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Objectivos e princípios metodológicos da arqueozoologia : estado da questão em Portugal

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(1)

~ .. ~ )t.,. J ~...

-...

.

'

..

...

. '

I"

ARQUEOLOGIA

.,.

'

.

.,.

.'

PATRIMÓNIO

'

.

.,.

.'

VL

"(

~~

Ü

.-~

.

~

.

(2)

ABSTRA

C

T

T

he i'nporIonce of orchoeo-fOlJ'lO sIudIes

n

the

poeIo-ec<iIl\iCd

and ~ cho-loclefÚ'O'l\On Pf~ YCt.d:tIe

n-fOOTlO!ion

on

econcmc

levei. SJ.b.

smoo;e

hcbl1l. soOO "gOOzolIoo ond cultural ospecls 01 diffefent grcqlS bosed on Itle ondysis: 01 cif· felenl species: smoIl ond Iorge rraTII1lOI< fi!I\

,,,,lia<

0ITjlIi:j0us ondoods.

Severo! qllOnhficotion ond Ireotment meltOOs ore presenteei. il~ lhe slote of 1m type 01 (eseorch

n

Portugd.

RÉSUM

É

I

rrwtonce des étOOes d"O/-chêofo.ne doos b caocléfi. satioo pdéoécdog;q.eef ~ m:Jtiqoe, en too! ~ SOIJce d'n. lormolb'l consiclél'obIe SUl I'êclr

nc:.me,

Ies lXlSes de stbsistorce, la socIélé elles ospeçts cullurels de dilfélents ensembles foo"Iesques: pe~1 el gronds mcrMifêres.

poIS-sons.

rêpt6es. Q'll)hblens el o!se<J.D:. On onalyse eles méthodes de qU01tificotkln el de ITailemenl stfr Itstique el on Piêsente I' élot de la ..,.oonoof'ol1l.\jcj.

(') CentlO de Estudos Geológi-cos. foculdade de Ciências e Tecnologia da UNL Centro de E s-ludos Arqueológicos do Conce· lho de Oekas·Cômaro Municipal

de Oerros SóCiO efectivo do Cenlro de Arqueologia de Armo·

da. do Assoc/oçào dos Arq ueó-logos Portugueses e do Associo -çào ProrlSSional de Arqueólogos.

E

~

S

.

p

. -,

E

C

-.

1

-

A

"

l

.

c

I

ê

n

c

i

a

OBJECTIVOS

E

,

,

PRINCIPIOS

METODOlOGICOS

DA

ARQUEOZOOLOGIA

estado

da

questão

em Portugal

por João Luís Cardoso (')

J.

Definição

P

or

,,,,i

Arqueozoo

,,,

de la

Prélri

l

ogia.

s

lOi,.

seg

(LEROf-GOURHAN

und

o o

DicliO/I· ,

1989)

,

e

ntende

-se o conjunto do

s

esuldos

relativos aos restos animai

s

recuperado

s

de estações

a

r

queológicas. Este tipo de

abo

rdag

e

m

va

l

oriza

a

informa

ção inlrinseca de ordem zoo

g

i

ca

acerca dos

próprios animais representados

naquel

es

locai

s

,

face

ao

seu

significado

económico-cu

ltu

ral.

Porém,

caso

este

não

seja

tid

o em co

n

s

id

eração - e

muitaS

vezes

não

o

é,

ou é-o

deficientemente

,

por

limitações

d

e

ordem

vária -

a va

l

o

ri

zação

d

a po

t

e

ncia

lme

nt

e

rica

infomlação

contida

no

ma

te

ri

al

fi

ca reduzida à s

ua

mera determinação; n

essa eve

ntu

a

lid

ade,

l

ambém

designada por

"

Osteoarqueologia

" po

r

ce

rt

os au

t

ores

gennânicos, a aná

li

se

afirma-se-à ape

n

as, como

''l'applicatioll

quelque peu techniciste d

'

uII savoir

allatomo-zoologique

à

la prépa

r

ation des dOllllées

ell

vue

de

symheses

dan

s

lesqlleJles

elle

,,

'

entre

pas

à

fOlld ...

"

(ap.

cil.).

Daí

que

,

espec

ialm

e

nte no

s países

angl<rsaxóni

cos, o temlO "Arqueozoolog

i

a"

-

que,

co

mo

se

viu

,

privilegia a

infonn

ação

zoológica

de

base

arqueológica

o

u

,

por outras

pala

vras

, de

co

mo

a

Arqueologia

pode contribuir parn o co

nhecimento

es-tritamente

zoo

l

ógico

d

as espécies -

tenda a se

r

s

ub

s

-ti

tu

ído

pela de

sig

n

ação

de

"Zooarq

ueologia"

, a

qual

valo

riz

a

a

in

fo

nn

ação e

m

se

ntido

co

ntr

ário,

desen

v

ol

-ve

ndo

"des cOflsidératiollS archéologiqlles

à partir

des

témoins oJlimaux en visam

à

r

etrouve

r

à

travers

eux le rôle C

IIIIU",1 de {'animal

"

(op. cit.).

Com efei

to

,

a

afirmação da

"Arq

ueozoologia",

ou

,

se qu

i

se

nno

s,

da

"Zooarqueologia"

,

co

mo

disciplina aux

ili

ar

da

Arqueologia

, passará pela

s

ua

p

l

e

n

a afmnação como

domínio intrin

seca

m

e

nte

plurid

i

sci

plinar;

e

m

bora

recorrendo

,

como

ferramenta principal de trabalho, ao

método

comparativo,

do foro

anátom<rbio

l

ógico, a

dime

n

são

económica,

soc

i

al e até cult

u

ra

l

do

s

ele-mentos

assi

m

obtidos

não

deverá

jamai

s

deixar de

ser

s

ublinh

ada, co

n

stit

uind

o a co

nsequ

ê

ncia

e corolário

da análise desenvolvida.

D

esta

fonna

, se

esta

recorre

a

t

éc

ni

cas

e

m

é

tod

os

do

foro

das Ciência

s

Naturais

,

a sí

nt

ese

deverá

faze

r u

so

de

conhec

im

e

nt

os

do foro

d

as

Ciência

s

Sociai

s e

Hum

anas. Es

t

a rea

lidad

e

foi

ex

pli

ci

tam

e

nt

e recon

h

ecida pe

l

o

Intemational

Coun-c

il

for

Archaeozoo

l

ogy

(lCAZ

)

, no

d

ecurso

d

a

6

'

Confe

r

ênc

i

a

In

ternaciona

l

,

h

avida em

Bordéu

s,

o

qual,

em

circ

ular

de 25/10/1983,

define Arqueoz<r

o

l

ogia como o estudo

do

s vestígios animais assoc

i

a-do

s aos estabe

l

ecimentos

d

e antigos grupos

humanos

,

contribuindo ass

im

para

O

conhecime

nt

o

d

esses

mes

-mos

grupos (i

n

GAU11ER,

19

83).

D

es

t

a

r

ea

lid

ade

d

ecorre como

indi

spe

n

sáve

l

a

estrei

ta

co

la

boração e

nrr

e

quem

executa as

detenni-naçõe

s espec

ífi

cas

d

os restos rec

uperad

os e es

tabel

ece

o respectivo

e

nqua

dra

m

ento

paleoecológico,

e

quem

as va

l

o

ri

za

no quadro

eco

n

ó

mi

co e socia

l

das

respec-tivas

pop

ula

ções

, que

co

n

s

um

ira

m

os a

nimai

s

repre-CENTRO Dr; "R~UIi'O"O~I" DE " " M " D "

(3)

c i ê n c i a

sentados

em dado contexto.

Para que

tal

objectivo

possa ser hannoniosamente

co

nseguido

é

indispen-sá

vel uma convergência de

esforços,

sem

precon-ceitos

desusados

,

entre especialistas

de fonnação

muito diversa: cabe tanto ao autor

das

determinações

como

ao arqueólogo

,

procurarem vias

de

estreitar tal

co

l

aboração, a qual começa

,

antes

de mai

s,

pela

par-ticipação conjunta

no

s

trabalhos

de

campo; a

meno

s

que ambas as tarefas se reúnam - como acontece ao

autor

destas

linhas

-

em

uma

única pessoa

,

a adop-.

ção de bases de entenctimento mutuamente aceites,

que

exigem, sobre

tudo

,

uma "linguagem comum",

é

condição

sine qua

'1011 para o êxito de tal colaboração.

Tenham-se

presentes

as actuais considerações que, a

ta

l

pmpósito, V. O

l

iveira

J

orge

desenvolveu na

sessão

inaugural

da

(

única

)

mesa

redonda.

havida

n

o

Porto

,

em

Novembro de 1979

,

sobre o

tema

"Conuibuição

das Ciências Naturais e Exactas à

Pré-história

e

à

Arqueologia" e onde

,

por ser então

ainda

desconheci-da em Portugal, a Arqueozoologia não se encontrou

representada

(JORGE,

1981: 5):

"Desde

já ajinllo

que

me não

coloco

do ponto de vista

limitado de

quem

solicita

uma

achega pOllfual,

nUlS

num

domínio de

imerdisciplinaridade,

e

m que

o

imeres

se

dn relação

arqueólogo - outro

ciemista

se

processe num duplo

semido,

co

m mútua

\'Gllfagem e evell1ual criaçâo,

em

co

mum, de metodologias

e conceitos

novos".

A Arqueozoologia é

,

precisanlente,

uma dessas

áreas novas do conhecimento, configurando uma ou· tra reordenação dos saberes. respeitando a própria natureza do conhecimento científico, por vezes anUi· cialmente compartimentado por uma crescente e nem sempre saudável ultra·especialização. decorrenl'e, quantas vezes, de circunstancialismos não perma· nentes (afirmação pessoal, competição interinstitu -cional e intra-universitária, entre outras):

"

De

facto

,

o

tecido da realidnde

fonna

um

cOllf

inuwn

,

no qual há

que situar o homem

co

mo

um

primara

específico, mas

em

peife

i

ta aniculação

com

o mundo que

o

rodeia"

(idem,

ibidem).

É

nesse ioterface, justamente, que se

s

itua a Arqueozoologia, bem como o

Arqueozoólogo,

a quem cabe, em estreita colaooração com o arqueó-logo, recuperar a complexa e rica dimensão humana contida em testemunhos materiais onde, por ironia, o Homem pouco ou nada interveio ... inscrevendo-se,

desta fonna, no grupo dos chamados "ecofactos".

2.

Objectivos e

métodos

2.1. Grandes

manúferos

É

inquestionável

a

importância desempenhada pelos animais no quotidiano humano, desde as mais

remotas épocas. Tal importância justificou, mesmo, a

designação das sucessivas fases culturais do Pale<r lítico pelos nomes dos animais que, em cada uma

delas

,

mais

se

notabilizaram, tanto pela disuibuição,

como pela frequência: trata-se da classificação

pro-posta por Lartet

,

em

1

861.

Ter-se-ia

,

assim

,

a

Idade

do

E

l

efante, seguida da

do

Urso

das Cavernas,

depo

i

s

da

do Mamute e, finabnente, a da Rena, com a qual ter·

minariam os tempos paleolíticos.

De

facto, a

Arqueo-zoo

lo

gia pode

cons

titu

ir

,

desde

que se recupere

toda a

dimensão humana que, inquestionavebnente, o estudo

dos restos faunísticos encerra, contributo poderoso para o conhecimento da vida quotidiana das

comu-nidades

humanas pretéritas,

com base no

aspec

t

o mais

expressivo que as caracteriza: as respectivas bases de

subsistência. A intervenção do arqueoz06logo no ler

-reno deverá orientar·sedesde a fase da escavação,

ten-do e

m

conta o

modo de

jazida e

disuibuição espacial

dos restos

(tafonomia

).

A di

suibuição não

aleatória

que

tais

restos

passam

evidenciar

(desiguadamente

os

ósseos), poderá

indicar

,

ao

nível do

respectivo

solo

de

ocupação, actividades domésticas diferenciadas,

co-mo

as

que

A.

Leroi-Gourhan identificou em Pin

ce-vent: zo

n

as

de

f

ogo, de

d

esca

n

so,

de produ

ção

de

arte-fa

c

to

s,

de refeições, etc.

Os despojos poderão

ai

nda

evidenciar acumulações artificiais (lixeiras), caso

se

verifique

a

sua especial frequência em detenninada

área

resuita

do espaço

h

abitado,

de que

h

á

numerosos

exemplos conhecidos. No

l

abora

t

ório, o trabalho

do

arqueozoólogo deverá prosseguir, orientado para as

segu

int

es

áreas prioritárias:

- detenninação específica dos restos recupera-dos; para tal, toma·se indispensável recorrer

à

a

nat

o-mia comparada,

a qual

se baseia no

fac

t

o

de

os

carac-teres morfológicos serem distintos em peças

homólo-gas

de

animais

de

espéc

i

es dife

rent

es;

-

detenninação

de

sexos

e

idades de

abate

(no

caso dos manúferos);

para

tal,

é

necessário conhecer diferenças morfológicas intra-específicas com inci· dência sexual, a evolução

da

substituição da dentição

l

ac

t

eal pe

l

a

definitiva,

bem como a

id

ade

de

oss

ifi-cação

das

epífises

dos

ossos longos às respectivas

di

á-fi

ses;

a

idade

de abate pode traduzir

sazonalidade de

ocu

pação

de

um sítio (especialmente no caso de

espé-cies

selvagens) ou estratégias de gestão dos rebanhos

(

n

o

caso das domés

ti

cas); co

m

e

feito

,

a

ida

d

e

d

e abate

dos animais domésticos não

é

independente

d

o

apr<r

veik'lffiento sec

und

ário

que deles

se fazia: rec

u

peração

do

l

eite e

da

l

ã

(nos

ovinos e capri

no

s)

ou da

sua força

mouiz (nos

bovinos), adiante

referida.

Noutros casos,

não

se

ri

a económico

manter

an

im

ais

(como os suínos)

para além da

idade

adulta. Em

qualquer dos

casos, a

idade de abate dos animais, especialmente dos juve-nis,

poderá

reflectir o

nível

económico das

respec

ti

vas

comunidades, ou O estatuto social dos seus consum i-dores no seio da respectiva comunidade;

CENTRO OE ARQUEOLOGIA DE ALMAOA

al-madan Ir si,i~. n° 5 Outubro /996

79

"[ ..

.

] a afinnação

da Arqueozoologia

[ .

..

]

passará pela

s

u

a

plena

afinnação

como

domínio

intrinsecamente

pluridisciplinar;

[ ... ] recorr

endo

[

... ],

ao método

comparat

i

vo,

do

foro

anátomo--b

i

ológico, a

dimensão

económica, social

e até

cultural

dos

elementos

assim

obtidos não deve

r

á

jamais deiXilr de

(4)

-e n

i

c

c

-

diferenciação

entre formas

selv

agens e

domés-ticas e entre espécies morfologicamente muito

próxi-ma

s.

É

trad

i

c

ional a difi

c

u

l

dade de

separação

do

por-co

dom

és

tico do

javali e

a ovelha da

cabra.

Tal

difi-culdade é acrescida, no primeiro caso, pela forte

varia-bilidad

e

dimens

i

onal

que

c

aracteri

za

o

java

li

(com

in

c

idên

c

ia

geog

ráfica

),

a

qu

e

se

s

om

a o

important

e

dimorfismo sexual, o qual também é extensivo ao

por-co

dom

éstico,

de

v

id

o

à

própria

acçã

o humana

(

ra

ças

mel

h

oradas

que

co

nduziram

ao aumento

de tamanho

).

Em ambo

s

os casos, o c

ri

rj

o

morfológico, apli

ca

do

a det

e

rm

i

nado

s seg

mento

s

do e

sq

ueleto

,

pode fo

r

-necer

e

l

emento

s

de

diferenciação

(

ve

r

,

por

exe

mplo

,

no

caso

da

tradic

i

onal d

i

ficuldade

na

separação

entre

ossos

d

e

ovelha e

ca

bra

,

BOES

SNEC

K

el

ai.,

1964 e

PR

UMMEL

&

FRlSCH,

1986

);

- caracterização biométrica: a biometria baseia

--

se

n

a obtenção de medidas padronizadas,

tendo

po

r

objectivo a comparação

entre

exemplares

homólogo

s

da

m

es

ma

espéc

i

e.

A

ss

im

se

pod

erão

d

e

fmir

(e

m

caso

de

n

úmero

s

ufi

c

iente de medida

s, c

onferindo

s

igni

-ficância ao

resu

l

tado)

va10res

médio

s

para d

e

termina-da população,

os

q

u

ais

poderão

evidenc

i

ar as

a

lu

di-das di

f

e

r

e

n

ças

dimen

s

i

ona

i

s

de

carácter geog

r

áfi

c

o

(com

incidê

n

c

i

a

ec

o

l

óg

i

ca)

o

u

r

es

u

ltan

t

e

s

da

i

n

t

er-ve

n

ção

humana,

c

on

tri

bu

in

do para

a

se

paração e

n

tre

forma

s

muito próxi

m

as (PAYNE

&

B

U

LL

,

1988

;

B

OESSN

ECK

&

D

RlESH,

1

978)

;

as medidas tomada

s

nos

o

ss

o

s sã

o ú

t

ei

s,

indepe

n

denteme

nt

e da

época,

local ou

de quem

as

obteve

:

do

s

trabalho

s so

bre arqueofauna

s

de mamífero

s

anterior

es

à adopção

de

códigos

inte

r

-n

acionai

s

de medidas

(ve

r

,

p

.

ex.

,

DRlESH

,

1976

),

ape-na

s

aquel

es

que

as

possuem (ainda

q

u

e

não norn

l

ali-zadas

)

são

ai

n

da

ú

teis

,

em

t

e

nn

os

c

o

m

para

ti

vos;

-

mod

i

fi

cações

morfo

l

ógicas

induz

i

das pe

l

o

ho-m

e

m: o

aproveitamento

da fo

r

ça

de tracção animal a

carros e

arado

s,

q

u

e

es

t

á

na base da

c

hamada

"

R

evo

-lu

ção

do

s

Prod

u

to

s

Sec

un

dário

s"

poderá

acarretar

,

ao

nível das

s

uperfí

c

ie

s

articu

l

ar

es

de

certos

o

ss

os

l

o

n

gos

do

s

bc

v

ídeo

s,

modificações

sec

undárias

c

u

ja id

e

ntifi-cação

é

de

ev

i

dente intere

ss

e

(BARTOSIEWlCZ

et aI.,

1993

);

-

es

tudo

estatístico

da d

i

s

trib

ui

ç

ão a

n

at6mica

das peças identificadas

,

o qual poderá

co

nduzir a

con-clu

sões so

bre

o eve

n

t

ual

aproveitame

n

to

d

ifere

n

ciado

dos

segmentos

ana

t

6mico

s

d

os anim

ai

s;

tal

s

ituação

,

a

verificar-se,

depe

n

derá

de

re

al

ida

d

es

mui

t

o

di

st

intas

,

desde a po

ss

i

b

i

lidade de

se

tratar de um aca

mp

amen

-to

sawna

l d

e

caça

, tendo

sido as

part

es

em falta tran

s

-portadas para

co

n

s

u

m

o

,

n

o decurso do

In

verno

,

n

ou-tro

l

ocal, até

à

h

i

pótese

d

e

se

estar

pera

n

te

exemp

l

o

de

exportação,

com carácter comercial

,

ou

s

i

m

p

l

esmente

para o apoio

à

n

avegação cos

t

eira

,

como

par

ece e

ntre-v

e

r

-se

em

de

l

e

nninadas

es

tações tid

as c

omo feitoria

s

fe

n

íc

i

a

s

do litora

l

peninsu

l

ar

(caso

da

R

oc

h

a Branca

,

i a

Silves

-

CARDOSO

,

1

993a);

h

á, a

inda

,

a co

n

si

d

erar a

po

ssi

bilidad

e

de

os restos

r

ec

uper

ados correspo

n

-derem

a

o

vazadouro

de um talho

,

justificando-se

,

des-ta form

a,

as assimetrias

veri

fi

cadas

na

di

s

tribui

ção

anatómica

;

-

ev

id

ê

nci

as

d

eco

rrente

s

do aproveitamento

c

uunário

e co

n

serva

d

as

no

s

osso

s

:

as

mar

cas

de

co

rte

de tipo

e

dimensõe

s

muito diversas podem

re

s

ultar

tanto d

o

desmanche das

carcaças,

por

exe

mplo d

e

g

r

andes bovinos

(e

xt

e

n

s

a

s s

up

eIfíc

i

es

d

e corte

p

o

r

ma

c

hado

ou cutelo)

,

co

mo

do esquartejamento

da

car-n

e e

m naco

s (

mar

cas

d

e co

rte, JXJr

vezes es

quirolo

sas,

observáveis em peças ósseas

de m

e

no

res

dimen

sões,

d

es

ignadament

e

de

ovinos

e c

aprino

s)

ou

ainda

do

se

u

consumo

(

fin

as

inci

sões ou

r

as

p

age

n

s

produzidas

por

fac

as

ou

a

i

nda marcas d

e

d

e

nte

s,

por

vezes

visíveis

j

u

nto d

as

extremidades

arti

culares)

.

O

es

tudo de tai

s

mar

c

a

s

forn

ece

int

e

r

essantes

indi

c

a

çõ

e

s so

bre

o

pró

pri

o aproveitamento

da

c

arn

e.

No

primeiro

caso

,

a

s

ua po

s

i

çã

o n

as

peças ósseas

poderá r

eve

l

ar

técnicas

de d

es

man

c

h

e

da

s carc

a

ç

a

s,

diferente

s

das

actual-mente

ut

ilizadas

(AuoolN

,

1986

).

No

segu

ndo

caso

,

é

o próprio ta

m

anh

o

do

s

na

cos

d

e

came

q

u

e

poderá

se

r

avalia

d

o,

e

m

es

tr

e

i

ta dependên

c

i

a

do

s

eu

aproveita-mento

c

ul

inário

(c

a

s

o do

s

naco

s

usado

s e

m

enso

pa-do

s,

ava

li

ados pelo

co

mpr

i

m

e

nto do

s seg

mento

s

ó

sse

o

s co

n

s

ervado

s);

um interes

s

ant

e

exemplo de

s

te

ti

po de evidências fo

i i

dentifi

ca

do no

co

n

j

u

nto i

s

l

â

mi-co

das Mesas do Cast

e

lin

h

o,

Al

m

odôvar

(CARDOSO,

I

994b).

A

s

marcas de

c

ort

e

resultames

do

co

n

s

umo

in-dicam ai

n

da q

u

ais os

tipo

s

de

"

talher

es"

,

ou as

téc

n

cas

de

extracção

da

carne

u

s

adas

;

são

frequent

es, c

o-mo

se

ri

a de

es

perar

,

j

unt

o das artic

ul

ações,

esc

assean-do

n

as

di

á

fi

ses

ósseas. Também

as

fracturas

l

ongitudi-n

ai

s,

o

b

serváveis

na maioria do

s

ossos

longo

s

mere-ce

m aná

li

se.

Com

efeito

,

s

alvaguardando o

s

casos em

q

ue tai

s

frac

tur

a

s sã

o

acide

n

tai

s,

r

es

ultando da próp

ri

a

e

s

trutu

r

a ós

sea,

o

u

tros

em

q

ue foram i

n

tencio

n

a

l

-mente

p

rod

u

zido

s:

por vezes

, s

ão nítidas as

frac

tu

ras

por

esmagamento,

b

e

m

como as

p

roduzida

s

po

r

to

rs

ão ou flexão da peça ó

ssea.

Assim

se

obtinha a

ces-so

ao interior do

s

ossos, poss

i

b

i

litando

a

ex

tracção da

medu

l

a

para fin

s c

u

linários. Enfim

,

a

s

mar

cas

de

dente

s

podem

corresponder

ao

consumo

sec

undário

d

os

r

es

t

o

s,

tan

t

o pelo

próprio homem

,

como

por ani

·

mai

s

domé

s

ticos

(espec

i

abnente

o

c

ão

)

ou

se

lv

age

n

s

(

r

apo

sa,

texugo

,

etc.)

, indi

c

and

o

a

s

ua pr

ese

n

ça

no

local,

ai

n

da

que os

se

u

s

restos

não façam parte do

re-gisto

do mate

ri

a

l

exumado.

-

as práti

cas

cu

l

inária

s,

que j

á

poderiam

se

r

par

-c

i

a

l

mente

aval

i

a

d

as

pela análise

de

"

padrões

"

d

e

par-t

ição do

s

segmento

s

6s

s

eo

s,

enco

n

tram na

observação

das respectivas

s

uperfí

c

i

es

um

e

lemento infonna

t

i

v

o

complemen

t

ar. A

s s

uperfic

i

es

qu

e

i

mada

s

pe

l

o

fogo

C ENTRO D E ARQ UEOLO G I A DE ALMADA

80

Owubro 1996 • fi" strj~ j • n/-madnn

(5)

indicam sobretudo a

prática

de grel

h

ados

,

ou

churras-cos

,

frequentes em animais caçados

;

pelo contrário

,

tais

marcas são excepc

i

onais

nos

ossos

dos

ov

in

os e

caprinos,

indi

cando

, s

obretudo, coz

ido

s

ou

es

tu

fa

do

s.

Porém

,

algun

s

o

s

sos fortemente actuados pe

l

o calor,

ao ponto

de

se terem verificado mod

ifi

cações

na

s

ua

compo

s

ição

("fa

l

sa

tu

rq

u

esa

"

)

poderão ind

i

c

iar

a

prática, po

r

ce

rt

o corre

nt

e,

de arremessar

o

s

o

s

so

s

para

as lareiras, após o co

n

s

umo

(AN11JNES

,

1992)

.

De

s

ta

fanna

,

o co

njunt

o dos restos asteológicos

de

gra

n

des

mamí

feros rec

u

perados e

m

uma

estação

arqueológica

poderá

dar

rele

van

t

es

infonnações

ace

r

-ca da econom

i

a

das

r

espect

i

vas co

munid

ade

s,

bem

como da sua organização social interna, além das

próprias

caracterís

ti

cas

d

a estação

arqueol

ógica. São,

a

in

da

,

de

cons

id

erar

,

as

infonnações

carreadas pelos

grandes

mamífero

s -

selvage

n

s e doméstico

s

- ao

nível

das carac

t

e

s

ticas a

mbi

entais v

i

ge

nt

es

.

n

a

área

envolvente da es

t

ação

,

te

n

do

e

m

co

n

si

dera

ção co

n

·

<lições de

vida

ideai

s

correspo

nd

e

nt

es a cada

um

deles

(

G

lffi

RlN

&

F

A

URE

,

1987).

Em

determinado

l

ocal

,

a

infonnação

s

obre

a

evo-lução

d

ia

c

r

ó

ni

ca

do

registo

faun

í

s

ti

co

tom

a

possíve

l

a

reconstituição da própria evolução paJeoeconómica

das re

s

pectivas popu

l

ações. designadame

nt

e acerca

do

seu grau

de

sedentarízação (exp

r

esso pe

l

a

variação

da presença

d

e

animais

s

elvage

ns

versus

dom

és

t

i

cos e

pe

l

as alterações qualitativas ve

rifi

cadas:

rebanho

s

de

ovino

s

ou caprino

s s

uportam

freq

u

e

nt

es

deslocações

sazonais - transumância - ao contrário do verifi

ca-do com bovinos ou suínos, que revelam uma maior

se-dentarízação das respectivas com

unidad

es)

.

Tal

apro-ximação ao es

tud

o

do registo

fauní

sti

co

pode também

s

er

útil

à caracterização

da

evo

l

u

ção

paleoe

co

l

óg

i

ca

verificada

na

área

de

implanta

ção

da

estação

arqueo-lógica; é possível, jXlr exemplo, entrever na

diminui-ção

de

espéc

i

es

s

e

l

vage

n

s

d

e carácte

r fl

ores

t

a

l

,

n

ão

apenas uma maior preferência pelas espécies domés-ticas, mas, também. uma crescente escassez daquelas,

em consequência da degradação dos respectivos

bió-topo

s,

por razões antrópicas (des

flor

es

ta

ção

p

ara a

obtenção

d

e ca

m

pos

agricolas

e

de

pa

s

tagen

s

,

alé

m do

abate

de

árvores

para

obte

n

ção

de

m

adeiras

)

. Um

dos

exemp

l

os

mai

s

suge

s

tivos

é

fornecido pelo

es

tud

o

arqueozoológico dos restos exumados no castelo

mu-çu

l

m

a

n

o

da

s

Me

s

a

s

do

Caste

li

n

h

o

,

Almodôva

r

(CARDOSO

,

I

993e,

1994b)

;

apesar

de

se

tratar

de

re-gião ac

tu

almen

t

e po

u

co arborizada

,

a

larg

a

predonti-nância de veado ali observada indica, jXlr um lado, a

apetê

n

c

i

a

d

a respectiva

população

pe

l

as actividades

cinegéticas, o que está em simonia com o facto de se

tratar de uma guarnição

militar, que

assim se

exerci-taria para a guerra; por outro lado, revela a sua abun-dância na região envolvente, a qual requeria coberto

vegetal muito mais importante do que o actual, cuja

existência é, aliás, confirmada pelo próprio foral medieval de Almodôvar. f1ustra-se, assim, exemp

lar-mente

,

a duplicidade da

realidade

arqueozoológica

,

a

um tempo condicionada e detemlinada por factores

sócio-económicos e de índole ambiental, estreita

-mente interdependentes.

Por vezes, como o próprio exemplo apresentado

evidencia, são úteis as infonnaçães literárias para o

conhecimento das bases de subsistência das

popu-lações pretéritas ou ainda para o conhecimento de práticas rituais, envolvendo animais, as quais

interes-sam também

à

Arqueozoologia. Neste âmbito. avul

-tam as fontes clássicas, exauslivanlente analisadas por

T

OYNBEE (1973)

.

No que

ao

P

ortuga

l

medieval diz

respeito, salielll'a-se o códice quinhentista sobre

re-ce

i

t

as c

ulin

ár

i

as da

Inf

a

nta D

.

M

a

ri

a

d

e

P

ort

u

ga

l,

g

uard

ado

n

a

Bi

blio

t

eca Nac

i

onal

de

Nápo

l

es.

Enfim, a presença de determinadas espécies e a

sua consequente extinção, em épocas mais recentes,

pod

e

relacionar-

s

e

co

m

a

lt

erações g

l

oba

i

s

; po

m,

nem sempre é fácil a identificação desta causa de

modo inequívoco. A pressão humana, devido, sobre

-tudo,

à

caça, terá tido consequências muito mais evi

-dentes. ao menos em épocas históricas, no territ6rio

pornlg

u

ês:

caso da extinção do corço no Algarve,

CENTRO O ( ARQUeOLOGIA DE ALMADA

al.mQdan Ir ,/rlt. II· j • Olll"bro /996

8 1

t Mesas do Costellnho

(Akno<:Iô-var).

Três porções de diôfises tibiois de Ovis/Copro. segmentodos inte n-cionalmente. Correspondem à obtençõo de nacos de corne utizodos provavelmente em

en-sopadOS ou cozidos (seg. CAR-0000. 1994b: 215.1ig. 2).

(6)

c i ê n c i a

ainda ali existente no

século

XVI, na

zona

de

Silves--Monchique

(foi

reconhecido no

poço-cisterna

de

Silves).

2.2. Pequenos mamíferos

Os

pequenos mamíferos, designadamente

insec-tívoros e roedores, tiveram desde sempre importância

diminuta na dieta das populações europeias, em

épocas de Ilomlalidade

alimemar.

A

sua ocorrê

n

cia,

em

contextos

arqueológicos

exp

li

ca-se, sobretudo,

por se tratar de animais comensais do Homem -

é o

caso de

certos

roedores,

como

Mus spreflls

(o

ratinho--ruivo),

no Calcolítico

. como foi verificado

no

po-voado

pré-histórico de

Leceia (CARDOSO

er ai.,

1996),

enquanto

outros,

povoando os espaços

imediatamente

adjacentes, têm,

so

bretudo.

interesse

paJeoecológico

(PÓVOAS

er ai

.. 1992

),

complementando as

infor

-mações fornecidas pelos

grandes

mamíferos

e,

sobre-tudo, por

o

utro

s

domínios

científicos,

não

considera-dos nesle estudo: sob este aspecto, refira-se a ocorrên-cia de esquilo, no Cabeço da Arruda, concheiro

mesa-lítico

da região

de Muge (ANTUNES,

1985

)

ou, ainda,

a de castor, nos depósitos do Paleolítico superior da

gruta do Caldeirão,

Tomar

(ANTUNES

.

1989a

),

e

na

fortificação

calcolí

ti

ca

de

Vila

Nova de São

Pedro

(CuNHA,1961).

Importa, ainda, considerar casos excepcionais de

criação em cativeiro de pequenos mruníferos, como

Clis

glis.

pelo

s

Romanos

(de

que há menção

em

finais

do

século

II a.c.

).

Trata-se de animal

cujo

peso

varia

entre 40 e 120 g e que, para resistir

à

estação fria das regiões europeias e do Próximo-Oriente, cujos bos-ques de folbosas habita, engorda de forma notável.

Foi esta capacidade que os romanos exploraram:

os

glian'a

eram os recintos onde tais animais eram criados; os exemplares seleccionados eram depois engordados em grandes recipientes cOllltampa, sendo

mostrados aos convivas antes de serem preparados na

cozinha.

Esta

luxúria era demasiado ostensiva; talvez

por

i

sso

o Senado a

interdita

sse (GAUTHIER.

1990:

124-125); TOYNBEE

(1973: 203-204)

refere também

esta prática peculiar, a qual não teve continuidade.

Noutros casos, a ocorrência de roedores pode ter s

ig-nificado cronológico: a ratazana (Ratlus llofVegicus),

hoje com reparticação mundial. s6 iniciou a sua

diás-pora aquando do início das

li

gações

regulares

atlânti-cas.

da baixa

Id

ade

Média

em

diante.

2.3. Peixes

É

relativamente recente a preocupação em

identi-ficar restos ictiológicos recuperados em escavações

arqueológicas em geral, O que poderá explicar em

par-te a

difi

culda

de

de obte

r

a

colaboração

de

especialis-tas

habilitados à

classificação de tais restos. Por

maio-ria de razão, são excepcionais os estudos

arqueoictio-lógicos

so

br

e

materiais de

estações

portuguesas,

ape-sar da potencial importância desempenhada pelo

pes-cado nas

b

ases

de

subsistência

das populações que

,

no

decurso dos tempos, ocuparam o nosso território e, especialmente, a sua orla litoral. lmporta também

pro-ceder ao estudo dos restos de peixes de águas

interio-res recuperados em contextos pré-históricos como no

povoado de Castelo Velho, Freixo de Numão

(M'fU-NES,

1995a), ou em

con

texto

s

islâmicos de

Mértola

(ROSELLO,

1993:

ANTUNES,

1

995b).

O

estudo

de tais restos

é

útil não apenas ao

conhe-cimento das bases de

subsistência

das

populações e do

tipo de economia que se lhes encontra subjacente, mas

ainda por fornecer indicações paleoecológicas,

palco-climatológicas e da

sazo

nalidade

das captums (LE

GALL

er ai.,

1992). Exemplo particulannente

intem>-sante sob este aspecto

é

a presença de esturjão

(Acipellser sturio), em contextos mesolíticos de Muge

(

Cabe

ç

o da

Arruda

cf.

LENTACKER,

1986

),

no

castro

do Zambu

j

al,

Torres

Vedras (DRIESCH

&

BOESSNECK

,

1981:

312) e

na

casa

II

de

Mértola

(ANTUNES,

1995b)

,

persistindo, residualmente, no Guadiana, não fosse a

pressão humana

e a

degradação do biótopo fluvial.

Em estações

ribeirinhas

do

litoral

oceânico, são

exclusivas, ou predominam, com

sena

de esperar, os restos de espécies de água salgada, nos escassos in-ventários efectuados.

É

o

caso

do

castro

do Zambujal (forres Vedras),

onde as duas espécies mais comuns - a dourada

(Sparus

aurara) e o pargo

(Pagrus

pagllls)

(

DRIESCH

&

BOES

SNECK,

1976

;

19

8

1

) -

constituíam a

totali-dade

de amostragem do castro de Leceia

(Oe

iras),

apesar de, em ambos os sítios, tais espécies poderem estar sobrerepresel1ladas em consequência do método

da

colheita

utilizado

,

podendo as peças

menores ou

menos robustas ter passado despercebidas (ANTIJNE.~

&

CARDOSO, 1995

).

Seja como

for

,

a ocorrência des

t

as

.

duas espécies

indica

pesca

litoral

,

a

partir

da

praia ou

utilizando oeQuenas embarcacões: praticar-se-iam capturas com redes, que usariam como pesos certos artefactos líticos com entalhes ou providos de uma

gola, ou

à

linha, como indica a presença de grandes

anzóis

de

cobre, em Leceia(CARDOSo, 1989: Fig. 108,

n° 15; CARDOSO:

1994,

Fig.

135, n

O

9 e

10

).

A

abundância de anzóis no

castro

da

Rotura

,

Setúbal

(GONÇALVES,

1971:

Est. 26),

s

ublinha

a

importância

de tal actividade, aliás pe

l

feitamente justificável pela

proximidade

daquele povoado do estuário

do

Sado,

então ainda muito mais perto.

Um grupo pemane

nt

e

do

I

CAZ assegura a

liga·

ção entre lodos os (escassos) especialistas que se

con-sagram

à

a

r

queoictiologia

(

DESSE

&

DESSE, 1987).

Toma-se, porém, antes de mais, indispensável, que se

CENTRO OE ... RQUEOlOco; .... OE "'LM"'O'"

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