Companhia Coreano-Brasileira
de Pelotização - Kobrasco
Demonstrações Contábeis
31 de dezembro de 2016
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Demonstrações Contábeis Companhia Coreano-Brasileira de Pelotização - Kobrasco Conteúdo
Página
Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações contábeis 4
Demonstração do Resultado 6
Demonstração do Resultado Abrangente 7
Demonstração dos Fluxos de Caixa 8
Balanço Patrimonial 9
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 10
Notas explicativas às Demonstrações Contábeis 11
1. Contexto operacional
2. Base de preparação das demonstrações contábeis 3. Receita de arrendamento
4. Outras despesas operacionais, líquidas 5. Tributos sobre o lucro
6. Caixa e equivalentes de caixa 7. Tributos a recuperar
8. Contas a receber 9. Imobilizados 10. Processos judiciais 11. Patrimônio líquido
12. Classificação dos instrumentos financeiros 13. Sumário das principais políticas contábeis 14. Estimativas e julgamentos contábeis críticos 15. Gestão de riscos
KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-firma-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.
KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.
4
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Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações
contábeis
Aos Administradores e Acionistas da
Companhia Coreano-Brasileira de Pelotização - Kobrasco Vitória - ES
Opinião
1 Examinamos as demonstrações contábeis da Companhia Coreano-Brasileira de Pelotização - Kobrasco (“Sociedade”), que compreendem as demonstrações do resultado, do resultado abrangente e dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 e o balanço patrimonial e a demonstração das mutações do patrimônio líquido naquela data, bem como as correspondentes notas explicativas, compreendendo as principais políticas contábeis e outras informações elucidativas.
2 Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia Coreano-Brasileira de Pelotização - Kobrasco em 31 de dezembro de 2016, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Base para opinião
3 Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”. Somos independentes em relação à Sociedade, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Ênfase
4 Conforme mencionado nas Notas Explicativas nos. 1 e 3, as receitas da Sociedade estão
concentradas com seu acionista Vale S. A. Estas demonstrações contábeis devem ser lidas nesse contexto. Nossa opinião não contém ressalva relacionada a esse assunto.
Responsabilidades da administração e da governança sobre as demonstrações contábeis
5 A administração da Sociedade é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de
demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
6 Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Sociedade continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidar a Sociedade ou cessar
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suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.
Responsabilidade do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis
7 Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de
segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis.
8 Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:
•
Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.•
Obtivemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Sociedade.•
Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.•
Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Sociedade. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Sociedade a não mais se manter em continuidade operacional.•
Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis, inclusive as divulgações e se as demonstrações contábeis representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.9 Comunicamo-nos com a administração a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.
Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2017 KPMG Auditores Independentes CRC SP-014428/O-6 F-RJ
Bernardo Moreira Peixoto Neto Contador CRC RJ-064887/O-8
6 Demonstração do Resultado
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Exercício findo em 31 de dezembro
Notas 2016 2015
Receita de arrendamento, líquida 3 216.469 269.162
Custo do arrendamento (depreciação, líquido de crédito de impostos) 9 (31.881) (14.495)
Lucro bruto 184.588 254.667
Despesas operacionais
Administrativas (3.084) (3.180)
Pesquisa e desenvolvimento (911) (824)
Outras despesas operacionais, líquidas 4 (17.006) (308)
Lucro operacional 163.587 250.355
Resultado financeiro
Receitas financeiras 6 21.511 18.365
Despesas financeiras (1.193) (1.551)
Lucro antes dos tributos sobre o lucro 183.905 267.169
Tributos sobre o lucro 5
Tributo corrente (61.997) (88.717)
Tributo diferido 1.377 (107)
Lucro líquido do exercício 123.285 178.345
Lucro básico e diluído por ação - Em R$ 0,03 0,04
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Companhia Coreano-Brasileira de Pelotização - Kobrasco Demonstrações Contábeis 31 de dezembro de 2016
Demonstração do Resultado Abrangente Em milhares de reais
Exercício findo em 31 de dezembro
2016 2015
Lucro líquido do exercício 123.285 178.345
Outros resultados abrangentes -
-Total do resultado abrangente 123.285 178.345
8 Demonstração dos Fluxos de Caixa
Em milhares de reais
Exercício findo em 31 de dezembro
2016 2015
Lucro antes dos tributos sobre o lucro 183.905 267.169
Ajustes por:
Depreciação (nota 9) 32.542 14.832
ICMS demanda contratada (nota 4) 12.588
Outros 3.002 (1.318)
Variações de ativos e passivos:
Contas a receber 1.684 (11.501)
Impostos a recuperar 3.574 (5.124)
Fornecedores 1.034 (1.671)
Tributos sobre o lucro (36.131) 15.373
Depósitos judiciais 17.590
Outros ativos e passivos, líquidos (1.996) (574)
Caixa gerado pelas operações 217.792 277.186
Impostos pagos (60.620) (88.716)
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 157.172 188.470
Fluxo de caixa das atividades de investimento:
Adições ao imobilizado (nota 9) (59.980) (10.842)
Caixa líquido consumido nas atividades de investimento (59.980) (10.842)
Fluxo de caixa das atividades de financiamento:
Transações com acionistas:
Dividendos pagos aos acionistas (211.711) (100.096)
Caixa líquido consumido nas atividades de financiamento (211.711) (100.096)
Aumento (redução) no caixa e equivalentes de caixa no exercício (114.519) 77.532
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 309.895 232.363
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Companhia Coreano-Brasileira de Pelotização - Kobrasco Demonstrações Contábeis 31 de dezembro de 2016
Balanço Patrimonial Em milhares de reais Notas 31 de dezembro de 2016 31 de dezembro de 2015 Ativo Ativo circulante
Caixa e equivalentes de caixa 6 195.376 309.895
Contas a receber 8 10.721 12.405
Tributos a recuperar 7 4.015 6.668
Outros 29 84
210.141 329.052
Ativo não circulante
Depósitos judiciais 10 7 16.566
Tributos diferidos sobre o lucro 2.427 1.050
2.434 17.616 Imobilizados 9 304.359 283.063 306.793 300.679 Total do ativo 516.934 629.731 Passivo Passivo circulante Fornecedores 3.054 1.266 Dividendos 11 (c) 30.821 77.952
Tributos a recolher sobre o lucro 5 37.545 58.727
Outros 3.181 3.727
74.601 141.672
Passivo não circulante
Provisões para processos judiciais 10 1.009 5.440
Total do passivo 75.610 147.112
Total do patrimônio líquido 11 441.324 482.619
Total do passivo e patrimônio líquido 516.934 629.731
10 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Em milhares de reais Capital social Reserva legal Reserva de investimentos Dividendo adicional proposto Lucros acumulados Patrimônio líquido Saldo em 31 de dezembro de 2014 214.410 42.882 91.568 100.096 - 448.956
Lucro líquido do exercício - - - - 178.345 178.345
Transações com acionistas:
Dividendos de exercícios anteriores - - - (100.096) - (100.096)
Dividendos mínimos obrigatórios - - - - (44.586) (44.586)
Dividendos adicional proposto - - - 133.759 (133.759)
-Saldo em 31 de dezembro de 2015 214.410 42.882 91.568 133.759 - 482.619
Lucro líquido do exercício - - - - 123.285 123.285
Transações com acionistas:
Dividendos de exercícios anteriores - - - (133.759) - (133.759)
Dividendos mínimos obrigatórios - - - - (30.821) (30.821)
Dividendos adicional proposto - - - 92.464 (92.464)
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Companhia Coreano-Brasileira de Pelotização - Kobrasco Demonstrações Contábeis 31 de dezembro de 2016
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
1. Contexto operacional
A Companhia Coreano-Brasileira de Pelotização - Kobrasco ("Sociedade") é uma sociedade anônima de capital fechado, com sede em Vitória, Espírito Santo, Brasil. A Sociedade realiza a produção e comercialização de pelotas de minério de ferro. As operações são realizadas no Complexo de Tubarão por meio da Usina de Pelotização 7 (“Usina de Pelotização”).
Em 2008, a Usina de Pelotização foi arrendada à sua acionista Vale S.A. (“Vale”) por uma parcela fixa anual de R$ 63.650, corrigidos anualmente pelo Índice Geral de Preços do Mercado (“IGP-M”) e uma parcela variável resultante da performance da usina. Este contrato de arrendamento é classificado pela Sociedade como arrendamento operacional.
Em 2010, foi assinada a 2ª alteração ao contrato, ajustando a parcela fixa anual para R$ 32.300, corrigidos anualmente pelo Índice Geral de Preços do Mercado (“IGP-M”).
2. Base de preparação das demonstrações contábeis
a) Declaração de conformidade
As demonstrações contábeis da Sociedade (“demonstrações contábeis”) foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil por meio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”), aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (“CFC”). Todas as informações relevantes próprias das demonstrações contábeis, e apenas essas informações, estão sendo evidenciadas e correspondem às utilizadas na gestão da Administração da Sociedade.
b) Base de apresentação
As demonstrações contábeis foram preparadas com base no custo histórico e ajustadas para refletir as perdas pela redução ao valor recuperável (“impairment”) de ativos. Os eventos subsequentes foram avaliados até 27 de janeiro de 2017, data em que a emissão das demonstrações contábeis foi aprovada pela Diretoria.
c) Pronunciamentos contábeis emitidos que não estão em vigor
IFRS 9 Financial instruments - Em julho de 2014, o IASB emitiu a versão final do pronunciamento IFRS 9, que substitui a IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e todas as versões anteriores da IFRS 9. Este pronunciamento traz novas abordagens sobre a: (i) classificação e mensuração, (ii) perda por redução ao valor recuperável e (iii) contabilização de hedge. Este pronunciamento entra em vigor para períodos anuais com início em ou após 1º de janeiro de 2018. No entanto, a Sociedade ainda não possui uma estimativa razoável destes eventuais impactos em suas demonstrações contábeis.
IFRS 15 Revenue from contracts with customers - Em maio de 2014, o IASB emitiu o pronunciamento IFRS 15, que substitui a IAS 18 Receitas e interpretações relacionadas. Este pronunciamento estabelece um modelo de cinco etapas na qual a receita é reconhecida conforme as obrigações de desempenho contidas no contrato são satisfeitas. O princípio fundamental deste pronunciamento é que a receita somente deve ser reconhecida no momento da transferência de controle dos bens e serviços prometidos para o cliente e por um montante que reflita a contraprestação que a entidade espera ter direito a receber em troca desses bens ou serviços. Este pronunciamento entra em vigor para períodos anuais com início em ou após 1º de janeiro de 2018. A Sociedade concluiu que este pronunciamento não impactará as demonstrações contábeis
IFRS 16 Leases - Em janeiro de 2016, o IASB emitiu o pronunciamento IFRS 16, que substitui a IAS 17 Operações de arrendamento mercantil e interpretações relacionadas, A IFRS 16 estabelece que em todos os arrendamentos com prazo superior a 12 meses, com limitadas exceções, o arrendatário deve reconhecer um passivo de arrendamento no balanço patrimonial no valor presente dos pagamentos, mais custos diretamente alocáveis e ao mesmo tempo que reconhece um direito de uso correspondente ao ativo subjacente. Durante o prazo do arrendamento mercantil, o passivo de arrendamento é ajustado para refletir os custos financeiros e pagamentos feitos e o direito de uso é amortizado, semelhante às regras de arrendamento financeiro segundo a IAS 17. Este pronunciamento entra em vigor para períodos anuais com início em ou após 1º de janeiro de 2019. No entanto, a Sociedade ainda não possui uma estimativa razoável destes impactos em suas demonstrações contábeis.
O IASB permite a adoção antecipada dos pronunciamentos citados acima, entretanto a Sociedade não pretende adotar estes pronunciamentos no ano de 2017.
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3. Receita de arrendamento
Exercício findo em 31 de dezembro
2016 2015
Parcela fixa 44.262 40.040
Parcela variável 194.272 256.558
Receita bruta 238.534 296.598
Menos:
Impostos sobre vendas (22.065) (27.436)
Total 216.469 269.162
As transações de receita de arrendamento foram realizadas com a Vale (parte relacionada).
4. Outras despesas operacionais, líquidas
Exercício findo em 31 de dezembro
2016 2015
Provisão (reversão de provisão) para contingências 1.255 (418)
Reversão de perda de ICMS 1.460 499
ICMS demanda contratada (i) (12.588)
Baixa de ativo imobilizado (6.142) (35)
Outras despesas operacionais (991) (354)
Total (17.006) (308)
(i) Em 2003 a Sociedade iniciou uma discussão judicial acerca da incidência do ICMS sobre a demanda de energia elétrica contratada e não consumida, e obteve autorização para realizar depósitos judiciais dos valores em discussão, realizados entre 2003 e 2005. Nos anos subsequentes, o Estado do Espírito Santo emitiu autos de infração para preservar o direito ao crédito tributário. Em 28 de julho de 2016 foi assinado, junto a Procuradoria Geral do Estado do Espírito Santo, o acordo para encerramento das disputas mencionadas. O acordo consistiu em:
• Renúncia por parte da Sociedade de valores devidos de ICMS sobre demanda de energia elétrica contratada e não consumida em aproximadamente R$12.588, cujos valores encontravam-se depositados judicialmente; e
• Renúncia por parte do Estado do Espírito Santo de valores relativos a ICMS sobre demanda de energia elétrica contratada e não consumida pela sociedade, em aproximadamente R$205.
5. Tributos sobre o lucro
a) Reconciliação dos tributos sobre o lucro
O total demonstrado como resultado de tributos sobre o lucro no resultado está reconciliado com as alíquotas estabelecidas pela legislação, como segue:
Exercício findo em 31 de dezembro
2016 2015
Lucro antes dos tributos sobre o lucro 183.905 267.169
Tributos sobre o lucro às alíquotas da legislação - 34% (62.528) (90.837)
Ajustes que afetaram o cálculo dos tributos:
Outros ajustes 1.908 2.013
Tributos sobre o lucro (60.620) (88.824)
b) Tributos a recolher sobre o lucro
31 de dezembro de 2016 31 de dezembro de 2015
Tributos sobre o lucro do exercício - corrente 61.997 88.717
Antecipações (24.452) (29.990)
Total 37.545 58.727
6. Caixa e equivalentes de caixa
31 de dezembro de 2016 31 de dezembro de 2015
Caixa e bancos 66 696
Aplicações financeiras 195.310 309.199
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Companhia Coreano-Brasileira de Pelotização - Kobrasco Demonstrações Contábeis 31 de dezembro de 2016
Caixa e equivalentes de caixa compreendem os valores de caixa, depósitos líquidos e imediatamente resgatáveis, aplicações financeiras em investimento com risco insignificante de alteração de valor. As aplicações financeiras são prontamente conversíveis em caixa, sendo indexadas à taxa dos certificados de depósito interbancário (“taxa DI” ou “CDI”).
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, a Sociedade reconheceu R$ 20.440 e R$ 16.135, respectivamente, como rendimento de aplicações financeiras em receitas financeiras. As demais receitas financeiras de R$ 1.071 e R$ 2.230 em 31 de dezembro de 2016 e 2015, respectivamente, referem-se basicamente à atualização monetária de depósitos judiciais.
7. Tributos a recuperar
31 de dezembro de 2016 31 de dezembro de 2015
Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (“ICMS”) a recuperar 23.945 25.405
Imposto de renda retido na fonte (“IRRF”) a recuperar 3.978 6.500
Outros 37 168
Provisão para perda do ICMS a recuperar (não recuperabilidade futura) (23.945) (25.405)
Total 4.015 6.668
8. Contas a receber
Os saldos de contas a receber referem-se às transações de arrendamento operacional com a Vale (parte relacionada). Em 31 de dezembro de 2016 e 2015, não havia inadimplência no contas a receber.
9. Imobilizados
Imóveis Instalações Equipamentos Outros
Imobilizado em curso Total Saldo em 31 de dezembro de 2014 1.350 230.266 4.814 3.803 46.855 287.088 Adições - 940 - - 9.902 10.842 Baixas - - - - (35) (35) Depreciação (88) (13.448) (805) (491) - (14.832) Transferências - 8.853 - - (8.853) -Total 1.262 226.611 4.009 3.312 47.869 283.063 Custo 2.545 403.101 8.296 5.250 47.869 467.061 Depreciação acumulada (1.283) (176.490) (4.287) (1.938) - (183.998) Saldo em 31 de dezembro de 2015 1.262 226.611 4.009 3.312 47.869 283.063 Adições 1.111 35.853 13.505 - 9.511 59.980 Baixas - - - - (6.142) (6.142) Depreciação (2.284) (9.074) (20.995) (189) - (32.542) Transferências (i) 71.216 (111.631) 52.378 (2.827) (9.136) -Total 71.305 141.759 48.897 296 42.102 304.359 Custo 149.072 229.658 99.324 825 42.102 520.981 Depreciação acumulada (77.767) (87.899) (50.427) (529) - (216.622) Saldo em 31 de dezembro de 2016 71.305 141.759 48.897 296 42.102 304.359
(i) Em 2016, a Sociedade concluiu a análise em sua base de ativos com o objetivo de desmembrar ativos imobilizados que eram controlados em bloco. Como consequência desse trabalho, as segregações de classes de ativos foram revisadas, havendo necessidade de realizar transferência entre as classes para melhor apresentação.
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10. Processos judiciais
A Sociedade é parte envolvida em ações trabalhistas e tributárias em andamento na esfera administrativa e judicial. As provisões para as perdas decorrentes dessas ações são estimadas e atualizadas pela Sociedade, amparada pela opinião de consultores legais. Passivos contingentes consistem em causas discutidas nas esferas administrativa e judicial, cuja expectativa de perda é classificada como possível, as quais o reconhecimento de provisão não é considerado necessário pela Sociedade, baseado nos consultores legais. Correlacionados às provisões e passivos contingentes, a Sociedade é exigida por lei a realizar depósitos judiciais para garantir potenciais pagamentos de contingências. Os depósitos judiciais são atualizados monetariamente e registrados no ativo não circulante da Sociedade até que aconteça a decisão judicial de resgate destes depósitos por uma das partes envolvidas.
Provisões para processos judiciais Passivos contingentes Depósitos judiciais
31 de dezembro de 31 de dezembro de 31 de dezembro de
2016 2015 2016 2015 2016 2015
Processos tributários - 4.489 413.045 419.122 - 16.559
Processos trabalhistas 1.009 951 - - 7 7
Total 1.009 5.440 413.045 419.122 7 16.566
A movimentação ocorrida nos depósitos judicias de processos tributários refere-se ao acordo assinado junto a Procuradoria Geral do Espírito Santo para pôr fim a litígios, nas áreas administrativa e judicial, sobre créditos tributários relativos ao ICMS sobre a demanda de energia elétrica contratada e não consumida, conforme mencionado na nota 4.
O passivo contingente tributário refere-se, basicamente, à autuação do período de 2006 a 2008 pela Receita Federal do Brasil da cobrança de PIS/PASEP e COFINS sobre a operação de venda de pelotas com o fim de exportação. O valor atualizado dos referidos processos é de R$ 371.932 (R$ 330.192 em 2015).
11. Patrimônio líquido
a) Capital social - Em 31 de dezembro de 2016 e 2015 o capital social é de R$ 214.410 correspondendo a 4.021.438.370 ações
ordinárias escrituradas, totalmente integralizadas e sem valor nominal.
O capital do acionista domiciliado no exterior está registrado no Banco Central do Brasil por US$ 38.500 mil (dólares norte-americanos) e KRW 38.668.971mil (Won/Coreia-Sul).
b) Reserva de lucros
Reserva legal - Constitui uma exigência para todas as empresas brasileiras de capital aberto e representa a apropriação de 5% do
lucro líquido anual apurado com base na legislação brasileira, até o limite de 20% do capital social. Uma vez que o limite foi atingido, não há mais constituição de reserva legal.
Reserva de investimento - Tem como finalidade assegurar a manutenção e cumprimento ao orçamento de investimentos da
Sociedade.
c) Remuneração aos acionistas da Sociedade - Conforme estatuto social, 25% do lucro líquido do exercício (após constituições de
reservas) deve ser distribuído a título de dividendo mínimo obrigatório.
31 de dezembro de 2016 31 de dezembro de 2015
Lucro líquido do exercício 123.285 178.345
Dividendos mínimos obrigatórios 30.821 44.586
Dividendos adicional proposto (condicionado à aprovação em assembleia de acionistas) 92.464 133.759
Remuneração total do exercício 123.285 178.345
Os dividendos registrados em 31 de dezembro de 2015 no montante de R$ 77.952 referem-se aos dividendos mínimos obrigatórios de 2015 no montante de R$ 44.586 e a parte de dividendos adicionais propostos do resultado de 2014 no montante de R$ 33.366. Estes montantes de dividendos foram pagos durante o ano de 2016. Adicionalmente, em deliberação da Assembleia Geral Ordinária de 29 de abril de 2016, foi aprovado o pagamento dos dividendos adicionais propostos do resultado de 2015, no montante de R$ 133.759. Estes montantes de dividendos foram pagos durante o ano de 2016.
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Companhia Coreano-Brasileira de Pelotização - Kobrasco Demonstrações Contábeis 31 de dezembro de 2016
12. Classificação dos instrumentos financeiros
Empréstimos e recebíveis ou custo amortizado
31 de dezembro de 2016 31 de dezembro de 2015
Caixa e equivalentes de caixa 195.376 309.895
Contas a receber 10.721 12.405
Total dos ativos financeiros 206.097 322.300
Fornecedores 3.054 1.266
Total dos passivos financeiros 3.054 1.266
13. Sumário das principais políticas contábeis
a) Moeda funcional - As demonstrações contábeis são mensuradas utilizando o real (“BRL” ou “R$”), que é a moeda do principal
ambiente econômico no qual a Sociedade opera (“moeda funcional”). Todas as operações são realizadas em R$.
b) Imobilizados - Os custos dos ativos minerários desenvolvidos internamente são determinados por (i) custos diretos e
indiretamente atribuídos à construção da planta da mina; (ii) encargos financeiros incorridos durante o período de construção; (iii) depreciação de bens utilizados na construção; (iv) estimativa de gastos com descomissionamento e restauração da localidade; e (v) outros gastos capitalizáveis ocorridos durante a fase de desenvolvimento da mina (quando o projeto se prova gerador de benefício econômico e existem capacidade e intenção da Sociedade de concluir o projeto).
Os ativos imobilizados são depreciados pelo método linear, com base na vida útil estimada, a partir da data em que os ativos se encontram disponíveis para serem utilizados no uso pretendido. As vidas úteis estimadas são as seguintes:
Vida útil
Imóveis 25 a 30 anos
Instalações 10 anos
Equipamentos 5 a 10 anos
Outros 3 a 5 anos
Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados a cada exercício social e ajustados, se necessário.
Os gastos relevantes com manutenção de áreas industriais e de ativo relevantes, incluindo peças para reposição, serviços de montagens, entre outros, são registrados no ativo imobilizado e depreciados durante o período de benefícios desta manutenção até a próxima parada.
A Sociedade avalia, ao fim de cada período de reporte, se há alguma indicação de que os ativos imobilizados possam ter sofrido desvalorização. O ativo está desvalorizado quando seu valor contábil excede seu valor recuperável. Em 31 de dezembro de 2016 e 2015 não há indicação de que os ativos imobilizados possam ter sofrido desvalorização.
c) Instrumentos financeiros - A Sociedade classifica os (i) ativos financeiros não derivativos como mensurados pelo valor justo por
meio do resultado, mantidos até o vencimento, empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda; e (ii) passivos financeiros não derivativos como mensurados pelo valor justo por meio do resultado e outros passivos financeiros. A Sociedade tem apenas instrumentos financeiros não derivativos, com pagamentos e vencimentos definidos e que não são cotados em mercado ativo. São reconhecidos inicialmente a valor justo, e subsequentemente mensurados pelo custo amortizado utilizando o método de juros efetivos. O contas a receber é apresentado líquido da provisão para crédito de liquidação duvidosa.
d) Reconhecimento da receita - A Sociedade arrenda bens do imobilizado para a Vale. O arrendamento efetuado pela Sociedade na
figura de arrendadora, nos quais os riscos e benefícios da propriedade são retidos pela Sociedade, são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos recebidos sobre arrendamentos operacionais são reconhecidos na demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do arrendamento.
e) Tributos sobre o lucro - A provisão para tributos sobre o lucro é calculada com base em alíquotas e regras fiscais em vigor. Os
tributos sobre o lucro compreendem o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro. A alíquota estatutária aplicável no referido exercício é de 34%.
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14. Estimativas e julgamentos contábeis críticos
A preparação das demonstrações contábeis requer o uso de certas estimativas e julgamentos contábeis críticos por parte da Administração da Sociedade. Essas estimativas são baseadas no melhor conhecimento existente em cada exercício. Alterações nos fatos e circunstâncias podem conduzir a revisão das estimativas. Resultados reais futuros poderão divergir dos estimados. Considerando a natureza e a complexidade das operações da Sociedade, na opinião da Administração, as estimativas contábeis e julgamentos feitos no curso da preparação dessas demonstrações contábeis não são subjetivas ou complexas em um grau que requeresse sua descrição como crítica.
15. Gestão de riscos
a) Gestão de risco de liquidez e capital - A Sociedade monitora as previsões de fluxo de caixa para assegurar a liquidez de curto prazo
e possibilitar maior eficiência da gestão do caixa, em linha com o foco estratégico na redução do custo de capital e estabelecer uma estrutura de capital que assegure a continuidade dos seus negócios no longo prazo.
b) Gestão de risco de crédito - A exposição ao risco de crédito decorre de recebíveis, pagamentos a fornecedores e investimentos
financeiros. O processo de gestão de risco de crédito fornece uma estrutura para avaliar e gerir o risco de crédito das contrapartes e para manter o risco da Sociedade em um nível aceitável.
c) Seguros - A Sociedade emite diversas políticas de seguros, tais como: política de seguro de riscos operacionais, seguro de risco de
engenharia (projetos), responsabilidade civil, seguro de vida para seus funcionários, dentre outros. As coberturas destas apólices, similares às utilizadas em geral na indústria de mineração, são emitidas de acordo com os objetivos definidos pela empresa, a prática de gestão de risco corporativo e as limitações impostas pelo mercado de seguro. De forma geral, os ativos da empresa diretamente relacionados as suas operações estão contemplados na cobertura dos seguros contratados.
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Companhia Coreano-Brasileira de Pelotização - Kobrasco Demonstrações Contábeis 31 de dezembro de 2016
Membros da Diretoria e Responsáveis Técnicos
Diretores
José Lúcio Pádua Soares Junior
Diretor Superintendente Leonardo Gava Diretor Responsáveis Técnicos Juçanã Souza Contador CRC-RJ 076066/O-7 “S” ES
Bruno Mendes de Moraes