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RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INDICADORES DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA

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RELATÓRIO DE CONJUNTURA:

INDICADORES DE CONJUNTURA

MACROECONÔMICA

Outubro de 2008

Nivalde J. de Castro

Bernardo Mattos Santana

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS– FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

(2)

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE

O SETOR ELÉTRICO

RELATÓRIO MENSAL

INDICADORES DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA

OUTUBRO de 2008

Nivalde J. de Castro Bernardo Mattos Santana

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS – FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

(3)

Índice

1- SUMÁRIO EXECUTIVO ... 4 2- INFLAÇÃO ... 5 2.1 – IGP-M (FGV) ... 5 2.2 - IPC (Fipe):... 6 2.3 - IPCA (IBGE):... 7 3 – FINANCIAMENTO ... 8 3.1 – BNDES ... 8 4- CÂMBIO... 9 5- JUROS... 10 6- BALANÇA COMERCIAL... 11 7- PRODUÇÃO INDUSTRIAL... 12 7.1 – IBGE... 12 7.2 – CNI ... 12 7.3 – FGV ... 14 7.4 – FIESP ………...…… 13 8 – PIB ... 16 9- EMPREGO E RENDA ... 17

Relatório Mensal de Indicadores de Conjuntura Econômica(1)

Nivalde J. de Castro(2)

Bernardo Mattos Santana(3)

(1) Participaram da elaboração deste relatório como pesquisadores Roberto Brandão, Bruna de Souza Turques,

Rafhael dos Santos Resende, Diogo Chauke de Souza Magalhães, Débora de Melo Cunha e Luciano Análio Ribeiro.

(2) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico. (3) Assistente de Pesquisa do GESEL-IE-UFRJ

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1 - SUMÁRIO EXECUTIVO (*)

No mês de outubro os índices de inflação voltaram a subir, o IGP-M registrou inflação de 0,98% ante 0,12% registrado anteriormente. O IPC-Fipe subiu 0,5%, variação de 0,12 ponto percentual ao registrado em setembro

Em outubro foi divulgado o IPCA de setembro de 2008. O índice teve alta de 0,26%. No acumulado em 12 meses a inflação registra alta de 6,25%.

A média mensal da cotação do dólar em setembro foi de R$ 2,1721 para compra e R$ 2,1729 para venda.

A balança comercial registrou saldo positivo de US$ 1,207 bi em outubro. O resultado foi 65% menor que o registrado em outubro do ano passado. As exportações totalizaram US$ 18,512 bi e as importações foram de US$ 17,305 bi

Os desembolsos totais do BNDES em agosto foram de R$ 7,3 bilhões; encerrando no período de 12 meses em R$ 80,8 bilhões

A produção industrial em agosto diminui em 1,3% em relação a julho, com ajuste sazonal, e caiu 1% sem a mesma, revelou o IBGE

A taxa de desemprego manteve-se em 7,6% da população economicamente ativa (PEA) em agosto, segundo o IBGE.

(*) Este Relatório faz parte do Projeto Provedor de Informações Econômica – Financeira do Setor Elétrico desenvolvido para a Diretoria Financeira da ELETROBRAS. As opiniões, análises e conclusões apresentadas são de exclusiva responsabilidade dos autores não expressando posição da ELETROBRAS.

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2- INFLAÇÃO

2.1 – IGP-M (FGV)

No mês de outubro, o IGP-M registrou inflação de 0,98%, índice 0,87 ponto percentual maior que o mês anterior. No acumulado em 12 meses o IGP-M apresenta inflação de 12,23%.

O IPA teve inflação de 1,24 %, contra 0,04% no mês passado. O índice referente aos Bens Finais subiu em 0,64. Em relação aos Bens Intermediários ocorreu variação de 1,14% e para Matérias-Primas Brutas a variação foi de 2,09%.

O IPC teve a menor alta do IGP-M registrando 0,25%, contra -0,06% no mês anterior. Os grupos Educação juntamente com o de Alimentação obtiveram as menores altas do IPC registrando 0,02 e 0,13, respectivamente. O grupo Vestuário, por sua vez, foi o que alcançou a maior inflação do índice com 0,9%

O INCC subiu 0,85%, abaixo dos 0,95% de agosto. O grupo Mão-de-Obra avançou 0,14% contra 0,3% do mês passado. O índice referente a Materiais e Serviços subiu 1,46% contra 1,52% mês passado.

Tabela 1

Brasil. Evolução dos Índices de Inflação. Novembro 2007 a Outubro 2008.

(em %)

Mês IGP-M IPA IPC INCC

nov/07 0,69 0,97 0,04 0,36 dez/07 1,76 2,36 0,67 0,59 jan/08 1,09 1,24 0,96 0,38 fev/08 0,53 0,64 0,26 0,4 mar/08 0,74 0,96 0,19 0,66 abr/08 0,69 0,65 0,76 0,87 mai/08 1,61 2,01 0,68 2,02 jun/08 1,98 2,27 0,89 2,67 jul/08 1,76 2,2 0,65 1,42 ago/08 -0,32 -0,74 0,23 1,27 set/08 0,11 0,04 -0,06 0,95 out/08 0,98 1,24 0,25 0,85 Fonte: FGV

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2.2 - IPC (Fipe):

A inflação no município de São Paulo registrou 0,5% em outubro, taxa 0,12 ponto percentual maior que o registrado em setembro. Na 1ª quadrissemana apresentou 0,32%, 0,15 ponto percentual abaixo dos 0,47% de agosto. Na 2ª quadrissemana, o índice caiu para 0,31%, 0,21 ponto percentual inferior ao analisado em agosto. Na 3ª quadrissemana o índice atingiu 0,39%, 0,05 ponto percentual abaixo do registrado no mês anterior.

No mês, a maior alta foi no grupo Habitação (0,76%), seguido do grupo Saúde (0,63%), variando respectivamente em 0,04 e 0,05 ponto percentual ante os números de agosto.O índice referente ao grupo Alimentação apresentou alta de preços após 2 meses seguidos de deflação encerrando o mês em 0,37%, apesar disto o grupo ainda fica abaixo do índice geral de preços. O grupo Educação apresentou o menor patamar de inflação fechando o mês em 0,04%, seguido do grupo despesas Pessoais (0,26%) que no mês passado havia alcançado a maior inflação do índice. Os grupos Transporte (0,36%) e Vestuário (0,54%) completam a lista do índice.

Tabela 2

Brasil. Evolução do IPC da Fipe. Quadrissemanas de Setembro de 2008

(em %) Período IPC-Fipe 1a quadrissemana 0,32 2a quadrissemana 0,31 3a quadrissemana 0,39 Mês 0,5 Fonte: Fipe

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2.3 - IPCA (IBGE):

Em outubro foi divulgado o IPCA de setembro de 2008. O índice teve alta de 0,26%, ante uma elevação de 0,28% em agosto. A inflação foi 0,08 ponto percentual maior que a de setembro de 2007. No acumulado em 12 meses a inflação registra alta de 6,25%.

O índice apresentou três grupos com deflação, a mais expressiva deles foi o de Alimentação e Bebidas (-0,27%), que apesar de ser o segundo mês seguido de queda dos preços acumula a maior alta do índice no ano até setembro em 9,29%. Educação (-0,05%) e Comunicação (-0,12%) foram os outros grupos com deflação. Em contrapartida, Despesas Pessoais (0,8%) e Vestuário (0,7%) foram os grupos cuja inflação foi mais forte no mês, o primeiro acumula no ano a segunda maior inflação do índice em 5,47%. Artigos de Residência (0,37%), Transportes (0,39%), Saúde (0,46%) e Habitação (0,5%) apresentaram poucas disparidades entre si.

Por regiões; Goiânia (0,52%), Porto Alegre (0,48%) e Curitiba (0,45%) apresentaram maiores altas; em contrapartida Brasília (-0,53%), Salvador (-0,03%) e Recife(-0,02%) os menores índices.

Tabela 3

Brasil. Evolução do IPCA. Outubro 2007 a Setembro 2008

(em %) Mês IPCA out/07 0,3 nov/07 0,38 dez/07 0,74 jan/08 0,54 fev/08 0,49 mar/08 0,48 abr/08 0,55 mai/08 0,79 jun/08 0,74 jul/08 0,53 ago/08 0,28 set/08 0,26 Fonte: IBGE

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3 – FINANCIAMENTO

3.1 – BNDES

Os desembolsos totais do BNDES em agosto foram de R$ 7,3 bilhões; encerrando no período de 12 meses em R$ 80,8 bilhões, batendo novamente recorde nos desembolsos anualizados e 31% superior comparado ao mesmo período anterior. As aprovações somaram em agosto R$ 7,9 bilhões e R$ 110,7 bilhões considerando os últimos 12 meses, com alta de 24% na mesma base de comparação. Os enquadramentos e as consultas ficaram, respectivamente, em R$ 152,6 bilhões (alta de 44%) e R$ 169,7 bilhões (alta de 41%), ambas as cifras referentes aos 12 meses anteriores encerrado em agosto e comparadas com o período anterior.

Para o setor elétrico, os desembolsos do BNDES aumentaram 60,3% em 12 meses findos em agosto, em comparação com mesmo período anterior, este segmento ficou com R$ 9,24 bi. Somente nos primeiros oito meses do ano, a energia elétrica recebeu R$ 4,69 bi em financiamentos. Por sua vez, as aprovações para o setor chegaram a R$ 5,42 bi nos primeiros oito meses do ano e a R$ 19,4 bi em 12 meses, 101% acima do período anterior.

Em outubro, o BNDES anunciou o financiamento de R$ 121,2 milhões para a Rio PCH 1, empresa do grupo Neoenergia. Segundo o BNDES, os recursos serão destinados à construção de duas pequenas centrais hidrelétricas, Pedra do Garrafão e Pirapetinga , com potência instalada total de 39 MW. Os recursos viabilizarão ainda a construção das linhas de transmissão associadas às unidades.A previsão é de que, durante as obras, sejam criados cerca de 500 empregos diretos. De acordo com as informações, o BNDES financiará 70% do valor total do projeto, estimado em R$ 83,8 milhões. Já a usina Pirapetinga, localizada entre Campos dos Goytacazes/RJ e Mimoso do Sul/ES, receberá do BNDES R$ 56,9 milhões, equivalentes a 70% do investimento, de R$ 81,3 milhões.

Em entrevista com Ernani Teixeira, do BNDES, é assinalado o papel estratégico que o banco de fomento pretende desempenhar como financiador dos setores de infra-estrutura. Deverá ocorrer um processo seletivo, em função do aumento da demanda face à diminuição

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da captação de crédito no mercado de capitais e setor financeiro privado. O setor elétrico brasileiro é citado como um setor que poderá sofrer algum tipo de atraso, mas não de restrição absoluta.

Em pesquisa realizada pelo professor Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) da UFRJ, aponta que 53,3% dos agentes ligados ao setor elétrico apostaram que o volume de investimentos necessário para os próximos anos poderá exceder os recursos disponíveis para energia elétrica do BNDES, alterando assim a expectativa de queda na participação do banco de fomento na fatia de investimento para o setor.

4- CÂMBIO

Gráfico 1

Taxa de câmbio – R$/US$ Compra e Venda. Agosto 2008

1,8 1,9 2 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 1/10 /200 8 3/10 /200 8 5/10 /200 8 7/10 /2008 9/10 /2008 11/10 /2008 13/10 /2008 15/10 /2008 17/10 /2008 19/10 /2008 21/1 0/20 08 23/10 /200 8 25/10 /200 8 27/1 0/20 08 29/10 /2008 Compra Venda Fonte: Ipea

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O mês de outubro foi marcado pela forte volatilidade da cotação do dólar, a moeda americana oscilou bastante, porém as altas da moeda estrangeira foram mais fortes que os recuos da mesma. As variações poderiam ter sido ainda mais bruscas e altas se não fossem as intervenções do Banco Central no mercado financeiro na tentativa de impedir uma maior volatilidade do câmbio. Até o dia 22, o BC já havia operado cerca de US$ 20 bi no mercado financeiro pra conter a depreciação cambial. A crise financeira internacional é o maior motivo pelo atual cenário de alta no câmbio

A cotação máxima do dólar no mês foi de R$ 2,3916 para compra e R$ 2,3924 para venda, no dia 8; enquanto a mínima, ocorreu, mais uma vez, no dia 1º, foi de R$ 1,9205 para compra e de R$ 1,9213 a venda. A moeda americana, portanto, abriu o mês em sua cotação mínima para agosto e encerrou, no dia 31, em R$ 2,1145 para a compra e R$ 2,1153 a venda, a variação no câmbio dentro do mês de outubro foi de 10,1%. A média mensal foi de R$ 2,1721 para compra e R$ 2,1729 para venda, a variação da média deste mês contra a do mês passado foi 21,3%.

5- JUROS

Em outubro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu, por unanimidade, frear o aperto monetário que vinha realizando nas últimas reuniões, mantendo assim a taxa básica de juros brasileira, a Selic, em 13,75% ao ano, sem viés. Foi a primeira vez que o Copom não elevou os juros após quatro aumentos seguido na taxa neste ano, os dois primeiros havia sido de igual magnitude de 0,5 ponto percentual e as duas últimas de 075 ponto percentual.

A justificativa para a mudança de comportamento do Comitê foi feita por mieo de uma nota divulgada após a reunião: “Avaliando o cenário prospectivo e o balanço de risco

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para a inflação, em ambiente de maior incerteza, o Copom decidiu, por unanimidade, neste momento manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, sem viés.”

Na última pesquisa de outubro realizada pelo BC, o Boletim Focus, analistas do mercado financeiro projetaram a taxa Selic em 14,25% para o final de 2008, a expectativa teve queda de 0,2 ponto percentual ante a expectativa anterior.

6- BALANÇA COMERCIAL

Em outubro, a balança comercial registrou saldo positivo de US$ 1,207 bi, O resultado foi 65% menor que o registrado em outubro do ano passado quando registrou US$ 3,431.

Na primeira semana do mês, com apenas três dias úteis, registrou-se saldo positivo de US$ 129 milhões.

Na segunda semana, o país apresentou saldo positivo de US$ 411 milhões, foi o maior no mês.

Na terceira semana a balança registrou superávit de US$ 334 milhões e a menor média por dia útil de importação: US$ 751,8 milhões.

Na quarta semana o saldo foi negativo de US$ 98 milhões e registrou-se a maior média por dia útil de importação? US$ 824,2

Na quinta e última semana, com apenas 4 dias úteis, o superávit na balança comercial foi de US$ 431 milhões.

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O mês de outubro contou com 22 dias úteis, teve um total de US$ 18,512 bi de exportações e US$ 17,305 bi de importações. Foi o segundo maior resultado de importação no ano.

No acumulado do ano até outubro, a balança registrou saldo positivo de US$ 20,845 bi, resultado 39,5% inferior ao registrado no mesmo período de 2007; as exportações estão em US$169,372 bi contra US$148,527 bi de importações

7- PRODUÇÃO INDUSTRIAL

7.1 – IBGE

A produção industrial em agosto diminui em 1,3% em relação a julho, com ajuste sazonal, e caiu 1% sem a mesma; em compensação, na comparação com o mesmo mês do ano anterior houve crescimento registrando alta de 1,99%. Nos oito primeiros meses de 2008, a atividade das indústrias registrou salto de 6,02% em relação ao mesmo período do ano de 2007. Na base dos últimos 12 meses o crescimento foi de 6,44%.

Das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE, 6 apresentaram queda na produção industrial comparado ao mês anterior, as mais expressivas foram: Goiás (-6,1%), Paraná(-4,8%) e Amazonas(-3,1%). Por outro lado; Pernambuco (5,3%), Bahia (4,4%) e Nordeste (3%) registraram as maiores expansões neste tipo de comparação.

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Na base de comparação com julho de 2007, todas as regiões pesquisadas apresentaram expansão na produção industrial; exceto os estados do Amazonas e Santa Catarina que obtiveram queda de 3% e 1,8%, respectivamente. Em compensação, Pará (10,3%), Espírito Santos (7,1%), Bahia (7%), Goiás (6,7%) e Ceará (5,9%) registraram os maiores crescimento na indústria

A expansão da indústria em agosto na base de comparação com o mesmo mês do ano passado foi puxado fortemente pela categoria de Bens de Capital, cuja a expansão foi de 12,1%, que apesar de expressiva é 11,7 pontos percentuais menor que em julho; a categoria Bens Intermediários cresceu 1,5%, enquanto a de Bens de Consumo retraiu-se , apurando -0,14%. Em relação ao mês anterior, a produção de Bens Intermediários caiu em 2,7%; enquanto Bens de Capital e Bens de Consumo cresceram, porém inexpressivamente em 0,09% e 0,1% respectivamente.

7.2 - CNI

Em setembro, a oferta de vagas de trabalho na indústria cresceu 1,1% na comparação com agosto, na série livre de influências sazonais. Este é o trigésimo quarto mês consecutivo de alta no nível de emprego. No acumulado do ano a expansão é de 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado e comparado a setembro de 2007 a expansão atinge 4,3%. As horas trabalhadas na indústria assim como a massa de salário real da mesma tiveram expansão na comparação, sem ajustes sazonais, com o mês anterior, as variações foram, respectivamente, de 1,6% e 3%.

O faturamento real da indústria cresceu, registrando crescimento de 2% em setembro ante o mês anterior na serie dessazonalizada; e 5,2% sem os ajustes, com destaque para os grupos de Máquina e Material Elétrico (19%) e de Couros e Calçados (14,8%). No acumulado do ano a expansão foi de 8% comparado ao mesmo período anterior, apesar de ainda alto, o índice registrou queda de 0,2 ponto percentual em relação ao mês passado. Na base de comparação com setembro de 2007 o avanço foi de 10,2%.

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A indústria operou, em setembro, com 84,4% da capacidade instalada frente a 83,7% em agosto e 83,1% em setembro do ano passado, na série livres de ajustes. É o maior nível alcançado pelo indicador desde 2003. Os setores de couros e calçados, metalurgia básica e outros esquipamentos de transporte são os que mais utilizaram a da capacidade instalada, atingindo acima dos 90%; enquanto matrial eletrônico e de comunicação apresentou menor nível de capacidade instalada que qualquer outro setor.

A CNI divulgou em setembro o Índice de Confiança do Empresário da Indústria (ICEI) de 52,5 pontos por conta da crise financeira internacional, aliada à falta de crédito do exterior, onde as empresas captavam recursos a juros menores do que no mercado interno e a fuga de capital de investidores estrangeiros na Bovespa. Este é o menor nível da confiança industrial desde julho de 2005.

7.3 - FGV

No mês de setembro, a indústria de transformação no Estado de São Paulo apresentou uma elevação de 1,3% em relação a agosto com ajustes sazonais, informou a FGV por meio do Sinalizador da Produção Industrial (SPI). O resultado indica uma inversão no ritmo de atividade da produção física industrial paulista ao apurado em agosto, cujo indicador havia retraído-se 2% no mês anterior. No acumulado de 12 meses, a variação passou para 8,9%, mostrando haver uma acomodação do nível de atividade da indústria paulista, informou a FGV.

A confiança do produtor industrial reduziu-se de setembro para outubro em 11,7%, é o que mostra o Índice de Confiança da Indústria (ICI). O índice calculado pela FGV, caiu de 120,2 para 106,3 pontos. Na comparação com o índice de outubro de 2007 caiu 14%.

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O Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) calculado pela FGV registrou em outubro, sem ajuste sazonal, estabilidade em relação a setembro no nível de 86,3%,. Comparado a outubro de 2007 houve queda de 0,7 ponto percentual.

7.4 – FIESP

O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista cresceu 1,9% em setembro comparado a agosto, sem ajuste sazonal, queda de 1,7 pontos percetual em relação ao mês passado, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Com ajustes sazonais, o crescimento do INA foi de 3,7% comparado a agosto, variação de 6,7 pontos percentuais Na comparação com setembro de 2007, a atividade industrial cresceu 7,7%, 3,8 pontos percentuais maior que agosto e é considerado o segundo melhor setembro desde 2003. No ano, o INA já acumula alta de 7,8%, superando os últimos 3 anos; em doze meses, o avanço é de 8,1%.

O Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) da indústria de transformação do Estado São Paulo calculado pela FIESP passou de 75% em agosto para 77,5% em setembro, na série com ajustes sazonais, índice idêntico ao calculado para o mês de agosto de 2007. Já na série sem os ajustes, houve uma leve diminuição passado de 83,7% mês passado para 83,5% em setembro. Os setores de Coque, Refino de Petróleo, Combustíveis Nucleares e Produção de Álcool (98,8%), Metalurgia Básica (95,9%) e Veículos Automotores (90,4%) registraram os maiores níveis em utilização da capacidade instalada; já os setores de Material Eletrônico e Equipamento de Comunicação (72,9%) e Equipamento de Escritório e Informática (75,2%) apresentaram os menores níveis na série sem ajustes sazonais.

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8 – PIB

No segundo trimestre do ano, o resultado do PIB foi de R$ 716,9 bilhões, um crescimento de 6,1% em relação a igual período do ano passado e de 1,6% em relação trimestre anterior, divulgou IBGE. No acumulado de 12 meses até junho o PIB cresceu 6% na comparação com os quatro trimestres imediatamente anteriores, porcentagem igual ao crescimento registrado no primeiro semestre de 2008, maior expansão semestral desde 2004, ante mesmo período do ano passado.

Os três setores da economia apresentaram aumento na atividade, principalmente a Agropecuária, com avanço de 7,1%, seguido da Indústria (5,7%) e dos Serviços (5,5%). O crescimento dos investimentos foi o principal propulsor da expansão do PIB no segundo trimestre. A Formação Bruta de capital Fixo (FBCF) cresceu 16,2%. O consumo das famílias teve crescimento neste período, seguindo as expansões ocorridas nesta conta nos dezoito trimestres imediatamente anteriores, registrando alta de 6,7% e atingindo a marca de 61% em relação ao PIB.

A carga tributária voltou a registrar recorde, no primeiro semestre deste ano, os contribuintes pagaram R$ 515,36 bi em tributos aos três níveis de governo, valor 15,9% superior aos R$ 444,66 bi arrecadados de janeiro a junho de 2007.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) elevou para 5,3% a expectativa para crescimento do PIB em 2008, ante os 4,7% esperados em junho. Para a entidade, a ampliação da demanda interna garantirá o desempenho da economia brasileira. que só deverá sentir os efeitos da crise financeira internacional a partir do próximo ano. A indústria deverá crescer 5,5% este ano, um pouco acima da média da economia, alavancada pela estimativa de crescimento de 8,7% na produção da indústria para a construção civil. O crescimento da indústria de transformação, o maior segmento do setor, deverá ser de 5,1%.

Segundo previsões do FMI, o crescimento da economia brasileira colocará o país à frente da média dos países latino-americanos pela primeira vez em vários anos. O Fundo projeta um crescimento de 5,2% do PIB neste ano e de 3,5% em 2009. Para a América

(17)

Latina, a média prevista de crescimento é de 4,6% em 2008. O FMI afirma que os emergentes devem sofrer com a queda nas exportações

9- EMPREGO E RENDA

A taxa de desocupação do mês de setembro manteve-se inalterada comparado a agosto, permanecendo no patamar de 7,6% da população economicamente ativa (PEA), segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) realizada pelo IBGE. Na comparação com setembro de 2007 houve uma forte queda de 1,4 pontos percentuais no nível de desocupados no país. Segundo ainda o próprio IBGE, a população ocupada nas regiões de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre soma 22 milhões de trabalhadores, um aumento de 0,7% sobre agosto e de 3,4% sobre o mesmo mês no ano passado, ou seja, 159 mil postos foram criados em setembro nessas regiões

O rendimento médio real habitualmente recebido pelos ocupados apresentou melhora em agosto registrando R$ 1267,30 ante os R$ 1255,72 no mês passado. Este foi o melhor nível para um mês de setembro desde 2002 quando iniciou-se o registro da série. Comparativamente a setembro ano passado o crescimento do rendimento médio real foi forte atingindo 6%.

Em agosto, o emprego na indústria cresceu 2,53% comparativamente ao mesmo mês do ano passado, resultando assim no vigésimo sexto mês seguido de crescimento nesta base de comparação e encerrando os oito primeiros meses do ano com um avanço de 2,77%. Na comparação com julho o aumento no pessoal ocupado na indústria foi de 6,58% com ajuste sazonal, apenas 0,12 ponto percentual menor que o mês de julho, que foi o maior para a base de comparação desde maio de 2004. Nos últimos 12 meses encerrados

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em agosto o incremento no nível de emprego industrial foi de 2,95%, o maior índice desde junho de 2005.

A folha de pagamento real por trabalhador da indústria cresceu em 3,78% em agosto em relação ao mesmo mês de 2007, 0,12 ponto percentual menor que o registrado em julho na mesma base de comparação. A indústria extrativista apresentou incremento de 5,97% neste índice, contra 3,65% da expansão da folha de pagamento real da indústria de transformação na mesma base de comparação. Na base anualizada deste indicador houve aumento de 3,49% comparado aos 12 meses anteriores.

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 14,1% no mês de setembro, 0,4 ponto percentual menor que em agosto, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada pela Fundação Seade e Dieese. Na comparação com setembro passado, a população economicamente ativa (PEA) cresceu em 3,9%, enquanto o número de desempregados diminuiu em 5,6%. O total de ocupados nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife e Distrito Federal cresceu em 927 mil pessoas, o que representa um incremento de 5,6% de pessoal ocupado. O total de desempregados nas seis regiões foi estimado em 2,839 mi, queda de 2,5% ante agosto.

Por regiões metropolitanas, Recife e Salvador apresentaram, pela terceira vez consecutiva, os maiores índices de desempregados, respectivamente, 20,4% e 19,7%, entretanto foram índices menores que o registrados no mês anterior; no outro extremo está Belo Horizonte com 9,5% de desempregados, o menor patamar dentre todas as regiões metropolitanas. A capital mineira sofreu uma queda de 0,2 ponto percentual no índice em relação ao mês passado e 1,9 ponto comparado ao mesmo mês de 2007. Na comparação com agosto, todas as regiões pesquisadas apresentaram índices de desocupados menor, apesar de pouco expressivas em pontos percentuais. Distrito Federal (15,8%) e Porto Alegre (11,2%) registraram queda de 0,1 ponto percentual no desemprego; enquanto São Paulo(13,5%) apresentou retração de 0,5 pontos.

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Segundo os principais setores de atividade, o nível ocupacional cresceu na Construção Civil em 1,9%, nos Serviços em 1,9% e na Indústria a expansão foi de 0,6%. No setor de Comércio a retração foi de 1,6 e no grupo Outros foi de 2,5%.

Em agosto, o rendimento médio real dos ocupados elevou-se em 4,8% ante agosto de 2007. Tal incremento na renda reflete-se por cada região: Belo Horizonte (9,9%), Salvador (9,3%), Distrito Federal (7,8%), Porto Alegre (4,9%), São Paulo(2,7%) e Recife(1,5%).

Um estudo organizado e recentemente divulgado pelo Ipea, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, destacou o aumento de 2,1% no número de postos de trabalho no Brasil em um ano. Entre 2006 e 2007, foram criadas 1,7 milhão de vagas. Havia 79,7 milhões de postos de trabalho em 2006. No ano passado, esse número chegou a 81,4 milhões. O aumento ocorreu principalmente no mercado de trabalho formal e houve ainda uma diminuição dos postos de trabalho vinculados à informalidade, ou seja, empregados sem carteira assinada ou que trabalham por conta própria. Essa contagem inclui o trabalho não-remunerado ou aquelas pessoas que trabalham para consumo próprio ou construção para fins próprios. O grau de informalidade passou de 55,1% para 54,1% entre 2006 e 2007

Referências

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