependente do amor dele ou dela e se alguém já não quer estar comigo, tenho de aprender a respeitar a sua vontade.

11. A vida não é uma dicotomia. Nunca esquecendo os meus valores, devo adaptar-me às diferentes realidades.

12. Os meus amigos saíram e por algum motivo não me convidaram. Se isso é importante para mim, vou saber onde foram e o que aconteceu.

13. Tenho alguns desafios para resolver. O facto de no passado não ter corrido bem, não significa que não corram no presente.

14. Se eu gostar de mim não preciso de me evidenciar, basta ser quem sou.

15. Vou-me focar no que quero fazer, e analisar o que posso fazer para não voltar a acontecer o mesmo.

16. Sou perfeito com todas as minhas imperfeições.

17. Só consigo perceber aquilo que penso, não tenho capacidades sobrenaturais para escutar o que os outros possam estar a pensar sobre mim.

Estas são algumas das possíveis e infindáveis alternativas que podes dar à voz interior distorcida, para passar a ser mais clara e racional.

O facto de não conseguires mudar o que dizes para ti nas primeiras tentativas, não significa que não as consigas mudar um dia.

Acredita na tua mudança e a mudança irá acontecer.

Depois de a aceitares não desistas de a mudares, para uma voz mais adaptativa que te permita viver melhor e com mais amor-próprio incondicional e motivado para a tua confiança e mudança interior.

(3)

4. Erros Cognitivos

Ao longo da tua vida, foste interpretando as experiências de uma determinada forma, forma essa muitas vezes enviesada pelo teu ângulo e pelo teu sistema de crenças. Os erros cognitivos estão implícitos nas tuas crenças, e são pensamentos distorcidos da realidade, pelo facto de estares a interpretar o que estás a viver hoje, de acordo com aquilo que viveste no passado, como se fosse possível interpretar as experiências e a realidade de hoje à luz do que viveste ontem. Isto faz com que a informação que recolhes no presente seja processada de forma alterada porque as vês idên-tica às experiências do passado, e não em função daquilo que ela é de facto.

Vou apresentar-te alguns erros com exemplos para perceberes melhor o que quero partilhar contigo:

Quando dizes:

1. Eu sou sempre o culpado de tudo - o que estás de facto a dizer é que atribuis a ti todas as

culpas pelo que acontece no teu mundo e no mundo dos que cruzam com o teu. Mas serás sempre? Quantifica sempre? O que significa realmente para ti esta expressão?

2. Se não consigo impressionar o meu chefe significa que sou um falhado – E desde quando

impressionar alguém ou não te diz o que és enquanto pessoa e profissional? Quando te defines por aquilo que os outros te fazem, que tipo de poder estás a dar a ti e aos outros em relação à tua vida?

3. Tudo me corre mal – TUDO? Mesmo tudo? Não há nada que te corra bem? Se sim é, então

talvez a expressa tudo seja um pouco exagerada. Usas esta expressão quando atribuis partes de situações isoladas e as generalizas para toda a tua vida.

4. Se no início de férias está a correr mal, estou a ver que vão ser umas férias horríveis – De

que forma o inicio das férias determina o meio e do fim das mesmas? Quando distorces o grau de importância de um acontecimento e generalizas para outros, retiras a cada momento a sua real importância e não te permites ver cada situação como ela é de facto. Quando usas esta expressão estarás a determinar desde já as tuas interpretações futuras.

5. Sinto-me mal fisicamente, se calhar tenho uma doença grave – e desde quando um sintoma

isolado é sinal de doença? Quando antecipas possíveis acontecimentos negativos no futuro, sem motivos suficientes que justifiquem o teu medo, estás a alertar o teu corpo para uma realidade que não é a dele e que em nada te ajuda na resolução da situação. Crias medo sem fundamento, e isso só por si já é prejudicial.

6. Tudo de mal me acontece – esta é uma avaliação global catastrófica, absoluta e negativa.

TUDO, corre-te mesmo tudo mal? Não haverá apenas só algumas coisas que não te correm como esperavas?

7. Por muito que tente mudar, vai aparecer sempre alguma coisa que me deixa ficar mal –

usas esta expressão quando tens a atenção focada no negativo, e quando assim é, só vais conse-guir identificar as coisas negativas e distorceres tudo o que vives e sentes.

8. O mundo é um sítio perigoso para se viver e a qualquer momento acontece uma tragédia

– Quando sentes vulnerabilidade excessiva em relação às experiências que vais vivendo, vives constantemente a avaliar o mundo como um sitio perigoso onde deves estar sempre hipervigilante para o que posso acontecer. Atrais para ti aquilo que acreditas e aquilo em que acreditas constrói o teu mundo.

9. Tenho de proteger muito os meus filhos porque os acidentes estão sempre a acontecer –

quando desejas controlar e hiperproteger por medo, vives sufocado por ele, vês perigos constantes e vives níveis de ansiedade assustadores e desgastante.

10. Tenho de controlar o meu namorado porque só assim consigo garantir que não deixa de gostar de mim – quando sentes medo da rejeição e dependência emocional de alguém tentas

controlar tudo à tua volta, porque tens medo de perder aquilo que acreditas que tens, mas de facto nada é teu, nem um namorado nem uma relação.

11. Para mim não há meios termos, ou é branco ou preto – quando tens um pensamento não

flexível e implacável, tornas-te tão rígido como ele e a probabilidade de vires a criar doença dentro de ti é gigante.

Acredita em Ti

Diana Gaspar Duarte

Caixa 3 . Ama-te Sem Porquês

4. Erros Cognitivos

12. Os meus amigos saíram e quase de certeza que não me disseram nada porque não gostam de mim – quando pensas que o teu valor resulta de um ou mais acontecimentos pontuais.

O que significa para ti esta afirmação?

13. Só tenho problemas, nada corre bem na minha vida – quando fazes uma seleção exclusiva

com base em acontecimentos negativos, desvalorizando experiências positivas e de aprendizagem que vão acontecendo na tua vida.

14. Se eu não me evidenciar nunca irão gostar de mim – cometes este erro quando acreditas

que o teu amor-próprio depende da aprovação dos outros.

15. Nunca mais vou voltar a fazer isto – quando tens crenças absolutistas e vives entre o nunca

e sempre, que te fazem generalizar contextos específicos como se fossem toda a tua realidade.

16. Nunca vou ser perfeito – quando acreditas que a perfeição é vivida através do perfeccionismo

e não através de tudo aquilo que já es de forma perfeita e única.

17. Tenho quase a certeza que aquela pessoa está a falar mal de mim – é um erro de leitura

mental em que assumes uma tendência para achares que sabes o que os outros pensam sobre ti. Mas será que é mesmo assim?Tens poderes telepáticos?

Estes são alguns dos erros mais comuns presentes na nossa forma de interpretar a realidade. Ima-gina que estes erros são como se fossem uns óculos que colocas e que através deles vês o mundo. Isto justifica porque podemos estar os dois a olhar para a mesma situação e, no entanto, chegar a conclusões diferentes, porque os óculos que eu ponho serão diferentes dos teus.

Quando identificas os teus erros e interpretas a realidade de outra forma, ganhas consciência da tua forma de pensar e da tonalidade da tua voz interior.

Vamos agora reformular estes erros, colocando a tua voz interior mais adaptativa e promo-tora do teu crescimento e do teu bem-estar:

1. Devo assumir as minhas responsabilidades e perceber como posso melhorar numa próxima situação idêntica. Assumo responsabilidades não a culpa, porque a culpa intoxica-me e a respon-sabilidade dá-me energia para a ação.

2. Gostava de impressionar o meu chefe, mas se não conseguir não significa que sou um falhado. No fundo, se fizer o meu trabalho bem, não preciso de o impressionar nem do seu reconhecimento.

3. Na minha vida, há coisas que me correm bem e outras que me correm mal. Tudo faz parte das minhas vivências.

4. O início das férias está a correr mal, mas acredito que vão correr melhor a partir de agora. Não posso mudar o que aconteceu, só viver o presente.

5. Estou desconfortável no meu corpo, tenho de cuidar de mim e pedir ajuda para poder perceber o que se passa comigo, no entanto acredito que sou vida e saúde.

6. Há coisas na vida que não me têm corrido tão bem, mas vou concentrar-me no que quero viver e em como me quero sentir.

7. A mudança é um processo que por vezes demora algum tempo. Escolho ser paciente comigo e a não desistir perante o erro. Sou falível mas isso não significa que não possa continuar a tentar.

8. No mundo acontecem algumas tragédias e milagres, há de tudo, e eu só posso escolher o que fazer com aquilo que vou vivendo.

9. Quero guiar os meus filhos mas também lhes quero proporcionar momentos de aprendizagem para não serem dependentes de mim.

10. Se a minha namorada ou namorado deixar de gostar de mim, só terei de aprender a lidar com isso. O meu amor-próprio não está dependente do amor dele ou dela e se alguém já não quer estar comigo, tenho de aprender a respeitar a sua vontade.

11. A vida não é uma dicotomia. Nunca esquecendo os meus valores, devo adaptar-me às diferentes realidades.

12. Os meus amigos saíram e por algum motivo não me convidaram. Se isso é importante para mim, vou saber onde foram e o que aconteceu.

13. Tenho alguns desafios para resolver. O facto de no passado não ter corrido bem, não significa que não corram no presente.

14. Se eu gostar de mim não preciso de me evidenciar, basta ser quem sou.

15. Vou-me focar no que quero fazer, e analisar o que posso fazer para não voltar a acontecer o mesmo.

16. Sou perfeito com todas as minhas imperfeições.

17. Só consigo perceber aquilo que penso, não tenho capacidades sobrenaturais para escutar o que os outros possam estar a pensar sobre mim.

Estas são algumas das possíveis e infindáveis alternativas que podes dar à voz interior distorcida, para passar a ser mais clara e racional.

O facto de não conseguires mudar o que dizes para ti nas primeiras tentativas, não significa que não as consigas mudar um dia.

Acredita na tua mudança e a mudança irá acontecer.

Depois de a aceitares não desistas de a mudares, para uma voz mais adaptativa que te permita viver melhor e com mais amor-próprio incondicional e motivado para a tua confiança e mudança interior.

(4)

4. Erros Cognitivos

Ao longo da tua vida, foste interpretando as experiências de uma determinada forma, forma essa muitas vezes enviesada pelo teu ângulo e pelo teu sistema de crenças. Os erros cognitivos estão implícitos nas tuas crenças, e são pensamentos distorcidos da realidade, pelo facto de estares a interpretar o que estás a viver hoje, de acordo com aquilo que viveste no passado, como se fosse possível interpretar as experiências e a realidade de hoje à luz do que viveste ontem. Isto faz com que a informação que recolhes no presente seja processada de forma alterada porque as vês idên-tica às experiências do passado, e não em função daquilo que ela é de facto.

Vou apresentar-te alguns erros com exemplos para perceberes melhor o que quero partilhar contigo:

Quando dizes:

1. Eu sou sempre o culpado de tudo - o que estás de facto a dizer é que atribuis a ti todas as

culpas pelo que acontece no teu mundo e no mundo dos que cruzam com o teu. Mas serás sempre? Quantifica sempre? O que significa realmente para ti esta expressão?

2. Se não consigo impressionar o meu chefe significa que sou um falhado – E desde quando

impressionar alguém ou não te diz o que és enquanto pessoa e profissional? Quando te defines por aquilo que os outros te fazem, que tipo de poder estás a dar a ti e aos outros em relação à tua vida?

3. Tudo me corre mal – TUDO? Mesmo tudo? Não há nada que te corra bem? Se sim é, então

talvez a expressa tudo seja um pouco exagerada. Usas esta expressão quando atribuis partes de situações isoladas e as generalizas para toda a tua vida.

4. Se no início de férias está a correr mal, estou a ver que vão ser umas férias horríveis – De

que forma o inicio das férias determina o meio e do fim das mesmas? Quando distorces o grau de importância de um acontecimento e generalizas para outros, retiras a cada momento a sua real importância e não te permites ver cada situação como ela é de facto. Quando usas esta expressão estarás a determinar desde já as tuas interpretações futuras.

5. Sinto-me mal fisicamente, se calhar tenho uma doença grave – e desde quando um sintoma

isolado é sinal de doença? Quando antecipas possíveis acontecimentos negativos no futuro, sem motivos suficientes que justifiquem o teu medo, estás a alertar o teu corpo para uma realidade que não é a dele e que em nada te ajuda na resolução da situação. Crias medo sem fundamento, e isso só por si já é prejudicial.

6. Tudo de mal me acontece – esta é uma avaliação global catastrófica, absoluta e negativa.

TUDO, corre-te mesmo tudo mal? Não haverá apenas só algumas coisas que não te correm como esperavas?

7. Por muito que tente mudar, vai aparecer sempre alguma coisa que me deixa ficar mal –

usas esta expressão quando tens a atenção focada no negativo, e quando assim é, só vais conse-guir identificar as coisas negativas e distorceres tudo o que vives e sentes.

8. O mundo é um sítio perigoso para se viver e a qualquer momento acontece uma tragédia

– Quando sentes vulnerabilidade excessiva em relação às experiências que vais vivendo, vives constantemente a avaliar o mundo como um sitio perigoso onde deves estar sempre hipervigilante para o que posso acontecer. Atrais para ti aquilo que acreditas e aquilo em que acreditas constrói o teu mundo.

9. Tenho de proteger muito os meus filhos porque os acidentes estão sempre a acontecer –

quando desejas controlar e hiperproteger por medo, vives sufocado por ele, vês perigos constantes e vives níveis de ansiedade assustadores e desgastante.

10. Tenho de controlar o meu namorado porque só assim consigo garantir que não deixa de gostar de mim – quando sentes medo da rejeição e dependência emocional de alguém tentas

controlar tudo à tua volta, porque tens medo de perder aquilo que acreditas que tens, mas de facto nada é teu, nem um namorado nem uma relação.

11. Para mim não há meios termos, ou é branco ou preto – quando tens um pensamento não

flexível e implacável, tornas-te tão rígido como ele e a probabilidade de vires a criar doença dentro de ti é gigante.

12. Os meus amigos saíram e quase de certeza que não me disseram nada porque não gostam de mim – quando pensas que o teu valor resulta de um ou mais acontecimentos pontuais.

O que significa para ti esta afirmação?

13. Só tenho problemas, nada corre bem na minha vida – quando fazes uma seleção exclusiva

com base em acontecimentos negativos, desvalorizando experiências positivas e de aprendizagem que vão acontecendo na tua vida.

14. Se eu não me evidenciar nunca irão gostar de mim – cometes este erro quando acreditas

que o teu amor-próprio depende da aprovação dos outros.

15. Nunca mais vou voltar a fazer isto – quando tens crenças absolutistas e vives entre o nunca

e sempre, que te fazem generalizar contextos específicos como se fossem toda a tua realidade.

16. Nunca vou ser perfeito – quando acreditas que a perfeição é vivida através do perfeccionismo

e não através de tudo aquilo que já es de forma perfeita e única.

17. Tenho quase a certeza que aquela pessoa está a falar mal de mim – é um erro de leitura

mental em que assumes uma tendência para achares que sabes o que os outros pensam sobre ti. Mas será que é mesmo assim?Tens poderes telepáticos?

Estes são alguns dos erros mais comuns presentes na nossa forma de interpretar a realidade. Ima-gina que estes erros são como se fossem uns óculos que colocas e que através deles vês o mundo. Isto justifica porque podemos estar os dois a olhar para a mesma situação e, no entanto, chegar a conclusões diferentes, porque os óculos que eu ponho serão diferentes dos teus.

Quando identificas os teus erros e interpretas a realidade de outra forma, ganhas consciência da tua forma de pensar e da tonalidade da tua voz interior.

Vamos agora reformular estes erros, colocando a tua voz interior mais adaptativa e promo-tora do teu crescimento e do teu bem-estar:

Acredita em Ti

Diana Gaspar Duarte

Caixa 3 . Ama-te Sem Porquês

4. Erros Cognitivos

1. Devo assumir as minhas responsabilidades e perceber como posso melhorar numa próxima situação idêntica. Assumo responsabilidades não a culpa, porque a culpa intoxica-me e a respon-sabilidade dá-me energia para a ação.

2. Gostava de impressionar o meu chefe, mas se não conseguir não significa que sou um falhado. No fundo, se fizer o meu trabalho bem, não preciso de o impressionar nem do seu reconhecimento.

3. Na minha vida, há coisas que me correm bem e outras que me correm mal. Tudo faz parte das minhas vivências.

4. O início das férias está a correr mal, mas acredito que vão correr melhor a partir de agora. Não posso mudar o que aconteceu, só viver o presente.

5. Estou desconfortável no meu corpo, tenho de cuidar de mim e pedir ajuda para poder perceber o que se passa comigo, no entanto acredito que sou vida e saúde.

6. Há coisas na vida que não me têm corrido tão bem, mas vou concentrar-me no que quero viver e em como me quero sentir.

7. A mudança é um processo que por vezes demora algum tempo. Escolho ser paciente comigo e a não desistir perante o erro. Sou falível mas isso não significa que não possa continuar a tentar.

8. No mundo acontecem algumas tragédias e milagres, há de tudo, e eu só posso escolher o que fazer com aquilo que vou vivendo.

9. Quero guiar os meus filhos mas também lhes quero proporcionar momentos de aprendizagem para não serem dependentes de mim.

10. Se a minha namorada ou namorado deixar de gostar de mim, só terei de aprender a lidar com isso. O meu amor-próprio não está dependente do amor dele ou dela e se alguém já não quer estar comigo, tenho de aprender a respeitar a sua vontade.

11. A vida não é uma dicotomia. Nunca esquecendo os meus valores, devo adaptar-me às diferentes realidades.

12. Os meus amigos saíram e por algum motivo não me convidaram. Se isso é importante para mim, vou saber onde foram e o que aconteceu.

13. Tenho alguns desafios para resolver. O facto de no passado não ter corrido bem, não significa que não corram no presente.

14. Se eu gostar de mim não preciso de me evidenciar, basta ser quem sou.

15. Vou-me focar no que quero fazer, e analisar o que posso fazer para não voltar a acontecer o mesmo.

16. Sou perfeito com todas as minhas imperfeições.

17. Só consigo perceber aquilo que penso, não tenho capacidades sobrenaturais para escutar o que os outros possam estar a pensar sobre mim.

Estas são algumas das possíveis e infindáveis alternativas que podes dar à voz interior distorcida, para passar a ser mais clara e racional.

O facto de não conseguires mudar o que dizes para ti nas primeiras tentativas, não significa que não as consigas mudar um dia.

Acredita na tua mudança e a mudança irá acontecer.

Depois de a aceitares não desistas de a mudares, para uma voz mais adaptativa que te permita viver melhor e com mais amor-próprio incondicional e motivado para a tua confiança e mudança interior.

(5)

4. Erros Cognitivos

Ao longo da tua vida, foste interpretando as experiências de uma determinada forma, forma essa muitas vezes enviesada pelo teu ângulo e pelo teu sistema de crenças. Os erros cognitivos estão implícitos nas tuas crenças, e são pensamentos distorcidos da realidade, pelo facto de estares a interpretar o que estás a viver hoje, de acordo com aquilo que viveste no passado, como se fosse possível interpretar as experiências e a realidade de hoje à luz do que viveste ontem. Isto faz com que a informação que recolhes no presente seja processada de forma alterada porque as vês idên-tica às experiências do passado, e não em função daquilo que ela é de facto.

Vou apresentar-te alguns erros com exemplos para perceberes melhor o que quero partilhar contigo:

Quando dizes:

1. Eu sou sempre o culpado de tudo - o que estás de facto a dizer é que atribuis a ti todas as

culpas pelo que acontece no teu mundo e no mundo dos que cruzam com o teu. Mas serás sempre? Quantifica sempre? O que significa realmente para ti esta expressão?

2. Se não consigo impressionar o meu chefe significa que sou um falhado – E desde quando

impressionar alguém ou não te diz o que és enquanto pessoa e profissional? Quando te defines por aquilo que os outros te fazem, que tipo de poder estás a dar a ti e aos outros em relação à tua vida?

3. Tudo me corre mal – TUDO? Mesmo tudo? Não há nada que te corra bem? Se sim é, então

talvez a expressa tudo seja um pouco exagerada. Usas esta expressão quando atribuis partes de situações isoladas e as generalizas para toda a tua vida.

4. Se no início de férias está a correr mal, estou a ver que vão ser umas férias horríveis – De

que forma o inicio das férias determina o meio e do fim das mesmas? Quando distorces o grau de importância de um acontecimento e generalizas para outros, retiras a cada momento a sua real importância e não te permites ver cada situação como ela é de facto. Quando usas esta expressão estarás a determinar desde já as tuas interpretações futuras.

5. Sinto-me mal fisicamente, se calhar tenho uma doença grave – e desde quando um sintoma

isolado é sinal de doença? Quando antecipas possíveis acontecimentos negativos no futuro, sem motivos suficientes que justifiquem o teu medo, estás a alertar o teu corpo para uma realidade que não é a dele e que em nada te ajuda na resolução da situação. Crias medo sem fundamento, e isso só por si já é prejudicial.

6. Tudo de mal me acontece – esta é uma avaliação global catastrófica, absoluta e negativa.

TUDO, corre-te mesmo tudo mal? Não haverá apenas só algumas coisas que não te correm como esperavas?

7. Por muito que tente mudar, vai aparecer sempre alguma coisa que me deixa ficar mal –

usas esta expressão quando tens a atenção focada no negativo, e quando assim é, só vais conse-guir identificar as coisas negativas e distorceres tudo o que vives e sentes.

8. O mundo é um sítio perigoso para se viver e a qualquer momento acontece uma tragédia

– Quando sentes vulnerabilidade excessiva em relação às experiências que vais vivendo, vives constantemente a avaliar o mundo como um sitio perigoso onde deves estar sempre hipervigilante para o que posso acontecer. Atrais para ti aquilo que acreditas e aquilo em que acreditas constrói o teu mundo.

9. Tenho de proteger muito os meus filhos porque os acidentes estão sempre a acontecer –

quando desejas controlar e hiperproteger por medo, vives sufocado por ele, vês perigos constantes e vives níveis de ansiedade assustadores e desgastante.

10. Tenho de controlar o meu namorado porque só assim consigo garantir que não deixa de gostar de mim – quando sentes medo da rejeição e dependência emocional de alguém tentas

controlar tudo à tua volta, porque tens medo de perder aquilo que acreditas que tens, mas de facto nada é teu, nem um namorado nem uma relação.

11. Para mim não há meios termos, ou é branco ou preto – quando tens um pensamento não

flexível e implacável, tornas-te tão rígido como ele e a probabilidade de vires a criar doença dentro de ti é gigante.

12. Os meus amigos saíram e quase de certeza que não me disseram nada porque não gostam de mim – quando pensas que o teu valor resulta de um ou mais acontecimentos pontuais.

O que significa para ti esta afirmação?

13. Só tenho problemas, nada corre bem na minha vida – quando fazes uma seleção exclusiva

com base em acontecimentos negativos, desvalorizando experiências positivas e de aprendizagem que vão acontecendo na tua vida.

14. Se eu não me evidenciar nunca irão gostar de mim – cometes este erro quando acreditas

que o teu amor-próprio depende da aprovação dos outros.

15. Nunca mais vou voltar a fazer isto – quando tens crenças absolutistas e vives entre o nunca

e sempre, que te fazem generalizar contextos específicos como se fossem toda a tua realidade.

16. Nunca vou ser perfeito – quando acreditas que a perfeição é vivida através do perfeccionismo

e não através de tudo aquilo que já es de forma perfeita e única.

17. Tenho quase a certeza que aquela pessoa está a falar mal de mim – é um erro de leitura

mental em que assumes uma tendência para achares que sabes o que os outros pensam sobre ti. Mas será que é mesmo assim?Tens poderes telepáticos?

Estes são alguns dos erros mais comuns presentes na nossa forma de interpretar a realidade. Ima-gina que estes erros são como se fossem uns óculos que colocas e que através deles vês o mundo. Isto justifica porque podemos estar os dois a olhar para a mesma situação e, no entanto, chegar a conclusões diferentes, porque os óculos que eu ponho serão diferentes dos teus.

Quando identificas os teus erros e interpretas a realidade de outra forma, ganhas consciência da tua forma de pensar e da tonalidade da tua voz interior.

Vamos agora reformular estes erros, colocando a tua voz interior mais adaptativa e promo-tora do teu crescimento e do teu bem-estar:

1. Devo assumir as minhas responsabilidades e perceber como posso melhorar numa próxima situação idêntica. Assumo responsabilidades não a culpa, porque a culpa intoxica-me e a respon-sabilidade dá-me energia para a ação.

2. Gostava de impressionar o meu chefe, mas se não conseguir não significa que sou um falhado. No fundo, se fizer o meu trabalho bem, não preciso de o impressionar nem do seu reconhecimento.

3. Na minha vida, há coisas que me correm bem e outras que me correm mal. Tudo faz parte das minhas vivências.

4. O início das férias está a correr mal, mas acredito que vão correr melhor a partir de agora. Não posso mudar o que aconteceu, só viver o presente.

5. Estou desconfortável no meu corpo, tenho de cuidar de mim e pedir ajuda para poder perceber o que se passa comigo, no entanto acredito que sou vida e saúde.

6. Há coisas na vida que não me têm corrido tão bem, mas vou concentrar-me no que quero viver e em como me quero sentir.

7. A mudança é um processo que por vezes demora algum tempo. Escolho ser paciente comigo e a não desistir perante o erro. Sou falível mas isso não significa que não possa continuar a tentar.

8. No mundo acontecem algumas tragédias e milagres, há de tudo, e eu só posso escolher o que fazer com aquilo que vou vivendo.

9. Quero guiar os meus filhos mas também lhes quero proporcionar momentos de aprendizagem para não serem dependentes de mim.

10. Se a minha namorada ou namorado deixar de gostar de mim, só terei de aprender a lidar com isso. O meu amor-próprio não está dependente do amor dele ou dela e se alguém já não quer estar comigo, tenho de aprender a respeitar a sua vontade.

Acredita em Ti

Diana Gaspar Duarte

Caixa 3 . Ama-te Sem Porquês

4. Erros Cognitivos

11. A vida não é uma dicotomia. Nunca esquecendo os meus valores, devo adaptar-me às diferentes realidades.

12. Os meus amigos saíram e por algum motivo não me convidaram. Se isso é importante para mim, vou saber onde foram e o que aconteceu.

13. Tenho alguns desafios para resolver. O facto de no passado não ter corrido bem, não significa que não corram no presente.

14. Se eu gostar de mim não preciso de me evidenciar, basta ser quem sou.

15. Vou-me focar no que quero fazer, e analisar o que posso fazer para não voltar a acontecer o mesmo.

16. Sou perfeito com todas as minhas imperfeições.

17. Só consigo perceber aquilo que penso, não tenho capacidades sobrenaturais para escutar o que os outros possam estar a pensar sobre mim.

Estas são algumas das possíveis e infindáveis alternativas que podes dar à voz interior distorcida, para passar a ser mais clara e racional.

O facto de não conseguires mudar o que dizes para ti nas primeiras tentativas, não significa que não as consigas mudar um dia.

Acredita na tua mudança e a mudança irá acontecer.

Depois de a aceitares não desistas de a mudares, para uma voz mais adaptativa que te permita viver melhor e com mais amor-próprio incondicional e motivado para a tua confiança e mudança interior.

Referências

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