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Prevalência e fatores associados ao episódio depressivo maior entre estudantes de medicina

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Academic year: 2021

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Prevalência e fatores associados ao episódio depressivo maior entre

estudantes de medicina

Prevalence and factors associated with major depressive episode in

medical students

Sinandro Paludo Junior, acadêmico curso de medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Palhoça, SC, Brasil, juniorpaludo@outlook.com.

Luíza Bento da Silva Bertolino, professora disciplina de psiquiatria, curso de medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Palhoça, SC, Brasil,

lu.bsbertolino@gmail.com.

Pedro Affonso Rosar, professor disciplina de psiquiatria, curso de medicina, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Palhoça, SC, Brasil,

pedroarosar@gmail.com.

Autor Correspondente:

Sinandro Paludo Junior, Acadêmico. Universidade do Sul de Santa Catarina Rua dos Bem-Me-Queres, 233, apto 201.

88137-395 – Palhoça, SC Fone: +55 51 99996-8628

Email: juniorpaludo@outlook.com.

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Introdução: O episódio depressivo maior (EDM) é considerado um importante

medidor de saúde mental e de qualidade de vida. Sabe-se que a prevalência de distúrbios depressivos em estudantes de medicina é consideravelmente maior do que a encontrada na população geral, uma vez que vários estudos recentes indicam alta taxa de depressão e ideação suicida entre alunos desse curso. Objetivo: identificar a prevalência e os fatores associados ao EDM em estudantes de medicina de uma universidade da Grande Florianópolis. Materiais e Métodos: Estudo observacional, transversal, com 483 estudantes de medicina, conduzido entre março e junho de 2019, a partir dos questionários Patient Questionnaire Health 9 (PHQ-9) e outro elaborado pelos autores. A análise estatística foi realizada por meio do teste de qui-quadrado ou exato de Fischer conforme apropriado. Para fins de associação entre os fatores e a prevalência de EDM, foram utilizadas regressões logísticas, estimando-se o odds ratio (OR) bruto e ajustado com seus respectivos IC95% e nível de significância de 5%.

Resultados: A taxa de prevalência de episódio depressivo foi de 53,6% entre os

estudantes, sendo maior em estudantes do sexo feminino (75%), com dificuldade de relacionamento (27%), que se sentem pressionados pelo desempenho acadêmico (52%), que reprovaram (18,5%) e que praticam pouca ou nenhuma atividade física (37,7%).

Conclusão: Foi encontrada prevalência de episódio depressivo superior ao constatado

pela literatura em acadêmicos de medicina. Por conseguinte, estruturar equipes de apoio ao estudante deve ser prática comum a todos os cursos de medicina para, dessa forma, prevenir e enfrentar esse cenário de sintomatologia depressiva.

Palavras-chave: Episódio depressivo. Prevalência. Fatores associados. Educação

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ABSTRACT

Introduction: Major depressive episode (MDE) is considered an important marker of

mental health and quality of life. The prevalence of depressive disorders in medical students is known to be considerably higher than in the general population, as several recent studies indicate a high rate of depression and suicidal ideation in students.

Objective: To identify the prevalence and factors associated with MDE in medical

students of a university in the Great Florianópolis. Materials and Methods: An observational, cross-sectional study of 483 medical students conducted between March and June 2019, based on the Patient Health Questionnaire 9 (PHQ-9) and another questionnaire created by the authors. Statistical analysis was performed using chi-square or Fischer's exact test as appropriate. For purposes of association between the factors and the prevalence of MDE, logistic regressions were used, estimating the crude and adjusted odds ratio (OR) with their respective 95% CI and 5% significance level.

Results: The prevalence rate of depressive episodes was 53.6% in students, being

higher in female students (75%), with relationship difficulties (27%), who feel pressured by academic performance (52%), who failed (18,5%) and who practice little or no physical activity (37,7%). Conclusion: It was found a higher prevalence of depressive episodes in relation to the literature found. Therefore, structuring student support teams should be a common practice in all medical courses to prevent and cope with this scenario of depressive symptoms.

Keywords: Depressive episode. Prevalence Associated Factors. Medical education.

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Introdução

Depressão é um termo coloquial que tem sido empregado para designar estado afetivo normal, sintoma, síndrome e várias doenças. Enquanto sintoma, pode surgir em inúmeros quadros clínicos. Na qualidade de síndrome, inclui alterações do humor, cognitivas, psicomotoras e vegetativas. Como doença, alguns quadros cursam com este sintoma, como transtorno depressivo maior, distimia, depressão integrante do transtorno bipolar tipos I e II, depressão em ciclotimia, entre outros (1).

Mesmo com os critérios atuais, a confiabilidade do diagnóstico varia de acordo com diferentes entrevistadores, do número de episódios e da gravidade (2). A depressão pode apresentar episódios de longa duração, altas taxas de cronicidade e de recorrência (quando dois ou mais episódios depressivos se repetem, com intervalo de pelo menos 2 meses). Para ser caracterizado como depressão, o quadro deve necessariamente causar prejuízo significativo nas atividades sociais, ocupacionais e de lazer do indivíduo. Conforme o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5ª edição (DSM-5), aplica-se esse diagnóstico mesmo àqueles que perderam entes queridos há menos de dois anos, visto que o luto é um forte fator estressor e, como tal, pode desencadear transtornos mentais graves (3,4).

O episódio depressivo maior (EDM) é a principal síndrome depressiva dentre os transtornos mentais e um dos mais incapacitantes (5). Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão (6). Segundo o DSM-5 (4), a prevalência de transtorno depressivo maior na população geral dos Estados Unidos é de aproximadamente 7%, semelhante à prevalência no Brasil 7,6% (7). Ainda, idade e sexo demonstraram ser fatores determinantes para risco de sintomas depressivos, com maior prevalência entre jovens e mulheres (8).

Cursos de Medicina são conhecidos por representar um ambiente estressante para os alunos, considerando-se a carga horária e emocional que se deposita sobre os estudantes (9). Nesse contexto, faz-se necessária uma melhor identificação e gestão dos problemas de saúde que impactam nos seus desempenhos acadêmicos (10). Embora estudantes de medicina iniciem o curso com melhores indicadores de saúde mental do que a população em geral (11), a prevalência média de distúrbios depressivos nesses

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acadêmicos é de 30,6%, consideravelmente maior do que as taxas descritas na população em geral (12). Além disso, pesquisas recentes demonstram alta prevalência de depressão e ideação suicida entre alunos de medicina, estimando-as em 27,2% e 11,1%, respectivamente (13), havendo um aumento da prevalência com o avançar do curso (14). Uma possível razão citada para o alto risco de suicídio desses estudantes é o seu maior conhecimento e facilidade de acesso aos meios de suicídio (15).

A formação acadêmica em medicina ainda está voltada para o desempenho intelectual dos graduandos, uma vez que tem privilegiado treinamento, objetividade, tecnicismo e racionalidade (16,17). Ainda que tenham sido incluídas disciplinas como a de Psicologia Médica nos currículos médicos, uma hipótese é de que haja carência em relação ao desenvolvimento de inteligência emocional e habilidades sociais necessárias ao crescimento profissional (17). Embora, ainda sem vínculo causal, a associação entre cursos de medicina e depressão sugerem a necessidade de estudos capazes de promover estratégias de enfrentamento e de apoio para esses estudantes (18), visto que há uma relação inversa entre adoecimento mental e desempenho acadêmico (19).

A rotina com alta carga de estudos, a convivência com a perda de pacientes e a cobrança frequente por resultados exige desses alunos inteligência emocional bem desenvolvida (20). Os critérios de avaliação, a extensa carga horária, a falta de tempo para o lazer, a pressão para a excelência e a sobrecarga de estudo são apontados como os principais estressores do curso, que podem torná-los ainda mais suscetíveis ao desenvolvimento de transtornos mentais, como a depressão (21,22). Outros fatores parecem estar associados, por exemplo: acadêmicos com dificuldade de relacionamento apresentam 11,4 vezes mais chances de manifestar depressão se comparados a alunos com bom relacionamento e participação em atividades sociais (23).

Segundo Baldassin et al (24), são necessários novos estudos para elucidar e planejar abordagem adequada em estudantes de medicina com comorbidades psiquiátricas. Nesse sentido, o estudo é importante para identificar a prevalência em que o EDM se manifesta nos acadêmicos de medicina desta universidade, assim como os fatores associados a essa distribuição, uma vez que os resultados poderão contribuir para direcionar futuras pesquisas e intervenções que visem avaliar e prevenir a depressão de estudantes de medicina. Desse modo, o objetivo da pesquisa foi identificar

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a prevalência e os fatores associados ao EDM em estudantes de medicina de uma universidade da Grande Florianópolis.

Materiais e Métodos

Estudo observacional-transversal, realizado em uma universidade da Grande Florianópolis. A população do estudo foi composta por 483 estudantes, regularmente matriculados no curso de Medicina da instituição, entre o primeiro e décimo segundo período. Foram incluídos os estudantes maiores de 18 anos, de ambos os sexos. Não houveram critérios de exclusão para a seleção da amostra.

A coleta de dados aconteceu entre março e junho de 2019, após a aprovação do Conselho de Ética em Pesquisa e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os acadêmicos foram convidados pelo pesquisador a participar do estudo em suas respectivas salas de aula. Foi escolhida uma data para a coleta com a menor quantidade de alunos faltantes possível. Após o consentimento, os participantes responderam os questionários, com um tempo médio de 5 minutos. Foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário autoaplicável elaborado pelos autores para a obtenção de dados sociodemográficos, acadêmicos e hábito de vida dos participantes. Um segundo instrumento de coleta de dados foi o questionário autoaplicável Patient Questionnaire Health 9 (PHQ-9), traduzido em estudo publicado previamente (26), validado na população brasileira para adultos (27), com 10 perguntas que avaliam a presença de cada um dos sintomas para o transtorno de depressão maior descritos no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-IV) (28). Os sintomas consistem em humor deprimido, anedonia, alteração do sono, cansaço, dificuldade de concentração, sentimento de culpa ou inutilidade, mudança no apetite ou peso, sentir-se lento ou inquieto e pensamentos suicidas. O instrumento classifica os itens de 1 a 9, de acordo com uma escala do tipo Likert, de quatro pontos: 0 = nenhuma vez; 1 = vários dias; 2 = mais da metade dos dias; 3 = quase todos os dias. O item dez avalia o grau de impacto nas atividades de vida diária do indivíduo, em níveis de dificuldade: Nenhuma dificuldade; Alguma dificuldade; Muita dificuldade; Extrema dificuldade. A pontuação total do PHQ-9 foi calculada de forma contínua, sendo somados os valores correspondentes a cada resposta do participante. O ponto de corte

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com máxima sensibilidade e especificidade para rastreamento de EDM foi definido como igual ou superior a nove (27).

A variável dependente foi “transtorno depressivo maior”, aferida a partir do resultado do PHQ-9. As variáveis independentes dispostas em: sociodemográficas (sexo, idade, estado civil, naturalidade e moradia); acadêmicas (período do curso, relacionamento social, desejo de mudar ou transferir curso, reprovação em disciplinas, pressão por desempenho, a quem o estudante dedica a maior parte da pressão exercida sobre ele, tempo dedicado semanalmente a estudos ou estágios fora do ambiente acadêmico) e as relacionadas a hábitos de vida (tempo dedicado semanalmente a atividade física e tempo dedicado semanalmente a outras atividades de lazer).

Os dados foram tabulados utilizando o software Windows Excel, e sua análise foi conduzida no programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0. Foram realizadas análises descritivas para todas as variáveis. Comparou-se as diferenças entre as proporções por meio do teste do qui-quadrado ou teste Exato de Fisher para variáveis qualitativas. Para as análises bruta e ajustada, foram utilizadas regressões logísticas, estimando-se o odds ratio (OR) bruto e ajustado com seus respectivos IC95%. Na análise ajustada, a associação entre as variáveis independente e o desfecho foi controlada pelas variáveis que apresentaram valor de p≤0,05 na análise bivariada. Parecer consubstanciado do CEP de CAAE 04001418.3.0000.5369.

Resultados

Ao todo, 483 indivíduos foram avaliados no estudo. Destes, 68,1% eram do sexo feminino, 48,0% com idade entre 20 e 25 anos, 52,7% com companheiro, 44,7% eram naturais da Grande Florianópolis, 75,4% moravam acompanhados. Ainda, 25,9% estavam no primeiro ano do curso, 79,9% apresentavam um bom relacionamento dentro e fora do ambiente acadêmico, 61,9% nunca desejou mudar de curso ou transferir o curso para outra universidade. Destes, 55,9% fazem de 0 a 3 horas de atividade física por semana, 35,4% tem 6 a 10 horas de lazer por semana, 44,7% estudam 16 horas ou mais por semana. Em relação à sensação de pressão sofrida durante o curso, 38,1% sentem-se intensamente pressionados, 79,0% “por mim mesmo” e 85,3% nunca

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reprovou. Em relação ao desfecho, 53,6% preencheram critérios para EDM. No que diz respeito ao impacto que os sintomas geram nas atividades de vida diária, “Nenhuma ou alguma dificuldade”, foram assinaladas por 83,2%. A Tabela 1 apresenta a descrição dos indivíduos de acordo com as variáveis investigadas.

Tabela 1: Descrição da amostra de acadêmicos do curso de medicina de uma universidade da Grande Florianópolis de acordo com as características sociodemográficas, acadêmicas e clínicas. Palhoça, Santa Catarina, Brasil, 2019. Variáveis n % Sexo Masculino 154 31,9 Feminino 329 68,1 Faixa etária <20 anos 162 33,5 20 a 25 anos 232 48,0 26 a 30 anos 64 13,3 >30 anos 25 5,2 Estado civil Sem companheiro 227 47,3 Com companheiro 253 52,7 Natural Grande Florianópolis 216 44,7 Outra 267 55,3 Moradia Mora Só 119 24,6 Mora acompanhado 364 75,4 Período do curso 1 ano 125 25,9 2 ano 108 22,4 3 ano 59 12,2 4 ano 68 14,1 5 ano 70 14,5 6 ano 53 11,0 Relacionamento

Bom dentro e fora do ambiente acadêmico 386 79,9 Difícil dentro e/ou fora do ambiente acadêmico 97 20,1 Transferir o curso

Nunca desejou mudar de curso ou transferir o curso 299 61,9 Já pensou ou pensa em trocar de curso ou transferir o curso 184 38,1 Atividade física

0 a 3 horas semanais 269 55,9

4 ou mais horas semanais 212 44,1

Lazer 0 a 5 horas 104 21,8 6 a 10 horas 169 35,4 11 a 15 horas 81 16,9 16 ou mais horas 124 25,9 Estudo 0 a 5 horas 55 11,8 6 a 10 horas 100 21,4 11 a 15 horas 104 22,2 16 ou mais horas 209 44,7 Pressão

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Levemente pressionado 89 18,4 Moderadamente pressionado 179 37,1 Intensamente pressionado 184 38,1 Quem pressiona A mim mesmo 357 79,0 A minha família 35 7,7

Aos meus professores 60 13,3

Reprovado

Nunca reprovou 411 85,3

Reprovou 71 14,7

Episódio Depressivo Maior

Não 224 46,4

Sim 259 53,6

Impacto nas atividades

Nenhuma ou alguma dificuldade 400 83,2

Muita ou extrema dificuldade 81 16,8

A Tabela 2 apresenta análise bivariada entre o desfecho e as exposições. Observa-se uma diferença significativa na proporção de EDM entre os sexos (p≤0,001), quanto a dificuldade ou não no seu desempenho acadêmico e para se relacionar com as pessoas (p≤0,001), entre os que pensaram ou pensam em trocar ou transferir o curso (p≤0,001), entre os que praticam pouco ou não praticam atividade física (p=0,003), entre os níveis de pressão (p≤0,001) e entre os que reprovaram ou não (p=0,011).

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Tabela 2: Análise bivariada Análise referente ao episódio depressivo maior, de acordo com as características sociodemográficas, acadêmicas e clínicas, em estudantes. Palhoça, Santa Catarina, Brasil, 2019.

Episódio Depressivo Maior

Não Sim n % n % Valor de p Sexo ≤0,001 Masculino 90 40,2 64 24,7 Feminino 134 59,8 195 75,3 Faixa etária 0,551 <20 anos 72 32,1 90 34,7 20 a 25 anos 115 51,3 117 45,2 26 a 30 anos 26 11,6 38 14,7 >30 anos 11 4,9 14 5,4 Estado civil 0,526

Sem companheiro (solteiro, divorciado, viúvo) 102 45,7 125 48,6

Com companheiro 121 54,3 132 51,4 Natural 0,738 Grande Florianópolis 102 45,5 114 44 Outra 122 54,5 145 56 Moradia 0,643 Mora Só 53 23,7 66 25,5 Mora acompanhado 171 76,3 193 74,5 Período do curso 0,623 1 ano 52 23,2 73 28,2 2 ano 56 25 52 20,1 3 ano 27 12,1 32 12,4 4 ano 30 13,4 38 14,7 5 ano 36 16,1 34 13,1 6 ano 23 10,3 30 11,6 Relacionamento ≤0,001

Bom dentro e fora do ambiente acadêmico 199 88,8 187 72,2 Difícil dentro e/ou fora do ambiente acadêmico 25 11,2 72 27,8

Transferir o curso ≤0,001

Nunca desejou mudar de curso ou transferir o curso 159 71 140 54,1 Já pensou/pensa em trocar de curso/transferir o curso 65 29 119 45,9

Atividade física 0,003

0 a 3 horas semanais 109 48,7 160 62,3

4 ou mais horas semanais 115 51,3 97 37,7

Lazer 0,665 0 a 5 horas 48 21,7 56 21,8 6 a 10 horas 75 33,9 94 36,6 11 a 15 horas 35 15,8 46 17,9 16 ou mais horas 63 28,5 61 23,7 Estudo 0,580 0 a 5 horas 26 11,8 29 11,7 6 a 10 horas 47 21,3 53 21,5 11 a 15 horas 55 24,9 49 19,8 16 ou mais horas 93 42,1 116 47 Pressão ≤0,001

Não se sente pressionado 25 11,2 6 2,3

Levemente pressionado 62 27,7 27 10,4

Moderadamente pressionado 90 40,2 89 34,4 Intensamente pressionado 47 21 137 52,9

Quem mais pressiona 0,186

A mim mesmo 165 82,9 192 75,9

A minha família 12 6 23 9,1

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Reprovado 0,011

Nunca reprovou 200 89,7 211 81,5

Reprovou 23 10,3 48 18,5

A Tabela 3 apresenta os resultados referentes à análise bruta e ajustada em relação aos fatores associados ao EDM em estudantes. Na análise bruta, observou-se que ser do sexo feminino (OR: 2,04; IC95%: 1,39-3,02), ter relacionamento difícil dentro e/ou fora do ambiente acadêmico (OR: 3,06; IC95%: 1,86-5,03), o fato de já ter pensado ou pensa no momento em trocar de curso ou transferir o curso de medicina para outra universidade (OR: 2,08; IC95%: 1,42-3,03), estar moderadamente pressionado (OR: 4,12; IC95%: 1,61-10,52), intensamente pressionado (OR: 12,14; IC95%: 4,69-31,42) e já ter reprovado (OR: 1,98; IC95%: 1,16-3,37) apresentam maior chance de EDM. Em contrapartida, os estudantes que praticavam 4 horas ou mais de atividade física (OR: 0,57; IC95%: 0,40-0,82) apresentaram menor chances de ter EDM quando comparado aos que praticavam de 0 a 3 horas.

Na análise ajustada, as associações com o sexo, relacionamento, atividade física, pressão e PHQ9 permaneceram. As mulheres apresentaram 1,77 (IC95%: 1,11-2,83) vezes mais chance de ter episódio depressivo maior quando comparadas aos homens. No que se refere ao relacionamento, os estudantes que tinham difícil relacionamento dentro e/ou fora do ambiente acadêmico apresentaram 2,40 (IC95%: 1,34-4,26) vezes mais chances de ter episódio depressivo maior quando comparado aos que tinham bom relacionamento dentro e fora do ambiente acadêmico. Os estudantes que se sentiam intensamente pressionados apresentaram 4,93 (IC95%: 1,80-13,53) vezes mais chances de ter EDM quando comparado aos que não se sentiam pressionados.

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Tabela 3: Análise bruta e ajustada, em relação aos fatores associados ao episódio depressivo maior. Palhoça, Santa Catarina, Brasil, 2019.

Análise Bruta Análise ajustada OR (IC95%) p OR (IC95%) p

Sexo ≤0,001 0,016

Masculino 1 1

Feminino 2,04(1,39-3,02) 1,77(1,11-2,83)

Relacionamento ≤0,001 0,003

Bom dentro e fora do ambiente acadêmico 1 1 Difícil dentro e/ou fora do ambiente

acadêmico 3,06(1,86-5,03) 2,40(1,34-4,26)

Transferir o curso ≤0,001 0,071

Nunca desejou mudar de curso ou transferir o

curso para outra universidade 1 1

Já pensou/pensa em trocar de curso/transferir

o curso de medicina para outra universidade 2,08(1,42-3,03) 1,51(0,96-2,37)

Atividade física (2 categorias) 0,003 0,040

0 a 3 horas semanais 1 1

4 ou mais horas semanais 0,57(0,40-0,82) 0,64(0,42-0,98)

Pressão ≤0,001 ≤0,001

Não se sente pressionado 1 1

Levemente pressionado 1,81(0,67-4,92) 1,19(0,42-3,39) Moderadamente pressionado 4,12(1,61-10,52) 2,46(0,92-6,52) Intensamente pressionado 12,14(4,69-31,42) 4,93(1,80-13,53) Reprovado 0,011 0,896 Nunca reprovou 1 1 Reprovou 1,98(1,16-3,37) 1,04(0,54-2,00) Discussão

Esse estudo corrobora outros já realizados sobre a prevalência de sintomas psiquiátricos em acadêmicos de medicina. Revisões sistemáticas (4, 7, 12), indicam que a prevalência de sintomas depressivos é possivelmente maior em acadêmicos dos cursos de medicina, estimada em 30,6%, significativamente superior comparada à população brasileira (7,6%), de acordo com o DSM-5.

Durante o período em que o estudo foi realizado, a prevalência de EDM da população estudada foi elevada. Os achados deste estudo, portanto, permitem inferir que os sintomas depressivos são substancialmente mais prevalentes entre os estudantes de medicina do que na população em geral. Resultados estes superiores aos estimados por Oliveira et al (29), em 45,7%, Alvi et al (22), em 35,1% e por Bassols et al (8), em 18,6%, os quais estudaram apenas as populações do primeiro e sexto ano do curso. Entretanto, os resultados foram consideravelmente inferiores aos 79% encontrados por Rezende e colaboradores (14). A alta variabilidade das prevalências dos estudos se deve, provavelmente, à diferença entre os instrumentos de pesquisa empregados.

(13)

Ao considerar a prevalência encontrada em meta-análises, Puthran et al, após avaliar 77 estudos com instrumentos heterogêneos, chegaram à prevalência exata de 28% (9). Já Hope et al, foram enfáticos em citar as inúmeras formas de avaliação utilizadas nos estudos realizados e, inclusive, os diferentes pontos de corte adotados para mesmas escalas. Dessa forma, as prevalências variaram entre 6,0% e 66,5% (10). No presente estudo, foi optado pela utilização do PHQ-9, por ser um instrumento autoaplicável, validado na população brasileira e de fácil e rápida aplicação, sendo utilizado o ponto de corte considerado com maior sensibilidade e especificidade para rastreamento (27). Embora o instrumento de coleta tenha sido um questionário autoaplicável e estes, de maneira geral, possuam limitações, são uma forma importante de conhecer a prevalência nesta população estudada, uma vez que são capazes de garantir anonimato e ampla participação, o que é dificultado em entrevistas diagnósticas.

Em relação ao sexo, o feminino teve associação positiva com EDM, apresentando 1,77 vezes mais chance de desenvolver os sintomas. A grande maioria dos estudos realizados (10,13,15), apontam o sexo feminino como fator associado à depressão. Em estudo realizado por Alvi et al, 80,6% dos participantes com depressão eram do sexo feminino (22), enquanto Bassols et al encontraram prevalência de 58,1% (8). Dada a maior chance de desenvolvimento de sintomas depressivos em estudantes do sexo feminino, faz-se necessário cuidado especial e suporte adequado a essa parcela dos estudantes.

Nesta pesquisa, observou-se que estudantes com dificuldade de relacionamento tiveram associação com episódio depressivo, resultando em 2,40 vezes mais chance de apresentar EDM. Essa associação também foi positiva nos estudos realizados por Paula et al (23) e Oliveira et al (29). Com base nesses dados, não é possível estabelecer relação causal, visto que o isolamento e a dificuldade em se relacionar com as pessoas possam ser consequência e não apenas causa de sintomatologia depressiva. Entretanto, sugere-se que acadêmicos com dificuldade de relacionamento devam receber atenção especial de programas que visem prevenir e combater esses sintomas.

Além disso, não foi identificada diferença estatística entre a prevalência dos sintomas e o ano cursado. No entanto, alguns estudos longitudinais sugerem que a dificuldade em se ajustar ao ambiente acadêmico no primeiro ano de curso foi

(14)

responsável pela alta prevalência de sintomas depressivos, mostrando que as taxas desses sintomas aumentam consideravelmente em relação ao ambiente escolar (9,30). Isso permite sugerir que o curso de medicina, por si só, é um fator substancialmente estressor, especialmente no primeiro ano, talvez por se tratar de um período de ajustes.

Estudantes que já manifestaram ou manifestam interesse em mudar ou transferir o curso para outra universidade apresentaram maior prevalência de EDM e 2,08 vezes mais chance de apresentar episódio depressivo. Costa et al observaram que estudantes que admitiram ter pensado em trocar de curso apresentaram 6,24 vezes mais chance de sintomatologia depressiva (31). Não foram encontrados outros estudos que pudessem servir como comparação, entretanto parece lógico o fato de que estudantes que tenham algum grau de incerteza ou insatisfação em relação à escolha do curso, ou então que não estejam bem adaptados ao ambiente acadêmico no qual estão inseridos, estejam mais propensos a desenvolver sintomas depressivos.

A variável correspondente à pressão exercida sobre o desempenho acadêmico apresentou associação positiva com depressão, e o autorrelato de pressão moderada e intensa possuem maior chance de apresentar sintomatologia depressiva, 4,12 e 12,14 respectivamente. Ainda, aproximadamente três em cada quatro alunos sentem-se moderadamente pressionados ou intensamente pressionados. Destes, quatro em cada cinco creditam a eles próprios a maior parte da pressão exercida. Essa informação é extremamente importante para compreender o perfil dos estudantes com depressão, assim como para prover as medidas assistenciais ou administrativas necessárias.

No presente estudo foi identificada associação positiva entre estudantes que já reprovaram e a ocorrência de sintomas depressivos, acarretando em 1,98 vezes maior chance de quadro depressivo. Apesar de estarem associados, não é possível afirmar se estudantes depressivos reprovam mais ou então se estudantes que reprovaram desenvolvem mais sintomas depressivos. No entanto, da mesma forma que a piora acadêmica está associada a sintomas depressivos é preocupante, deve-se considerar também o fato de que os sintomas possam afetar de forma negativa a impressão do acadêmico sobre si, ou na forma com que os outros estudantes possam se posicionar em relação àqueles com sintomas depressivos.

Carpiniello e Pinna sugerem que o estigma em relação aos transtornos psiquiátricos configura fator estressor adicional que, associado a ausência de tratamento

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adequado, pode contribuir para aumento da sobrecarga, incapacidade, recorrência e manutenção dos sintomas depressivos (32). Desse modo, uma estereotipagem negativa referente à depressão parece predispor maior incapacidade e, consequentemente, reflete pior desempenho acadêmico. Em estudo realizado sobre o estigma de depressão em estudantes de medicina na mesma universidade, Vargas et al encontraram resultados que sugerem que estudantes com estereotipagem negativa se mostraram associados a um maior risco de distanciamento social de pessoas com depressão (33). Assim, pode-se levantar a hipótese de que estudantes com sintomas depressivos sejam colocados à margem por outros estudantes e, somados às dificuldades impostas pelos próprios sintomas, tornem-se menos capazes de desempenhar bem suas funções acadêmicas, culminando em maiores taxas de reprovação.

Atividade física semanal igual ou superior a 4 horas apresentou associação negativa com depressão, mostrando-se como um fator protetor. Em estudo que utilizou a base de dados da Pesquisa Nacional de Saúde, cujo instrumento utilizado para avaliação de sintomas depressivos também foi o PHQ-9, houve associação entre inatividade física e indivíduos com depressão (34). Uma revisão sistemática sobre estudos prospectivos comprova a existência de relação inversa entre depressão e atividade física, afirmando que atividade física diminui o risco de desenvolver depressão (35). Os mesmos autores citam diversas hipóteses de como esse mecanismo funciona, entre elas, a “interação social”, a qual postula que as melhorias na saúde mental após o exercício estão relacionadas não apenas à produção de endorfinas e endocanabinoides, mas também às relações sociais que se formam ao realizar atividades (35).

As variáveis socioeconômicas, como faixa etária, estado civil, naturalidade, moradia, assim como as acadêmicas, como tempo semanal de estudo e de lazer, e a quem os estudantes creditavam a pressão exercida sobre eles por desempenho acadêmico, não apresentaram associação quando relacionadas à presença de EDM neste estudo.

É preciso ressaltar que o estudo em discussão possui algumas limitações, entre elas, o delineamento transversal, que não permite estabelecimento de relação causal entre exposição e desfecho. Não obstante, os achados deste estudo podem ser úteis para encorajar reflexão mais apurada acerca do processo ensino-aprendizagem dos cursos de medicina e prover estratégias preventivas ao adoecimento mental dos acadêmicos.

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Também, aponta-se como limitação do estudo o fato de que no período de coleta dos dados, havia 643 alunos devidamente matriculados no curso de medicina, e apenas 75,1% foram encontrados e responderam aos questionários aplicados em sala de aula. Assim, pode-se assumir que a amostra avaliada foi representativa do total, mas não se pode afirmar se houve viés de seleção em relação aos estudantes encontrados para a aplicação do questionário e, mesmo àqueles que aceitaram participar do estudo.

Conclusão

Este estudo possibilitou identificar a prevalência e os fatores de risco para sintomas depressivos em estudantes de medicina, como sexo feminino, dificuldade de relacionamento, sentir-se pressionado por desempenho, reprovação e realização de pouca ou nenhuma atividade física regular. A partir disso, parece ser necessário criar núcleos de apoio ao estudante para prover estratégias de prevenção e enfrentamento por meio de projetos contínuos de saúde mental. Uma vez auxiliados, os estudantes podem desenvolver melhorar a qualidade de vida, o que pode resultar em melhor desempenho acadêmico, maior qualidade empregada na profissão, com benefício não apenas próprio, mas à sociedade.

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