• Nenhum resultado encontrado

Relação entre os egressos do Curso de Administração da UFRN/ CERES Currais Novos e o mercado de trabalho

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Relação entre os egressos do Curso de Administração da UFRN/ CERES Currais Novos e o mercado de trabalho"

Copied!
29
0
0

Texto

(1)

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

MARIA GIRLIANE MILENA DE LIMA

RELAÇÃO ENTRE OS EGRESSOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA UFRN/CERES CURRAIS NOVOS/RN E O MERCADO DE TRABALHO

CURRAIS NOVOS/RN 2019

(2)

RELAÇÃO ENTRE OS EGRESSOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA UFRN/CERES CURRAIS NOVOS/RN E O MERCADO DE TRABALHO

Artigo apresentado ao curso de Graduação em administração, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em administração. Orientador: Prof. Dr. Valdemir Galvão de Carvalho.

CURRAIS NOVOS – RN 2019

(3)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ensino Superior do Seridó - CERES Currais Novos

Lima, Maria Girliane Milena de.

Relação entre os egressos do curso de administração da UFRN/CERES Currais Novos/RN e o mercado de trabalho / Maria Girliane Milena de Lima. - 2019.

28 f.: il. color.

Artigo (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ensino Superior do Seridó, Departamento de Ciências Sociais e Humanas, Graduação em Administração. Currais Novos, RN, 2019.

Orientador: Prof. Dr. Valdemir Galvão de Carvalho.

1. Graduação em Administração - Artigo. 2. Egressos - Artigo. 3. Mercado de trabalho - Artigo. I. Carvalho, Valdemir Galvão de. II. Título.

RN/UF/BSCN CDU 658:331

(4)

RELAÇÃO ENTRE OS EGRESSOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA UFRN/CERES CURRAIS NOVOS/RN E O MERCADO DE TRABALHO

Artigo apresentado ao curso de Graduação em administração, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em administração.

Aprovada em: 25/06/2019.

______________________________________ Prof. Dr. Valdemir Galvão de Carvalho

Orientador

(5)

RELAÇÃO ENTRE OS EGRESSOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA UFRN/CERES CURRAIS NOVOS/RN E O MERCADO DE TRABALHO

Maria Girliane Milena de Lima Universidade Federal do Rio Grande do Norte E-mail: girlianemilena2015.1@gmail.com

Valdemir Galvão de Carvalho Universidade Federal do Rio Grande do Norte E-mail: professorvaldemir@hotmail.com

RESUMO

O estudo tem por objetivo investigar como os egressos do curso de Administração da UFRN/CERES - Currais Novos/RN estão sendo absorvidos pelo mercado de trabalho. Foi realizada uma pesquisa descritiva, com aplicação de questionário pelo Google Forms, com os formandos no período de 2014 a 2018. O universo compreendeu 179 ex-alunos e 57 participantes (31,8%) do total que responderam à pesquisa. Verificou-se que 56,1% dos egressos atuam na área da formação em administração. Os resultados sugerem que existem dificuldades para ingressar no mercado de trabalho, mas que há boas possibilidades de atuação na área. Quanto ao perfil 52,6% é homem, 40,4% tem entre 25 e 30 anos, 36,8% tem renda mensal de 2 salários mínimo, e 63,2% começou a trabalhar antes de concluir o curso. A análise é importante para trazer uma visão dos graduados em Administração da UFRN/CERES, Currais Novos/RN.

Palavras-chave: Graduação em Administração. Egressos. Mercado de trabalho.

ABSTRACT

The study aims to investigate how the graduates of the UFRN/CERES Administration course - Currais Novos / RN are being absorbed by the labor market. A descriptive survey was conducted with a questionnaire by Google Forms, with the trainees from

(6)

2014 to 2018. The universe comprised 179 alumni and 57 participants (31.8%) of the total who answered the survey. It was verified that 56.1% of the graduates work in the area of management training. The results suggest that there are difficulties to enter the labor market, but there are good possibilities for action in the area. As for the profile, 52.6% are male, 40.4% are between 25 and 30 years old, 36.8% have a monthly income of 2 minimum wages, and 63.2% started working before completing the course. The analysis is important to bring a vision of graduates in Administration of UFRN / CERES, Currais Novos / RN.

Keywords: Graduation in Administration. Graduates. Job market.

1 INTRODUÇÃO

A sociedade contemporânea vivencia um contexto de grandes transformações, sejam elas econômicas, sociais, culturais e políticas, sendo isso decorrente da globalização e seus impactos. No entanto, todas essas mudanças passaram a ocorrer com o surgimento da revolução tecnológica no final do século XX, com a criação do computador e seus avanços, o homem passou a ser cada vez mais substituído por máquinas, perdendo assim espaço no mercado de trabalho.

Ademais, as novas tecnologias, como a aprendizagem automática melhoram drasticamente a capacidade de computadores para automatizar tarefas “cognitivas”, levando ao receio de que a porção da mão-de-obra permaneça em declínio permanente à medida que os computadores substituem até os trabalhadores mais qualificados (BRYNJOLFSSON; MCAFEE, 2012 apud BERLINGERI, 2018).

Nesse sentindo, em tempos conhecidos como a era da tecnologia, onde o avanço foi tão considerável que não se vive mais sem as diversas utilidades e otimização de tempo e distância que esse crescimento tecnológico oferece a mão-de-obra perde cada vez mais espaço, o trabalho manual se faz bem menos necessário. O homem ocupa a cada dia menos espaço nas grandes corporações e até mesmo nas pequenas empresas. Por isso, as buscas por conhecimento e principalmente diferenciais que possam se destacar no mercado torna-se essencial.

Assim sendo, a importância da qualificação profissional e a competência ganha destaque, o que sugere de certa forma uma ruptura com a noção tradicional de qualificação. Uma vez que esta diz respeito ao conjunto de capacidades e

(7)

conhecimentos que o trabalhador assume para ocupar um posto um cargo, o modelo de competências pressupõe uma nova atitude do trabalhador com relação ao trabalho (LEMOS; PINTO, 2008).

O mercado tem se tornado um cenário cada vez mais competitivo, exigente e mais enxuto. A excelência na prestação de serviço/produto passou a ser seu principal objetivo. Sendo assim, ter em seu quadro de funcionários pessoas capacitadas e preparadas para desenvolver um trabalho de qualidade é fundamental. Para tanto, as instituições de ensino têm ofertado cursos de graduação que formam cidadãos para enfrentar esse mercado, formandos capazes de colocar em prática toda a teoria vista em sala de aula. Como destaca Lousada e Martins (2005, p. 76 apud ALVES, 2015, p.13):

Universidade tem como função principal formar um cidadão, desenvolvendo sua consciência crítica, contribuindo para o desenvolvimento humano, para o bem-estar da sociedade, para o bom funcionamento das relações sociais, para a reflexão dos valores.

A esse respeito, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN tem em seu quadro o curso superior em Administração, o qual é responsável em formar alunos que desejam atuar no mercado de trabalho de forma mais preparada, levando em seu currículo o diferencial da formação em um curso que o preparou para desenvolver um trabalho que venha a contribuir com o crescimento da empresa. O curso de Administração traz em sua grade as disciplinas que são fundamentais para tornar o indivíduo capaz de gerir uma empresa, contribuir e atuar com as habilidades diferenciadas dentro de uma organização.

Por outro lado, os discentes do curso de graduação em Administração da UFRN/CERES têm enfrentado uma realidade de incertezas, principalmente aqueles que estão concluindo o curso, uma vez que são geradas muitas expectativas, pois ao se tornar um administrador por formação, o sujeito anseia atuar na área, porém por muitas vezes o mercado não tem espaço para esse formando. Assim sendo, esse estudo busca investigar o seguinte problema de pesquisa: como os egressos do curso de graduação em administração da UFRN-CERES em Currais Novos estão ou não sendo absorvidos pelo mercado de trabalho?

(8)

Desse modo, percebe-se a necessidade de estudar sobre os egressos do curso de graduação em administração, que já concluíram o curso, a fim de saber como está a carreira profissional após a conclusão do ensino superior, se a universidade está cumprindo a função de formar bons profissionais e cidadãos capazes de conquistar emprego na área e a contribuir para a empresa.

Diante do que foi exposto acima, o presente estudo tem por objetivo analisar

como os egressos do curso de graduação em administração da UFRN-CERES Currais Novos, estão posicionados no mercado de trabalho. E de modo mais específico avaliar a importância da formação em administração na vida desse profissional; se estão atuando na área de formação; se ao término fizeram o registro no conselho; qual a opinião deles sobre o corpo docente do curso, quais melhorias seriam necessárias para melhor capacitar os alunos para o mercado de trabalho. O estudo torna-se relevante uma vez que traz a discursão sobre o papel da Universidade na vida dos seus alunos, e a realidade desses estudantes pós-conclusão de curso.

Para tanto, o estudo apresenta uma explanação sobre a origem da administração no mundo e no Brasil; a história do curso no Ceres de Currais Novos – RN; e o perfil do administrador e quais áreas pode-se atuar. Em seguida é apresentada a metodologia do estudo, os resultados obtidos com a pesquisa, e os resultados.

2 HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO

A Administração é uma área do saber que surgiu há séculos, mesmo que não identificada ainda como uma importante área do conhecimento, nas civilizações antigas ela já existia, desde que o ser humano passou a agrupar-se e a necessitar um do outro, algumas práticas alusivas a essa teoria passou a ocorrer. O termo administração vem do latim, ad (junto de) e ministratio (prestação de serviço), assim, pode ser compreendida como uma ação de prestar um serviço a alguém.

De acordo com os escritos de Sousa et al. ( [201-?], p.03) “a história da administração surgiu séculos atrás, mais precisamente no ano de 5.000 a.C., e desde então vem recebendo influência de diversas áreas de conhecimentos humanos”. Dessa forma, o autor aponta que a administração resiste ao tempo, e as

(9)

mudanças ocorridas ao longo dos séculos, o que remete a ideia da importância dessa ciência.

No Brasil o curso de ensino superior em Administração surgiu entre as décadas de 1940 a 1950, a partir do acordo de cooperação feito entre Brasil e Estados Unidos da América (EUA), sendo que esse surgimento se deu em uma época de grandes conflitos políticos, econômicos e sociais. Face a guerra fria nos Estados e as várias mudanças de cunho político no Brasil. Estudos relacionados a esse assunto apontam que:

Os acordos de cooperação entre Brasil e Estados Unidos foram assinados durante o governo de Juscelino Kubitschek, que havia assumido em 1956 e permaneceu no cargo até 1961, quando, em 31 de janeiro, transmitiu o cargo para Jânio Quadros. Porém, Jânio renunciou ao mandato em agosto do mesmo ano, dando lugar ao turbulento governo de João Goulart, que foi deposto por um golpe militar em 1964. Assim, o ensino de gestão desenvolveu-se no Brasil durante um período de fortes agitações políticas. No cenário internacional, eram tempos de Guerra Fria, que servia como elemento incontornável na relação entre países, fazendo também parte do imaginário da época. É nesse contexto, em que diversos acordos de cooperação vinham sendo celebrados entre o Brasil e os Estados Unidos, desde o período da Segunda Guerra Mundial, que foi assinado e implantado um termo específico para o desenvolvimento da educação em Administração no País. (BARROS; ALCADIPANI; BERTERO, 2018, p. 2).

Nesse sentindo, percebe-se que a inserção do curso de Administração ocorreu em um período de grandes mudanças, principalmente relacionadas à política, porém, isso não interferiu na implantação do curso no país. A partir de então, o curso foi se disseminando nacionalmente, tendo como primeiro curso o da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (EBAPE), implantado em 1952, sendo que no mesmo ano outros cursos em Administração foram implantados em outras instituições de ensino reconhecidas em todo Brasil. Tornando-se dessa forma um curso reconhecido e procurado por brasileiros que tinham o interesse em cursar o ensino superior, adquirindo qualificação para gerir e se colocar no mercado competitivo. Ainda no tocante ao crescimento do curso de Administração, tanto no Brasil quanto em todo o mundo, afirma-se que:

(...) o fenômeno que provocou profundas mudanças econômicas, sócias, políticas, o aparecimento de grandes corporações e da moderna administração, foi conhecida como revolução industrial

(10)

(desenvolveu-se em duas fases distintas, primeira fase iniciando por volta de 1776 a 1860 e a segunda fase de 1860 a 1914), iniciou-se na Inglaterra e se espalhou rapidamente por todo o mundo civilizado. (SOUSA et al., [201-?], p. 03).

Dessa maneira, no período da revolução industrial a administração ganha mais força e visibilidade, as mudanças decorrentes dessa revolução evidenciaram a necessidade de se administrar as grandes indústrias. Precisava-se de estudos que possibilitassem uma gestão de forma eficiente, as transformações que vinham surgindo, as máquinas passavam a desempenhar funções com mais agilidade, a mão de obra passou a ser substituída, uma vez que se procurava pela otimização dos serviços e a eficiência dos produtos e empregos ofertados.

O ensino de Administração no Brasil é considerado um dos cursos mais procurados por indivíduos que desejam cursar o Ensino Superior. Segundo o Censo da Educação Superior realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP, 2009), onde as Instituições de Ensino Superior (IES) respondem um questionário sobre sua estrutura e cursos, o curso de Administração em 2009 contava com mais de um milhão de matrículas (1.102.579) e 18,5% dos estudantes do ensino superior, sendo que essa pesquisa sofreu alterações ao longo dos anos, até o ano de 2018. No entanto, mesmo não sendo recente, o estudo já aponta que com tantos cursos de Administração no país, muitos destes administradores, após saírem da graduação, se deparam com o mercado sem a formação adequada para suprir as demandas do mesmo (MOREIRA, 2014).

Portanto, o curso de Administração surge para formar sujeitos capazes de se colocar no mercado com potenciais reconhecidos, como também, tornou-se indispensável ao longo do tempo, passando a ser implantado em grande maioria das universidades, ocupa hoje no Brasil um espaço de destaque, é reconhecido como um dos cursos mais procurados pelos jovens que visam cursar o ensino superior de qualidade. O seu amplo leque de possibilidades no que diz respeito às áreas de atuação pode ser um fator que o diferencie dos demais, e o coloque em uma posição de preferência em muitos casos.

(11)

A cidade de Currais Novos está situada na região do Seridó Potiguar. Até 1980, a atividade que movimentava a economia do município era a extração da Scheelita (Rocha mineral de onde se obtêm o metal tungstênio), que devido a fatores de mercado, com a entrada da China nesse ramo, o preço caiu bastante e a mineradora teve que fechar. Com esse histórico a cidade ficou com uma boa infraestrutura, mas, mesmo assim, teve que se reinventar, e hoje possui forte comércio varejista com destaque no segmento de confecções, sendo o empreendedorismo forte componente dessa realidade, e a pecuária com o fortalecimento da produção leiteira e de seus derivados.

Nesse contexto, segundo dados da UFRN (2010), que constam o projeto pedagógico em 1977 o ensino superior chegou a Currais Novos/RN, neste mesmo ano foi criado o Centro Regional de Ensino Superior do Seridó, compreendido pelos campi de Caicó e Currais Novos. Mas devido a dificuldades e inexperiência institucional os campi não constituíram verdadeiramente um Centro, seguiam caminhando isoladamente, até que em 1993 através da Pró-Reitoria Acadêmica novas discussões para a politica de interiorização e fortalecimento da UFRN no interior, foi criado novamente o CERES, através da Resolução nº 004/95-CONSUNI. Segundo a UFRN (2010), o curso de Administração na UFRN, no Campus Central obteve a autorização para seu funcionamento no ano de 1960 e o seu reconhecimento só em 1977. Assim, dentro do sistema multi-campi em 1979, foi implantado o curso de Administração em Currais Novos com a oferta inicial de 15 vagas, preenchidas através de vestibular, ao final do curso recebia o diploma de Técnico em Administração de Empresas. Em 1981, com a reestruturação do curso no Campus Central, os efeitos também chegaram ao curso em Currais Novos, a partir de agora os formandos recebiam o titulo de Bacharel em Ciências Administrativas.

Ainda, seguindo os dados da UFRN (2010), ao longo do período compreendido entre 1981 e 2002 o total de ingressantes no curso de Administração em Currais Novos, foi de 418, com a média anual de 15 alunos, incluindo 20 pessoas de outras instituições. Neste mesmo período concluíram o curso 152 pessoas. Em decorrência da política do MEC para as IFES (Instituições Federais de Ensino Superior), a UFRN mudou o vestibular, reduzindo os critérios de eliminação. Com isso, em 1998, o curso de Administração do CERES ampliou o quantitativo de

(12)

vagas para 35, em 2004 passou a serem 45 vagas anuais, e em 2010 para 50 que está até o momento, as quais estão sendo preenchidas integralmente.

O curso de Administração do CERES Currais Novos vem melhorando o quadro de docentes ao longo da história. Em 1995, o total de docentes que ministravam aulas era 14, dentre os quais, 4 eram graduados, 5 especialistas e 5 mestres. Hoje a cada 12 professores, há 3 especialistas, 5 mestres e 4 doutores (PPP/Administração, 2010). No período entre 2004 a 2009, o quadro de professores do curso era a maioria de substitutos, apenas 2 efetivos, mas entre 2009 e 2010 ocorreu o concurso para docentes efetivos, contratando assim mais 4 pessoas naquele momento para contribuir com o crescimento do curso.

Atualmente o curso conta com docentes a maioria de dedicação exclusiva, que a partir do novo plano pedagógico ampliou a maneira de ensinar, através de projetos de ensino, pesquisa e extensão, aliados a interdisciplinaridade que ajudam aos discentes a compreender melhor os conteúdos, e a ampliar sua rede de contatos, a como aplicar na prática o que é visto em sala de aula, agregando assim maior valor ao curso e ao Campus, e contribuindo para a que esse aluno chegue ao mercado de trabalho mais preparado.

3 O PERFIL DO ADMINISTRADOR

A pessoa com a titulação de Bacharel em Administração pode atuar em várias áreas, é preciso conhecer os diversos ramos de atuação da profissão para identificar onde está o caminho que o estudante ou profissional precisa seguir e tenha mais vocação para desempenhar (RAMOS, 2018). Dessa forma, o Quadro 1, demonstra de forma sucinta o perfil da maioria dos Administradores no Brasil.

Quadro 1 - Perfil do administrador  É do sexo masculino, casado e com dependentes.  Tem idade entre 33 anos.

 É egresso de universidades particulares.

 Concluiu o curso de Administração entre 2006 e 2011.  Possui especialização em alguma área da Administração.

(13)

públicos.

 Atua nas áreas de Administração Geral e Finanças e Recursos Humanos.  Possui carteira profissional assinada.

 Ocupa cargos de gerência ou de analista.  É registrado em CRA.

Fonte: CFA (2015).

De acordo com a pesquisa do CFA - Conselho Federal de Administração (2015), a maior parte dos administradores são homens, o número de mulheres atuando na área em 21 anos teve um crescimento em termos percentuais de 62% (34%, em 2015, contra 21%, em 1994), isso mostra que elas vêm tentando conquistar cada vez mais seu espaço no mercado. Ainda na pesquisa do CFA (2015), verificou-se que o numero de profissionais com a carteira assinada diminuiu em relação há anos anteriores em 2011 eram 78,48%, em 2015 baixou para 75,14%, com renda mensal de 3,1 a 10,0 salários mínimos. Sendo assim, de acordo com o CRA/BA (2019) no regulamento da atividade profissional de Administrador o campo de atuação do profissional abrange:

a) elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, arbitragens e laudos, em que se exija a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de organização;

b) pesquisas, estudos, análises, interpretação, planejamento, implantação, coordenação e controle dos trabalhos nos campos de administração geral, como administração e seleção de pessoal, organização, análise, métodos e programas de trabalho, orçamento, administração de material e financeira, administração mercadológica, administração de produção, relações industriais, bem como outros campos em que estes se desdobrem ou com os quais sejam conexos;

c) exercício de funções e cargos de Administrador do Serviço Público Federal, Estadual, Municipal, Autárquico, Sociedades de Economia Mista, empresas estatais, paraestatais e privadas, em que fique expresso e declarado o título do cargo abrangido;

d) o exercício de funções de chefia ou direção, intermediária ou superior, assessoramento e consultoria em órgãos, ou seus compartimentos, da Administração pública ou de entidades privadas, cujas atribuições envolvam principalmente, a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de administração;

e) magistério em matérias técnicas do campo da administração e organização.

(14)

Portanto, há diversas opções para seguir a carreira, basta encontrar seu caminho seguir em busca de conquista-lo. Mas, o mercado exige que esteja bem preparada para o momento em que surgir a oportunidade, como explica Cruz, Oliveira e Souza (2010 apud SILVA, 2017, p. 50):

Um mercado que impõe constantes mudanças exige das organizações e colaboradores uma adequação às suas exigências e é essa imposição que influencia diretamente no comportamento organizacional. Sendo pressionada pelo mercado, o administrador vê a necessidade de adaptar-se a nova situação e o primeiro passo para isso é cobrar do colaborador maior capacitação e dedicação às suas atividades, visando inserir-se na competitividade.

Assim, o administrador de hoje, tem que cada vez mais se reinventar, e estar atento a todas essas exigências do mercado, pois está muito competitivo e várias empresas aceitam pessoas não formadas na área atuar como administrador, ou fazendo funções inerentes a tal, por isso a necessidade de ir além da graduação.

4 MERCADO DE TRABALHO

A inserção no mercado de trabalho está cada vez mais competitiva, pois está exigindo mais de seus candidatos. Antigamente o diferencial era ser graduado, hoje em dia isso é o básico como mostra os dados apontados pelo IPEA (2018, p. 1), “o número de trabalhadores com ensino superior completo avançou 48,2%, passando de 13,1 para 19,4 milhões entre o primeiro trimestre de 2012 e o terceiro trimestre de 2018”.

Com isso, o trabalhador tem buscado se especializar cada vez mais, para estar à frente do que pede o mercado, apesar de que algumas vezes o conhecimento fica só para si, pois não consegue um emprego que valorize seus conhecimentos e remunera até abaixo do que deveria ser. De acordo com IPEA (2018) de 2012 a 2018, em média, apenas 65% dos ocupados com curso superior estão alocados em postos de trabalho que exigem tal qualificação, enquanto os outros 35% estão em funções com nível abaixo do seu grau de instrução para que não ficasse desempregado. E quando se fala nos jovens o percentual de pessoas que trabalham na sua devida função cai para 59,5%, ou seja, é ainda mais difícil para os jovens conquistar o emprego de acordo com suas qualificações.

(15)

Há ainda uma concorrência maior que está sendo implementada aos poucos, mas que já preocupa bastante, advinda das novas tecnologias, a inteligência artificial vem para mudar o mercado, são muitas as profissões que deixaram de existir por causa dela. Taurion (2017), diz que nos Estados Unidos para cada novo robô adicionado a uma fábrica registrou-se uma redução de emprego em torno da função automatizada, em 6,2 trabalhadores; e ainda cita um relatório do Banco Mundial apontando que dois terços dos empregos existentes podem passar a ser automatizado, isso dependendo do desenvolvimento tecnológico do País.

Quadro 2 – Estudos recente sobre o tema

Autor(es)/ano Objetivo Metodologia Resultados

UHR et al (2014) Verificar empiricamente se existe discriminação salarial de gênero e raça no mercado de trabalho dos administradores brasileiros. O procedimento divide o diferencial salarial entre dois grupos em uma parte “explicada” pelas diferenças de características de produtividade e uma parte residual que não pode ser considerada por tais diferenças nos

determinantes salariais. Ou seja, tal parte não explicada é, usualmente, considerada como uma medida de discriminação.

Tais resultados apresentaram as primeiras evidências da existência de discriminação entre gêneros e raça para o mercado de trabalho dos administradores. Isto não só preenche uma lacuna da literatura de

discriminação salarial, quanto se constitui em subsídios orientadores para políticas públicas de combate à discriminação de gênero e raça, permitindo um melhor entendimento das relações de trabalho desta classe e também se constitui em insumo importante para a gestão de recursos humanos LEMOS e PINTO (2008) Analisar o tipo de funcionário recém-formado que grandes empresas privadas procuram para compor seu quadro gerencial. Para identificar os requisitos valorizados pelas empresas em seu processo de seleção de candidatos a cargos da área gerencial, foram entrevistadas oito pessoas chave da área de recursos humanos de grandes empresas, responsáveis pela condução de processos seletivos estruturados.

A pesquisa conclui que a formação cognitiva específica recebida pelo graduando não é fator decisivo na contratação, mas, sim, as variáveis comportamentais e vivenciais do aspirante ao cargo e a excelência da instituição de ensino cursada.

SOUZA, Luiz Henrique Rozati de; et al (2016). O presente estudo propõe analisar a atuação de alunos e egressos do curso de Administração com ênfase em Comércio Exterior do Centro Universitário Os resultados foram obtidos através de pesquisas bibliográficas e um estudo de caso com alunos e egressos do curso de administração com ênfase em comércio exterior, do Centro Universitário do Sul de Minas (UNIS - MG). A pesquisa de

campo foi realizada com alunos e egressos do curso

Contudo, ao analisar as respostas obtidas

identifica-se que há certa percepção positiva por parte dos pesquisados em relação ao mercado

de trabalho onde estão inseridos. Análise esta que se dá devido ao número de indivíduos

empregados e com atuação na área de formação, embasado nos dados dos alunos do 7º

período do ano de 2015 e os egressos dos anos de 2013 e 2014,

(16)

do Sul de Minas (UNIS - MG) no mercado de trabalho. no período de 2013 à 2015, avaliando o nível de satisfação destes frente às oportunidades de trabalho e crescimento profissional advindos da graduação.

onde apenas 6,94%

encontram-se desempregados por falta de oportunidade, e quanto aos que trabalham, somente

12,5% não atuam na área de formação, valor este que se divide igualmente em 50% aos

alunos e 50% aos egressos. Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

3 METODOLOGIA

O método científico é um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos para atingir o conhecimento (GIL, 2008). Nessa pesquisa, o modelo escolhido foi o descritivo que para Lakatos e Marconi (2010) o papel principal é de fornecer uma descrição quantitativa da sociedade, considerada como um todo organizado, pois serve de prova, já que são obtidos dados reais e precisos. Também é usado o método monográfico que parte do princípio de que o estudo de um caso em profundidade pode ser considerado representativo de muitos outros (GIL, 2008, p. 18).

Para tanto, foi utilizada a pesquisa do modo descritiva que envolve técnicas padronizadas de coletas de dados, questionários e observação sistemática onde assume forma de levantamento (GIL, 2002 apud SOUZA; FIALHO; OTANI, 2007). Para a coleta de dados foi utilizada a ferramenta virtual Google Forms, assim caracteriza-se como pesquisa quantitativa onde segundo Souza; Fialho e Otani (2007), considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificar e analisar.

O universo da pesquisa conta com 179 egressos de Administração no período de 2014 a 2018, conforme detalhado na tabela a seguir. O link de acesso ao questionário foi enviado por E-mail. A amostra foi por conveniência e representada por 57 egressos (35,85%) que responderam ao instrumento de pesquisa. Lakatos e Marconi (2010) definem amostragem como uma parcela convenientemente selecionada do universo. Havia a limitação em relação ao quantitativo das respostas, pois nas turmas de concluintes mais antigas há maior probabilidade de mudança de E-mail, mas foi o método mais conveniente para alcançar um maior número de pessoas.

(17)

Quadro 3 - Alunos de Administração formados por ano na UFRN/CERES Ano Egressos 2014 29 2015 39 2016 45 2017 38 2018 28 Total 179

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os resultados a seguir foram obtidos a partir da coleta de dados realizada por meio do instrumento de pesquisa enviado pela plataforma Google Forms, no qual se obteve 57 respostas; com o intuito de traçar o perfil do administrador formado na UFRN - CERES Currais Novos e verificar se estão sendo absorvidos pelo mercado de trabalho, além de identificar quais as maiores dificuldades encontradas pelos egressos.

4.1 Perfil do egresso

Na primeira parte do questionário buscou-se identificar o perfil do egresso. Verificou-se que, assim como o perfil nacional a maior parte são homens 30 (52,6%), as mulheres 26 (45,6%) e 1 não respondente. Com relação a idade, nota-se que há diferença se comparado ao resultado nacional, seguindo a média geral da análise do CFA (2015) a faixa etária é de 33 anos, e na pesquisa, 23 egressos (40,4%) têm entre 25 e 30 anos; 21 egressos (36,8%) de idade entre 20 a 25 anos, e apenas 13 (22,7%) estão acima dos 30 anos de idade.

Observa-se que é, ainda, mais divergente os números em relação ao estado civil. Em que 41 (71,9%) responderam que são solteiros, 13 (22,8%) são casados e 3 divorciados. Na pesquisa nacional do conselho, na sua maioria os administradores são casados e com dependentes. Dos 57 respondentes 41 (77,2%) não tem filhos. 9 (15,8%) tem 1 filho, 3 (0,5%) tem pelo menos 3 filhos e 1 pessoa tem 2 filhos.

De acordo com os dados da pesquisa, demonstrados na tabela 1.21 egressos (36,8%) dos administradores formados na UFRN/CERES, tem renda de

(18)

até dois salários mínimo, 13 egressos (22,8%) tem renda de 3 salários mínimo, seguido e 14 (24,6%) afirma ter renda de 4 ou mais salários mínimos, respectivamente. Uma realidade bem diferente da nacional que é de 9 salários mínimo. Deve-se levar em consideração que a pesquisa foi aplicada numa cidade do interior do Rio Grande do Norte, onde não há muito desenvolvimento industrial e a economia local gira em torno do comércio varejista.

Tabela 1- Dados sociodemográficos dos pesquisados (n = 57)

Dados Sociodemográficos Especificações % Gênero Feminino 46,6% Masculino 52, 6% Outro 1,8 Idade De 20 a 25 anos 36,8% De 25 a 30 anos 40,4% De 30 a 35 anos 10,5% Mais de 35 12,3% Renda 1 salário mínimo 15,8 % 2 salários mínimos 36,8% 3 salários mínimos 22,8% 4 ou mais salários 24,6% Estado Civil Solteiro 71,9% Casado 22,8% Divorciado 5,3% Viúvo 0% Filhos Sem filhos 77,2 % 1 filhos 15,8% 2 filhos 1,8% 3 ou mais 5,3%

Fonte: dados da pesquisa (2019).

4.2 Estatística descritiva

A seguir será discutido os resultados obtidos por meio da aplicação do instrumento de pesquisa sobre a relação entre os egressos do Curso de Administração UFR/Ceres – Currais Novos e o mercado de trabalho, aplicado no universo de 179 alunos formados entre 2014 e 2018, segundo dados obtidos na coordenação do curso. E amostra de 57 respondentes, destes 16 formou em 2016, a mesma quantidade em 2017; 12 em 2018, 9 em 2015 e 4 em 2014.

(19)

Gráfico 1 - Ano de formação

Fonte: dados da pesquisa (2019).

Foram feitos alguns questionamentos sobre o mercado de trabalho e avaliação do curso no ponto de vista deles. É perceptível o quanto a administração está desacreditada, pois 36 (63,1%) pessoas disseram que a perspectiva do curso em relação ao mercado de trabalho está boa ou razoável, apenas cerca de 20% atribuíram como ótima ou excelente. Já em relação aos conhecimentos obtidos em sala de aula a maioria (82,4%) considera que são bons, e deixa relativamente preparado para o mercado, pois falta um pouco de prática. No que se refere aos docentes, foi visto que 50 (87,7) dos respondentes acreditam que está entre bons e excelentes profissionais, mostrando assim que a mudança que ocorreu em 2010, onde houve concursos para novos professores e a maior parte já com mestrado e/ou doutorado está tendo resultados satisfatórios.

(20)

Gráfico 2: Sobre o mercado de trabalho e o curso.

Fonte: dados da pesquisa (2019).

A seguir, gráficos em relação a esses profissionais egressos. É possível ver que a maior parte está trabalhando e na parte administrativa, 32 pessoas (56,1%), outras 17 (29,8%) estão atuando em outra área, e 8 (14,1) estão desempregados ou nunca desempenhou qualquer atividade (Gráfico 3).

Gráfico 3: Está empregado no momento?

Fonte: dados da pesquisa (2019).

No gráfico 4 é percebido que destes 36 (63,2%) começaram a trabalhar antes de concluir o curso, 12 (21%) levaram de 6 meses a 1 ano; 5 (8,8%) mais de 1 ano e apenas 4 (7%) ainda não estão exercendo nenhuma função.

(21)

Gráfico 4: Quanto tempo levou para conseguir emprego?

Fonte: dados da pesquisa (2019).

Quando interrogados sobre o motivo de não estar atuando na área de formação, a parcela que está enquadrada responde que é porque o mercado está saturado (21,1%), pensando na nossa localização, ou que encontrou oportunidade melhor em outra profissão (15,8%).

Gráfico 5: Motivo de não estar atuando na área

Fonte: dados da pesquisa (2019).

Já os que estão empregados, 30 (52,6%) estão em empresas privadas; 14 (24,6%) atuam no setor público, 6 (10,5%) tem sua própria empresa e os outros 7 (12,3 %) ou não trabalham ou estão em outro ramo como mostra o gráfico 6.

(22)

Gráfico 6 - Tipo de empresa que atua

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

E divergindo com o perfil traçado pelo CFA, o gráfico 7 mostra que a maioria (54,4%) não fez nenhum outro tipo de curso ou especialização após a conclusão da graduação, apenas 22 (38,6) fizeram ou estão fazendo especialização, e 4 (7,1) mestrado, doutorado ou outro curso.

Gráfico 7: Aprimoramento profissional

Fonte: dados da pesquisa (2019).

Foi questionado se eles haviam feito o cadastro no Conselho Regional de Administração (CRA), o resultado foi que apenas 9 (15,8%) fizeram; outros 29 (50,9%) ainda pretende fazer e 19 (33,3%) não tem o interesse. Isso se dá pelo

(23)

custo que é alto, e na maior parte das empresas não é exigido ser cadastrado para concorrer a uma vaga de emprego.

Gráfico 8: Possui o cadastro no CRA

Fonte: dados da pesquisa (2019).

A cidade de Currais Novos é pequena, mas ainda assim há muitas oportunidades de estágios durante a graduação principalmente no setor público, portanto 31 pessoas da amostra teve a chance de ter essa experiência na área, destes 24 eram remunerados; e 23 egressos não fizeram nenhum tipo de estágio como demonstrado no gráfico 9.

Gráfico 9: Fez estágio durante a graduação?

(24)

Ainda, em relação aos estágios, 30 disseram que eles preparam os alunos em parte para o mercado de trabalho, 13 que preparam bem e 14 responderam que não deixa preparado o suficiente para o mundo fora das teorias.

Gráfico 10: O estágio lhe deixou preparado para o mercado

Fonte: dados da pesquisa (2019).

O questionário, ainda, continha uma pergunta subjetiva, onde pedia a opinião deles sobre qual era as dificuldades de conseguir um espaço no mercado de trabalho, e em grande parte das respostas falaram que a maior dificuldade é que na região tem muitas empresas familiares e assim quem fica no lugar de administrador é muitas vezes quem não tem formação, mas que é filho do dono, ou alguém próximo, há muita empregabilidade só por indicação, ou seja, se você não tiver bons contatos vai ser mais difícil conseguir um emprego, como descrito por um dos egressos: “no interior do estado, o mercado na área de Administração é mais restrito, as empresas e instituições ainda possuem modelos de gestão arcaicos/engessados e predominância de empresas familiares”. A área pública não oferece concursos para que haja essa possibilidade, grande parcela dos cargos são de empresas terceirizadas, que também contratam por indicação. Um trecho escrito por um dos respondentes considera que:

“[...] é necessário que haja mobilização por parte de empresa Júnior do campus e também da coordenação em promover a discussão com a sociedade e o meio empresarial para uma melhor compreensão sobre o curso de Administração. Seja através de eventos, fóruns, apresentação de trabalhos e outros que possam contribuir para diminuir dúvidas sobre o curso e também que contribua para a valorização do profissional de Administração [...].”

(25)

Pois, na percepção dele o empresariado da região tem receio dos administradores e principalmente dos recém-formados, por acreditar que irá querer fazer muitas mudanças na empresa, que pode dar errado, por ser resistente a coisas novas também, assim divulgando melhor o curso, o que o administrador faz e suas competências e habilidades, seria mais fácil deles entenderem e contratarem para aplicar na empresa. E ainda, aqui em Currais Novos/RN, assim como o país a economia está frágil, e em recessão; ou seja, as oportunidades de empregos estão escassas.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Contudo, o objetivo desta pesquisa é saber se os egressos do curso de Administração do CERES- Currais Novos estavam sendo absorvidos pelo mercado de trabalho da região, e concluiu-se que sim, pois de acordo com as respostas do questionário viu-se que a maior parte está empregada, mesmo que uma parcela esteja em outra profissão, mas está trabalhando.

A região do Seridó tem sua economia movimentada pelo comércio varejista, então as oportunidades de trabalho são em sua maioria nesta área, por este motivo poucos são os que conseguem atuar como administrador. Há também a questão do receio de uma parte dos empresários em contratar uma pessoa que pode querer fazer muitas mudanças na empresa, e os mais antigos geralmente tem medo de inovar e dar errado. Mas, apesar das poucas oportunidades e crises econômicas os administradores sabem se reinventar e conquistar de alguma forma seu espaço, mesmo que demore.

Com a análise foi possível traçar o perfil do Administrador local, e ele é homem, tem entre 25 e 30 anos, solteiro e sem filhos; com a renda mensal de até 2 salários mínimo, trabalha em empresas privadas sem nenhuma especialização, conseguiu emprego antes de concluir a graduação, fez estágio durante o período o que pode dar um norte para o mercado de trabalho, mas não tem o cadastro do CRA. Os docentes do curso foram muito bem avaliados, classificados de ótimo a bom; e a cada ano foi melhorando. Assim, conclui-se que mesmo sendo um Campus pequeno do interior com poucos recursos, consegue ofertar uma graduação de qualidade para seus alunos, garantindo bons profissionais para o mercado.

(26)

Como sugestão para trabalhos futuros pode-se investigar junto aos empresários da região do Seridó quais os desafios, as possibilidades e as oportunidades para a inserção dos novos egressos de graduação em administração da UFRN/CERES, no mercado de trabalho local. Porém, não esquecendo que a Universidade forma para o mundo e não apenas para atender a região.

REFERÊNCIAS

ALVES, Francisca Jéssica Kelly da Silva. O cientista contábil e o mercado de trabalho: a situação dos egressos do curso de ciências contábeis do CERES Caicó. 2015. Monografia (Bacharel em ciências contábeis) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ensino Superior do Seridó – Campus Caicó. Caicó: UFRN, 2015. 56f.

BARROS, Amon; ALCADIPANI, Rafael; BERTERO, Carlos Osmar. A criação do curso superior em administração na ufrgs em 1963: uma análise histórica. Rev. adm. empres., São Paulo, v. 58, n. 1, p. 3-15, Jan. 2018.

BERLINGERI, Matheus Mascioli. Competências socioemocionais e mercado de trabalho: um estudo para o caso brasileiro. 2018. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2018.

CFA. Perfil do Administrador. 2015. Disponível em:

<https://cfa.org.br/administracao-administracao/administracao-administrador/>.

Acesso em: 15 de abr. de 2019.

CRA/BA. Campos de atuação. 2019. Disponível em: <http://www.cra-ba.org.br/Pagina/47/Campos-de-Atuacao.aspx>. Acesso em: 15 abr. 2019.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. Ed. 2. Reimpr. São Paulo: Atlas, 2009.

INEP. Censo da educação superior. 2015. Disponível em:

<http://inep.gov.br/censo-da-educacao-superior>. Acesso em 19 jun. 2019.

IPEA. Carta de conjuntura: mercado de trabalho. 2018. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/category/mercado-de-trabalho/>. Acesso em: 18 jun. 2019.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia cientifica. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.

(27)

LEMOS, Ana Heloísa da Costa; PINTO, Mario Couto Soares. Empregabilidade dos administradores: quais os perfis profissionais demandados pelas empresas? Cad. EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 6, n. 4, p. 01-15, 2008.

MOREIRA, Fábio Mosso et al. Os alunos de administração estão em sintonia com o mercado de trabalho? Avaliação (Campinas), Sorocaba, v. 19, n. 1, p. 61-88, Mar. 2014.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Colegiado de Curso. Projeto Pedagógico do Curso de Administração. Currais Novos: Colegiado de Curso, 2010. Disponível em:

<https://sigaa.ufrn.br/sigaa/public/curso/ppp.jsf?lc=pt_BR&id=2000004>. Acesso em

30 mar. 2019.

RAMOS, Rogério. Ramos da administração. Brasília: Conselho Federal de Administração, 2018. 55p.

SILVA, Judson Daniel Januario da. A percepção da classe empresarial curraisnovense com relação ao Curso de Administração oferecido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Campus Currais Novos. 2017. Monografia (Bacharel em administração) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ensino Superior do Seridó – Campus Currais Novos. Currais Novos: UFRN, 2017. 76f.

SOUSA, Luiz Henrique Rozati de et al. O mercado de trabalho para alunos e egressos do curso de administração. [201-?]. Disponível em:

<https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos16/892463.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2019.

SOUZA, Antônio Carlos de; FIALHO, Francisco Antônio Pereira; OTANI, Nilo. TCC: métodos e técnicas. Florianópolis: Visual Books, 2007.

TAURION, Cezar. Qual o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho. Blue Printt. 2017. Disponível em < https://blueprintt.co/blog/inteligencia-artificial-nas-empresas/>. Acesso em: 18 jun. 2019.

UHR, D. A. P. et al. Um estudo sobre a discriminação salarial no mercado de

trabalho dos administradores do Brasil. Revista de Economia e Administração, v. 13, n. 2, p. 194-213, 2014.

(28)

APÊNDICE

Instrumento de Pesquisa (Questionário)

1. Perfil sócio-demográfico

Gênero ( ) Feminino ( ) Masculino ( ) Outro

Idade ( ) 20 a 25 ( ) 25 a 30 ( ) 30 a 35 ( ) > 35 Estado civil ( ) Casado ( ) Solteiro ( ) Divorciado ( ) Viúvo Filhos ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ou mais ( ) Não tenho Renda Familiar ( ) 1 salário ( ) 2 salário ( ) 3 salário ( ) 4 ou mais Conclusão do

curso

( ) 2014 ( ) 2015 ( ) 2016 ( ) 2017

2. Perguntas relacionadas a formação e o mercado de trabalho E xce len te Ót im a B o a Razo á ve l Ruim Pé ssim a

2.1 Qual é a sua perspectiva atual em relação a área de administração e o mercado de trabalho?

2.2 Como você avalia a produção do conhecimento obtida no curso?

2.3 Você considera que os conhecimentos obtidos no curso foram suficientes para te deixar preparado para o mercado de trabalho?

2.4 Qual o conceito que você atribui aos docentes do curso de administração do CERES Currais Novos?

3. Você esta exercendo atividade profissional no momento? a) Sim, na minha área de formação

b) Sim, em outra área

c) No momento estou desempregado

d) Nunca desempenhei qualquer função ou atividade no mercado de trabalho na área de administração

4. Quanto tempo você levou para conseguir um emprego após a conclusão do curso?

a) Comecei a trabalhar antes da conclusão do curso b) em até 6 meses

c) de 6 meses a 1 ano d) mais de 1 ano e) ainda não trabalho

5. Qual o motivo de não estar trabalhando na área de formação? a) Trabalho na minha área de formação

b) Mercado de trabalho saturado

c) Oportunidade melhor em outra profissão

(29)

6. Caso esteja trabalhando em qual tipo de empresa você trabalha? a) Privada

b) Empresa própria c) Setor público d) Outra

7. Em relação ao aprimoramento profissional você está cursando: a) Especialização/MBA

b) Mestrado c) Doutorado

c) Está cursando ou já cursou outra Graduação

d) Não fez mais nenhum curso após a conclusão da Graduação

8. Você fez o cadastro no Conselho Regional de Administração (CRA)? a) Sim

b) Não, mas pretendo me cadastrar c) Não tenho interesse

9. Você realizou estágio durante o curso?

a) Sim, na área de administração e não remunerada b) Sim, na área de administração e remunerada c) Sim, mas não era na área

d) Não fiz estágio

10. Caso você tenha realizado estágio, você considera que os conhecimentos obtidos durante o estágio foram suficientes para te deixar preparado para o mercado de trabalho?

a) Sim b) Não c) Em parte

11. Descreva, na sua opinião quais as maiores dificuldades enfrentadas para se ingressar no mercado de trabalho.

Referências

Documentos relacionados

Após repetir o teste de aleatorização 10.000 vezes, obteve-se p-valor=0,002, rejeitando-se a hipótese nula de existência de padrão espacial não aleatório e confirmando os

Em contrapartida, fatores relacionados ao poder público local e estadual podem ser identificados, por meio da Tabela 6, como desfavoráveis à competitividade da cultura do grão

Deste modo, na busca de indicadores que permitam um planejamento escolar visando contribuir com um crescimento saudável de nossos escolares, é que este estudo foi

Entre as estratégias de enfrentamento analisadas, os dados indicam maior frequência das Práticas Religiosas e Pensamentos Fantasiosos entre os participantes, seguida de

Após breve contextualização das políticas públicas e revisão de publicações em torno da valorização da remuneração do magistério público, o objetivo, ao analisar

Tese apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Direito da PUC-Rio.. Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

El presente estudio pretende analizar la importancia que los municipios de Isla Madeira atribuyen a Internet para promocionar su localidad, e identificar los atributos turísticos