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ESTADO DA BAHIA PREFEITURA DE ESPLANADA CNPJ /

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Academic year: 2021

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Pça. Monsenhor Zacarias Luz, s/n – Centro. CEP. 48.370-000 TEL:(**75) 3413-7500 - E-mail: pmelicitação@gmail.com

JULGAMENTO DE RECURSO ADMINISTRATIVO

PREGÃO PRESENCIAL: 048-2016-PP

EMENTA: Recurso interposto contra o processo de Pregão

Presencial de nº 048-2016-PP, na fase de instrumento convocatório, onde a Empresa AMUNDURUCA

TRANSPORTES LTDA - EPP, impetra recurso, contra o

Edital em seus itens 5.3.3 letra “e” e 5.3.3. letra “d”., considerando-os como abusivo, ilegais e restritivo à competitividade do certame.

O Pregão Presencial em comento, visa a “CONTRATAÇÃO DE EMPRESA

ESPECIALIZADA PARA A EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE ESCOLAR PARA ALUNOS E PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO, E ALUNOS MATRICULADOS NO ENSINO MÉDIO DA REDE ESTADUAL DE ENSINO, LOCALIZADA NO MUNICÍPIO, NAS ZONAS URBANA E RURAL, CONFORME ESPECIFICAÇÕES DESTE EDITAL E SEUS ANEXOS. .”

Recorrente: AMUNDURUCA TRANSPORTES LTDA - EPP

Recorrida: PREFEITURA MUNICIPAL DE ESPLANADA – PREGOEIRO

RELATÓRIO:

1 – Em 05 de Julho do corrente a empresa recorrente protocolizou na sede desta Prefeitura, recurso contra o instrumento convocatório – Edital, por entender que o mesmo em seus itens 5.3.3. letras “d” e “e”, são ilegais e restringem a

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competitividade, trazendo as interessadas despesas não cabíveis para a participação em um certame licitatório.

2 - A empresa recorrente, em seu pedido, requer a nulidade dos itens, retirando-os do instrumento convocatório e observando o que prescreve o art. 21,§4º da Lei 8.666/93.

3 – Verifica-se ainda que o endereçamento do recurso e realizado em face da comissão permanente de licitação do município, atribuindo a ela a confecção do edital e o descumprimento do qual tem entendimento ser abusivo e instrumento que jogou no lixo os princípios constitucionais.

Este é o relatório

CONCLUSÕES DO PREGOEIRO

Ao recebermos o recurso, em primeiro momento verificaremos a legalidade, a tempestividade, a legitimidade e por último os requisitos de admissibilidade do recurso.

Quanto à legalidade, não há o que se ater, pois o direito de petição, conforme previsto no art. 5º, XXXIV da nossa Constituição Federal, legitima às pessoas a invocar a atenção dos poderes públicos, independente de pagamento de taxas, em defesa de direitos e contra ilegalidades ou abusos de poder que por ventura sejam entendidos estar havendo. Conforme Di Pietro, a mesma assevera:

“ Dentro do direito de petição estão agasalhadas inúmeras modalidades de recursos administrativos(...) É o caso da representação, da reclamação administrativa, do pedido de reconsideração, dos recursos hierárquicos próprios e impróprios da revisão.” (Direito Administrativo,12 ed., pág.579).

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No tocante à legalidade e tempestividade, foram obedecidos todos os requisitos contidos no instrumento convocatório, bem como na legislação pertinente.

Vejamos agora a possibilidade de admitirmos o recurso, e iniciaremos citando a Lei 9784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, a quem nos remete o art. 109 da Lei 8.666/93, que deverá ser seguida subsidiariamente na Administração Pública Municipal, quando a mesma não possui lei específica, assim sendo abaixo transcrevemos o art. 56, da citada lei:

‘Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.

§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.(grifo nosso)

§ 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução.

§ 3o Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. “

Ainda utilizaremos a lei citada no seu art. 63, que prescreve:

Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto: I - fora do prazo;

II - perante órgão incompetente;

III - por quem não seja legitimado;

IV - após exaurida a esfera administrativa.

§ 1o Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso.

§ 2o O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.(grifos nosso)

Das transcrições utilizadas acima ficou claro e manifesto que o recurso impetrado, foi realizado em face de órgão incompetente, pois o mesmo esta endereçado à Comissão Permanente de Licitação, ou seja, não foi a autoridade que tem responsabilidade sobre o feito, sendo assim não nos cabe outra alternativa a não ser a de NÃO ADMITIR o recurso nas bases em que foi encaminhado, porém por força do art.63, §1º da lei 9784/99, estamos abaixo informando a autoridade competente para decidir sobre o recurso, bem como devolvendo à recorrida o prazo recursal previsto no instrumento convocatório.

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Conforme Decreto 029/2016, a autoridade competente para o julgamento do recurso e o PREGOEIRO E EQUIPE DE APOIO.

Pregoeiro : Edenilson Alves de Oliveira

Equipe de Apoio: Thiago Moraes Silva e Camila Menezes dos Santos.

Apesar do não conhecimento do recurso, mais sabedor que deverá reabrir o prazo para o correto endereçamento ou em entendendo ser sanável este erro formal, preservando ainda pela celeridade do encaminhamento do procedimento licitatório e sendo estes itens alvos de mais descontentamentos por parte de outros licitantes, entende este pregoeiro que deverá se deter na análise e solucionar estas divergências emitindo assim o seu entendimento final, que o fará abaixo:

Vejamos então as insatisfações suscitadas no recurso em comento com relação ao item 5.3.3. letra “d”, que trata da visita técnica, onde o recorrente se pronuncia de forma a colocar em nossa administração uma ilegalidade profunda onde será em todas as formas condenada pelo egrégio Tribunal de Contas da União ao não retirarmos o item do instrumento convocatório.

Ora caro recorrente em todos os julgados citados vemos que estamos falando de obras civis e vinculação de responsáveis técnicos que nem sempre são funcionários em regime de trabalho de forma permanente, em muitos casos, são contratados de forma temporária, inclusive para agregar o seu acervo ao da empresa, qualificando assim a empresa a participar de algum certame, este não é o caso em nosso edital, onde a responsabilidade técnica exigida e a de ser o mediador entre a vossa empresa e a nossa entidade, portanto não causando nenhuma despesa extra, além do que a visita técnica trará ao recorrente o conhecimento total de nossos roteiros, evitando assim desgastes futuros na execução do contrato.

No item 5.3.3. letra “e”, verificamos que com o direito de rever os nossos atos e após alertado pela ora recorrente, reavaliamos e chegamos ao entendimento que realmente o item pode causar uma diminuição na competitividade do certame, sendo assim com fundamento no poder de autotutela e sendo ele uma prerrogativa crucial para que seja realizada a revisão dos atos administrativos

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(por via administrativa), pois é nela que o agente público se apoia para o exercício do poder de anular, reformar, corrigir e revogar atos administrativos sem a necessidade de acionar o Judiciário.

Trata-se de um poder-dever, que impõe à Administração Pública o controle dos seus próprios atos, tanto no que se refere à legalidade quanto ao mérito. Neste sentido, Maria Sylvia Zanella di Pietro (2000, p.73) aponta que pela autotutela “[…] o controle se exerce sobre os próprios atos, com possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes e inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário”.

Desta forma, fica suspenso a continuidade do Pregão Presencial 048-2016-PP, para que façamos as reformas necessárias no instrumento convocatório do mesmo, que após realizaremos a nova publicação, com a devida devolução do prazo para a abertura do certame.

Esplanada, 05 de Julho de 2016.

Edenilson Alves de Oliveira Pregoeiro

Com a nossa concordância aos entendimentos e procedimentos adotados pelo Pregoeiro Edenilson Alves de Oliveira, esta equipe de apoio, no presente pregão presencial.

Camilla Menezes dos Santos Thiago Moraes Silva Equipe de Apoio Equipe de Apoio

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