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O impacto da publicidade impressa, no formato cartaz, nos convidados do Dolce Vita Douro

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Academic year: 2021

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O impacto da publicidade impressa, no formato cartaz, nos convidados

do Dolce Vita Douro

Relatório de Estágio

2º Ciclo de Estudos em Ciências da Comunicação

Vertente Relações Públicas e Publicidade

Emanuel Cláudio Martins Germano

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_______________________________________________

Imagination rules the world.

Bonaparte, Napoleon (1769 – 1821) Imperador Frânces.

I have failed over and over again. That is why I succeed.

Jordan, Michael (1963) Basquetebolista.

In the middle of difficulty lies opportunity.

Einstein, Albert (1879 – 1955) Físico teórico alemão.

When love and skill work together expect a masterpiece.

Ruskin, John (1819 – 1900) Escritor e crítico.

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Resumo

O presente relatório descreve as atividades desenvolvidas durante seis meses de estágio, repartido pelo Hotel Tivoli Victoria e pelo Centro Comercial Dolce Vita Douro, executando diversas tarefas relacionadas direta ou indiretamente com a área da comunicação.

Assim, o relatório seguidamente apresentado descreve na sua maior parte, uma síntese e uma breve reflexão de um percurso e consequente introspeção sobre ele, aliando-o ao desenvolvimento de um estudo cientifico sobre o impacto da publicidade impressa, no formato cartaz, nos convidados do Dolce Vita Douro.

A publicidade representa um conceito muitas vezes procurado com o intuito de promover os serviços ou produtos, funcionando assim, como um fator determinante no sucesso de uma empresa. Consciente disto, o estudo seguinte é complementado com a apresentação de um marco teórico referente aos cartazes e aos critérios que fazem deste um instrumento muitas vezes utilizado pelas empresas.

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Abstract

This report describes the activities performed during six months of probation, divided by the Hotel Tivoli Victoria and the Centro Comercial Dolce Vita Douro, performing various tasks related directly or indirectly to the field of communication.

Thus, the report presented below describes, mostly, a summary and a brief reflection of this path and a consequent introspection about it, allied with the development of a scientific study about the impact of print advertising, in poster format, on the guests of Dolce Vita Douro.

Advertising is a concept often sought in order to promote services or products, serving as a determining factor in the success of a company. Realizing this, the following study is complemented by presenting a theoretical framework regarding the posters and the criteria that makes those a tool often used by companies.

(5)

Agradecimentos

Ao longo destes seis meses em que estive envolvido no estágio do Mestrado em Ciências da Comunicação, realizado no Hotel Tivoli Victoria e na Chamartín Imobiliária (Centro Comercial Dolce Vita Douro), tive a oportunidade de contar com o apoio de diversas pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram para a elaboração do presente relatório de estágio. É neste contexto que dirigirei os seguintes agradecimentos:

Em primeiro lugar, gostaria de ao Professor Doutor Álvaro Cairrão pelo seu apoio e orientação;

Ao Professor Doutor Galvão Meirinhos pela simpatia, clareza e ajuda disponilizada;

À Dra. Ana Margarida Torres, minha orientadora de estágio na Chamartín Imobiliária, por todo o apoio e estímulo que me prestou, por toda a energia e motivação que me transmitiu e pelo seu exemplo de profissionalismo e dedicação;

À Dra. Ana Paula Santos por me possibilitar a realização dos dois meses de estágio no Hotel Tivoli Vitoria;

Ao Engenheiro Roberto Senra pela sua simpatia e recetividade com que me acolheu na Chamartín Imobiliária;

A todos os colegas da Chamartín Imobiliária, com especial agradecimento para o Engenheiro Pedro, Dra. Maria do Carmo e D. Mercedes. Foram uns verdadeiros colegas de trabalho.

À minha família pelo constante apoio, e em especial à minha mãe pelo amor e carinho de sempre;

À minha namorada, Sandra Lopes, pela importância que tem na minha vida. És a minha inspiração.

A todos aqueles que com o seu saber e conhecimento, contribuíram para o meu enriquecimento pessoal.

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Índice

1) Introdução... 8

2) Estágio Curricular ... 9

2.1) Justificativa da realização do estágio ... 9

3) Estágio Curricular no Hotel Tivoli Victoria ... 10

3.1) O grupo Tivoli ... 10

3.2) Tivoli Victoria ... 11

3.3) Integração ... 12

3.4) Atividades desenvolvidas no Hotel Tivoli Victoria ... 13

4) Estágio curricular na Chamartín Imobiliária ... 15

4.1) Descrição e Caracterização da Chamartín Imobiliária ... 15

4.2) O Centro Comercial Dolce Vita Douro ... 15

4.2.1) A marca Dolce Vita ... 15

4.2.2) Atividades desenvolvidas no Centro Comercial Dolce Vita Douro ( Chamartín Imobiliária ) ... 16

5) Enquadramento Teórico – Impacto da Publicidade Impressa no formato cartaz ... 21

5.1) A publicidade ... 21

5.2) O formato cartaz ... 22

5.3) História do formato cartaz ... 24

5.4) O cartaz: Arte, Comunicação e Publicidade ... 26

5.5) Elementos do cartaz: Imagem e texto ... 27

(7)

5.7) Composição gráfica de uma campanha publicitária ... 29

5.8) Elementos gráficos presentes na área de design ... 31

6) Estudo exploratório ... 31

6.1) Objetivos ... 31

6.2) Objeto de estudo ... 32

6.2.1) Persuasão dos cartazes ... 32

6.3) Metodologia ... 33

6.3.1) Enquadramento metodológico ... 33

6.3.2) Tipo de estudo ... 34

6.3.3) Objeto de estudo ... 34

6.3.4) Recolha de dados ... 36

6.3.5) Análise de dados estatísticos ... 37

7. Reflexão Crítica do Estágio ... 51

8) Conclusão ... 53

9) Referencias Bibliográficas ... 55

(8)

1)

Introdução

O presente relatório de estágio surge na sequência da realização de um estágio curricular no Hotel Tivoli Victoria e no Centro Comercial Dolce Vita Douro. O tempo de realização de estágio foi distribuído pelas duas empresas, sendo que os seis meses, foram partilhados num tempo de 2 meses realizados no Hotel Tivoli Victoria em Vilamoura, e quatro meses realizados na empresa Chamartín Imobiliária, responsável pela administração do Centro Comercial Dolce Vita Douro em Vila Real.

O estágio curricular representa uma oportunidade única de contacto com a realidade laboral, proporcionando ao estudante universitário colocar em prática alguns conhecimentos adquiridos durante a formação académica, assim como prepara-lo para um mercado de trabalho cada vez mais exigente.

Com este relatório pretende-se refletir sobre todo o percurso de aprendizagem desenvolvido no Hotel Tivoli Victoria e na empresa Chamartín Imobiliária que merecerá um maior destaque, devido ao maior envolvimento no estudo de investigação. Assim, serão abordadas todas as dificuldades com que me deparei, o que foi feito para as minimizar, quais as estratégias utilizadas para as ultrapassar e ainda quais os aspetos positivos e relevantes.

O primeiro ponto reflexivo deste relatório, retrata a contextualização do estágio, com a apresentação de uma descrição completa das empresas envolvidas e das tarefas realizadas, assim como uma referência à integração, relatando as dificuldades e motivações envolvidas em todo o processo. Apesar de as tarefas realizadas não estarem relacionadas diretamente com o que foi abordado nas aulas, a verdade é que os conhecimentos teóricos adquiridos permitiram-me uma resposta mais rápida e eficaz em todas as tarefas realizadas.

Na segunda parte deste relatório, o enquadramento teórico, será apresentada toda a informação pertinente acerca do formato cartaz, tentando assim obter uma contextualização, como forma de perceber melhor a importância destes na promoção de um produto ou serviço. Esta contextualização teórica é importante, na medida em que facilita a compreensão dos resultados quantitativos da investigação realizada.

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A terceira parte do presente relatório, apresenta os métodos e resultados utilizados no processo de investigação desenvolvido, articulando-os com uma análise objetiva dos dados referentes aos inquéritos utilizados no estudo. A questão de investigação escolhida, “O impacto da publicidade impressa, no formato cartaz, nos convidados do Dolce Vita Douro”, permitiu uma grande envolvência de todos os colegas do Centro Comercial Dolce Vita Douro, na medida em que retrata um tema atual e importante, que trará resultados importantes na formulação das estratégias de marketing e publicidade a utilizar no futuro.

A etapa seguinte deste relatório, será a realização da reflexão crítica, através do estabelecimento de um paralelismo entre os dois locais de estágio. São apresentadas as conclusões a retirar, avaliando de forma consciente a minha atuação e perspetivando formas de melhor no futuro.

Por último, serão minuciosamente expostas todas as fontes bibliográficas que ajudaram a construir a parte teórica deste relatório, bem como a anexação de um exemplar de cada trabalho desenvolvido durante este período de aprendizagem.

2) Estágio Curricular

2.1) Justificativa da realização do estágio

A realização de um estágio curricular é de extrema importância, na medida, em que funciona como um complemento da formação teórica, enriquecendo a experiência profissional.

Não seria a primeira experiência prática realizada, porém, considero-a indispensável para uma aprendizagem mais ampla, e uma possibilidade de explorar novas orientações para uma futura carreira profissional.

O início do estágio representou assim o início de um percurso com a duração de seis meses, onde fundamentalmente complementaria a minha aprendizagem, sem no entanto esquecer as experiencias adquiridas, melhorando assim o papel a desempenhar ao longo da vida.

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As expectativas eram, com certeza, muito elevadas, sendo o meu objetivo conseguir os melhores resultados possíveis, aprendendo com entusiasmo e envolvendo-me com a cultura das empresas.

Propus como objetivo para o presente ano letivo, progredir ao máximo para satisfazer os meus objetivos, mas também satisfazer as exigências esperadas de um aluno estagiário de mestrado. Assim, as minhas motivações concentravam-se essencialmente na melhoria a nível de conhecimentos, exercendo novas funções e criando estratégias que possa utilizar e melhorar no futuro.

Não obstante, apesar da incerteza e da ansiedade perante aquilo que iria encontrar, as minhas expectativas representavam-se essencialmente de muitos sentimentos otimistas.

Em traços gerais, posso afirmar que a vontade em realizar esta nova etapa da minha vida, em empresas exigentes e rigorosas, foi determinante na escolha dos locais, em particular de um local a mais de 600 km da minha área de residência. Apesar desta dificuldade inicial sempre me mostrei determinado e preparado para encarar de forma positiva aquilo que iria encontrar.

Hoje, na sociedade atual, não basta ao profissional conhecer teorias, perspetivas e resultados de investigação, tem de se ser capaz de construir soluções adequadas, o que requer não só capacidade de criação de conhecimento teórico, mas principalmente de saber lidar com situações práticas e reais.

3) Estágio Curricular no Hotel Tivoli Victoria

3.1) O grupo Tivoli

Fundado em 1933 com o prestigiado Tivoli Lisboa, o grupo Tivoli Hotels & Resorts é uma das principais cadeias hoteleiras de Portugal, disponibilizando sensivelmente 3300 quartos em alojamento, distribuídos por quatro e cinco estrelas.

Com doze unidades em Portugal e duas no Brasil, os hotéis Tivoli apostam na sua localização estratégica, como forma de dar resposta ao fluxo turístico não só de Portugal, mas também de duas cidades do Brasil.

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O grupo Tivoli Hotels & Resorts é atualmente propriedade do Rio Forte Investiments, do Grupo Espírito Santo, que aposta na área hoteleira desde 1991, tendo adquirido na última década três unidades localizadas no Algarve, o Tivoli Lagos, o Tivoli Carvoeiro e o Tivoli Marina. O grupo após adquirir os hotéis procedeu à renomeação destes, sobre a marca Tivoli, no ano de 2000. Este grupo foi ainda o responsável pela construção do Tivoli Victoria, localizado também em Vilamoura, e que tem à disponibilidade de todos áreas de Lazer e de Golfe.

Após a aquisição destas unidades no Algarve, o Grupo Espirito Santo investiu no Tivoli Palácio de Seteais, Tivoli Jardim, Tivoli Sintra, Tivoli Coimbra, reforçando assim, como era objetivo do grupo, o segmento dos Congressos e diversificando a sua oferta turística, com a aposta em áreas de Lazer e de Golfe.

No ano de 2001, é inaugurado o Tivoli Oriente em Lisboa e é reforçada a presença no Algarve, onde é adquirido o Tivoli Marina Portimão.

Associado ao rápido crescimento do Grupo Tivoli, é iniciada a aposta em um novo mercado, iniciando assim um processo de intercionalização, com a compra de uma unidade no Brasil, o Tivoli Eco Resort Praia do Forte. Este investimento, rapidamente se mostrou uma excelente aposta, assim em 2009 é adquirido mais uma unidade no Brasil, desta vez em São Paulo, o Tivoli São Paulo – Mofarrej.

Fazendo da tradição, da qualidade e conforto a sua principal característica, a cadeia Tivoli Hotels & Resorts mantem-se fiel à sua personalidade, conseguindo o sucesso do seu produto e serviço ao longo dos anos. A aposta na excelência e em aspetos diferenciados relativamente à concorrência, permite que o Tivoli Hotels & Resorts se destaque pela aposta em experiencias únicas para todos os seus clientes.

3.2) Tivoli Victoria

Inaugurado em 2009, juntamente com os apartamentos luxuosos Residences at Victoria Clube de Golfe, o Tivoli Victoria representa o expoente máximo da sofisticação. Caracteriza-se pelo luxo e conforto, disponibiliza 280 quartos, com suites e ainda um spa para tratamentos e relaxamento.

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Os quartos estão decorados com um alto padrão e estão equipados com vários extras o que permite uma comodidade extrema de todos os seus clientes.

O hotel tem aproximadamente 900 m2 de salas, com lotação para 950 pessoas, o que faz com que seja muito procurado para conferências e reuniões.

Com dois restaurantes à disposição dos clientes, o hotel oferece ainda um serviço Gourmet, que se revela um autêntico sucesso.

Aliado a tudo isto, o hotel possui ainda três bares, quatro piscinas exteriores, um health club, campos de ténis iluminados, uma sala de jogos para crianças e ainda um Centro de Negócios.

3.3) Integração

A integração correu da melhor forma. No primeiro dia foi-me apresentada a minha orientadora de estágio e respetivos chefes de receção, restaurante, cozinha e bagageiros.

Após esta breve apresentação foi-me dada a oportunidade de conhecer o hotel, as suas estruturas internas e externas. Não posso esconder que fiquei deliciado com os meios e as condições de trabalho.

A minha orientadora de estágio e chefe do departamento comercial, Ana Paula Santos, rapidamente se mostrou disponível para qualquer dificuldade no período de adaptação. Foram-me explicadas as ferramentas de trabalho e os pressupostos indispensáveis para a execução das tarefas. Assente numa base de rigor, simpatia e utilidade, o trabalho desenvolvido prometia ser um desafio aliciante.

Com o apoio de todos os departamentos, nomeadamente da receção, restaurante, comercial, informático e diretivo, o primeiro dia de estágio acabou por reforçar as boas expectativas iniciais.

A primeira semana, foi essencialmente de adaptação a software e métodos de trabalho com os quais nunca tinha contactado. A rápida adaptação permitiu-me ganhar autonomia para as tarefas seguintes. Assim, na segunda semana comecei a realizar as tarefas necessárias, sem esperar a ajuda ou a indicação para a sua realização.

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Num ambiente e numa cidade nova, onde conhecia muita pouca gente, o acolhimento proporcionado pelos meus colegas do Hotel Tivoli, acabou por ser um aspeto preponderante na minha rápida adaptação e no envolvimento com o trabalho. O facto de contactar com colegas jovens, muitos deles com as mesmas dificuldades que eu, acabou por ser um aspeto motivador, na medida em que me transmitiu confiança para não ter medo de falhar ou de cometer algum erro.

3.4) Atividades desenvolvidas no Hotel Tivoli Victoria

As atividades desenvolvidas durante os 2 meses de estágio no Hotel Tivoli Victoria, permitiram-me ter um controlo preciso do que se faz num departamento comercial de um Hotel. A rotina é a melhor forma de classificar as atividades desenvolvidas diariamente.

O dia de estágio começava diariamente às 9 da manha e acabava às 18 horas, com uma pausa para almoço de sensivelmente uma hora.

O período da manha era essencialmente para dar resposta a emails, que entretanto chegavam no período pós-laboral. Estes emails representavam essencialmente pedidos de informações e disponibilidade de alojamento para grupos com mais de cinco pessoas. Por se tratar de um departamento de grupos, só eram tratados os pedidos de grupos com mais de 5 pessoas, sendo os outros reencaminhados para o centro de reservas de grupos individuais.

Ao longo do dia, tínhamos obrigatoriamente e rapidamente que assegurar a resposta a pedidos de informações (Anexo 1), a pedidos de orçamentos (Anexo 2) para conferências e reuniões e ainda o atendimento de pedidos de reservas e informações por telefone.

O controlo de reservas, no que diz respeito ao alojamento ou aluguer de salas de reunião é feito pelo software informático Sihot (Anexo 3), que automaticamente toma das reservas confirmadas, canceladas, e opcionais para uma determinada data. Entenda-se como reEntenda-serva opcional, aquela que terá que Entenda-ser confirmada pelo requerente num prazo até cinco dias após iniciar o processo de reserva.

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A resposta a emails era feita na sua íntegra por um modelo padrão obrigatório, adaptado aos pedidos, como forma de respeitar os padrões de comunicação do hotel com todos os seus clientes.

No dia anterior à realização de reuniões ou conferências de grupo, tínhamos que elaborar uma folha de instrução (Anexo 4), que representa na sua íntegra a calendarização e descrição do que se vai passar na reunião ou conferência, assim como a hora de realização dos coffee-breaks, do almoço e todas as pausas associadas, sendo reencaminhada para o chefe de receção e de restaurante, como forma de possibilitar uma resposta rápida aos pedidos dos clientes.

A elaboração de contratos (Anexo 5) e de faturas pró-forma (Anexo 6) foram outras das atividades que desenvolvi durante o meu estágio e que me possibilitou ter a perceção do rigor e atenção que exige esta profissão.

Um dos aspetos que mais me marcou durante o meu curto estágio no Hotel Tivoli foi o facto de poder participar num dos eventos mais importantes a nível nacional, mas também internacional, que foi o lançamento do novo BMW série 3. As cerimónias de lançamento do novo BMW, tiveram lugar durante todo o mês de Janeiro, com a receção diária de mais de duzentas pessoas. As cerimónias destinadas a todos os administradores de stands da BMW na Europa, aumentou em muito o fluxo de trabalho e as exigências ao staff que compõe o hotel. Estávamos pois, obrigados a dar o nosso melhor, como forma de assegurar um serviço de qualidade a um cliente exigente e que se mostrou bastante satisfeito em todo o processo.

O facto de o hotel estar exclusivo para a BMW durante este período, não evitou que fosse assegurada a rápida resposta a outros pedidos. Assim, o grande fluxo de trabalho neste período permitiu-me crescer muito no que ao rigor e ao controlo emocional diz respeito. Foi um período conturbado não posso negar, mas foi dos momentos que mais gostei em todo o tempo em que estagiei no Tivoli Victoria, pois permitiu-me ter uma ideia concreta de como é organizar um evento de grande magnitude.

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4) Estágio curricular na Chamartín Imobiliária

4.1) Descrição e Caracterização da Chamartín Imobiliária

A Chamartín Imobiliária é uma companhia imobiliária de um grupo inicialmente familiar, de média dimensão, com mais de 60 anos de experiência no sector. A partir da década de setenta a empresa concentrou-se progressivamente no sector imobiliário. Hoje, a sua atividade, centra-se fundamentalmente na promoção e exploração de ativos em três áreas de negócio: Residencial, Escritórios e Centros Comerciais, compreendendo os Dolce Vita.

Nos últimos anos a expansão internacional converteu-se no seu objetivo estratégico da Companhia. Em 2006 a Chamartín deu um passo importante no seu processo de internacionalização com a aquisição de 50% da Meermann Gruppe, na Alemanha e de 100% da Amorim Imobiliária (antiga detentora dos Centro Comerciais Dolce Vita).

No seu capital participam, para além da família fundadora, como sócios financeiros, o fundo de investimento Morgan Stanley Real State e a Caja Castilla - La Mancha, entre outros. A sede social localiza-se em Madrid e a empresa conta com quase 500 colaboradores em Espanha, Portugal e Alemanha.

4.2) O Centro Comercial Dolce Vita Douro

4.2.1) A marca Dolce Vita

O grupo Dolce Vita detêm mais de dez centros comerciais em Portugal e destaca-se pelos demais devido ao destaca-seu posicionamento, procurando um envolvimento com as comunidades e desenvolvendo as suas atividades tendo como principal pressuposto a sustentabilidade.

O Dolce Vita Douro é um desses dez centros comerciais que a marca Dolce Vita dispõe em Portugal. Inaugurado a 17 d e Outubro de 2007, o Centro Comercial Dolce Vita Douro é o maior centro da região do Douro e Alto Tâmega.

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Procurando sempre diferenciar-se dos demais, o Dolce Vita Douro, como é habitual no grupo Dolce Vita, aposta em designers inovadores e diferenciadores, apostando sempre na luz natural como uma forma de envolvimento do público com o centro. A aposta na aproximação com o público, denominando-o de convidado, representa uma estratégia importante, promovendo uma relação emocional com os seus clientes.

Assente em valores como paixão, excelência, comunidade e sustentabilidade o Dolce Vita procura centrar todas as suas atividades nas pessoas, procurando contagia-las com um espirito de energia e paixão, envolvendo-as com a importância que representa a sustentabilidade no panorama atual e atribuindo ao detalhe uma importância significativa.

O contágio e a alegria exposta na vertente arquitetónica é claramente refletida na postura dos colaboradores, procurando que o dia-a-dia fique gravado na memória dos visitantes, lojistas e fornecedores. Procura assim, em todo o seu posicionamento, uma relação de aproximação emocional com os convidados.

4.2.2) Atividades desenvolvidas no Centro Comercial Dolce Vita

Douro ( Chamartín Imobiliária )

Findo o estágio curricular no Hotel Tivoli Victoria de aproximadamente dois meses, iniciei o estágio curricular no Dolce Vita Douro em Vila Real, com a duração de quatro meses.

A escolha do Centro Comercial Dolce Vita deveu-se ao facto de representar o maior centro da região. De facto, a oportunidade de realizar um estágio no Departamento de Marketing e Comunicação foi um aspeto determinante na escolha do local, na medida, em que colocou à prova alguns dos conhecimentos adquiridos durante a minha formação académica.

Os primeiros dias de estágio foram de adaptação a uma nova realidade laboral, onde me foram disponibilizadas informações pertinentes relativas ao processo de funcionamento do centro, como forma de acelerar o processo de integração. Assim,

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foi-me disponibilizado o Guia de Atendifoi-mento, o Manual de Operador e outras informações acerca do funcionamento e dos métodos de trabalho utilizados.

O plano de trabalho diário não pode ser traçado com exatidão, pois são inúmeras as tarefas que surgem sem aviso prévio, e umas, mais que outras, têm de ser tratadas com maior urgência, fazendo com que se alterem as prioridades, dia após dia. Contudo, este tipo de situações contribuiu de forma significativa para a minha capacidade de improviso, assim como para a melhoria da capacidade de resposta a situações do género.

Por tudo o que foi referido acima, os primeiros dias de estágio foram marcantes, até porque houve um grande envolvimento por parte da minha orientadora, Dra. Ana Torres, que no primeiro dia estabeleceu as tarefas mínimas a realizar diariamente, sem no entanto, descurar outras tarefas que eventualmente apareciam.

No primeiro dia, e de forma a estar mais a par do funcionamento do centro, foram-me mostradas as instalações, as infraestruturas em si e o sistema de videovigilância. Explicaram-me, também, as designações dos funcionários do centro – termos utilizados na comunicação interna. Após estes procedimentos protocolares, iniciei as minhas tarefas integrando assim o departamento de marketing e comunicação do Dolce Vita Douro.

Seguidamente apresentarei minuciosamente as tarefas realizadas durante o meu estágio que teve a duração de sensivelmente quatro meses.

1. Atualização mensal dos relatórios de marketing – Desde o primeiro dia de

trabalho foi-me explicado como realizar os relatórios de marketing. Estes deveriam descrever todas as atividades realizadas/ promovidas pelo Dolce Vita Douro. Todas as atividades do centro eram fotografadas, sendo que o relatório deveria incluir pelo menos duas fotos, complementadas por uma pequena informação descritiva acerca do evento realizado. Antes do final de cada mês o relatório referente ao ano em questão deveria estar atualizado e deveria ser disponibilizado a todos os colaboradores do grupo Dolce Vita, através do sistema interno de compartilhamento de informação Artnet (anexo 7).

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2. Atualização do planograma – A atualização dos relatórios de marketing

obrigava também à atualização do planograma mensal. O planograma, sintetizava em forma de calendário a periodicidade das atividades realizadas pelo centro. O planograma representa assim, uma forma rápida de consulta das atividades realizadas, assim como a data de iniciação e de conclusão das mesmas (anexo 8).

3. Atualização do site e dos respetivos diretórios de lojas – O site do Dolce Vita

Douro representa uma das ferramentas de comunicação online. Com a importância que a internet tem hoje em dia no modo de vida das populações, é indispensável o fornecimento de informações através desta plataforma, facilitando assim a comunicação do centro com os seus convidados. Diariamente deveria certificar-me do bom funcionamento do site e da presença das atividades a realizar futuramente. Deveria também, quando necessário proceder à atualização dos diretórios de lojas no site com a informação referente ao piso em que esta localizada, ao numero de loja e ramo de atividade (anexo 9).

4. Atualização dos diretórios – Com as constantes alterações de lojas no Centro

Comercial Dolce Vita Douro e com as alterações referentes a logótipos e imagem da marca, foi necessário proceder às atualizações gráficas dos suportes de diretório distribuído pelos 3 pisos do Centro Comercial Dolce Vita Douro. As modificações a realizar foram reunidas, aprovadas pelo Diretor do Centro, e enviadas para a empresa colaboradora para a sua realização em termos gráficos. Após recebermos o ficheiro provisório já com as alterações pretendidas, tivemos que rever novamente a informação introduzida, certificando que não existiam erros. Após a aprovação pelo Diretor do Centro, foi solicitado à empresa colaboradora, Palgor, a impressão de 4 diretórios referentes aos quatro suportes presentes no Centro Comercial Dolce Vita Douro (anexo 10).

5. Acompanhamento do lançamento da revista Closet – Uma das novas

estratégias de marketing do grupo Dolce Vita foi o lançamento da revista Closet. Esta revista é exclusivamente promovida pelo grupo, e apresenta informação referentes aos diversos centros existentes no país, relacionando-os com a moda.

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Esta campanha pretendia atingir uma grande quota de clientes alvo, assim foram enviados 3 exemplares para as diversas instituições públicas e privadas do distrito de Vila Real. Foram ainda contratados quatro promotores que distribuíram as revistas pelas diversas vilas e cidades do distrito, atingindo assim potenciais clientes. Esta revista representa uma estratégia de aumentar a notoriedade da marca Dolce Vita junto dos seus clientes. Em toda a campanha, que teve a duração aproximada de uma semana pude comprovar presencialmente a importância deste centro para o desenvolvimento da região, representando não só um polo de compra de produtos ou serviços, mas também um polo de lazer muito procurado (anexo 11).

6. Acompanhamento de ações e eventos de Marketing – A atividade mais

interessante em termos individuais que desenvolvi no meu estágio foi a possibilidade de acompanhar de perto os eventos promovidos pelo Centro Comercial Dolce Vita Douro. A realização de um evento representa a necessidade de disponibilização do espaço e de cobertura fotográfica do mesmo. Assim, nos quatro meses de estágio tive a oportunidade de estar em contacto com diversos eventos, percebendo melhor os processos necessários para a sua realização com êxito. Assim, tive a oportunidade de acompanhar a organização da logística referente aos jogos do Europeu de Futebol de 2012, certificando-me da correta decoração dos espaços e devido funcionamento dos meios tecnológicos. Acompanhei ainda atividades como o dia da criança, o evento denominado Universidade Júnior, com a presença de espaços de lazer e tecnologia no centro, promovendo um maior envolvimento de miúdos e graúdos (anexo 12).

7. Organização e promoção do passatempo “ A caça aos chocolates da Páscoa” – A páscoa representa uma época marcante não só para graúdos, mas

principalmente para os mais pequenos. A realização do passatempo da Páscoa representou o projeto em que tive uma maior participação, em particular na planificação da informação e dos espaços envolvidos. Este concurso, pretendia a participação de todas as crianças com idades compreendidas entre os dois e os doze anos. Seriam dadas cinco pistas às crianças participantes, tendo elas que

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descobrir o local em que a respetiva pista estava escondida. Os três participantes que conseguissem encontrar as senhas escondidas em menor tempo teriam direito a um prémio. O meu papel nesta atividade foi a criação das pistas a disponibilizar, assim como a escolha dos locais envolvidos no passatempo. Esta atividade acabou por ser importante, na medida em que foi colocado à prova o meu poder de criatividade e de organização (anexo 13).

8. Estudo de mercado – Como forma de estabelecer as melhores estratégias de

marketing e publicidade a adotar é necessário ter um conhecimento das campanhas da concorrência. Apesar, de o Centro Comercial Dolce Vita Douro ser único na região, não possuindo assim concorrência direta, a verdade é que os centros nas áreas envolventes acabam por representar concorrência indireta. Como forma de ter um maior conhecimento desta concorrência indireta foi-me pedido a recolha dos serviços e atividades promovidas por estes centros, como forma de perceber as suas estratégias, gerando assim, uma resposta mais eficaz a estes casos (anexo 14).

9. Sinaléticas parking- O conforto e a satisfação dos convidados, sempre foi um

dos objetivos mais importantes do Dolce Vita Douro. Assim, como forma de melhorar a informação disponibilizada nos três parques de estacionamento do Centro Comercial foram colocadas placas de sinalização. Isto, permite aos visitantes situarem-se melhor e evitarem perder-se no espaço. Para isto, foram estudados os melhores locais para colocar as sinaléticas, que continham a informação referente ao elevador e ao Jumbo. Com a ajuda da manutenção e aprovação do diretor do centro foram colocadas as referidas placas sinaléticas que vieram melhorar muito a informação presente nos parques de estacionamento (anexo 15).

10.Contacto com fornecedores – A necessidade de promover um produto ou

serviço traz consigo a necessidade de contactar fornecedores para a possível realização dos mesmos. Assim, ao longo do tempo em que realizei o meu estágio, tive a oportunidade de contactar com diversos fornecedores, seja por via email ou telefónica.

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11.Portfólio – Como forma de compilar todas as ações de marketing promovidas

pelo Dolce Vita foi-me proposto a atualização do portfólio. O portfólio representa um instrumento de informação que reúne minuciosamente todas as campanhas e ações promovidas pelo centro. Representa ainda um cartão-de-visita a clientes ou colaboradores do centro, na medida, em que possui uma descrição das atividades complementando-a com registos fotográficos (ver anexo 16).

Como qualquer profissão, o estágio requer preparação e capacidade de improviso para responder a situações inesperadas. E durante o período em que realizei o estágio no Centro Comercial Dolce Vita Douro tive que lidar com situações do género, nomeadamente a pedidos de informações tanto internos como externos. A diversidade de trabalhos requer uma capacidade de desenvolver competências não só relacionadas com a nossa área de formação, mas também com todas as outras áreas. De facto na sociedade empresarial atual é necessário “saber um pouco de tudo”, visto que as empresas procuram cada vez mais pessoas multifacetadas, capazes de dar uma resposta à multiplicidade de problemas colocados no dia-a-dia.

5) Enquadramento Teórico – Impacto da Publicidade Impressa no formato

cartaz

5.1) A publicidade

Sabemos que a publicidade se refere a qualquer anúncio destinado ao público, que cujo principal objetivo é promover a venda de bens e serviços, sendo que a sua principal função é familiarizar o potencial consumidor com o produto ou serviço, a sua denominação, o produtor, as vantagens e os benefícios da compra, assim como informa-lo dos pontos de venda para a sua aquisição.

É neste sentido que através da publicidade se dão a conhecer novos produtos e serviços, melhoras aos já existentes no mercado e novidades tecnológicas que marcam um novo estilo de vida. A influência da publicidade nos hábitos de consumo da

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população é tal, que a maioria das pessoas prefere os produtos promovidos pelas mensagens publicitárias.

Atualmente, com a predominância de um mercado agressivo e com a aposta em novas aberturas comerciais, as empresas recorrem cada vez mais à publicidade para alcançar e manter níveis de venda ótimos, que permitam o seu posicionamento no mercado e na mente dos consumidores.

De facto, a publicidade “é uma parte integral do nosso sistema económico e esta relacionada de forma direta com a fabricação, distribuição, comercialização e venda de produtos e serviços. A publicidade é tão antiga como a mesma civilização e comércio, funcionando como uma ferramenta indispensável para reunir compradores e vendedores” (Kleppner 1990: 3).

Paralelamente ao desenvolvimento tecnológico, houve também a implementação de novas ferramentas para fazer publicidade, incrementando-se assim novas estratégias para persuadir os consumidores.

“ A competência começou a tomar um valor importante e a publicidade tornou-se tão necessária que começou a saturar os espaços para expô-la, e a combinação entre os bons e maus anúncios, fez com que a mensagem tenha cada vez mais dificuldades para ser efetiva” (Zyma 2003: 7), é por isso que existe a necessidade de encontrar novos espaços que sejam mais atrativos, melhorando a qualidade das peças presentes nos meios de comunicação chamados convencionais.

Como qualquer empresa de média ou grande dimensão, também o grupo Dolce Vita aposta na publicidade para promover os seus produtos e serviços. Assim, a publicidade, através dos seus vários formatos, represente um meio efetivo de posicionamento da marca no mercado, apostando numa imagem de utilidade, sustentabilidade e compreensão com o seu público.

5.2) O formato cartaz

Um cartaz é um material gráfico que transmite uma mensagem, está integrado em uma unidade estética formada por imagens que causam impacto e por textos breves. Foi definido por alguns estudiosos com “um grito na parede”, que capta a atenção e

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obriga a perceber a mensagem. Pode também definir-se como um sussurro que, ligado fortemente às motivações e interesses do individuo, penetra na sua consciência e induzindo-o a adotar a conduta sugerida.

(Braham 1994)

Em primeiro lugar, importa referir que a publicidade é parte integrante do desenvolvimento económico e é uma peça fundamental do consumismo, cruzando-se de forma sectorial com a maioria das estruturas sociais, representando um estímulo de compra a todos os consumidores. Movida por uma variedade de técnicas, veicula valores e utiliza mecanismos de persuasão, onde a argumentação e a criatividade se complementam, tornando assim os anúncios atrativos para o público. A criatividade e o embelezamento gráfico das imagens assumem um papel preponderante, em particular nos anúncios impressos, revelando-se um instrumento capaz de prender a atenção das pessoas que se identificam com eles, retendo a mensagem e levando-as de forma quase automática ao ato de compra.

Assim, se compreende a criatividade presente nos cartazes distribuídos por todo o espaço do Dolce Vita Douro, visto que o embelezamento gráfico é essencial para cativar o público, despertando curiosidade e levando-o ao interesse pelo que esta a ser comunicado.

As imagens transmitem valores sociais, veiculadoras de cargas simbólicas e culturais perspetivadas em aspetos salutares e otimistas da vida. No domínio da publicidade impressa, o cartaz é talvez o formato em que existe uma maior relação com a descrição referida anteriormente.

De facto, o cartaz é um meio de comunicação visual, um suporte publicitário de grandes dimensões, impresso de um só lado, que geralmente é afixado em lugares públicos de grande visibilidade e movimento. Pretende a promoção de um produto ou serviço, ou ainda informar o público sobre um determinado assunto ou evento.

A expansão da sociedade, sentida sobretudo no último seculo, foi preponderante para o desenvolvimento do cartaz enquanto meio de veiculação de mensagens publicitárias. Apesar de atualmente ser menos utilizado, devido à aposta em outdoors, a verdade é que o cartaz continua a ser um dos formatos de publicidade mais utilizados

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pelas superfícies comerciais na vertente da sua comunicação de serviços ou eventos. Este facto dever-se-á certamente ao menor custo comparativamente ao outdoor.

Se fizermos uma análise cuidada dos formatos de publicidade impressa utilizados pelo Centro Comercial Dolce Vita Douro, facilmente percebemos que o cartaz é o formato mais usado, até porque a promoção de marketing e serviços em termos gráficos é feita quase na sua íntegra no interior do Centro Comercial, representando assim o cartaz o formato mais adequado, devido às suas dimensões e à facilidade com que veicula o público à mensagem.

5.3) História do formato cartaz

O nascimento do cartaz remonta ao seculo XV com a invenção da imprensa em massas. Inicialmente, os cartazes, não possuíam ilustrações, utilizavam-se para comunicar decretos municipais, anúncios reais, feiras e mercados e em algumas ocasiões anunciavam livros.

Nos séculos posteriores era possível encontrar nos cartazes pequenas ilustrações, gravadas a fibra. A sua produção não era simples, pelo que não era muito habitual a sua produção. A segunda revolução industrial, trouxe consigo novas ideias que determinantes para a formação de uma nova era do cartaz:

• O início da produção em série, com a necessidade de implementação de uma publicidade massiva;

• A invenção da litografia, um novo sistema de impressão que veio facilitar a ilustração de cartazes a cores.

Meggs (1993) refere que a litografia impulsionou a atividade publicitária, permitindo uma maior criatividade e a possibilidade de desenho, sendo assim frequentemente encomendadas a pintores de grande nome. Atualmente representam obras de arte, e estão expostas nos museus mais conceituados do mundo.

“ A causa para apresentar imagens nos anúncios (cartazes) era que a maioria da população não sabia ler e era analfabeta, de maneira que a mensagem transmitia-se

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mediante a associação de ideias, ao apresentar imagens relativas ao negócio ou à sua denominação”.(Galindo:http://www.ilustrados.com/publicaciones/EplEAyZFupUhfKEXxe.php))

O apogeu da produção de cartazes iniciou-se durante a primeira metade do seculo XIX, já que se utilizavam para anunciar uma grande quantidade de produtos e serviços. Seguidamente, apareceram também os cartazes teatrais que, geralmente possuíam ilustrações realistas das cenas representadas nas obras que anunciavam.

Quase todos os cartazes eram simples, até que, em 1867, o francês Jules Chéret produziu um cartaz de uma obra teatral a cargo de Sarah Bernhardt. Depois disso, a arte moderna começou a implantar-se e a ser valorizada em detrimentos de outras.

Cherét revolucionou o cartaz dando uma maior importância à ilustração, que ate aí estava subordinada ao texto. No novo cartaz, o texto passava a ter uma função explicativa, comparativamente menos importante. Em algumas ocasiões ilustrava diretamente o texto. Chéret caracterizou-se também por desenhar figuras idealizadas, realçando a beleza, vitalidade e movimento.

A metodologia de Chéret expandiu-se rapidamente na Europa e América., a plicando-se tanto em cartazes teatrais como na publicidade de produtos comerciais. Esta expansão deu lugar a uma arte que invoca diretamente os sentidos, que seria facilmente compreendida pela população analfabeta.

A nova forma de produzir cartazes atraia a atenção de numerosos artistas conhecidos, alcançando o seu máximo esplendor na década de 1890, com as inovações introduzidas por alguns dos expoentes da Arte Nova e pelos artistas franceses Henri de Toulouse-Lautrec e Pierre Bennard.

No seculo XX, aquando do começo da Primeira Guerra Mundial, o cartaz sofreu uma mudança radical, passando a ser um instrumento de publicidade, sendo utilizado frequentemente entre outras coisas para recrutamento militar. A escola Alemã de Bauhaus foi pioneira quando promoveu a integração do texto do cartaz no desenho. A partir deste momento, passou a ser trabalhado pelos novos desenhadores gráficos e não exclusivamente pelos pintores. Concebiam a sua atividade como inseparável dos meios técnicos de impressão. Foi assim que o cartaz deixou de ser considerado um produto artístico para converter-se em um meio técnico comunicativo. Os cartazes foram ainda enriquecidos com as contribuições da Psicologia por parte da Escola de Gestalt

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(perceção), com a exploração do subconsciente por parte da psicanalise e com a incidência nos Estados Unidos da Mass Communication Research (disciplina orientada ao estudo dos efeitos que produzem as comunicações de massas sobre o público recetor).

Foi assim, que o cartaz deixou de ser associado diretamente à arte tradicional, transformando-se num meio de comunicação eficaz.

Estudos de marketing confirmam a importância do cartaz na influência dos hábitos dos cidadãos. Assim, o cartaz, converteu-se em um produto “criador de emoções”, conscientemente dirigido para a persuasão social.

O cartaz inseriu-se rapidamente na maioria da indústria publicitária e converteu-se em um importante instrumento de marketing, ajudando a propagar uma cultura consumista na sociedade.

Atualmente o desenho em computador, a impressão digitalizada, a iluminação com lâmpadas especiais e a possibilidade de criar novas figuras e modelos a grande escala começam a dominar o mercado. O número de anunciantes que utilizam este meio é cada vez maior, e embora muitos aspetos do desenho e produção de anúncios tenham mudado, a verdade é que o seu objetivo permanece intacto - “ comunicar mensagens eficazes aos consumidores”( Galindo).

De facto, a publicidade através do uso de cartazes representa um meio altamente eficaz, produtivo e rentável, com o custo mais baixo possível “catalogado como um meio massivo e versátil, ideal para campanhas com ampla cobertura, ou para cobrir mercados segmentados geograficamente a uma grande escala. Representa assim, um meio capaz de alcançar o consumidor mais vezes, orientando-o para o ponto de venda” ( Parramón 1995: 145).

5.4) O cartaz: Arte, Comunicação e Publicidade

No mundo multimediático em que nos encontramos o cartaz publicitário tradicional sobrevive juntamente como os demais meios de persuasão que estimulam o consumo de produtos.

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Desde o seu nascimento, o cartaz uniu-se inevitavelmente ao mundo da publicidade de espetáculos musicais, teatrais, taurinos, circenses, salas de festa, e pouco depois cinematográficos. Posteriormente, o cartaz passou a publicitar produtos de consumo concreto. Em cada uma destas diversas manifestações, o cartaz mostrou uma faceta nova, distinta das outras variantes.

De facto, o cartaz representa um meio de comunicação que ao mesmo tempo informa e persuade. Assim, podemos associa-lo a duas perspetivas, uma denotativa (a informação) e outra conotativa (a persuasão). Segundo Françoise Enel (1977: 16):

O cartaz não deve ser apenas argumentativo, mas sobretudo sugestivo. Combina dentro de si mesmo símbolos intencionais que constituem o enunciado da denotação: representação do produto, as suas funções, as suas qualidades e símbolos interpretativos, que constituem o enunciado da conotação: um dado cultural ou estético, que vai provocar no recetor reações afetivas, transbordando o campo dos signos.

(Enel 1977)

Assim, arte, comunicação e publicidade unem-se, formando um conjunto eficaz em cada uma das diferentes manifestações do cartaz publicitário. Segundo Perales Bazo (1995) “ os diferentes elementos que compõem o cartaz devem ser sugestivos e de efeitos imediatos. O artista deverá renunciar às suas inquietudes, às suas tendências criativas e à sua personalidade, para estar ao serviço da uma mensagem clara, concisa e visualmente atrativa, de onde seja possíveis interpretações ambíguas”.

No entanto, a série de instrumentos de promoção que existem hoje em dia e que são muito mais eficazes, em particular a publicidade nos mass-media (televisão, imprensa, radio, internet) “ induzem a pensar que o cartaz é algo antiquado, e que atualmente não ocupa um lugar de privilegiado na publicidade (Perales 1995: 91).

5.5) Elementos do cartaz: Imagem e texto

Podemos encontrar no cartaz dois tipos de linguagem, a das imagens e a das palavras escritas. Para Alcacer (1991: 11) “ no cartaz, unem-se as linguagens icónicas e

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literárias”. Essas duas linguagens sobrepõem-se de tal forma que criam uma nova linguagem, a do cartaz. O cartelista deve saber como combinar estes elementos para criar uma significação suficientemente atrativa e eficaz que responda às principais funções do cartaz: informar e persuadir.

Assim, como afirma Alcacer (1991: 11) o criador gráfico pode escolher entre três grandes formas de composição: cartazes que contenham texto e imagem, cartazes que possuam só texto e cartazes que são só imagens. Um cartaz “ que possua só imagem, sem qualquer referência escrita, de domínio literário, pretende aumentar o interesse por ela, realçando a sua importância”. Estes cartazes só se utilizam quando o produto se converteu em algo tão emblemático que não necessita de palavras para ser publicitado. As imagens transportam-nos, sem necessidade de palavras, ao referente publicitário.

Este tipo de cartazes é difícil de encontrar na promoção de eventos ou produtos de centros comercias, visto que a campanha surge sempre associada ao texto. Existe outro problema, ao comunicar-se só com imagens, a carga polissémica cresce e pode chegar a distorcer a verdadeira mensagem. Por isso, só se devem usar quando o produto é tão conhecido, que a sua imagem não deixa quaisquer dúvidas.

Por outro lado, os cartazes só com texto são mais fáceis de encontrar. Este tipo de cartazes pertence aos compostos exclusivamente de palavras escritas, com um maior ou menor jogo criativo na sua composição: disposição das letras, tamanho, cor e forma, assim como todos aqueles cujos textos formam imagens.

Estes desenhos, exclusivamente tipográficos implicam um esforço maior por parte do recetor, que tem que saber ler e compreender o texto escrito. Além disto, devem ser traduzidos nos diferentes idiomas. A imagem é uma linguagem muito mais universal do que a escrita, embora haja que reconhecer que o texto tem um carater mais concreto, menos polissémico, do que a imagem.

De facto, os cartazes de imagem e texto são mais frequentes, visto que com a conjugação de ambos os componentes, pode-se comunicar de uma forma muito mais atrativa e eficaz. São cartazes que não necessitam de uma atenção tão elevada do espectador, já que reúnem as informações de uma forma mais implícita. A atração sobre o olho humano que tem a imagem, junto com a qualificação e significado que lhe da o

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texto, fazem com que estes cartazes sejam a melhor forma de promover eventos ou produtos.

5.6) Uma imagem vale mais do que mil palavras

Como referimos acima, as mensagens de um meio de comunicação como o cartaz estão compostos por estímulos, um forte e outro débil: a imagem e o texto respetivamente.

A imagem, graças ao seu maior poder de atração e sedução (composição, cor, dinamismo) é a principal responsável por cativar a atenção do individuo, que entre os muitos estímulos que recebe enquanto passeia, deve ser atraído pelo cartaz.

O texto, sendo um estimulo muito mais débil, atuara como esclarecedor das diversas leituras do componente visual “ no sistema icónico-literário do cartaz, o texto, em relação à possível ambiguidade das imagens, esclarece e fixa o sentido, reforçando-o e dando-lhe maior alcance” (Alcacer 1991: 12).

Isto não quer dizer que o componente tipográfico seja exclusivamente o elemento denotativo (informação), de que falamos anteriormente, e que o componente visual possua um caracter conotativo (persuasão) do cartaz. Tanto um como o outro informam e persuadem. Da mesma forma, qualquer frase publicitária que podemos encontrar nos cartazes tem uma carga conotativa (persuasão) tanto ou mais alta que as sugestivas imagens.

5.7) Composição gráfica de uma campanha publicitária

A arte gráfica do cartaz compõe-se por vários elementos que individualmente não podem demonstrar ou comunicar uma ideia, contudo, ao juntarmos e articularmos vários parâmetros de composição formamos uma amostra gráfica que é atrativa ao olho do espectador e que comunica de uma forma clara e simples a mensagem.

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A composição gráfica “é a tarefa de dispor um espaço delimitado por um formato de vários signos, segundo uma ideia diretriz, para obter um resultado estético que provoque o efeito desejado e uma leitura fácil e agradável” (Reinoso 2003: 65), pelo que a composição dependerá muito do conceito da campanha e dos conhecimentos que o criador tenha acerca da matéria e da sua experiencia.

A ideia diretriz é “ a tarefa intelectual do artista, que coordena as leis gerais, fundamentais, que regem a composição” (Reinoso 2003: 65). O desenho gráfico publicitário não é uma ciência exata, pelo que não se podem impor regras específicas para realizar uma composição gráfica, mas existem parâmetros e elementos que se têm generalizado para dar uma visão básica que os designers deveriam ter em conta. Existem várias técnicas que definiremos mais adiante, que fazem com que uma composição gráfica seja mais atrativa à vista do público.

Deve-se considerar, que cada elemento selecionado tenha um alto potencial significativo, desde o ponto de vista visual e que, manuseados adequadamente, chegam a construir uma sólida base de comunicação da mensagem segundo a sua forma, tamanho e localização que lhes é atribuída.

Contudo, não devemos exagerar no uso de elementos ou dados gráficos, que provavelmente prejudicarão a ideia essencial da nossa comunicação “produziriam um número excessivo de «ruídos» que, em última instância, só serviriam para mascarar e ocultar a mensagem principal da nossa comunicação” (García Torres).

O design deve ser um conjunto no qual cada um dos elementos gráficos possui uma função específica, sem interferir na importância e protagonismo dos elementos restantes. Eles devem cuidadosamente um a um representar os elementos que fazem parte da nossa composição.

O designer, depois de reunir todas as informações sobre o que pretende comunicar, deverá começar a estabelecer quais as melhores estratégias. Depois de determinar a área a utilizar, o primeiro objetivo será responder a questões como: Qual a forma? Qual o tamanho? Qual a dimensão da mensagem tendo em conta o espaço gráfico disponível?

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5.8) Elementos gráficos presentes na área de design

Como referido anteriormente, não há forma estabelecida para criar dentro da área de projeto, dependendo esta de vários fatores. É por isso, que o designer deve estar preparado para poder dar forma à mensagem com os elementos necessários. Este é um ponto muito importante que permite ao designer a produção de um anúncio publicitário mais criativo.

“ A decisão de que elementos devem figurar na composição, como devemos distribui-los, onde devem estar localizados, e finalmente como devemos elaborar a informação que queremos comunicar, constitui o processo criativo em si mesmo, representando assim as funções do designer” (García Torres). É uma tarefa que requer planificação, com o objetivo de obter uma harmonia correta em todas as partes, a fim de que o resultado possa ter a maior eficácia comunicativa possível.

Um projeto que não seja capaz de transmitir a mensagem de forma simples e objetiva, apesar de possuir uma estética atrativa, não é de grande utilidade. Da mesma forma, não se deve sacrificar princípios estéticos de máxima importância como a harmonia, a proporção e o equilíbrio com a finalidade de conseguir transmitir toda a informação fornecida numa primeira instância.

Os anúncios de publicidade de segunda ordem, em que a quantidade prima frente à qualidade, obtêm um resultado desastroso desde o ponto de vista estético, e podemos afirmar que esta comunicação será difícil atrair o público, visto que possui demasiada informação.

La Composición en la diagramación”, http://sisbib.unmsm.edu.pe/bibvirtual/libros/comunicacion/Fundamentos_de_diagramacion/cap_ 4.htm

6) Estudo exploratório

6.1) Objetivos

Este trabalho de investigação procura analisar o impacto da publicidade impressa, no formato cartaz, nos convidados do Centro Comercial Dolce Vita Douro.

(32)

Pretendemos com este estudo compreender os fenómenos de perceção do público, assim como a eficácia que o cartaz cria na mente do consumidor. Assim, procuramos atingir os seguintes objetivos:

• Compreender a eficácia que os cartazes têm na comunicação com o público e a sua influência;

• Compreender de que forma as localizações estratégicas dos cartazes são capazes de veicular a mente do consumidor ao que está a ser transmitido; • Compreender a importância do Centro Comercial Dolce Vita no

desenvolvimento da região, funcionando ou não como um fator de interesse para a população;

• Compreender se o cartaz representa o melhor suporte de comunicação do centro com os seus convidados;

• Compreender se a mensagem está adequada ao público, ao meio envolvente e se é divulgada da melhor forma;

Associado ainda aos objetivos acima referidos, pretende-se ainda perceber as motivações, as satisfações e as preocupações das gentes de uma região do interior norte.

6.2) Objeto de estudo

6.2.1) Persuasão dos cartazes

O desenvolvimento dos meios de comunicação, possibilitou a introdução de novos símbolos, especialmente na publicidade, que obrigou à melhoria da compreensão entre a mensagem e o recetor.

Para que a publicidade possa cumprir o seu papel, ela deve seguir determinados modelos baseados na linguagem e semiótica, que influencia a escolha dos signos codificadores das mensagens. Como afirma Bochman (1975) “ a forma persuasiva não está apenas nas palavras que fazem referência ao produto, ou as suas qualidades, mas está também nos signos dirigidos, diretamente ao consumidor virtual do qual se espera determinado comportamento” (Bochman 1975).

(33)

Apesar de inicialmente os cartazes serem criados e utilizados como forma de divulgar as peças de teatro, eventos públicos e produtos, a verdade, é que com as alterações do panorama económico, urbano e estético, o cartaz começou a ganhar vida própria, tornando-se assim num importante instrumento de Publicidade. Rapidamente se tornou um mecanismo de comunicação de massas, mostrando a sua eficácia independentemente da sua finalidade.

Atualmente podemos observar a sua presença na promoção de vários eventos e produtos de centros comerciais, daí a necessidade de compreender a sua influência nos convidados do Dolce Vita Douro.

6.3) Metodologia

6.3.1) Enquadramento metodológico

A fim de operacionalizar a investigação e tendo por base o modelo de análise, optou-se por uma metodologia quantitativa, de modo a responder à questão de investigação. Parafraseando Perrone (1977) citado por Mauro Serapioni (2000), a pergunta fundamental sobre um método a utilizar não é se, e quando ele é verdadeiro, mas se, e quando ele é “útil para arar o terreno empírico que temos pela frente”.

Também Downey & Ireland (apud Delli Zotti 1996) referem que as metodologias não são “nem apropriadas nem inapropriadas, até que sejam aplicadas a um problema específico de pesquisa”.

Reichardt & Cook (1979) tipificou as diferentes características dos métodos qualitativos e quantitativo. Assim, enquanto os métodos qualitativos analisam o comportamento humano utilizando a observação espontânea não controlada, são subjetivos, são exploratórios, descritivos e indutivos; são orientados para o processo e assumem uma realidade dinâmica; os métodos quantitativos são orientados para a procura das causas sem interesse pela dimensão subjetiva; utilizam procedimentos controlados; são objetivos e distantes dos dados; orientados para a verificação e são hipotético-dedutivos; assumem uma realidade estática; são orientados para os resultados e são replicáveis e generalizáveis.

(34)

Assim, decidiu-se que a melhor metodologia a utilizar seria a quantitativa, visto que atua em níveis de realidade e tem como objetivo trazer à luz dados, indicadores e tendências observáveis.

Procurou-se acima de tudo obter bons resultados com o estudo. E para isso, foi necessário definir com clareza o objeto de estudo, procurando acima de tudo o desenvolvimento de um modelo não muito explorado ou experimentado. Assim, bastaria usar métodos de pesquisa quantitativa, como um questionário estruturado, conseguindo-se assim uma maior objetividade nos resultados.

6.3.2) Tipo de estudo

O questionário foi composto, para a mensuração das atitudes proposta, pela Escala de Likert de cinco pontos, apropriada para tal (Aaker, Kumar & Day 2001), representando assim, um método estatístico de apresentação dos resultados. Nesta técnica, o respondente posicionou-se, a partir de afirmações apresentadas, entre cinco pontos de acordo com seu grau de concordância em relação às afirmações, de “concordo totalmente” a “discordo totalmente”. Esta escala é uma das apresentadas por Aaker, Kumar & Day (2001: 298) como sendo de “múltiplos itens”, onde é possível “combinar o conjunto de respostas obtidas em alguma forma de pontuação”. Antes da realização do estudo, fez-se uma análise exploratória do que consiste um cartaz e qual a sua importância na promoção dos serviços/produtos. Dirigido aos convidados do Centro Comercial Dolce Vita Douro, pretende-se estudar de forma rigorosa o impacto da publicidade impressa, no formato cartaz, distribuído pelos vários espaços do Dolce Vita Douro (Aaker 2001).

6.3.3) Objeto de estudo

A população selecionada para o estudo foram os convidados do Dolce Vita Douro, onde existiu o cuidado de selecionar 15 inquiridos de cada grupo etário, fazendo um total de seis grupos etários, como demonstra a tabela seguinte:

(35)

Idade Frequência <17 15 Inquiridos Total de 90 inquiridos 18 - 27 15 Inquiridos 28 -37 15 Inquiridos 38 - 47 15 Inquiridos 48 - 57 15 Inquiridos >58 15 Inquiridos

Tabela 1 – Faixas etárias dos inquiridos

Os noventa inquiridos constituem 53 elementos do sexo masculino e 37 elementos do sexo feminino, representando assim a amostra o total de noventa elementos.

Sexo Frequência Percentagem

Homem 53 Inquiridos 59%

Mulher 37 Inquiridos 41%

Tabela 2 – Género dos inquiridos

Relativamente à profissão, a maioria dos inquiridos são trabalhadores por conta de outrem (trinta e cinco), sendo que a minoria dos inquiridos são empresários (cinco). Seguidamente podemos observar a tabela referente com todos os dados contabilizados referentes às profissões dos inquiridos.

Profissão Frequência Percentagem

Estudante 20 Inquiridos 22%

Empresário 5 Inquiridos 6%

Funcionário Público 15 Inquiridos 17%

Trabalhador por c/ outrem

35 Inquiridos 39%

Desempregado 15 Inquiridos 17%

Outra 0 Inquiridos 0%

(36)

Por último, relativamente ao nível de escolaridade, está dividida em seis níveis, sendo que a maioria dos inquiridos possui o ensino secundário, representando assim o valor percentual de 37%.

Escolaridade Frequência Percentagem

1º Ciclo 17 Inquiridos 19%

2º Ciclo 5 Inquiridos 6%

3º Ciclo 13 Inquiridos 14%

Ensino Secundário 33 Inquiridos 37%

Ensino Superior 22 Inquiridos 24%

Outro 0 Inquiridos 0%

Tabela 4 – Escolaridade dos inquiridos

6.3.4) Recolha de dados

O questionário que aplicamos nesta investigação é constituído pelas seguintes partes:

O questionário está dividido em duas partes, sendo que o primeiro grupo faz referências aos dados dos inquiridos, nomeadamente idade, género, profissão e escolaridade. Este grupo fornece-nos uma análise sociodemográfica, o que acaba por ser importante na seleção da amostra e consequente equilíbrio.

Relativamente ao segundo grupo, este é constituído por onze perguntas de resposta rápida, organizadas tendo em conta a escala de Likert, sendo que 1 corresponde a discordo totalmente e 5 concordo totalmente. No entanto existe uma questão que em caso de resposta 1 ou 2, solicita ao inquirido uma resposta aberta, ordenando os suportes de comunicação alternativos apresentados (folhetos, outdoors, spot rádio, spot vídeo, internet) crescentemente, tendo em conta o seu grau de importância.

De referir que foi dada total liberdade aos inquiridos na resposta, não havendo assim qualquer tipo de influência.

(37)

6.3.5) Análise de dados estatísticos

Os gráficos seguidamente apresentados, resultam da análise estatística dos dados obtidos através dos inquéritos realizados aos convidados do Dolce Vita Douro. O tratamento estatístico foi efetuado no Microsoft Office Excel.

Grupo I – Análise Sócio Demográfica

Gráfico 1- Classe etária dos inquiridos

Como podemos observar no gráfico acima, todas as faixas etárias representam 16,66% da amostra final, isto é por cada classe foram inquiridas quinze (15) pessoas, o que revela a preocupação na distribuição dos questionários pelas diversas faixas etárias.

16% 16% 17% 17% 17% 17% <17 18-27 28-37 38-47 48-57 >58 Classe etárias (%)

(38)

Gráfico 2 – Género dos inquiridos

O gráfico acima representado é revelador do grande equilíbrio existente no género dos inquiridos. De facto, apesar de a amostra não estar dividida em termos percentuais 50% para cada género, existe um notório equilíbrio, representando o género masculino 59%, enquanto o género feminino representa 41%.

Gráfico 3 – Profissão dos inquiridos

O gráfico nº3 representa de forma objetiva as diversas profissões dos noventa inquiridos. Como podemos observar, os trabalhadores por conta de outrem representam de forma destacada o maior numero dos inquiridos, enquanto no lado oposto aparece a opção empresário que contabilizou apenas cinco indivíduos.

Masculino 59% Feminino 41% Género 22% 5% 17% 39% 17% 0%

Estudante Empresário Funcionário Público

Trab. C/ Outrém Desempregado Outra

(39)

Gráfico 4 – Escolaridade dos inquiridos

O gráfico acima representado demonstra minuciosamente a escolaridade dos noventa inquiridos. Como podemos observar a grande maioria possui o ensino secundário, sendo que o 2º ciclo representa a menor faixa, com uma taxa de apenas 6% dos indivíduos. As restantes escolaridades estão divididas em 1º ciclo com 19%, 3º ciclo com 14% e ensino superior com 24% dos inquiridos.

Grupo II

1. Regularidade com que visito o Centro Comercial Dolce Vita Douro.

19% 6% 14% 37% 24% 0% Escolaridade

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Ensino Secundário Ensino Superior Outra

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50%

1 vez mês 15 em 15 1 vez semana 2 a 5 semanas Diariamente

F re q u ê n ci a %

(40)

Gráfico 5 – Regularidade que visita o Dolce Vita Douro

Ao analisarmos o gráfico acima representado, podemos concluir que a grande maioria dos inquiridos refere que visita o Centro Comercial Dolce Vita Douro 1 vez por mês (43%). Opostamente surge as visitas de 15 em 15 dias que representa apenas 9% numa escala percentual de 0% a 100%.

Relativamente às restantes opções podemos observar um ligeiro equilíbrio entre si, ou seja, a regularidade de visitas associada a 1 vez por semana representa 12%, de 2 a 5 semanas representa 16% e diariamente representa a percentagem de 20%.

Seguidamente apresenta-mos a análise das respostas dos inquiridos tendo em conta a escala de Likert, ou seja, todas as respostas representam o nível de concordância, sendo que 1 representa a opção discordo totalmente e 5 concordo totalmente.

2. Acha importante a presença do Dolce Vita Douro para o desenvolvimento da região. 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% Discordo Totalmente

Discordo Não Discordo Nem Concordo Concordo Concordo Totalmente F re q u ê n ci a % Nível de Concordância

Imagem

Tabela 2 – Género dos inquiridos
Tabela 4 – Escolaridade dos inquiridos
Gráfico 1- Classe etária dos inquiridos
Gráfico 5 – Regularidade que visita o Dolce Vita Douro
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