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FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL DOS DOCENTES DE BIOLOGIA QUE ATUAM NAS ESCOLAS PÚBLICAS NA CIDADE DE ANÁPOLIS/GOIÁS

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Academic year: 2021

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FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL DOS DOCENTES DE BIOLOGIA QUE ATUAM NAS ESCOLAS PÚBLICAS NA CIDADE DE ANÁPOLIS/GOIÁS

Jaqueline Souza Lacerda1,4; Eude de Sousa Campos2,4; Andréia Juliana Leite Rodrigues3,4,5

1

Voluntária Iniciação Científica PVIC/UEG 2

Pesquisador - Orientador 3

Pesquisadora - Orientadora 4

Curso de Ciências Biológicas, Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas, UEG.

5

Aluna de pós-graduação – UFG /Doutorado/Agronomia/Genética e melhoramento.

RESUMO

A formação de professores nos dias atuais exige o aprendizado para lidar com um conhecimento em construção. Não basta apenas passar o conteúdo e, desta forma, formar alunos, cidadão que pensam de forma automática e imposta. Desta forma, objetiva-se avaliar através deste trabalho, o grau de formação dos professores de escolas públicas e particulares da cidade de Anápolis. Foi elaborado um questionário baseando-se nas legislações que abordam a formação de professores, que posteriormente foi repassado a Secretaria da Educação de Anápolis. Esta o distribuiu a todos os professores, nas escolas de ensino médio públicas. Os resultados foram avaliados estatisticamente. Dos 72 professores avaliados, 53 possuem formação superior em Biologia ou Ciências Biológicas. Os outros 19 professores avaliados encontram-se na graduação ou são formados em outros cursos, que não a Biologia. A maioria encontra-se de acordo com as exigências do MEC, mas ainda existem aqueles que lecionam sem estarem capacitados para tal disciplina, observando-se uma falha na educação. A educação é tratada com descaso e não há uma fiscalização e punição devidas aos que não cumprem com as exigências do MEC.

Palavras-chave: formação profissional; biologia; ensino médio Introdução

A situação da instituição escolar se torna cada vez mais complexa, ampliando-se para a esfera da profissão docente, que já não pode mais estar reduzida ao domínio dos conteúdos das disciplinas e à técnica para transmiti- los. Agora, exige-se do professor que lide com um conhecimento em construção e não mais imutável. Aprender a ser professor, nesse contexto, não é, portanto, tarefa que se conclua após estudos de um aparato de conteúdo e técnica de

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transmissão (MIZUKAMI et al., 2002). A formação contínua de professores e educadores em geral constitui hoje mais do que uma necessidade, torna-se uma exigência social. Diversas pesquisas vêm comprovando que, a partir da década de 90, os investigadores da Educação têm intensificado seus estudos tanto quantitativa quanto qualitativamente sobre formação de profis sionais da educação, práticas, saberes e profissionalização docente (ALONSO, 2001). Um dos grandes desafios enfrentados tem sido o de construir estratégias investigativas e formativas que permitam, processualmente, oferecer respostas, mesmo que provisórias, aos problemas estudados (MIZUKAMI et al., 2002). Segundo Pimentel (2003), todos os professores pesquisados têm o domínio do conhecimento amplo, profundo e atualizado, não só do conteúdo programático, mas também o de ciências correlatas. Nem todos, porém, tem o conhecimento da produção do conhecimento e poucos têm o conhecimento clarificado e consciente do que é ensinar. Profissionalismo exige compreensão das questões envolvidas no trabalho, competência para identificá- las e resolvê- las, autonomia para tomar decisões, responsabilidade pelas opções feitas. Requer também que o professor saiba avaliar criticamente a própria atuação e o contexto em que atua e interagir cooperativamente com a comunidade profissional a que pertence (RIOS, 2002). Há que se distinguir os professores “pós- modernos emergentes”, pois apresentam outras habilidades, ligadas à metodologia que criaram e que proporcionam a integração do “conhecimento num contexto mais amplo” que favorecem a articulação do ensino/pesquisa, técnica/prática, conhecimento formal/conhecimento do cotidiano, ciência natural/ciência social – interdisciplinaridade e transdisciplinaridade (PIMENTEL, 2003). Tendo em vista que o profissional da educação deve ter como pré-requisito uma formação específica para a disciplina no qual deseja lecionar, e que isto implica conhecimentos específicos e capacitação voltada para a docência, o presente trabalho objetiva portanto, avaliar o grau de formação dos professores de escolas públicas e particulares da cidade de Anápolis.

Material e Métodos

Elaboração de questionário - Foi elaborado um questionário baseando-se nas legislações que abordam a formação de professores.

Amostragem e aplicação de questionários - A pesquisa foi realizada entre os professores de Biologia que atuam nas escolas de ensino médio (público) na cidade de Anápolis/GO. O questionário foi repassado a Secretaria da Educação de Anápolis, e esta o distribuiu a todos os professores, nas escolas de ensino médio públicas.

Análise de resultados - Os resultados foram analisados estatisticamente, utilizando-se o programa excel.

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Resultados e Discussão

Questionário utilizado nas entrevistas - 1. Você possui conhecimento a respeito da

legislação que regulamenta o Sistema Educacional Brasileiro?

Sim Não

2. Qual legislação você conhece? Constituição Federal – Da Educação Constituição Estadual – Da Educação

LDB Todas Nenhuma

3. Quais os artigos da LDB que tratam da formação dos profissionais da educação?

Art. 159 a 162 Art. 15 a 21

Art. 61 a 67

Art. 68 a 74 Desconheço

4. A formação de profissionais da educação tem como fundamentos: a associação entre teorias e práticas; aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades. Essa afirmação encontra-se:

Na Lei de Diretrizes e Bases Constituição Federal de Educação Constituição Estadual de Educação Nenhuma das alternativas anteriores Desconheço

5. “Os institutos superiores de educação manterão programas de educação continuada para os profissionais de educação dos diversos níveis”. Esta Lei encontra-se:

Na Lei de Diretrizes e Bases Constituição Federal de Educação Constituição Estadual de Educação Nenhuma das alternativas anteriores Desconheço

6. O ensino médio é de responsabilidade prioritária:

Da União e dos Estados Dos Estados e Distrito Federal

Dos Municípios Dos Estados

Desconheço

7. O magistério possui valorização garantida, na forma de Lei, por planos de carreira no caso da educação publica; piso salarial profissional compatível com o piso nacional, dentre outras. Estas afirmativas presentes na legislação e que valorizam e defendem o magistério, encontram-se:

Na Lei de Diretrizes e Bases Constituição Federal de Educação Constituição Estadual de Educação Nenhuma das alternativas anteriores Desconheço

8. Os currículos dos profissionais da educação devem estar voltados para os problemas e realidades do país e das características regionais, elaborados com a participação das entidades representativas. Tal informação encontra-se:

Na Constituição Federal da Educação Na Constituição Estadual da Educação

Na LDB Desconheço

9. De acordo com a nova legislação, a formação do licenciado prevê 300 horas estágio supervisionado, distribuído entre ensino médio e fundamental.

Sim Não

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Médio Superior incompleto Superior completo

11. Qual a área de formação básica?

Odontologia Medicina Farmácia

Biomedicina Fisioterapia Enfermagem Veterinária Agronomia

Fonoaudiologia

Química Educação Física

Nutrição

Biologia Outra

__________________

12. Qual o ano de conclusão de sua formação básica?

1960 a 1970 1971 a 1980 1981 a 1990

1991 a 2000 2001 a 2005 Posterior a 2005

13. Em caso de sua formação básica ser na área de Biologia, indique o título de sua graduação.

História natural (bacharelado) História natural (licenciatura) Ciências naturais

Ciências biológicas (licenciatura) Ciências biológicas (bacharelado)

Licenciatura em ciências com habilitação em biologia

Licenciatura plena parcelada em biologia Ciências – habilitação em biologia

Outro______________________________

14. Você possui formação complementar?

Sim Não

15. Especifique o nível de formação complementar. (No caso de haver mais

de uma formação, indicar a mais recente)

Especialização Mestrado Doutorado Pós-doutorado

16. Qual o ano de conclusão de sua formação complementar?

1960 a 1970 1971 a 1980 1981 a 1990

1991 a 2000 2001 a 2005 Posterior a 2005

17. Qual a sua área de formação

complementar?

Botânica Zoologia

Biologia celular

Biologia molecular Genética Fisiologia humana Ciências da saúde Anatomia Ecologia

Morfologia Educação Educação

ambiental

Farmacologia Microbiologia

Toxicologia Bioquímica Microscopia Biossegurança

Ecofisiologia vegetal Outra

______________

18. Você pretende melhorar sua formação complementar?

Sim Não

19. Até que nível pretende chegar?

Especialização Mestrado Doutorado Pós-doutorado

20. Você exerce outra atividade profissional?

Sim Não Apenas em

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21. Em caso de resposta positiva, especifique o campo profissional exercido.

Museu Zoológico

Clinica particular

Parques Farmácia

Saneago

ETE Comércio Agência

ambiental

Indústria SEMMA

IBAMA

EMBRAPA IQUEGO Laboratório de análises clínicas

Hospital público ou particular Outros____________________

Avaliação da formação básica - Dos 72 professores que lecionam biologia da rede Estadual de Anápolis, 53 (~73,61% do total) possuem curso superior em Biologia ou Ciências Biológicas; 14 (~19,44% do total) cursam Biologia, Ciências Biológicas ou Ciências Físicas e Biológicas; 3 (~4,17% do total) possuem curso superior em Química; e 4 (~5,56% do total) cursam outros cursos entre Farmácia, Fisioterapia e Enfermagem.

FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DE BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO DAS ESCOLAS

PÚBLICAS DE ANÁPOLIS - GO 73,61% 19,44% 4,17% 5,56% Formação superior em Biologia ou Ciências Biológicas Cursam Biologia, Ciências Biológicas ou Ciências Físicas e Biológicas Formação superior em Química Formação superior em Farmácia, Fisioterapia ou Enfermagem

Avaliação da formação específica - Observa-se que maioria de profissionais estão adequadamente capacitados e presentes na sua área específica. Entretanto ainda existem profissionais fora da área específica e que mesmo assim continuam lecionando nas escolas. Até mesmo profissionais graduados em química lecionam biologia, o que infere uma falha no sistema institucional e nos órgãos federais e estaduais competentes a educação.

Próximas etapas da pesquisa - O levantamento dos dados foi realizado somente nas escolas públicas de Anápolis. Posteriormente será feita a pesquisa também nas escolas particulares da cidade para comparação dos resultados obtidos. Após a conclusão dos resultados, Anápolis será utilizada como senso, uma vez que foi feita a pesquisa em todas as escolas. A pesquisa terá continuidade em Goiânia, em que algumas escolas serão selecionadas, por amostragem, para a finalização dos resultados.

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Conclusões

A educação no Brasil é tratada na maioria das vezes com descaso. O discurso referente a locação de professores em áreas de conhecimento específico, como por exemplo a biologia, merece uma atenção especial visto que a proposta feita pelo MEC (Ministério da Educação) não é cumprida nem levada a sério pelas instituições. Isto pode ser visto com referência a resultados coletados nas instituições públicas de Anápolis, os quais já foram referenciados. É necessário uma maior fiscalização por parte das secretarias e conselhos de educação para o cumprimento da lei, visando a melhoria na qualidade de ensino.

Referências Bibliográficas

ALONSO, M. A formação de Pesquisadores-Educadores: Desafio para os Programas de Pós-Graduação. In: LINHARES, C. et al. Os Lugares dos Sujeitos na Pesquisa Educacional. 2ª edição. Campo Grande: Editora UFSCAR, 2001. p. 427-437.

MIZUKAMI, M. G. N. et al. Escola e Aprendizagem da Docência: Processos de Investigação e Formação. São Carlos: Editora EdUFSCar, 2002. 203 p.

PIMENTEL, M. G. B. O Professor em Construção. 9ª edição. Campinas: Editora Papirus, 2003. 95p.

RIOS, T. A. Competência ou competências – o novo e o original na formação de professores. In: ROSA, D. E. G. et al. Didática e práticas de ensino: intrefaces com diferentes saberes e lugares formativos. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2002. p. 154-171.

Referências

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