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Academic year: 2021

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Ética Geral e Profissional

Prof. Eurípedes Brito Cunha Júnior

britojunior@gmail.com

(2)

Dos deveres do Advogado

Capítulo I do Título I do

Código de Ética e Disciplina da OAB

(CEDOAB)

Dos direitos do Advogado

Capítulo II do Título I do Estatuto da

Advocacia e da OAB (EOAB)

(3)
(4)

CEDOAB

TÍTULO I - DA ÉTICA DO ADVOGADO

CAPÍTULO I - DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS FUNDAMENTAIS

Art. 1º O exercício da advocacia exige conduta compatível

com os preceitos deste Código, do Estatuto, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os demais princípios da moral

individual, social e profissional.

Art. 1º O exercício da advocacia exige conduta compatível com os preceitos deste Código, e do Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil.

(5)

CEDOAB

TÍTULO I - DA ÉTICA DO ADVOGADO

CAPÍTULO I - DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS FUNDAMENTAIS

Art. 2º O advogado, indispensável à administração da

Justiça, é defensor do estado democrático de direito, da

cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce.

Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado Democrático de Direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz

social, cumprindo-lhe exercer o seu Ministério Privado em consonância com os valores que lhe são inerentes.

(6)

Art. 2º […] Parágrafo único. São deveres do advogado:

I - preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a

dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de

essencialidade e indispensabilidade;

II - atuar com denodo, destemor, independência,

honestidade, decoro, [veracidade], lealdade, dignidade e boa-fé e ser fiel à verdade;

III - velar por sua reputação pessoal e profissional;

IV - empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento

pessoal e profissional;

V - contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;

VI - estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios;

VII - aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial;

(7)

Art. 2º […] Parágrafo único. São deveres do advogado:

VIII - abster-se de:

a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;

b) patrocinar interesses ligados a outras atividades

estranhas à advocacia, em que também atue;

c) vincular o seu nome a empreendimentos [de cunho manifestamente duvidoso] escusos ou de duvidosa

seriedade;

d) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana;

e) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste.

IX - pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos seus direitos individuais, coletivos e difusos,

dos cidadãos no âmbito da comunidade.

(8)

Art. 2º […] Parágrafo único. São deveres do advogado:

[incisos novos/texto novo]

X – adotar conduta consentânea com o seu papel de elemento essencial à administração da Justiça, não agindo de forma temerária no ato de postular em Juízo;

XI – cumprir, com dedicação, os encargos que se propuser assumir no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou na representação da classe;

XII – observar o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos

Advogados do Brasil, bem como o seu Regulamento Geral e os Provimentos emanados do Conselho Federal e dos

Conselhos Seccionais da OAB em que esteja inscrito.

(9)

Art. 3º O advogado deve ter consciência de que o Direito é

um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um instrumento para garantir

a igualdade de todos.

Art. 3º O advogado deve pugnar pela aplicação do Direito em regime de igualdade entre as partes, contribuindo com a sua pregação cívica no sentido de que os desníveis sociais não constituam empecilhos à plena realização da Justiça.

(10)

Art. 4º O advogado vinculado ao cliente ou constituinte,

mediante relação empregatícia ou por contrato de prestação permanente de serviços, integrante de departamento jurídico, ou órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independência.

Parágrafo único. É legítima a recusa, pelo advogado, do

patrocínio de pretensão concernente a lei ou direito que

também lhe seja aplicável, ou contrarie [expressa] orientação sua, [manifestada] que tenha manifestado anteriormente.

(11)

Art. 5º O exercício da advocacia é incompatível com

qualquer procedimento de mercantilização.

Art. 6º É defeso ao advogado expor os fatos em Juízo

falseando deliberadamente a verdade ou estribando-se na má-fé.

Art. 7º É vedado o oferecimento de serviços profissionais que

impliquem, direta ou indiretamente, inculcação ou captação de clientela.

Art. 7º É vedado ao advogado inculcar-se para prestar serviços ou promover captação de clientela.

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ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB TÍTULO I – DA ADVOCACIA

CAPÍTULO II - DOS DIREITOS DO ADVOGADO

Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre

advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito

recíprocos.

Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a

dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho.

(14)

Art. 7º São direitos do advogado:

I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o

território nacional;

II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; (Lei nº 11.767, de 2008)

III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis;

(15)

Art. 7º São direitos do advogado:

IV - ter a presença de representante da OAB, quando

preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de

nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; (Vide ADIN 1.127-8)

V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar; (Vide ADIN 1.127-8)

(16)

ADI 1.127/DF, julgada em 17/5/2006:

É constitucional o direito do advogado de ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB, nos moldes do art. 7º, IV, da Lei 8906/94.

A presença de representante da OAB em caso de prisão em flagrante de advogado constitui garantia da inviolabilidade da atuação profissional. A cominação de nulidade da prisão, caso não se faça a comunicação, configura sanção para tornar efetiva a norma.

(17)

Art. 7º São direitos do advogado: VI - ingressar livremente:

a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;

b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares;

c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;

d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;

(18)

Art. 7º São direitos do advogado:

VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença;

VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada;

IX - sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido; (Vide ADIN 1.127-8 e ADIN 1.105-7)

(19)

ADI 1.127/DF, julgada em 17/5/2006:

A sustentação oral pelo advogado, após o voto do relator, afronta o devido processo legal, além de poder causar tumulto processual, uma vez que o contraditório se estabelece entre as partes.

(20)

Art. 7º São direitos do advogado:

X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas;

XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;

XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo;

(21)

Art. 7º São direitos do advogado:

XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos;

XIV - examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos;

XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;

(22)

Art. 7º São direitos do advogado:

XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias;

XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela;

XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado; XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;

(23)

STF: AP 470-QO-QO/MG, julgado em 22/10/2008

A proibição de depor prevista no art. 7º, XIX, da Lei n. 8.906/94 diz respeito ao conteúdo da confidência de que o advogado teve conhecimento para exercer o múnus para o qual foi contratado. Ausente a proibição de depor prevista no art. 207 do Código de Processo Penal e inaplicável a prerrogativa prevista no art. 7º, XIX, da Lei 8.906/94, a testemunha tem o dever de depor.

(24)

Art. 7º São direitos do advogado:

XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.

(25)

Art. 7º São direitos do advogado:

§ 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI: 1) aos processos sob regime de segredo de justiça;

2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada;

3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado.

(26)

Art. 7º São direitos do advogado:

§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. (Vide ADIN 1.127-8)

§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo.

§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso nn assegurados à OAB. (Vide ADIN 1.127-8)

(27)

ADI 1.127/DF, julgada em 17/5/2006:

O crime de desacato não está englobado pela imunidade do advogado. (HC 84795/GO, julgado em 30/11/2004)

É constitucional a disposição contida no § 3º do art. 7º da Lei n. 8.906/94. A imunidade não compreende o desacato.

A imunidade profissional do advogado não é absoluta.(HC 94398/RJ, julgado em 4/5/2010)

O STF declarou inconstitucional a expressão “e controle” contida no § 4º do art. 7º do Estatuto da OAB: O controle das salas especiais para advogados é prerrogativa da Administração forense.

(28)

Art. 7º São direitos do advogado:

§ 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.

(29)

Art. 7º São direitos do advogado:

§ 6º Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008)

(30)

Art. 7º São direitos do advogado:

§ 7º A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008)

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