IPE
399
FLAVIANA
DALLA
VECHIA
SÍNDROME DE
TURNER:
ASPECTOS
CLÍNICOS
E
TRATAMENTO DA
BAIXA
ESTATURA
COM
HORMONIO
DE
CRESCIMENTO
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação
em
Medicina.
FLORIANÓPOLIS
-SANTA
CATARINA
FLAVIANA
DALLA
VECHIA
SÍNDROME DE
TURNERz
ASPECTOS
CLÍNICOS
E
TRATAMENTO DA
BAIXA
ESTATURA
COM
HORMONIO
DE CRESCIMENTO
Trabalho apresentado à
Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão do
Curso de Graduação
em
Medicina.
Presidente do Colegiado do Curso de Graduação
em
Medicina: Edson José CardosoOrientador: Marilza Leal Nascimento Co-orientadores: Genoir Simoni
Paulo César Alves da Silva
FLORIANÓPOLIS
-SANTA
CATARINA
AGRADECIMENTOS
Aos meus
orientadores Dra. Marilza Leal Nascimento, Dr.Genoir
Simoni
e Dr. Paulo CésarAlves da
Silva pelos ensinamentos compartilhados.Ao
Dr.Genoir
minha
gratidão e admiração pelaamizade
e disponibilidadeem
todas as etapas de execução deste trabalho.Ao
Dr. MaurícioPereima
pelos esclarecimentos a respeitoda
elaboração e normatizaçãodo
trabalho.À
Dra. GiseleDe
Luca
pela clareza e organização dos prontuáriosque
foram
essenciaisna
coleta dos dados.À
minha
queridamãe,
Rosana
Dalla Vechia, peloexemplo
de fé eperseverança
em
todos osmomentos
dificeis, pelo apoio ecompreensão
nasdecisões complicadas, pelo
amor
eamizade
incondicionais.A
vocêmãe,
meu
etemo
amor, respeito e admiração.Aos meus
irmãos, Marcello, Grazziella eDaiana
pela amizade,cumplicidade e
acima
de tudo pela confiança.A
vocês todo omeu
carinho.Aos meus
amigos
Daniel Philippi e Maurício Conti pelocompanheirismo
ecompreensão
durante toda a nossa convivência.Vocês
sempre
terãoum
lugar especialno
meu
coração.A
todos os outrosamigos que
merecem
minha
gratidão elembrança
por terem sido especiaisem
algum
momento
daminha
vida.Ao
meu
pai, Eurico DallaVechia
(inmemorian), que
mesmo
ausentecertamente acredita e torce pelo
meu
sucesso.A
ele e aomeu
“Anjo da
Guarda”,que iluminam
omeu
caminho
e orientamminhas
decisões,minha
eterna confiança.~ 1.
INTRODUÇAO
... ._ 2.OBJETIVOS
... ._ÍNDICE
. . . . . ‹ ‹ ‹ . . . . . .. 3.MÉTODO
... .. 4.RESULTADOS
... _. 5.DISCUSSÃO
... _. ó.CONCLUSÕES
... .. 7.REFERÊNCIAS
... _.NORMAS
ADOTADAS
... ..RESUMO
... ..APÊNDICES
... ..SUMMARY
...1.
INTRoDUÇÃo
A
Síndrome
de Turner, descrita inicialmente porHenry
Turner,em
1938,como
acombinação
de infantilismo sexual, pregasno
pescoço e cúbito valgo1`3,é
definida
como
uma
anomaliado
cromossomo
X,
com
fenótipo feminino, baixaestatura, gônadas rudimentares e imaturidade sexual1° 2” 4* 5.
Ela ocorre
numa
incidênciaaproximada
de 112000 a 115000 nativivosfemininos”
_Os
estudoscromossômicos
demonstram
que
aSíndrome
de Turner (ST) é caracterizada pela presença de apenasum
cromossomo
X
funcionante, o outropode
estar ausenteou
apresentar anomalias estruturaisl.Em
50%
o
cariótipo é45,XO1”2°4”5.
O
mosaicismo
corresponde a30-40%,
sendo 10 a15%
45,xo/4ó,xx
e 2 zr5%
45,xo/4ó,xY
1» 2» 5.os
10 a20%
restamescorrespondem
às pacientescom
isocromossomo
X1” 2° 5 .A
fisiopatologiada
ST
aindanão
estábem
esclarecida. Acredita-se,no
entanto,
que o
fenótipo seja produzido poruma
desigualdadena
dosagem
do
gene,
que
ocorrena
ausência de parteou
de todoo segundo
cromossomo
sexuall.
Devido
à alta incidência demonossomia
do
cromossomo
X,
tem-setentado detenninar sua etiologia. Estudou-se a influência
da
idade dos paisna
determinação
do
cariótipo.A
alta frequência de abortos de fetos45,XO
(99%)
foi relacionada à idade
matema
joveml” 2° 4.No
entanto, mulheres jovens
não
possuem
riscoaumentado
de ter nativivoscom
cariótipo 45,XO1” 2= 4. Já a idadepatema
avançada
parece estar relacionada à presença deisocromossomo
X
no
cariótipo, diferente
da
monossomia
X1' 4.Estudos prévios tentaram identificar a origem
do
cromossomo
X
perdidona monossomia.
Elesafinnam
que
em
2/3 dos casos ocromossomo
X
perdido éO2
As
características clínicas encontradasna
ST
estão diretamente ligadas aonúmero
de células afetadas nas pacientes 1.A
anormalidade fisicamais
comum
é a baixa estatura. Ela é consequência deum
crescimento esqueléticoanonnal
24, divididoem
quatro fases: 1) retardode crescimento intra-uterino
com
perda deaproximadamente 500 gramas no
peso e 2,8cm
na
estatura, determinando valores antropométricoslDP
(Desvio Padrão) abaixoda
média; 2) velocidade de crescimento(VC)
próximo do
normal
durante os primeiros 2ou
3 anos; 3) rápido decréscimona
VC
dos 3 aos 13 anos de idade, determinando amaior
perda de estatura nestas crianças; 4) ausênciado
estirão puberal emanutenção do
crescimento até20
anos de idadecom
baixaVC
(pacientesnão
tratadas)1° 2°4.O
atrasono
crescimento parece terorigem
multifatorial, incluindo fatores genéticos própriosda
cromossomopatia, fatoresdo organismo
como
alteração primáriana
cartilagem de crescimento determinando urna resistência à ação dosfatores de crescimento e fatores
hormonais
secundários ao hipoestrogenismocrônico2” 5.
A
maturação
ósseana
ST
está geralmente 1*/z a 2 anos atrasada.A
fusãoepifisária
pode
estar ausente após os20
anos de idade se as pacientesnão
receberem
terapia honnonall” 2.Vários estudos
têm
relatadoque
a estaturamédia
das mulheres adultascom
monossomia
X
varia entre 143 e 145 cm1`6.A
estatura dasmeninas
45,XO
parece ser
menor
que
a das pacientescom
rnosaicismoou
com
isocromossomo
do
braço longodo
cromossomo
Xl.Outras anomalias
no
crescimento esquelético incluem o tórax“em
escudo”
com
aparente hipertelorismomamário,
pescoço curtocom
implantação baixa dos cabelosna
nuca, escoliose, cúbito valgo, metacarpianos curtos, particularmente o 4°, micrognatia e palato arqueado1`5.O3
A
falência gonadal,com
perda dos oócitos e fibrosedo
ovários, ocorrena
maioria das pacientescom ST
desenvolvendoum
hipogonadismo
hipergonadotróficoló.A
puberdade
espontânea ocorreem
5 a10%
dos casossendo
menos
provávelno
cariótipo 45,XO1' 2'4” 5.Obstrução linfática, decorrente
da
falta decomunicação
entre o sacolinfático e a veia jugular, determina o aparecimento de linfedema de
mãos
e pésao nascimento. Outras caracteristicas frequentes
na
ST
são opescoço
aladoou
~ -
pteifygium collí, a displasia dos pavilhoes auriculares e as
unhas
hipoplásicasl 5.As
malformações
visceraisenvolvendo
os sistemas cardiovascular e renal são asmais
frequentes.Das
malfonnações
cardiovasculares a válvula aórtica bicúspide e a coarctaçãoda
aorta são as mais encontradas, amesoversão
cardíaca, o prolapso de válvula mitral, a hipertensão e
o
aneurisma aórticotambém
podem
ser vistos”.A
incidência demalformações
renais varia de30
a70
%
incluindo três tipos especificos: duplicaçõesdo
sistema pielocalicial,~
anomalias topográficas
como
ureterem
posiçao retrocavaou rim
“em
ferradura” e anomalias vascularesm.Estão presentes
na
ST
fenômenos
auto-imunes sendoo
demaior
prevalência a Tiroidite de
Hashimoto
(50%
dos casos)1`5.No
trato gastrointestinalpodem
ser encontradas alterações vasculares(telangiectasias,
hemangiomas,
dilatações venosas) e alterações inflamatóriasnas alças”.
A
intolerância aos carboidratos éuma
alteração metabólica registradacom
certa frequência nas portadorasda
STL5.Otite
média
bilateral recorrente talvez seja oproblema
médico mais
comum
nas pacientescom
ST. Acredita-seque
isto ocorracomo
consequênciade anormalidades
no
crescimento de estruturasda
basedo
crânio. Essas anormalidades detenninariamuma
comunicação
entre ouvidomédio
eTrompa
O4
secreções e infecções secundárias”. Sugeriu-se
que
essas infecções seriam as responsáveis pelas deficiências auditivas encontradas nessas pacientes.No
entanto, estudosdemonstram
que
aorigem
das alterações auditivaspossuem
causas diferentes de acordo
com
a idade das pacientes. Perdas auditivas de causa ~condutiva sao mais frequentes nas crianças
com
ST
e as perdas neuro sensoriais são vistas nas pacientescom
mais
de 10 anos de idade 2.As
pacientescom
ST
também
possuem
riscoaumentado
para desenvolver tumoresdo
sistema reprodutor (15 a25%).
A
presençado
cromossomo
Y
no
cariótipo
aumenta
o risco de aparecimento degonadoblastomas
nas estrias~
gonadais.
A
remoçao
das estrias logo após a identificaçãodo
cariótipo é indicadacomo
forma
de prevenir a degeneraçãomaligna”
.Vale ressaltar
que
as pacientescom
ST
parecem não
apresentar alteraçõesem
sua capacidade intelectual secomparadas
a indivíduos normais1”2°4” 5.O
diagnósticoda
ST
pode
ser sugerido pelas características clínicas das pacientes,mas
aconfirmação
diagnóstica só é obtida após análisecromossômica
encontrando-se
uma
das anormalidades já citadas”.Variados protocolos de tratamento para a baixa estatura
foram
sugeridosmas
não
sechegou
aum
consenso.Devido
aos estudosque
demonstram
amelhora na
estatura finalcom
o usodo
Hormônio
de CrescimentoHumano
(HC), muitostêm
optado pelo seu uso.As
pacientes candidatas ao uso deHC
são aquelas
com
previsão de estatura final (baseadana
curva deLyon)
abaixodo
5° percentil para pacientes normais
ou 2
DP
abaixoda
estatura alvoz.O
objetivodo
tratamentodeve
ser o alcance dessa estatura alvo orientando a farnília quantoà longevidade
do
tratamento e possibilidade de falhaem
atingir a estatura esperada.A
necessidade de realizaçãodo
teste de liberaçãodo
HC
com
estímulofannacológico é controversa já que a resposta ao uso
do
HC
não
varia entre as pacientescom
respostanonnal
e aquelascom
resposta inadequada. Sugere-se05
que
tal teste seja realizado se a velocidade de crescimento estiver abaixoda
esperada para
meninas
com ST
na
mesma
idade 2.Vários estudos
têm
afirmado
que
a secreção espontâneaou
estimulada deHC
nessasmeninas
é normal,com
amédia
de níveis séricos semelhante aosgrupos controle (
meninas não
portadorasda
ST)6`8. Jáno
estudo de Zadik,Landau,
Chen
et al 9, encontrou-seuma
secreção deHC
diminuída tanto duranteo sono quanto durante o dia, particularmente
em
idade puberal. Eles indicamque
esta diminuição
pode
ser decorrenteda
deficiência de estrogêniosque
determinaria
uma
resistência, a nível periférico, à açãodo
fator de crescimento1.
Nesse
estudo, a administração de estrogênios normalizava a concentração deHC,
anteriormente reduzida. Resultados semelhantesforam
encontradosno
estudo de Ross,
Long,
Loriaux et al 1°.O
tratamentodeve
ser iniciadono
momento
em
que
a paciente demonstrardesaceleração
no
seu crescimento.A
dose inicial deHC
preconizada é de 0,3mg/kg/semana ou lUI/kg/semana
(aplicações diárias)2”3°5.A
associaçãocom
esteróide anabolizante (oxandrolona)
pode
ser consideradaquando
aVC
não
apresenta
um
aumento
significativo. Inicia-secom
uma
dose de 0,0625mg/kg/dia que parece
não
provocar virilizaçãoz” 3 ° 5_.
A
terapiacom
HC
pode
ser continuada até que a previsão de estatura final seja atingidaou
se a fusão das epífises estivernum
estágioem
que
o efeitoda
terapia
não
seja significantez.No
estudo de Rosenfeld, Frane, Attie et aln, aterapia foi suspensa
quando
aVC
tomou-se
<
2,5cm/ano
ou
idade óssea214
anos.
Se a terapia
com
esteróide anabolizante foi iniciada, sua suspensãopode
ser feita
no
momento
do
inícioda terapia estrogênica2. Esta deve ser iniciadadurante a adolescência
com
doses lentamente progressivas (0,3mg/dia
por 6meses
seguida de 0,625 mg/dia)com
o objetivo de induziro
desenvolvimentoO6
anos tardios
da puberdade
procurando, desta forma, permitiro
máximo
de crescimento linear jáque
amesma
provoca fusão das cartilagensde
crescimento1° 2° 5.Após
18 a24 meses
de terapia estrogênica administra-se progestágenos(10 mg/dia),
ou
seja,uma
terapia cíclicaonde o
estrogênio éusado
do
1° ao 23° diado
ciclo e a progesteronado
10° ao 23° dia. Essa terapia cíclica érecomendada
até a 63década
de vida para prevençãoda
osteoporose e proteçãoendometriall” 2” 4.
Este trabalho visa analisar os aspectos clínicos e as
medidas
terapêuticasusadas
na
promoção
do
crescimento linear das pacientescom ST
acompanhadas
pela equipe de Endocrinologia Pediátrica
do
Hospital Infantil Joana deGusmão
e Hospital Universitário-UFSC. Será discutida a eficácia das terapias
em
promover
aumento na
velocidade de crescimento e possíveis incrementosna
previsão de estatura final.
Todos
os aspectos analisados serãocomparados
com
a2.
OBJET1Vos
l- Relacionar as características clínicas típicas
da Síndrome
de Turner aoscariótipos.
2- Observar a presença de alterações endócrinas que estão associadas
com
maior
frequência àSíndrome
de Turner eque
interferemno
crescimento. 3- Avaliar a velocidade de crescimentoem
resposta ao uso deHormônio
deCrescimento
Humano
e a repercussãona
previsão de altura finalem
pacientescom
Síndrome
de Turner.3.
MÉTODO
Este é
um
estudo retrospectivo, longitudinal, descritivo.3.1.
cAsUÍsTicA
A
populaçãoem
estudo é constituída por pacientes portadorasda
Síndrome
deTumer
em
acompanhamento
endocrinológicono
Hospital InfantilJoana de
Gusmão
e Hospital Universitárioda
Universidade Federal de SantaCatarina.
,Foram
incluídasno
estudosomente
as pacientes quereceberam
Hormônio
de CrescimentoHumano
(HC)
para tratamentoda
baixa estatura, porum
períodomínimo
de dois anos,mesmo
que
tivessem recebido outrasmedicações
promotorasdo
crescimento associadas aoHC.
Seguindo
este critérioforam
selecionadas 16 pacientes.3.2.
PROCEDIMENTOS
Os
dados das pacientes selecionadas, contidos nos prontuários médicos,foram
coletadoscom
basenuma
ficha
de coleta dedados
previamente desenvolvida (apêndice l).A
partir dos controles trimestrais de estatura, foi construídauma
curva decrescimento para cada paciente baseada
no gráfico
deRanke
et al” parameninas
com ST
(apêndice 2).Quanto
à procedência, as pacientesforam
distribuídasem
dois grandesgrupos:
moradoras da Grande
Florianópolis e procedentes de outras cidadesdo
O9
Com
os valores de peso e altura ao nascimento foi calculada amédia
(iDP)
de tais variáveis.Os
diversos cariótiposforam
distribuídosem
quatro grupos:monossomia
do
cromossomo
X
(45,XO),mosaicismo
com
presençado
cromossomo
Y
(45,XO/46,XY),
outros tipos de mosaicos e presença deisocromossomo
X.Estes dados
foram
relacionados à idade cronológicano
diagnóstico.As
características clínicas mais encontradasno
grupo estudadoforam
analisadas e relacionadas ao cariótipo
45,XO.
A
presença demalformações
cardíacas e renais e de alterações auditivasforam
estudadas e relacionadas aos cariótipos das pacientes.A
presença demalformações
viscerais foi verificada pelos resultados dosexames
de ecocardiograma e ultra-sonografia abdominal.A
ultra-sonografia pélvica permitiu a verificaçãodo
aspecto das gônadas.Foram
verificadastambém
alterações nosexames
laboratoriais e arealização
do
teste de liberaçãodo
HC
com
estímulo farmacológicoFoi considerada
como
inícioda puberdade
a idadeem
que
as pacientesapresentavam as características
do
estágioP2
do
desenvolvimento sexual de Tannerm.No
iníciodo
tratamento,foram
analisados os seguintes aspectos: idade cronológica e óssea, peso, altura, dose inicialdo
HC.
As
pacientesforam
numeradas
em
ordem
crescente de idade cronológicano
iníciodo
tratamento, oque
determinou aformação
de dois grupos:um
delescom
idade cronológicamenor
de dez anos e outrocom
idade cronológicamaior
de dez anos, semelhante ao estudo de Setian, Damiani,Kuperman
et al”.A
idade óssea foi determinadapela radiografia de
mãos
epunhos
com
baseno
atlas de Greulich e Pylels.A
diferença entre idade cronológica e óssea (IC-IO) foi determinadano
início e10
Foi calculado
o
índice demassa
corpóreaou
índice de Quetelet para cadapaciente (1MC=peso/alturaz) e as
mesmas
foram
classificadasnum
dos quatro grupos,segundo
a OrganizaçãoMundial
deSaúde"
1 baixo peso (lÇMC<20),peso
normal
(IMC
entre20
e 25), sobrepeso(IMC
entre25
e 30) e obesidade(lMC>30).
»A
velocidade de crescimento (cm/ano)em
cada ano de terapia foideterminada
com
basena
curva de crescimento construída para cada paciente.A
altura após dois anos de tratamento foicomparada, no gráfico
de crescimento, à alturano
início da terapia.Com
os valores de idade óssea e estaturano
início e após dois anos detratamento
foram
calculadas as previsões de estatura final nestes doismomentos
do
estudousando
ométodo
deBayley
&
Pirmeauló.As
pacientesque
fizeram
uso de outrasmedicações foram
divididasem
três grupos: pacientes que
usaram
oxandrolona antesdo
usodo
HC,
pacientesque usaram
oxandrolona associada aoHC
e aquelasque usaram
estrogênio, associadoou não
aoHC.
No
primeiro grupo, verificou-se a açãoda
oxandrolonasobre a
VC
comparando-a
com
o valor anterior ao usoda
medicação.No
grupo
dois, determinou-se o período de uso
da
oxandrolona associada aoHC,
doseutilizada e
VC
neste período. Esta foicomparada
àVC
determinada pelo usodo
HC
somente.E
finalinenteno
grupo três, a idade de iníciodo
uso de estrogênio,a dose e a
VC
promovida
por estemedicamento,
associadoou não
aoHC,
foram
estabelecidos. Semelhante ao grupo 1, a
VC
foicomparada
àVC
prévia ao usodessa medicação.
Nas
pacientes que iniciaram o uso da progesterona, a idade de início, adose e
o
períododo
cicloem
que
foi usadaforam
avaliados.Também
foi11
Os
critérios de suspensãodo
tratamentocom
HC
citados por Rosenfeld,Frane, Attie et al (idade óssea
2
14 anosou
VC
<
2,5cm/ano)“ foram
verificados nas pacientes que
pararam
o tratamento hormonal.Naquelas que
atingiram sua estatura final, essa foicomparada
à previsãode estatura final após dois anos de terapia e à estatura alvo determinada pela
altura dos pais 18 . .
Os
exames
laboratoriais de controleforam
semelhantes aosexames no
momento
do
diagnóstico (apêndice 1), dando-se atenção especial aos valores deTSH,
T3, T4,T4
livre, presença de anticorpos anti-tireoideanos,FSH,
LH
eestradiol e valores de glicemia.
Finalizando o estudo, os efeitos adversos sobre os sistemas orgânicos
4.
RESULTADOS
Participaram
do
estudo 14 pacientesdo
Hospital InfantilJoana de
Gusmão
e duas pacientes
do
Hospital Universitário-UFSC.Das
16
pacientes estudadas, 14(87,5%)
eram
procedentesde
outras cidadesdo
estado e apenas duas (12,5%) da Grande
Florianópolis.O
peso ao
nascimento variou de2200 a 3500
g,com
média
de2894g
(i391). Já a altura variou de
46
a 51cm,
com
média
de
48
cm
(i 1,56).Nesta
última variável, faltaram os
dados
de
três pacientes.A
análise cariotípica das pacientes foi realizada e asmesmas
foram
divididas
em
quatro gruposconforme mostrado na figura
1.| I I' : I
45,XO Mosaicismo 45,XO/46,XY tsecromossomoX
Figura 1: Frequência dos cariótiposem l6paeienteseonSin‹IromedeTumer
-'#4 1 r -L -. _ _.. -w; ' ~ H li
Os
diversos cariótiposforam
relacionados à idade cronologicano
diagnóstico,
demonstrado
na
tabela 1Tabela I: Relação entre os cariótipos e idade cronológica no diagnóstico.
PACIENTE
CARIÓTIPO
lc
No
DIAGNÓSTICO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ll 12 13 14 15 16
45,XO
45,XO 45,Xo 45,Xo 45,XO 46,X(iso Xq) 45,XO
45,XO/46,XXq 45,XO 45,XO/46,XX 45,XO 45,XO/46,XX 45,XO/46,XX 45,XO/46,XY 45,xo/4ó,XY2m
3m
2anos7m
Sanos2m
7anoslm
7anosSm
7anos9m
7anos10m
8anos 8anos4m
8anosSm
9anos5m
10anos10m
12anos2m
45,XO/ 46,X(isoXq)/ 47,X(iso Xq) 12anos8m
13anos2m
Fonte: SAMES - Hospital Infantil Joana de Gusmão e Hospital Universitário-UFSC, 1999.
As
características clínicas mais encontradasforam
relacionadas ao14
Tabela II: Relação entre características clínicas e cariótipo 4S,XO.
45,X0
OUTROS
CARIÓTIPOS
TOTAL
Implantação baixa 7 (70%) 3 (30%) 10 (100%)
dos cabelos na nuca
Palato arqueado 7 (70%) 3 (30%) 10 (100%)
Tórax
“em
escudo” 6 (66,67%) 3 (33,3%) 9 (100%)Pescoço alado 7 (87,5%) 1 (12,5%) 8 (100%)
Cúbito valgo 5 (62,5%) 3 (3 7,5%) 8 (100%)
Fonte: SAl\/[Es - Hospital Infantil Joana de Gusmão e Hospital Universitário-UFSC, 1999.
As
alterações cardíacasforam
verificadasem
três(18,75%)
das 16pacientes estudadas: duas (12,5%) apresentavam válvula aórtica bicúspide e
uma
(6,25%)
coarctaçãoda
aorta. Essas alteraçõesforam
diagnosticadas apósrealização
do
ecocardiograma.Todas possuíam
cariótipo45,XO.
As
malformações
renais estavam presentestambém
em
três pacientes portadorasda
ST
(18,75%).Uma
delas,também
portadora de coarctaçãoda
aorta, apresentava dilatação ureteral
no
exame
ultra-sonográfico. Outra,com
válvula aórtica bicúspide, apresentava redução
do parênquima
epequena
dilatação
do grupo
calicial à esquerda.O
exame
ultra-sonográfico da terceira paciente,com
cariótipo45,XO/46,XY, mostrou
ausência de rim à direita(agenesia? nefrectomia?) e hidronefrose à esquerda
no
momento
do
diagnóstico.Uma
pacientenão
apresentava resultadoda
ultra-sonografia abdominal.A
ultra-sonografia pélvica permitiu a análise dos ovários visando a identificação degônadas
rudimentares.Apresentaram
esta característica quatro pacientes corn cariótipo45,XO,
duasmeninas
com
mosaicismo, duas portadorasde
isocromossomo
X
e as duas pacientescom
cariótipo45,XO/46,XY.
Estas realizaram gonadectomia.15
Três pacientes
(uma
com
cariótipo45,XO
e duascom
mosaicismo)
apresentavam ovárioshomogêneos,
com
volume
dentroda
nonnalidade e trêsmeninas
portadoras demonossomia
não possuíam
resultados ultra-sonográficosem
seus prontuários.Nenhuma
pacientemostrou
alterações auditivas duranteo
acompanhamento
médico.Uma
paciente,com
cariótipo45,XO,
apresentou quadros de otitemédia
recorrentes.Somente
três das 16 pacientes estudadasmostravam
alterações nosexames
laboratoriaisno
diagnóstico. Elas apresentavam níveis de colesteroltotal,
LDL,
FSH
eLH
elevados.O
teste de liberaçãodo
HC
com
estímulo farmacológico foi realizadoem
oito pacientes.
Os
testesforam
considerados positivosquando
os níveis séricosde
HC
atingiram 10 ng/mlou
mais. Sete pacientes tiveram o teste positivo euma
apresentou nível sérico abaixodo
consideradonormal
(5 ng/ml).O
início dapuberdade
(estágioP2
do
desenvolvimento sexual de Tamier)variou de 10 a 17 anos,
com
média
de 12 anos 4meses
(i- lano 6 meses).Quatro pacientes,
com
idade cronológicamenor
de 11 anos de idade,não
entraram
na
puberdade.Parâmetros antropométricos
no
iníciodo
tratamento estão mostradosna
tabela III.
Foram
formados
dois grupos: pacientescom
menos
de 10 anos epacientes maiores de 10 anos de idade.
Cada
grupo foicomposto
por 8 pacientes.portadoras da Síndrome de Turner.
Tabela III Parâmetros antropométricos no início do tratamento de 16 meninas
IC
IO
IC-IO Altura (cm) Peso (kg)Zanos
8m
Sanos9m
6anos7m
7anosSm
8anos7m
8anos11m
9anos 9anos10m
10anosSm
llanos11m
1 lanos11m
l2anosllm
,13anos3m
13anosSm
1Sanos3m
17anosSm
Sanos6n1 4anos 6anos6ni 7anos 8anos 7anos 9anos 1Oanos6n1 1Oanos6n1 11anos2n1 12anos6n1 12anos7n1 llanos l2anos l2anos 3n1 2anos7n1 11n1 1ano'hn llni Zanos 10n1 -lni lanoSm
9n1 Sni 8n1 2anosSn13mms3m
SanosSn1 81,5 97 98 112 119,2 120 106,5 117,5 116 126 138 129 136 117,5 133 132,5 10,9 13,8 14 22 25 26 16 29,5 25,5 36 34,4 34,5 33,9 20,4 34,2 31,5Fonte: SAMES - Hospital Infantil Joana de Gusmão e Hospital Universitário-UFSC, 1999.
A
média da
diferençaIC-IO
foi de 18,67 meses.Devido
à idade precoceno
iníciodo
tratamento,uma
pacientenão
teve esta variável calculada.A
dose deHC
foi de 1 unidade/kg/semana,em
média, administraçãodiária, via subcutânea.
Os
valores de altura de todas as pacientes,no
inícioda
terapia,foram
colocados ntun
gráfico
deDP
parameninas
com
ST, associado aográfico
demeninas
nonnais (área sombreada).O
mesmo
foi construídocom
baseno
gráfico
deRanke
et al 12.O
resultado estádemonstrado na figura
2.17 Altura (DP) ;z:=.:IÍ?ifÍãz¡; ,., +2
.
+1eo eo
.
i¡-í-í--aí-_
:1'Q
o.'.
0
2|'|'|'1'l'I'|'I'l't
Id2d¢(an0S) 2 õ 10 16 20figura 2: Altura de pacientes com Sindrome de Turner (em DP) anterior ao uso de HC.
Observando
o gráfico, verificou-seque
9 pacientes(56,25%)
apresentavam altura abaixo damédia
parameninas
portadorasda
ST.Uma
delas estava abaixo de-2DP
e outra possuía altura2DP
acima da
média.Todas
estavam
abaixodo
5° percentil parameninas
normais.A
tabelaIV
mostra os resultadosdo
l1\/IC” das pacientes estudadas.Tabela IV: Classificação das pacientes segundo ]1V[C.
N”
%
Baixo Peso 13 8 1,25 PesoNormal
3 18,75 Sobrepeso - Obesidade - Total 16 100A
tabelaV
apresenta aVC
(cm/a) antes e durante o uso deHC
etempo
de usoda
medicação.Tabela V: Velocidade de crescimento (cm/a) antes e durante o uso de
HC
e tempo de usoda medicação (anos).
N”
Antes1°An0 2"Ano 3"An0 4°Ano
5'ÍAno6”An0 Tempo
Uso1 7,5 7 6 2 3 7,5 7 3 _ 6 5,5* 4 3 7 4,5 5 4,5 6,5 6,5 6 _ 7 s 7 6,5 6 7,5 3 _ 3,5 s
Média
4,9 6,9 6,6 9 _ 3 3 10 3 7 5 11 1,5 9 7° 12 _ 6 5° 13 _ 7° 3° 14 _ 4,5 5,5 15 2,5* 2,5 1,5 16 3* 2 2,5°Média
2,5 5,0 4,0 7 _ _ _ 5* _ _ _ 4,5 4,5 4,2 3,4 5 5 _ _ 5° _ _ _ 4° _ _ _ 5 6° _ _ 3° _ _ _ 2 2 3 3 2 2 6 3 3 3 2 2 2 4 2 3Fonte: SAMEs - Hospital Infantil Joana de Gusmão e Hospital Universitário-UFSC, 1999.
K1 Uso de estrogênio associado ao
HC
+ Uso de oxandrolona associado ao
HC
por i 1 ano.19
No
primeiro grupo (pacientesmenores
de 10 anos) verificou-seum
aumento na média
das velocidades de crescimento de 4,9cm/a
para 6,9 e 6,6cm/a
nos dois primeiros anos de terapia.Em
uma
pacientenão
se verificouaumento na
VC
com
o
uso deHC.
No
entanto, a pacientenão usou
amedicação
no
3°ano
e aVC
caiu para 2cm/a
_Excetuando-se
uma
paciente, aquelas queusaram
HC
pormais
de doisanos tiveram a
VC
mantidaou
reduzida nos anos seguintes.No
segundo
grupotambém
houve
aumento da
VC
com
o uso deHC:
2,5cm/ano
para 5 e 4cm/ano
nos dois anos de terapiaAs
pacientesacima
de 15 anos de idade cronológicanão
tiveram suaVC
aumentada
com
o uso deHC.
Somente
uma
das pacientesdo
grupo 2 fez uso exclusivo deHC
no
terceiro
ano
de tratamento. Diferentedo
grupo 1,não
se observouqueda na
VC.
As
tabelasVI
e VII e afigura
3mostram
os resultados após dois anos deTabela VI: Parâmetros antropométricos após dois anos de terapia
com HC.
IMCHMUE
IC
IO
lc-10ALTURA
(cm) 14a8m
27a9m
38a7m
49a4m
510a8m
6mallm
710a11m
8Ua10m
9l2a5m
1013a11m
1113a11m
1214a10m
1315a3m
1415a5m
1517a3m
1619a6m
7a
8a
9a4m
10a6m
Ha
9a
Ba
l1a6m
11a6m
Da
Ba
Ma
Ha
Ha
Ba
9m
7m
2m
-Im
lallm
-1a2m
11m
2a5m
lallm
1a10m
1a3m
4a5m
5a3m
6a6m
94 111,5 110,5 123,5 133,5 137 120 135 122 138,5 154 140 145,5 123,5 137 137Fonte: SAMEs - Hospital Infantil Joana de Gusmão e Hospital Universitário-UFSC, 1999.
21 Altura (DP) Yz~z›z ‹ zvz z›z¬z'.~~‹~~-V ,zzw~.zw.×››.,«w»«.zz ššfšiffiii???¿15š-5š5š=šš-§~›-éíšíšfíššfišít” zzfz”-šššššš? i,~,z,~i-,;..,i,., . ...,.,.'.,.i,.,...¿.,¢zíz;zzàMM, H im-»zz».». -.z\-.›z..-zz.z.zz.»».»»~~~- --zzz-z,zzzz×v¬zzzzzzz.zzzz zzzzzzzzzzzzzzw.. zzz zzzvz = z_›,..`.`z» z '.~zzzzz›»zzzz»«z,zzz,-W +2 +1
O
IO.
'
I
O
O
-1 -2|'l'|'|¡Il|'|'|'|'|
Idad¢(aH0S) 2 ó io iõ 20Figura 3: Altura de pacientes (em DP) com Síndrome de Tumer após 2 anos de terapia com HC.
Após
dois anos de terapia, 7 pacientes (43,75%)
encontravam-se abaixoda
média
parameninas
com
ST.Nenhuma
estava abaixo de-2DP.
Três pacientesTabela VII: Previsão de estatura final antes e após dois anos de uso de
HC
Paciente Antes Após 2 anos
1
Não
calculado 2Não
calculado 3Não
calculado 4 151,7cm
5 155cm
6 152cm
7 138,3cm
8 142cm
Média
147,8cm
9 132cm
H 10 140,5cm
11 151,6cm
12 137cm
13 144,5cm
14 128cm
15 142,7cm
16 142cm
Média
139,8cm
Não
calculado 147cm
140cm
147,7cm
151cm
152cm
142,7cm
142,8cm
146,2cm
133,5cm
149,5cm
165,2cm
145cm
148cm
140cm
147cm
142cm
146,3cm
Fonte: SA1\/[Es - Hospital Infantil Joana de Gusmão e Hospital Universitário-UFSC, 1999.
Três pacientes
não
tiveram sua previsão de estatura final calculadaporque
iniciaram o tratamento
com
idade Óssea<
6 anos oque
impossibilitou o calculo1 1
P
“E
~pe
ométodo
deBay
ey&
inneau . in tuna delaso
cálculonao
foi possivel23
No
grupo 1 (IC<
10 anos) tem-seuma
média
de previsão de estatura finalantes
da
terapia de 147,8cm
e de 146,2cm
após dois anos de tratamento.No
grupo 2 (IC>
10 anos) amédia
de estatura foi de 139,8cm
antesdo
tratamento e de 146,3
cm
após dois anos de terapia.Nas
pacientesque
fizeram
uso de outrasmedicações foram
encontrados os seguintes resultados: grupo 1formado
por três pacientesque
receberam
oxandrolona antesdo
usodo
HC,
uma
delas iniciou amedicação
com
8 anos e4
m
e usou-a durante 6 anos.A
VC
anterior àmedicação
era de 2,5cm/a
.Nos
trêsprimeiros anos de uso,
com
dose de lmg/d, asVC
foram
de 5, 5,5 e 3cm/a
.Nos
dois anos seguintes,com
dose de 2,5 mg/d, aVC
aumentou
para 4,5 e 6cm/a
.No
últimoano
de usoda
oxandrolona (0,5mg/d)
aVC
caiu para 2,5cm/a
.Outra paciente iniciou a
medicação
aos 14 anos de idade e usou-adurante três anos.
A
dose inicial foi de 1,75mg/d
(la5m)
e após foi reduzidapara
lmg/d
(la 7m).A
VC
anterior ao usoda
oxandrolona foi de 2,5cm/a
_Nos
três anos de tratamento, as velocidades de crescimento
foram
de 4,5em/a no
primeiro
ano
e 3cm/a
nos dois anos seguintes.A
terceira pacientedo
grupousou
oxandrolona durante 8 meses,na
dose de 2,5 mg/d. Durante este ano, a paciente cresceu apenas 1,5 cm._
Fazem
partedo
grupo 2 quatro pacientesque
fizeram
usoda
oxandrolonaassociada ao
HC.
Duas
pacientes receberam a terapiacombinada
durante 1 ano.A
primeira recebeulmg/d
de oxandrolona durante osegundo
ano de usodo
HC,
determinando
uma
VC=5,5
cm/a, 0,5cm
menor
que
no ano
anterior(HC
exclusivo). Já asegunda usou
o esteróide anabolizante (lmg/d) duranteo
3°ano
de
HC.
A
VC
foi de 5 cm/a, 0,5cm
maior que
no ano
anterior.As
outras duasreceberam
terapiacombinada
porum
períodomenor
que
1ano. Portanto, esse período de terapia
combinada não
foi consideradono
estudo.O
grupo 3 éfonnado
por 9 pacientesque
usaram
estrogênio associadoou
não
aoHC.
Os
resultados estãona
tabelaVIH.
24
Tabela VIII: Idade de início, dose utilizada e velocidade de crescimento (VC) determinada pelo uso do estrogênio.
Paciente Idade Início Dose (mg/:D
VC
(cm/ano)Uso Estrogênio
Ano
Anterior7
13a
912a7m
1014a5m
1114a3m
1214a5m
1313a3m
0,3 0,625 0,3 0,625 0,3 0,625 4,2 3,5zm/6m 5 1,5* 5 7 4,3 3,5 4,5 5 6,5 14 16 a 5m
0,625 6 4,5 15 17 a 10m
0,3 1* 2,5 16 19 a 0,625 3,5 1Fonte: SAMES - Hospital Infantil Joana de Gusmão e Hospital Universitário-UFSC, 1999.
* Estrogênio não associado ao
HC
Sete das 16 pacientes iniciaram o uso de progesterona _
A
idade de iníciovariou de 15anos a 19anos e
10m,
com
média
de lóanos e9m, aproximadamente
lano e2m
após o iníciodo
estrogênio.A
dose inicial foi de 5 mg/d,em
média,do
10° ao 20° diado
ciclo.Os
critérios de suspensãodo
tratamentocom
HC
citados por Rosenfeld et al(idade óssea
S
14 anosou
VC
<
2,5cm
/ano)“ foram
Verificados nas pacientes25
Tabela IX: Critérios de suspensão do tratamento
com
HC
nas pacientes do grupo estudado.Paciente
IC
IO
VC
último ano usoHC
8 13
a4
m
15 a 5 cm/a11
l3a11m
12a 7cm/a12
l5a6m
l4a6m
2,5cm/6m
13 15 a 13 a 3
m
3 cm/a15
17a1m
12a 1,5 cm/a16
20a6m
14a 3 cm/aFonte: SAMES - Hospital Infantil Joana de Gusmão e Hospital universitário-UFSC, 1999.
Uma
paciente suspendeu 0 tratamento antesdo
recomendado
porquenão
recebeu amedicação da
Secretaria de Saúde, após dois anos de uso deHC.
As
outras pacientes respeitaram
um
ou
outro critério de suspensãodo
tratamento.Cinco
das 16 pacientes atingiram sua estatura final.Essa
foicomparada
à previsão de estatura fmal após 2 anos de terapia e à estatura alvo determinadapela altura dos pais,
como
demonstrado
na
tabela X.Tabela X:
Comparação
entre altura final atingida, previsão de estatura final e estaturaalvo.
Paciente Altura Final (em) Previsão de estatura final (cm) Estatura Alvo (cm)*
11 160 165,2 172,5 12 143,5 145 157,5 13 145 144,5 153,5 166,5 |›-H-1 O\KI'I ›-l›-I -lã-5 ›-››- ›-n-1 -lä-|> l\)--l
Fonte: SAMES - Hospital Infantil Joana de Gusmaõ e Hospital Universitário-UFSC, 1999. *Estatuia alvo = altura do pai (cm) + altura da mãe (cm) - 6,5
26
A
média
de altura final atingida foi de 146cm
nas cinco pacientes.Excluindo
uma
das pacientesque
apresentou estatura finalmuito
acima
dasoutras, a inédia de estatura passou a ser de 142,5 cm.
Três pacientes tiveram estatura final
próxima
de suas estaturas previstas.Todas
ficaram
abaixoda
estatura alvo (16cm
em
média).A
Tiroidite deHashimoto
foi diagnosticadaem
6 pacientes (37,5%).Todas
apresentavamaumento
nos níveis séricos deTSH
e redução dos níveis de T3, T4e/ou T4 livre,
mas
somente
em
quatro os anticorpos anti-tireoideanosestavam
presentes.
Uma
pacientenão
realizoudosagem
de anticorpos e outranão
apresentou anticorpos circulantes.Obseivou-se
um
aumento
nos níveis deFSH
eLH
anterior ao usodo
estrogênio.
Uma
das pacientescom
cariótipo45,XO/46,XY
apresentou níveisaumentados
deFSH
eLH
durante todoo
acompanhamento.
Nenhuma
apresentouaumento
nas glicemias jejum.Uma
das pacientes, nascidacom
suspeita daSíndrome
dePrunne
Belly,apresentou hematúria
em
váriosexames
parciais de urina. Foi realizadauma
exaustiva investigação das vias urinárias:USG
e cintilografia renal e diversas uroculturas, todascom
resultados negativos.Uma
paciente apresentou níveis de colesterol nos limites superioresda
normalidade durante todo oacompanhamento
médico.5.
DISCUSSÃO
O
retardono
crescimento e o atrasono
desenvolvimento sexual são asqueixas
mais
frequentes das pacientescom
ST1`5”7`12”14”18,21`34'O
atrasono
crescimento esqueléticopode
ser observado jána
vida intra-uterina detenninando perda de
i
500 g no peso
e 2,8cm
na
alturaM”
12° 21'Tendo
como
referência ográfico
de crescimentodo
NCHS
35, asmédias
de peso ealtura ao nascimento são de
3200 g
e 49,9 cm, respectivamente.No
estudo asmeninas
apresentaram perda deaproximadamente 300 g no
peso e 2cm
na
altura,
confirmando
o retardo de crescimento intra-uterino.O
estudo cariotípico das pacientescom
suspeita deST
é indispensávelpara a
confirmação
diagnóstica LS*Além
disso, a identificaçãodo
cariótipo45,XO
é importante devido amaior
incidência demalformações
viscerais nessasmeninas
1436'Da
mesma
fonna, a presençado
cromossomo
Y
predispõe ao desenvolvimento degonadoblastoma
nas estrias gonadais, o quetambém
justifica a análise precoce
do
cariótipoH'
Em
vários estudoso
cariótipo45,XO
é identificadoem
aproximadamente
50%
das pacientes 1°2”4”5”8”14718”23°24°26”28°31'Jáno
estudo de Rosenfeld, Frane, Attie etal U, a incidência foi de
75%.
Embora
este cariótipo seja bastante frequente nasportadoras de ST, alguns autores são citados
como
defensoresda
hipótese deque
todas asmeninas
nascidas vivaspossuem
células46,XX
normaisem
seus tecidos,ou
seja, todas seriammosaicismo
parao
cromossomo
sexual U4'O
mosaicismo
45,XO/46,XX
é encontradoem
10 a15%
das pacientes, a presençado
cromossomo
Y
em
2 a5%
e oisocromossomo
X
corresponde a 1028
No
grupo estudado, as pacientes45,XO
e as portadorasdo
isocromossomo
X
(l2,5%) apareceramem
frequência semelhante à literatura. Já as porcentagens demosaicismo (25%)
e de pacientescom
cromossomo
Y
(12,5%)
foram
maiores que as citadas pelos diversos autores.A
suspeita diagnóstica ocorreem
quatro etapasda
vidada menina
com
ST.
Os
embriõesou
fetos afetados pelaST
são reconhecidos in útero pelapresença de
edema
fetalou
hidropsia. Se a ultra-sonografia identificaruma
massa
nucalcom
septações (higroma cístico), a possibilidade deST
é aindamais
reforçada.
O
recém
nascido apresenta estatura reduzida, linfedema demãos
epés e excesso de pele
na
nuca. Durante a infância, a baixa estatura associada aossinais fisicos característicos
da
ST
sugerem
o diagnóstico.E
finalmente na
adolescência, a amenorréia primária levanta a possibilidade
da
ST
l°2”5'Neste
estudo,nenhuma
paciente teve o diagnóstico feitona
vida intra-uterina e
em
apenas duas aST
foi diagnosticada logo após o nascimento pelapresença de
edema
em
mãos
e pés.A
grande maioria foi diagnosticada pelaqueda na
VC
que inicia aos 2ou
3 anos de idade. Três pacientes incluindo asduas portadoras de
cromossomo
Y, tiveram seu diagnóstico firmadona
adolescência.
Relacionando os cariótipos à idade cronológica
no
diagnóstico, verificou-se
que
as pacientescom
monossomia
tiveram aST
diagnosticadamais
precocemente. Issopode
ser explicado pelamaior
frequência das característicasfísicas típicas
da
ST
nesse cariótipo 1°2=4”5'No
presente estudo,70%
dascaracterísticas
mais
frequentesforam
encontradas nas pacientes45,XO.
~As
malformaçoes
visceraistambém
são descritascom
maior
frequênciana
monossomia
X
1436'Num
estudo realizadona
Dinamarca
36, verificou-se apresença de alterações cardíacas
em 26%
das 179 pacientescom ST
estudadas, incidênciaaumentada
em
relação aos 2ou
3%
da
populaçãoem
geral.A
válvula29
aórtica bicúspide e a coarctação
da
aorta apareceramem
14 e10%
dos casos, respectivamente.Hall e Gilchrist 1
relatam a frequência de coarctação
da
aorta de l5 a30%
nas pacientes
com
ST.A
válvula aórtica bicúspide foi observadaem
1/3 das pacientes estudadas. Resultados semelhantes são descritos porLippe
2°4, Setian 3e
Mayayo
et al 5.Neste
estudo, três pacientes(18,75%)
apresentarammalformações
cardíacas: duas
com
válvula aórtica bicúspide (12,5%)
euma com
coarctaçãoda
aorta (6,25%).
Todas possuíam
o cariótipo45,XO.
Essesnúmeros
podem
não
representar a realidade desse grupo já
que
8 pacientesnão
apresentavamresultados ecocardiográficos
em
seus prontuários.Das
pacientesque
realizaramo
exame,
três (37,5%) apresentavam alterações cardíacas, frequência semelhantea encontrada
na
literatura.As
anonnalidades estruturaisou
posicionais dos rinstêm
sido descritasem
30
a70%
das pacientescom
ST,em
comparação
aos10%
da
populaçãonormal
M
.Cerca
de10%
apresentam rinsem
ferradura,20%
têm
sistemascoletores duplos
ou
ausência deum
rim e amá
rotação apareceem 15%
doscasos 1”2”4.
Na
ST
tem
sidodescrita hipoplasia
da
musculaturaabdominal
associada a anomalias genitourinárias 1.
Em
pacientes adultas, hidronefrosesilenciosa é encontrada
em
6 a10%
dos casos 1.Devido
a essa alta incidência de anomalias renais,recomenda-se
a realizaçãode
ultra-sonografiaabdominal
tão logo seja feitoo
diagnósticoda
ST
LS.
Em
três pacientes(18,75%) foram
encontradas alterações renais.Uma
delas,com
dilatação ureteral, apresentavatambém
hipoplasiada
musculatura abdominal. Suspeitou-se inicialmenteda Síndrome
dePrurme
Bellymas
essecaso
pode
ser representanteda
associação entre anomalias genitourinárias e hipoplasiada
musculaturaabdominal
citada anteriormente.30
A
disgenesia gonadal está presenteem
88 a95%
das pacientescom
ST
1'533. Histologicamente,
o
ovário deum
fetocom
ST
apresenta-senormal
entre
14-18
semanas
de gestação.Após
este períodocomeça
a ocorrer perda deoócitos
com
progressiva fibrosedo
estroma. Acredita-seque
esta perdapermaneça
até os dois primeiros anos de idade. Esse processo de evoluçãofibrótica
não
ocorre obrigatoriamenteem
todas as portadorasda
ST.Cerca
de10%
dasmeninas
podem
secretar estrogênio suficiente parapromover
o iníciodo
desenvolvimentomamário
e a menarca. Este fato é maiscomum
entre as portadoras demosaicismo
mas também
pode
ocorrerna
monossomia
LS_Nas
pacientesdo grupo
estudado, 10 (62,5%) apresentavamgônadas
rudimentaresno
exame
ultra-sonográfico, quatro delascom
cariótipo45,XO.
Esse grupopode
ser maior, já que três pacientescom
cariótipo45,XO
não
possuíam
resultados ultra-sonográficosem
seus prontuários. Considerandoque
95%
das pacientes cornmonossomia
apresentavam ovários rudimentares, a incidência dessa característicapode
estar subestimada.Além
disso, a paciente45
,XO
que
apresentava ovárioshomogêneos,
realizou aUSG
precocemente, aos 2meses
de idade, e a substituição fibrótica poderia estar apenas iniciando.Nas
pacientescom
cromossomo
Y
no
cariótipohá
riscoaumentado
de degeneração maligna nas estrias gonadais (15 a25%).
As
duas pacientes portadorasdo
cromossomo
Y
realizaram a retirada cirúrgica dasgônadas
logo após a identificação cariotípica,como
indicado pela literatura LS.Otite crônica é referida
em
até80%
das portadorasda
ST
e a incidência deperturbações auditivas
chega
a20%
nos adultoscom ST
1°2°4°5. Hall eGilchrist 1 relatam
uma
frequência de alterações auditivas de50-70%
na monossomia,
45%
no mosaicismo
e de até100%
nas pacientescom
isocromossomo
X.Apenas
uma
pacientedo grupo
estudado apresentou quadros de otitemédia
durante0
acompanhamento
médico.Nenhuma
paciente referiu dificuldades auditivas.A
31
frequência de perturbações auditivas
também
pode
estar subestimada jáque
a audiometria foi realizadaem
apenas duas pacientes.A
Tiroidite deHashimoto
é ofenômeno
auto-imune demaior
prevalênciana
ST
(50%
dos casos) 1`5.O
screening para diagnósticoda
Tiroidite(TSH
eT4
livre)
deve
ser realizado anualmente.Dosagens
séricas deTSH
elevadas eT4
livre reduzidas associadas à presença de auto-anticorpos anti-tireideanos
diagnosticam a doença.
Embora
tenha sido associada inicialmente àsanormalidades estruturais
do
cromossomo
X
(isocromossomo), níveis séricoselevados de anticorpos anti-tireoideanos,
com
ou
sem
falência tireoideana,têm
sido vistostambém
na
monossomia
eno mosaicismo
L2.O
diagnóstico e tratamento precocedo
hipotireoidismo é importanteporque
omesmo
determina retardono
crescimento e atrasono
desenvolvimentopuberal 37. Tal atraso
no
crescimento e desenvolvimento naspacientes
com ST
seria ainda
mais
pronunciado pelas próprias característicasda
ST: baixa estaturae falência gonadal.
No
presente estudo, 6 pacientes (37,5%) tiveram a Tiroidite deHashimoto. Quanto
ao cariótipo, duaseram 45,XO,
três apresentavammosaicismo
euma
possuíaisocromossomo X,
confirmando
os dados deliteratura anteriormente citados 1” 2.
A
intolerância à glicose éuma
alteração metabólica registradaem
até60%
das pacientes
com
ST.Os
testes de tolerância à glicoserefletem
respostas hiperglicêmicas ao teste oralou
pós-refeição.Os
níveis de insulinapodem
estar elevados, normaisou
baixos 1`5 .Nas
16 pacientes estudadas,nenhum
resultadolaboratorial indicou a presença desta alteração.
Verificou-se a presença de sobrepeso através
do
cálculodo
índice demassa
corpórea 17 _Ao
contráriodo
citadona
literatura U8,nenhuma
paciente32
Em
meninas
normais, apuberdade
ocorre entre os 8 e 13 anos de idade.A
telarca Qoresença de brotomamário)
é a primeira manifestaçãoda
puberdade, seguida pela pubarca (presença dos primeiros pêlos pubianos) e, por último, pelamenarca que deve
ocorrer entre os 10 e 15 anos de idade 13.O
hipotálamoatravés
da
liberaçãodo
GnRH
estimula a liberação deFSH
eLH
pela hipófise. Esteshormônios atuam
sobre as gônadasque
secretam os esteróides sexuais, responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias.Nas
meninas
nonnais,o
estágioP2
do
desenvolvimento sexual deTanner
(pêlos terminais, grossos, pigmentados, discretamente curvilíneos nos grandes lábios emonte
de vênus) ocorre por volta dos9
ou
10 anos de idade 13.O
atraso puberal é vistoem
92%
dasmeninas
com
cariótipo45,XO.
O
fenótipo é femininomas
os órgãos genitais externostêm
aspecto infantil.Os
seios
não
sedesenvolvem
e os pêlos pubianos estãoem
pequena
quantidadeou
ausentes 38.
No
grupo estudado, o estágioP2
deTarmer
foi verificado aos 12 anos e4
meses,
em
média, oque
caracterizaum
atrasono
inícioda
puberdade.Além
disso, o aparecimento dos pêlos pubianos
não
foiacompanhado
dedesenvolvimento dos brotos
mamários
oque
pode
significarum
crescimento depêlos pelo estímulo androgênico adrenal e
não
pelos esteróides sexuais 38.O
tratamento das pacientescom
ST
tem
dois objetivos principais: a)melhorar
o
atrasono
crescimento e b) induziro
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e a menarca.Vários estudos
têm
aferido ao tratamentocom
HC
e estrogêniouma
melhora na
qualidade de vida das pacientescom
ST
22°26”34'39.A
normalizaçãoda
altura durante a infância
pode
ter importantes efeitos psicológicos e sociais einfluenciar positivamente a auto estima e a relação
com
outras crianças 22.Lagrou, Xhrouet-Heinrichs, Heinrichs et al 26 realizaram
um
estudocom
33
função psicossocial
da
terapiacom
HC.
As
pacientesforam
distribuídasem
trêsgrupos de acordo
com
a idade:A-
3,7 a 5,8 anos, B-7,2 a 11,8 anos e C-12,5 a16,4 anos.
A
altura era percebidacomo
um
problema
nos gruposB
e C.No
grupo
C, a altura, após dois anos de tratamento, deixou de ser vistacomo
tal.As
aplicações subcutâneas diáriaseram pouco
aceitas nasmenores
de 6anos de idade.
Da
mesma
fonna, esse grupo possuíauma
expectativa pela alturafinal
muito maior que
os outros grupos. Essa expectativanão
foi alteradacom
aterapia. ~
No
estudoda
função psicossocial, observou-se nos gruposA
eB
problemas
de atenção, concentração e impaciência.Também
no
grupoB
foram
verificados dificuldades para aceitar as brincadeiras sobre a baixa estatura ena
participaçãoem
atividades sociais, culturais e esportivas.Nesses
grupos, a terapianão
promoveu mudanças
significativas.No
grupo
C
predominaram
osproblemas
sociais, a baixa auto estima e ossentimentos de inferioridade.
Após
dois anos de tratamentocom
HC,
as pacientespassaram
a trabalharmelhor
osproblemas
emelhoraram
a auto estima.Concluiu-se
que
a percepçãoda
baixa estatura e a função psicossocialda
terapia
com
HC
podem
variarcom
a idade, apresentandomudanças
significativas após dois anos de tratamento.
Nielsen 34, estudando vários autores, concluiu
que
o diagnóstico precoce,a informação dos pais e pacientes, a estimulação, participação
em
grupos e tratamentohormonal adequado determinam
uma
boa
qualidade de vida para as pacientescom
ST.O
teste de liberaçãodo
HC
com
estímulo farmacológico é indicado naspacientes