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#Dicas - Seguridade Social na CF e disposições finais (dez 2018)

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Sumário

COMPILAÇÃO DICAS DEZ 2018 SEMANA 4 ... 1

CONSTITUCIONAL ... 1

#Dicas - Seguridade Social na CF e disposições finais (dez 2018) ... 1

PROCESSO CIVIL ... 6

#Dicas - Aplicação do NCPC (dez 2018) ... 6

#Dicas - Jurisdição (att dez 2018) ... 8

TRIBUTÁRIO ... 11

O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - incide sobre os serviços de proteção ao crédito, ainda que prestados por entidade sindical a seus associados. V OU F? (dez 2018) ... 11

FINANCEIRO/ECONOMICO ... 11

#Dicas - Despesa Pública (dez 2018) ... 11

Direito Econômico - Parte 3 (dez 2018) ... 14

Direito Economico - Parte 4 (dez 2018) ... 17

CIVIL ... 19

#Dicas - Civil - Responsabilidade Civil e Atos Unilaterais (Atualização DEZ/18) ... 19

#Dicas - Princípios Contratuais e parte geral dos contratos (Atualização dez 2018) ... 27

PENAL ... 33

#Dicas - parte geral - DP (Atualização DEZ 18) ... 33

COMPILAÇÃO DICAS DEZ 2018 SEMANA 4

CONSTITUCIONAL

#Dicas - Seguridade Social na CF e disposições finais (dez 2018)

1. (CESPE - DPE/AL): "A equidade na forma de participação do custeio veda a utilização de alíquotas de contribuições diferenciadas para aqueles que contribuem para o sistema". Falso! Existe previsão constitucional para progressividade de alíquotas. Vale ressaltar que as alíquotas do RPPS não podem ser progressivas (RE 346.197 AgR).

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uniforme, não se admitindo alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas em razão do porte das empresas ou das atividades econômicas que desenvolvem. R: Falso! Vide item acima. 1.2 (TCE-SP) As contribuições do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.

2. (PGE/SE): "O princípio que, norteando a CF quanto à seguridade social, tem extrema relevância para o cumprimento dos objetivos constitucionais de bem-estar e justiça social, por eleger as contingências sociais a serem acobertadas e os requisitos para a garantia da distribuição de renda, é o princípio da seletividade e distributividade. Esse princípio significa que o legislador deve escolher os riscos sociais mais relevantes e distribuir para as pessoas necessitadas. Também foi cobrado na PGE/ES.

(CESPE): "O princípio da previdência social que visa conciliar a universalização, objetiva e subjetiva, do seguro social com a capacidade econômica do Estado, de modo a cobrir os riscos sociais reputados mais relevantes, é o da seletividade". C

3. (DPU - 2017): "A Lei Eloy Chaves, de 1923, foi um marco na legislação previdenciária no Brasil, pois unificou os diversos institutos de aposentadoria e criou o INPS". Falso! De acordo com Frederico Amado, a lei Eloy chaves criou a previdência social, mas não se relaciona com unificação de institutos de aposentadoria.

(CESPE - PGEAM): "No Brasil, iniciou-se o regime próprio de previdência dos servidores públicos com o advento da Lei Eloy Chaves, em 1923, que determinou a criação das caixas de aposentadorias e pensões para os ferroviários". falso! a lei eloy chaves era do regime privado, não público. Era mantido pelas empresas e apenas supervisionados pelo Poder Público.

(CESPE): "A lei que criou o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM), na década de 30 do século passado, é considerada marco fundador do direito previdenciário brasileiro". Falso! foi a lei eloy chaves, em 1923.

4. (DPU - 2017): "Dado o princípio da universalidade de cobertura, a seguridade social tem abrangência limitada àqueles segurados que contribuem para o sistema". Falso! a SS é solidária, independe de contribuição, salvo quanto à previdência social.

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(CESPE): "A seguridade social é um conceito universal que visa assegurar direitos relativos à saúde, à assistência e à previdência, independentemente de contribuição do beneficiário". Falso! a previdência precisa de contribuição.

(CESPE): "A saúde e a assistência social integram a seguridade social e são prestadas, independentemente de contribuição, nos casos legais; já a previdência social apresenta caráter contributivo". C

5. (CESPE - 2017): "A seguridade social representa um conjunto de benefícios prestados pelo poder público ao trabalhador e aos membros de sua família, independentemente de contribuição". Foi considerado errado, tendo em vista que a SS é para toda a sociedade e não apenas aos trabalhadores.

6. (PGEAM): "A Constituição Mexicana de 1917 e a Constituição de Weimar de 1919, ao constitucionalizar um conjunto de direitos sociais, colocando-os no mesmo plano dos direitos civis, marcaram o início da fase de consolidação da seguridade social". CORRETO! foram as primeiras constituições a tratar do direito previdenciário em seu texto.

(CESPE): "A Constituição de Weimar, de 1919, foi o primeiro diploma legal de magnitude constitucional em que se tratou de tema previdenciário". Falso! primeiro foi a do México, em 1916 e só depois a alemã.

7. Importante! recente tese do STF sobre seguridade social: "Os estrangeiros residentes no País são beneficiários da assistência social prevista no artigo 203, inciso V, da Constituição Federal, uma vez atendidos os requisitos constitucionais e legais".

(CESPE): "De acordo com o princípio da universalidade da seguridade social, os estrangeiros no Brasil poderão receber atendimento da seguridade social". C

8. (CESPE): "Empregado aposentado pelo RGPS, Caio deve, assim como os servidores públicos inativos, contribuir para o custeio da seguridade social". Falso! não confundir: aposentados do RGPS tem imunidade de contribuição previdenciária.

9. (CESPE): "Em caso de eventuais insuficiências financeiras decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada, a previdência social poderá elevar alíquotas das

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contribuições sociais de empregados e empregadores até o limite do débito apurado". Falso! De acordo com a lei 8.212, a União é responsável em casos de insuficiência financeira.

10. Constitui fonte de receita da seguridade social um percentual incidente sobre os valores arrecadados com os resultados dos leilões de bens apreendidos pela Receita Federal do Brasil. Correto! 40% dos leilões da receita federa; 50% dos valores obtidos em terras onde existe trabalho escravo e glebas com plantações psicotrópicas (8.212)

11. A COFINS, por incidir sobre o faturamento, não alcança as receitas provenientes da locação de bens móveis. Falso! É exatamente o contrário da súmula 423, STJ

12. Lei complementar disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, que deverá ser custeado concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado. Falso! Não há necessidade de ser lei complementar, o restante está correto.

13. É legítima a cobrança da COFINS, do PIS e do FINSOCIAL sobre as operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País (TCU 2015)

14. (PGEPI) De acordo com entendimento do STJ, é possível a aplicação de índice inflacionário negativo sobre a correção monetária dos débitos previdenciários, desde que se preserve o valor nominal do montante principal. Correto! julgado do STJ.

15. (CESPE) "O seguro-desemprego veio previsto pela primeira vez na CF/1988''. Falso! Questão difícil, pois a maioria do manuais não tem falando sobre o tema. No entanto, esse benefício surgiu na CF 1967.

16. (CESPE): "A Constituição Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere à fonte do custeio previdenciário, que passou a ser tríplice, provinda de contribuições do Estado, do trabalhador e do empregador". Correto! para lembrar: CF 1934, 3 fontes de custeio.

17. (MP-BA) O atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à

saúde constitui dever do Estado.

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diminuição ou extinção, sem medidas compensatórias, de forma infundada, portanto, no âmbito de efetivação de políticas públicas concretizadoras de direitos sociais.

19. Atenção! A comercialização de órgãos não é permitida no Brasil.

20. Atenção! A previdência social é de filiação obrigatória por parte dos trabalhadores. Vejamos alternativa da AL-RR considerada INCORRETA: "Considerando o princípio da livre associação previsto no caput do Art. 8º, um trabalhador poderá optar por não estar vinculado a qualquer

regime de Previdência Social".

21. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional.

22. (PGM-CWB) O Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) será organizado em regime de colaboração entre entes, tanto públicos quanto privados, com vistas a promover o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação. Sobre o tema, importante ressaltar que deve ser tratado por meio de Lei Ordinária; bem como os Estados e Municípios podem legislar concorrentemente sobre o tema (ART. 219-B, CRFB);

23. Compete ao SUS executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica e também sobre meio ambiente de trabalho;

24. Não se admite a cobrança de taxa de matrícula para o ingresso em universidade pública. Atenção! Recentemente o STF decidiu que é válida a cobrança de mensalidades em colégios

militares (ADI 5.082);

24.1 (PGM-REC) Q: O princípio constitucional da igualdade de condições para o acesso e permanência na escola autoriza a cobrança de taxa de matrícula em universidades públicas para custear ações voltadas à assistência de alunos de baixa condição socioeconômica. R: FALSO! É vedada a cobrança, existindo SV sobre o tema.

25. Dispositivo da CE não pode condicionar os licenciamentos ambientais ao crivo da ALE, sob pena de ferir o princípio da separação dos poderes (PGM-Niterói);

26. (PROC UNICAMP) O tombamento e a desapropriação são formas, previstas no texto constitucional, de promover e proteger o patrimônio cultural brasileiro. Obs: temas que serão aprofundados em direito administrativo.

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27. (PGM-REC) Consoante o disposto no texto constitucional, o Plano Nacional de Cultura, a ser estabelecido em lei, deve visar ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que, entre outros objetivos, conduzem à valorização da diversidade étnica e regional, bem como à democratização do acesso aos bens de cultura.

28. Atenção! Pegadinha que caiu na PGM-REC: 1) O plano nacional de educação tem duração decenal; 2) O plano nacional de cultura tem duração plurianual.

Educação -> Decenal;

Cultura -> Plurianual.

29. O STF entende ser constitucional atos normativos que, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), vedam a internação em acomodações superiores, bem como o atendimento diferenciado por médico do próprio SUS ou conveniado, mediante o pagamento da diferença dos valores correspondentes. Trata-se do instituto denominado "diferença de classes", inconstitucional por violar princípios, tais como, a isonomia.

30. A Constituição Federal de 1988 prevê garantias de proteção às manifestações culturais populares, afro-brasileiras e indígenas, atribuindo ao Estado o dever de garantir o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional.

PROCESSO CIVIL

#Dicas - Aplicação do NCPC (dez 2018)

1. Os atos que estavam pendentes nos processos em curso no momento da sua entrada em vigor se sujeitaram à nova lei processual, mas foi preservada a eficácia dos atos processuais já praticados na égide da lei antiga, aplicando a teoria do isolamento dos atos processuais.

De acordo com artigo da EMERJ: "o do isolamento dos atos processuais, no qual a lei nova não atinge os atos processuais já praticados, nem seus efeitos, mas se aplica aos atos processuais a praticar, sem limitações relativas às chamadas fases processuais".

No mesmo sentido (PGE-SC) A teoria adotada pelo legislador foi a chamada “teoria do isolamento dos atos processuais”, ou seja, cada ato é claramente identificado (e olhado de forma individualizada), promovendo-se a aplicação da nova lei quando houver novo ato processual na demanda em curso.

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PGE-AM: "O novo CPC aplica-se aos processos que se encontravam em curso na data de início de sua vigência, assim como aos processos iniciados após sua vigência que se referem a fatos pretéritos".

2. Na prova de Advogado da CREMEB, foi considerada CORRETA a seguinte alternativa: "A lei processual, quando entra em vigor, possui efeito imediato e não retroage". Vale lembrar que, via de regra, as leis não possuem eficácia retroativa.

3. (CESPE) Considerando-se o sistema do isolamento dos atos processuais, a lei processual nova não retroage, aplicando-se imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais já praticados e as situações jurídicas já consolidadas sob a vigência da lei anterior.

4. Atenção! Enunciado 3, STJ: Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de

admissibilidade recursal na forma do novo CPC.

Para o STJ, o CPC entrou em vigor dia 18 de março de 2016. 4.1 A VUNESP já considerou correta a seguinte alternativa: "A lei a regular o recurso é aquela do momento da publicação da decisão recorrível".

5. São cabíveis honorários sucumbenciais recursais somente contra decisões publicadas a partir

da entrada em vigor do novo código.

6. Direito probatório: devemos utilizar a seguinte regra: "As disposições de direito probatório adotadas neste Código aplicam-se apenas às provas requeridas ou determinadas de ofício a partir da data de início de sua vigência".

7. Atenção! O NCPC não adotou o sistema "puro" do isolamento dos atos processuais. Vejamos alternativa INCORRETA da prova de juiz federal: "No tema intertemporal, o CPC adotou o sistema puro do isolamento dos atos processuais".

De acordo com a banca examinadora: "A resposta “D” não se coaduna com alguns dispositivos, como o art. 1.046, § 1º, 1.047, 1.052, 1.054, porque afastam em determinadas situações o sistema do isolamento dos atos processuais, temperando-o e, consequentemente, descaracterizando-o como sistema puro". Ou seja, em determinadas situações, o sistema do isolamento não é utilizado.

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8. As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil de 1973), relativas ao procedimento sumário e aos procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas e não sentenciadas até o início da vigência do Novo Código de Processo Civil.

Veja que são disposições relativas ao procedimento SUMÁRIO E ESPECIAIS REVOGADOS. 9. As condições da ação regem-se pela lei vigente à data de propositura da ação.

CONDIÇÕES DA AÇÃO -> DATA DA PROPOSITURA DA AÇÃO.

10. (PGE-MT) uma ação de nunciação de obra nova que ainda não tenha sido sentenciada pelo juízo de primeiro grau quando do início da vigência do Novo Código de Processo Civil, seguirá em conformidade com as disposições do Código de Processo Civil de 1973.

O Novo Código de Processo Civil deixa de prever alguns procedimentos ditos por especiais pelo CPC/1973: ação de depósito, ação de anulação e substituição de título ao portador, ação de nunciação de obra nova, ação de usucapião e ação de vendas a crédito com reserva de domínio. Por isso, ocorre o efeito mencionado no item 8.

#Dicas - Jurisdição (att dez 2018)

1. É a técnica de decisão por terceiro, que substitui a vontade das partes (substitutividade).

2. Ao decidir o caso, o juiz exerce uma atividade criativa, onde surgirá uma norma jurídica individual.

3. O Poder Jurisdicional se desenvolve por meio do processo, onde deve ser garantido o devido processo legal e seus colorários.

4. Enquanto os atos normativos são gerais e abstratos, a jurisdição ocorre em situações concretas.

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6. Somente decisões judiciais podem se tornar imutáveis e indiscutíveis.

7. Equivalentes jurisdicionais são formas alternativas de resolução de conflitos, como, por exemplo, temos a autotutela, autocomposição e tribunais administrativo. Existe uma tendência para a resolução pacífica das lides, como a mediação e conciliação, sistema multiportas da justiça.

7.1 (UEMA) O Poder Judiciário, com um dos poderes da República Federativa do Brasil, que possui o exercício da jurisdição estatal, não é o único responsável pela solução dos conflitos de interesses.

7.2 Exatamente por isso a CESPE considerou INCORRETA a seguinte alternativa: "A lide é o conflito de interesse qualificado pela existência de uma pretensão resistida, sendo sempre de competência do Poder Judiciário".

8. São limites jurisdicionais a que se submetem os juízes questões atinentes à competência, condições da ação e exigências procedimentais, impedindo, assim, o seu exercício indiscriminado.

9. Uma vez provocando o exercício da jurisdição, imediatamente estará o autor sujeitando-se ao juiz, posto que está a dar causa à formação do processo com a entrega da causa ao Poder Judiciário em face da inevitabilidade da jurisdição estatal.

10. (PROC. CLDF) A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais

em vigor no Brasil.

11. O princípio do juiz natural, ao impedir que alguém seja processado ou sentenciado por outra que não a autoridade competente, visa coibir a criação de tribunais de exceção.

12. A exigência de requerimento administrativo prévio como condição para o regular exercício do direito de ação não se confunde com o exaurimento das vias administrativas e corresponde, no âmbito processual, ao interesse de agir. Essa parte é muito importante no âmbito do direito previdenciário, para não confundir os conceitos.

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13. Na jurisdição voluntária não há lide: trata-se de uma forma de a administração pública participar de interesses privados. Obs: existe divergência doutrinária, mas é a posição da CESPE. 14. São inerentes à jurisdição os princípios do juiz natural, da improrrogabilidade e da indelegabilidade. Atenção! A indelegabilidade não é absoluta, pois alguns atos, tais como colheita de prova, execução de mandados, etc, podem ser delegados sem maiores problemas.

15. A jurisdição é indivisível.

16. A arbitragem é considerada forma de jurisdição, embora não seja estatal.

Vale ressaltar que a arbitragem pode ser utilizada também pelo Poder Público, em relação aos direitos patrimoniais disponíveis.

17. Princípios da jurisdição:

a) territorialidade - o magistrado somente tem autoridade nos limites de sua competência territorial;

b) indelegabilidade - o exercício da jurisdição não pode ser delegado. Obs: alguns atos, instrutórios, como colheita de prova podem ser delegados.

c) juiz natural - significa ser julgado pela autoridade constituída e devida, sem que seja designado posteriormente. Obs: a criação de varas especializadas não afronta esse princípio.

d) inafastabilidade da jurisdição - possibilidade de ser levado ao judiciário conflitos de interesse.

e) Demanda - O juiz não pode agir sem provocação do interessado, salvo nos casos previstos em lei.

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TRIBUTÁRIO

V ou F? O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - incide sobre os

serviços de proteção ao crédito, ainda que prestados por entidade sindical a seus

associados (dez 2018)?

“Fora de toda dúvida, há aí uma prestação de serviços mediante remuneração, suficiente para a incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza. Pouco importa que a remuneração desse serviço seja dimensionada sem o propósito de lucro; a regra de tributação, no que se refere ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, independe do resultado da atividade, interessando-lhe apenas o fato econômico da circulação de bens imateriais, na espécie caracterizada pelo preço pago, a cada consulta, pelas informações obtidas". [Info mais recente do STJ].

FINANCEIRO/ECONOMICO

#Dicas - Despesa Pública (dez 2018)

1. As emendas ao Projeto de Lei Orçamentária pelo Legislativo dependem da indicação de recursos, admitidos apenas a anulação de despesa. Vale ressaltar que não podem ser anuladas: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida e c) transferências tributárias constitucionais.

2. O que é uma despesa obrigatória de caráter continuado? De acordo com a LRF: "Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de LEI, medida provisória (MP) ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios". >2 exercícios. 2.1 (PGE-AP) Q: a prorrogação de uma despesa de caráter continuado criada por prazo determinado não é considerada aumento de despesa, para os fins da LRF. R: Falso!

2.2 (PGE-SP) Que ensejam a obrigação legal de execução para o ente por um período superior a dois exercícios e cujos atos de criação condicionam-se à comprovação de não comprometimento das metas de resultados fiscais, salvo para aquelas destinadas ao *serviço da dívida* ou *revisão geral anual dos servidores*.

3. A despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de COMPETÊNCIA. (VUNESP): "A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos doze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de

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3.1 A despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se de forma complementar o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa.

4. Os valores dos contratos de terceirização de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”, entrando no cômputo da despesa total com pessoal.

5. As subvenções são transferências destinadas ao custeio de programas sociais e econômicos previamente aprovados na lei orçamentária.

6. As despesas de pessoal são classificadas como despesas correntes. Vide Art. 13, Lei 4.320. Neste sentido (PGM-BH): "Qualificada como despesa de capital obrigatória, a despesa de pessoal é dotada de caráter continuado". Falsa! Não é despesa de capital.

7. A aquisição de imóveis é classificada como inversão financeira.

8. O que são as despesas de exercícios anteriores? De acordo com a 4.320, as despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que *não se tenham processado na época própria*, bem como os *Restos a Pagar com prescrição interrompida* e os *compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente* poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.

9. Os percentuais para despesa com pessoal incidem sobre a receita corrente líquida do ente (PGE-SE).

10. Os pagamentos devidos, em razão de pronunciamento judicial, pelos Conselhos de Fiscalização não se submetem ao regime de precatórios. STF. Plenário. RE 938837/SP.

11. As subvenções sociais e econômicas são transferências realizadas a pessoas jurídicas públicas ou privadas para cobrir despesas de custeio (PGM-BH).

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12. (PGM-FOR): "Os gastos com contratos de terceirização de mão de obra incluem-se no cálculo do limite de despesas com pessoal e são contabilizados como pagamentos aos ocupantes de cargos, funções ou empregos públicos". Alternativa incorreta, pois são contabilizadas como

outras despesas de pessoal.

12.1 (Vunesp) Os valores dos contratos de terceirização de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”, entrando no cômputo da despesa total com pessoal.

13. (PMG-FOR): "Não é exigível prévia dotação orçamentária para a concessão de vantagem ou aumento de remuneração em recomposição salarial orientada pela reposição do poder aquisitivo em virtude da inflação". Alternativa correta, tendo em vista que existe essa exceção na LRF.

14. (PGE-AM): "Não tem natureza jurisdicional, mas sim administrativa, o ato do presidente de tribunal de justiça que solicita ao Poder Executivo a realização de despesa com obrigação decorrente de sentença judicial condenatória proferida contra o Estado". Alternativa correta! Por isso não cabe RE (Súmula 733, STF).

15. (TCE-PA): "É dispensável a prévia autorização legislativa para a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções". Via de regra, tem de ter autorização legislativa, mas a assertiva encaixa na permissão constitucional

e está correta!

16. O crédito suplementar necessita de autorização legislativa para ser aberto. 16.1 Os créditos especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

17. A abertura de créditos especiais e suplementares requer a presença de recursos disponíveis para a ocorrência da referida despesa, além de justificativa prévia. Um desses recursos, desde que não comprometido, é o proveniente de excesso de arrecadação.

*São fontes de créditos adicionais*: o excesso de arrecadação; o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais e o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las. (CESPE) Q: É vedada a utilização dos recursos provenientes de excesso de arrecadação como fonte para a abertura de créditos suplementares ou especiais. R: Falso! Vide item acima.

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18. O aumento salarial que descumpra a LRF é considerado NULO (PGE-AP);

19. O empenho é obrigatório para a realização da despesa pública, embora a emissão da nota de empenho seja dispensável em situações específicas.

20. Os inativos entram no cálculo da despesa com pessoal (PGM-SOROCABA). 21. A concessão de crédito presumido é considerado como renúncia de receita. 22. Auxílio-moradia não é computado como despesa de pessoal (FGV). Na PGE-PE, a CESPE considerou que o FGTS entra no Cômputo da despesa com pessoal, mas não entra o

auxílio-transporte e alimentação.

22.1 Não é computado como despesa de pessoal (CESPE e FGV): a) moradia; b)

auxílio-transporte e c) auxílio-alimentação.

22.2 (TCE-PE) Esta Corte de Contas fixou entendimento, por meio do Acórdão TC nº 1344/2014, de que as verbas indenizatórias não integram a base de cálculo da despesa total com pessoal;

23. No Brasil, as despesas orçamentárias são classificadas como INSTITUCIONAIS, se constituídas por dois níveis, que se referem ao órgão e à unidade orçamentária.

Direito Econômico - Parte 3 (dez 2018)

2. O Estado e a atividade econômica 2.1. Atividade econômica

2.1.1. Conceito

A atividade econômica é o conjunto de ações ou tarefas executadas pelos agentes econômicos para a obtenção dos bens necessários à satisfação de suas necessidades. Ou seja, é a atividade humana relacionada a qualquer etapa da cadeia econômica: produção, circulação, troca ou consumo de produtos ou serviços. A atividade econômica e a organização dos mercados são o objeto e a razão de ser do Direito Econômico.

2.1.2. Classificação

A atividade econômica em sentido amplo (gênero) abrange toda e qualquer atividade explorada no âmbito de determinado país, quer exercidas pelo Estado, quer pelos agentes privados.

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Classifica-se em duas espécies: serviço público e atividade econômica em sentido estrito (ADI 1.642).

* • serviço público é a atividade precípua e finalística do Estado. Tem por objetivo atender as necessidades coletivas. Segundo o art. 175, CF, incumbe ao Poder Público a prestação de serviço público de modo direto ou por meio de delegação (concessão ou permissão). Sujeita-se ao regime de Direito Público

* • atividade econômica em sentido estrito compreende as atividades tipicamente exercidas pelos agentes privados (domínio econômico privado). O art. 173, CF, prescreve que o Estado pode atuar neste domínio, mas em caráter excepcional (relevante interesse coletivo e imperativos de segurança nacional), em regime de competição e sem privilégios não extensíveis aos agentes privados. O objetivo usual é melhorar o funcionamento de um mercado ou para suprir eventuais falhas de mercado. Sujeita-se ao regime de Direito Privado.

2.2. Sistema econômico 2.2.1. Conceito

O sistema econômico é o modelo econômico adotado por determinado Estado, ou seja, a forma sob a qual o Estado organiza as relações de produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Os elementos que caracterizam o sistema econômico são:

* a) fatores de produção (capital, terra, trabalho). Todos os agentes podem ter acesso aos fatores?

* b) unidades de produção (empresas). É livre a iniciativa da unidades de produção?

* c) instituições (políticas, jurídicas, econômicas). Quais instituições pertinentes à atividade econômica?

Os traços importantes de um sistema econômico, a partir dos elementos apontados, são: * a) propriedade dos meios de produção. O acesso à propriedade é amplo ou restrito? * b) iniciativa da atividade econômica. Há barreiras ou é livre?

* c) distribuição do produto do trabalho. É elemento considerado pelo Estado? 2.2.2. Classificação

A classificação tradicional contrapõe os sistemas capitalista e socialista. Nem todos os países se enquadram de modo perfeito. A China é um “capitalismo de Estado” ou um “socialismo de mercado”.

Capitalismo tem seu funcionamento baseado no sistema de economia de mercado. As condições de mercado, são determinadas pelo mecanismo de preços: oferta vs. procura. Tem por características preponderantes a livre iniciativa, a livre concorrência e a propriedade privada dos meios de produção.

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Socialismo tem por base a centralização e planejamento estatal da economia. As condições de mercado são determinadas por órgãos estatais e não pelo próprio mercado. O Estado organiza a atividade produtiva. As características preponderantes são a propriedade dos meios de produção é pública ou coletiva, a atividade econômica tem por iniciativa pública ou coletiva e há foco na distribuição do produto do trabalho.

Constituição Federal adota o modelo capitalista, como se extrai das evidências: art. 1º, IV, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa como fundamentos da República; art. 170, caput, ordem econômica fundada na livre iniciativa; art. 170, II, a propriedade privada dos meios de produção é um dos princípios da ordem econômica.

2.3. Modelos de Estado

Os modelos de Estado delineam as linhas gerais que orientam o posicionamento do Estado diante da atividade econômica (“formas de posicionamento do Estado diante da atividade econômica”).

2.3.1. Estado liberal

Na sua origem, o liberalismo é político e depois se espraia ao campo econômico. Nesse modelo, o Estado não precisa intervir, pois o mercado produz o seu próprio equilíbrio. O Estado não intervém, pois o mercado se desenvolve livremente, salvo para garantir a segurança dos negócios (pax economica) e para atuar nos setores em que não há interesse dos agentes privados. A propriedade não cumpre qualquer “função social”.

2.3.2. Estado de bem-estar social

Por força das falhas do modelo liberal (concentração do poder econômico, desigualdade social), desenvolveu-se, a partir das constituições sociais, o Estado social ou intervencionista. O Estado intervém diretamente no domínio econômico, explorando atividade econômica, com o objetivo de proporcionar bem-estar aos cidadãos (interesse público e justiça social). Há ampliação da estrutura burocrática do Estado (previdência, empresas estatais, etc.), no intuito de prestar os serviços de bem-estar. A propriedade cumpre a função social, outros fins que não servir o próprio proprietário.

2.3.3. Estado neoliberal

O modelo do Estado de bem-estar demonstrou-se excessivamente custoso (carga tributária). No final da década de 70, observou-se Estados deficitários e endividados, especialmente na América Latina. Percebe-se que os recursos são escassos. Tatcher (Inglaterra, 1978) e Reagan (EUA, 1980) conduzem suas equipes econômicas para realizar reformas, adequando o orçamento às necessidades infinitas.

Parte-se de uma crença na maior eficiência do agente privado para a exploração de algumas atividades. Tem-se uma visão restrita acerca do papel do Estado: sua atuação deve restringir-se à correção de distorções no funcionamento dos mercados.

O Estado intervém no domínio econômico de forma indireta (mediata): por concessão à iniciativa privada (privatização da economia), restringindo-se à regulação da exploração (legal

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ou contratual). O Estado deixa de ser empresário e passa a ser regulador. Para tanto, foi necessário constituir órgãos e entes reguladores.

Direito Economico - Parte 4 (dez 2018)

2.4. Intervenção ou atuação do Estado na economia

Há um debate terminológico que contrapõe os termos intervenção e atuação. A intervenção compreende o agir do Estado em uma seara que não lhe seria natural (domínio econômico). A atuação compreende o agir do Estado na seara que lhe é própria. Contempla a prestação de serviço público.

As formas de intervenção do Estado são:

• a) direta. Há intervenção no domínio econômico. O Estado atua diretamente, de forma concreta, fornecendo bens e prestando serviços à coletividade (“Estado empresário”). O Estado pode fazê-lo sozinho (absorção: monopólio ou exclusividade) ou paralelamente aos particulares (participação), por meio de uma empresa estatal

• b) indireta. Há intervenção sobre o domínio econômico. O Estado atua de forma mediata, baixando regras que repercutem sobre a atividade econômica. Assume posição de ente político. O instrumento de intervenção, em regra, é a regulação.

O grau de intervenção do Estado é justamente o que determina qual modelo de Estado adotado por determinada sociedade. O Direito Econômico é instrumento capaz de dosar o intervencionismo. A discussão sobre a adequação das medidas interventivas perpassa por uma análise de constitucionalidade (respeito ao texto constitucional) e de legitimidade (respeito ao modelo de Estado adotado, nos limites da função que lhe foi atribuída).

3. Ordem jurídico-econômica 3.1. Conceitos fundamentais

A ordem jurídico-econômica é o “conjunto de normas de conduta que determinam que, como e quando os fatos econômicos podem ou não ser postos em prática na sociedade” (João Bosco da Fonseca). Em outra acepção, é “parcela do sistema normativo voltada para a regulação das relações econômicas que ocorrem em dado Estado” (Tavares). Em suma, consiste na ordem jurídica da economia. A “ordem econômica” se refere ao ordenamento jurídico da disciplina da atividade econômica.

A ordem econômica em perspectiva territorial divide-se na ordem econômica internacional e na ordem econômica nacional.

A ordem econômica internacional disciplina as relações comerciais e econômicas entre as pessoas jurídicas de Direito Público externo. A ordem nacional é o regramento jurídico interno de cada país que disciplina a organização de sua economia, o regime jurídico dos fatores de produção, competências e funções do Estado.

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A Constituição econômica é expressão que se refere aos princípios e regras fundamentais disciplinadores da atividade econômica previstos na Constituição. Admite duas acepções: formal e material. Em sentido formal, a Constituição econômica é as disposições inseridas no texto constitucional que tratam da economia. Em sentido material, a Constituição econômica compreende os preceitos aplicáveis à economia, não necessariamente inseridos no texto constitucional formal.

Constituição de 1824 - perfil liberal

- aboliu corporações de ofício e sindicatos

- preponderância dos interesses da classe econômica - previa socorros públicos (embrião do fomento e incentivo) Constituição de 1891

- perfil liberal

- inviolabilidade da propriedade e livre exercício da profissão - fomento da agricultura

Constituição de 1934

- perfil social, intervencionista e desenvolvimentista - capítulo da ordem econômica e social

- garantia da livre iniciativa com existência digna - permitia o monopólio de atividades

- fomento à economia popular

- direitos sociais – salario mínimo, cria a justiça do trabalho, férias Constituição de 1937

- separa ordem econômica da ordem social - intervenção estatal

- economia corporativista Constituição de 1946

- perfil social e intervencionista (constituição de Weimar)

- fundada na justiça social – livre iniciativa + valorização do trabalho - novo liberalismo – autonomia privada limitada pela função social - repressão ao abuso do poder econômico

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Constituição de 1967

- influência da doutrina americana de segurança nacional - domínio econômico – viés nacionalista

- visa o desenvolvimento EC 1/69

- ordem econômica passou a ter como finalidades "realizar o desenvolvimento nacional e a justiça social”

- assegurava aos trabalhadores a participação nos lucros e greve.

- restringe a exploração de determinados bens, serviços e produtos a brasileiros Constituição de 1988

- perfil social

- intervenção estatal é mantida mas só excepcionalmente - repartição de competências entre os entes

- CF dirigente – enuncia uma programação para a realização de objetivos

CIVIL

#Dicas - Civil - Responsabilidade Civil e Atos Unilaterais (Atualização DEZ/18)

1. O incapaz que venha a causar dano tem responsabilidade subsidiária e condicional para a reparação. Atenção para o tema da responsabilidade do incapaz, vem sendo muito cobrado! De acordo com o informativo 599: A responsabilidade civil do incapaz pela reparação dos danos é SUBSIDIÁRIA, CONDICIONAL, MITIGADA e EQUITATIVA.

1.1 (CESPE) As pessoas responsáveis pelo incapaz respondem pelos prejuízos por ele causados, salvo quando não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes para tal, situação em que o incapaz deverá responder pelos prejuízos causados. Correto!

1.2. (PGM/São José dos Campos) Q: No atual sistema, o incapaz jamais poderá ser responsabilizado pelas condutas danosas que praticar, recaindo o dever reparatório sempre aos seus representantes. FALSO!!

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solidariamente com seus representantes legais, só não podendo a reparação deixar o incapaz sem meios próprios de subsistência. R: Falsa! Não é solidária.

2. A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral, independentemente de prova do prejuízo sofrido pela vítima (STJ).

3. No transporte desinteressado, de simples cortesia, o transportador só será civilmente responsável por danos causados ao transportado quando incorrer em dolo ou culpa grave (PGE-TO 2018).

3.1. Por outro lado, (PGM/BH) No contrato de transporte de pessoas, a obrigação assumida pelo transportador é de resultado, e a responsabilidade é objetiva.

4. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. No entanto, há entendimento STJ no sentido de que a pessoa jurídica de direito público não poderá.

4.1 (PGE-SC) Q: A pessoa jurídica não é passível de dano moral. R: Falso!

5. O dano moral é diferente do estético, sendo possível a cumulação de ambos. (DPE-PE 2018): "Ana poderá ajuizar ação para pleitear danos morais e materiais, mas não danos estéticos isoladamente: dano moral já engloba dano estético". Falsa!

5.1. A jurisprudência admite a cumulação tríplice de danos (AC 10105093156419001 MG).

6. São também responsáveis pela reparação civil os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, ATÉ A CONCORRENTE QUANTIA, ainda que não haja culpa de sua parte.

7. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança. (FCC - 2017): O direito de exigir reparação pelos danos causados e a obrigação de ressarci-los nunca se transmitem com a herança, pois são personalíssimos. Falso!

7.1 TCEPA: A obrigação de reparar o dano causado não se transmite por sucessão aos herdeiros. Falso!

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7.2 (UFPR) O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.

8. O dono ou detentor do animal ressarcirá os danos por este causados, se não provar culpa da vítima ou de força maior. Enunciado 452, CJF: "A responsabilidade civil do dono ou detentor de animal é objetiva, admitindo-se a excludente do fato exclusivo de terceiro".

8.1. (TRF3) É do dono ou detentor do animal que causar dano o ônus de provar que o fato ocorreu por culpa da vítima ou força maior.

9. (DPEAC - 2017) no caso de ato danoso praticado por animal, será imputável ao dono deste, se não houver culpa da vítima. Correto! Vide explicação acima.

10. É permitido ao réu fazer prova de ter havido concorrência culposa da vítima, o que viabiliza o arbitramento equitativo da indenização de reparação por danos morais.

11. Configura dano moral indenizável a divulgação não autorizada da imagem de alguém em material impresso de propaganda político-eleitoral, independentemente da comprovação de prejuízo (Info 549).

12. No que se refere às famílias de baixa renda, há presunção de dano material e moral em favor dos pais em caso de morte de filho menor de idade, ainda que este não estivesse trabalhando na data do óbito (PGM-FOR).

13. Cometerá ato ilícito o titular de direito que, ao exercê-lo, exceder manifestamente os limites impostos pelo seu fim socioeconômico, pela boa-fé ou pelos bons costumes. Aqui estamos diante da responsabilidade civil por abuso de direito, que é objetiva (En. 37, CJF).

13.1 (CRM/MG) Para que o abuso de direito esteja presente, nos termos do que está previsto na atual codificação privada, é importante que tal conduta seja praticada quando a pessoa exceda um direito que possui, atuando em exercício irregular de direito.

13.2. (PGM/BH) Q: O abuso do direito, ato ilícito, exige a comprovação do dolo ou da culpa para fins de responsabilização civil. Falso! É objetiva.

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13.3 (TRF2) A origem do abuso de direito está vinculada à teoria dos atos emulativos. Conforme previsto pelo Código Civil de 2002, o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes, comete ato ilícito.

14. Não cabe reparação pelos danos hipotéticos, sendo necessário a comprovação dos mesmos. Neste sentido (CESPE): "Na situação em apreço, para fixar o valor da condenação pelos danos materiais, o juiz deve considerar os denominados danos hipotéticos ou eventuais, pois, ainda que não tenha sido comprovado efetivo prejuízo material, presume-se que a conduta ilícita causou lesão à associação". Falso!

15. De acordo com o entendimento do STJ, os pais que não exercem autoridade de fato sobre o filho menor, ainda que detenham o poder familiar, não respondem por ato ilícito praticado pelo filho.

16. De acordo com a jurisprudência do STF, a aplicação da sanção derivada da cobrança de débito já solvido na forma regulada pelo Código Civil depende da constatação de que o credor agira de má-fé com o objetivo deliberado de angariar proveito indevido. Vale ressaltar que o STJ comunga do mesmo entendimento, vide Info 576 do Tribunal.

17. Operadora de plano de saúde que se recusar injustificadamente a cobrir tratamento de segurado ofenderá o direito da personalidade, sendo tal conduta considerada dano moral.

18. Para efeito de indenização por danos materiais, a vítima pode exigir o pagamento dos lucros cessantes e das despesas com o tratamento médico até o fim de sua convalescença, além de pensão correspondente à remuneração pelo trabalho para o qual se inabilitou.

18.1 Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.

19. A responsabilidade dos hospitais é subjetiva no que tange à atuação dos médicos que a eles estão vinculados por convênio.

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21. O banco responde de maneira objetiva, fundada no risco do empreendimento em virtude de fraudes praticadas por terceiros (TJCE).

21.1. (MANAUS) Como o ilícito foi praticado por terceiro, que clonou o cartão magnético e efetuou os saques, ficou configurado evento que rompeu o nexo causal, afastando a responsabilidade da instituição financeira. Falso!

22. (MANAUS) Ressalvada a hipótese de efetivo agravamento do risco, a seguradora não se exime do dever de indenizar em razão da transferência do veículo sem a sua prévia comunicação.

23. (MANAUS) A sanção civil de pagamento em dobro por cobrança de dívida já adimplida pode ser pleiteada na defesa do réu, independentemente da propositura de ação autônoma ou de reconvenção para tanto.

24. O absolutamente incapaz pode sofrer dano moral (MANAUS).

25. (MANAUS) Q: Uma vez ajuizada ação de cobrança de dívida já paga, o direito do requerido à restituição em dobro prescindirá da demonstração de má-fé do autor da cobrança. Falso!! Para o STJ, informativo 576, é necessário a cobrança de má-fé para tanto.

26. Não é possivel a fixação de indenização pela perda de uma chance no valor integral correspondente ao dano final experimentado pela vítima, isso porque o valor de indenização pela perda uma chance somente poderá representar uma proporção do dano final experimentado pela vítima. STJ, REsp 1.254.141.

27. A teoria da perda de uma chance é aplicável também nos contratos advocatícios (MP/BA).

28. A teoria da perda de uma chance de origem francesa se caracteriza pela frustração de uma expectativa, uma oportunidade futura, dentro da lógica do razoável, que ocorreria se não houvesse ação ou omissão do agente causador do dano (MP/BA).

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28.1 (DPU) A aplicação da teoria da perda da chance pressupõe uma possibilidade concreta, real e com alto grau de probabilidade de se garantir um benefício ou sofrer um prejuízo, bem como que a ação ou omissão do agente tenha nexo causal com a perda da oportunidade de exercer a chance.

28.2. A teoria da perda de uma chance pode ser utilizada como critério para a apuração de responsabilidade civil ocasionada por erro médico, na hipótese em que o erro tenha reduzido possibilidades concretas e reais de cura de paciente que venha a falecer em razão da doença tratada de maneira inadequada.

28.3 (TJPR) Q: A aplicação da teoria da perda de uma chance restringe-se aos danos materiais. Falso!!

28.4. Q: Nas indenizações decorrentes da perda de uma chance, a probabilidade de perda de uma oportunidade pode ser considerada em abstrato. Falso! A chance deve ser real, não hipotética.

29. Quando não for possível identificar quem causou o dano, todo o condomínio será responsável pela indenização (TJ/AL).

29.1 Neste sentido, a CESPE considerou correta a seguinte alternativa: "Diante da impossibilidade de saber de qual apartamento caiu ou foi lançada a garrafa que o atingiu, Túlio poderá buscar a responsabilização direta do condomínio, indicando-o como réu na ação de reparação de danos". Essa teoria é conhecida como "pulverização dos danos". 29.2 (AL-RO) Se um objeto cai de uma janela de um apartamento edifício e não é possível identificar a unidade de onde o mesmo foi lançado, a vítima do dano pode demandar do condomínio, aplicando-se no caso a teoria da causalidade alternativa.

30. Administradores de grupos de WhatsApp são responsáveis por ofensas feitas por membros, caso não ajam para impedi-las ou coibi-las (Jurisprudência do TJSP).

31. O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula expressa de exclusão.

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32. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.

33. Os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, são responsáveis pelos seus hóspedes, moradores e educandos.

34. Pode dar-se objetivamente, isto é, independentemente de culpa do ofensor, por exemplo quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

35. Atenção: no caso de responsabilidade extracontratual, os juros de mora fluem desde o evento danoso.

No caso de danos morais, fluem a partir da data de arbitramento.

36. Ressalvados os casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.

37. Q: (PGM/BH) No que se refere ao nexo causal, elemento da responsabilidade civil, o Código Civil adota a teoria da equivalência das condições. Falso! Adotou a teoria do dano direto e imediato, conforme Art. 403, CC.

38. (FCC) A natureza de reparação dos danos morais, e não de ressarcimento, é o que justifica a não incidência de imposto de renda sobre o valor recebido a título de compensação por tal espécie de dano.

39. A empresa locadora de veículos responde, civil e solidariamente com o locatário, pelos danos por este causados a terceiro, no uso do carro locado.

40. Caso o bombeiro arrombe a porta para salvar alguém que está em perigo em virtude de incêndio, não precisará indenizar nos moldes do CC (DPGO).

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41. (PGE-SC) Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.

42. Os danos sociais se distinguem dos danos coletivos em razão de sua extrapatrimonialidade, consubstanciando a ofensa à qualidade de vida e ao patrimônio moral da sociedade. 43. A indenização por injúria, se não comprovado prejuízo material, será equitativamente fixada pelo juiz, considerando as circunstâncias do caso.

44. É possível a responsabilidade civil do médico quando opera joelho errado em virtude de conduta culposa.

45. (AL-RO) O dano imaterial decorrente da prática de bulliyng, também chamado de assédio escolar, pode acarretar a responsabilidade civil dos genitores da criança que o pratica, assim

como do estabelecimento de ensino.

46. (PROC. UNICAMP) Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento.

47. (PGM-SOROCABA) O possuidor de determinado imóvel pode exigir do dono do prédio vizinho, quando este ameace desabamento, a prestação de caução pelo dano iminente.

48. As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortutito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias. P. Ex: Clonagem de cartão, anotação clandestina em cadastro de devedores, etc.

49. É admissível a concorrência de culpa no procedimento de fixação do valor da indenização.

50. O dano moral é presumido (re in ipsa) na violência praticada no âmbito doméstico ou familiar.

51. A usurpação indevida do tempo útil caracteriza dano moral indenizável.

52. (MP-MS) A conduta de agressão verbal de um adulto contra um adolescente configura elemento caracterizador da espécie do dano moral in re ipsa.

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#Dicas - Princípios Contratuais e parte geral dos contratos (Atualização dez 2018)

1. A teoria da imprevisão ocorre por onerosidade excessiva e é presente nos contratos de execução diferida ou execução continuada. Foi cobrado recentemente pela CESPE na DPEAC e Juiz TRF5.

1.1 PGEAM: "Mauro firmou contrato com determinada empresa, por meio do qual assumiu obrigações futuras a serem cumpridas mediante prestações periódicas. No decurso do contrato, em virtude de acontecimento extraordinário e imprevisível, as prestações se tornaram excessivamente onerosas para Mauro e extremamente vantajosas para a referida empresa. Nessa situação, Mauro poderá pedir a resolução do contrato, a redução da prestação ou a alteração do modo de executá-lo". Correto!

1.2. DPERN: "A resolução do contrato por onerosidade excessiva não se aplica aos contratos de execução instantânea, pois ocorre quando, no momento da efetivação da prestação, esta se torna demasiadamente onerosa para uma das partes, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis". De acordo com TARTUCE: "O contrato deve ser de execução diferida ou de trato sucessivo, ou seja, deve ainda gerar efeitos no tempo (art. 478 do CC). Em regra, não é possível rever contrato instantâneo, já celebrado e aperfeiçoado".

1.3. Juiz Federal: "Os efeitos da sentença que extinguir o contrato retroagirão à data da citação, e não à data do evento imprevisível que tiver dado causa à extinção do contrato". Correto! Vejamos a lição de TARTUCE: "Os efeitos da sentença que determinar a resolução retroagirão à data da citação do processo em que se pleiteia a extinção (efeitos ex tunc)".

1.4. DPEPE 2015: "Nos contratos aleatórios, é admitida a revisão ou resolução por onerosidade excessiva em razão da ocorrência de evento superveniente, extraordinário e imprevisível que não se relacione com a álea assumida no contrato". Correto! Vejamos: " En. nº 440, CJF: É possível a revisão ou resolução por excessiva onerosidade em contratos aleatórios, desde que o evento superveniente, extraordinário e imprevisível não se relacione com a álea assumida no contrato".

1.5. DPEAM: "Os contratos devem ser de execução continuada ou diferida; e à onerosidade excessiva a uma das partes deve corresponder a extrema vantagem à outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis".

Ou seja: a) contratos de execução continuada; b) onerosidade excessiva para uma parte; c) vantagem extrema para outra parte e d) acontecimentos extraordinários e imprevisíveis.

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A FCC também cobrou o tema na PGM-SLZ da seguinte maneira: "nos contratos de execução continuada ou diferida, a excessiva onerosidade da prestação de uma das partes, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis".

2. Se, em cumprimento a cláusula de uma relação contratual, uma das partes adota determinado comportamento e, tempos depois, ainda sob a vigência da referida relação, passa a adotar comportamento contraditório relativamente àquele inicialmente adotado, tem-se, nesse caso, um exemplo do que a doutrina civilista denomina venire contra factum proprium. Vale ressaltar que essa teoria também tem incidência no âmbito dos atos administrativos.

3. Em observância ao princípio da conservação contratual, caso ocorra o vício do consentimento denominado lesão, a parte lesionada pode optar pela revisão judicial do negócio jurídico, ao invés de pleitear sua anulação.

4. O adimplemento substancial do contrato tem sido reconhecido como impedimento à resolução unilateral, havendo ou não cláusula expressa. Vale ressaltar que o STJ não admite a aplicação de tal teoria quando estivermos diante de alienação fiduciária de veículos, regido pelo Dec. 911

4.1. Neste sentido: "Segundo entendimento do STJ, o adimplemento substancial do contrato não autoriza o credor a resolver unilateralmente o negócio jurídico". Correto!

4.2. Considerando os postulados da boa-fé objetiva e da função social do contrato, é eventualmente possível, mesmo diante do inadimplemento, recusar-se a resolução do contrato pela invocação da teoria do substancial adimplemento (TRF3).

5. O defeito oculto de uma coisa não autoriza a rejeição de todas as outras vendidas em conjunto com ela, dado o princípio da função social do contrato.

6. Caso ocorra vício ou defeito oculto em coisa que a torne imprópria ao uso a que se destina ou que lhe diminua o valor, a coisa poderá ser enjeitada se for recebida em virtude de contrato comutativo ou doação onerosa.

7. No âmbito contratual, admite-se a existência de direitos secundários os quais perduram mesmo depois do adimplemento da obrigação principal.

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8. Não é legítima a cláusula contratual por meio da qual um contratante se compromete a cumprir obrigação em determinado prazo, de modo que, caso este faleça sem o cumprimento da referida obrigação, o credor estará autorizado a adjudicar bens pertencentes a esse contratante.

9. Para a formação de contrato entre ausentes, a regra adotada pela legislação em vigor é a da teoria da expedição, segundo a qual se considera celebrado o negócio jurídico no instante em que o proponente recebe a resposta do aceitante.

10. A renegociação de contrato bancário ou a confissão da dívida não impede a possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades dos contratos anteriores.

11. No âmbito contratual, o princípio geral da boa-fé objetiva permite interpretação extensiva dos pactos firmados, e é aplicado inclusive no que diz respeito a relações pré-contratuais, o que garante a validade de normas de conduta implícitas.

11.1 (VUNESP) A boa-fé dá origem a obrigações não constantes expressamente do contrato. Em razão da conduta das partes, surgem, independentemente da vontade destas, os denominados “deveres laterais” que podem servir de fundamento para pretensões no âmbito da relação contratual.

12. À luz da personalização e constitucionalização do direito civil, a real função do contrato não é tão somente a segurança jurídica, mas, também, o atendimento aos interesses da pessoa humana.

13. Não é preciso que exista cláusula expressa para que o comprador possa exercer seu direito decorrente da evicção.

14. Quando estamos diante do final de contrato em que ambas as partes desejam por fim na avença, chama-se resilição bilateral ou distrato. Cuidado: a resolução é quando ocorre descumprimento ou inadimplemento contratual.

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14.1 "A resilição bilateral é a extinção do contrato fundamentada no descumprimento do pactuado por inadimplemento culposo ou doloso, assim como em caso de inexecução absoluta ou relativa". Falso!

15. Conforme o Código Civil brasileiro, é expressamente proibido que herança de pessoa viva seja objeto de contrato. É também conhecido como pacto de corvina.

15.1. (PGE/AC) Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. Correto!!

16. A declaração volitiva bilateral será sinalagmática quando for emanada de duas ou mais pessoas e dirigida em sentidos opostos.

17. É possível a realização de um contrato preliminar que tenha por objeto a obrigação de se concluir o contrato principal, devendo aquele, exceto quanto à forma, conter todos os requisitos deste.

17.1 (PGM-PARANAVAÍ) O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.

18. Contrato de prestações certas e determinadas no qual as partes possam antever as vantagens e os encargos, que geralmente se equivalem porque não envolvem maiores riscos aos pactuantes, é classificado como comutativo (TJCE).

19. O prazo de arrependimento estabelecido pela partes tem natureza decadencial e não pode ser conhecido de ofício pelo juiz (TJCE).

20. Nos contratos de adesão, as cláusulas que estipulem renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio serão consideradas abusivas, sendo, portanto, nulas.

20.1. (VUNESP) Nos contratos por adesão celebrados na relação cível paritária, não são nulas as cláusulas ambíguas ou contraditórias.

20.1 Q: Nos contratos de adesão, são anuláveis as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio. Falso! São Nulas!

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21. Nos contratos onerosos, a responsabilidade do alienante pela evicção pode ser excluída por convenção das partes em cláusula expressa.

22. No caso de um contrato em que houve investimentos consideráveis por uma das partes, a denúncia unilateral só produzirá efeitos após o transcurso de prazo compatível com a natureza e valor dos investimentos (PGM/BAURU).

23. Ocorrerá o instituto da supressio quando o índice de correção monetária não for aplicado ao longo do contrato e após seu fim, for tentar ser cobrado (PGM/MARILIA).

24. A proposta feita sem prazo por telefone deixa de ser obrigatória se não foi imediatamente aceita.

25. Tratando-se de relação contratual paritária - a qual não é regida pelas normas consumeristas -, a maxidesvalorização do real em face do dólar americano ocorrida a partir de janeiro de 1999 não autoriza a aplicação da teoria da imprevisão ou da teoria da onerosidade excessiva, com intuito de promover a revisão de cláusula de indexação ao dólar americano (Proc. Alerj).

26. A supressio pode ser aplicada à Administração Pública (Vunesp).

26.1 (Procurador da Unicamp) Considere as seguintes afirmativas: i) não se confunde com a prescrição, resultando na perda de um direito pelo seu não exercício por tempo suficiente para gerar na outra parte da relação jurídica a confiança de que o mesmo não mais será exigido; ii) surgimento de um direito não previsto na relação contratual, mas que se incorpora no patrimônio de uma das partes em razão do comportamento reiterado da outra; iii) vedação ao comportamento de uma das partes da relação contratual que viola regra estabelecida no acordo e tenta se aproveitar de situação favorável decorrente da violação que em que ela mesma incorreu. As assertivas referem-se, respectivamente, a supressio, surrectio e tu quoque. 26.2 Na PGM-JP, a tu quoque restou configurada quando gerente fez aplicação financeira e posteriormente foi descoberta a fraude por conta do prejudicado. De acordo com a doutrina, o instituto significa pela impossibilidade de exigir da outra parte o cumprimento de uma regra que você mesmo está transgredindo.

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27. Atenção: O vendedor somente poderá executar a cláusula de reserva de domínio após constituir o comprador em mora, mediante protesto do título ou interpelação judicial.

28. A responsabilidade no vício rebiditório é subjetiva em relação às perdas e danos. Vejamos: "Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato" (Auditor Fiscal São luís).

29. Atenção: Na resolução por onerosidade excessiva, os efeitos da sentença retroagem à data da citação.

30. O desconto de pontualidade em eventual contrato é válido (Vunesp).

31. A simples propositura da ação de revisão de contrato não inibe a caracterização da mora do autor.

32. O distrato opera-se pela mesma forma exigida para o contrato (FEPESE). 33. Atenção: O STJ não aceita a teoria do adimplemento substancial para prestações alimentícias (HC 439.973).

34. A análise do comportamento das partes prescinde do elemento anímico do agente. A boa-fé deve ser analisada objetivamente.

35. São funções da boa-fé objetiva: 1- Função de interpretação (art. 113 do CC) que impõe os negócios jurídicos devem ser interpretados de acordo com a boa-fé objetiva, inclusive privilegiando a interpretação que favoreça a parte hipossuficiente da relação; 2- Função de controle (art. 187 do CC) que aponta a ilicitude de atos que violem a boa-fé objetiva e responsabiliza, objetivamente, o agente violador, a exemplo do que ocorre na violação positiva do contrato; e 3- Função de Integração (art. 422 do CC) que exige que os contratantes respeitem os ditames da boa-fé objetiva em todas as fases contratuais.

36. Para o exercício do direito de evicção, é suficiente que a parte fique privada do bem em decorrência de ato administrativo (Vunesp).

(33)

37. A FCC considerou como espécies de contrato aleatório: os que dizem respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, os cujo objeto sejam coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade e os que se referirem a coisas existentes, mas expostas a risco assumido pelo adquirente. 38. O princípio da relatividade contratual significa que via de regra, o contrato gera efeito somente entre as partes contratantes. Em alguns casos também geram efeitos externos, como

no caso de proteção ao meio ambiente, tutela de crédito, etc.

39. O princípio da força obrigatória (pacta sunt servanda) não foi abolido do ordenamento jurídico. Ele existe e somente em casos excepcionais pode ser mitigado.

PENAL

#Dicas - parte geral - DP (Atualização DEZ 18)

1. (FEPESE) Q: Apenas os bens materiais poderão ser objeto de infração penal. R: Falso! Os bens imateriais também podem.

2. (FEPESE) Q: A infração penal somente poderá ser cometida por pessoa física. R: Falso! Os crimes ambientais também podem ser cometidos por pessoa jurídica.

3. (FEPESE) Q: A fixação dos crimes e das respectivas penas não depende de lei formal. R: Falso! O princípio da legalidade estabelece que não há crime sem prévia cominação legal, conforme Art. 5º, XXXIX, CRFB.

3.1. De acordo com Paulo César Busato: "Entende-se, com isso, por um lado, que não se admite outra fonte de norma incriminadora que não seja a emanação do Poder Legislativo, único legítimo representante político da vontade da população. Por outro lado, uma vez que o sistema legislativo é composto de modo complexo, contemplando várias espécies de atividades regulatórias, é também exigível que a norma jurídico-penal emane de lei em sentido estrito, ou seja, de lei federal".

3.2 Atenção: A fixação de pena por meio de lei também é princípio aplicável à medida de segurança.

(34)

4. (TJCE) O princípio da humanidade assegura o respeito à integridade física e moral do preso na medida em que motiva a vedação constitucional de pena de morte e de prisão perpétua.

5. (EMAP) A analogia constitui meio para suprir lacuna do direito positivado, mas, em direito penal, só é possível a aplicação analógica da lei penal in bonam partem, em atenção ao princípio da reserva legal, expresso no artigo primeiro do Código Penal.

5.1. De acordo com Busato: "Costuma-se distinguir, ainda, entre analogia in malam partem e analogia in bonam partem, entendendo-se a primeira como extensiva da punibilidade e a segunda, como restritiva da mesma. Esta última estaria legitimada na interpretação da lei penal, portanto é possível. Tudo com a finalidade de favorecer ao acusado estendendo analogicamente as circunstâncias atenuantes ou capazes de excluir a responsabilidade".

5.3 (TJDFT) Em se tratando de direito penal, admite-se a analogia quando existir efetiva lacuna a ser preenchida e sua aplicação for favorável ao réu.

5.4 (TREMT) Q: Dado o princípio da legalidade estrita, é proibido o uso de analogia em direito penal. R: FALSO!!

6. (CESPE) Tratando-se de crimes permanentes, aplica-se a lei penal mais grave se esta tiver vigência antes da cessação da permanência.

6.1. Trata-se da súmula 711, STF, muito cobrada em concursos públicos: "A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação de continuidade ou da permanência".

6.2 (TJPR) Q: A irretroatividade da lei penal mais gravosa é sempre aplicável, inclusive nos crimes permanentes e nas hipóteses de continuidade delitiva. R: Falso! vide súmula acima.

6.3 (TJDFT) Se um indivíduo praticar uma série de crimes da mesma espécie, em continuidade delitiva e sob a vigência de duas leis distintas, aplicar-se-á, em processo contra ele, a lei vigente ao tempo em que cessaram os delitos, ainda que seja mais gravosa.

7. (CESPE) Q: É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes contra a administração pública, desde que o prejuízo seja em valor inferior a um salário mínimo. R: falso!

Referências

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